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Questão 1
ERRADO
Comentários
A situação concreta foi a seguinte:
Nas eleições de 2014, Cícero Almeida, então filiado ao Partido Renovador
Trabalhista Brasileiro (PRTB), foi eleito Deputado Federal.
Art. 85 (...)
NÃO.
Nesse sentido:
Contestação
O réu alegou que somente seria possível exigir a multa se ele tivesse
assinado “formulário de autorização de concordância com pagamento”,
conforme prevê expressamente o art. 85, X, do Estatuto. Como ele não
assinou esse formulário, não aquiesceu com a cobrança da multa.
Por meio de recurso, a questão chegou até o STJ. A tese do partido foi
acolhida pelo Tribunal?
NÃO.
STJ. 3ª Turma. REsp 1.796.737-DF, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
em 25/11/2021 (Info 720).
A Constituição Federal, em seu art. 17, § 1º, assegura aos partidos políticos
autonomia para definir sua estrutura interna. A CF afirma, ainda, que o
estatuto da agremiação deverá estabelecer normas sobre fidelidade
partidária.
Com base nessa autorização constitucional, a Lei nº 9.096/95 (Lei dos
Partidos Políticos) prevê que a agremiação é livre “para estabelecer, em seu
estatuto, a sua estrutura interna, organização e funcionamento” (art. 14).
Questão 2
São inconstitucionais as restrições, previstas na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997, arts.
43, caput, e 57-C, caput e § 1º), à veiculação de propaganda eleitoral em meios de
comunicação impressos e na internet.
CERTO
Comentários
Propaganda política
ADI
O art. 57-C, por sua vez, estende a vedação aos sites dos veículos na
internet, admitindo somente o impulsionamento de conteúdo devidamente
identificado.
STF. Plenário. ADI 6281/DF, Rel. Min. Luiz Fux, redator do acórdão Min.
Nunes Marques, julgado em 10, 16 e 17/2/2022 (Info 1044).
Questão 3
A fim de participarem das eleições, as federações partidárias devem estar constituídas
como pessoa jurídica e obter o registro de seu estatuto perante o TSE no mesmo prazo
aplicável aos partidos políticos.
ERRADO
Comentários
EXPLICANDO O QUE SÃO AS FEDERAÇÕES PARTIDÁRIAS
Essa possibilidade foi inserida pela Lei nº 14.208/2021 no art. 11-A da Lei nº
9.096/95 (Lei dos Partidos Políticos).
SIM, desde que, mesmo com essa saída, continue havendo pluralidade de
partidos, ou seja, a federação continue com, no mínimo, 2 partidos. Confira o
que diz o § 5º do art. 11-A:
I – cópia da resolução tomada pela maioria absoluta dos votos dos órgãos
de deliberação nacional de cada um dos partidos integrantes da federação;
c) propaganda eleitoral;
c) contagem de votos;
d) obtenção de cadeiras;
e) prestação de contas; e
f) convocação de suplentes.
Mesmo não havendo uma norma expressa na lei ou na CF/88 dizendo isso, o
TSE e o STF, em 2007, decidiram que a infidelidade partidária era causa de
perda do mandato eletivo. Em outras palavras, o TSE e o STF firmaram a
tese jurisprudencial de que, se o titular do mandato eletivo, sem justa causa,
sair do partido político no qual foi eleito, ele perderá o cargo que ocupa.
Semelhanças
Diferenças
COLIGAÇÃO FEDERAÇÃO
Vigência
ADI
Coligações partidárias
Ex: nas eleições presidenciais de 2014, foi feita uma coligação denominada
“Coligação com a força do povo” para apresentar a candidatura de Dilma
Rousseff à Presidência da República. Esta coligação era formada por 9
partidos (PT, PMDB, PSD, PP, PR, PROS, PDT, PC do B e PRB).
Ex2: nas eleições presidenciais de 2018, foi feita uma coligação denominada
“Brasil acima de tudo, Deus acima de todos” para apresentar a candidatura
de Jair Bolsonaro à Presidência da República. Esta coligação era formada
por 2 partidos (PSL e PRTB).
COLIGAÇÕES FEDERAÇÕES
Eram contingentes, porque São estáveis, ainda que
voltadas a fins puramente transitórias, com durabilidade de
eleitorais. no mínimo 4 anos;
Segundo a Lei, a federação poderia ser criada até o último dia do prazo para
a realização das convenções partidárias. Explicando melhor:
Lei nº 9.096/95
Art. 11-A (...)
(...)
Lei nº 9.504/97
Logo, o STF:
Em suma:
A federação partidária, instituto trazido pela Lei nº 14.208/2021, não é
uma tentativa de se recriar as coligações partidárias nas eleições
proporcionais, que foram proibidas pela EC 97/2017, que deu nova
redação ao art. 17, § 1º, da CF/88.
STF. Plenário. ADI 7021/DF MC-Ref, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em
9/2/2022 (Info 1043).
Questão 4
Não cabe ao Supremo Tribunal Federal adentrar o mérito da opção legislativa para
redesenhar a forma de cálculo do valor do Fundo Especial de Financiamento de Campanha
(FEFC) (Lei 14.194/2021, art. 12, XXVII).
ERRADO
Comentários
FEFC
O FEFC foi criado em 2017, com a Lei nº 13.487, que inseriu os arts. 16-C e
16-D na Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97):
(...)
Art. 16-D. Os recursos do Fundo Especial de Financiamento de
Campanha (FEFC), para o primeiro turno das eleições, serão
distribuídos entre os partidos políticos, obedecidos os seguintes
critérios:
(...)
STF. Plenário ADI 4650/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 16 e 17/9/2015
(Info 799).
Previsto nos arts. 16-C e 16-D da Previsto nos arts. 38 a 44-A da Lei
Lei nº 9.504/97. nº 9.096/95.
ADI
O Partido Novo ajuizou ADI contra o inciso XXVII do art. 12 da Lei de
Diretrizes Orçamentárias de 2022 – Lei nº 14.194/2021, que dispõe sobre a
metodologia de cálculo do Fundo Especial de Financiamento de Campanha
(FEFC) com vistas às eleições de 2022:
(...)
NÃO.
Relevância do FEFC
Não há que falar, portanto, em aumento de despesas, o que afasta, desde já,
a alegada vulneração ao art. 167, da Constituição. Por força da própria
sistemática acima aludida, o valor da reserva do FEFC será descontado do
montante de outra despesa, qual seja, o montante disponível ao atendimento
das emendas de bancadas estaduais e do Distrito Federal, transformando o
resultado em uma operação de conta zero.
Definição de critérios
Em suma:
STF. Plenário. ADI 7058 MC/DF, Rel. Min. André Mendonça, redator do
acórdão Min. Nunes Marques, julgado em 3/3/2022 (Info 1045).