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CAT Práticas (docente Rita Curro)

Contencioso Administrativo e Tributário (Universidade de Lisboa)

A Studocu não é patrocinada ou endossada por alguma faculdade ou universidade


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CAT
AULAS PRÁTICAS
Dadas por Ritinha <3 !

AULA Nº 1

Coletânea de casos de CAT, livro vermelho *

Bibliografia que devemos ter:

-Manual do Vasquinho, CA no divã da psicanalise (vai acompanhar + aproximadamente


as teóricas).

-Manual do professor Mário Aroso de almeida.

-Manual do professor Vieira de Andrade, a justiça administrativa, lições.

Legislação:

-CPTA

-ETAF

Método de avaliação:

-Participação 50/50, aka ponderação global toda dada.

-Dois posts num blog que vamos criar ? 1º post até dia 5 de Novembro e o 2º post até 5
de Dezembro

-Simulação de julgamento, enunciado para todas as turmas e criar grupos conflituais.

-Frequência em Dezembro yey.

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Debate na próxima aula: 1º capítulo e vamos fazer o exercício de debate 1º, vamos
criar duas equipas com 5 voluntários, CA em França vs CA no Reino Unido (defender o
que era, pk era bom, as diferenças entre o outro, as vantagens e as desvantagens).

FICHA A4!

AULA Nº 2, DIA 13 DE OUT. DE 21

Aula das apresentações do regime francês vs UK.

Sistema executivo em franca e judicial no UK.

O sistema Fr foi difundido para a europa continental, Espanha, Portugal e Alemanha.

O sistema do UK foi exportado para os países anglo saxónicos.

Existem diferenças entre o sistema franceses e do UK.

Há diferenças quanto à organização, do controlo jurisdicional, do direito regulador da


administração, quanto à execução das decisões administrativas e quanto às garantias dos
particulares.

-No que toca à organização, no UK temos uma inicial descentralização dos poderes da
AP, enquanto no sistema Francês temos uma centralização dos poderes da AP, que
posteriormente será menos centralizada.

-Qnt ao controlo jurisdicional da AP, temos no UK uma inicial subordinação da AP aos


T comuns no âmbito do sistema com unidade de jurisdição e posteriormente surgem os
administrative tribunals, que não surgem como os TA franceses. A AP no UK continua
sujeita ao controlo dos T comuns. No sistema francês temos inicialmente. Uma sujeição
da A aos TA, num sistema de dualidade de jurisdição.

Posteriormente com o aumento das relações dos particulares e estados foram sujeitas a T
judiciais e os TA não deixam de controlar a aplicação do TA, mas continua a haver mts
casos em que a AP continua a atuar no dto privado.

-Qnt ao direito regular da administração. Regulação pelo dto comum no UK, depois há
crescimento da função prestadora da AP, há especialização. No sistema Francês há

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subsistema e um dto regulador da AP, um DA, e depois passa a atuar em diversos


âmbitos tmb de acordo com o dto privado.

-Qnt à execução das decisões administrativas. No sistema britânico temos um sistema


de heterotutela. Depois as decisões passam a ser obrigatórias para os cidadãos sem
sentença que as torne obrigatórias.

No sistema francês temos uma auto tutela. Mais tarde isto vai permitir aos particulares
conseguirem a suspensão da eficácia das decisões unilaterais da AP junto dos TA.

-Qnt às garantias dos particulares: no UK temos uma AP que inicialmente n responde


pelos atos praticados pelos sues agentes, há uma diminuição das garantias dos
particulares, depois temos os T que não podem exercer os poderes discricionários da AP.
Temos uma redução destas garantias jurídicas dos particulares como os conhecemos. No
Francês inicialmente o E é responsabilizado por todos os atos e os T podem declarar,
sendo que os atos dos órgãos e dos agentes que desobedecem padecem de ilicitude,
consequentemente há aumento das garantias.

Pontos essenciais para saber:

Há dois acontecimentos que foram traumáticos no âmbito do CA:

1º são as circunstâncias do nascimento do CA que surge na revolução francesa e que é


concedido como privilégio do foro da AP, e que não assegura os direitos dos
particulares.

2º circunstâncias em que foi afirmada a autonomia do DA. Que surge para justificar a
necessidade de limitar a responsabilidade da AP perante uma criança de 5 anos que foi
atropelada por um vagão de serviço publico, pelo que a sua afirmação fica associada a
uma hst de negação dos dtos dos particulares.

Estes dois acontecimentos vai ter reflexo nas 3 fases de evolução:

Fase do pecado original: período d nascimento e que vai apresentando várias


configurações até chegar ao sistema da justiça delegada, paradigma do estado liberal.

Fase do batismo ou plena jurisdição: transição do séc. 19 e 20 modelo do E social.

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Fase do crisma ou confirmação: há reafirmação da natureza jurisdicional do CA e uma


acentuação da dimensão subjetiva com proteção plena e efetiva dos dtos dos
particulares. Fase do E pós social. Nesta fase há duas sub fases: anos 70 e 80 com uma
constitucionalização e os anos 90 até à atualidade com a europeização.

Em PT:

A CRP de 76 consagra um modelo de justiça administrativa plenamente


jurisdicionalizada em que os TA constituem uma jurisdição autónoma dentro do poder
judicial, resulta dos artigos 209º e 212º da CRP. e por outro lado, a função primordial
dos TA consiste na proteção plena e efetiva dos dtos dos particulares, art. 268º/4/5 CRP.

AULA Nº 3, DIA 18 DE OUTUBRO DE 2021

Art. 212º/3 CRP que define o critério da relação jurídica administrativa como elemento
constitucional de referência.

Este art. 212º/3 CRP não corresponde a uma reserva material absoluta a favor dos TA.

Se assim fosse significava:

-que os TA só poderiam julgar questões de DA;

-e por outro lado todas as questões de DA apenas poderiam ser julgadas pelos TA.

Diferentemente a jurisprudência entende que o art. 212º/3 CRP não deve ser visto como
proibição absoluta, mas sim como uma regra definidora de um modelo típico sujeito a
adaptações e desvios desde que não se prejudique o modelo de justiça administrativa.

A nível infra constitucional: art. 4º ETAF, corresponde a uma norma geral a qual sofre
derrogações quando noutro diploma o legislador entende distribuir de modo diferente os
litígios dos outros T atendendo ao p da especialidade. Vai dar os limites para a
legislação administrativa.

Legislador pode fazer que litígios mais específicos sejam remetidos para outros T mais
específicos. Mas a regra geral é o art. 4º. Se não há uma regra mais específica temos o

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art. 4º e ver se cabe em alguma dessas alíneas quando estamos a resolver um caso
pratico.

Nº1 e 2 diz respeito às matérias incluídas na jurisdição administrativa e os outros


aqueles que estão excluídos da jurisdição administrativa.

Quanto ao tema de análise nº 3 da página 49:

Questão aqui em causa: delimitação entre AA e atos políticos. Como é que em termos de
distribuição administrativa são enquadrados estes atos.

Critério constitucional de referência para atribuição de competência aos TA: art. 212º/3
CRP e depois o art. 4º nº 3 alínea a) ETAF.

Toda esta discussão prende-se em saber se é um AA ou um ato politico, porque a ser o


ultimo este não pode ser avaliado em sede de avaliação administrativa.

Discutir o critério do STA, nomeadamente o critério da inovatoriedade do ato.

Depois podemos suscitar: eventuais problemas da falta de tutela nas relações de tutela
da jurisdição administrativa, esta não reconhece da validade de atos políticos, e por
outro lado, a jurisdição constitucional so reconhece da validade de normas.

Desta discussão da delimitação poderia estar aqui em causa eventuais problemas de falta
de tutela, pk um só reconhece da tutela de AA e a outra apenas reconhece da validade de
normas.

Arts. 38º e ss CPTA.

P da separação de poderes, toda esta discussão entre AA e atos políticos tem um ponto
central o p da separação de poderes.

As matérias do nº3 estavam excluídas.

Quanto ao tema de análise nº 4 da página 49:

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Estamos a falar de uma questão de privatização da TAP, e nestas situações são sempre
maioritariamente atos políticos que estão em causa.

Distinção entre atos administrativos e atos legislativos.

Este tema, a impugnação de atos legislativos é submetido ? art. 4º/3 alínea a) ETAF está
excluído da jurisdição administrativa.

Todavia um AA pode ter a forma de um ato administrativo e nomeadamente um DL, e


sendo este ato legislativo materialmente um AA se tmb esta impugnação pode ser objeto
de jurisdição administrativa?

Quando um ato tenha a forma de um AA pode ser objeto de uma impugnação na


jurisdição administrativa, devido ao p da irrelevância da forma do ato administrativo.

Art. 268º/4 CRP e art. 52º CPTA.

Ideia essencial a ter em conta: o que esta em causa é relevância da forma do AA, e este
p não se aplica a normas regulamentares. Este princípio está previsto no Art. 268º/4
CRP e art. 52º CPTA.

Quanto ao tema de análise nº 5 da página 50:

Questão do âmbito da jurisdição administrativa no âmbito da jurisdição de


responsabilidade extra contratual.

Critério constitucional aqui em causa é o art. 212º/3 CRP.

Neste âmbito, art. 4º/1 alíneas f), g) e h) ETAF. Esta incluído no âmbito da jurisdição
administrativa.

Alínea h) que tem de ser conjugado com outro art. 1º/5 do regime de responsabilidade
civil extracontratual do estado e demais entidades publicas, lei nº 67/2007.

Diferença entre atos de gestão publica e atos de gestão privada.

Os atos de gestão pública é quando a atividade que a administração desenvolve é nos


termos do direito publico, enquanto nos atos de gestão é nos termos do direito privado.

Em PT temos várias vertentes:

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VPS: afirma que a diferença entre atos de gestão publica e privada em matéria de
responsabilidade civil da administração publica não parece fazer sentido. Se
eliminássemos a diferença de gestão publica e privada passávamos a ter uma unidade de
jurisdição em matéria de responsabilidade da AP.

Rui Medeiros: 3 argumentos contra:

1º argumento: a evolução dos critérios de diferenciação demonstra a preocupação de ter


em consideração a nova realidade da atividade administrativa.

2º argumento: A contraposição de gestão publica vs gestão privada está presente não so


no âmbito da responsabilidade civil do E, mas em todo o OJ.

3º argumento: Mesmo no plano substantivo não é claro que se devam aplicar as mesmas
regras à gestão publica e à gestão privada.

Assim, mesmo que a diferenciação continue a ter sentido para a determinação dos
regimes processuais e materiais o p da responsabilidade das entidades publicas
deve ser tido em conta como p geral da responsabilidade independentemente da
forma de atuar dessas entidades públicas.

Reflexo em termos práticos: art. 1º/5. Este art. e este regime de responsabilidade civil
implica 2 requisitos para que o regime possa tmb ser aplicado a PC do dto privado e
respetivos trabalhadores.

A questão que se coloca é como é que interpretamos estes 2 requisitos. O que se tem
entendido é que a interpretação segundo estes p devem ser alternativos. Quando aqui se
diz “”, estamos perante requisitos alternativos e não cumulativos.

Art. 1º/5 temos dois requisitos. A pp letra da lei dá a entender que são cumulativos.

Interpretação deste art. que defende melhor o p da responsabilidade: é que estamos


perante requisitos alternativos. Para que estes requisitos sejam aplicados a pc de dto
privado e demais trabalhadores, basta que sejam adotadas um dos requisitos, não é
necessário que se vejam os dois, muitas das vezes este 2º requisito do art. 1º/5 vai ser
suficiente.

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Próxima:

Organização administrativa.

Formas de processo administrativo, principias ações.

Pressupostos processuais.

AULA Nº 4, DIA 20 DE OUTUBRO DE 2021

ORGANIZAÇÃO DA JURISDIÇÃO ADMINISTRATIVA:

Há 3 categorias de TA:

Organizam-se em três níveis:

1º. Círculo (primeira instância);

Funcionam em regra como t de 1ª instância.

2º. Centrais (segunda instância);

Temos TCA norte e TCA sul. Estes TCA são competentes para decidir os recursos
jurisdicionais interpostos das sentenças daqueles 1ºs tribunais.

3º. Supremo Tribunal Administrativo

Para o qual excecionalmente se poderá ainda recorrer dos acórdãos do TCA através
de um recurso excecional de revista nos termos do art. 150º CPTA.

2 ideias essenciais: regra de existência de um duplo grau de jurisdição e a 2ª ideia é


que se admite excecionalmente um triplo grau de jurisdição que resulta do art. 24º/2
ETAF e art. 150º CPTA.

FORMAS PROCESSO:

Dentro das formas de processo seja possível de diferenciar dois tipos de processo:

 PROCESSOS PRINCIPAIS NÃO URGENTES, consubstanciam a ação


administrativa prevista no art. 37º CPTA e vai materializar-se:

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-impugnação de AA, arts. 50º a 65º.

-condenação à prática de AA legalmente devido, arts. 66º-71º.

-ações relativas a normas para a impugnação de normas administrativas ou para


condenação à emissão de normas administrativas, arts. 72º-77º.

-ações relativas á interpretação, validade e execução de CTTs, arts. 77ºA a 77ºB.

-ações sobre a responsabilidade civil extracontratual do E e demais entidades publicas,


art. 37º/1 alínea k).

-pedidos de reconhecimento de situações jurídicas subjetivas de qualidades ou de


posições jurídicas, art. 37º/1 alíneas f e g.

-pedidos de imposição e de inibição art. 37º/1 alínea h).

-pedidos de condenação à não emissão de AA, art. 37º/1 alínea c).

-pedidos de condenação ao restabelecimento da situação anterior, art. 37º/1 alínea i.

-pedidos de condenação em prestações, art. 37º,nº1 alínea j).

-pedidos de condenação em reposição, art. 37º/1 alínea m).

-ações contra particulares, art. 37º/3.

-ações inter-administrativas, art. 37º/1 alínea n).

 PROCESSOS PRINCIPAIS URGENTES: estão regulados nos arts. 97º-111º


CPTA.

Temos 5 processos principais urgentes:

-contencioso eleitoral, art. 98º.

-contencioso dos procedimentos de massa, art. 99º.

-contencioso pré-contratual, arts. 100º-103ºB.

-intimação para a prestação de informações, consulta de processos ou passagem de


certidões, arts. 104º-108º.

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-intimação para a proteção de dtos liberdades e garantias, arts. 109º a 111º.

APONTAMENTOS LUIS:

PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS RELATIVOS AO TRIBUNAL

Trata-se de identificar os requisitos de cujo preenchimento depende da competência do


Tribunal para julgar a causa que é submetida à sua apreciação. De acordo com o artigo
5.º ETAF, a competência dos tribunais fixa-se no momento da propositura da ação,
sendo irrelevantes as modificações de facto e direito que ocorram posteriormente.

- Competência em razão da jurisdição: temos de esclarecer quando é uma ação que deve
ser proposta perante a jurisdição administrativa e fiscal, e não perante os tribunais
judiciais.

- Competência em razão da matéria: a ação deve ser proposta perante a jurisdição


administrativa e fiscal, esclarecimento da questão neste plano exige que se estabeleça
quando é que, dentro da jurisdição administrativa e fiscal, ação deve ser proposta
perante os tribunais administrativos e não perante os tribunais tributários.

- Competência em razão da hierarquia: a ação dessa proposta perante os juízes


administrativos, esclarecimento da questão neste plano exige que se estabeleça o nível
hierárquico do Tribunal perante o qual a ação deve ser proposta.

- Competência em razão do território: se for estabelecido que a ação deve ser proposta
no Tribunal de primeira instância ou no tribunal central administrativo, e não no
Supremo Tribunal administrativo, esclarecimento da questão neste plano exige que se
determine perante qual dos vários tribunais de primeira instância que integram a rede
que cobre o território nacional, ou perante qual dos 2 tribunais centrais administrativos
existentes, deve ser proposta ação.

A competência dos tribunais administrativos depende, pois, da inexistência de


Convenção Arbitral sobre a matéria, sob pena de ilegítima preterição do Tribunal
Arbitral, por violação de Convenção Arbitral.

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PRESSUPOSTOS PRECESSUAIS QUANTO ÀS PARTES :

 Personalidade judiciária e Capacidade judiciaria

A base legal é o art. 8ºA CPTA.

Foi introduzido na revisão de 2015 para dar resposta à lacuna que até então existia.
Grande relevância: vem clarificar estes conceitos de personalidade judiciária e
capacidade judiciária.

A personalidade judiciaria: suscetibilidade de ser parte em qq processo administrativo.

Capacidade judiciária: suscetibilidade de estar por si pp em juizo no âmbito desse


processo.

Nº 2 faz coincidir ambos com a personalidade e a capacidade jurídica.

Podem ser partes em processos administrativos e estarem por si pp sozinhas nesse


processo, os sujeitos jurídicos capazes, os dotados com personalidade e capacidade
jurídica.

No entanto, existem diferentes disposições no CPTA em matéria de legitimidade com


efeitos que se projetam neste plano. São o art. 10º/2 e art. 10º/6.

Art.10º/2 CPTA estabelece que embora as ações que tenham por objeto: ações ou
omissões de entidades publicas sejam propostas contra a PC de dto publico no caso do E
estas são propostas contra o ministério a cujos órgãos seja imputado o ato jurídico
impugnado ou sobre cujos órgãos recaia o dever de praticar os atos jurídicos ou o
comportamento devido.

Esta solução implica a atribuição de personalidade judiciária e de capacidade judiciaria


aos ministérios, embora não tenham personalidade jurídica e capacidade jurídica.

Art. 10º/6 CPTA que estabelece que nos processos que dizem respeito a litígios entre
órgãos da mesma PC a ação é intentada contra o órgão cuja conduta deu origem ao
litígio.

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Vai implicar: a atribuição de personalidade e capacidade judiciaria aos órgãos públicos


embora estes não tenham capacidade e personalidade jurídica.

Por estes dois motivos o art. 8ºA/3 diz o que diz.

Art. 8ºA/3 significa que o CPTA reconhece personalidade e capacidade judiciaria aos
ministérios e aos órgãos da AP. Mas apenas no âmbito dos processos em que estes
tenham legitimidade.

Art. 8ºA/3 significa também que quando um ministério ou órgão da AP sejam parte
ilegítima numa ação não existe apenas ilegitimidade, existe consequentemente falta de
personalidade judiciária e falta de capacidade judiciária.

É esta a diferença entre o que depois esta disposto no nº 4 e no nº5 do art. 8ºA.

No nº4 no âmbito das ações indevidamente propostas contra ministérios tem de existir
uma sanação pk o problema não é so de ilegitimidade, mas sim também de falta de
personalidade e de capacidade judiciária.

No nº 5 está em causa uma ação que devendo ser intentada contra uma PC ou um
ministério, foi intentada contra um órgão dessa PC ou desse ministério.

O preceito sana ele próprio a irregularidade.

 Patrocínio forense e representação judiciaria

Patrocínio forense: regras do CPC, no que diz respeito aos termos nos quais o
mandato é referido, 43.º e ss do CPC. Relevância para o regime a aplicar na falta de
constituição de advogado (41.º do CPC) e a falta e insuficiência do mandato (48.º do
CPC).

11.º do CPTA: nos processos de competiria dos tribunais administrativos é


obrigatória a constituição de advogado.

Representação judiciária: temos de distinguir das ações propostas contra o Estado e


contra as outras entidades publicas. Nas ações contra o estado embora se possa
discutir a abrangência do 11.º/1 a representação deste nos termos da redação anterior
a representação de ações contra o Estado a sua representação competia ao MP,
embora já não se pudesse discutir a abrangência deste. Desde, 2015 deixou de se

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fazer referência a ações de matéria contratual e de responsabilidade, passou a ser


referente a todas as ações contra o Estado.

Tem sido criticada na doutrina, porque na ordem jurídica o MP tem um estatuto de


magistratura autónoma, nas ações intentas contra o estado a representação compete
ao MP era criticado. Pelo que não deveriam ser os advogados do Estado. Dever-se-ia
criar um corpo próprio de advogados do Estado, estatuto próprio e igual ao dos
advogados e com exclusiva função de representação do Estado.

Desde 2015, passou a existir uma representação facultativa do MP, é o que resulta
do 11.º/1 in fine, e, portanto, tal representação corresponde a uma mera
possibilidade.

Quanto a outras pessoas coletivas de direito público, neste caso podem ser
representadas por advogados, solicitadores, licenciado em direito com funções de
apoio jurídico expressamente designado para o efeito.

 Legitimidade processual:

O CPTA representa como um pressuposto processual e não uma condição de


procedência da ação, cuja titularidade é referente às alegacões do autor.

Tem legitimidade ativa quem alega a titularidade de uma situação cuja conexão com o
objeto da ação intenta o apresente como em condições de nela figurar como autor.

Possui legitimidade passiva quem deva ser demandado na ação como o objeto com o
objeto figura pelo autor.

Não se confunde com o interesse processual ou o interesse em agir, pois podem não
existir duvidas quanto à questão de saber se o autor se apresenta como titular de uma
situação jurídica que o legitima a intentar a ação, mas pode-se questionar a existência de
um interesse processual ou interesse em agir, por falta de uma necessidade de tutela
judicial, de factos efetivos que tornem necessário recorrer à via judicial (39.º CPTA).

Não se confunde com o interesse em agir pois podem não existir dúvidas na questão de
saber se o autor se apresenta como titular de uma situação jurídica que o legítima a
intentar a ação. Mas pode questionar-se no caso concreto de um interesse processual ou
de uma necessidade em agir

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Resulta autonomamente do art. 39º CPTA.

LEGITIMIDADE ATIVA

Ponto de partida para a Legitimidade Ativa: art. 9º

Titularidade da relação material controvertida no nº 1. Corresponde ao que resulta do


art. 30º/3, a regra é que a legitimidade corresponde a quem alegue ser parte nessa
relação jurídica, pelo que o autor é considerado como parte legítima quando alegue ser
parte da relação material controvertida.

Ex. numa ação de responsabilidade extra contratual administrativa em que ele alegue
ser titular dos danos.

Ex2. Prestação de informações, arts. 74º-78º em que a autor alegue ser titular ao acesso
à informação ou documento.

Art. 9º/1 corresponde a um critério comum de aplicabilidade residual, circunscrevendo-


se aos litígios cuja figura se aproxime do processo civil, é derrogado por normas que
estabelecem um regime especial pp.

Art. 55º, 57º, 68º, e por aí, normas que estabelecem regimes diferentes, e especiais.

Art.9º/2 temos a legitimidade para a defesa de interesses difusos e que reconhece a


possibilidade de usar qq meio processual para a defesa dos valores previstos.

Corresponde a um fenómeno de extensão da legitimidade, corresponde ao art. 31º CPC.

Este art. 9º/2 esta remissão nos termos previstos na lei, é para a lei 83º/95 de 18 de
junho.

Tem efeitos em dois planos: no plano da legitimidade e no plano processual.

No plano da legitimidade: confere legitimidade ativa para a defesa de interesses difusos


a todos os cidadãos e não se exige um elemento de conexão “independentemente”.

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Confere LA para a defesa de interesses difusos às associações e fundações à defesa dos


interesses em causa se preencherem os requisitos desta lei.

Especificidade: a sua LA neste âmbito compreende os bens e interesses cuja defesa


vincula nos âmbitos das suas atribuições ou objetivos.

Segundo um p de especialidade, o dto de ação está circunscrito à área da sua


circunscrição principal e aqui podemos falar de várias áreas, património cultural,
conservação da natureza, mas no fundo a ideia essencial: estas têm de respeitar o p da
especialidade; têm de respeitar o p da territorialidade, o dto de ação está circunscrito à
respetiva incidência geográfica. Que pode ser de âmbito nacional, regional ou local.

Sempre que exista uma associação ou fundação, art. 9º/2 + legislação 83/95.

Confere LA às autarquias locais em relação aos interesses dos titulares residentes na


área de circunscrição.

Efeitos no plano processual: o legislador entendeu que os processo intentados nestas


circunstâncias, no âmbito do art. 9º/2, têm especificidades que justificam adaptações ao
modelo de tramitação normal, há um regime especial de tramitação regulado nos arts.
13º e ss da L 83/95 que não corresponde a uma nova forma de processo e devem ser
aplicadas as regras gerias que lhes são pp e os especiais que resultam desses artigos 13º
e ss.

Estes regimes trazem critérios comuns.

REGIMES ESPECIAIS DE LEGITIMIDADE ATIVA

Regimes especiais da LA: O que têm em comum é que alargam a LA a situações em que
em processo administrativo o litígio não pressupõe a pré existência de uma relação
jurídica entre as partes.

Ex. caso típico do vizinho que reage contra a atribuição de licença de construção ao seu
vizinho.

Estes regimes especiais visam assegurar que o CA consegue proporcionar a mais efetiva
tutela a quem se dirijam.

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LEGITIMIDADE ATIVA PARA IMPUGNAÇÃO DE AA, ART. 55º

Art. 55º: estabelece diferentes tipos de legitimidade.

Alínea a) Alegação de interesse direto e pessoal.

Quanto a este artigo: a legitimidade para impugnar atos administrativos não tem de ter
por base a ofensa de um direito subjetivo, bastando que o ato no momento em que é
impugnado esteja a causar consequências favoráveis na esfera jurídica do autor.

Pelo que a anulação do ato lhe trazem atualmente benefícios.

Temos de distinguir entre interesse direto e interesse pessoal.

O direto: para apurarmos temos de saber se há um interesse atual e efetivo em pedir a


anulação ou a declaração de nulidade do AA. É o contrário de um interesse meramente
longínquo, eventual ou hipotético.

STA: tem apreciado a existência ou inexistência com referência ao conteúdo das


vantagens que o impugnante pode obter com a anulação, para grande parte da doutrina:
este requisito de interesse direto não é um requisito pp da legitimidade processual, mas
sim do interesse processual.

Ex. um ato de admissão de um concorrente num concurso publico, no fundo, se uma


pessoa pode impugnar um ato de admissão de um concorrente num concurso publico.
Jurisprudência: não há aqui um interesse direito subjacente pk o mesmo não
corresponde a uma situação efetiva de lesão que fundamente a necessidade de recorrer à
tutela judiciária.

Ex2. Ordem de serviço que imponha a instauração de um processo disciplinar a um


funcionário. Jurisprudência: So a decisão do processo disciplinar é que pode ser
decisiva na sua ordem jurídica, a ordem de serviço não impõe a apenas a decisão.

Ex3. Pareceres vinculativos. Jurisprudência tem admitido uma tutela antecipada através
da impugnação direta dos pareceres vinculativos desfavoráveis aos interesses dos
particulares, pk entende que o parecer tem uma situação definitiva do dto a aplicar e que
compromete irreversivelmente o sentido da decisão final.

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Doutrina mais restritiva: tem entendido que apenas podem ser impugnados pelas
entidades a que estes órgãos pertencem nos termos do art. 55º/1 alínea c) ou pelos pp
órgãos que vinculam quando estes pertençam à mesma entidade pública art. 55º/1/ d).

Pk entendem que os efeitos de um parecer se esgotam nesse âmbito, das alíneas c) e d)


pelo que quem aguarda a decisão final ainda não tem um interesse direto.

O pessoal: utilidade que se pretende obter com a anulação, declaração de nulidade.


Reivindicada para si pp.

Para saber se é pessoal temos de ver se a utilidade que se pretende obter é pessoal e
reivindicada para si pp.

Interesse direto tem de ser efetivo e atual.

O pessoal tem de advir dali uma utilidade pessoal para o autor da ação.

E depois outros tipos de legitimidade nas restantes alíneas e no nº 2.

Art. 68º

Art. 73º e 77º

Art. 77ºA

Art. 97º, 98º, 103º, 104º e 111º

Para a LP: art. 10º

Pk razão é que estes artigos estão na parte geral do CPTA? A legitimidade é um


fenómeno iminentemente processual de âmbito geral e que diz respeito à situação das
partes no processo.

Estes pressupostos têm uma natureza diferente, por um lado os 2 primeiros, são PP que
dizem respeitos a atributos próprios que em abstrato são necessários para que uma

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pessoa ou entidade possa ser parte em qq processo administrativo e possa estar por si
própria sozinha em qq processo.

Já a legitimidade processual, não respeita em abstrato à pessoa do autor ou do


demandado, aferindo-se concretamente em função da relação que alegadamente se
estabelece entre as partes e uma concreta ação com um objeto determinado.

Sendo que para que alguém possa ser parte no processo administrativo tem de preencher
todos estes pressupostos, são cumulativos.

Art. 55º/1, Alínea b) tipo de legitimidade muito amplo. O MP tem legitimidade no


exercício da ação publica impugnar sem quaisquer limitações todo e qq ato
administrativo, sob o propósito de defender a legalidade democrática e de promover a
realização do interesse publico.

Art. 55º/1, Alínea c) duplo alcance: por um lado reconhece a legitimidade para
impugnar AA às pessoas coletivas públicas e por outro às pessoas coletivas privadas.

Quanto à legitimidade às PC públicas: é reconhecida quanto aos direitos e interesses que


lhes cumpra defender. Esta legitimidade não constava do CPTA, mas a jurisprudência já
entendia que as entidades publicas poderiam impugnar AA em defesa de interesses
próprios, no âmbito das relações jurídico administrativas.

Em 2º lugar é necessário que o ato impugnado interfira com os direitos ou interesses,


para VPS DS, estabelecidos como atribuições dessa PC, por ser destinatário cujos
efeitos se projetem diretamente na sua esfera jurídica.

Não é necessário que o poder de impugnar esteja expressamente previsto nas suas
atribuições, pk temos este tipo de legitimidade do art. 55º/1 alínea c).

Para as pessoas coletivas privadas: é relativamente aos direitos e interesses que lhes
cumpra defender, VPS DS, aqui 3 notas: qual a razão de ser desta legitimidade para
impugnar AA? A razão de ser foi para dar resposta às dificuldades que se colocavam em
relação às associações sindicais, que têm enquadramento constitucional proprio.

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Em 2º lugar temos de perceber o que é que abrange e o que é que não abrange este tipo
de legitimidade?

O que abrange: esta norma visa legitimar atuações processuais dirigidas à tutela de
interesses ou de direitos que primariamente não pertenciam às entidades em causa.

Mas a que se admite que estas as promovam no plano processual por serem entidades
constituídas para os defenderem, estamos perante uma legitimidade extra ordinária
resultante da lei, mediante da qual se admite uma substituição processual.

Primariamente estas PC privadas não tinham a atuação processual para a tutela desses
direitos ou interesses.

Este âmbito atualmente engloba associações de qq tipo. Falamos de legitimidade não so


das associações sindicais, como tmb de associações políticas e patronais.

3º ideia: o que é que não abrange?

Não abrange dois tipos de atuações:

-Atuação em defesa das suas pp atuações jurídicas contra decisões que afetem, por ex., a
sua existência, o seu património, as condições do seu funcionamento ou as condições da
sua atividade. Qual a razão de ser? Pk no fundo essa via não é pelo art. 55º alínea c),
mas sim pela alínea a) pk aí há um interesse direito e pessoal na impugnação desses
atos. Aí não esta a defender atuações que não são atuações próprias. Quando esteja em
causa a defesa das suas pp situações jurídicas cabemos no âmbito da alínea a) e temos
de ver a existência de interesse direto e pessoal.

-Atuação em defesa de interesses estritamente individuais, ou seja, por ex., de


trabalhadores concretos. PK esta norma tem em vista apenas as chamadas ações de
grupo: ações destinadas a defender interesses partilhados em conjunto com os seus
associados.

Art. 55º/1 alínea d) reconhece legitimidade para um órgão administrativo de determinad


pc de Dto publico de impugnar atos praticados por outros órgãos da mesma pessoa
coletiva.

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Estão aqui em causa os fenómenos da conflitualidade da ao nível distribuição de


competências.

Com a redação de 2015, a aplicação deste preceito está excluída no âmbito das relações
hierárquicas.

Art. 55º/1 alínea e): refere-se genericamente à possibilidade de outras autoridades para
alem do MP, serem legitimadas por lei avulsa a impugnar AA em defesa da legalidade
administrativa. Referindo expressamente os mais emblemáticos dos casos, que diz
respeito à legitimidade dos presidentes de órgãos colegiais para impugnarem atos
praticados por esses órgãos, no âmbito do art. 21º/4 do CPA.

Por ex. o PR da CM pode impugnar as deliberações camarárias.

Art. 55º/1, Alínea f) que reafirma o que aí resultava do art. 9º/2 pelo que anda acrescenta
ao elenco do art. 55º.

O art. 9º/2 não deve valer para a legitimidade do MP para impugnar AA, pk já resulta de
forma mais ampla do art. 55º/1 alínea b) uma vez que tem poderes ilimitados.

Não se aplica o art. 9º/2 ao âmbito do MP pk temos uma norma especial que confere
poderes mais amplos.

Art. 55º/2 consagra a chamada ação popular local ou autárquica.

Ideias gerais: o regime da legitimidade consagrado no art. 55º é aplicável aos processos
também de declaração de inexistência de AA, nos termos do art. 50º/4.

Art. 50º/1 a declaração de inexistência de AA não constitui objeto de um processo


impugnatório. Pk não podemos impugnar algo que não existe. Essa impugnação possa
ser no âmbito da declaração de inexistência de AA, pk ai pretende-se mostrar que

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nenhum AA foi impugnado, o autor vai demostrar a existência de um AA que não é


possível de impugnação.

No entanto, o art. 50º/4 submete os processos de declaração de inexistência dos AA ao


pressuposto da legitimidade processual de AA. No fundo, o regime da legitimidade
processual que estudamos em relação à impugnação de AA, ou seja, o regime do art. 55º
CPTA é aplicável ao processo de declaração de inexistência dos AA.

LEGITIMIDADE ATIVA NAS AÇÕES DE CONDENAÇÃO À PRÁTICA DE


AA, ART. 68º CPTA.

Art. 68º, alínea a) reconhece legitimada a quem alegue ser titular de um direito ou de
um interesse legalmente protegido, DS para VPS.

Comparando com alínea a) do art. 55º este artigo 68º/ alínea a) corresponde a uma
solução mais restrita, pk no art. 55º apenas bastava alegar um interesse direto e pessoal,
e aqui é necessário haver existência de um DS.

-É mais restrito pk os AA de conteúdo positivo tendem a ser potencialmente lesivos de


um maior número de pessoas e consequentemente a necessitar de maior controlo.

Enquanto os atos de indeferimento estes apenas recusam a introdução de alterações


jurídicas pretendidas pelo requerente.

-É mais restrito tmb devido ao facto de a legitimidade para pedir a condenação à prática
de um AA se fundar na pp legitimidade do interessado no plano substantivo para
requerer a prática do ato no âmbito do correspondente procedimento administrativo.

Art. 67º/1 na base esta em rega a apresentação de um requerimento que constitui a


administração no dever de decidir. Parte-se do pressuposto que o autor tinha
legitimidade para apresentar esse requerimento.

A legitimidade processual pressupõe em grande parte dos casos uma correspondência à


legitimidade substantiva, se virmos o art. 67º/1 na base do pedido processual está em
regra a previa apresentação de um pedido substantivo. Se em termos substantivos havia

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legitimidade do interessado, consequentemente no plano processual tmb existiria uma


legitimidade do autor.

Art. 68º/1 alínea b) reconhece legitimidade ao MP.

Corresponde a uma solução + restrita face à impugnação de AA, alínea B) do art. 55º
tínhamos uma ação publica sem limitações. Aqui temos uma solução + restrita pk:

-O CPTA pressupõe que o MP não tem o poder genérico de apresentar requerimentos


que constituam a administração no dever de decidir e não lhe confere o tal poder,
circunscrevendo o seu âmbito de atuação aos casos em que o dever de praticar o AA
resulte diretamente da lei.

-O CPTA não atribui aos mecanismos de reação contra a omissão legal de AA a mesma
função de tutela de legalidade que atribui à impugnação de AA de conteúdo positivo.

Quanto aos restantes tipos de legitimidade do art. 68º/1 as questões que se colocam são
as mesmas que se colocavam no art. 55º.

As da alínea c) correspondem ao art. 55º/1 alínea c).

As da alínea d) correspondem ao art. 55º/1 alínea d).

As da alínea e) correspondem ao art. 55º/1 alínea e).

As da alínea f) correspondem ao art. 55º/1 alínea f).

LEGITIMIDADE ATIVA NAS AÇÕES DE CONDENAÇÃO NA EMISSÃO E


IMPUNAÇÃO DE REGULAMENTOS, ARTS. 73º E 77º.

Art. 73º legitimidade para impugnar normas regulamentares.

Art. 77º legitimidade para pedir a condenação à emissão de normas regulamentares.

O MP principalmente no âmbito do art. 77º vai aparecer com a ação publica ilimitada,
corresponde à impugnação dos AA.

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LEGITIMIDADE ATIVA NAS AÇÕES SOBRE CTTS, ART. 77º-A

Esta legitimidade ativa vem dar resposta ao que era discutido anteriormente,
nomeadamente a solução segundo a qual as ações sobre contratos administrativos só
podiam ser intentadas pelas entidades adjudicantes.

Atualmente temos uma diferenciação desta legitimidade ativa consoante sejam ações
sobre a invalidação do CTT ou sobre a execução do CTT.

Art. 77º-A nº2 execução dos CTTS.

LEGITIMIDADE ATIVA NOS PROCESSOS DECLARATIVOS URGENTES,


ARTS. 97º E SS

Contencioso eleitoral, art. 97º/1 alínea a) e art. 98º/1

Contenciosos dos procedimentos de massa, Art. 97º/1 alínea b).

Contencioso pré-contratual, art. 97º/1 alínea c) e art. 101º e 103º/2.

Na intimação para a prestação de informações, consulta de processos e passagem de


certidões, o art. 104º/1 reafirma o critério geral do art, 9º/1 e art. 104º/2.

Intimação para a proteção de DLG ter em consideração que a legitimidade para a


propositura deste tipo de ações consiste na alegação da titularidade de uma situação
substantiva lesada ou em risco de ser legada, art. 109º CPTA que reafirma o critério
comum do art. 9º/1.

LEGITIMIDADE PASSIVA

ART. 10º.

A 1ª parte corresponde a um critério comum equivalente ao que existia no art. 9º/1 para
a legitimidade ativa

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Na 2ª parte admite-se que se prescinda do critério da pre existência de uma relação


jurídica entre as partes, significa que vamos ter regimes especiais.

REGIMES ESPECIAIS:

Legitimidade passiva das entidades públicas: arts. 10º/2/4 + art. 11º/1.

Não coincidência entre personalidade e capacidade jurídica com a capacidade e


personalidade judiciaria.

Inexistindo legitimidade falta tmb personalidade e capacidade judiciaria.

Legitimidade passiva de órgãos públicos: art. 10º/8.

Legitimidade passiva de particulares: art. 10º/9 + 37º/3.

A este respeito, este artigo vem esclarecer que os processos intentados perante os TA
não tem de ser necessariamente dirigidos a entidades publicas e que os particulares tmb
podem ser demandados a título principal no âmbito de um TA.

E por outro lado, o art. 10º/9 ao diferenciar os particulares dos concecionários esclarece
que não se pretende apenas acautelar a abrangência dos particulares que sejam
concecionários de bens, serviços ou poderes públicos. Podendo haver processos
principais contra particulares que não têm estatuto de concecionário e depois é
reafirmado no art. 37º/1 CPTA.

Hipótese 4 alínea b)

b.1)

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Quanto à legitimidade processual dos jogadores: estes pretendem a impugnação de uma


decisão administrativa, art. 37º/1 alínea a).

Estamos no âmbito da legitimidade ativa na medida, em que eles se configuram como


autores da relação material controvertida, art. 9º/1 CPTA.

A legitimidade processual não se confunde com o interesse processual, que vem


previsto de forma autónoma no art. 39º, não sendo por isso um PP.

No entanto, como se trata de um AA dispõe o art. 55º/1 alínea a) que refere que tem
legitimidade para impugnar AA quem alegue ter um interesse direito e pessoal (ter sido
lesado pelo ato nos seus direitos ou interesses legalmente protegidos).

Quanto ao facto de se exigir o interesse direto e pessoal, diz o STA: que os efeitos da
anulação do ato se devem repercutir de forma direta e imediata na esfera jurídica do
impugnante, e seria o caso, na medida em que a menor visibilidade e de estatuto dos
jogadores de futebol para efeitos de vendas posteriores tem um grande impacto, para
não falar que a descida de liga prejudica-os em termos de remuneração.

RESPOSTA: estava aqui em causa: ação de impugnação de AA, art. 55º CPTA.

Temos de ir ao art. 55º e ver se há algum título de legitimidade que viesse dar cabimento
a esta hipótese, perceber o que tínhamos de discutir.

Art. 55º/1 alínea a) ver se em ambos os casos haveria interesse direto e pessoal, no caso
dos jogadores e dos patrocinadores.

Quanto aos jogadores, aplicação de uma sanção disciplinar, a instauração do processo


em si não consubstanciava a existência de um interesse direto, mas que a decisão desse
processo, a aplicação da sanção já consubstanciava um interesse direto. Aqui na
hipótese tínhamos efetivamente uma sanção pelo que há interesse direito.

Argumento do interesse pessoal: as consequências daqui resultantes são consequências


que afetam tanto os jogadores como os patrocinadores.

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b.2) MP tem legitimidade: art. 55º/1, alínea b) confere uma legitimidade ao MP, no
exercício da chamada ação publica, bastante ampla. No propósito de defender a
legalidade democrática e de modo a prosseguir o interesse público.

b.3) claque organizada de um clube, pode ou não ter legitimidade ativa à luz do art. 55º?

Art. 9º/2 por remissão do art. 55º/1 alínea e), temos de ver se ainda estávamos perante
uma possibilidade de ação de impugnação.

Perceber se há um não legitimidade para a defesa de interesses difusos.

Art. 9º/2 diz que se inclui neste tipo de atividade as associações, temos de saber se são
associações, os grupos de claques de adeptos, organizadas e registadas são associações,
art. 14º/1 da Lei 39/2009 pois para o registo destas claques é necessário que
primeiramente sejam constituídas enquanto associações.

Existência ou não do interesse publico da verdade desportiva, surgia como um interesse


difuso, que respeita a todos e a cada um dos membros da sociedade e por outro lado
temos de perceber se era um interesse justificável ao abrigo da CRP.

Poderíamos falar dos artigos 64º/2 alínea b) e art.79º/2 ambos da CRP.

Tentar aqui perceber que estávamos perante este interesse publico da claque desportiva
e no âmbito do art. 9º/2, também poderíamos considerar que não havia legitimidade.

Se considerarmos que este art. 9º/2 era aplicado por remissão do art. 55º/1 alínea e)
CPTA: Teríamos de ter em consideração o princípio da especialidade, faz referência
expressa à nossa lei de ação regular, temos de pelo menos fazer referência ao princípio
da especialidade e da territorialidade por estarmos perante uma associação.

A sua legitimada ativa compreende os bens e interesses cuja defesa se inclua nas suas
atribuições ou dos seus objetivos estatuais.

Hipótese 5: Pluralidade de partes, podem estar em causa: litisconsórcio, supõe a


cotitularidade da mesma relação jurídica ou coligação, permite por um lado vários
autores desencadeiem um único processo contra um ou vários demandados, aqui temos

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coligação de autores, ou que o autor desencadeie um único processo contra vários


demandados conjuntamente, coligação de réus, com fundamentos em pedidos
diferentes.

Na coligação temos pedidos diferentes, fundamentos diferentes e assenta no fundo numa


pluralidade de relações.

Aqui deveríamos ter em conta: se entendêssemos que estava em causa a cotitularidade


da mesma situação jurídica tínhamos de optar pelo regime do litisconsórcio, se
entendêssemos que não havia a mesma relação jurídica e que eram pedidos diferentes
tínhamos de seguir a coligação.

Solução + favorável e que poderia ajudar mais: no fundo o regime + favorável era
aplicação do regime de litisconsórcio necessário ativo, art. 32º CPC por força do art. 1º
CPTA. Pk o CPTA só faz necessário ao litisconsórcio necessário passivo, no art. 10º
CPTA.

Deveríamos optar pelo litisconsórcio necessário ativo pk era mais defensável que
estávamos perante a cotitularidade da mesma situação jurídica.

Se tivéssemos escolhido a questão da coligação: teríamos de preencher os requisitos de


associação.

Hipótese nº 11: olhar para a legitimidade ativa e para a legitimidade passiva. Tínhamos
de perceber se tínhamos ambas as legitimidades.

Quanto à LA art. 55º/1 alínea d) admite a impugnabilidade de atos que no plano inter-
administrativas seja praticados por órgãos de entidade púbica e se dirijam a órgãos dessa
mesma entidade. Tínhamos legitimidade ativa.

LP: art. 10º/8 CPTA que diz que a ação é proposta quanto ao órgão cuja conduta deu
origem ao litígio.

Hipótese nº 12:

Falta de legitimidade ativa do sindicato: art. 55º/1 alínea c).

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Associação temos dois núcleos que deveriam ser respeitados: exigir que seja ação de
grupo.

O que esta em causa é uma substituição processual, não se exige uma correspondência a
genérica de todos os trabalhadores, mas uma correspondência genérica daquela
associação dai que ainda poderíamos estar dentro de uma ação de grupo pk os interesses
que visavam ser defendidos eram da coletividade daquela associação.

Ilegitimidade passiva do PM: contra quem é que a ação deveria ter sido intentada: E,
art. 10º/2 CPTA, mas a consequência é a sanação, art. 8º-A e art. 10º/4 CPTA.

Incompetência do TCASUL: tribunal central funciona em 2ª instância.

Temos um DL, aprovado pelo GOV e estamos perante um ato imanado pelo conselho de
ministros, em relação à hierarquia, temos especificidade: entidade que imanou o ato,
pelo que deveria ser intentado no STA.

Art. 24º/1 alínea a) ponto 3 i do ETAF, pk é um DL aprovado pelo GOV.

A consequência: art. 14º CPTA remessa para o T competente que seria o STA.

Impropriedade do meio processual escolhido, visto que estava em causa uma


norma geral e abstrata: temos de ver se no caso em concreto temos um verdadeiro
DL, geral ou um AA, individual e concreto.

Tínhamos de partir do pressuposto do conceito de AA: art. 148º CPA apresenta um


conceito de AA como a junção de vários elementos: decisão que no exercício de poderes
jurídico administrativos, pressupõe um conteúdo decisório, para alem disso é tmb: visa
produzir efeitos jurídicos externos e que portanto afeta direitos subjetivos de entidades
exteriores aquela que praticou o ato e a produção desses efeitos tem de ser numa esfera
individual e concreta.

Contrapõe-se a uma situação geral e abstrata.

Pedra de toque: determinabilidade dos sujeitos. Se esses sujeitos eram ou não


determináveis, e temos aqui no caso pratico um indício relevante pk no DL diz todos os
atuais funcionários do setor transporte, é ou não possível determinar os funcionários que
exercem funções atualmente? Sim! Se tivéssemos “todos os funcionários públicos” já

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estaríamos a abranger os atuais e todos aqueles que serão contratados no futuro pelo que
já teria um caracter universal e geral. Já não seria determinável.

P da irrelevância da forma do AA: arts. 278º/4 CRP e 52º/1 CPTA.

No fundo a resposta que dariam a esta questão tinha a ver com a discussão do carácter
geral e abstrato e da determinabilidade dos sujeitos.

No caso de estarmos perante um AA, A impugnabilidade de um AA apenas depende do


preenchimento dos elementos do AA, art. 51º e depois art. 55º.

No caso de DL, noema geral e abstrata, âmbito de ação de impugnação de normas, arts.
72º ss CPTA.

Aqui no caso temos a questão da atualidade.

Vir a Constituir-se como assistentes no processo: art. 10º/10 CPTA: temos a questão
da constituição dos assistentes e devemos ligar com os artigos 326º do CPC e do art.
327º do CPC. O que interessava aqui era o nº1 do art. 327º do CPC.

Já estávamos no momento após as alegações das partes.

Apesar de poder intervir a todo o tempo tem de aceitar o processo no estado em que ele
esteja.

Acórdão do TCASUL e questão do despacho saneador: art. 88º CPTA e vem


estipular que o despacho saneador é o único momento em que estas questões devem ser
apreciadas, na sentença ele apenas defende questões de fundo e não questões previas ou
de índole processual, art. 88º/2 CPTA que estabelece o p da concentração.

Não havendo esta concentração a consequência seria a nulidade da sentença por excesso
de pronúncia.

Intempestividade da ação: depende da discussão sobre a impropriedade ou não do


meio processual.

Ação de impugnação de AA: art. 58º CPTA faz uma distinção entre atos nulos e
anuláveis.

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Os atos nulos: a impugnação não esta sujeita a prazo, art. 161º CPA para saber quais os
atos nulos.

Atos anuláveis: subdistingue: os impugnados pelo MP: prazo de 1 ano e nos restantes
casos a um prazo de 3 meses.

Ação de impugnação de normas: art. 74º CPTA. Faz uma diferenciação:

-Regra geral é a de que a declaração de ilegalidade de normas pode ser pedida a todo o
tempo. Exceção: ilegalidade formal ou procedimental da qual não resulte
inconstitucionalidade. E este prazo excecional é de 6 meses a contar da data de
publicação. Exceto: casos de carência absoluta de forma legal ou de preterição de
consulta publica exigida por lei que voltam a cair no âmbito da regra geral.

Tem regra geral, depois tem exceção e depois tem a exceção à exceção.

Questão da própria contestação: diz que a mesma foi apresentada 40 dias após a
apresentação.

Regra geral quanto ao prazo de apresentação art. 82º/1 CPTA é de 30 dias.

No entanto, estabelece uma exceção que é aqui aplicável: prazo suplementar de 15 dias
no âmbito do art. 82º/2 CPTA.

Temos aqui um prazo suplementar de 15 dias que acresce aos 30 dias. Se foi
apresentada no prazo de 40 dias está dentro do prazo pk estamos no caso de erro na
petição.

NOTA DE RESOLUÇÃO: Quando temos um caso extenso e que apenas diz para
resolver olhar 1º para a contestação pk ela vai dar razões para tudo o que foi dito.

Hipótese nº 13:

Alínea a) Litisconsórcio Necessário Passivo.

Subentendidas duas perguntas: termos de intervenção do MP: analisar o art. 85º CPTA.

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Sempre que o MP não vigore num processo como autor ou representante de algumas das
partes, MP fica ciente do que esta em causa em cada processo ainda que em termos
genéricos.

Pretende-se que o MP possa estar ciente para que possa defender interesses que lhe
incumbem defender, esses interesses estão no art. 85º/2.

O facto de MP ficar ciente de um determinado processo ainda que em termos genéricos


é com o objetivo de que possa defender interesses públicos e aqui no caso tínhamos de
perguntar se estava a defender estes valores que estão no art. 85º/2 e temos de concluir
que não, que não é um interesse previsto no art. 85º/2 CPTA.

Prazo: 85º/4 poderes podem ser introduzidos até 30 dias.

Isto são os termos do processo e intervenção do MP neste processo.

Sobre o conteúdo da intervenção do MP: questão problemática do recurso hierárquico


necessário.

Houve vários períodos:

Num 1º período, texto inicial da CRP, conferia-se aos administrados o dto de recurso
contencioso contra AA definitivos e executórios.

Num 2º período, revisão constitucional de 1989. Neste período há o desaparecimento da


expressão definitivos e executórios do art. 268º/4 CRP. Vão existir duas interpretações
contrárias na doutrina devido ao desaparecimento:

Temos VA e seguida pelo TC desde logo nos acórdãos 495/96, 499/99, 92/01 e 99/01:
esta alteração não implicava a inconstitucionalidade da legislação ordinária que
continuasse a exigir que o ato suscetível de recurso tivesse de ser definitivo ou
executório ou que tivesse outro critério diferente da executividade do ato.

3 argumentos usados para a defesa da não incons:

-facto de o art. 268º/4 CRP apenas visa conferir aso cidadãos o dto ao recurso
contencioso contra um ato lesivo, não sendo esse dto negado pela exigência de
interposição prévia de recurso administrativo.

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-ainda que correspondesse a uma norma restritiva de dtos fundamentais análogos a lei
so seria incons se se provasse uma restrição arbitrária e desproporcionada face aos
valores justificativos do recurso. Nomeadamente, a unidade da ação administrativa, arts.
277º/2 e 202º/alínea d) CRP e a economia processual no contencioso administrativo.

-assenta nas vantagens recorrentes dessas impugnações administrativas necessárias: a


suspensão da eficácia do ato recorrido, o facto de dispensar o patrocínio de advogado
ser mais barato e mais rápido, o facto de obrigar à decisão de um órgão administrativo
mais qualificado, e por fim, por permitir tmb o controlo do método.

Temos grande parte da doutrina (PO, VPS) a entender que com esta interpretação
haveria um atentado contra p constitucionais: passaram a entender que existia com as
impugnações administrativas necessárias uma afetação de princípios administrativos
constitucionais.

Os 4 princípios que estavam a ser violados:

-p da plenitude dos dtos dos particulares, art. 268º/4 CRP pois a inadmissibilidade do
recurso do contencioso sem o prévio recurso hierárquico necessário era uma negação do
DF de recurso contencioso.

-p da tutela efetiva, art. 268º/4 CRP devido ao efeito precludido da possibilidade de o


ato....da no caso de não ter havido prévia

-p da separação entre a administração e a justiça, arts. 114º, 205º e ss e 226º e ss da


CRP.

Pro fazer preludia o acesso à justiça em razão da não utilização de uma garantia
administrativa.

-Se violava o p da desconcentração administrativa, art. 267º/2 CRP que implica a


recorrição imediata dos atos lesivos dos subalternos sem que o juiz.

Pk o superior continua a dispor de competência revogatória.

Um 3º período, reforma CPTA em 2002 e 2004, recurso hierárquico cai. Há uma queda
do recurso hierárquico necessário, devido à ausência da referência explicita ou implícita
no CPTA, se não havia nenhuma referencia à necessidade de uma impugnação, deveria

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se considerar como afastada ainda que subsistisse na leia administrativa ainda que sem
objeto.

Tmb se retiram consequências da atribuição do efeito suspensivo do prazo da


impugnação contenciosa, com fundo é com base aqui que VPS entende que as garantias
administrativas passam de necessárias a uteis, poder-se-ia ter dado mais um passo
garantindo a utilidade plena das garantias administrativas, determinam o efeito
suspensivo do prazo, mas tmb o efeito suspensivo da própria decisão administrativa
generalizando para todas as garantias administrativas aquilo que estava para o recurso
hierárquico.

Verificou-se a queda tendo em conta o estabelecimento da regra segundo o qual mesmo


nos casso em que o particular gozou de uma garantia administrativa....

4º momento, CPA de 2015, AP mais transparente, revogou o recurso hierárquico


necessário, mas ao mesmo tempo reconheceu expressamente a existência de
impugnação administrativa necessária e estabeleceu os critérios da mesma em lei
especial, por ex. art. 4º DL 4/2015, e art. 185º CPA.

Esta alteração vem trazer: uma separação na nossa doutrina:

Doutrina que faz interpretação restritiva desta alteração do CPA de 2015, VA e MAA,
apenas esta em causa a revogação da regra geral do recurso hierárquico necessário, não
implicando a revogação de eventuais regras especiais com essa exigência, e não
implicando o afastamento de se estabelecerem exigências semelhantes em lei especial.

Do lado oposto, VPS, continua a criticar pk no fundo tira 3 consequências de se admitir


este formalismo, de que o CPA apenas revogou a regra geral do CPA, mas que não tira
dali outras consequcnai, especialmente revogação de regras especiais,

-para o prof admitir-se este formalismo as normas ditas especiais não tinham
especialidade alguma, sendo apenas uma reiteração da regra geral e so assim podendo
manter na sua revogação.

-admitir-se este formalismo consagrando o legislador consagrando novas garantias


admin necessárias após a reforma não teria qq efeito útil pois seria uma categoria
desprovida de consequências contenciosas face à leitura da CRP.

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- admitir-se este formalismo corresponderiam a diligencias inúteis contrárias ao p de


promoção de acesso à justiça, art. 7º CPTA que tem corolário a regra de fundo que
defendem ser evitadas diligencias inúteis, reiterado pelo art. 8º/8 CPTA.

Alínea b)

Analisar duas questões: contestação em si e de ter sido proferido um despacho saneador,


se poderia ter ocorrido ou não.

A contestação: art. 83º CPTA nº1 faz referência ao que é que ela tem de conter, qual o
conteúdo mínimo necessário. Tínhamos de referir que estes requisitos do art. 83º/1
tinham de estar verificados e identificadas a individualização da ação, matéria de facto e
de direito e as exceções deduzidas.

Ele invocou uma ED, art. 89º/4 alínea h) CPTA.

Nº 3 temos as perentórias.

Nº 4 temos as dilatórias, meramente exemplificativo, “entre outras”.

Aqui estava previsto no art. 89º/4 alínea h).

Pressupostos processuais relativamente às partes e do patrocínio judiciário e de


representação forense, remissão para o art. 11º CPTA.

Depois ter em atenção que o art. 83º/4 faz referência ao ónus de impugnação
especificada, mas as consequências que dai se retiram não são ao nível da confissão.
Não temos elementos suficientes de modo a saber se houve uma impugnação
especificada, mas o art. 83º/4 impõe uma impugnação especificada, mas as
consequências que dai se retiram não são ao nível da confissão.

Despacho saneador: o juiz não deveria ter proferido, mas sim despacho pré saneador:
art. 87º CPTA. Serve para providenciar neste caso concreto pelo suprimento de ED, nº 1
alínea a).

Este despacho pré saneador fixa um prazo para que o suprimento possa acontecer, art.
87º/2, ultrapassado o prazo há sim lugar à absolvição da instância, nos termos do art.
87º/ 7 CPTA.

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Aqui caso o juiz determine automaticamente a absolvição da instância sem ter emitido
um despacho pré saneador, art. 87º/8 diz que o autor pode apresentar uma nova P.I.
passados 15 dias.

Alínea c)

Há vários problemas a analisar.

Dois principais problemas: esvaziamento do objeto do ato impugnatório e a questão de


aceitação do ato.

Quanto ao esvaziamento do objeto do ato impugnatório art. 64º/4 CPTA visa conferir
uma maior tutela aos administração nas situações em que a administração apenas anule
o ato impugnado com o sentido de esvaziar o ato imougnatorio.

Existiu uma ação de impução para anular esse ato administrativo, a pp AP anulou ela pp
esse ato, leva à extinsao da instancia e depois vai ela praticar esse ato, volta a produzri
os efeitos, volta a ser lesivo da esfera jurídica do particular.

Ela quer a extinção da instância, mas quer manter a relação ilegal, renovando o ato.

Art. 64º/4 os vícios aqui invocados eram ou não os mesmos e a questão do prazo ser
diferente pode ser um indício disso, se estiverem verificados os pressupostos deste
artigo, que parece ser o caso, independentemente do prazo diferente.

Aplicando o art. 64º/4 temos um prazo geral para a impugnação de um ato pelo que
temos um prazo geral de 3 meses 58º/1 alínea b) + art. 59º/2 CPTA, que dá o início da
contagem deste prazo.

Questão de aceitação do ato: questionar se poderíamos ter aqui alguns contornos


diferentes por ter existido ou não uma aceitação desse ato, art. 56º CPTA.

Retira utilidade entre diferenciação entre aceitação tacita e expressa, ela não tem de ser
necessariamente expressa podendo ser em certos casos tacita.

Art. 56º/3 para o nosso caso: smp que aparecer um funcionário que quer impugnar certo
ato, mas que acaba por executar antes da impugnação, diz que essa execução não
corresponde a uma impugnação tácita do ato, seguindo este art. 56º/3 CPTA.

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CASO PRÁTICO 21

Alínea a)

Ação de condenação à prática de AA. Temos uma situação de inercia da AP, temos uma
situação em que a AP não procedeu a um determinado comportamento e se esse
comportamento era ou não devido, se existia dever de decisão por parte da AP.

Temos de ver o art. 67º/1 alínea a) aqui em causa.

Temos de ver se foi apresentado o requerimento e se existe uma inercia da AP, uma
violação do art. 13º do CPA que estabelece o p da decisão.

Excluir situações: nos casos em que não existe um dever de decidir, nos termos do art.
13º CPA, quando já foi emitida uma decisão num prazo anterior a 2 anos, aqui a inercia
não é valorizada em termos negativos pk não havia dever de decidir.

Restantes casos, há prazos para a AP decidir e poder decidir um requerimento,


atualmente é 60 dias prorrogáveis até 90 dias para decidir,128º/1/3CPA (a partir do
momento em que entra) e é um prazo procedimental pelo que art. 87º CPA, que se
suspende aos sábados, domingos e feriados.

Art. 129º CPA para o incumprimento de decisão, a partir do momento desse


incumprimento é que começam a contar os prazos processuais. Há um plano
procedimental e a par disso há um plano processual. Ele pode saltar do plano
procedimental por não terem sido cumpridos os prazos para o plano processual para
levar à condenação da AP.

Qual o prazo processual para que o particular possa exigir o cumprimento do ato: art.
69º/1 CPTA.

O particular tem o prazo de um ano contado desde o momento até ao qual a


administração deveria ter decido, temos de conjugar um prazo procedimental com um
prazo processual.

O prazo de um ano vai contar-se a partir do momento em que deveria ter decidido.

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Quanto à legitimidade: Devíamos ter em conta o art. 10º/2 na parte final. Deveria ter
sido demandado a autarquia, no entanto há uma sanação automática como já tínhamos
analisado.

Alínea b)

Temos de analisar a LA do MP: art. 67º/4 alínea a) e 68º/1 alínea b).

Temos de dizer que independentemente de ter sido apresentada um requerimento o MP


podendo defender determinados interesses, mas num âmbito mais restrito, temos de
abordar se este ato administrativo resultava diretamente da lei, não seria evidente.

Art. 68º/1 alínea b) sem necessidade de apresentação de requerimento quando o ato


resulte diretamente da lei e dos bens lá tutelados.

Temos um requisito acrescido que é a defesa de determinados bens tutelados pelo


legislador.

Temos de analisar a LA da Assembleia Municipal, art. 68º/1 alínea d).

Temos de referir: há um aumento da conflitualidade da distribuição de comp e este art.


funciona em espelho com o art. de ação de impugnação de AA.

Alínea c)

Art. 70º/1 CPTA + art. 67º/1 alínea b).

À luz da alteração da instância no nº 1 diz que o autor pode alegar novos fundamentos.

A pretensão do interessado foi indeferida por situação de inércia.

Há alteração da instância que passa a enquadrar os pressupostos de condenação à prática


de ato administrativo, à luz do art. 67º/1 alínea b).

Já não estamos perante uma situação de inercia, mas fê-lo durante o processo judicial,
passa a existir um AA, mas tem de ser enquadrado de uma situação anterior de inercia
da AP.

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Hipótese 27:

Alínea b)

Análise de vários pontos diferentes:

Esta aqui em causa perceber que estava em causa um plano, ato essencialmente
composto por normas regulamentares administrativas, e perceber qual o objetivo da
associação pesca: impugnação das normas restritivas da atividade dos seus associados.

Essa associação pretende a impugnação dessas normas.

Quando temos uma situação em que existe um ato composto por ato essencialmente
composto por normas regulamentares administrativas e que há uma associação a ser
lesada por essas normas, estamos perante uma ação de impugnação de normas, art. 72º e
ss CPTA.

Estas normas regulamentares administrativas podem afetar direitos dos particulares.

Distinguir entre tipos de fundamentos que pode estar em causa:

-Inconstitucionalidade: o que esta a ser ofendido?

Por força da ofensa de direitos fundamentais, art. 18º/2 CRP. Vão estar necessariamente
assentes num pedido de declaração de ilegalidade sem FOG, art. 72º/2 e art. 73º/2
CPTA. Quando as normas ofendem DF, vai estar assente neste pedido, pelo motivo: o
pp p da separação de poderes, tem de haver uma clara separação, pk mesmo que haja
inconstitucionalidade tem de assentar num pedido de ilegalidade.

-Não está em causa a violação de DF, ou seja, fundamentos de inconstitucionalidade:


vamos ter fundamentos de ilegalidade e que pode ser a preterição de consulta publica,
esse fundamento de ilegalidade vai estar em que tipo de pedido: declaração de
ilegalidade com FOG, art. 73º/1 CPTA.

Alínea c)

Esta aqui em causa o pp âmbito de poderes do pp T.

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O facto de o T ter ou não um âmbito mais alargado nos poderes de decisão.

Art. 75º CPTA, temos de referir que independentemente de estamos perante questões
jurídicas de alta complexidade, salvaguarda um amplo poder de cognição do juiz e de
decisão do juiz bastante amplos.

Caso nº 35

Alínea a) estamos no âmbito de um processo declarativo urgente, dentro destes, que se


encontram nos artigos 97 º ss, temos o contencioso dos procedimentos de massa no art.
99º.

Será que podemos aplicar este regime?

O art. 99º/1 têm de ser procedimentos com mais de 50 participantes, aqui temos mais
que 50 participantes, pelo que este 1º requisito está preenchido.

Apenas em alguns domínios: temos de saber que para alem de termos o 1º requisito para
o número de participantes se temos o 2º requisito respeitante ao domínio, estava ou não
preenchido? Está preenchido! Estão os dois requisitos preenchidos.

Este contencioso de procedimentos em massa: pk é que existe: fundamento:


salvaguardar o IP de que este tipo de ações que podem repercutir-se de forma
significativa nos interessados promove estabilidade das situações jurídicas no âmbito
dos procedimentos. Vai ter de especial o facto de promover a celeridade processual.

Questão relativa aos prazos e ao tribunal competente:

Que resulta do art. 99º/2 que estabelece um prazo de um mês.

Depois os prazos inerentes às restantes peças processuais também vão ser reduzidos.

Temos logo uma redução do prazo de propositura da ação no nº 2 do art. 99º.

Sendo apenas intentado a 30 de janeiro, temos de falar de o prazo ser mais curto.

Questão de “A” ter proposto a ação junto do TAF de Braga, também no art. 99º/2 diz
que as ações devem ser propostas no tribunal da sede da entidade demanda, promove
tmb este artigo a concentração processual.

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Diferença entre art. 99º e art. 48º ?

O art. 48º diz respeito a situações de massificação processual enquanto o art. 99º diz
respeito a um meio processual autónomo com campo de aplicação pp e explicito.

Diferença: ao facto de no caso do art. 99º estarmos perante um meio processual


autónomo que é urgente.

As duas figuras têm pressupostos diferentes. O art. 99º tem de ter um número de
participantes muito alto e no art. 48º tem de ser propostas várias ações.

No 48º o que releva é terem sido intentadas 10 ações no 99º tem de respeitar a um
procedimento administrativo que tenha admitido mais de 50 candidatos e depois tem de
dizer respeito a domínios específicos.

Alínea b) será que existem regras relativamente à cumulação de pedidos e de coligação


neste art. 99º?

Nº 4 do art. 99º exige que os requisitos da cumulação e da coligação estejam


preenchidos, faz quase uma remissão para o art. 4º/1 e 12º/1, que tem de estar
verificados quanto ao mesmo ato ou omissão e ato e omissão que se tenha verificado no
mesmo procedimento.

De se reunir num único processo a discussão de todas as discussões jurídicas que surjam
quanto a este processo, é uma tentativa de concentração processual.

Quer concentrar e promover a celeridade processual e a concentração processual.

Define os pressupostos que devem estar reunidos para que possa existir a cumulação e
coligação e que esta limitado à unidade ou pluralidade das relações jurídicas conexas e
esta também limitado pela unidade do procedimento.

Temos de dizer neste caso: o que resulta do art. 4º e do art. 12º?

É possível a cumulação quando há cumulação objetiva dos pedidos, art. 4º nº 1 estava


verificado.

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Temos de referir a questão do art. 99º/4.

Existem regras relativamente aos prazos e à competência territorial e regras especiais no


que diz respeito à apensação de pedidos e às regras de compensação e de cumulação.

CASO Nº 38

Alínea a) Qual a ação em causa: ação de contencioso pré contratual, que é uma ação
urgente, art. 100º a 103º-B CPTA. Concurso público.

O que estava em causa era a tentativa de consolidar um processo dirigido à declaração


de ilegalidade de uma disposição do modelo de avaliação, de uma disposição contida
num outro documento conformador do procedimento, art. 103º/1.

Art. 103º/1 estão submetidos à possibilidade desta ação, disposições contidas, há dois
tipos de peças do procedimento que podem estar aqui em causa e depois deixa elenco
meramente indicativo. Devemos remeter quando se diz “programa de concurso”, art. 41º
CCP, em que o programa do concurso é um regulamento que define os termos em que
obedece a fase de formação do CTT até à sua celebração.

O mesmo quando se diz caderno de encargos, que devemos remeter para o art. 42º CCP,
peça do procedimento que tem as clausulas a incluir no CTT a celebrar.

Depois temos a remissão para o elenco exemplificativo, “outros documentos


conformadores do procedimento” que vamos enquadrar este modelo de avaliação de
propostas, que esta regulado no art. 139º CCP.

Art. 139º CCP: O modelo de avaliação de propostas visa explicitar os fatores e


subfactores relativos a aspetos de execução do CTT a celebrar submetidos à
concorrência pelo caderno de encargos.

Adoção de medidas provisorias ou efeito suspensivo automático do art. 103º-A CPTA:


teve um grande impacto com a revisão de 2019.

Veio diminuir o âmbito de aplicação do efeito suspensivo automático previsto no art.


103º-A CPTA.

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Anteriormente tínhamos que a impugnação judicial suspendia sempre de forma


automática os efeitos do ato de adjudicação independentemente do procedimento pré
contratual e do momento da propositura da ação.

Depois de 2019 passamos a ter: deixa de existir um efeito suspensivo automático do ato
de adjudicação ou da execução do CTT no âmbito de procedimento contratuais de ajuste
direito, de consulta previa e de todos os procedimentos sem publicidade internacional
incluindo os concursos públicos.

Pk é que o legislador fez isto?

Fazer com que esta diminuição do efeito suspensivo automático em todos os casos,
sempre que existisse a impugnação judicial do ato de adjudicação fazia com que
houvesse uma grande morosidade nos tribunais administrativos.

A diminuição do âmbito de aplicação do art. 103º-A CPTA foi a forma do legislador


contornar a morosidade que existia nos TA.

Imagine-se que existe um efeito suspensivo automático: se quando é suscitado o


levantamento do mesmo, se o juiz pode decidir entre levantar ou não levantar o efeito
suspensivo automático ou se pode tomar outras medidas?

Quando chamado a decidir sobre o pedido de levantamento se o T apenas pode decidir


entre levantar ou não levantar esse pedido ou se pode adotar outras medidas como por
ex. as do art. 103º-B.

Há divergência doutrinária:

- parte da doutrina entende que é admissível a adoção de outras medidas pelo juiz,
quando chamado a decidir sobre o pedido do levantamento do efeito suspensivo
automático é admissível que o T adote outras medidas tendo em conta: desde logo o
próprio principio da proporcionalidade no sentido em que a possibilidade do
decretamento de outras medidas: providencias ou contra medidas representa uma
solução intermedia que possibilita alcançar um maior equilíbrio entre os interesses
conflituais.

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- outra parte da doutrina questionando se o T pode incluir no juízo do incidente a adoção


de outras medidas provisorias que permitam atenuar ou limitar os efeitos da decisão
entende esta parte da doutrina que os T carecem de habilitação para substituir o efeito
suspensivo automático, art. 103º-A, por outra medida provisória.

Qual é o critério para o levantamento do efeito suspensivo automático?

Antes da revisão de 2019, como é que se levantava o efeito suspensivo automático tmb
era controverso, pk se exigia a ponderação de todos os interesses e exigia-se mais do
que uma mera ponderação de interesses, mas tmb uma ponderação de danos.

No fundo o que resultava anteriormente era que o critério da proporcionalidade deveria


ser utilizado para apreciar o levantamento do efeito suspensivo automático e este
deveria ser levantado quando ponderados os interesses, os danos que resultariam da sua
manutenção do efeito suspensivo se mostrassem superiores aqueles que resultariam da
sua manutenção.

Art. 103º-A/4 veio esclarecer esta situação, tem de ser ponderados todos os interesses
em causa, o que significa ponderar tanto os interesses públicos como os privados e fazer
uma ponderação dos danos, independentemente de se tratar de interesses públicos ou
privados.

Simulação:

 Prazos para autores, réus e decisão:

-Autores: PI até dia 29 de Novembro.

-Réus: contestação até dia 8 de dezembro (nós).

-Dia 13 de dezembro, simulação propriamente dita.

-Dia 16 juiz julgamento.

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