Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FICHAMENTO
Direito processual civil / Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Coord. Pedro Lenza. 12
ed. - São Paulo: Saraiva Educação, 2021. ( coleção esquematizado).
“A busca pela solução consensual dos conflitos vem prevista como norma
fundamental do processo civil, no art. 3º, §§ 2º e 3º, do CPC. “( pág 718)
“Desde que a inicial tenha preenchido os requisitos de admissibilidade e não seja caso
de improcedência de plano, o juiz designará audiência de conciliação ou mediação, na
qual atuará necessariamente, onde houver, o conciliador ou mediador.” ( pág 718)
“Será realizada nos centros judiciários de solução consensual de conflitos, previstos
no art. 165, caput, e será designada com antecedência mínima de trinta dias.” (pág
718)
“O réu deverá ser citado com pelo menos 20 dias de antecedência. O juiz só a
dispensará em duas hipóteses: quando não for possível a autocomposição ou quando
ambas as partes manifestarem, expressamente, o seu desinteresse na composição. O
autor deverá fazê-lo na inicial e o réu com no mínimo dez dias de antecedência,
“O art. 337 do CPC enumera as preliminares, questões que devem ser apreciadas pelo
juiz antes do passar ao exame do mérito. São as defesas de cunho processual, que
podem ser de duas espécies: as de acolhimento que implique a extinção do processo;
ou as de acolhimento que resulte apenas em sua dilação.”(pág 725)
Alegação de incompetência absoluta ou relativa
“Caso o réu alegue, como preliminar, a incompetência do juízo, seja ela absoluta, seja
relativa, ele poderá apresentar a contestação no foro de seu próprio domicílio, o que
deverá ser comunicado ao juiz da causa de imediato, se possível por meio
eletrônico.”(pág 726)
“Se o réu alegar a incompetência, absoluta ou relativa do juízo onde corre o processo,
a audiência de tentativa de conciliação será suspensa até que a questão seja definida,
após a qual será designada nova data.”(pág 726)
“Acolhida a alegação de incompetência, as decisões proferidas pelos juízos
incompetentes conservarão sua eficácia até que outra seja proferida pelo juízo
competente, se for o caso. Caberá, assim, ao juízo competente decidir se ratifica a
decisão anterior ou se profere outra no lugar. Enquanto não for proferida outra, a
decisão anterior permanece eficaz (art. 64, § 4º, do CPC).”(pág 727)
“Os arts. 338 e 339 do CPC trazem importante regra, que flexibiliza, em parte, o
princípio da estabilidade da demanda. O art. 329 veda que, depois da citação do réu,
haja alteração do pedido ou da causa de pedir, a menos que haja o consentimento do
réu.”(pág 727)
“O art. 338, porém, permite a substituição do réu, sempre que ele alegar ser parte
ilegítima ou não ser o responsável pelo dano.”(pág 727)
“O réu que, ao contestar a ação, arguir a preliminar de ilegitimidade de parte deverá,
sempre que tiver conhecimento, indicar quem é o verdadeiro legitimado, isto é, o
sujeito passivo da relação jurídica discutida. Cabe a ele indicar, nomear aquele que é o
verdadeiro responsável, o sujeito passivo da relação.”(pág 728)
“A arguição de ilegitimidade de parte com a indicação do verdadeiro legitimado
poderá implicar alteração do polo passivo, com a substituição do réu originário por
outro. No entanto, como compete ao autor decidir em face de quem ele quer
demandar, seria impossível deferi-la, sem que ele consentisse e promovesse o
aditamento da inicial.”(pág 728)
“Se o autor disser que não concorda, ou simplesmente silenciar, deixando de aditar a
inicial, o processo prosseguirá contra o réu originário, e o juiz, no momento oportuno,
terá de apreciar a alegação de ilegitimidade de parte, extinguindo o processo sem
resolução de mérito, se a acolher.”(pág 729)
“Para que ocorra a substituição, não há necessidade de anuência ou concordância do
novo réu, que substituirá o anterior. Se ele entender que não tem a qualidade que lhe
foi atribuída pelo réu originário, deverá alegá-lo em contestação.”(pág 729)
“Depois de arguir eventuais preliminares, o réu apresentará, na mesma peça, a sua
defesa de fundo, de mérito, que pode ser de dois tipos: direta ou indireta. A defesa
direta é aquela que nega os fatos que o autor descreve na inicial, ou os efeitos que
deles pretende retirar; a indireta é aquela em que o réu, embora não negando os fatos
da inicial, apresenta outros que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos
postulados pelo autor.”(pág 730)
“O réu tem o ônus de impugnar especificamente os fatos narrados na petição inicial,
sob pena de presumirem-se verdadeiros. Cada fato constitutivo do direito do autor
deve ser impugnado pelo réu. É o que dispõe o art. 341 do CPC: “incumbe também ao
réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição
inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas (...)”.”(pág 730)
“O art. 336 determina que compete ao réu não só alegar todas as matérias de defesa,
na contestação, mas ainda especificar as provas que pretende produzir. Trata-se de
ônus equivalente ao imposto ao autor na petição inicial.”(pág 731)
“A contestação, tal como a inicial, deve vir acompanhada dos documentos essenciais
que comprovem as alegações. Trata-se de exigência do art. 434 do CPC que, no
entanto, tem sido interpretado com largueza. O juiz não deixará de receber a
contestação, nem mandará desentranhá-la se já juntada aos autos, apenas porque
desacompanhada de documentos comprobatórios.”(pág 731)
“Ela permanecerá nos autos e os documentos poderão ser juntados posteriormente,
desde que deles se dê ciência à parte contrária (arts. 435 e 437, § 1º, do CPC). Se não
juntados, o juiz apenas considerará não provados os fatos, que por meio deles seriam
demonstrados.”(pág 731)