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PROPAGANDA ELEITORAL

ARTHUR ROLLO
arthur@albertorollo.com.br
CONCEITO
A propaganda eleitoral é a espécie de propaganda
política, que visa captar o voto dos eleitores e que só
pode ser veiculada a partir do dia 16 de agosto do ano
da eleição. É através dela que os candidatos, partidos
e coligações se tornam conhecidos perante os
eleitores, manifestando suas ideias, propostas e
opiniões. Decorre do direito constitucional de
manifestação de pensamento.
A propaganda eleitoral não pode ser mentirosa ou
tentar enganar o eleitor, a partir de promessas
mirabolantes. Não pode também criar estados
mentais, emocionais ou passionais, que choquem o
eleitor e causem conturbação social – art. 242,
“caput” CE.
Período de
Propaganda Objetivo divulgação. Formas

Obter o voto do A partir de 16 de Previstas na


eleitor. agosto do ano da lei 9504/97.
Eleitoral eleição.

Intrapartidária Escolha do postulante Na quinzena Não pode


Pré- em convenção. anterior à rádio, tv,
convenção (a outdoor e
convencional partir de 05.07) internet.

Divulgação das idéias e Até 30 de junho do Previstas na lei


Partidária das ações do partido. ano eleitoral. 9096/95.
Propaganda eleitoral ilícita:
Quanto ao tempo: anterior a 16 de agosto do ano
eleitoral e nas datas vedadas pela lei;
Quanto à forma: realizada nas formas proibidas pela
lei ou em língua estrangeira;
Quanto à origem dos recursos: realizada mediante
emprego de recursos de origem vedada;
Quanto à matéria: que veicula assuntos vedados pela
legislação eleitoral.
Propaganda eleitoral antecipada: ilícita
quanto ao tempo da divulgação
A propaganda eleitoral realizada antes de 16 de
agosto do ano da eleição é punida com multa de
R$5.000,00 a R$25.000,00 ou equivalente ao custo
da propaganda, se maior (§3° do art. 36 da Lei n°
9.504/97 – redação da lei n° 12.034/09)
Não configuram propaganda antecipada
Art. 36-A da Lei n° 9504/97 :
I - a participação de filiados a partidos políticos ou de pré-candidatos em entrevistas, programas,
encontros ou debates no rádio, na televisão e na internet, inclusive com a exposição de
plataformas e projetos políticos, observado pelas emissoras de rádio e de televisão o dever de
conferir tratamento isonômico;
II - a realização de encontros, seminários ou congressos, em ambiente fechado e a expensas dos
partidos políticos, para tratar da organização dos processos eleitorais, discussão de políticas
públicas, planos de governo ou alianças partidárias visando às eleições, podendo tais atividades
ser divulgadas pelos instrumentos de comunicação intrapartidária;
III - a realização de prévias partidárias e a respectiva distribuição de material informativo, a
divulgação dos nomes dos filiados que participarão da disputa e a realização de debates entre os
pré-candidatos;
IV - a divulgação de atos de parlamentares e debates legislativos, desde que não se faça pedido
de votos;
V - a divulgação de posicionamento pessoal sobre questões políticas, inclusive nas redes sociais;
VI - a realização, a expensas de partido político, de reuniões de iniciativa da sociedade civil, de
veículo ou meio de comunicação ou do próprio partido, em qualquer localidade, para divulgar
ideias, objetivos e propostas partidárias.
Pedido direto de voto é proibido na
pré-campanha:
O postulante pode dizer que é pré-candidato e pode
divulgar: seus méritos, suas plataformas, projetos
políticos e qualidades pessoais. Pode até pedir apoio
político.
Essa divulgação pode ser pessoal, através de redes
sociais e partidária. O que não pode haver é o pedido
direto de voto.
Prévias partidárias não podem
ser transmitidas ao vivo:

É permitida apenas a cobertura jornalística pelos


meios de comunicação, mas a transmissão ao vivo é
proibida.
A jurisprudência sobre propaganda
antecipada está superada:

As modificações introduzidas pela lei 13.165 de


2015 levarão à reavaliação da jurisprudência pela
Justiça Eleitoral.
Pode o partido – Res. TSE 7.133

O partido pode veicular semanalmente propaganda


partidária paga na imprensa escrita, por ausência de
vedação da lei 9.096̸95.
Na propaganda intrapartidária é
permitida CTA – 1673 - TSE:
- a remessa de mensagens eletrônicas, dirigidas
exclusivamente aos filiados;
- a remessa de cartas, exclusivamente aos filiados;
- a utilização de faixas e cartazes, EM LOCAL PRÓXIMO
À CONVENÇÃO OU PRÉVIAS;
- a distribuição de folhetos aos filiados, nos limites do
partido.
Proximidade do local da convenção
decisão Flávio Yarshell – TRE/SP MS
2549 DOE 30.06.08

“Adjacências do local da convenção não devem ir


além de cinco quarteirões ou mil (1000) metros, o
que for menor.”
Remoção após a convenção:

A propaganda intrapartidária deve ser retirada


imediatamente após a respectiva convenção.
Não retirada configura propaganda antecipada.
Desvirtuamento da propaganda
intrapartidária:
“AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROPAGANDA ELEITORAL.
PRÉVIAS. CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS. OSTENSIVIDADE E POTENCIAL DE ATINGIR OS
ELEITORES EM GERAL. PROPAGANDA ANTECIPADA CONFIGURADA. NÃO PROVIMENTO.
1. A utilização de faixas, cartazes e carros de som é permitida nas prévias e nas
convenções partidárias desde que a mensagem seja dirigida aos filiados e que o
âmbito intrapartidário não seja ultrapassado. Precedente.
2. Na espécie, o Tribunal de origem afirmou que a publicidade veiculada durante a
realização de convenção intrapartidária foi ostensiva e com potencial de atingir os
eleitores em geral.
3. Agravo regimental não provido.” TSE, AgR-AI nº 362814, Acórdão de 12/03/2013,
Relatora Min. FÁTIMA NANCY ANDRIGHI, DJE de 22/04/2013.
REPRESENTAÇÃO. PROPAGANDA ELEITORAL ANTECIPADA. OUTDOOR FIXADO EM
CAMINHÃO. CONVENÇÃO PARTIDÁRIA. POSSIBILIDADE DE ATINGIR ELEITORES.
CONFIGURADA. IMPACTO VISUAL ASSEMELHADO A OUTDOOR. AGRAVO
REGIMENTAL DESPROVIDO.
1. Os limites da propaganda intrapartidária foram ultrapassados, pois foi realizada
propaganda eleitoral antecipada por meio de outdoor, fixado em caminhão,
estacionado em via pública, em frente ao local designado para a convenção
partidária, de forma ostensiva e com potencial para atingir os eleitores.
2. De acordo com o entendimento adotado nesta Corte Superior: Para fins de
configuração de outdoor, a que se refere o art. 39, § 8º, da Lei nº 9.504/97, não é
exigido que a propaganda eleitoral tenha sido veiculada por meio de peça
publicitária explorada comercialmente, bastando que o engenho ou o artefato,
dadas suas características e/ou impacto visual, se equipare a outdoor. (Respe nº
2641-05/PI, Rel. Ministro ARNALDO VERSIANI, DJE 27.5.2011)
3. Agravo regimental desprovido. TSE, AgR-AI nº 3815, Acórdão de 04/02/2014,
Relatora Min. LAURITA HILÁRIO VAZ, DJE de 20/02/2014.
Adesivos em veículos e letreiros em
escritórios políticos:
Permitidos pela Resolução TSE 21.039/2002,
decorrente da resposta à consulta 704. Podem
conter “apenas o nome e o cargo do parlamentar”
Sedes e dependências do partido:
É assegurado aos partidos políticos registrados o
direito de, independentemente de licença da
autoridade pública e do pagamento de qualquer
contribuição, fazer inscrever, na fachada de suas
sedes e dependências, o nome que os designe, pela
forma que melhor lhes parecer (Código Eleitoral, art.
244, I e II).
Boletins informativos da atividade
parlamentar continuam permitidos, mesmo
para aqueles que concorrem na eleição, mas
não pode haver confusão com propaganda
eleitoral.
Propaganda institucional de
governo deve ser impessoal:
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter
educativo, informativo ou de orientação social, dela
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens
que caracterizem promoção pessoal de autoridades
ou servidores públicos. (art. 37, §1° CF)
Início da propaganda eleitoral:
FORMA DE PROPAGANDA INÍCIO

Em geral 16 de agosto do ano da


eleição

Gratuita no rádio e TV 26 de agosto do ano da


1º turno eleição

Gratuita no rádio e TV A partir de 48 horas após a


proclamação dos resultados
2º turno do 1º turno
Fim da propaganda eleitoral
Forma de propaganda Fim

Em geral. Véspera da eleição.

Distribuição de material gráfico, realização 22 horas da véspera da eleição.


de caminhadas e carreatas, carros de som
Propaganda paga na imprensa escrita e Antevéspera da eleição.
reprodução na internet de jornal impresso
Propaganda eleitoral gratuita no rádio e Antevéspera da eleição.
na TV – 1º e 2º turnos.
Propaganda eleitoral na internet e Véspera da eleição.
mediante remessa de e-mail
Debates e comícios. A lei não prevê, mas as resoluções do TSE
definem o seu fim.
Calendário das eleições de 2016.
16 de agosto Início da propaganda eleitoral em geral

26 de agosto Início da propaganda eleitoral gratuita no rádio e na


TV

Último dia para a divulgação da propaganda eleitoral


gratuita no rádio e na TV (art. 47, “caput” Lei
9504/1997); último dia para propaganda política
29 de setembro mediante reuniões públicas e comícios e utilização
(3 dias antes) de aparelhagem de sonorização fixa, entre as 8 e as
24 horas, com exceção do comício de encerramento
da campanha, que poderá ser prorrogado por mais
duas horas (art. 39, §§ 4º e 5º, inciso I Lei nº
9.504/1997); último dia para a realização de debates
no rádio e na televisão, admitida a extensão até as 7
horas do dia 30 de setembro de 2016.
30 de setembro Último dia para a divulgação paga, na imprensa
(2 dias antes) escrita, de propaganda eleitoral e para a reprodução
de jornal impresso na internet, contendo
propaganda eleitoral (art. 43, Lei nº 9.504/1997).
Ilicitude da propaganda eleitoral
quanto à forma:
Art. 242 do CE – a propaganda eleitoral deve mencionar a legenda partidária, deve
ser feita em português e não pode criar estados mentais, emocionais ou passionais;
Propaganda da eleição majoritária fará constar nome da coligação sob a legenda de
todos os partidos (legível);
Propaganda da proporcional – legenda do partido sob o nome da coligação;
SÓ CABE APREENSÃO;
Denominação da coligação não pode fazer referência a nome ou número de
candidato nem conter pedido de voto (art. 6º, §1°-A da Lei n° 9.504̸97).
Da propaganda dos candidatos a cargo majoritário deverão constar também os
nomes dos candidatos a vice, em tamanho não inferior a 30% do nome do titular,
9.504/97, art. 36, § 4º .
Registro de candidatura “sub judice” –
substituição até 12.09
O candidato cujo registro esteja sub judice poderá
efetuar todos os atos relativos à sua campanha
eleitoral, inclusive utilizar o horário eleitoral gratuito,
para sua propaganda, no rádio e na televisão (Lei nº
9.504/97, art. 16-A). Vale o mesmo para o candidato
com pedido de registro tempestivamente
protocolado.
Propaganda eleitoral em bens públicos e
de uso comum:
Está vedada a veiculação de propaganda de qualquer
natureza, inclusive pichação, inscrição a tinta e
exposição de placas, estandartes, faixas, cavaletes,
bonecos e assemelhados, inclusive nos postes de
iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos,
passarelas, pontes, paradas de ônibus e outros
equipamentos urbanos.
Em bens públicos só é permitida:
a colocação de mesas para distribuição de material
de campanha e a utilização de bandeiras ao longo das
vias públicas, desde que móveis (colocadas às 6 e
retirados às 22 horas) e que não dificultem o bom
andamento do trânsito de pessoas e veículos.
Não pode em árvores e jardins
LOCALIZADOS EM ÁREAS PÚBLICAS:
Não pode haver propaganda eleitoral em árvores
e jardins públicos e nem tampouco em muros,
cercas e tapumes divisórios de obras públicas.
Dependências do Legislativo:

Depende de ato da mesa. Se não houver, está


proibida;
Link no site da Câmara para os sites dos candidatos
não pode.
Bens de uso comum:
§4º do art. 37 da Lei 9504/97 considera bens de
uso comum aqueles, ainda que particulares “a que
a população em geral tem acesso, tais como
cinemas, clubes, lojas, centros comerciais,
templos, ginásios, estádios”.
Distribuição na porta pode!!!
Prévio conhecimento:
Responsável direto pela propaganda em bem público
é punido. Beneficiário somente se for provado o
prévio conhecimento;
Notificação para restabelecer o bem em 48 horas,
sob pena de multa (ar. 37, §1° da Lei 9.504̸97);
Em bens particulares:
Pode ser veiculada propaganda eleitoral, mediante
adesivo ou papel, QUE NÃO EXCEDA A MEIO METRO
QUADRADO (art. 37, §2° da Lei 9504̸̸97;
Em bens tombados não pode;
Cessão dos imóveis deve ser espontânea e gratuita
(candidato não pode pagar);
Autorização deverá ser concedida pelo possuidor direto
do imóvel (art. 12, §1° da Resolução 23.404);
Limite de 0,5 m² vale também para comitê.
Em bens particulares:
Está proibida a pintura de muros, fachadas e paredes
(inscrição ou pintura).
Artefatos com dimensões acima
de 0,5 m²:
Duas placas no mesmo imóvel – dimensões são
somadas – justaposição efeito visual único;
Terrenos contíguos – IPTUs diferentes.
A Resolução do TSE considera outdoor engenho
publicitário explorado comercialmente e placas
justapostas ou acima das dimensões permitidas,
sujeitas à pena do art. 39, par. 8º da Lei 9504-97 (multa
de 5000,00 a 15.000,00)
Sede do partido ≠ Comitê (art.
10, I e II da Resolução 23.404:
Partidos podem “fazer inscrever, na fachada de
suas sedes e dependências, o nome que os
designe, pela forma que melhor lhes parecer”.
Não precisa respeitar 0,5 m² desde que não se
trate de comitê de partido, coligação ou
candidato.
Distribuição de folhetos, volantes e
impressos:
Devem ser editados sob a responsabilidade do partido,
da coligação ou do candidato;
Dobradas: os gastos relativos a cada candidato deverão
constar na respectiva prestação de contas, ou apenas
naquela relativa ao que houver arcado com os custos.
Devem conter o número do CNPJ da gráfica ou do CPF
do responsável pela confecção, bem como do CNPJ do
candidato, assim como a tiragem, art. 38, §1° da Lei n°
9504/97.
Distribuição de folhetos, volantes e
impressos:
Impressão em braille é facultativa.
Adesivos em veículos:
Poderão ter dimensão máxima de 50 (cinquenta)
centímetros por 40 (quarenta) centímetros.
Proibido o envelopamento completo do veículo. No
vidro traseiro só pode adesivo microperfurado até o
limite da sua extensão total. Nos outros vidros são
permitidos adesivos até a dimensão acima (um por
face, inclusive pára-choque dianteiro).
Comícios e reuniões, públicas e
particulares:
Candidato, partido ou coligação comunicará à autoridade
policial com, no mínimo, 24 horas de antecedência para
preservar o local e garantir trânsito e segurança;
Reclamações serão decididas pelos Juízes Auxiliares e pelos
Juízes Eleitorais, que deverão assegurar a distribuição
equitativa dos locais;
Podem ser realizados entre 8 e 24 horas, com exceção do
comício de encerramento da campanha, que poderá ser
prorrogado por mais 2 (duas) horas.
Não pode showmício:
Artista não pode animar, ainda que gratuitamente (pode
comparecer); Nem candidato artista pode;
Não pode saracoteio;
DJ não pode;
Pode jingle de campanha;
Locutor não famoso pode porque fará “apresentação”;
Não pode reproduzir shows e DVDs em telões. Telões só
para transmitir o próprio evento. Consulta TSE 1.261.
Trio elétrico:

Pode ser utilizado apenas na sonorização dos


comícios. Não pode utilizar em carreatas ou como
carro de som, ainda que pertença ao candidato.
Candidatos artistas podem continuar
fazendo show – art. 10, par. 5º, Res
23404:
• Candidatos artistas podem exercer a
profissão durante o período eleitoral, DESDE
QUE NÃO HAJA NENHUMA ALUSÃO A
CANDIDATURA OU A CAMPANHA ELEITORAL,
AINDA QUE EM CARÁTER SUBLIMINAR.
Não pode simulador de urna (art.
80 da Resolução 23.404:
• Resolução TSE 21.161-2002
Alto-falantes e amplificadores de
som:
• Aparelhagem de sonorização fixa e em veículos – permitida entre
8 e 22 horas, até a véspera da eleição;
• Em comícios das 8 às 24 horas (encerramento da campanha 2
horas da manhã);
• Distância mínima de 200 metros:
– Das sedes do Executivo, Legislativo, Judiciário, quartéis e
estabelecimentos militares;
– Hospitais e casas de saúde;
– Escolas, bibliotecas, igrejas, teatros, quando em
funcionamento.
Carros de som e minitrios:
• Carro de som – potencia nominal de amplificação
de, no máximo, dez mil watts (vale carroça);
• Só automotor com potencia nominal de
amplificação maior que dez mil watts e menor
que vinte mil watts.
• Medição a sete metros de distancia deve respeitar
limite de oitenta decibéis de nível de pressão
sonora.
Proibidos brindes e materiais que tragam
vantagem ao eleitor:
• Não pode confeccionar, utilizar, distribuir e autorizar
a utilização ou distribuição de brindes,
especialmente camisetas, chaveiros, bonés, canetas,
cestas básicas, ou algo que proporcione “vantagem”
ao eleitor;
• Art. 23, §5° da Lei 9504 veda doação ou ajuda por
parte de candidato entre o registro e a eleição.
PODE UNIFORMIZAR PESSOAL DE
CAMPANHA:
• “AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA.
ELEIÇÕES 2006. DEPUTADO ESTADUAL. REITERAÇÃO DE RAZÕES DA
PETIÇÃO INICIAL. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA.
• I - O agravante deve atacar especificamente os fundamentos da decisão
agravada, não se limitando a reproduzir as razões do pedido indeferido
(Súmula 182 do Superior Tribunal de Justiça).
• II - A utilização de uniforme por cabos eleitorais não implica nas condutas
descritas no art. 39, § 6º, e no art. 41-A, da Lei 9.504/1997.
• III - Decisão agravada que se mantém pelos seus próprios fundamentos.
• IV - Agravo regimental a que se nega provimento.” TSE, ARCED nº 695,
Acórdão de 08/10/2009, Relator Min. RICARDO LEWANDOWSKI, DJE de
30/11/2009.
Material institucional que pode ser
comercializado pelos partidos e
coligações:
• É aquele que não contém nome e número de
candidato e tampouco o cargo em disputa –
art. 10, IV da Resolução 23.404.
Proibidos os outdoors:
• Outdoor, para fins eleitorais, são os “engenhos
publicitários explorados comercialmente”;
• Respondem a empresa, os partidos, coligações
e candidatos;
• Pena multa de R$5.000,00 a R$15.000,00, art.
39, par. 8º da Lei 9504-97.
PROIBIDA A UTILIZAÇÃO DE
TELEMARKETING – art. 25, §2° da
Resolução TSE 23.404:

• Em qualquer horário;
• Pode sms no celular?
Manifestação do eleitor na internet:
• Eleitor só será punido se ofender a honra ou se
divulgar fatos sabidamente inverídicos;
• Eleitor pode manifestar apoio a candidato ou partido
sem que isso configure propaganda antecipada;
• Candidatos não podem orquestrar e não podem
impulsionar (pagar no face). Tem que ser espontanea
a manifestação.
Propaganda eleitoral na internet:
• Proibida propaganda paga, especialmente aquisição de
espaços publicitários em provedores e sítios de
internet. PAGAR NO FACE NÃO PODE!!!;
• Vedado o anonimato art. 24 Res. TSE 23.457;
• Proibida veiculação de propaganda em sítios de
pessoas jurídicas, em sítios oficiais ou hospedados por
órgãos ou entidades da administração pública direta
ou indireta;
• Multa de R$5.000,00 a R$30.000,00.
Propaganda eleitoral na internet:
• Proibida propaganda paga, especialmente
aquisição de espaços publicitários em provedores
e sítios de internet;
• Proibida veiculação de propaganda em sítios de
pessoas jurídicas, em sítios oficiais ou
hospedados por órgãos ou entidades da
administração pública direta ou indireta;
• Multa de R$5.000,00 a R$30.000,00.
Propaganda eleitoral na internet:
• Pode ser veiculada APENAS DE FORMA GRATUITA:
– nos sítios dos candidatos comunicados à Justiça Eleitoral e
hospedados em provedores situados no Brasil;
– nos sítios dos partidos e das coligações hosp. Brasil;
– por mensagens eletrônicas para endereços cadastrados
gratuitamente pelos candidatos, partidos ou coligações –
NÃO PODE COMPRAR OU RECEBER GRATUITAMENTE MALA
DIRETA;
– Em blogs, redes sociais, sítios de mensagens instantâneas e
assemelhados, com conteúdo gerado por partido coligação,
candidato ou pessoas naturais.
Empresa estrangeira responde
solidariamente:
• Filial, sucursal, escritório ou estabelecimento
de empresa estrangeira no país responde
solidariamente (art. 22, parágrafo 2º da
Resolução TSE 23.457)
Responsabilidade dos provedores:
• Provedor de acesso – responsável pela conexão entre o usuário e a
internet
• Provedor de serviços – prestam ao usuários serviços e ferramentas, que
podem compreender o acesso à internet;
• Provedores de hospedagem – fornecem o meio físico para manutenção
de determinados arquivos ou páginas na rede – não interferem no
conteúdo;
• Provedor de informação – cria e divulga informação através da internet
– é o autor da informação disponibilizada pelo provedor de conteúdo;
• Provedor de conteúdo – disponibiliza na internet as informações
criadas ou desenvolvidas pelos provedores de informação, por servidor
próprio ou de provedor de hospedagem.
Provedor de informação:
• Sempre tem prévio conhecimento porque é o
próprio autor da informação.
Provedores de conteúdo e serviços:
• Têm prévio conhecimento apenas se forem também
provedores de informação, o que depende de prova para
ensejar sua responsabilização (art. 57-F, “caput” da Lei);
• Prévio conhecimento poderá ser caracterizado também
mediante notificação diretamente encaminhada pelo
interessado, descrevendo claramente a possível ilegalidade;
• Youtube (google) e facebook não têm conhecimento de
informações inseridas por terceiros – se não retirarem o
conteúdo depois de notificados passam a responder.
• Blogs, twitter, facebook, youtube, etc.
Provedores respondem:
• Se notificados pela Justiça Eleitoral da decisão no
sentido da irregularidade da propaganda não a
retirarem no prazo assinalado na notificação;
• Se notificados diretamente pelo candidato
prejudicado da irregularidade da propaganda não a
retirarem do ar – art. 24, par. 2º da Resol. 23.404;
• Ofendido tem direito de resposta – art. 57-D, “caput”
da Lei 9504̸97.
• Multa de R$5.000,00 a R$30.000,00.
• www.registro.br
• “lan houses”
Proibido o “spam”:
• Mensagens enviadas para pessoas cadastradas
gratuitamente devem possibilitar o
descadastramento do destinatário;
• Mensagens eletrônicas enviadas após 48 horas
do pedido de descadastramento sujeitam os
responsáveis a multa de R$100,00 por
mensagem.
Propaganda eleitoral na imprensa escrita:
• Até a antevéspera das eleições, 30.09;
• Até dez anúncios de propaganda eleitoral por veículo,
em datas diversas, por candidato. Limites 1/8 de
página de jornal padrão e ¼ de página de revista ou
tablóide.
• Jornais com propaganda eleitoral podem ser
reproduzidos na internet até a antevéspera das
eleições no site do veículo de comunicação, com
mesmo formato.
Imprensa escrita pode emitir opinião
favorável ou contrária a candidato,
partido ou coligação – art. 30, §4° da
Resolução 23.457:
• Abusos e excessos serão apurados e punidos nos
termos do art. 22 da LC 64̸90.
Anúncio na imprensa escrita:
• Deve fazer constar, de forma visível, o valor pago
pela inserção.
• Pena multa de R$1.000,00 a R$10.000,00.
Responsabilidade objetiva – art. 30, par.
6º Resolução 23.457.
• “O limite de anúncios previsto no caput será
verificado de acordo com a imagem ou nome do
respectivo candidato, independentemente de
quem tenha contratado a divulgação da
propaganda.”.
Debates:
• Convites devem ser feitos com antecedência mínima de 72
horas;
• Vedada a presença de um mesmo candidato a eleição
proporcional em mais de um debate da mesma emissora;
• Se apenas um candidato comparecer, poderá ser feita entrevista
com quem compareceu;
• No primeiro turno, o debate pode se estender até as 7 horas do
dia 30 de setembro;
• No segundo turno, não poderá ultrapassar a meia-noite do dia
28 de outubro;
• Descumprimento enseja suspensão (circunscrição do pleito) da
programação da emissora por 24 horas, duplicada em caso de
reincidência.
Debates:
• Eleição majoritária – deve haver acordo entre a emissora e, no
mínimo 2/3 dos candidatos aptos – se não houver acordo todos
devem estar presentes ou devem ser feitos debates com no
mínimo 3 candidatos com a participação de todos os candidatos;
• Eleição proporcional – deve haver acordo entre a emissora e, no
mínimo, 2/3 dos partidos ou coligações com candidatos aptos –
se não houver acordo deve ser assegurada participação
equivalente de candidatos de todos os partidos e coligações,
podendo desdobrar-se em mais de um dia.
• Serão sorteados o dia do debate e a ordem de fala dos
candidatos.
Debates na internet:
• Regras definidas pela legislação eleitoral só
valem para rádio e televisão. Podem ser
realizados sem maiores exigências.
Propaganda eleitoral no rádio e TV:
• Maiores restrições ao rádio e TV;
• Restrições coexistem com a liberdade de imprensa
– deve ser respeitada a isonomia;
• Só pode no horário eleitoral gratuito – não pode
comprar horário;
• Horário gratuito vai de 26.08 a 29.09;
• Só quando houver geradora de sons e imagens.
Rede de Prefeito – segunda a sábado:

RÁDIO 7 às 7:10 12 às 12:10

TV 13 às 13:10 20:30 às
20:40
Inserções Prefeito e Vereador:
• De 30s e 60s de duração, veiculadas de segunda a
domingo por 72 minutos por dia, entre as 5 e as 24
horas;
• Distribuição de 60% para Prefeito e 40% a Vereador.
VÉSPERA DA ELEIÇÃO – PROIBIDA A
FORRAÇÃO?
• Art. 14, par. 7º da Resolução TSE 23.457 –
proíbe expressamente o “derrame de material
de propaganda no local de votação ou nas vias
próximas”.
Dia da eleição:
Pode manifestação individual e silenciosa da vontade;
Não pode manifestação coletiva com vestuário
padronizado;
Não pode padronizar vestuário dos fiscais – art. 39-A,
§3° da Lei 9504-97;
Boca de urna é crime.
Crimes na propaganda eleitoral:
• “Inutilizar, alterar ou perturbar meio de propaganda
devidamente empregado” é crime art. 331 do CE;
• “Impedir o exercício de propaganda” é crime art. 332
do CE;
• Fazer propaganda eleitoral em língua estrangeira art.
335, par. único CE;
• Participar estrangeiro ou brasileiro que não esteja no
gozo dos direitos políticos de atos partidários, comícios
e atos de propaganda eleitoral – art. 337, “caput” CE –
condenado criminalmente.
Responsabilidade penal do partido
político e da coligação:
• Respondem criminalmente pelos partidos e
coligações seus representantes legais – art. 90,
par. 1º da Lei 9504/97.
Caracterização do prévio conhecimento:
• Notifica para retirar em 48 horas, especificando
localização e características da propaganda
irregular, sob pena de ficar caracterizado o prévio
conhecimento;
• Notificação poderá ser realizada diretamente por
candidato, partido, coligação, MP ou Justiça
Eleitoral ao beneficiário ou responsável pela
propaganda, com AR;
Aplicação da multa acima do mínimo
legal:
• Deve ser fundamentada considerando – art.
103 “caput” Res. TSE 23.457:
– Condição econômica do infrator;
– Gravidade do fato;
– Repercussão da infração.
• Pode aumentar em até dez vezes – art. 367,
§2º CE – se o candidato for rico.

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