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Tema:
Introdução..................................................................................................................................1
Contexto.................................................................................................................................1
Problematização.....................................................................................................................2
Objectivos de Pesquisa...........................................................................................................3
Objectivo Geral..................................................................................................................3
Objectivos Específicos.......................................................................................................3
Questões de Pesquisa.............................................................................................................3
Hipóteses................................................................................................................................3
Metodologia de Pesquisa........................................................................................................3
Métodos de Pesquisa..........................................................................................................3
Técnicas de Pesquisa..........................................................................................................4
Referencial Teórico................................................................................................................4
Teoria de Integração Económica........................................................................................4
Contexto de Surgimento.....................................................................................................4
Precursores.........................................................................................................................4
Presssupostos......................................................................................................................5
Aplicabilidade....................................................................................................................5
CAPÍTULO 1: PROCESSO DE SURGIMENTO DA SADC...................................................6
1.1. Surgimento da SADC..................................................................................................6
1.2. Objectivos da SADC...................................................................................................7
1.3. Órgãos da SADC.........................................................................................................7
CAPÍTULO 2: PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA NA SADC..........................9
2.1. Zona de Comércio Livre.................................................................................................9
CAPÍTULO 3: CONTRIBUTO DA SADC NO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO DE
MOÇAMBIQUE......................................................................................................................12
3.1. Efeitos da Integração Económica da SADC em Moçambique.....................................12
3.2. Vantagens de Moçambique na SADC...........................................................................12
3.3. Desafios de Moçambique na Integração Económica na SADC....................................14
Conclusão.................................................................................................................................15
Referências Bibliográficas.......................................................................................................16
Introdução
A pesquisa teve Moçambique como horizonte espacial e o período de 2008 à 2019 como
horizonte temporal. A escolha de Moçambique prende-se ao facto deste ter sido um dos
principais Estados pioneiros da integração regional na África Austral e dado o seu valor
estratégico para a organização regional.
Quanto ao tempo, a escolha de 2008 como marco inicial para a pesquisa prende-se ao facto
deste ter sido o ano em que o ano em que foi criada a Zona de Comércio Livre (ZCL) na
Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) com vista a impulsionar o
comércio entre os Estados membros da Organização. A escolha de 2019 como marco final da
pesquisa prende-se ao facto de ter sido o ano em que foi realizada a 39ª Cimeira dos Chefes
de Estado e de Governo da SADC, onde os líderes da SADC comprometeram-se em criar um
ambiente propício ao desenvolvimento industrial e do comércio intra-regional como uma
alternativa ao desenvolvimento económico dos Estados membros.
Contexto
A SADC é uma organização que procura conseguir uma integração regional mais sólida na
região da África Austral através de um alto grau de harmonização e racionalização capaz de
potenciar os recursos para atingir uma auto-confiança colectiva no sentido de melhorar os
níveis de vida dos povos da região. A criação da ZCL em 2008 tinha como objectivo
principal o de liberalizar o comércio intra-regional de bens e serviços. No entanto, o processo
de integração económica na SADC permanece um processo inacabado, sendo que o objectivo
da organização em se tornar uma União Económica em 2018 ainda não foi alcançado.
1
Problematização
O processo de integração na África Austral foi realizado com características específicas dos
Estados da região tendo, como principal alicerce a proximidade geográfica dos países que
iriam integrar o bloco e devido às questões culturais que os uniam, o que implicaria numa
manutenção dos laços económicos entre os países africanos. Em termos concrectos, os
principais objectivos da ZCL da SADC baseiam-se em protocolos de desenvolvimento e
crescimento económico. Segundo Chichava (2007:10), em termos económicos, o processo de
integração regional na SADC implica necessidade de convergência das economias, de modo
a reduzir a heterogeneidade das economias dos Estados membros. Tal processo de
convergência não apenas depende do esforço individual dos Estados membros, como também
implica colaboração intensiva dos seus componentes num trabalho conjunto, de forma a
atingir os objectivos da estabilização, implementação de políticas macroeconómicas comuns,
crescimento, desenvolvimento e competitividade das actividades económicas de todos os
Estados que compõem o bloco regional.
De acordo com Haffner e Mampava (2010:80), as vantagens que Moçambique poderá tirar da
integração regional são vastas. O país tem um grande potencial agrícola com possibilidade de
diversificação das culturas a produzir tanto para o consumo interno como para exportação
(incluindo amêndoa de caju, algodão, madeira). A revitalização da capacidade produtiva
dessas culturas é fundamental no processo da integração de Moçambique na região,
acompanhado pela revitalização da agroindústria para o processamento primário da produção
agrícola com a finalidade de exportação e processamento completo para o consumo interno
(Ibid.). Entretanto, apesar de Moçambique fazer parte da ZCL da SADC, as exportações de
Moçambique para os outros Estados membros da organização regional continuam baixas. As
exportações moçambicanas para SADC oscilam em torno de 21% do total das exportações,
incluindo os mega-projetos (Banco de Moçambique, 2018).
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Objectivos de Pesquisa
Objectivo Geral
Objectivos Específicos
Questões de Pesquisa
Quais são os factores que impulsionaram o surgimento SADC?
Qual é o estado do processo de integração na SADC?
Em que medida a integração económica na SADC contribui no desenvolvimento
económico de Moçambique?
Hipóteses
A dependência económica dos Estados da região da África Austral em relação à
África do Sul pode ter sido o principal motivador o surgimento da SADC.
O processo de integração económica na SADC pode ser um processo inacabado
devido à falta de complementaridade económica entre os Estados membros da
integração.
A integração económica na SADC pode ter contribuido para o crescimento do PIB em
Moçambique através do estímulo ao investimento estrangeiro no país.
Metodologia de Pesquisa
Métodos de Pesquisa
Referencial Teórico
Contexto de Surgimento
A teoria de integração económica surgiu após a Segunda Guerra Mundial, mas foi Viner que,
na sua obra The Customs Union Issue, publicada em 1950, deu uma nova dimensão à
integração económica, ao defender que a união aduaneira tanto podia criar como podia
desviar o comércio (Wache, 2012:6).
Precursores
A teoria de Integração económica foi defendida principalmente por Jacob Viner (1950) 1 e
Bela Balassa (1961)2. Viner (1950 citado por Wache, 2012:6) deu uma nova dimensão à
integração económica, ao defender que a união aduaneira tanto podia criar como podia
desviar o comércio. A criação do comércio ocorre quando uma parte da produção num
Estado, que é membro de uma união aduaneira, é substituída por importações de baixo custo
de outros Estados membros. Ao passo que o desvio do comércio ocorre quando as
importações a baixo custo provenientes de Estados que não são membros da união aduaneira,
são substituídas por importações de alto custo de Estados membros da união.
Balassa (1961 citado por Pereira, 2008:25) propôs que a integração económica evolui em
cinco estágios: Área de Livre Comércio, União Aduaneira, Mercado Comum, União
Monetária e Económica, e Integração Económica Completa. O último estágio, a integração
1
Viner, Jacob (1950), The Customs Union Issue, Carnegie Endowment for International Peace: New York.
2
Balassa, B. (1961), Teoria de Integração Económica, Clássica: Lisboa.
4
económica completa, propõe a unificação de políticas monetárias, fiscais, sociais e contra-
cíclicas, e requer a existência de uma autoridade supranacional cujas decisões sejam
vinculantes para os Estados membros.
Presssupostos
Numa União Aduaneira eliminam-se todas as barreiras e estabelece-se uma pauta aduaneira
comum em relação ao resto do mundo. O Mercado Comum é uma fase em que para além de
uma pauta aduaneira comum, é permitida a livre circulação de mão-de-obra e de capital entre
os Estados membros. A União Económica e Monetária aprofunda a harmonização chegando
mesmo a unificar as políticas fiscais e monetárias para os membros da união.
Aplicabilidade
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CAPÍTULO 1: PROCESSO DE SURGIMENTO DA SADC
Em Agosto de 1992, aquando da reunião anual dos chefes de Estado da SADCC, realizada
em Windhoek, a SADCC foi transformada na SADC. Foram também assinados acordos sobre
várias transformações no que diz respeito aos objectivos e ao estatuto jurítico da nova
organização. A adesão da África do Sul na SADC ocorreu dois anos após a criação da
organização, em 1994. A transição para a democracia multipartidária e a ascenção de um
Governo de maioria negra, trouxe consigo a necessidade de transformar a imagem externa da
África do Sul (Gomes et al., 2014:263). Esta transformação prioriza a integração sul-africana
no quadro de cooperação regional, tanto bilateralmente como multilateralmente, como forma
de quebrar com o passado isolacionista e do isolamento político e económico a que esteve
sujeita. A adesão da África do Sul na SADC serviria de base para a modificação do baixo
6
nível de complementaridade que caracterizava os países-membros da SADC e desse modo,
mudar as condições de comércio regional.
O objectivo principal da SADC, é construir uma região na qual haja um alto grau de
harmonização e racionalização capaz de potenciar os recursos para atingir uma auto-
confiança colectiva no sentido de melhorar os níveis de vida dos povos da região (Calich,
2018:63). Para tal, foram criados órgãos com vista a garantir a implementação de acções
concrectas para o sucesso desse objectivo, dentre os quais destacam-se como principais: a
Cimeira de Chefes de Estado ou de Governo, o Conselho de Ministros e o Secretariado
Executivo.
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tomar decisões rápidas em nome da SADC que são normalmente tomadas em reuniões de
políticas agendadas em intervalos regulares, bem como fornecer orientação política às
instituições da SADC entre as Cúpulas regulares da SADC. Este sistema tem sido efetivo
desde que foi estabelecido pela Cúpula em sua reunião anual em Maputo, Moçambique, em
Agosto de 1999. A Cúpula geralmente se reúne uma vez por ano em Agosto/Setembro, em
um Estado membro no qual um novo Presidente e Vice-Presidente são eleitos.
O Secretariado Executivo, por seu turno, é a principal instituição executiva da SADC. Este
órgão é responsável, dentre outros assuntos, pela planificação estratégica e gestão dos
programas da SADC; implementação das decisões da Cimeira e outros órgãos da SADC;
organização e administração das reuniões da SADC; administração financeira e geral;
representação e promoção da SADC; coordenação e harmonização das políticas e estratégias
dos Estados-membros (Calich, 2018:63). O Conselho de Ministros é constituído por
um ministro de cada Estado-membro, de preferência, por um ministro
responsável pelos negócios estrangeiros ou pelas relações exteriores.
Este órgão é superintendente sobre a implementação das políticas da
SADC e a execução dos seus programas; aconselha a Cimeira sobre
questões de política global e sobre o funcionamento e desenvolvimento
da SADC em moldes crescentes e harmoniosos; aprova políticas,
estratégias e programas de trabalho da SADC; recomenda à Cimeira, para
aprovação, o estabelecimento das direcções, comités, outras instituições
e órgãos.
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CAPÍTULO 2: PROCESSO DE INTEGRAÇÃO ECONÓMICA NA SADC
A nova visão da SADC foi, na sua essência, uma visão de liberalização do comércio e de
plena integração económica da região da África Austral. Uma série de etapas foram definidas
pelo Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional – RISDP (2000-2015) a
alcançar no contexto da Agenda Comum da SADC: (i) formação de uma Zona de Comércio
Livre para apoiar o comércio intra-regional até 2008; (ii) estabelecimento de uma União
Aduaneira com pautas aduaneiras externas comuns para a zona de comércio livre até 2010;
(iii) criar um Mercado Comum, acordando políticas comuns de regulação da produção até
2015; (iv) criar uma União Monetária através da convergência macroeconómica até 2016; (v)
Aceitar a convergência em uma única Moeda e tornar-se uma União Económica até 2018
(SADC, 2003:1). No entanto, na SADC apenas foi concretizada a ZCL.
4
A regra de origem determina a proveniência dos bens que podem beneficiar dos acordos negociados.
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(USD) em 2012, um aumento de 5% comparado ao ano de 2008. Dado que Um dos
constrangimentos enfrentados pela SADC é o fraco desenvolvimento de infra-estruturas, a
maior parte do IDE foi destinado à criação de infra-estruturas regionais como forma de criar
oportunidades de emprego, maiores mercados e oportunidades económicas.
Apesar dos sucessos registados na ZCL, a mesma também registou alguns desafiosos devido
à diversos factores, como a falta de vontade política, a não-adesão de alguns Estados-
membros ao acordo e a prevalência de interesses nacionais. Moçambique só concluiu o
processo de liberalização do comércio em 2015, no caso das importações da África do Sul e
Angola. A República Democrática do Congo e as Ilhas Seychelles permaneceram fora do
acordo. Além disso, Malawi, Zimbabwe e Tanzânia só eliminaram subsídios para um imposto
de importação de 25% sobre açúcar e produtos de papel em 2015 (SADC, 2012). Além disso,
há exclusões de produtos que, em alguns casos até 2017, permaneceram substanciais (por
exemplo, em alimentos preparados, animais e produtos de origem animal, têxteis e vestuário,
alguns produtos minerais e veículos e partes de veículos). Estes últimos (peças do veículo) e
vestuário usado são as únicas excepções ao acesso isento de direitos aduaneiros da África do
Sul para a SADC.
5
Infraestructure, www.sadc.int, Cosultado em 13 de Abril de 2020.
6
Linklaters advises on Largest Ever Project Financing of Infraestructure in Sub-Saharan Africa,
www.linklaters.com, Consultado em 13 de Abril de 2020.
10
Outro obstáculo à ZCL foi a prevalência de interesses nacionais sobre os interesses comuns.
A Tanzânia esteve longe de oferecer acesso isento de impostos à África do Sul, com tarifas
extremas relatadas para arroz, açúcar, produtos lácteos e cereais em particular, como forma
de proteger as suas indústrias (Sandrey, 2013:4). Madagáscar teve várias excepções à sua
oferta sul-africana, sendo 20% aplicado a animais vivos, carne, peixe e produtos de frutas e
legumes na agricultura em 2012 (Ibid.). A Zâmbia apareceu para cobrar impostos sobre
roupas e calçados, em particular da África do Sul. Entretanto, o complexo acordo de açúcar
ainda está em vigor. Este é um acordo que permite aos produtores de açúcar não-membros da
Southern Africa Customs Union (SACU) o acesso fixo à quotas aos mercados da SACU, mas
não fornece acesso aos produtores da SACU à quotas na SADC. Essa medida altamente
protecionista está em vigor para auxiliar a integração regional na região da SADC sem colidir
com os objectivos da SACU.
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CAPÍTULO 3: CONTRIBUTO DA SADC NO DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO
DE MOÇAMBIQUE
As estratégias relacionadas ao cumprimento das metas relativas à dívida externa fizeram com
que Moçambique se beneficiasse do perdão parcial e, posteriormente, total da sua dívida aos
membros do clube de Paris. Assim sendo, o Estado pôde realocar os fundos que,
anteriormente, estavam destinados ao pagamento da dívida e pôde investir nas áreas sociais e
de desenvolvimento, definidas como prioritárias no país. No que se refere ao défice
orçamentário, apesar de Moçambique não ter cumprido com as metas, os esforços em curso
tendem a diminuir a dependência externa do orçamento do Estado, através da melhoria da
máquina administrativa na arrecadação de impostos, assim como em acções que levem à
contenção das despesas públicas.
Moçambique é um dos Estados pioneiros das ideias de integração regional, na medida em que
esta pode representar uma alternativa para as economias pequenas, no sentido de ajudar a
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enfrentar os constrangimentos impostos pela ordem económica internacional. O grau de
abertura de uma economia para com o exterior pode determinar a sua habilidade para a
integração regional, o que pode propiciar mais criação do comércio e aumento do bem-estar
das populações.
Quanto às condições de procura e oferta, não obstante o país ter altos índices de pobreza
absoluta (46%) em 2016, esforços do governo e das próprias populações têm sido
desenvolvidos, e a cada ano que passa, apesar do aumento da diferença entre pobres e ricos, o
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número de moçambicanos com crescente melhoria do seu nível de vida tem estado a
aumentar no campo e nos centros urbanos. O contacto constante com a mais dinâmica
economia da região (a África do Sul) tem estado a contribuir para a emergência de um grupo
de clientes moçambicanos exigentes e capazes de pressionar e influenciar o sector produtivo
nacional para a inovação e qualidade. É uma vantagem competitiva que se está erguendo e
que tem impacto para o processo de integração regional.
Apesar das vantagens competitivas que Moçambique possui na SADC, existem factores que
afectam a possibilidade do país auferir ganhos maiores da integração regional,
nomeadamente: a falta de disponibilidade de mão-de-obra qualificada, fruto da herança
colonial e da guerra de desestabilização, bem como, também de opções políticas que
continuam a adiar a reformulação curricular de todo o sistema de ensino (Chichava, 2011:28).
Outro desafio está relacionado com a falta de indústrias, pois não obstante a campanha
Made in Mozambique, a indústria moçambicana precisa de uma grande reestruturação e
desenvolvimento. Há muitos factores que contribuem para o estágio atrasado da indústria em
Moçambique. A faltade empreendedores arrojados, os altos custos do capital para
investimentos, as altas taxas de tributação ao rendimento, a falta de cultura, mentalidade e
capacidadeempresarial associados a uma visão de curto, médio e longo prazo, são de entre
muitosfactores que podem condicionar o surgimento, desenvolvimento e consolidação de
umsector empresarial forte e dinâmico (Banco de Moçambique, 2018).
Tal como para muitos países da região da África Austral, o principal desafio de Moçambique
é manter a paz, estabilidade política, segurança, democratização e continuidade dos esforços
tendentes à redução dos níveis de pobreza absoluta. A estabilidade política e segurança de
Moçambique dependem também da região. Os resultados dos processos eleitorais no
Zimbabwe e Angola e África do Sul, Botswana, Malawi, Maurícias e Namíbia, podem
funcionar como catalisadores ou minar os esforços de integração regional na SADC.
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Conclusão
Após a realização do trabalho de pesquisa, foi possível concluir que o processo de integração
regional tem contribuido de forma positiva no desenvolvimento económico de Moçambique.
O primeiro efeito do processo de integração regional começou pela necessidade de
Moçambique fazer grandes esforços no sentido de cumprir com as metas de convergência.
Adicionalmente, as estratégias relacionadas ao cumprimento das metas relativas à dívida
externa fizeram com que Moçambique se beneficiasse do perdão parcial e, posteriormente,
total da sua dívida aos membros do clube de Paris. Assim sendo, o Estado pôde realocar os
fundos que, anteriormente, estavam destinados ao pagamento da dívida e pôde investir nas
áreas sociais e de desenvolvimento definidas como prioritárias no país.
Apesar das vantagens competitivas que Moçambique possui na SADC, existem factores que
afectam a possibilidade do país auferir ganhos maiores da integração regional,
nomeadamente: a falta de disponibilidade de mão-de-obra qualificada, fruto da herança
colonial e da guerra de desestabilização, bem como, também de opções políticas que
continuam a adiar a reformulação curricular de todo o sistema de ensino. Outro desafio está
relacionado com a falta de indústrias e a matenção da paz, estabilidade política, segurança,
democratização e continuidade dos esforços tendentes à redução dos níveis de pobreza
absoluta.
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Referências Bibliográficas
Obras
Pereira, Poliana de Carvalho (2008), Acordos Regionais de Comércio: Uma análise dos
ganhos não-tradicionais, (Dissertação em Economia). Ribeirão Preto: Universidade de São
Paulo.
Sandrey, Ron (2013), An Analisys of the SADC Free Trade Area, Tralac.
Viner, Jacob (1950), The Customs Union Issue, Carnegie Endowment for International
Peace: New York.
Wache, Paulo Mateus (2012), A União Europeia e as suas Relações com o Mundo:
Entendendo a Política Externa da União Europeia para África, Instituto Superior de
Relações Internacionais: Maputo.
Artigos de Revistas
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Chichava, José (2011), “Economia, Políticae Desenvolvimento”, Revista Científica Inter-
Universitária, Vol. 1, No. 4, 20-28.
Portais da Internet
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