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PROVA ESCRITA
DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
1 – A presente prova é composta por dois grupos, ambos de resolução obrigatória, sendo a primeira de
múltipla escolha e a segunda caso pratico.
2 – Cotações:
- Grupo I (7,0 valores)
- Grupo II (13,0 valores)
3 – No primeiro grupo ao candidato serão apresentadas questões que impliquem respostas possíveis
sendo que das apresentadas haverá a resposta mais correcta de todas. No segundo grupo, no caso
prático, a atribuição da cotação máxima a resposta dada pressupõe um tratamento completo das várias
questões suscitadas no caso, que deverá ser coerente e correctamente fundamentado, com indicação
dos preceitos legais aplicáveis.
5- Os erros ortográficos serão valorados negativamente em 0,25 por cada um, ate um máximo de 1,0
Valores.
6 – As folhas de exercício onde as provas devem ser redigidas não podem conter qualquer elemento
identificativo da/o candidata/o (a identificação constará apenas do frontispício ou destacável da folha de
rosto que serão entregues antes da prova de exame), sob pena de anulação imediata da prova.
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GRUPO I
1. Quando o artigo 56.º n.º 3 da CRM determina que “a lei só pode limitar os
direitos, liberdades e garantias nos casos expressamente previstos na
Constituição”, a expressão lei deve ser entendida como:
a) Acto normativo;
b) Lei da Assembleia da República;
c) Lei da Assembleia da República, Decreto-lei do Governo e Decreto;
d) Acto legislativo;
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c) Não pode a Assembleia submeter a votação qualquer alteração da
Constituição;
d) Não pode o Presidente da República promulgar qualquer lei de revisão
da Constituição;
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d) Todos os preceitos relativos aos direitos e liberdades individuais são
directamente aplicáveis;
12. O art.º 35 da CRM determina que “Todos os cidadãos são iguais perante a
lei, gozam dos mesmos direitos e estão sujeitos aos mesmos deveres,
independentemente da cor, raça, sexo, origem étnica, lugar de
nascimento, religião, grau de instrução, posição social, estado civil dos
pais, profissão ou opção política”, assim devemos entender que:
a) Os critérios de discriminação enunciados pelo legislador constituinte são
taxativos;
b) O legislador não elegeu critérios como a orientação sexual, a factor de
discriminação;
c) Os critérios de discriminação são meramente exemplificativos,
interpretação que decorre do art.º 2.º da Declaração Universal dos
Direitos do Homem e do art.º 2.º da Carta Africana dos Direitos e dos
Povos, aplicáveis por via do art.º 43.º da CRM.
d) Na fixação do sentido e alcance da lei, o intérprete presumirá que o
legislador consagrou as soluções mais acertadas e soube exprimir o seu
pensamento em termos adequados (art.º 9 n. 3 do Código Civil), por isso
só devemos considerar como válidos os critérios fixados pelo legislador.
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14. Escolha a opção correcta:
a) A Assembleia da República pode autorizar o Governo a legislar sobre
quaisquer matérias que não sejam da competência exclusiva da
Assembleia da República, enumerados no artigo 178.º n.º 2 da CRM;
b) A Assembleia da República pode autorizar o Governo a legislar sobre
quaisquer matérias que não sejam da competência concorrencial da
Assembleia da República;
c) A Assembleia da República pode autorizar o Governo a legislar sobre
quaisquer matérias que não sejam da competência reservada da
Assembleia da República;
d) A Assembleia da República pode autorizar o Governo a legislar sobre
quaisquer matérias que não sejam da competência exclusiva da
Assembleia da República;
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GRUPO II
A referida proposta foi aprovada por maioria de dois terços dos deputados em
efectividade de funções e enviada ao Presidente para promulgação no dia 14 de
Janeiro de 2022. O Presidente requereu a fiscalização preventiva ao Conselho
Constitucional, no dia 24 de Janeiro de 2022, afirmando que, independentemente
da decisão do Conselho Constitucional, irá recusar a promulgação da lei de
revisão.
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procedimento legislativo (art.º 182 n. 1 alínea b da CRM), o legislador constituinte
atribui iniciativa às bancadas.
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texto constitucional. Pois se, o Conselho Constitucional se pronunciar pela
inconstitucionalidade (art.º 245 n.º 5), o Presidente da República veta e devolve o
diploma à Assembleia da República, neste caso teríamos um veto jurídico por
inconstitucionalidade, que é diferente da recusa de promulgação.
Veio o Presidente da República, único órgão que, de acordo com o artigo 245.º
n.º 1 da CRM, tem competência para solicitar a fiscalização preventiva da
constitucionalidade na República de Moçambique.
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