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Universidade do Estado da Bahia

Departamento de Ciências Humanas- Campus IV- Jacobina

Componente Curricular: Direito Processual Civil

Docente: Rodrigo Guerra

Discente: Lariza dos Santos Silva

FICHAMENTO

Gonçalves, Marcus Vinicius Rios

Direito processual civil / Marcus Vinicius Rios Gonçalves. Coord. Pedro Lenza. 12
ed. - São Paulo: Saraiva Educação, 2021. ( coleção esquematizado).

Da audiência de tentativa de conciliação

“A busca pela solução consensual dos conflitos vem prevista como norma
fundamental do processo civil, no art. 3º, §§ 2º e 3º, do CPC. “( pág 718)
“Desde que a inicial tenha preenchido os requisitos de admissibilidade e não seja caso
de improcedência de plano, o juiz designará audiência de conciliação ou mediação, na
qual atuará necessariamente, onde houver, o conciliador ou mediador.” ( pág 718)
“Será realizada nos centros judiciários de solução consensual de conflitos, previstos
no art. 165, caput, e será designada com antecedência mínima de trinta dias.” (pág
718)
“O réu deverá ser citado com pelo menos 20 dias de antecedência. O juiz só a
dispensará em duas hipóteses: quando não for possível a autocomposição ou quando
ambas as partes manifestarem, expressamente, o seu desinteresse na composição. O
autor deverá fazê-lo na inicial e o réu com no mínimo dez dias de antecedência,

contados da data marcada para a audiência.”(pág 718)


“Somente a recusa expressa de ambas as partes impedirá a realização da audiência de
conciliação ou mediação prevista no art. 334 do CPC/2015, não sendo a manifestação
de desinteresse externada por uma das partes justificativa para afastar a multa de que
trata o art. 334, par. 8º”. ( pág 719)
“Designada a data, o comparecimento das partes é obrigatório. A ausência delas
implicará ato atentatório à dignidade da justiça, incorrendo o ausente em multa de até
2% da vantagem econômica pretendida, que reverterá em favor da União ou do
Estado.”( pág 719)
“A parte poderá, se não puder ou não quiser comparecer, constituir um representante
por meio de procuração específica, com poderes para negociar e transigir, mas que
não se confundirá, em princípio, com o advogado. As partes devem comparecer à
audiência acompanhadas de seus advogados ou de Defensor Público.”(pág 719)
“não importa nulidade do processo a não realização da audiência de conciliação, uma
vez que a norma contida no art. 331 do CPC visa a dar maior agilidade ao processo, e
as partes podem transigir a qualquer momento” (STJ – AgRg no AREsp n.
409.397/MG – Rel. Min. Sidnei Benetti, 3ª Turma, j. em 19/08/2014).( pág 720)
Resposta do réu
“A segunda etapa da fase postulatória é a da apresentação da resposta pelo réu. Essa
fase presta-se a que ambos os litigantes – autor e réu – tenham oportunidade de
manifestar-se, apresentar a sua versão dos fatos e formular eventuais pretensões ao
juízo.”( pág 720)
“De acordo com o art. 238 do CPC, o réu, executado ou interessado é citado para
integrar a relação processual.”(pág 720)
As formas de resposta
“O réu pode apenas defender-se das alegações e das pretensões contidas na petição
inicial. A peça de defesa por excelência é a contestação. Mas pode não se limitar a
defender-se e contra-atacar, por meio de uma ação incidente autônoma, em que dirige
pretensões contra o autor, apresentada na contestação, denominada reconvenção.”(pág
721)
Prazo de contestação no procedimento comum

“O prazo de contestação no procedimento comum é de quinze dias, conforme dispõe o


art. 335 do CPC: “O réu poderá oferecer contestação, por petição, no prazo de 15 dias
(...)”. O prazo da reconvenção é o mesmo, já que ela é apresentada na contestação.
(pág 721)
No caso de não ser designada audiência de tentativa de conciliação, havendo mais de
um réu, o prazo para todos só correrá a partir da juntada aos autos do último aviso de
recebimento ou mandado cumprido.”(pág 721)
Da contestação
É, por excelência, a peça de defesa do réu, por meio da qual ele pode se contrapor ao
pedido inicial. Nela, concentrará todos os argumentos de resistência à pretensão
formulada pelo autor, salvo aqueles que devem ser objeto de incidente próprio.”(pág
722-723)
“Se a petição inicial é a peça que veicula o direito de ação, a contestação é a que se
contrapõe àquela, ao apresentar a resistência, a defesa do réu.”(pág 723)
“Somente os fundamentos de fato e de direito que embasam o pedido inicial
constituem a causa de pedir, não os fundamentos da defesa, o que é de grande
relevância para a identificação das ações e terá importantes consequências em relação
aos fenômenos da litispendência e da coisa julgada.”( pág 723)
“Cumpre ao réu, na própria contestação, apresentar todas as razões que possam levar
ao desacolhimento do pedido, ainda que não sejam compatíveis entre si.”(pág 724)
“As defesas podem ser classificadas em três categorias:
■ processuais, cujo acolhimento implique extinção do processo sem resolução de
mérito (por exemplo, a falta de condições da ação ou pressupostosprocessuais);
■ processuais, que não impliquem extinção do processo, mas a sua dilação (como a
incompetência do juízo ou o impedimento do juiz, que, se acolhidos, determinarão a
remessa dos autos a outro juízo ou juiz);
■ defesas substanciais ou de mérito.
Antes de apreciar as defesas de mérito, o juiz precisa examinar as processuais, por
isso mesmo, chamadas preliminares.”(pág 724)

“O art. 337 do CPC enumera as preliminares, questões que devem ser apreciadas pelo
juiz antes do passar ao exame do mérito. São as defesas de cunho processual, que
podem ser de duas espécies: as de acolhimento que implique a extinção do processo;
ou as de acolhimento que resulte apenas em sua dilação.”(pág 725)
Alegação de incompetência absoluta ou relativa
“Caso o réu alegue, como preliminar, a incompetência do juízo, seja ela absoluta, seja
relativa, ele poderá apresentar a contestação no foro de seu próprio domicílio, o que
deverá ser comunicado ao juiz da causa de imediato, se possível por meio
eletrônico.”(pág 726)
“Se o réu alegar a incompetência, absoluta ou relativa do juízo onde corre o processo,
a audiência de tentativa de conciliação será suspensa até que a questão seja definida,
após a qual será designada nova data.”(pág 726)
“Acolhida a alegação de incompetência, as decisões proferidas pelos juízos
incompetentes conservarão sua eficácia até que outra seja proferida pelo juízo
competente, se for o caso. Caberá, assim, ao juízo competente decidir se ratifica a
decisão anterior ou se profere outra no lugar. Enquanto não for proferida outra, a
decisão anterior permanece eficaz (art. 64, § 4º, do CPC).”(pág 727)
“Os arts. 338 e 339 do CPC trazem importante regra, que flexibiliza, em parte, o
princípio da estabilidade da demanda. O art. 329 veda que, depois da citação do réu,
haja alteração do pedido ou da causa de pedir, a menos que haja o consentimento do
réu.”(pág 727)
“O art. 338, porém, permite a substituição do réu, sempre que ele alegar ser parte
ilegítima ou não ser o responsável pelo dano.”(pág 727)
“O réu que, ao contestar a ação, arguir a preliminar de ilegitimidade de parte deverá,
sempre que tiver conhecimento, indicar quem é o verdadeiro legitimado, isto é, o
sujeito passivo da relação jurídica discutida. Cabe a ele indicar, nomear aquele que é o
verdadeiro responsável, o sujeito passivo da relação.”(pág 728)
“A arguição de ilegitimidade de parte com a indicação do verdadeiro legitimado
poderá implicar alteração do polo passivo, com a substituição do réu originário por
outro. No entanto, como compete ao autor decidir em face de quem ele quer
demandar, seria impossível deferi-la, sem que ele consentisse e promovesse o
aditamento da inicial.”(pág 728)
“Se o autor disser que não concorda, ou simplesmente silenciar, deixando de aditar a
inicial, o processo prosseguirá contra o réu originário, e o juiz, no momento oportuno,
terá de apreciar a alegação de ilegitimidade de parte, extinguindo o processo sem
resolução de mérito, se a acolher.”(pág 729)
“Para que ocorra a substituição, não há necessidade de anuência ou concordância do
novo réu, que substituirá o anterior. Se ele entender que não tem a qualidade que lhe
foi atribuída pelo réu originário, deverá alegá-lo em contestação.”(pág 729)
“Depois de arguir eventuais preliminares, o réu apresentará, na mesma peça, a sua
defesa de fundo, de mérito, que pode ser de dois tipos: direta ou indireta. A defesa
direta é aquela que nega os fatos que o autor descreve na inicial, ou os efeitos que
deles pretende retirar; a indireta é aquela em que o réu, embora não negando os fatos
da inicial, apresenta outros que modifiquem, extingam ou impeçam os efeitos
postulados pelo autor.”(pág 730)
“O réu tem o ônus de impugnar especificamente os fatos narrados na petição inicial,
sob pena de presumirem-se verdadeiros. Cada fato constitutivo do direito do autor
deve ser impugnado pelo réu. É o que dispõe o art. 341 do CPC: “incumbe também ao
réu manifestar-se precisamente sobre as alegações de fato constantes da petição
inicial, presumindo-se verdadeiras as não impugnadas (...)”.”(pág 730)
“O art. 336 determina que compete ao réu não só alegar todas as matérias de defesa,
na contestação, mas ainda especificar as provas que pretende produzir. Trata-se de
ônus equivalente ao imposto ao autor na petição inicial.”(pág 731)
“A contestação, tal como a inicial, deve vir acompanhada dos documentos essenciais
que comprovem as alegações. Trata-se de exigência do art. 434 do CPC que, no
entanto, tem sido interpretado com largueza. O juiz não deixará de receber a
contestação, nem mandará desentranhá-la se já juntada aos autos, apenas porque
desacompanhada de documentos comprobatórios.”(pág 731)
“Ela permanecerá nos autos e os documentos poderão ser juntados posteriormente,
desde que deles se dê ciência à parte contrária (arts. 435 e 437, § 1º, do CPC). Se não
juntados, o juiz apenas considerará não provados os fatos, que por meio deles seriam
demonstrados.”(pág 731)

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