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1 Dentre os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil, estão

promover os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa, construir uma


sociedade livre, justa e solidária, e garantir o desenvolvimento nacional.
Errado.
Os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa são um fundamento.

Art. 1º, CF. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do
Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei n. 13.874, de 2019)
V – o pluralismo político.

Art. 3º, CF. Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:


I – construir uma sociedade livre, justa e solidária;
II – garantir o desenvolvimento nacional;
III – erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais;
IV – promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas
de discriminação.
2 A cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho e
da livre iniciativa encontram-se entre os fundamentos da República Federativa
do Brasil.
Certo.
Art. 1º, CF. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
I – a soberania;
II – a cidadania;
III – a dignidade da pessoa humana;
IV – os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; (Vide Lei n. 13.874, de
2019)
V – o pluralismo político.
3 Nos termos da CF, um ente federativo terá o direito de secessão, isto é, de
desagregar-se da Federação, seja em caso de crise institucional, seja por
decisão da população diretamente interessada, mediante plebiscito.
Errado.
Não permite o separatismo, pois o pacto é indissolúvel.

Art. 1º, CF. A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel
dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
4 A defesa da paz e a solução pacífica de conflitos são fundamentos da
República Federativa do Brasil.
Errado.
São princípios das relações internacionais.

Art. 4º, CF. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos
seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
5 São princípios da República Federativa do Brasil, dentre outros, a defesa da
paz, da igualdade entre estados e da prevalência dos direitos humanos.
Certo.
Art. 4º, CF. A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais
pelos seguintes princípios:
I – independência nacional;
II – prevalência dos direitos humanos;
III – autodeterminação dos povos;
IV – não-intervenção;
V – igualdade entre os Estados;
VI – defesa da paz;
VII – solução pacífica dos conflitos;
VIII – repúdio ao terrorismo e ao racismo;
IX – cooperação entre os povos para o progresso da humanidade;
X – concessão de asilo político.
6 Embora as notícias falsas que circulam na Internet (fake news) prejudiquem o
acesso à informação, a liberdade de expressão e de comunicação, é direito
humano absoluto, portanto imune a qualquer forma de regulação.
Errado.
A regra é que nenhum direito fundamental é absoluto. A própria CF prevê que esse
direito pode sofrer restrições.

Art. 5º, IV, CF – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Art. 220, CF. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação,


sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado
o disposto nesta Constituição.
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena
liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social,
observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
§ 3º Compete à lei federal:
I – regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Poder Público
informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que não se recomendem,
locais e horários em que sua apresentação se mostre inadequada;
II – estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à família a
possibilidade de se defenderem de programas ou programações de rádio e
televisão que contrariem o disposto no art. 221, bem como da propaganda de
produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao meio
ambiente.
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, agrotóxicos,
medicamentos e terapias estará sujeita a restrições legais, nos termos do inciso
II do parágrafo anterior, e conterá, sempre que necessário, advertência sobre
os malefícios decorrentes de seu uso.
Art. 136, CF. O Presidente da República pode, ouvidos o Conselho da República e o
Conselho de Defesa Nacional, decretar estado de defesa para preservar ou
prontamente restabelecer, em locais restritos e determinados, a ordem pública ou a
paz social ameaçadas por grave e iminente instabilidade institucional ou atingidas
por calamidades de grandes proporções na natureza.
§ 1º O decreto que instituir o estado de defesa determinará o tempo de sua duração,
especificará as áreas a serem abrangidas e indicará, nos termos e limites da lei, as
medidas coercitivas a vigorarem, dentre as seguintes:
I – restrições aos direitos de:
a) reunião, ainda que exercida no seio das associações;
b) sigilo de correspondência;
c) sigilo de comunicação telegráfica e telefônica;
II – ocupação e uso temporário de bens e serviços públicos, na hipótese de
calamidade pública, respondendo a União pelos danos e custos decorrentes.
Art. 139, CF. Na vigência do estado de sítio decretado com fundamento no art.
137, I, só poderão ser tomadas contra as pessoas as seguintes medidas:
I – obrigação de permanência em localidade determinada;
II – detenção em edifício não destinado a acusados ou condenados por crimes
comuns;
III – restrições relativas à inviolabilidade da correspondência, ao sigilo das
comunicações, à prestação de informações e à liberdade de imprensa,
radiodifusão e televisão, na forma da lei;
IV – suspensão da liberdade de reunião;
V – busca e apreensão em domicílio;
VI – intervenção nas empresas de serviços públicos;
VII – requisição de bens.
7 A liberdade de expressão, que também se aplica aos ambientes virtuais,
garantida pelo Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, é
responsabilidade exclusiva dos Estados, e não das empresas privadas do setor.
Errado.
Os direitos humanos devem ser respeitados por pessoas físicas e jurídicas, de
direito público ou de direito privado. As empresas de comunicação também
devem garantir a liberdade de expressão no meio virtual. Há responsabilidade
corporativa de se respeitar os direitos humanos.
Uma empresa jornalística divulgou fotografia da cena de um crime com a
imagem da vítima ensanguentada e o rosto desfigurado, sem ter tomado o
devido cuidado no momento da edição da imagem para ocultar o rosto da
vítima.

Diante dessa situação hipotética, julgue o item subsecutivo.

8 Segundo o STF, o ato em questão configura extrapolação da liberdade de


imprensa e violação aos direitos de personalidade da vítima e de seus
familiares, cabendo pretensão indenizatória, sob o fundamento de estar
caracterizada a situação geradora de dano moral.
Errado.
Informativo 921 do STF.

FOTOGRAFIA DE MORTO: ENUNCIADO 279 DA SÚMULA DO STF E LIBERDADE DE IMPRENSA.


A Segunda Turma, por maioria, desproveu agravo regimental interposto contra decisão proferida pela ministra
Cármen Lúcia (relatora), que deu provimento a agravo e, de pronto, ao recurso extraordinário, para julgar
improcedente pedido de indenização por danos morais formulado por familiares de pessoa morta em tiroteio
ocorrido em via pública.
Os familiares, agravantes, ajuizaram ação de indenização contra a empresa jornalística por ter divulgado a
fotografia do local da cena do crime com a imagem da vítima ensanguentada em seu veículo, sem os devidos
cuidados de edição. Sustentaram violação do direito à intimidade, à privacidade e à imagem do falecido e de
sua família (CF, art. 5º, V e X (1)).
O tribunal de origem julgou procedente a pretensão indenizatória, ao fundamento de estar caracterizada a
situação geradora de dano moral, haja vista que a publicação da foto do rosto desfigurado do falecido, sem o
cuidado de sombrear a imagem, configuraria extrapolação da liberdade de imprensa e violação aos direitos de
personalidade da vítima e de seus familiares.
A empresa ré interpôs recurso extraordinário contra esse acórdão e alegou ofensa ao exercício da liberdade de
expressão, de informação e de imprensa (CF, artigos 5º, IV, IX e XIV (2), e 220 (3)). O apelo extremo foi
inadmitido com base no Enunciado 279
(4) da Súmula do Supremo Tribunal Federal (STF), tendo sido agravada a decisão.
9 Consagrado na esfera criminal, o princípio constitucional da proibição do
excesso consiste na vedação ao Estado de descriminalizar ou atenuar a tutela
penal de certas condutas ofensivas a direitos fundamentais.
Errado.
A questão se refere ao princípio da proteção deficiente, e não ao da proibição do
excesso.

Princípio da proibição do excesso: seria uma pena muito pesada para um crime de
menor potencial ofensivo. Princípio segundo o qual, na consecução de um fim, deve-
se utilizar o meio estritamente adequado, evitando-se todo excesso. Vide princípio
da proporcionalidade. Vide princípio da razoabilidade.

Proibição de proteção deficiente: quando o Estado legisla uma pena muito leve para
um crime muito grave, dando uma proteção deficiente a um direito fundamental.

Quando a questão fala em atenuar, descriminalizar está dando uma proteção


deficiente ao direito fundamental.
É o contrário da proibição do excesso, quando o Estado não legisla acerca de um
determinado direito fundamental, desprotegendo-o.
10 O direito de propriedade é constitucionalmente garantido, devendo as
propriedades atender a sua função social.
Certo.
Art. 5º, XXIII, CF – a propriedade atenderá a sua função social;

Art. 182, § 2º, CF. A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às
exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor.

Art. 186, CF. A função social é cumprida quando a propriedade rural atende,
simultaneamente, segundo critérios e graus de exigência estabelecidos em lei, aos
seguintes requisitos:
I – aproveitamento racional e adequado;
II – utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e preservação do meio
ambiente;
III – observância das disposições que regulam as relações de trabalho;
IV – exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores.
João, de dezoito anos de idade, foi contratado como frentista em um posto de
gasolina localizado em Boa Vista – RR. O contrato de trabalho foi firmado em
regime de tempo parcial para uma jornada de vinte e cinco horas semanais.

Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte de acordo com a


Constituição Federal de 1988 e a CLT.

11 A idade de João não constitui óbice ao exercício da atividade de frentista,


uma vez que a Constituição Federal de 1988 admite o trabalho em condições
de periculosidade aos maiores de dezoito anos de idade.
Certo.
Art. 7º, XXXIII – proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis anos, salvo
na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 20, de 1998)
12 O reconhecimento de convenções e acordos coletivos de trabalho é um
direito fundamental social que não se aplica aos servidores ocupantes de cargo
público.
Certo.
Acordo ou convenção coletiva de trabalho é uma prerrogativa do celetista.
Aumento na remuneração de servidor público deve ser por lei ordinária
específica.

Art. 37º, X – a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o


§ 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica,
observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual,
sempre na mesma data e sem distinção de índices; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 19, de 1998) (Regulamento)
13 A Constituição Federal de 1988, por possuir expressivo conjunto de normas
diretamente relacionado aos direitos sociais, preserva os direitos fundamentais
das minorias, como, por exemplo, o direito à terra dos povos indígenas e das
comunidades quilombolas.
Certo.
Art. 68, ADCT. Aos remanescentes das comunidades dos quilombos que estejam ocupando suas
terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos respectivos.

Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições,
e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarca-
las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por eles habitadas em caráter
permanente, as utilizadas para suas atividades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos
recursos ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural,
segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se a sua posse permanente,
cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os potenciais energéticos, a pesquisa e a lavra
das riquezas minerais em terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Congresso
Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes assegurada participação nos resultados da
lavra, na forma da lei.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas,
imprescritíveis.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo, "ad referendum" do Congresso Nacional,
em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País,
após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse
o risco.
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos, os atos que tenham por objeto a ocupação, o
domínio e a posse das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas naturais do solo, dos rios
e dos lagos nelas existentes, ressalvado relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a indenização ou a ações contra a União, salvo, na
forma da lei, quanto às benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé.
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § 3º e § 4º.

Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as
funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo
para o setor privado. (Vide Lei n. 13.874, de 2019)
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira em cooperativas, levando em conta a proteção
do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão prioridade na autorização ou concessão para
pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, e naquelas
fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma da lei.
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo em defesa
de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do processo.
14 Por imposição de lei, se um órgão estadual for criado, os servidores
ocupantes de cargo efetivo desse órgão poderão, desde que com prévia
autorização do órgão estatal competente, fundar sindicato.
Errado.
Independe de autorização.

Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado


o seguinte:
I – a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato,
ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a
interferência e a intervenção na organização sindical;
15 O transporte e o lazer são direitos sociais expressamente previstos na CF.
Certo.

Art. 6º. São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação,


o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a
proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição. (Redação dada pela Emenda Constitucional n. 90, de 2015)
Obs.: Mnemônico (PPTT SEM SAAL) Previdência social;
Proteção à maternidade e a infância;
Trabalho;
Transporte;
Segurança;
Educação;
Moradia;
Saúde;
Alimentação:
Assistência aos desamparados;
Lazer.
16 Ainda que, em regra, inexista distinção entre brasileiros natos e
naturalizados, o cargo de oficial das Forças Armadas só poderá ser exercido por
brasileiro nato.
Certo.

Art. 12, § 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:


I – de Presidente e Vice-Presidente da República;
II – de Presidente da Câmara dos Deputados;
III – de Presidente do Senado Federal;
IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
V – da carreira diplomática;
VI – de oficial das Forças Armadas. (Tenente, capitão, major, tenente coronel, coronel
e general)

Obs.: Atenção! Pela CF, oficial da PM e dos Bombeiros não são privativos de
brasileiros natos, só os das forças armadas (exército, marinha e aeronáutica).
VII – de Ministro de Estado da Defesa.
17 A CF veda a extradição de estrangeiro em razão de crime político ou de
opinião.
Certo.
Art. 5º, LII – não será concedida extradição de estrangeiro por crime político
ou de opinião;
18 Situação hipotética: João, cuja mãe é brasileira e cujo pai é espanhol e
mora em Londres, nasceu em país estrangeiro e não foi registrado em
repartição brasileira competente. Hoje, aos 21 anos de idade, ele reside no
Brasil e pretende requerer a nacionalidade brasileira. Assertiva: Nesse caso,
poderá ser conferida a João a condição de brasileiro nato.
Certo.
Art. 12. São brasileiros:
I – natos:
(a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais
estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;
(b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasileira, desde que
qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;
(c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que
sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na
República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de
atingida a maioridade, pela nacionalidade brasileira; (Redação dada pela
Emenda Constitucional n. 54, de 2007)
19 Situação hipotética: Carlos requereu o registro de sua candidatura para
concorrer ao cargo de prefeito de município criado por desmembramento
territorial de município cujo Poder Executivo é chefiado pelo seu irmão.
Assertiva: Nesse caso, Carlos, por ser irmão do prefeito do município-mãe, é
inelegível.
Certo.
É inelegível para o cargo de prefeito de Município resultante de
desmembramento territorial o irmão do atual chefe do Poder Executivo do
município-mãe. O regime jurídico das inelegibilidades comporta interpretação
construtiva dos preceitos que lhe compõem a estrutura normativa. Disso
resulta a plena validade da exegese que, norteada por parâmetros axiológicos
consagrados pela própria Constituição, visa a impedir que se formem grupos
hegemônicos nas instâncias políticas locais. O primado da ideia republicana –
cujo fundamento ético-político repousa no exercício do regime democrático e
no postulado da igualdade – rejeita qualquer prática que possa monopolizar o
acesso aos mandatos eletivos e patrimonializar o poder governamental,
comprometendo, desse modo, a legitimidade do processo eleitoral. [RE
158.314, rel. min. Celso de Mello, j. 15-12-1992, 1ª T, DJ de 12-2-1993.]
20 Direitos políticos ativos são os direitos políticos que permitem ao cidadão
candidatar-se e receber votos para um cargo eletivo.
Errado.
Direitos políticos ativos significa votar e direitos políticos passivo é a
capacidade de ser votado.

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