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PROCESSO ELEITORAL

Registro de candidaturas
O registro de candidaturas é uma das importantes fases das
eleições, pois é nesse momento que os partidos e as coligações
solicitam à Justiça Eleitoral o registro das pessoas que
concorrerão aos cargos eletivos. Para se ter consciência da
importância, basta dizer que a finalidade das eleições está
direcionada aos candidatos, pois os eleitores vão às urnas para
escolher quais desses estarão aptos a exercer os mandatos
eletivos.
Registro de candidaturas
Entre os assuntos relevantes sobre a matéria, estão a quantidade de
candidatos que podem ser registrados por cada partido, a possibilidade
de os partidos indicarem pessoas para as vagas remanescentes não
preenchidas dentro do prazo, a maneira de se proceder diante da
necessidade de substituições de candidatos e o percentual mínimo de
vagas reservadas para cada sexo.

Em relação às vagas não preenchidas, a Lei das Eleições (Lei nº


9.504/97) criou regra bastante simples, na medida em que possibilitou
aos partidos indicarem pessoas para as vagas remanescentes até 30
dias antes das eleições.
CÁLCULO DE A legislação define quais documentos são de
CANDIDATURAS apresentação obrigatória no momento do
pedido de registro de candidatura, a saber:
cópia da ata da convenção partidária,
Quantidade de autorização do filiado ao partido para incluir
candidatos que podem seu nome como candidato, prova de filiação
ser registrados por partidária, declaração de bens, cópia do título
partido. eleitoral, certidão de quitação eleitoral,
100% mais 1 ao número certidões criminais da Justiça (Eleitoral,
de vagas ofertadas. Ex: Federal e Estadual), fotografia do candidato e,
30 vagas, 100%+1= 31 para candidatos aos cargos do Poder
candidaturas. Executivo, propostas defendidas nas eleições
majoritárias.
QUESTÃO DE GÊNERO
No momento do pedido de registro de candidatura, os partidos devem
respeitar a cláusula de reserva de gênero, que os obriga a reservar
vagas para cada sexo. De acordo com essa cláusula, não é possível
registrar apenas homens ou apenas mulheres. Será necessário garantir
vagas para cada sexo dentro dos percentuais de, no mínimo, 30% e de,
no máximo, de 70%. Supondo que um partido pudesse registrar 100
candidatos, ele deveria apresentar, no mínimo, 30 pessoas de um dos
sexos e, no máximo, 70 pessoas do outro. Isso é feito para assegurar
tanto a participação feminina quanto a participação masculina na
política. Vale esclarecer que esse percentual leva em consideração o
número de candidatos efetivamenteregistrados, e não o número
máximo de candidatos que o partido poderia ter registrado.
No exemplo apresentado, é possível que o partido decida
registrar apenas 50 candidatos (mesmo podendo registrar
100). Nesse caso, ele não poderá alegar que, de acordo com
o número máximo de candidatos, há 70 vagas para homens
e 30 vagas para mulheres e que, em função disso, decidiu
preencher apenas as vagas para homens. O correto é retirar
os percentuais do número de candidatos efetivamente
registrados. Logo, serão 30% e 70% aplicados sobre 50 e
não sobre 100.

Transgênero, será feita a sua candidatura de acordo ao sexo


com que ele fez a mudança de acordo com o STF.
CANDIDATURA NATA
§1º AOS DETENTORES DE MANDATO DE
DEPUTADO FEDERAL, ESTADUAL OU
DISTRITAL, OU DE VEREADOR, E AOS QUE
TENHAM EXERCIDO ESSES CARGOS EM
QUALQUER PERÍODO DA LEGISLATURA QUE
ESTIVER EM CURSO, É ASSEGURADO O
REGISTRO DE CANDIDATURA PARA O MESMO
CARGO PELO PARTIDO A QUE ESTEJAM
FILIADOS.INCONSTITUCIONAL
PRAZOS
Vários candidatos por partido, 1 só cargo.
Prazo da convenção 20/07 a 05/08
Prazo 19 horas do dia 15 de agosto do ano eleitoral
Registro independente
Escolha e substituição reguladas pelos partidos Idade mínima na
data na posse
6 meses de filiação partidária antes do pleito
Prazo de substituição até 10 (dez) dias contados do fato ou da
notificação do partido da decisão judicial que
6 meses de domicílio na circunscrição antes do pleito deu origem à
substituição.
IMPUGNAÇÃO A PEDIDO DE
REGISTRO DE CANDIDATURA

Impedir o deferimento de registro de candidatura:


I
Incidência de uma ou mais causas de inelegibilidade;
Ausência de condição de elegibilidade; ou
Descumprimento de formalidade legal
NOTÍCIA DE INELEGIBILIDADE

Tecnicamente não constitui uma ação de impugnação;

O art. 97, § 3, do Código Eleitoral, conferia ao eleitor legitimidade


para impugnar pedido de registro de candidatura:
“Poderá, também, qualquer eleitor,§ com fundamento em
inelegibilidade ou incompatibilidade do candidato ou na incidência
deste no art. 96, impugnar o pedido de registro, dentro do mesmo
prazo, oferecendo prova do alegado.”
NOTÍCIA DE INELEGIBILIDADE
Prevalece, hoje, o art. 3 da LC 64/90 (Lei de Inelegibilidade):
“Caberá a qualquer candidato, a partido político, coligação ou ao
Ministério Público, no prazo de 5 dias, contados da publicação do
pedido de registro do candidato, impugná-lo em petição
fundamentada.”
Diante do exposto, pode-se concluir que o eleitor não detém
legitimidade ativa para ajuizar ação de impugnação de registro de
candidato.
NOTÍCIA DE INELEGIBILIDADE

Com o fim de alterar esse quadro, tem-se a Resolução do Tribunal


Superior Eleitoral (TSE):
“Qualquer cidadão no gozo de seus direitos políticos poderá, no
prazo de 5 dias contados da publicação do edital relativo ao pedido
de registro, dar notícia de inelegibilidade ao juiz Eleitoral, mediante
petição fundamentada.”
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO
DE CANDIDATURA (AIRC)
A partir da data da publicação do edital contendo a relação nominal dos
pedidos de registro de candidatura, começa a fluir o prazo de 5 dias
para impugnação.
Conforme prescreve o art. 3, caput, da LC 64/90, na AIRC devem ser
deduzidos os fundamnetos fáticos e jurídicos que levaram o autor a
ajuizar a ação.
Diferentemente do processo de registro de candidatura, em que não há
conflito a ser solvido, a AIRD apresenta natureza contenciosa.
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO
DE CANDIDATURA (AIRC)
A falta de condição de elegibilidade e a presença de causa de
inelegibilidade podem ser conhecidas e julgadas:
ex officio, no próprio processo em que se pede o registro de
candidatura; ou
mediante impugnação de candidato, parido político, coligação e
Ministério Público.
AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO
DE CANDIDATURA (AIRC)
Não sendo a inelegibilidade pronunciada de ofício nem arguida via
AIRC, haverá a preclusão temporal.

É importante salientar que constitui crime eleitoral “a arguição de


inelegibilidade, ou a impugnação de registro de candidatura feito por
interferência do poder econômico, desvio ou abuso do poder de
autoridade, deduzida de forma temerária ou de manifesta má-fé” (LC
64/90, art. 25).
FASES DO PROCESSO
ELEITORAL

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PRÉ-CAMPANHA REGISTRO CAMPANHA
DE OFICIAL
CANDIDATURA
CAMPANHA
ELEITORAL

“Período em que é permitido aos partidos e


candidatos fazerem propaganda política
visando a angariar votos durante uma
eleição.”
CAMPANHA
ELEITORAL
Propagandas;
Debates;
Entrevistas;
Pesquisas;
Caminhadas;
Comícios.
PERÍODO

LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997


Art. 36. A propaganda eleitoral somente é
permitida após o dia 15 de agosto do ano da
eleição.

O período de propaganda/campanha se
encerra na véspera do dia da eleição.
PERÍODO
24 horas após o encerramento da votação em primeiro
turno:

Estão liberadas a propaganda eleitoral por alto-


falantes ou amplificadores de som – das 8h às 22h.
Também é permitida a distribuição de material
gráfico, caminhada, carreata ou passeata,
acompanhada ou não por carro de som ou minitrio.
Liberados os comícios e a propaganda na internet.
NÃO PODE
A confecção e a
Realização de
distribuição pelo
showmícios e eventos
comitê de campanha,
Divulgação de com a presença de
ou pelo candidato, de
pesquisas eleitorais celebridades com o
bens que possam ser
fraudulentas objetivo de entreter os
considerados uma
eleitores durante
vantagem oferecida
comício ou reunião
ao eleitor em troca de
eleitoral
votos
https://www.camara.leg.br
RESOLUÇÃO Nº 23.600, DE 12 DE
DEZEMBRO DE 2019

Dispõe sobre pesquisas eleitorais.

Art. 1º Esta Resolução disciplina os procedimentos relativos ao registro


e à divulgação de pesquisas de opinião pública, realizadas para
conhecimento público, relativas às eleições ou às candidatas e aos
candidatos.
IMPORTANTE
05 dias antes do dia da eleição e 48h após,
nenhum eleitor poderá ser detido ou preso,
salvo no caso de flagrante delito ou sentença
criminal condenatória por crime inafiançável
ou por desrespeito a salvo conduto.
Para os candidatos e candidatas, a
impossibilidade de prisão é garantida 15 dias
antes da votação.
CÓDIGO ELEITORAL - LEI Nº
4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965

Art. 236. Nenhuma autoridade poderá, desde 5 (cinco) dias antes e até 48
(quarenta e oito) horas depois do encerramento da eleição, prender ou deter
qualquer eleitor, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal
condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.
§ 1º Os membros das mesas receptoras e os fiscais de partido, durante o exercício
de suas funções, não poderão ser detidos ou presos, salvo o caso de flagrante
delito; da mesma garantia gozarão os candidatos desde 15 (quinze) dias antes da
eleição.
§ 2º Ocorrendo qualquer prisão o preso será imediatamente conduzido à presença
do juiz competente que, se verificar a ilegalidade da detenção, a relaxará e
promoverá a responsabilidade do coator.
PROPAGANDA ELEITORAL
PROPAGANDA POLÍTICA

Propaganda política são todas as formas de realização de meios


publicitários que têm por objetivo conquistar simpatizantes ao conjunto
de ideias de um partido e garantir votos.

PROPAGANDA ELEITORAL
É a propaganda em que partidos políticos e candidatos divulgam, por
meio de mensagens dirigidas aos eleitores, suas candidaturas e
propostas políticas, a fim de se mostrarem os mais aptos a assumir os
cargos eletivos que disputam, conquistando, assim, o voto dos eleitores.
TIPOS DE PROPAGANDA
ELEITORAL

De modo geral, é livre o exercício da propaganda, desde que realizada


nos termos da legislação eleitoral (Lei nº 9.504/97, art. 41).

Propaganda em geral
Propaganda em bens particulares
Propaganda em bens públicos e bens de uso comum
Propaganda nas sedes do PoderLegislativo
Propaganda em vias públicas, árvores e jardins
TIPOS DE PROPAGANDA
ELEITORAL

Propaganda por meio de alto-falante, comício, showmício e trio


elétrico
Propaganda mediante distribuição de brindes
Propaganda por outdoors, painel eletrônico, backlight e similares
Carreata, passeata e carro de som
Propaganda na imprensa escrita
Propaganda assemelhada à propaganda pública
FISCALIZAÇÃO DA
PROPAGANDA

A fiscalização de propaganda eleitoral pode ser feita por todos os


cidadãos ou candidatos que, se tiverem conhecimento da ocorrência de
irregularidades, devem denunciar à Justiça Eleitoral ou ao Ministério
Público Eleitoral.

Os juízes eleitorais ou os juízes designados pelos tribunais regionais


eleitorais nos municípios com mais de uma zona têm o poder de polícia
para inibir qualquer prática irregular ou ilegal de propaganda eleitoral.
Art. 36. A propaganda eleitoral somente é permitida após o
dia 15 de agosto do ano da eleição.

No rádio e na televisão
Art. 44. A propaganda eleitoral no rádio e na televisão
restringe-se ao horário gratuito definido nesta Lei, vedada a
veiculação de propaganda paga.
§ 1º A propaganda será feita:
I - na eleição para Presidente da República, às terças e
quintas-feiras e aos sábados:

a) das sete horas às sete horas e doze minutos e trinta


segundos e das doze horas às doze horas e doze minutos e
trinta segundos, no rádio;
b) das treze horas às treze horas e doze minutos e trinta
segundos e das vinte horas e trinta minutos às vinte horas e
quarenta e dois minutos e trinta segundos, na televisão;
Na internet
Art. 57-B. A propaganda eleitoral na internet poderá ser
realizada nas seguintes formas:
I - em sítio do candidato, com endereço eletrônico comunicado à
Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente, em provedor
de serviço de internet estabelecido no País;
II - em sítio do partido ou da coligação, com endereço eletrônico
comunicado à Justiça Eleitoral e hospedado, direta ou indiretamente,
em provedor de serviço de internet estabelecido no País;
III - por meio de mensagem eletrônica para endereços cadastrados
gratuitamente pelo candidato, partido ou coligação;
IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens
instantâneas e assemelhados, cujo conteúdo seja gerado ou editado
por candidatos, partidos ou coligações ou de iniciativa de qualquer
pessoa natural. (Incluído pela Lei nº 12.034, de 2009)
IV - por meio de blogs, redes sociais, sítios de mensagens
instantâneas e aplicações de internet assemelhadas cujo conteúdo
seja gerado ou editado por:
a) candidatos, partidos ou coligações; ou
b) qualquer pessoa natural, desde que não contrate
impulsionamento de conteúdos.
FUNDO ELEITORAL
Primeiro, qual a diferença entre fundo eleitoral e fundo partidário?

O fundo eleitoral é de 2017 e foi criado exclusivamente para o


financiamento de campanhas eleitorais e é distribuído só no ano da
eleição. O fundo partidário é destinado a manutenção dos partidos e
é distribuído mensalmente, mas também pode ser usado no
financiamento das campanhas. Os dois fundos são provenientes de
verbas públicas e são definidos pela lei orçamentária anual. Após a
definição dos valores, os recursos são repassados ao TSE que
distribui o dinheiro aos diretórios nacionais dos partidos
Qual o valor do Fundo Eleitoral?
VOTAÇÃO

Nesse momento, os representantes do povo são eleitos. Por


isso, é a fase do processo eleitoral mais conhecida pelos
cidadãos.
A VOTAÇÃO NOS DIAS
ATUAIS...

Os eleitores devem se dirigir ao local de votação designado,


que é determinado com base no seu endereço de registro
eleitoral.
VERIFICAÇÃO DE
IDENTIDADE

Ao chegar ao local de votação, os eleitores devem


apresentar um documento oficial com foto, como o título de
eleitor, carteira de identidade ou carteira de motorista, para
comprovar sua identidade.
REGISTRO DA SEÇÃO
ELEITORAL

Os eleitores se dirigem até a sua seção eleitoral apropriada,


onde suas informações são verificadas em uma lista de
eleitores registrados.
VOTO SECRETO NA URNA

Após a verificação da identidade e registro, os eleitores se


dirigem a uma cabine de votação, onde poderão votar em
seus respectivos candidatos.
COMPROVANTE

Após realizar a votação, os eleitores recebem o seu


comprovante de votação e podem deixar o local da votação.
É PERMITIDO:

VOTAR
USAR CAMISETA DO CANDIDATO
LEVAR TÍTULO DE ELEITOR OU DOCUMENTO COM
FOTO
ESCOLHER LIVREMENTE SEU CANDIDATO
ACESSAR A CABINE DE VOTAÇÃO D FORMA
SECRETA
JUSTIFICAR AUSÊNCIA SE ESTIVER FORA DO SEU
DOMICILIO ELEITORAL
NÃO É PERMITIDO :
DIVULGAR PROPAGANDA ELEITORAL
REALIZAR ATIVIDADES POLÍTICAS COMO PANFLETAGEM OU
COMÍCIOS
USAR CELULAR NA CABINE DE VOTAÇÃO
TENTAR COAGIR ELEITORES
VOTAR MAIS DE UMA VEZ
VOTAR EM NOME DE OUTRA PESSOA
PORTAR ARMAS DE FOGO
A VENDA E O CONSUMO DE BEBIDAS ALCÓOLICAS
DURANTE O PERÍODO DE VOTAÇÃO
AGLOMERAÇÃO DE PESSOAS COM CAMISETAS, ADEREÇOS
DE PROPAGANDA QUE VENHAM CARACTERIZAR “BOCA DE
URNA”

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