Você está na página 1de 158

1

INVENTÁRIO NACIONAL DE MONUMENTOS, CONJUNTOS E SÍTIOS

PATRIMÓNIO CULTURAL
MOÇAMBIQUE

Edição promovida pela UNESCO, Maputo 2003

MINISTÉRIO DA CULTURA
DIRECÇÃO NACIONAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL
DEPARTAMENTO DE MONUMENTOS

Casa de Ferro, Rua Capitão Henrique de Sousa, 15. C.P. 1742,


Telefone 258 1 303799, e-mail massaiet@ zebra.uem.mz

2
ÍNDICE

Ficha Técnica .............................................................................................. 11


Agradecimentos .......................................................................................... 11
Apresentação por Sua Excelência o Senhor Ministro da Cultura .............. 12
Prefácio pelo Senhor Representante da UNESCO, Maputo ...................... 13
Lista de abreviaturas ................................................................................... 14
Total dos bens culturais imóveis inventariados ......................................... 14
Modelo de inventário para consulta ........................................................... 15
Fortim de São José ............................................................................................. 17
Igreja de São João Baptista e Praça ................................................................... 17
Igreja de São Luís Gonzaga ............................................................................... 18
II. Registo e Inventário ................................................................................ 18
IV. Descrição............................................................................................. 18
Reduto de Pemba ............................................................................................... 19
Ilha do Ibo .......................................................................................................... 20
Igreja de Massangulo ......................................................................................... 21
Base Ngungunyane ........................................................................................... 22
Pinturas Rupestres de Massangulo (Malembué) ............................................... 23
Pinturas rupestres de Nancheve ......................................................................... 23
Administração de Angoche ................................................................................ 24
Paróquia de Nossa Senhora de Fátima .............................................................. 25
Missão de Santa Bárbara .................................................................................. 26
Posto Administrativo de Lunga ......................................................................... 26
Cabaceira Grande e Cabaceira-Pequena ............................................................. 27
Casa do Coronel Cunha ..................................................................................... 28
Ruinas Swahili de Somaná ................................................................................ 28
Igreja da Cabaceira Grande................................................................................. 29
Complexo de Chocas-Mar ................................................................................. 30
Mugenga ............................................................................................................. 31
Quartel militar de Muacone ............................................................................... 31
Primeira Casa do Governador ............................................................................. 32
Cândido Soares .................................................................................................. 32
Infantário ............................................................................................................ 33
Mesquita da Cabaceira Pequena ........................................................................ 33
Prisão Colonial ................................................................................................... 34
Casa de Neutel de Abreu ................................................................................... 35
Palácio dos Governadores Gerais da Cabaceira Grande .................................... 36
Igreja de Mossuril .............................................................................................. 36

3
Igreja de Nossa Senhora da Conceição de Mossuril ......................................... 37
Missão de Nossa Senhora da Conceição ........................................................... 38
Monumento de Mutotowana ............................................................................... 40
Forte de Muchelia .............................................................................................. 40
Gruta de Riane ................................................................................................... 41
Capela de Nossa Senhora do Baluarte ............................................................... 42
Capela de São Francisco Xavier ........................................................................ 44
Fortaleza de São Sebastião ................................................................................ 44
Forte de São Lourenço ....................................................................................... 46
Fortim de Santo António ................................................................................... 47
Hospital da Ilha de Moçambique ....................................................................... 48
Igreja da Mesericórdia ....................................................................................... 49
Igreja de Nossa Senhora de Saúde ..................................................................... 50
Mercado ............................................................................................................. 51
Palácio de São Paulo .......................................................................................... 52
Ilha de Moçambique .......................................................................................... 53
Igreja de Nossa Senhora de Livramento ............................................................ 55
Residência do Governo ...................................................................................... 56
Forte de Milange ................................................................................................ 58
Escola Municipal de Quelimane ......................................................................... 58
Túmulo de Zintambira ....................................................................................... 60
Zimbabwe do Songo .......................................................................................... 60
Igreja de São José de Boroma ............................................................................ 61
Massacres de Wiriyamu ...................................................................................... 62
Forte de Dom Luís ............................................................................................. 63
Forte de São Tiago Maior .................................................................................. 64
Mártires de Ntengo wa Minga ........................................................................... 64
Ponte Dona Ana ................................................................................................. 66
Forte de Zumbo .................................................................................................. 66
Igreja de São Pedro Cláver de Miruro ............................................................... 67
Túmulo do Régulo João ..................................................................................... 68
Massacre de Inhazónia ....................................................................................... 68
Amuralhado de Niamara .................................................................................... 69
Amuralhado de Magure ..................................................................................... 70
Amuralhado do Monte Chimbanda ................................................................... 70
III. Localização: ........................................................................................ 71
IV. Descrição............................................................................................. 71
Fortim do Monte Nharunhanga ......................................................................... 71
IV. Descrição............................................................................................. 71
Fortaleza de Massangano ................................................................................... 72
Forte Mungari .................................................................................................... 73
Forte Princesa Dona Amélia ............................................................................... 73

4
Base de Bamba ................................................................................................... 74
Ruínas da Aringa de Massangano ..................................................................... 75
Forte do Rio Muza ............................................................................................. 76
Dumbo-re-Marwiro ............................................................................................ 76
Forte de Macequece ........................................................................................... 77
Pinturas Rupestres de Chinhamapere ................................................................ 78
Amuralhado de Nhamaxato ............................................................................. 79
Mussodxoa (Residência de Ngungunyane) ........................................................ 79
Fortim de Mavita ................................................................................................ 80
Fortim de Nhanguzwe ........................................................................................ 81
III. Localização: ............................................................................................ 81
Descrição ......................................................................................................... 81
Estação Arqueológica de Mavita ....................................................................... 81
I. Categoria: Sítio; ...................................................................................... 81
II. Registo e inventário ................................................................................ 81
III. Localização: ............................................................................................ 81
IV. Descrição............................................................................................. 82
V. Critérios................................................................................................... 82
Ruínas do Monte Marozwi ................................................................................ 82
I. Categoria: Sítio ....................................................................................... 82
II. Registo e inventário ................................................................................ 82
III. Localização: ............................................................................................ 82
IV. Descrição............................................................................................. 82
V. Critérios................................................................................................... 82
Base de Mukute .................................................................................................. 83
I. Categoria: Sítio ....................................................................................... 83
II. Registo e inventário ................................................................................ 83
III. Localização: ............................................................................................ 83
IV. Descrição............................................................................................. 83
V. Critérios................................................................................................... 83
Pinturas Rupestres de Mavita ............................................................................ 83
I. Categoria: Sítio ....................................................................................... 83
II. Registo e inventário ................................................................................ 83
III. Localização: ............................................................................................ 83
IV. Descrição............................................................................................. 83
V. Critérios................................................................................................... 84
Ruínas de Massambúzi ...................................................................................... 84
I. Categoria: Sítio; ...................................................................................... 84
II. Registo e inventário ................................................................................ 84
III. Localização: ............................................................................................ 84
IV. Descrição............................................................................................. 84
V. Critérios................................................................................................... 84

5
Base de Nhacolo ................................................................................................ 84
I. Categoria: Sítio ....................................................................................... 84
II. Registo e inventário ................................................................................ 84
III. Localização: ............................................................................................ 84
IV. Descrição............................................................................................. 84
V. Critérios................................................................................................... 85
Base de Mitete .................................................................................................... 85
I. Categoria: Sítio; ...................................................................................... 85
II. Registo e inventário ................................................................................ 85
III. Localização: ............................................................................................ 85
IV. Descrição............................................................................................. 85
V. Critérios................................................................................................... 85
Ruínas de Macombe ........................................................................................... 85
I. Categoria: Monumento; .......................................................................... 85
II. Registo e inventário ................................................................................ 85
III. Localização: ............................................................................................ 86
IV. Descrição............................................................................................. 86
V. Critérios................................................................................................... 86
Tribunal Popular Provincial ............................................................................... 86
I. Categoria: Monumento; .......................................................................... 86
II. Registo e inventário ................................................................................ 86
III. Localização: ............................................................................................ 86
IV. Descrição............................................................................................. 86
V. Critérios................................................................................................... 86
Fortaleza de São Caetano ................................................................................... 87
I. Categoria: Monumento; .......................................................................... 87
II. Registo e inventário ................................................................................ 87
III. Localização: ............................................................................................ 87
Descrição ......................................................................................................... 87
Critérios........................................................................................................... 87
Santuário de Muenhe Mucuru ........................................................................... 87
Batalha Dezanove .............................................................................................. 88
Centro de Chupanga ........................................................................................... 89
Fortaleza de São Marçal .................................................................................... 89
III. Localização: ........................................................................................ 90
Cidade da Beira .................................................................................................. 90
Casa Oswald Hoffann ........................................................................................ 92
Casa da Dona Adelaide Anna Teixeira (Fornaziny) .......................................... 93
Estação arqueológica de Chibuene .................................................................... 94
Edifício da Padaria Rosa .................................................................................... 94
Pórtico das Deportações .................................................................................... 95
Edifício dos Correios ......................................................................................... 96

6
Antigo Mercado ................................................................................................. 96
Antigo Hotel Inhambane .................................................................................... 97
Mesquita Velha .................................................................................................. 98
Igreja de Nossa Senhora da Conceição ............................................................. 99
Zimbabwe de Manyikeni ................................................................................... 99
Cidade de Inhambane .......................................................................................101
Magul ...............................................................................................................102
Fortim de Chibuto ............................................................................................102
Chaimite ...........................................................................................................103
Coolela .............................................................................................................104
Gruta de Mawandla ..........................................................................................106
Estação Arqueológica da Matola ..................................................................... 106
Canhueiro de Maguadzo ..................................................................................107
Missão de São Jerónimo–Igreja Católica ........................................................ 108
Igreja Metodista ................................................................................................109
Plantações de São Tiago ..................................................................................109
Monumento de Maguiguane .............................................................................110
Palmeira Gago Coutinho ...................................................................................110
Monumento aos Heróis da Batalha de Marracuene ......................................... 111
Gwaza – Muthine .............................................................................................112
Quadrado de Marracuene ..................................................................................113
Hlambetwene ...................................................................................................113
Monte Kurumane .............................................................................................114
Estação Central dos Caminhos de Ferro ........................................................... 115
Imprensa Nacional ...........................................................................................116
Prédio Pott ........................................................................................................116
Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição ....................................................... 117
Casa de Ferro ....................................................................................................117
Vila Jóia ...........................................................................................................119
Palácio da Ponta Vermelha ...............................................................................119
Mesquita de Maputo ........................................................................................120
Casa dos Azulejos ............................................................................................121
Vila Algarve .....................................................................................................121
Hotel Clube .......................................................................................................122
Centro Cultural Franco – ..................................................................................122
Moçambicano ...................................................................................................122
Casa Amarela ...................................................................................................122
Museu de História Natural ...............................................................................123
Baixa de Maputo ...............................................................................................124
ANEXO 1 ..........................................................................................................126
MONUMENTOS NACIONAIS ....................................................................... 126
MONUMENTOS E RELÍQUIAS HISTÓRICAS ............................................ 127

7
IMÓVEIS DE INTERESSE PÚBLICO ........................................................... 130
ANEXO 2 ..........................................................................................................132
LISTA DAS ESTAÇÕES ARQUEOLÓGICAS .............................................. 132
DA PROVÍNCIA DE NAMPULA ................................................................... 132
Leonardo Adamowicz ...................................................................................132
ANEXO 3 ..........................................................................................................139
REGISTO FOTOGRÁFICO DO CONJUNTO URBANO DE MANICA ...... 139
Félix Muchaibane .........................................................................................139
ANEXO 4 ..........................................................................................................143
NORMAS PROVISÓRIAS PARA CONSERVAÇÃO E CRITÉRIOS DE
CLASSIFICAÇÃO DE MONUMENTOS, CONJUNTOS E SITIOS ............. 143
Solange Laura Macamo ................................................................................143
Capítulo I ..................................................................................................143
Disposições gerais ....................................................................................143
Artigo 1.º ...................................................................................................143
Definições .................................................................................................143
Artigo 2.º ...................................................................................................144
Âmbito de Aplicação ................................................................................144
Artigo 3.º ...................................................................................................144
Objectivos .................................................................................................144
Artigo 4.º ...................................................................................................145
Fundo de Auto-conservação ..................................................................... 145
Artigo 5.º ...................................................................................................145
Sistema de Controlo de visitas.................................................................. 145
Artigo 6.º ...................................................................................................145
Fiscalização e Inspecção ...........................................................................145
Capítulo II .................................................................................................145
Princípios fundamentais............................................................................145
Artigo 7.º ...................................................................................................145
Iniciativa de construção de Monumentos Memoriais ou Comemorativos
...................................................................................................................145
Artigo 8º ....................................................................................................146
Organismos Responsáveis pela Conservação .......................................... 146
Artigo 9.º ...................................................................................................146
Educação ...................................................................................................146
Artigo 10.º .................................................................................................146
Divulgação e Fruição Pública ................................................................... 146
Artigo 11.º .................................................................................................146
Turismo cultural ........................................................................................146
Artigo 12.º .................................................................................................147
Preservação ...............................................................................................147
Artigo 13.º .................................................................................................147

8
Manutenção ...............................................................................................147
Artigo 14.º .................................................................................................147
Conservação ..............................................................................................147
Artigo 15.º .................................................................................................147
Restauro ....................................................................................................147
Artigo 16.º .................................................................................................147
Reabilitação...............................................................................................147
Capítulo III ................................................................................................148
Medidas Cautelares e Placas de Identificação .......................................... 148
Secção I .....................................................................................................148
Medidas Cautelares ...................................................................................148
Artigo 17.º .................................................................................................148
Formas de Medidas Cautelares ................................................................. 148
Artigo 18.º .................................................................................................148
Instituições de Intervenção ....................................................................... 148
Secção II ....................................................................................................149
Placas de Identificação .............................................................................149
Artigo 19.º .................................................................................................149
Identificação de Bens Culturais Imóveis ................................................. 149
Artigo 20.º .................................................................................................149
Finalidade das placas ................................................................................149
Artigo 21.º .................................................................................................149
Fixação de Placas ......................................................................................149
Artigo 22.º .................................................................................................149
Prioridade ..................................................................................................149
Título II .............................................................................................................150
CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO ............................................................... 150
DE MONUMENTOS, CONJUNTOS E SÍTIOS ............................................. 150
Capítulo IV................................................................................................150
Classificação .............................................................................................150
Artigo 23.º .................................................................................................150
Âmbito de Classificação ...........................................................................150
Artigo 24.º .................................................................................................150
Categorias Classificativas dos Bens Culturais Imóveis ........................... 150
Artigo 25 º .................................................................................................150
Inventariação e Classificação ................................................................... 150
Artigo 26.º .................................................................................................151
Iniciativa de Propositura de Classificação ............................................... 151
Artigo 27.º .................................................................................................151
Património Universal ................................................................................151
Artigo 28.º .................................................................................................151
Fases do Processo de Classificação .......................................................... 151

9
Artigo 29.º .................................................................................................151
Classificação Decursiva ............................................................................151
Artigo 30.º .................................................................................................151
Zonas de Protecção ...................................................................................151
Artigo 31.º .................................................................................................152
Publicação das Classificações .................................................................. 152
Artigo 32.º .................................................................................................152
Inamovibilidade de Bens Culturais Móveis ............................................. 152
Artigo 33.º .................................................................................................152
Anulação de classificação ......................................................................... 152
Capítulo V .................................................................................................152
Critérios de Classificaçao ......................................................................... 152
Artigo 34.º .................................................................................................152
Fundamento de Classificação ................................................................... 152
Artigo 35.º .................................................................................................153
Arqueológico ............................................................................................153
Artigo 36.º .................................................................................................153
Histórico ....................................................................................................153
Artigo 37.º .................................................................................................154
Como Conjunto Edificado ........................................................................ 154
Artigo 38.º .................................................................................................154
Ambiental ..................................................................................................154
Artigo 39º ..................................................................................................154
Artístico.....................................................................................................154
Artigo 40.º .................................................................................................154
Arquitectónico ..........................................................................................154
Artigo 41.º .................................................................................................155
Valor Espiritual .........................................................................................155
Artigo 42.º .................................................................................................155
Autenticidade ............................................................................................155
Artigo 43.º .................................................................................................155
Integridade ................................................................................................155
Artigo 44.º .................................................................................................155
Exemplaridade ..........................................................................................155
Título III ...........................................................................................................155
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS .................................................. 155
Artigo 45.º .................................................................................................155
Resolução de Dúvidas...............................................................................155
Modelo A. Preenchimento do Texto da Placa de Identificação e Protecção de
Bens Culturais Imóveis .....................................................................................156
Modelo B. Preenchimento do Inventário Nacional de Bens Culturais Imóveis
...........................................................................................................................156

10
Referências específicas .....................................................................................157

Ficha Técnica

Coordenação geral do projecto, revisão do texto: Solange Laura Macamo


Sistematização de dados do inventário: Domingos Fernando
Contribuição com dados inventariados: Direcções Provinciais de Cultura
Redacção gráfica: Leonardo Adamowicz
Ilustração: Teodato Nguirazi
Capa: Virgílio Mussera
Identificação de imagens: Félix Muchaibande e Justino Sigaúque
Assessoria: Deborah Gonzalez

Agradecimentos

Muitas pessoas participaram de uma forma directa ou indirecta neste trabalho, o que permitiu que o
mesmo viesse à luz do dia. Sem dúvida que, grande contributo veio do envolvimento directo de todos
os técnicos do Departamento de Monumentos.
Sem o apoio da ASDI e assessoria inicial do IPPAR esta publicação teria sido praticamente
impensável. Agradecimentos especiais à arquitecta Teresa Gamboa do IPPAR pela ajuda na
instalação do modelo do inventário nacional informático de bens imóveis do património cultural.
Como sempre, contamos com a colaboração do Departamento dos Museus da DNPC e do
Departamento de Arqueologia e Antropologia da UEM.

11
Apresentação por Sua Excelência o Senhor Ministro da Cultura
A inventariação dos bens culturais é o primeiro passo para garantir a defesa do património cultural. O
Ministério da Cultura, decidiu levar ao conhecimento público a presente brochura que constitui a
compilação e a primeira tentativa de apresentação sistemática dos bens culturais imóveis de
Moçambique.
Entre as primeiras publicações sobre bens culturais imóveis figura o Boletim Oficial de Moçambique
e a Revista Monumenta da Comissão dos Monumentos e Relíquias Históricas criada em 1947. Estes
documentos são actualmente fontes de referência acerca do período colonial.
Posteriormente, o Serviço Nacional de Museus e Antiguidades da então Secretaria de Estado da
Cultura conduziu uma Campanha Nacional de Preservação e Valorização do Património Cultural
(1978-1982). Como resultado desta actividade, foi elaborada uma lista exaustiva dos monumentos
nacionais, cujo acervo se encontra actualmente sob a tutela do Departamento de Documentação do
Arquivo do Património Cultural.
Em 1988, foi aprovada a Lei de Protecção do Património Cultural (Lei nº. 10/88 de 22 de Dezembro)
que tem como objecto a defesa legal dos bens materiais e imateriais do património cultural
moçambicano.
Esta lei, no seu Capítulo IV garante a protecção de “todos os bens culturais que venham a ser
descobertos no território moçambicano, nomeadamente no solo, subsolo, leitos de águas interiores e
plataforma continental”; e declara no Artigo nº 7, como sendo de imediato classificados, entre
outros: “ Todos os monumentos e elementos arqueológicos; todos os prédios e edificações erguidos
em data anterior ao ano de 1920; e as principais Bases operacionais da Frente de Libertação de
Moçambique”.
Contando com a base legal estabelecida, a identificação e preservação dos bens culturais imóveis
passou a ser um dos objectivos essenciais do então Ministério da Cultura e Juventude. Um dos
exemplos é o registo fotografico dos bens culturais imoveis de Manica.
O prosseguimento da actividade de documentação permanente, a identificação e a definição dos
critérios de classificação de bens culturais imóvies coube à Direcção Nacional de Patrimonio
Cultural, através do Departamento de Monumentos. Para além da sistematização dos dados existentes
foi desenvolvida uma pesquisa de termos e conceitos usados no domínio específico da inventariação
de bens culturais imóveis; trabalho que visa harmonizar e padronizar a linguagem no âmbito da
inventariação e registo dos monumentos, conjuntos e sítios. Ao mesmo tempo, na sequência do
trabalho realizado até hoje, será brevemente publicada no Buletim da República a Lista de Estações
Arqueológicas da Província de Nampula.
Futuramente, o Inventário de Bens Imóveis do Património Cultural, deverá ser completado, indicando
os bens que estão classificados, como medida de clarificar o seu seu estatuto legal. Nesse sentido,
estão actualmente na fase final de preparação as “Normas para a Conservação e Critérios de
Classificação de Monumentos, Conjuntos e Sítios”, um instrumento valioso para a protecção efectiva
dos bens culturais imóveis. Estas normas são aqui apresentadas como documento provisório. É,
todavia, apresentada, em anexo, a lista de bens culturais imóveis publicados no Boletim Oficial de
Moçambique.
No processo de consolidação do trabalho de inventário, o apoio da Agência Suêca para o
Desenvolvimento Internacional e do então Instituto Português do Património Arquitectónico e
Arqueológico (hoje Instituto Português do Património Arquitectónico) permitiu a criação das bases
materiais e técnicas; da mesma forma como a UNESCO encorajou a cristalização da presente
publicação.
Este é mais um esforço, acreditando que a rigorosa e permanente inventariação dos bens culturais,
nas suas diversas formas e expressões tangíveis e intangiveis, é o garante fundamental da
salvaguarda, preservação e valorização do Património Cultural.

Miguel Costa Mkaima


Ministro da Cultura

12
Prefácio pelo Senhor Representante da UNESCO, Maputo

13
Lista de abreviaturas

1. ASDI – Agência Suêca para o Desenvolvimento Internacional.


2. DC: Departamento de Cultura
3. DCCM: Direcção de Cultura da Cidade de Maputo
4. DMCJD: Direcção Municipal de Cultura, Juventude e Desportos
5. DNC: Direcção Nacional de Cultura
6. DNPC: Direcção Nacional do Patrimonio Cultural
7. DOC. Documento
8. DPC: Direcção Provincial de Cultura
9. DPCJ- CD: Direcção Provincial de Cultura e Juventude de Cabo-Delgado.
10. DPCJD: Direccao Provincial de Cultura, Juventude e Desportos
11. DPCJDM: Direcção Provincial de Cultura, Juventude e Desportos de Manica
12. DPCJDN: Direcção Provincial de Cultura, Juventude e Desportos de Nampula
13. DPCJDNPL: Direcção Provincial de Cultura, Juventude e Desportos de Nampula
14. DPCJDS: Direcção Provincial de Cultura, Juventude e Desportos de Sofala
15. DPCM: Direcção Provincial de Cultura de Manica
16. DPCN: Direcção Provincial de Cultura de Nampula
17. GAB: Gabinete
18. GABDP: Gabinete do Director Provincial
19. IPPAR: Instituto Português do Património Arquitectónico e Arqueológico (hoje Instituto
Português do Património Arquitectónico)
20. Lei n. 10/88, 22/12: Lei n. 10/88 de 22 de Dezembro sobre a proteccao do Patrimonio
cultural
21. MON: Departamento de Monumentos
22. NPL: Nampula
23. Ref. Referencia
24. S/R: Sem referência
25. SAREC: Agencia Sueca para a Cooperação Científica
26. SPCNL: Serviços Provinciais de Cultura de Niassa
27. SPCZ: Serviços Provinciais de Cultura da Zambezia
28. T: Tete
29. UNESCO: Organização das Nacoes Unidas para a educação, ciencia e cultura

Total dos bens culturais imóveis inventariados

Província Total
Cabo-Delgado 5
Niassa 4
Nampula 170
Zambézia 4
Tete 11
Manica 25
Sofala 7
Inhambane 12
Gaza 4
Maputo 29
Total geral 271

14
Modelo de inventário para consulta

Os bens inventariados são diferenciados de acordo com três categories: monumento, conjunto
e sitio.O modelo está estruturado em quatro partes: (I) Categoria, (II) Registo e inventário,
(III) Localização, (IV) Descrição e (V) Critério. Na nota de roda-pé indica-se a Lei que
protege o património cultural, a fonte de informação ou referências bibliograficas sobre cada
bem inventariado.
I. Categoria
Monumento, Conjunto e Sítio
II. Registo e inventário
Nº de registo: corresponde ao Inventário da Direcção Nacional do Património Cultural
Nº de inventário: corresponde ao número consecutivo ou de ordem dos bens
inventariados na presente publicação
Exceptuam-se alguns casos, ainda sem número de registo.
III. Localização: refere-se a localização geográfica: província, distrito, cidade vila, etc.

IV. Descrição: breve historial do bem. Dependendo da informação disponivel, por vezes, a
descrição é mais detalhada.

V. Critérios
A justificação do valor nacional dos bens culturais imóveis é definido com base nos
criterios gerais de classificação em monumentos, conjuntos ou sítios, ou ainda nos
princípios universais expressos nos critérios complementares da UNESCO (veja-se em
anexo : Normas provisórias para conservação e critérios de classificação de
monumentos, conjuntos e sítios ).
Critérios gerais:
Arqueológico : (1)
Histórico: (2)
Artístico: (3)
Arquitectónico: (4)
Conjunto edificado: (5)
Ambiental : (6)
Espiritual: (7)

Critérios complementares:
Autenticidade: (1)
Integridade: (2)
Exemplaridade: (3)

15
16
Fortim de São José 1

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 9
Nº de Inventário: 1

III. Localização:
Cabo Delgado. Ilha do Ibo

Fortim de São José IV. Descrição


Foi a primeira fortificação a ser construida
na Ilha do Ibo, em 1760. Perdeu a sua
função militar quando foi construida a
Praça de São João Baptista, em 1791. O
fortim tem a forma rectangular e é
constituido pelas construções interiores
destinadas a casernas e armazéns. Os
cunhais virados ao mar são encimados por
vigias. Eram artilhados com sete bocas de
fogo de ferro de pequeno calibre.
Em 1945 o fortim foi restaurado pela
Comissão dos Monumentos e Relíquias
Históricas de Moçambique, demolindo-se
as construções que tinham sido feitas em
1899 - 1900.

V. Critérios
Gerais
Histórico (2)
Arquitectónico (4)

Igreja de São João Baptista e Praça 2


I. Categoria: Monumento
II. II. Registo e inventário
Nº de Registo: 10
Nº de Inventário: 2

1 Ref. Nº 158//DPCJ-CD/DPC/94, 17/6.


Portaria nº 5:093, 3/4/43
Lei nº 10/88, 22/12
2 Ref. Nº 158/DPCJ-CD/DPC/94, 17/6.
Igreja de São João Baptista
Portaria nº 5:093, 3/4/43
Lei nº 10/88, 22/12

17
III. Localização:
Cabo Delgado. Ilha do Ibo.

IV. Descrição
Erguida junto ao mar na praça do mesmo
nome, em 1791, substituiu o Fortim de São
José. A planta tem a forma de estrela.
Na sua concepção militar, a praça é umas
das obras de maior interesse em
Moçambique. É guarnecida por quinze
peças de artilharia de ferro e os
aquartelamentos têm capacidade para cerca
de 300 soldados. A planta original não
sofreu muitas alterações, no decorrer dos
tempos. Foram apenas modificadas as
construções interiores.
Em termos de valor militar e no primor da
sua concepção, a praça pode ser
considerada a segunda fortificação de
Moçambique. Recebeu obras de restauro
em 1963.
V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Igreja de São Luís Gonzaga 3

I. Categoria: Monumento
II. Registo e Inventário
Nº de Registo: 11
Nº de Inventário: 3

III. Localização:
Cabo Delgado. Ilha do Ibo

IV. Descrição
A primeira pedra para a sua construção
data de 16 de Fevereiro de 1893. Foi
inaugurada em 21 de Junho de 1896. Não
possui qualquer estilo definido.
É um património expressivo com elementos
informativos acerca da presença e acção

3 Ref. Nº 158/DPCJ-CD/DPC/94, 17/6


Portaria nº 17:786, 9/5/64
Lei nº 10/88, 22/12

18
portuguesa, em terras de Moçambique,
durante a ocupação efectiva. Serviu como
instrumento ideológico de apoio ao regime
colonial, através da propagação da fé cristã.
Os estilos das várias peças de arquitectura
religiosa são, por vezes, indefinidos e
improvisados, resultado de múltiplas
influências a que se deixaram sujeitar os
arquitectos.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Reduto de Pemba 4

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 20
Nº de Inventário:

III. Localização:
Cabo Delgado.Cidade de Pemba.
IV. Descrição
Conhecido oficialmente pelo nome de Forte
de São Luís, foi construido em 1863 na
Ponta de Miranambo. O autor da
construção é o Alferes José Joaquim Moniz
Cabral, comandante do destacamento
militar. O reduto destinava-se a guarnecer a
Baía de Pemba.
É de forma hexagonal e possui doze
canhoneiras para bocas de fogo. A
envergadura da obra, considerada diminuta,
não correspondeu ao projecto inicial.

V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)

4 Ref. Nº 158/DPCJ-CD/DPC/94, 17/6.


Portaria nº 5:093, 3/4/43
Lei nº 10/88, 22/12

19
Ilha do Ibo 5

VI. Categoria: Conjunto

VII. Registo e inventário


Nº de Registo: 2
Nº de Inventário: 5

VIII. Localização:
Ilha do Ibo
Cabo Delgado. Arquipélago das Quirimbas.

IX. Descrição
A então Comissão dos Monumentos e
Relíquias Históricas de Moçambique
classificou esta ilha como sendo um dos
símbolos da lusitanidade moçambicana. A
partir da segunda metade do século XVIII
começou a ter função defensiva da linha da
costa.
Quando em 1752, a então Província de
Moçambique se separa do Governo da
Índia do qual era subordinado, nove anos
depois a Ilha do Ibo era elevada à categoria
de vila. A sua inauguração para aquela
posição foi em 1763, dispondo de uma
câmara e tribunal municipais.
Resolveu-se, então, fortificar a Ilha do Ibo,
sobretudo quando para ela foi transferida a
sede do Governo.
Foram construidos primeiramente o Fortim
de São José, seguindo-se a Fortaleza de São
João Baptista, a segunda mais importante
Vista parcial da Ilha do Ibo em Moçambique. Completou-se a defesa do
Porto do Ibo com a construção do Fortim
de Santo António.
Em 1891 a província de Cabo Delgado
tornou-se parte da Companhia do Niassa
que mantinha Ibo como sua capital. Em
1929 a capital foi transferida para Porto
Amélia (hoje Pemba).
Entre outros valores, a Ilha do Ibo, através
das suas fortalezas, testemunha a grande
inovação tecnológica na arte de projectar
fortificações militares, levadas a efeito
pelos grandes mestres da arquitectura
italiana, no século XVI. Esta arte foi
considerada como uma verdadeira

5 Ref. Nº 158/DPCJ-CD/DPC/94, 17/6


Lei nº 10/88, 22/12

20
revolução nos princípios fundamentais da
ciência de fortificação.
O núcleo urbano mostra influências
arquitectónicas da Arábia, Pérsia, Índia e
Europa. A cidade ainda é o centro
comercial e administrativo do arquipélago,
mas encontra-se num estado avançado de
degradação.

X. Critérios
Gerais
Conjunto edificado: (5)

Igreja de Massangulo 6

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 80
Nº de Inventário: 6

III. Localização:
Niassa
IV. Descrição
Foi inaugurada em 20 de Maio de 1928,
como Missão, sob autorização do Doutor
Rafael Maria de Assunção - Bispo da então
Colónia de Moçambique. O facto marca a
história da igreja católica, a primeira a ser
fundada no Niassa. O Padre Pedro Calandri
(italiano) foi o primeiro a dirigir a igreja.
Os primeiros missionários católicos da
Consolata chegaram ao Niassa em 1926.
Eram eles: Calandre, José Amioth e
Giacomio. Saíram da Zambézia e
atravessaram o Niassalândia para
Mandimba.
A fachada principal, assim como o interior
é uma autêntica obra de arte. A arquitectura
é do estilo românico. As paredes são
rochosas, o chão liso coberto de cimento
sendo o altar erguido em mármore. Está
ornamentada com estátuas de Cristo
cruxificado, de Maria, Nossa Senhora e do

6 Ref. S/R, 30/11/97;


Ref. Nº 26/SPCNL/DPC/93.
Lei nº 10/88, 22/12

21
Menino Jesus. Ao lado direito encontra-se
a campa do fundador da Missão de
Massangulo, Padre Calandri que ali
honrosamente foi enterrado. Nas partes
laterais encontram-se quadros estampados
em desenho de figuras humanas,
representando as chamadas 14 estações da
paixão de Jesús Cristo.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)
Artístico: (3)

Base Ngungunyane 7

I. Categoria: Sítio

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 81
Nº de Inventário: 7

III. Localização:
Niassa. Distrito de Lago.

IV. Descrição
Foi uma das maiores bases da guerrilha
dirigida pela FRELIMO durante a Luta de
Libertação Nacional, nesta provincia. Na
altura era designada por Base Central do
Niassa Ocidental. Desde a sua fundação,
em 1965 não sofreu qualquer mudança até
ao fim da Luta Armada de Libertação
Nacional. As Forças Armadas de
Libertação, aqui viviam e guardavam o seu
material de guerra.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

7 Ref. S/R, 30/11/97;


Ref. Nº 26/SPCNL/DPC/93.
Lei nº 10/88, 22/12

22
Pinturas Rupestres de Massangulo
8
(Malembué)

I. Categoria: Sítio
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 35
Nº de Inventário: 8
III. Localização:
Niassa. Posto de Muembe.
IV. Descrição
A palavra Malembué deriva do prefixo ma
que significa muitos, e de lembué que quer
dizer escrita.
O painel tem cerca de vinte metros de
comprimento por três de altura. Situa-se
numa caverna natural protegida dos raios
solares e da chuva. A caverna inclina-se
para dentro, em direcção à sua base, que
torna mais eficaz a protecção do local.
Há figuras de homens e de animais,
pintados de branco, entre traços verticais e
oblíquos da côr de ocre, além de numerosas
manchas da mesma côr, mais ou menos
extensas.
As pinturas rupestres de Malembué
traduzem o estilo das pinturas dos Bantus,
pela forma particular de representação dos
animais e dos homens, pela distribuição dos
elementos que as compõem e também pelos
pormenores de atitude. Há analogia destas
pinturas com as encontradas em Angola.
V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Artistico: (3)

Pinturas rupestres de Nancheve 9


I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 79

8 Ref. S/R, 30/11/97;


Ref. Nº 26/SPCNL/DPC/93.
Lei nº 10/88, 22/12
9 Ref. S/R, 30/11/97;
Ref. Nº 26/SPCNL/DPC/93.
Lei nº 10/88, 22/12.

23
Nº de Inventário: 9
III. Localização:
Niassa. Distrito de Majune. Margem direita
do rio Luambala

IV. Descrição
O painel tem figuras sobrepostas, dando a
ideia da existência de diferentes fases de
ocupação na estação. As técnicas de
embelezamento das pinturas foram
ganhando perfeição, ao longo do tempo.
Não se sabe ao certo a idade das pinturas.
As primeiras figuras são tracejadas a
vermelhão; as segundas apresentam
pormenores de pássaros de cabeças
grandes, cujo bico não difere do tamanho
da cabeça.
O pescoço dos pássaros é muito comprido,
sendo o tronco grande e as pernas
compridas. Os pássaros assemelham-se à
avestruz. Há animais como hipopótamos,
veados e antílopes. Estes últimos são
pintados de branco.
A gruta foi localizada por caçadores.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Artístico: (3)

Administração de Angoche 10

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 65
Nº de Inventário: 10

III. Localização:
Nampula. Cidade de Angoche

10 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

24
IV. Descrição
Foi construída por prisioneiros das lutas de
resistência à ocupação colonial, em 1909,
na época do administrador Tomás Marques.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Paróquia de Nossa Senhora de Fátima 11

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 62
Nº de Inventário: 11

III. Localização:
Nampula. Cidade de Angoche

IV. Descrição
Fundada em 3 de Maio de 1875, teve como
padroeiro São Luís de Gonzaga.
Restaurada por provisão de 8 de Setembro
de 1946 de Dom Deófilo de Andrade,
passou a chamar-se Paróquia de Nossa
Senhora de Fátima.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectonico: (4)

11 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

25
Missão de Santa Bárbara 12

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 63
Nº de Inventário: 12
III. Localização:
Nampula. Distrito de Mongicual - sede.
IV. Descrição
Criada pela portaria do Governo
Eclesiástico de 2 de Janeiro de 1909 é, ao
mesmo tempo, desmembrada da Paróquia
de Nossa Senhora de Purificação da Ilha de
Moçambique.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Posto Administrativo de Lunga 13

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 66
Nº de Inventário: 13

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril.

IV. Descrição
Foi dos primeiros edifícios construido e
habitado pelos portugueses no Distrito de

12 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.
13 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/97, 14/02/97.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

26
Mossuril, durante as campanhas de
ocupação efectiva de Moçambique.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Cabaceira Grande e Cabaceira-


Pequena 14

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 67
Nº de Inventário: 14

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril.

IV. Descrição
Dois povoamentos antigos construidos
pelos navegadores portugueses, durante as
viagens dos descobrimentos marítimos, em
1498. As suas caracteristicas
arquitectónicas assemelham-se a s da Ilha
de Moçambique. Algumas das construções
patentes é possível que incorporem a
arquitectura Swahili.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Conjunto edificado: (5)

14 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Portaria nº 17:786, 9/5/64.
Lei nº 10/88, 22/12.

27
Casa do Coronel Cunha 15

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 68
Nº de Inventário: 15

III. Localização:
Distrito de Mossuril – sede
IV. Descrição
Construída pelos primeiros portugueses no
decorrer de 1507, não era acessível aos
africanos, a não ser servidores e escravos.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Ruinas Swahili de Somaná 16

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo:
Nº de Inventário:

III. Localização:
Nampula. Distrito de Nacala

IV. Descrição
Principal porta de Somaná Somaná e uma das importantes ruinas
Swahili de Moçambique, datada dos
séculos XIII a XIV. A principal porta de
Somaná pode ser tomada como exemplo da

15 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 24/DPC/96, 30/4/96
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
16 Duarte, Ricardo Teixeira. 1993. Northern Mozambique in the Swahili World. Studies in
African Archaeology, 4. Uppsala: Uppsala University.
Lei n. 10/88, 22/12

28
arquitectura encontrada nas estações
Swahili. Apresenta decorações de coral
esculpidas. Muitas feições unem Somaná
com outras estações ao longo da costa. As
paredes evidenciam a construção em
camadas, similares as fortificações muradas
do século XIV perto do palácio de Husun
Kubua em Quiloa, Tanzania, cujas paredes
também mostram diferentes camadas de
construção. O telhado em Somaná
evidencia buracos para o sustento das
traves, características de todas as
construções Swahili, com a excepção dos
edifícios senhoriais. Outra feição
caracteristica comum são os painéis de
nichos, presentes no interior das casas
Swahili ao longo da costa.

V. Critérios
Gerais
Arqueologico: (1)
Arquitectónico: (4)
Complementares
Exemplaridade: (3)

Igreja da Cabaceira Grande 17

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 69
Nº de Inventário: 16

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

17 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

29
IV. Descrição
Construida em 1579, parece ter sido a
primeira igreja erguida pelos dominicanos
no interior de Moçambique.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Complexo de Chocas-Mar 18

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 70
Nº de Inventário: 17

III. Localização
Localização geográfica: Nampula. Distrito
de Mossuril.

IV. Descrição
Destinado ao repouso dos portugueses, foi
fundado por um Administrador colonial do
Mossuril, entre os séculos XVI e XVII.
Não era acessível aos africanos, a não ser o
pessoal serventuário, cozinheiros ou
criados.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico : (4)

18 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

30
Mugenga 19

I. Categoria: Sítio

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 71
Nº de Inventário: 18

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

IV. Descrição
Local onde se travou a batalha de
Mugenga, entre os Namarrais e soldados
dirigidos por Mouzinho de Albuquerque,
em 1895, durante as guerras de ocupação
efectiva.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Quartel militar de Muacone 20

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 72
Nº de Inventário: 19

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril. Posto
Administrativo de Lunga.

19 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97
Lei nº 10/88, 22/12.
20 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96
Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

31
IV. Descrição
Foi construido em 1896, durante as guerras
dos Namarrais de resistência à ocupação
colonial.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Primeira Casa do Governador

Cândido Soares 21

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 73
Nº de Inventário: 20

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril.

IV. Descrição
Assim chamada, porque o Governador
Cândido Soares, após a sua chegada, em
Mossuril, fixou-se na Cabaceira Grande,
perto do palácio dos Governadores Gerais.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

21 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002


Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

32
Infantário 22

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 74
Nº de Inventário: 21

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril.

IV. Descrição
Segundo a tradição oral, foi construido em
1530, um pouco depois da Igreja da
Cabaceira. Pertencia à Igreja Católica,
destinado-se a albergar crianças órfãs e
pobres de ambos os sexos.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Mesquita da Cabaceira Pequena 23

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 75
Nº de Inventário: 22

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

22 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.
23 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Portaria nº 17:786, 9/5/64.
Lei nº 10/88, 22/12.

33
IV. Descrição
Foi a primeira mesquita construida pelos
árabes no continente. Mais tarde, foi
controlada pelos próprios cabacerianos até
ao presente. Sofreu várias remodelações em
1982. A arquitectura original e estética foi
alterada. O mérito da construção deve-se a
Gulamo que, depois de morto foi sepultado
na mesquita.
A construção enquadra-se no contexto das
trocas comerciais a longa distância,
cruzamento de culturas e na expansão da
religião muçulmana.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Prisão Colonial 24

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 76
Nº de Inventário: 23

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

IV. Descrição
Foi construida como cadeia para presos
comuns e como local de transição de
escravos. Os compartimentos existentes
dividiam os presos de acordo com a sua
raça e posição económica.

24 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

34
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Casa de Neutel de Abreu 25

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 77
Nº de Inventário: 24

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

IV. Descrição
Foi residência de Neutel de Abreu, uma
autoridade do período colonial. Feita de
pedra e cal, tem a mesma idade do edifício
da Administração do Distrito de Mossuril.
Neutel de Abreu abandonou a casa depois
da construção da cidade de Nampula. A
casa ficou, posteriormente, na posse de
seus familiares.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

25 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/3/93.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

35
Palácio dos Governadores Gerais da
Cabaceira Grande 26

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 78
Nº de Inventário: 25

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

IV. Descrição
Construção do século XV. Foi residência
de altos dirigentes coloniais portugueses,
durante o funcionamento do centro
político-administrativo, em Nampula.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Igreja de Mossuril 27

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 123
Nº de Inventário: 26

III. Localização:
Nampula. Distrito do Mossuril – Sede;

26 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.
27 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

36
IV. Descrição:
Começou por ser quartel militar da tropa
colonial e mais tarde igreja.
Tem um abrigo militar cimentado que,
durante o tempo dos padres foi
transformado em reservatório de água.
Actualmente funciona como Delegação
Distrital da Educação.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Igreja de Nossa Senhora da Conceição de


Mossuril 28

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 124
Nº de Inventário: 27

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril – Sede

IV. Descrição
Foi construída por volta de 1783, altura em
que se registou a campanha contra o régulo
Vitigulo. Começou por ser quartel de
cavalaria, tendo depois passado a ser uma
Missão católica. Sofreu algumas alterações
no seu interior. Foi utilizada como
armazém e entregue à Prelázia em 1934.
Encostada à igreja encontra-se a residência
dos padres.
Actualmente funciona como Direcção
Distrital da Educação.

28 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

37
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Missão de Nossa Senhora da Conceição 29

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 19
Nº de Inventário: 28

III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

IV. Descrição
A sua construção data dos primeiros anos
da penetração portuguesa, atribuindo-se
como autores os frades dominicanos. De
1585 a 1783 foi palco de confrontações
armadas, durante a luta de resistência
contra a ocupação colonial. É símbolo das
chamadas resistências primárias. Os
Zimbas, que viviam ao norte do Rio
Zambeze destruiram a Missão em 1585,
chacinando os frades dominicanos que, em
1569, ali se haviam estabelecido, matando
também quase todos os habitantes que lá
viviam. Só dois anos depois é que os
Zimbas foram vencidos.
Outra guerra de resistência à ocupação
colonial ocorreu a 6 de Janeiro de 1776.
Envolveu cerca de cinco mil africanos
pertencentes aos régulos de Macuana.
Como sinal de resistência, destruiram bens
nas terras de Mossuril. Os chefes da
resistência eram designados Régulos do
Vitigulo.
É um dos monumentos da resistência contra
a ocupação colonial, em Moçambique.
Foi restaurada pela Diocese de Nampula e
inaugurada no dia 8 de Dezembro de 1961

29 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002. Ref. Nº394/DPCJDNPL/97, 16/10/97. Portaria nº


17:786, 9/5/64. Lei nº 10/88, 22/12.

38
pelo então Bispo de Nampula, Dom
Manuel de Medeiros Guerreiro.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

39
Monumento de Mutotowana 30

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 64
Nº de Inventário: 29

III. Localização:
Nampula. Distrito de Muecate – sede

IV. Descrição
Monumento erguido em 1918, em memória
de um capitão português chamado pelas
populações de “mutotowana”, o que
significa o provocador de lutas.
Durante o Governo de transição para a
Independência, sofreu várias tentativas de
destruição, sem êxito.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Forte de Muchelia 31

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 18
Nº de Inventário: 30

30 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 394/DPCJDNPL/97, 16/10/97.
Lei nº 10/88, 22/12.
31 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.
LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

40
III. Localização:
Nampula

IV. Descrição
Foi mandado construir por Mouzinho de
Albuquerque, em 1896 para ali se instalar o
comando militar de Lunga. Das construções
mais recentes, Muchelia é o forte de maior
valor arquitectónico. Embora construido
num prazo muito curto, foi delineado com
grande cuidado não só no conjunto das suas
muralhas, como também nas construções
interiores da praça de armas.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Gruta de Riane 32

I. Categoria: Sítio

II. Registo e inventério


Nº de Registo: 34
Nº de Inventário: 31

III. Localização:
Nampula.

IV. Descrição
É uma das nove estações arqueológicas de
arte rupestre na região, entre os rios
Ligonha e Rovuma. Há um painel do tipo
animalista elegante e dinâmico
representativo da caça do período
Paleolítico.
A comunidade local associa a estação com
lendas aterradoras.

32 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 24/DPC/96, 30/04/96
Lei nº 10/88, 22/12.

41
Os frescos de Riane constituem grandiosas
mensagens de arte. O vigor dos traços
anatómicos das figuras de animais, bem
como a sua côr, dão beleza e harmonia
extraordinária a todo o conjunto. Revelam
uma perfeita técnica e conhecimento de
hábitos e costumes dos animais selvagens.
O mistério ou enigma andam a par nestas
exteriorizações de grande poder
interpretativo. As figuras humanas
concertam-se com as dos animais,
desempenhando estes o papel principal.
São consideradas como uma das melhores
representações de arte rupestre de toda a
África.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Artístico: (3)

Capela de Nossa Senhora do Baluarte 33

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 14
Nº de Inventário: 32

III. Localização:
Capela de Nossa Senhora do Baluarte
Nampula. Ilha de Moçambique

IV. Descrição
Foi construida no mesmo período que a
Fortaleza de São Sebastião. Faz parte da
nova tecnologia de construção de
fortificações militares, que resulta da
revolução arquitectónica introduzida pelos
mestres italianos, no século XVI.
Constitui a mais antiga edificação da ilha,
sendo para alguns, a primeira igreja
construida em África pelos portugueses.
Foi erguida no estilo manuelino em 1522,

33 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Ref. ____/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

42
por Dom Pedro de Castro quando, com a
sua tripulação, passou o inverno na ilha. No
chão da capela encontra-se o túmulo de
Dom Sebastião de Morais, sacerdote
português da Companhia de Jesus e
primeiro bispo do Japão, falecido em 1588.
Na parede à direita do altar encontra-se o
túmulo de Dom António de Castro, irmão
do Governador da praça de Moçambique,
falecido em 1557.
A Capela dispõe também de um peristilo
apenso, construção muito mais moderna.
A Capela é abobadada. Sobre a verga recta
da porta vê-se a esfera armilar e o escudo
das armas portuguesas com a cruz de
Cristo.
O autor da obra é desconhecido.
Devido as provas de pedras sepulcrais
presentes na capela, pensa-se que seja de
construção anterior que a fortaleza de São
Sebastião. No entanto, as pedras sepulcrais
foram transladadas do antigo cemitério dos
portugueses, anexo à igreja de São Gabriel.
Esta igreja parece ter existido no local onde
deixaram a sepultura de Pero de Sousa
Camelo Pereira e de sua mulher Dona
Violante de Sousa, que foi encontrada em
1859.
Pensa-se que a Capela de Nossa Senhora do
Baluarte só foi construida depois do
segundo cerco dos holandeses, em 1608.
Com o bombardeamento, os holandeses
demoliram o primitivo convento de São
Domingos, edificado nas proximidades da
fortaleza, e, talvez, das já ruínas da igreja
de São Gabriel. Por essa razão, as pedras
sepulcrais que haviam ficado soterradas na
igreja foram transferidas para a Capela.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)
Espiritual: (7)

43
Capela de São Francisco Xavier 34

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 49
Nº de Inventário: 33

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique

IV. Descrição
Foi construida em 1922, no local onde,
segundo a tradição, São Francisco Xavier
costumava sentar-se. De estilo Manuelino,
com forte presença de elementos
decorativos Hindús, foi ampliada com um
adro coberto, em 1939.

V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)
Espiritual: (7)

Fortaleza de São Sebastião 35

I. Categoria: Monumento;

II. II. Registo e inventário


Nº de Registo: 1

34 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Ref. Nº55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Fortaleza de São Sebastião
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.
35 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.
LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra,
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

44
Nº de Inventário: 34

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique

IV. Descrição
Para uns, a sua construção data de 1554,
tendo sido guarnecida por tropas a partir de
1583. Para outros, o começo das obras da
Fortaleza de Sao Sebastião data de 1558.
As obras exteriores foram concluidas em
1614. Assenta sobre rocha e contacta com
o mar pelos lados Norte, Leste e Oeste.
Qualquer assalto só é possível pelo lado de
terra. Foi concebida como fortificação
militar com fins defensivos contra as
incursões de piratas do mar. Edificada
segundo o estilo veneziano da época com
planta quadrangular irregular e com quatro
baluartes, constituiu desde logo marco
importante da presença portuguesa em
Moçambique. Os quatro baluartes
receberam os nomes de São João, Nossa
Senhora, São Gabriel e Santa Bárbara. Os
dois últimos estão virados para a terra,
protegendo a primitiva porta da Fortaleza.
O traçado do baluarte de São Gabriel é o
maior de todos, de forma geométrica e
irregular com lugar para 24 canhões. Foi
alterado por duas vezes. Dentro das
muralhas e à elas encostadas encontram-se
as casernas para alojamento do pessoal
militar de guarnição.
Todos os telhados encontram-se preparados
de forma a permitir a recolha da água das
chuvas e sua posterior canalização para a
cisterna central. Este precioso depósito
permitiu mais de uma vez que os
defensores suportassem longos cercos sem
desfalecimentos. O maior cerco ocorreu em
1607, quando Dom Estevão de Ataíde,
comandante da praça, dispondo sómente de
150 homens, resistiu durante dois meses à
uma armada holandesa, com mais de 500
homens. A armada, desesperada, acabou
por se retirar, após ter incendiado a
povoação. Os habitantes abrigaram-se na
Fortaleza.
No exterior do baluarte de Nossa Senhora
existe, quase ao nível do mar, a Capela de
Nossa Senhora do Baluarte.

45
A maior parte das pedras para a construção
da Fortaleza foi transportada como lastro,
nas naus e caravelas que, largadas de
Portugal, demandavam a rota e especiarias
do Oriente.
A Fortaleza de São Sebastião é o
monumento histórico mais importante da
costa de Moçambique e a maior construção
militar do seu tempo existente em África.
Localizada na Ilha de Moçambique,
desfrutou de uma importante posição
estratégica nas rotas marítimas entre a
Europa e a Índia (rota do Cabo),
especialmente durante os séculos XV, XVI
e XVII.
Várias reconstruções e melhoramentos se
processaram apesar de que a traça
fundamental da Fortaleza, pertence na
íntegra ao século XVI.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)
Critérios Complementares:
Exemplaridade (3)

Forte de São Lourenço 36

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 4
Nº de Inventário: 35

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique. Ilhota do
Sul.

36 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra,.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/96.
Ref. Nº ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

46
IV. Descrição
É constituído pelo forte propriamente dito e
pelas construções exteriores, que consistem
numa cisterna, cozinha e num pequeno
anexo.
Embora de data imprecisa, pode-se inferir a
sua construção no período compreendido
entre 1587 e 1589. Mandado demolir em
1595 por el-rei de Portugal, ergueu-se uma
nova construção, cujo traçado é o que
actualmente existe.
Sob o ponto de vista de construção
militar, é uma das obras de maior
interesse de Moçambique. É composto
por quartéis, em abóbada,
primorosamente construidos, e por uma
pequena praça interior que dá acesso,
por rampa, aos terraplenos das
muralhas. A sua forma é triangular.
A porta de armas está localizada entre dois
baluartes.
O forte está poderosamente armado com
vinte e dois canhões dispostos ao longo de
todos os adarves.
Desconhece-se o autor do projecto, mas
devia ter sido construido sob direcção de
um técnico experiente.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Fortim de Santo António 37

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 5
Nº de Inventário: 36

37 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/3/93.
Ref. ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88/22/12.

47
III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique.

IV. Descrição
O seu valor militar está associado à defesa
da Ilha de Moçambique. Pequeno reduto de
forma quadrangular, desde a sua construção
recebeu pouca atenção dos reis da corôa
portuguesa.
Tinha acomodação para escasso número de
soldados e alojamento para o comandante.
As águas dos terraços eram armazenadas
numa pequena cisterna para o
abastecimento do fortim.
O Capitão-General Pedro de Saldanha de
Albuquerque mandou construir no fortim,
entre 1758 e 1763, uma bateria para obstar
ao desembarque na costa leste.
O Governador João da Costa de Brito
Sanches reconstruiu a bateria e construiu o
aquartelamento e uma capela no recinto da
fortificação.
Em 1892 o Governador Geral, Rafael
Jacome Lopes de Andrade, mandou
restaurar o forte, os aquartelamentos e a
capela. Entregou a capela ao
Reverendíssimo Prelado, para ali instalar
provisoriamente a antiga freguesia de São
Sebastião, primitiva paróquia da Ilha de
Moçambique. Em 1908, projectou-se
transformar o forte em cadeia, mas o
projecto não foi por diante.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Artístico: (3)
Arquitectónico: (4)

Hospital da Ilha de Moçambique 38

38 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 2203/93
Ref. ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Lei nº 10/88, 22/12.

48
I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 50
Nº de Inventário: 37

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique
Hospital da Ilha de Moçambique
IV. Descrição
Construido em 1877, beneficiou de reabi-
litação e alteração de um dos seus
pavilhões, em 1880.
É uma construção complexa e simétrica do
estilo “schinkel”, com vários comparti-
mentos. Tem dois depósitos de água com
igual capacidade. O hospital foi novamente
reabilitado entre 1994 e 1995.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)
Critérios Complementares
Exemplaridade: (3)

Igreja da Mesericórdia 39

I. Categoria: Monumento;

II. II. Registo e inventário


Nº de Registo: 6
Nº de Inventário: 38

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique

39 LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.


Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.
Ref. Nº 72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº55/SPCN/DPC/93, 23/03/93.
Ref. ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

49
IV. Descrição
Os padres Capuchos são os seus prováveis
construtores. Desconhecem-se as origens
da igreja. Obra de arte popular, tem uma
escultura de 0,63 metros de altura
representando São Francisco. Estão
também patentes na igreja as seguintes
esculturas:
 Santa Isabel, Rainha de Portugal e
padroeira da Misericórdia, escultura do
século XVII;
 Santa Ana, ensinando a Virgem a ler,
escultura do século XVIII e
 Apóstolo das Índias, testemunhando a
sua passagem pela Ilha de Moçambi-
que, antiga imagem de madeira com 75
centímetros de altura.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Artístico: (3)
Arquitectónico: (4)

Igreja de Nossa Senhora de Saúde 40

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 7
Nº de Inventário: 39

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique
Igreja de Nossa Senhora da Saúde

IV. Descrição
Construção dos séculos XVIII – XIX, é da
autoria dos Padres Capuchos. Obra humana
verdadeiramente impressionante, possui
talha portuguesa com influência luso-

40 Ref. Nº 35/DPCN/2002, 16/01/2002.


LAPA, Joaquim José, 1892, Páginas de Pedra.
Ref. Nº55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. Nº ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 15:366, 3/5/55.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

50
indiana, existente no alta-mor. A
arquitectura é maioritariamente
influenciada pelo estílo indiano.
Depois da proibição dos enterramentos
nunca mais um religioso da ordem dos
Capuchos habitou a pequena casa contígua
à capela.
A Câmara Municipal de então mandou
proceder a grandes reparações em todo o
edifício, em 1879. Depois desta data uma
outra vereação municipal mandou demolir
o terraço, que servia de cobertura à capela,
para o substituir por uma cobertura com
telha. Esta obra não foi por diante, servindo
a pequena casa contígua, que era destinada
a convento, de depósito de petróleo da
Câmara Municipal.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Mercado 41

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 51
Nº de Inventário: 40

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique

IV. Descrição
Foi construido em 1887 como mercado
permanente da ilha com o propósito de a
abastecer em materiais de construção. O
complexo teve um plano quadrado
simétrico com torres pequenas ligadas por

41 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº 55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Lei nº 10/88, 22/12.

51
uma barra de ferro do estílo dos caminhos
de ferro.
O mercado é também equipado com um
portão de fora para facilitar as entradas e
saidas de pessoas.
Beneficiou recentemente de uma
reabilitação total da UNESCO.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Palácio de São Paulo 42

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 8
Nº de Inventário: 41

III. Localização:
Nampula. Ilha de Moçambique

IV. Descrição
Em 1610 começou por ser um colégio
regido por Jesuitas. Em 1670 foi destruido
por um incendio, mas, em 1674, estava ja
reconstruido. Em 1759 os Jesuitas foram
expulsos de Portugal e colónias, e o colégio
foi adaptado a residência dos Governadores
Gerais de 1763 a 1898. Funcionou,
posteriormente, como residência do
Governador do então Distrito, até a
transferência da capital do Distrito para
Nampula, em 1935. Esteve vago até 1956,
quando convertido em residência eventual
do Presidente da República Portuguesa e
seus ministros. Em 1969 foi, de novo,
restaurado e remobilado.

42 Ref. Nº35/DPCN/2002, 16/01/2002.


Ref. Nº72/DPCJDN/DPC/96, 14/02/96.
Ref. Nº55/SPCN/DPC/93, 22/03/93.
Ref. ___/DPCJD/DC/NPL/99, 26/05/99.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

52
No palácio foi mandado construir o altar-
mor de São Paulo de estilo luso-indiano.
Constitui a obra de talha mais
representativa do século XVII, que se
encontra na Ilha de Moçambique. O altar é
formado por três corpos, cada um dos quais
foi subdividido em três partes. São
separadas por colunas de torcidos com
folhagem enleada que, nos dois corpos
inferiores, são aos pares. Cada par de
colunas forma os limites naturais dos
nichos, onde se alojam imagens. No corpo
inferior distinguem-se de um e de outro
lado as imagens dos apóstolos São Paulo (à
esquerda) e São Pedro (à direita). Entre
ambas, isto é, no nicho central há um
crucifixo. No corpo médio do altar-mor
vêem-se as imagens do Menino Deus (à
esquerda), de Nossa Senhora (no centro) e
de São José com o Menino (à direita). No
corpo superior, encontram-se à esquerda e à
direita, nos dois únicos nichos existentes,
as imagens de São Francisco Xavier e de
Santo António. Hoje, o palácio funciona
como museu.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Artístico: (3)
Arquitectónico: (4)
Complementares
Exemplaridade:(3)

Ilha de Moçambique 43

I. Categoria: Conjunto;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 125
Nº de Inventário: 42

Ilha de Moçambique
43 Decreto nº 20:985, 7/3/32.
Portaria nº 12:185, 16/12/47.
Lei nº 10/88, 22/12.

53
III. Localização:
Nampula. Distrito de Mossuril

IV. Descrição
Foi identificada por navegadores
portugueses em 1498, como caminho para a
Índia. Antes destes, os asiáticos serviram-se
da ilha como importante entreposto
comercial.
A arquitectura da cidade criada ao longo de
quatrocentos anos é notável pela sua
homogeneidade. Reflecte vários estilos
arquitectónicos: o Swahili, o Árabe, o
Indiano, o de Portugal e Indo-Português.
Engloba a cidade de Macúti e a cidade de
pedra e cal.
São principais edificios históricos da Ilha
de Moçambique (séculos XVI-XIX) :
 Fortaleza de São Sebastião e a
Capela (Nossa Senhora do
Baluarte)
 Museu Palácio de Sao Paulo e
Capela
 Convento de São Domingos
 Igreja da Mesericórdia
 Fortaleza e Igreja de Santo António
 Fortim de São Lourenço
 Igreja Hospital
 Hospital
 Mesquita principal
 Templo Hindú
Primeira capital de Moçambique, a Ilha é
declarada Património Cultural Mundial da
UNESCO, em Dezembro de 1991.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Artístico: (3)
Arquitectónico: (4)
Conjunto edificado: (5)
Critérios Complementares
Exemplaridade: (3)

54
Igreja de Nossa Senhora de Livramento
44

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 21
Nº de Inventário: 43

III. Localização:
Zambézia. Cidade de Quelimane

IV. Descrição
A sua construção é do século XVIII. A
primeira pedra da cidade de Quelimane foi
de ara do altar sobre o qual assenta a
imagem de Nossa Senhora de Livramento.
O altar onde portugueses vinham depôr as
suas preces, foi considerado, em tempos,
como ” Altar da Pátria”.
O complexo que integra a igreja, tem duas
dependencias e um pateo gradeado dando
para a avenida Samora Machel, o todo
localizando-se no enfiamento da travessa
primeiro de Julho.
A igreja tera sido construida em diversas
ocasioes devido ao caracter perecivel dos
materiais utilizados (madeira e palha), ou
ter sofrido beneficiações, tendo influencia
da arquitectura religiosa do oriente.
A simplicidade da fachada faz lembrar a da
igreja de Malaca tal como gravuras antigas
reproduzem, ou o tracado de Santa Catarina
de Goa (1512). Os lanternins das torres
sineiras aproximan-na do Velho Arco dos
Vice-Reis em nova Goa. As colunas, por
seu lado, lembram as suas congeneres da
China.
A igreja e de uma nave, abobadada,
transepto discreto, altar-mor em madeira
simples, dispondo de pequenos altares
laterais.

44 Ref. Nº 64/SPCZ/DPC/93, 30/3.


Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

55
Nos finais de 1700, quando a cidade de
Quelimane era um povoado conhecido por
vila São Martinho, tinha 38 casas de taipa,
com cobertura de palha, dois de alvenaria,
muitas cabanas e uma igreja Paroquial –
Nossa Senhora do Livramento.
Foi proclamada Monumento Histórico por
portaria de 3 de Abril de 1943.
As pinturas em tela existentes na antiga
Capela da Missao de Nossa Senhora do
Livramento foram proclamadas reliquia
historica por portaria de 6 de Setembro de
1948.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)
Artístico: (3)

Residência do Governo 45

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


N. de Registo:
N. de Inventário:

Residência do Governo III. Localização:


Zambezia. Quelimane

IV. Descrição
Edificio de 1881. Contraria a maneira como
se instalaram as formas urbanas dos
“prazos”. A construção aparece densa
como uma ilha instalada no meio dos
coqueiros. As telhas assim como as janelas
de vidros rompem com as formas
tradicionais africanas. Todos estes
elementos dão origem a formas cada vez
mais mestiças de construção.

45 Henriques, Isabel Castro. 1996. Espacos e Cidades em Moçambique. Lisboa: Comissão


Nacional para as comemoraçoes dos Descobrimentos Portugueses.
Lei nº 10/88, 22/12

56
V. Criterios
Gerais
Historico (2)
Arquitectonico (4)

57
Forte de Milange 46

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


N. de Registo:
N. de inventário: 1

III. Localização:
Zambezia. Distrito de Milange.

IV. Descrição
Foi proclamado Monumento Historico por
portaria de 3 de Abril de 1943.

V. Criterios
Gerais
Arquitectonico (4)

Escola Municipal de Quelimane

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


N. de Registo:
N. de inventário:

III. Localização:
Escola Municipal de Quelimane Zambezia. Cidade de Quelimane.

IV. Descrição
Hoje Escola primaria do segundo grau
Patrice Lumumba .Trata-se de um edificio
classico de 1891. Foi actualmente
ampliado.

V. Critérios
Gerais

46 Lei n. 10/88, 22/12

58
Arquitectonico (4)

59
Túmulo de Zintambira 47

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 46
Nº de Inventário: 44

III. Localização:
Tete. Distrito de Angónia. Vila de Ulóngue

IV. Descrição
Refere-se ao túmulo do último dos sete
filhos de um pai que era chefe tradicional
Nguni, de nome Zintambira. É uma figura
que lutou heroicamente contra a penetração
colonial portuguesa no seu território.
Apesar de todos os esforços, foi vencido e
dominado. Alguns dos seus filhos passaram
a colaborar com o sistema colonial.
Quando Zintambira morreu, os seus restos
mortais foram enterrados no mesmo local,
onde foi erguido o seu túmulo.
Periodicamente, a população local
sobretudo de origem Nguni faz limpezas ao
monumento.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Zimbabwe do Songo 48

I. Categoria: Monumento;

47 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;


Ref. Nº 28/PAT/06/T – 1996, ¾.
Lei nº 10/88, 22/12.

48 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;


Ref. Nº 28/PAT/06/T – 1996, ¾.
Lei nº 10/88, 22/12.

60
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 43
Nº de Inventário: 45

III. Localização:
Tete. Distrito de Cahora-Bassa

IV. Descrição:
É um amuralhado feito de pedras sobre-
postas que formam uma pequena
plataforma artificial.
Foi construido pela população Madema,
após o declíneo do Estado do Grande
Zimbabwe. O seu nome originário é Katuta
- Mabwe, o significa carregar pedras. No
cimo da plataforma viviam os chefes e nos
arredores, as populações súbditas.
As populações Madema pertenciam ao
chamado Império de Monomotapa, ou seja
Estado de Mutapa.

V. Critérios
Gerais:
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

Igreja de São José de Boroma 49

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 24
Nº de Inventário: 46

III. Localização:
Tete. Distrito de Changara

IV. Descrição
Das dez missões católicas existentes na
Província de Tete, a de São José de Boroma
é a mais antiga. Foi criada a 30 de Julho de

49 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6;


Ref. Nº 28/PAT/06/T, ¾.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

61
1885, sendo um dos seus fundadores o
Padre Víctor J. Courtois, que era jesuita.
A igreja integra um corpo de edifícios com
ameias, decoradas com baixos-relevos,
formando cruzes de Cristo. Com a mesma
decoração existe outro edifício, que se situa
a poucos metros, a montante da igreja, mas
independente desta.
A Missão de Boroma teve e continua a ter
grande importância na educação formal e
formação profissional. Teve sempre três
campos de acção: os internatos, as escolas
de artes e ofícios e os missionários de
campo.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Massacres de Wiriyamu 50

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 45
Nº de Inventário: 47

III. Localização:
Tete. Distrito de Changara

IV. Descrição
Refere-se ao povoado de Wiryiamu, onde
se registaram massacres. O povoado era
densamente habitado. Grande parte dos
seus habitantes trabalhavam na cidade de
Tete. Suspeitava-se que as populações de
Wiriyamu tivessem acolhido os
guerrilheiros da FRELIMO. Por isso, o
Governo colonial português ordenou os
soldados para efectivar o seu massacre. No
dia 16 de Dezembro de 1972, O povoado

50 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;


Ref. Nº 28/PAT/06/T – 1996, ¾.
Lei nº 10/88, 22/12.

62
foi alvo de bombardeamento pela força
aérea e infantaria motorizada.
Homens, mulheres e crianças, incluindo
idosos morreram a tiro e outros queimados
depois de metidos nas palhotas, para além
de algumas crianças mortas a pontapé.
Após a Independência Nacional, no local
foi erguido um monumento, onde foram
colocados alguns restos mortais das vítimas
do massacre.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Forte de Dom Luís 51

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 23
Nº de Inventário: 48

III. Localização:
Tete. Cidade de Tete

Forte de Dom Luís


IV. Descrição
Construido entre 1835 e 1836, tinha o
objectivo de reforçar a protecção exercida
pela Fortaleza São Tiago Maior. Embora de
dimensões menores em relação à primeira,
é mais visível, por se encontrar situada
numa elevação. A escolha do sítio foi para
garantir a visibilidade à volta da cidade e
detectar antecipadamente qualquer acção
de revolta dos naturais contra a penetração
ou presença colonial portuguesa.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

51 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;


Ref. Nº 050/DC/11/97, 31/3;
Ref. Nº 28/PAT/06/T-1996, ¾.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

63
Arquitectónico: (4)

Forte de São Tiago Maior 52

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 26
Nº de Inventário: 49

III. Localização:
Tete. Cidade de Tete

IV. Descrição
Foi a primeira fortaleza a ser construida
como uma das bases de linha de penetração
dos portugueses, através do rio Zambeze
até o interior do império de Monomotapa.
Forte de São Tiago Maior O objectivo era conquistar e efectivar a
exploração dos recursos humanos e
naturais, como ouro, prata e outros.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Mártires de Ntengo wa Minga 53

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 47
Nº de Inventário: 50

52 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6;


Ref. Nº 28/PAT/06/T, ¾.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.
53 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;
Ref. Nº 28/PAT/06/T – 1996, ¾.
Lei nº 10/88, 22/12.

64
III. Localização:
Tete. Distrito de Macanga.

IV. Descrição
No local onde se encontra o monumento há
uma árvore espinhosa denominada
“Mitengo wa Minga”. É um local
pedregoso, próximo de um muro e
precipício com mais de 100 metros de
profundidade. A PIDE- DGS levava os
prisioneiros políticos da FRELIMO para os
torturar e lançar no precipício. Há ossadas
das vítimas mortais do regime colonial.
No dia 25 de Junho de 1979 foi erguido um
monumento no local, em homenagem às
vítimas.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

65
Ponte Dona Ana 54

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 48
Nº de Inventário: 51

III. Localização:
Tete. Distrito de Mutarara

IV. Descrição
O nome da ponte é em homenagem à Dona
Ana, uma das famosas prazeiras do Vale do
Zambeze.
A sua construção data dos primeiros anos
do século XX. Obra de grande engenharia.
Sobre ela atravessa o rio Zambeze e passa o
ramal ferroviário que parte de Dondo até
Malawi.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Forte de Zumbo 55

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 13
Nº de Inventário: 52

54 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;


Ref. Nº 28/PAT/06/T – 1996, ¾.
Lei nº 10/88, 22/12.

55 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97.


Portaria nº 12:025, 29/6/57.
Lei nº 10/88, 22/12.

66
III. Localização:
Tete. Distrito de Zumbo. Vila do Zumbo.

IV. Descrição
Está em ruinas, não restando quase nada
dela. Há duas torres com ameias, em vias
de se desmoronarem completamente. No
recinto ocupado pela velha fortaleza foi
construido um modesto edifício para a
Administração do distrito do Zumbo.
Constitui um marco secular da presença
colonial portuguesa na região do vale do
Zambeze.
Foi proclamado Monumento Historico por
portaria de 20 de Fevereiro de 1943.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Igreja de São Pedro Cláver de Miruro 56

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 25
Nº de Inventário: 53

III. Localização:
Tete. Distrito do Zumbo

IV. Descrição
A construção desta igreja ocorreu no
mesmo período que a de São José de
Boroma, sendo igualmente os seus
construtores os mesmos. É maior do que a
Igreja São José de Boroma. Tanto no seu
interior como no exterior possui vitrais a
cores com imagens da arte Sacra.

56 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6;


Ref. Nº 28/PAT/06/T, ¾.
Portaria nº 12:024, 29/6/59.
Lei nº 10/88, 22/12.

67
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)

Túmulo do Régulo João 57

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário;


Nº de Registo: 44
Nº de Inventário: 54

III. Localização:
Tete. Distrito do Zumbo

IV. Descrição
É assim chamado porque no local foram
mortos e enterrados em vala comúm
homens trazidos da aldeia do régulo João,
no dia 27 de Novembro de 1964.
Suspeitava-se que tivessem aderido à
FRELIMO. O massacre provocou a fuga
em massa das populações para a República
da Zâmbia.
O túmulo é considerado monumento.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Massacre de Inhazónia 58

I. Categoria: Sítio;

57 Ref. Nº 93/DC/20-T, 2/6/97;


Ref. Nº 28/PAT/06/T – 1996, ¾.
Lei nº 10/88, 22/12.

58 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.

68
II. Registo e inventário,
Nº de Registo: 106
Nº de Inventário: 55

III. Localização:
Manica. Distrito do Bárue

IV. Descrição
Refere-se ao povoado e base de Inhazónia
onde, no dia 9 de Agosto de 1976, houve
um massacre, O local dista cerca de 15 km
da estrada nacional nº102. Morreram cerca
de 875 refugiados Zimbabweanos e um
número aproximado de 527 feridos. A base
de Inhazónia estava dividida em duas
partes. A primeira era destinada aos jóvens
e a segunda aos velhos. Continha
aproximadamente 230 casas. A sul havia
um cemitério.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Amuralhado de Niamara 59

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 100
Nº de Inventário: 56

III. Localização:
Manica. Distrito do Bárue

IV. Descrição
Situa-se no monte Muranda, perto do rio
Nhacangara. É um amuralhado da cultura
Zimbabwe-Monomotapa. Consiste numa
plataforma artificial feita de pedra de xisto.

59 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.

69
A sua arquitectura assemelha-se ao
amuralhado de Khami, no Zimbabwe.

V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)
Arqueológico: (1)

Amuralhado de Magure 60

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 108
Nº de Inventário: 57

III. Localização:
Manica. Distrito do Bárue

IV. Descrição
É assim chamado por estar próximo de um
riacho de nome Magure. O amuralhado de
forma oval foi construido por pedras de
xisto, à semelhança de Niamara. Faz parte
da cultura Zimbabwe-Monomotapa.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

Amuralhado do Monte Chimbanda 61

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 107
Nº de Inventário: 59

60 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.
61 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Lei nº 10/88, 22/12.

70
III. Localização:
Manica. Distrito de Gondola

IV. Descrição
De forma ovalóide, tem cerca de 10 metros
de diâmetro no eixo maior. A altura
máxima é de cerca de 1.30 metros e a
mínima de 70 centímetros nas partes
desmoronadas. A espessura das paredes
varia entre 80 e 90 centímetros. Tem uma
entrada de cerca de 1.30 metros de largura.
As pedras que compõem o amuralhado são
granitos do afloramento geológico local.
O amuralhado faz parte da cultura
Zimbabwe-Monomotapa.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

Fortim do Monte Nharunhanga 62

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 119
Nº de Inventário: 60

III. Localização:
Manica. Distrito de Gondola.

IV. Descrição
Assenta na encosta do monte Nharunhanga,
formando um rectángulo com 3.50 metros
de comprimento, por 1.70 metros de altura
e 0.80 metros de espessura máxima e 0,78
metros de espessura mínima.. É suportado
por quatro árvores chamadas localmente
“chicondes”.
As pedras que compõem o fortim são
granitos do afloramento geológico local.
Das escavações realizadas foram

62 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.

71
identificados objectos de cerâmica Bantu e
pedras para lavar.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

Fortaleza de Massangano 63

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 105
Nº de Inventário: 61

III. Localização:
Manica. Distrito de Guro.

IV. Descrição
Está situada num planalto, na confluência
entre os rios Luenha e Zambeze. As
paredes são de pedra maticadas com areias,
com um metro de altura. A sua localização
numa elevação indica os seus propôsitos
defensivos. A presença de buracos
rectangulares nas paredes, permitia aos
guerrilheiros que atirassem setas quando o
inimigo se aproximasse da fortaleza.
O rei Barúe, Macombe libertou a parte
ocupada pelos portugueses em
Massangano. Desde então a fortaleza
passou a designar-se Macombe. Os
portugueses que se encontravam no local
fugiram para Mandie, Nhúngue, Mungari e
Nhantunze. Macombe resistiu um ano e
meio durante o combate.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico (4)

63 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

72
Forte Mungari 64

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 12
Nº de Inventário: 62
III. Localização:
Manica. Distrito do Guro
IV. Descrição
Faz parte dos dez fortes construidos ou
mandados construir por João de Azevedo
Coutinho, em 1902, quando se desenrolou a
chamada Campanha do Bárue.
A arquitectura deste forte como de outros
do mesmo período foi improvisada. Nessa
altura, os fortes eram construídos, quase
sempre, com urgência e com grandes
dificuldades na obtenção de materiais de
construção e mão-de-obra.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Forte Princesa Dona Amélia 65


I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 16
Nº de Inventário: 63
III. Localização:
Manica. Distrito do Guro.
IV. Descrição
Passou a ser conhecido por Forte Princesa
Dona Amélia a partir de 1892 a 1893. Esta

64 Ref. Nº___/DPCJDM/98, ___/5/98;


Ref. Nº ____/DPCM/2001, 22/8
Lei nº 10/88, 22/12.
65 Ref. Nº ___/DPCJDM/98, ___/5/98;
Ref. Nº ___/DPCM/2001, 22/6.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

73
data corresponde à inauguração do novo
projecto do forte.
Foi erguido em homenagem às seis
expedições militares levadas a cabo pelos
portugueses para desalojar os Vicente Cruz
(Bonga), que se tinham tornado
importantes prazeiros. Das seis expedições
só logrou victória aos portugueses, a última
de 29 de Novembro de 1888.
O forte foi construido sob o monte
Nhacoso, próximo da confluência entre os
rios Muza e Zambeze. O comandante Serra
Luís Inácio ordenou a sua construção, a fim
de garantir a tomada de Tambara e
Gorongosa que estavam ligados à
campanha de ocupação do Bárue e de
Gorongosa.
É o único do estilo e o melhor forte da
época construido pelos portugueses. Serviu
como ponto estratégico para fazer face ao
domínio colonial-português na região.
Foi proclamado Monumento Histórico por
portaria de 3 de Abril de 1943.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Base de Bamba 66

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 115
Nº de Inventário: 64
III. Localização:
Manica. Distrito de Guro
IV. Descrição
Base da luta armada de libertação nacional,
serviu para abastecer os combatentes. Nela
funcionou uma escola primária e a messe
de oficiais. Possuia 10 palhotas e um
mastro.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

66 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.

74
Ruínas da Aringa de Massangano 67

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 17
Nº de Inventário: 65
III. Localização:
Manica. Distrito do Guro
IV. Descrição
A aringa principal tinha uma forma
ovalóide, de 50 metros de largura por 300
metros de comprimento. Era cercada por
uma forte paliçada constituida por troncos
que eram enterrados e ligados entre si por
duas fiadas horizontais de estacas.
A construção da aringa de Massangano
data de 1850. O seu primeiro chefe foi
Joaquim Vicente da Cruz, mais conhecido
por Nhaúde. Filho de Joaquim da Cruz
Vicente, é originário de Goa. Entrou em
conflito com os portugueses acabando por
ser enforcado na Ilha de Moçambique.
Há ruinas de casas, que foram
anteriormente residência dos Bonga e
Chitara.
Seis expedições militares levadas a cabo
de 1807 a 1888 terminaram com a vitória
dos portugueses sobre os resistentes Bonga
ou Cruz, o que aconteceu em 29 de
Novembro de 1888.
As ruínas da aringa de Massangano foram
proclamadas monumento nacional em
1943.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

67 Ref. Nº ___/DPCJDM/98, ___/5/98;


Ref. Nº ___/DPCM/2001, 22/6.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

75
Forte do Rio Muza 68
I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 103
Nº de Inventário: 66
III. Localização:
Manica. Distrito de Manica
IV. Descrição
É assim chamado por se encontrar na
margem do rio Muza. O forte foi erguido
usando como material de construção a
pedra. A parede exterior é paralela ao rio.
Foi proclamado Monumento Historico por
portaria de 20 de Fevereiro de 1943.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Dumbo-re-Marwiro 69

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 104
Nº de Inventário: 67

III. Localização:
Manica. Distrito de Manica.

IV. Descrição
Dumbo-re-Marwiro significa, em
chimanyika, local de conflitos étnicos. Este
local era dirigido por uma mulher, Mambo
- Mukazi, o que significa a rainha. Ela
recebia da população doações em bens de
produção agrícola, objectos minerais e

68 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Portaria nº 12:023, 29/6/57.
Lei nº 10/88, 22/12.
69 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Lei nº 10/88, 22/12.

76
animais domésticos. Competia à rainha
presidir cerimónias com vista a prevenir
calamidades naturais ou mesmo fazer
pedidos de chuva em épocas secas. O local
significa também luta contra a fome e a
miséria.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)

Forte de Macequece 70
I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 30
Nº de Inventário: 68
III. Localização:
Manica. Distrito de Manica
IV. Descrição
Foi mandado construir por Caldas Xavier,
em 1891, aquando da sua expedição contra
os agentes da Companhia Britânica do Sul
de África de Cecill Rhodes. Está associado
ao famoso ultimato inglês dado aos
portugueses devido às suas pretensões de
unir Angola a Moçambique, o chamado
Mapa Côr-de-rosa. Estas pretensões
punham em causa os interesses
expansionistas de Cecil Rhodes. Foi um
local importante para a delimitação da
actual fronteira ocidental de Moçambique
com o Zimbabwe.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

70 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Pinturas Rupestres de Chinhamapere Portaria nº 7:131, 16/12/47.
Lei nº 10/88, 22/12.

77
Pinturas Rupestres de Chinhamapere 71

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 33
Nº de Inventário: 69

III. Localização:
Manica. Distrito de Manica

IV. Descrição
Num dos painéis estão representados
guerreiros armados com arcos e flechas em
movimento sincrónico, o que parece
traduzir uma fase de dança. Parte das cores
desapareceram (as dos rostos e das regiões
próximas dos joelhos, possivelmente
correspondentes aos lugares das pulseiras
das pernas). O desenvolvimento das
nádegas - esteatopigia - permitirá aceitar a
hipótese de que se trata de bosquímanos. O
conjunto folclórico é admirável na
concepção e harmoniosa. O seu valor
decorativo acrescenta à sobriedade do
traçado, uma expressiva manifestação de
arte.
Num outro painel, estão representadas, no
primeiro plano, duas espécies de antílopes
vistos de perfil. No segundo plano há duas
figuras humanas, que aparentam ser de
dançarinos. As pinturas rupestres do Monte
Chinhamapere e as que se encontram na
encosta do Monte Chimbanda, da Serra do
Zembe, ao sul de Chimoio, são semelhantes
às descobertas na Namíbia e às pinturas
encontradas em França, na Gruta de Pair-
Non-Pair. As cores mais utilizadas são
castanho-claro, vermelho-alaranjado e
amarelo-torrado.

71 Ref. Nº ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Portaria nº 17:786, 9/5/64.
Lei nº 10/88, 22/12.

78
V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)

Amuralhado de Nhamaxato 72

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 110
Nº de Inventário: 70

III. Localização:
Manica. Distito de Manica.

IV. Descrição
Consiste em pedras sobrepostas que
formam um cerco. Serviu de esconderijo
durante a guerra dos Macombe. Antes de
seguir para o actual distrito de Bárue e de
Guro, um dos reis Macombe passou algum
tempo no recinto.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Mussodxoa (Residência de Ngungunyane) 73

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 113
Nº de Inventário: 71

72 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.
73 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Lei nº 10/88, 22/12.

79
III. Localização:
Manica. Distrito de Mossurize.

IV. Descrição
Foi residência do rei Gungunhana e dos
seus pais, Muzila e Uizie. Muzila morreu
no local, queimado e transformado em
cinzas para facilmente ser transladado e
enterrado em Swazini, sua terra natal. Dada
a morte de Muzila, Gungunhana transferiu-
se para as afamadas terras ricas de
Chiperenhana, onde travou lutas contra
Chiperenhana em Bilene Macia.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Fortim de Mavita 74

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 102
Nº de Inventário: 72

III. Localização:
Manica. Distrito de Sussundenga.

IV. Descrição
É também conhecido por Dombo-re-
Marezwi. Pertence à cultura Zimbabwe-
Monomotapa. Mede cerca de 1,40 metros
de altura, 0,75 centimetros de espessura e
25 metros de comprimento máximo.
Há vestígios de pallhotas que circundavam
o fortim. De forma circular, assemelham-
se às palhotas shona. Próximo do fortim
existe um forno tradicional de fundição de
ferro.

74 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.

80
V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)
Arqueológico: (1)

Fortim de Nhanguzwe 75

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 122
Nº de inventário: 73

III. Localização:
Manica. Distrito de Sussundenga

Descrição
Foi utilizado por habitantes locais em
defesa contra os ataques de Ngungunyane,
aquando da sua transferência para
Manjacaze.

IV. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Estação Arqueológica de Mavita 76

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 117
Nº de Inventário: 74

III. Localização:
Manica. Distrito de Sussundenga.

75 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.
76 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Lei nº 10/88, 22/12.

81
IV. Descrição
Pertence à Tradição Gokomere-Ziwa,
originária do planalto do Zimbabwe. Há
objectos arqueológicos disseminados à
superficie, o que comprova actividades
humanas no passado.
V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)

Ruínas do Monte Marozwi 77

I. Categoria: Sítio

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 118
Nº de Inventário: 75

III. Localização:
Manica. Distrito de Chimoio

IV. Descrição
Ruínas de amuralhado, constituido por um
complexo de construções de pedra, assenta
no cabeço do monte que lhe deu o nome.
Ocupa uma área com cerca de 20 metros de
comprimento no lado maior. A sudeste
localiza-se a muralha principal com cerca
de 4 metros de altura por 14 metros de
comprimento. Está edificado entre três
maciços graníticos, que seguem o contorno
dos mesmos, com pedras sobrepostas sem
argamassa a uni-las. A noroeste existe a
base de uma possível torre cónica
desmoronada, com um diâmetro de base de
5 metros.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

77 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.

82
Base de Mukute 78

I. Categoria: Sítio
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 120
Nº de Inventário: 76

III. Localização:
Manica. Distrito de Sussundenga

IV. Descrição
Trata-se da base da luta armada de
libertação de Moçambique. Fundada em
1972, tinha um efectivo de 266
guerrilheiros, entre os quais um
destacamento femenino. Teve dois
comandantes. Cerca de 200 cabeças de
gado bovino diversificava a dieta alimentar
dos guerrilheiros.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Pinturas Rupestres de Mavita 79

I. Categoria: Sítio

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 101
Nº de Inventário: 77

III. Localização:
Manica. Distrito de Sussundenga

IV. Descrição
Situam-se numa pequena elevação de terra
que contém uma rocha monolítica de
granito. As pinturas representam animais e
pessoas, estando bastante apagadas.
Destaca-se a pintura que representa um
homen munido de escudo e uma lança de
ferro.

78 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.
79 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Lei nº 10/88, 22/12.

83
V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)

Ruínas de Massambúzi 80

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 111
Nº de Inventário: 78

III. Localização:
Manica. Distrito de Sussundenga.

IV. Descrição
Ruinas do amuralhado de pedra granitica
com uma torre cónica. As paredes do
amuralhado têm cerca de 1 metro de altura
por 0,70 metros de espessura. Há vestígios
arqueológicos, como alcaravizes e escória
de fundição de ferro.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

Base de Nhacolo 81

I. Categoria: Sítio

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 112
Nº de Inventário: 79

III. Localização:
Manica. Distrito de Tambara,

IV. Descrição
Base importante, durante a luta armada de
libertação nacional, desempenhou várias
funções. Foi também residência, na época

80 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.
81 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Lei nº 10/88, 22/12.

84
de Macombe e de Manuel António
(Goveia).

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Base de Mitete 82

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 114
Nº de Inventário: 80

III. Localização:
Manica. Distrito de Tambara

IV. Descrição
Cercada de pedras, a base serviu como
local para a realização de reuniões
clandestinas dos guerrilheiros da
FRELIMO, durante a luta armada de
libertação nacional. As tropas coloniais
receberam, nesta base, pesadas derrotas
militares. Há, no local, um mastro de
bandeira e outros vestígios de interesse
histórico.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Ruínas de Macombe 83

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 121

82 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.


Lei nº 10/88, 22/12.
83 Ref. ___/DPCJDM/98, ___/5/98.
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

85
Nº de Inventário: 81

III. Localização:
Manica. Distrito de Tambara

IV. Descrição
Antiga residência de Macombe. Há, no
local, um moínho de cereaias. Na era
colonial, os guerrilheiros da FRELIMO
tentaram abrir uma mina de carvão, mas foi
frustrada devido a resistência das
populações locais que consideram o sítio de
valor espiritual.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)

Tribunal Popular Provincial 84

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 99
Nº de Inventário: 82

III. Localização:
Sofala. Cidade da Beira.

IV. Descrição
Construído em 1911, é um dos mais antigos
edificios da cidade da Beira.
Actualmente, o edifício pertence ao
Ministério da Justiça.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico : (4)

84 Ref. 603/DPCJDS/A/16, 5/12/97.


Lei nº 10/88, 22/12.

86
Fortaleza de São Caetano 85

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 95
Nº de Inventário: 83

III. Localização:
Sofala. Distrito do Búzi

Descrição
De plano quadrangular, foi construida por
soldados portugueses, entre 1505 a 1506,
sob o comando de Pero de Anahia. Tem
quatro baluartes nos quatro cantos,
guarnecidos com artilharia. As águas do
oceano Indico causam a ruína da fortaleza.

Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Santuário de Muenhe Mucuru 86

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 97
Nº de Inventário: 84

III. Localização:
Sofala. Distrito de Búzi

IV. Descrição
É assim chamado porque, em 1505, no
santuário foi recolhido e enterrado Muenhe
Mucuru, de nome Said Abdala Hamany. No

85 Ref. 603/DPCJDS/A/16, 5/12/97.


Lei nº 10/88, 22/12.
86 Ref. 603/DPCJDS/A/16, 5/12/97.
Lei nº 10/88, 22/12.

87
dia da inauguração do santuário morreram
mais de 100 muçulmanos que se
encontravam num dos três barcos. À volta
do santuário encontram-se dez túmulos da
família Muenhe Mucuru. Há uma árvore
com pegadas. _
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual : (7)

Batalha Dezanove 87

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 98
Nº de Inventário: 85

III. Localização:
Sofala. Distrito de Caia.

IV. Descrição
É um local histórico da luta de resistência
contra a ocupação colonial. Travou-se a
guerra de Macombe contra a presença
colonial. Dezanove é o cognome do chefe
supremo que controlava a zona de
Magagade.
A população era contratada a fazer trabalho
e recebia mensalmente 15$00 a 25$00 para
auxiliar e mestre, respectivamente. O chefe
Dezanove morreu em 1910.
Um dos machambeiros, de nome Borges,
ficou a tomar conta da casa, construida
entre 1942 e 1943.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

87 Ref. 603/DPCJDS/A/16, 5/12/97.


Lei nº 10/88, 22/12.

88
Centro de Chupanga 88

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 96
Nº de Inventário: 86

III. Localização:
Sofala. Distrito de Marromeu

IV. Descrição
É um Local histórico que assinala a
presença dos franceses em Moçambique.
Em 1800 viviam dois homens franceses,
pouco se sabe dos nomes originários. Sabe-
se que tiveram cognomes de Phinso e
Mpatakuanda Psinso. Viveram muitos anos,
até que em 1914 fugiram para França,
durante a guerra entre Portugueses,
Franceses e Alemães. O local ficou vazio.
De 1916 até 1923 o local foi ocupado por
padres alemães, Torrão Mário e Baptista da
Silva. Em 1923 construiram uma igreja e
uma escola, inauguradas em 1927. De
1929 a 1942 o padre Albano Alves ampliou
as instalações da escola, aumentando o
número de salas para 10.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Fortaleza de São Marçal 89

I. Categoria: Monumento;

88 Ref. 603/DPCJDS/A/16, 5/12/97.


Lei nº 10/88, 22/12.

89 Ref. Nº 603/DPCJDS/A/16, 5/12/97.


Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

89
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 22
Nº de Inventário: 87

III. Localização:
Sofala. Vila de Sena

IV. Descrição
Não se sabe ao certo o ano da sua
construção, porém, pode afirmar-se, sem
receio de errar, que data dos meados do
século XVI. Nessa altura, os Portugueses
principiaram a subir o curso do rio
Zambeze, em direcção ao Zumbo. A
operação visava, essencialmente, a abertura
e defesa do comércio. Foram criadas as
Feiras de Sena e de Tete para atrair o
comércio de ouro e retilá-lo da posse dos
árabes, que detinham o seu monópolio. As
feiras eram controladas por capitães
nomeados por Moçambique, que, tinham
também funções de fazer justiça sobre os
Africanos e também sobre os próprios
Portugueses. O mesmo já se verificava nas
Feiras de Sena, Tete, Massapa e outras.
As construções fortificadas obedeciam
mais ou menos ao tipo da sua época.
Diferenciavam-se umas das outras mais
pelas dimensões, materiais com que eram
construidas e artilharia do que
propriamente pela sua forma.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Cidade da Beira 90

I. Categoria: Conjunto

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 42
Nº de Inventário: 88

90 Lei nº 10/88, 22/12.

90
III. Localização:
Sofala. Localiza-se na foz do rio Aurângua
ou rio Púnguè. A parte baixa da cidade da
Beira, ou seja a mais antiga ocupava as
seguintes coordenadas geográficas:
 Latitude: 19 graus, 51` 27`` S.
 Longitude: 34 graus, 51`32``E.

IV. Descrição
Está na origem da sua construção a
necessidade de defender a população da
região das frequentes espoliações e
retaliações dos vátuas de Gungunhana. Em
1887 foi estabelecido na margem esquerda
da foz do Rio do Aruângua ou Púnguè, um
posto militar. Foi nomeado para
Comandante, o Tenente de Artilharia Luís
Inácio, homem muito experimentado nos
“negócios” do Ultramar.
Na ponta do Chiveve existia apenas uma
casa particular, pertencente ao arrendatário
do Prazo de Cheringoma, João Eduardo
Çõelho Barata.
O Governador do Distrito de Sofala, Jorge
de Morais Sarmento, mandou preparar uma
pequena expedição, que, saindo de
Chiloane, sede do Distrito, se dirige para o
Rio Aruângua, arribando à Ponta Chiveve.
Da expedição faziam parte o Governador, o
comandante do posto a inaugurar, um
alferes, um sargento, um corneteiro, vinte
soldados e dez operários. Levavam consigo
armamento e material ferramental
indispensável para as obras a construir. A
cerimónia da inauguração do posto, que era
sede do comando militar, teve lugar no dia
20 de Agosto de 1887. O termo oficial da
sua instalação deu início à construção da
futura Cidade da Beira. Do posto nasceu a
povoação a que se chamou a Beira, em
honra ao Príncipe da Beira, D. Luís Filipe,
nascido alguns meses antes em Lisboa, a 21
de Março de 1887. O posto militar serviu
muitas vezes de reduto à própria população,
que, de noite, ali se recolhia com os seus
haveres para se pôr a cobro dos ataques dos
homens de Gungunhana. Outro tanto
faziam os nativos da região, perseguidos e
muitas vezes trucidados por aqueles. Em
1888 passou à categoria de vila, em 1892
capital do então Distrito de Sofala e sede
do Governo do Território de Manica e

91
Sofala, e , finalmente, em 1907, elevou-se
à categoria de cidade.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Conjunto edificado: (5)

Casa Oswald Hoffann 91

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 82
Nº de Inventário: 89

III. Localização:
Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Prédio edificado pela Sociedade Madal, em
1890. Comporta dois pisos, tendo no
segundo 110 quartos com casas de banho
privativas. No rés-do-chão funciona a
Gráfica do Sul do Save e Restaurante
Primavera, além de duas residências, duas
varandas e uma cave com cerca de 25
metros de comprimento por 15 metros de
largura. O quintal comporta um armazém
com 25 metros de comprimento por 8
metros de largura, que outrora serviu de
salão de cinema depois da Escola
Paroquial.
A firma alemã Oswald Hoffann tomou
conta do prédio para desenvolver o
comércio. Tinha várias sucursais como Ilha
de Moçambique, Lourenço Marques, Beira
e Quelimane. Vendia um pouco de tudo. A
mercadoria vinha da Índia e Alemanha e de
regresso os barcos levavam consigo
oleaginosas.
A firma funcionou até 1918 e depois
extinguiu-se devido a primeira guerra
mundial, onde os alemães sairam

91 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

92
derrotados. Os portugueses apoderaram-se
de todos os bens.
Este prédio, segundo o seu actual
proprietário, corre o risco de se deteriorar
devido as máquinas da Gráfica.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectonico: (4)

Casa da Dona Adelaide Anna Teixeira


(Fornaziny) 92

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 83
Nº de Inventário: 90

III. Localização:
Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Também conhecido por Palácio dos
Fornaziny. Construido em 1902, localiza-se
na rua Dom Carlos I quando Inhambane
cidade ainda era vila. A então rua Dom
Carlos I, onde o edifício se localiza, foi
também chamada “Rua General Fornaziny”
e hoje é rua do Chimoio. O imóvel foi
construido à custa dos produtos da
agricultura, caça e da venda de escravos. O
seu proprietário era o General Fornaziny de
origem italiana. Em 1893 casou-se com
Dona Adelaide Anna Teixeira Fornaziny.
Desempenhou vários cargos em
Inhambane, como Governador interino do
então Distrito de Inhambane, Capitão -
mór, Inspector do Batalhão de caçadores,
Juíz, entre outros. Faleceu com o posto de
General e foi várias vezes condecorado.

92 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

93
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Estação arqueológica de Chibuene 93

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário;


Nº de Registo:
Nº de Inventário:

Estação arqueológica de Chibuene III. Localização:


Inhambane. Distrito de Vilankulo

IV. Descrição
Estação costeira a cerca de 50 km de
Manyikeni. A mais notável estrutura
presente é o seu concheiro. Entre os
objectos encontrados constam exemplares
de loiça vidrada islâmica da primeira
metade do primeiro milénio. A estação foi
ocupada continuamente, até ao presente. A
sua identificação enriqueceu os dados sobre
as origens do comércio a longa distância no
Índico, fazendo a ligação com o interior.

V. Critérios
Gerais
Arqueológico: (2)

Edifício da Padaria Rosa 94

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 84
Nº de Inventário: 91

93 Macamo, Solange.Laura. Dicionário de Arqueologia e Património Cultural de Moçambique.


In prep.
94 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

94
III. Localização:
Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Foi construido em 1913 perto da rua Henry
Menet, actual rua da O.U.A. Propriedade
da firma Saldanha e Companhia, foi
chamada de padaria Rosa devido a boa
qualidade do pão que saia dos seus fornos,
em toda a cidade de Inhambane. Rosa era a
esposa de um dos dirigentes da Companhia
e trabalhava nessa padaria. O pão era
fornecido a Jangamo, Maxixe, Inharrime,
incluindo a Cidade de Inhambane.
É construido em tijolo fabricado em
Mutamba. O cal é de fabrico local.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectonico (4)

Pórtico das Deportações 95

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 85
Nº de Inventário: 92

III. Localização: Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Está relacionado com o comércio de escravos praticado
em Inhambane entre 1910 e 1922. A busca dos escravos
era feita de noite e tinha como recrutadores régulos e
seus indunas. Os escravos enquanto aguardavam a sua
deportação, eram concentrados na sede da Companhia
(Boror) que ocupava uma das casas da família Teixeira.
O navio que os transportava ancorava em Linga-Linga
há poucas milhas de Nhafokweni, outro centro de venda
de escravos. Para a entrada e saída do navio tinha como
orientador o ex-funcionário da Capitania de Inhambane
chamado Massambi.

95 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

95
Na altura a Capitania de Inhambane possuia um barco a
motor denominado Linga-Linga. Puxava barcos à remo
conhecidos localmente por “Mandingue,” que
transportavam os escravos para o local onde se
encontrava o navio.
Para não reconhecerem a direcção em que o barco se
dirigia, os escravos eram tapados a vista com lenços
amarrados na cara. Os lenços só eram retirados quando
o barco se encontrasse no alto mar e após ter percorrido
longa distância.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Edifício dos Correios 96

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 86
Nº de Inventário: 93
_
III. Localização: Inhambane. Cidade de Inhambane
_
IV. Descrição
O edifício pertencia ao Padre Joaquim de Santa Rita
Montanha, e foi adquirido pelo Estado após a sua morte
em 1811, pelo preço de 4.900 reis. Ali ficaram
instaladas quatro repartições públicas: Alfândegas,
Tesouraria da Fazenda, Enfermaria militar e
Ambulância e a Escola do ensino primário. Situava-se
perto da rampa de desembarque de mercadorias. O
serviço de correio foi, provávelmente, instalado em
1875. Beneficiou de obras de restauro em 1886. O
edifício próprio para os correios viria a estar
definitivamente concluido em 1910.

V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)

Antigo Mercado 97

I. Categoria: Monumento

Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.
97 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

96
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 87
Nº de Inventário: 94

III. Localização: Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Era um grandioso alpendre com uma base construida
de ferro. A cobertura era de chapas de zinco. Uma
metade do chão era de argamassa, a outra de terra
batida e o alpendre gradeado.
No interior do mercado tinham sido feitos alguns
balcões de cimento, onde eram expostos produtos para
venda. No interior havia duas casinhas.
O produto priorizado para a venda dentro do alpendre
era o marisco. O resto dos produtos eram de fora da
Cidade de Inhambane. O preço dos produtos vendidos
era relativamente baixo. O mercado registava o seu
grande afluxo de pessoas nas sextas-feiras, pois era o
dia da semana que o navio descarregava mineiros
vindos da África do Sul. Assim, a sexta-feira foi
considerada dia da Feira em Inhambane.

V. Critérios
Gerais
Arquitectonico: (4)
Histórico: (2)

Antigo Hotel Inhambane 98

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 88
Nº de Inventário: 95

III. Localização: Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Este edifício foi propriedade do senhor Joaquim Costa,
que o construiu entre os anos 1908 e 1922, cujo
material é de pedra e cal, provenientes do Kochi,
Morrumbene, numa pedreira da família Soares.
O proprietário era tesoureiro da Câmara Municipal de
Inhambane; casou com uma farmacéutica que por isso o
esposo construiu o prédio de 1º andar onde passou a
residi e no rés-do-chão a farmácia.
Actualmente, o prédio está em ruínas.

98 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

97
V. Critérios
Gerais
Artístico: (3)

Mesquita Velha 99

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 89
Nº de Inventário: 96

III. Localização:
Inhambane. Cidade de Inhambane
Mesquita Velha

IV. Descrição
Nos primeiros 22 anos da sua existência a
Mesquita era de pau-a-pique.
Com a multiplicação do número de crentes
procede-se em 1840 com a construção de
uma nova mesquita maior que a anterior, e
com material convencional. A mesquita
teve a designação de “ Massidjid Ajuma
Kadíma” (mesquita da comunidade dos
antigos fieis).
O cimento adquirido na Alemanha era
misturado com mel local, o que garantia a
durabilidade do pavimento.
No recinto da mesquita jazem cerca de 5
fieis. Os sepúlcros mais notáveis são da
senhora Sarifa Sahaka e do senhor Issufo
Adamujy (primeiro sacristão da Mesquita).
Este último faleceu pelo infortúnio que teve
na sua mocidade de ter sido vítima do seu
paraíso dos traficantes de escravos, durante
a segunda fase da construção deste grande
edifício de culto. O senhor Issufo quando
se encontrava já no portão, embarcando
gritou invocando o nome de Alá.
Felizmente um dos traficantes seduzido
pela oração aproximou-se do moço e
devido a fé os proprietários decidiram que
deviam libertá-lo. Assim, o barco no seu
regresso a Inhambane levou o senhor Issufo
de novo à sua terra de origem onde ficou

99 Ref. 04/DOC.1
Lei nº 10/88, 22/12.

98
responsável por vários trabalhos de
Mesquita até a sua morte.

V. Critérios
Gerais
Espiritual (7)
Arquitectónico: (4)

Igreja de Nossa Senhora da Conceição 100

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 91
Nº de Inventário: 98

III. Localização:
Inhambane. Cidade de Inhambane

IV. Descrição
Foi construida em 1885, sendo de destacar
a oferta do relógio para a sua Torre. A
senhora Sarah Menet, viúva de Henry
Menet, que viveu largos anos em
Inhambane, decidiu satisfazer a vontade do
seu marido que em vida manifestara.
Ofereceu à Câmara um relógio para a Torre
da Igreja. O facto foi anunciado durante a
sessão do Município de Inhambane de 27
de Dezembro de 1928, sendo Presidente da
Comissão Municipal, Manuel Vieira
Gomes Ribeiro.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Zimbabwe de Manyikeni 101

100 Ref. 04/DOC.1


Lei nº 10/88, 22/12.
101 Macamo, Solange Laura. Dicionário sobre Monumentos Arqueológicos em Moçambique.
In prep.

99
I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo:
Nº de Inventário:

III. Localização: Inhambane. Distrito de Vilankulo

III. Descrição
Amuralhado de plano elíptico, com cerca de 50
metros por 65 metros de comprimento. Era
circundado por um povoamento. Originalmente
as muralhas, feitas de blocos de calcário,
tinham 1,50 metros de altura e 1,50 metros de
espessura. O Zimbabwe (ou seja casa de pedra,
Zimbabwe de Manyikeni em língua shona) foi habitado entre 1200 e
1600. Constituiu, possívelmente, um entreposto
comercial interior-costa, controlando a Baía de
Vilankulo e assegurando um rápido escoamento
de mercadorias.

IV. Critérios
Gerais
Arqueológico: (1)
Arquitectónico: (4)

100
Cidade de Inhambane 102

I. Categoria: Conjunto

II. Registo e inventário


Nº de Registo:
Nº de Inventário:
III. Localização:
Inhambane. Baia de Inhambane

Cidade de Inhambane
IV. Descrição
Os portugueses no seculo XVI aplicavam o
termo Inhambane designando o porto que
visitavam regularmente, situado a sul de
Sofala e das Ilhas Bocicas (arquipelago do
Bazaruto). Os primeiros jesuitas que o
visitaram (1560), notaram que o toponimo
Inhambane ou Dinambane era aplicado ao
porto porque pela terra dentro estava um
lugar com o mesmo nome.
Nos principios do seculo XVIII, Inhambane
(Baia de Inhambane e regioes adjacentes)
marcava o limite sul da influencia
portuguesa na costa oriental africana, de
onde partiam “agentes diplomaticos” e
comerciais para os “regulos” do interior.
Foi elevada a categoria de vila, em 1761 e
efectuada em 1764.
Conserva ainda edificios de notavel
homogeneidade arquitectonica.

V. Critérios
Gerais
Historico: (1)
Conjunto edificado: (5)
Complementares: (3)
Exemplaridade (3)

102 Teixeira, Cândido. 1990. A Fundação de Inhambane e a sua estrutura administrative e


governamental nos meados do seculo XVIII. Arquivo, 8.
Lei n. 10/88, 22/12

101
Magul 103

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 41
Nº de Inventário: 99

III. Localização:
Nome do bem imóvel: Localização geográfica: Gaza.
Distrito do Bilene. Cerca de 10 Km da Vila da Macia.

IV. Descrição
Local histórico da luta de resistência à ocupação
colonial. Travou-se, a 8 de Setembro de 1895, uma
batalha motivada pela recusa do Rei Ngungunyane em
proceder com a entrega dos chefes militares Mahazul e
Matibedjane às autoridades do governo colonial
Magul português. Esta batalha culminou com os
acontecimentos de Coolela, seguindo-se os de
Tchaimite.
O local situa-se numa extensa planície do Posto
Administrativo de Messano, onde outrora se encontrava
erguida em pedestal uma placa comemorativa, que
evoca os actos “heróicos” dos portugueses por terem
morrido pela defesa de Portugal. Actualmente existe
um pedestal onde está afixada uma placa, à semelhança
de Coolela, que homenageia os guerreiros
moçambicanos que morreram na luta de resistência
contra a ocupação colonial.

Em 1998 foi colocada a placa indicativa da protecção


do local pela Lei 10/88 de 22 de Dezembro.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Fortim de Chibuto 104

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário

103 Ref. Nº 32/GAB/DPC/2002;


Ref. Nº ____/A236-28/GABDP/96, 22/4
Lei nº 10/88, 22/12.
104 Ref. Nº 32/GAB/DPC/2002;
Portaria nº 5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.

102
Nº de Registo: 3
Nº de Inventário: 100
_
III. Localização: Gaza. Distrito de Chibuto.
III. Descrição
Não se sabe ao certo a data exacta da sua construção.
Sabe-se, porém, que o Monumento foi erguido aquando
da Campanha de Gaza, históricamente conhecida por
“Campanha contra os Vátuas (1895)”.
Mandado construir por Mouzinho de Albuquerque, é
uma obra em aterro, com escasso valor militar.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Chaimite 105

I. Categoria: Sítio
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 40
Nº de Inventário: 101

III. Localização: Gaza. Distrito de Chibuto

IV. Descrição
Local histórico da luta de resistência à
ocupação colonial. Foi preso o Rei
Ngungunyane, a 28 de Dezembro de 1895.
O local encontra-se vedado com
canhoeiros. No meio do recinto vedado foi
construida uma base de pedra em pedestal
com cerca de 10 metros de altura. Nesse
recinto figurava anteriormente uma placa
sobre a prisão do Rei Ngungunyane, que
acabou com a resistência no Sul de
Moçambique contra a ocupação colonial.
Chaimite Em 1995, por alturas do centenário da
prisão do rei Ngungunyane, foi erguido, em
betão armado, um painel que ostenta a
passagem da efeméride.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

105 Ref. Nº 32/GAB/DPC/2002;


Ref. Nº ____/A236-28/GABDP/96, 22/4
Lei nº 10/88, 22/12.

103
Coolela 106

I. Categoria: Sítio
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 39
Nº de Inventário: 102

III. Localização:
Gaza. Distrito de Mandlakaze

Coolela IV. Descrição


Local histórico da luta de resistência à
ocupação colonial. Travou-se, a 7 de
Novembro de 1885, uma batalha entre
guerreiros moçambicanos liderados pelo
Rei Ngungunyane e portugueses. Morreram
tanto soldados moçambicanos como
portugueses. Venceram os portugueses
devido a sua superioridade militar. O local
prova a resistência dos moçambicanos
contra a ocupação colonial.
Para a valorização do local, foram erguidos
os seguintes monumentos comemorativos:
 Lâpide evocativa dos soldados
portugueses, que morreram no
combate, incluindo restos mortais
depositados em caixas.
 Guerreiro moçambicano em
posição de combate, simbolizando
a guerra de resistência à ocupação
colonial. Foi moldado em chapa e
erguido em pedestal.
 Dois mastros erguidos nas partes
laterais do pedestal, destinando-se
a içar a bandeira durante os dias
comemorativos do acontecimento.
 Pedestal em betão armado dedicado
aos guerreiros tombados.
 Placa que indica a protecção do
local pela Lei 10/88 de 22 de
Dezembro.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

106 Ref. Nº 32/GAB/DPC/2002;


Ref. Nº ____/A236-28/GABDP/96, 22/4.
Lei nº 10/88, 22/12.

104
105
Gruta de Mawandla 107

I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 56
Nº de Inventário: 103

III. Localização:
Maputo. Distrito de Magude, a 5 Km da
margem esquerda de Wanitse.

IV. Descrição
Caverna natural com pedras enormes.
Possui três compartimentos. Num deles
descansava o chefe Maguiguana, durante as
guerras de resistência contra a ocupação
colonial.
O local serviu de esconderijo das
populações e guerreiros durante as lutas
tribais (Manicusse e Zanguedava), e de
resistência contra a ocupação colonial
portuguesa no País.
Há no local as igrejas católica de São
Jerónimo e metodista. As visitas à gruta
devem ser acompanhadas por um ancião da
família Khossa que realiza as cerimónias
tradicionais aos antepassados.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)

Estação Arqueológica da Matola 108

107 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.
108 Departamento de Arqueologia e Antropologia. Universidade Eduardo Mondlane
Lei N. 10/88, 22/12

106
I. Categoria: Sítio;

II. Registo e inventário


Nº de Registo:
Nº de Inventário:

III. Localização:
Maputo. Cidade da Matola

IV. Descrição
Estação ao ar-livre, das primeiras
comunidades de agricultores e pastores. Foi
localizada em 1968 no decurso da
arqueologia de salvaguarda relacionada
com a construção da estrada que faz a
ligação entre as cidades de Maputo e
Matola. Escavações arqueologicas iniciadas
desde 1975 permitiram o estabelecimento
de relações entre diferentes estações com
base na semelhanca entre as colecções de
fragmentos de olaria nelas encontrados.
Tornou-se evidente a estreita semelhança
entre os processos de decoração dos
recipientes e a sua forma, numa grande
regiao que se estende desde o sul de
Moçambique ao Quenia, incluindo estações
como Silver Leaves , na Africa do Sul e
Kwale no Quenia e Tanzania.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Espiritual: (7)

Canhueiro de Maguadzo 109

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 57
Nº de Inventário: 104

109 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

107
III. Localização: Maputo. Distrito de
Magude

IV. Descrição
Local onde o chefe tribal Magudzo fazia
cerimónias tradicionais (Kuphahja),
quando os seus guerreiros iam em missão
combativa. Magudzo tinha enterrado, no
local, um cântaro contendo ouro e
diamantes, que foram depois apropriados
por portugueses.
Existe uma crença, segundo a qual, quando
se corta um ramo ou parte da árvore, no dia
seguinte dá-se a regeneração de um
membro amputado.

V. Critérios
Critérios Gerais
Espiritual: (7)
Ambiental (6)

Missão de São Jerónimo–Igreja Católica 110

1. Categoria: Monumento;

2. Registo e inventário
Nº de Registo: 59
Nº de Inventário: 105

3. Localização: Maputo. Distrito de Magude, a


cerca de 2 Km da vila de Magude

4. Descrição
Construção datada des 2 de Fevereiro de
1909. Em 3 de Agosto do mesmo ano inicia
com as suas actividades de formação
missionária, agricultura, cerâmica,
serralharia, carpintaria, serração, sapataria,
moagem e alfaiataria.

VI. Critérios
Gerais

110 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

108
Espiritual: (7)
Arquitectónico : (4)

Igreja Metodista 111


I. Categoria: Monumento;
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 58
Nº Inventário: 106
III. Localização:
Maputo. Distrito de Magude, a 4 Km da
sede
IV. Descrição
Construida em 1900, nas proximidades do
rio Nwanitse na região de Mawandla, é
transferida em 1906 para a região de
Facazisse.
A igreja é também vocacionada à educação
e à saúde.
V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)
Espiritual: (7)

Plantações de São Tiago 112

I. Categoria: Sítio
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 60
Nº de Inventário: 107

III. Localização: Maputo. Distrito de Magude, a


cerca de 13 Km da vila sede

IV. Descrição
Pertenciam à um colono de nome São Tiago.
Nesta propriedade agrícola cumpria-se o “chibalo” -

111 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.
112 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;
Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

109
trabalho forçado, durante o período colonial. As
culturas principais eram os citrinos.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Ambiental:

Monumento de Maguiguane 113

I. Categoria: Monumento
I. Registo e inventário
Nº de Registo: 52
Nº de Inventário: 108

III. Localização: Maputo. Distrito de Magude, a cerca


de 100 Km de Mapulanguene

III. Descrição
Momumento de cimento, pintado de branco, com altura
de 3 metros e largura de 2 metros aproximadamente.
Simboliza a resistência à ocupação colonial. No local,
deu-se a última batalha em que Maguiguane foi
decapitado, a 27 de Agosto 1897.

IV. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Artístico:

Palmeira Gago Coutinho 114

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 61
Nº de Inventário: 109

113 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.
114 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;
Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

110
III. Localização: Maputo. Distrito de Manhiça. Vila de
Palmeira

IV. Descrição
Plantada pelos portugueses, entre 1906 a 1908,
simboliza a sua chegada no local.
IV. Critérios
Critérios Gerais
Histórico: (2)
Ambiental (7)

Monumento aos Heróis da Batalha de


Marracuene 115

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 94
Nº de Inventário: 110
_
III. Localização: Maputo. Distrito de Marracuene. Vila
sede do distrito de Marracuene.
_
IV. Descrição
Está erguido num local histórico, que simboliza a Luta
de Resistência à ocupação colonial. No local deu-se
uma das mais renhidas batalhas, que ficou conhecida na
História, com o nome de “Batalha de Marracuene”,
ocorrida em 2 de Fevereiro de 1895.
O monumento é constituido por uma base circular em
betão de cimento com cerca de 6 metros de diâmetro e
tem uma escadaria. Sobre a base ergueu-se uma torre de
aproximadamente 9 metros de altura, que simboliza o
tronco de uma árvore, algo sagrado para a tradição dos
povos africanos.
Há uma placa com os seguintes dizeres:
“MONUMENTO AOS HERÓIS DA
BATALHA DE MARRACUENE
OCORRIDO NO DIA 2 DE FEVEREIRO
DE 1895. INAUGURADO POR S. EXCIA 1º
MINISTRO PASCOAL MANUEL
MOCUMBI, QUANDO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA JOAQUIM ALBERTO
CHISSANO; 02/02/98”.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

115 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/6;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

111
Gwaza – Muthine 116

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 36
Nº de Inventário: 111

III.Localização:aputo. Distrito de Marracuene


IV. Descrição
Local histórico das guerras de resistência à ocupação
Gwaza-muthine colonial. Deu-se uma das primeiras batalhas de
resistência contra a ocupação colonial. A guerra foi
dirigida por Lourenço Marques, a 2 de Fevereiro de
1895. No local, foram enterrados, em vala comúm, os
guerreiros tombados na batalha. A cerca de 100 metros
jazem corpos de soldados portugueses. Anualmente e
em reconhecimento dos tombados, promovem-se
comemorações festivas, exibindo-se cânticos e danças
tradicionais “Muthini”. Há um monumento erguido em
honra dos tombados.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Complementares
Exemplaridade: (3)

116 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/05;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

112
Quadrado de Marracuene 117

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 54
Nº de Inventário: 112

III. Localização: Maputo. Distrito de Marracuene –


sede

IV. Descrição
Monumento das guerras de resistência à ocupação
colonial. No local, deu-se uma das primeiras batalhas
da resistência, a 2 de Fevereiro de 1895. Foram
enterrados os soldados portuguese tombados na batalha.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Hlambetwene 118

I. Categoria: Monumento;
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 54
Nº de Inventário: 113
III. Localização:
Maputo. Distrito da Moamba círculo –
Hlametwene, a 3 Km da vila

IV. Descrição
No local realizam-se rituais tradicionais.
Encontram-se sepultados restos mortais de
antigos chefes das terras da Moamba.
A população de Moamba utiliza o local
para fazer cerimónias de pedido de chuvas

117 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

118 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

113
aos defuntos (antigos chefes sepultados).
Havia uma panela de barro (Hlambeto),
onde se deitavam os produtos necessários
para a cerimónia. Matavam-se bois para a
festa do ritual tradicional.Levava-se um
indivíduo da família Wamba, indicado
pelos velhos desta família. Este indivíduo,
segundo depoimentos da comunidade, era
deixado no local e nunca mais voltava à
casa, como vítima sacrificada. Com o
advento da Independência, rompeu-se com
a prática da cerimónia e a panela mágica
foi levada pelos portugueses, mas o local
continua a ser respeitado e preservado.

V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)

Monte Kurumane 119

I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 55
Nº de Inventário: 114

III. Localização:
Maputo. Distrito de Moamba. Círculo –
Machungo.

IV. Descrição
Os holandeses refugiavam-se no local
durante as guerras de ocupação, que
travaram contra os ingleses. No monte
havia cavernas primitivas feitas por
habitantes locais.

119 Ref. Nº 74/DPCJD/96, 23/5;


Ref. Nº 66/DPCJD/96, 15/5.
Lei nº 10/88, 22/12.

114
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

Estação Central dos Caminhos de


Ferro 120

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 92
Nº de Inventário: 115

III. Localização:
Estação Central dos Caminhos de Cidade de Maputo - Baixa.
Ferro IV. Descrição
A construção da actual estação dos
caminhos de ferro na ex-praça Mac-Mahon,
foi iniciada em 1908 para substituir a outra
em madeira e zinco, inaugurada por Paul
Kruger, em 1895.
O projecto foi da autoria do engenheiro
Alfredo Augusto Lisboa de Lima, mas a
fachada principal foi ligeiramente alterada
para a traça actual. Os empreiteiros foram
da firma Bucellato Irmãos. Pietro Bucellato
trabalhou todas as peças decorativas do
edificio com as próprias mãos. A sua
gigantesca cúpula em bronze veio da África
do Sul onde foi fundida expressamente para
o edifício. A sua colocação foi um
emprendimento muito difícil para a época.
O acto solene da saida dos dois primeiros
comboios deu-se no dia 19 de Março de
1910. Foram até ao Lhanguene, onde se
realizaram festejos comemorativos do dia
de São José e que contaram com a
participação do Governador-Geral Alfredo
Greira de Andrade.
Recentemente, o edifíco beneficiou de uma
nova pintura.

120 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Lei nº 10/88, 22/12.

115
V. Critérios;

Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Imprensa Nacional 121


I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 93
Nº de Inventário: 116
III. Localização:
Cidade de Maputo - Baixa
IV. Descrição
Imprensa Nacional Antiga cadeia civil. Quando Ngungunyana
foi preso pelos portugueses ficou lá
instalado, embora não fosse militar. Era o
local mais decente que havia na altura.
O seu projecto foi elaborado pelo Major
Araújo, em 1887.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectonico: (4)

Prédio Pott 122


I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo:
Nº de Inventário:
III. Localização:
Cidade de Maputo, Baixa
Prédio Pott
IV. Descrição
Edificio em ruinas, flagelado por um
incendio. Recairam sobre o mesmo varias
propostas de conservação, mas ainda sem
concretização._

121 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Lei nº 10/88, 22/12.
122 Lei n. 10/88, 22/12

116
V. Critérios
Gerais
Arquitectonico: (4)

Fortaleza de Nossa Senhora da


Conceição 123
I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 15
Nº de Inventário: 117
III. Localização:
Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição
Cidade de Maputo, Baixa
IV. Descrição
A primeira fortificação foi construida pelos
portugueses na margem esquerda do Rio
Espírito Santo, hoje Maputo, no último
quartel do século XVIII. Anteriormente,
como se sabe, pelos vestígios encontrados,
houve uma feitoria-fortaleza na margem
direita, no local da Ponta Maone, na
Catembe. Daquela fortaleza, em primitiva
fase de construção, sujeita como aconteceu,
a saques e a destruições várias, adveio a
Fortaleza de Nossa Senhora da Conceição,
que é glorioso padrão, patente a nacionais e
estrangeiros que visitam a cidade.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Casa de Ferro 124


I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 27

123 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Portaria nº5:093, 3/4/43.
Lei nº 10/88, 22/12.
124 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.
Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Casa de Ferro Lei nº 10/88, 22/12.

117
Nº de Inventário: 118
III. Localização:
Cidade de Maputo, Baixa

IV. Descrição
Casa pré-fabricada dos finais do século
XIX, encomendada pelo Governo Colonial
Português à Bélgica. Foi concebida pela
Escola de Eiffel, à semelhança da que havia
no Congo. Destinava-se a ser residência do
Governador Geral de Moçambique, fim
para o qual nunca chegou a servir.
Em 1892 instalou-se nela o Tribunal. Em
1893 foi cedida ao Bispo Dom António
Barroso, que usou o edifício como
instituição de ensino regido por freiras.
Por volta de 1912 foi instalado o serviço de
Agrimensura, mais tarde Serviços
Geográficos-Cadastrais.
Em 1972 a Comissão dos Monumentos
Naturais e Relíquias de Moçambique,
estabeleceu o Museu Geográfico Gago
Coutinho. É proclamada Imóvel de
Interesse Público por portaria de 11 de
Abril de 1972.
Em Setembro de 1974 a casa foi ocupada
pelas Forças Populares de Libertação de
Moçmbique. Mais tarde a então Câmara
Municipal (e depois Conselho Excutivo)
instalou o seu sector de obras.
Actualmente funciona no edificio a
Direcção Nacional do Patrimonio Cultural.
Constitui o melhor exemplo de conservação
do patrimonio edificado, na baixa.
V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)
Artístico: (3)
Histórico: (2)
Complementares
Autenticidade (1)
Integridade (2)
Exemplaridade (3)

118
Vila Jóia 125
I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 28
Nº de Inventário: 119

III. Localização:
Maputo, cidade de Maputo
IV. Descrição
Foi proclamada como Imóvel de Interesse
Público por portaria de 11 de Abril de
1972.

V. Critérios
Gerais
Arquitectónico: (4)

Palácio da Ponta Vermelha 126


I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo:
Nº de Inventário:
III. Localização:
Maputo, cidade de Maputo

IV. Descrição
O parque onde se situa o Palacio da Ponta
Vermelha e o conjunto de imoveis que
constituem a residencia do Presidente da
Republica de Moçambique foram
proclamados como Imoveis de Interesse
Publico por portaria de 24 de Outubro de
1972.

V. Critérios
Gerais

125 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Lei nº 10/88, 22/12.
126 Lei 10/88, 22/12

119
Arquitectónico: (4)

Mesquita de Maputo 127


I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 29
Nº de Inventário: 120
III. Localização:
Cidade de Maputo, Baixa
IV. Descrição
Mesquita de Maputo Em 1876 era uma modesta barraca de
madeira e zinco, tendo sido transformada
numa construção em alvenaria em 1877. A
Mesquita com planos rectangulares tem a
particularidade de não ser cópia de
qualquer mesquita conhecida.
Dispõe de local próprio para os rituais,
como é uso. No interior um nicho o
“Mirabe” - que indica a direcção da Cidade
Santa dos Muçulmanos (Meca), para nesse
sentido os fiéis orientarem sempre preces.
No seu interior há lugar apropriado para o
“Maulana” como Tribuna para o [Muezin]
e a [Mimbar] (púlpio) para o pregador.
Caprichou-se na entrada do templo com um
portão árabe.
Actualmente o edificio está a ser
restaurado e ampliado.
V. Critérios
Gerais
Espiritual: (7)
Arquitectónico: (4)
histórico: (2)

127 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Lei nº 10/88, 22/12.

120
Casa dos Azulejos 128

I. Categoria: Monumento;

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 30
Nº de Inventário: 121
III. Localização:
Cidade de Maputo, Baixa
IV. Descrição
É assim chamada devido ao revestimento
cerâmico azul da fachada, sendo o
exemplo, do estílo rural português.
Foi a primeira Câmara Municipal da
Cidade Maputo de 1901 a 1947, sendo um
dos testemunhos mais antigo da Baixa de
Maputo.
Foi proclamado Imóvel de Interesse
Público por portaria de 17 de Junho de
1972.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Vila Algarve 129

I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo:
Nº de Inventário:
III. Localização:
Maputo. Cidade de Maputo.
IV. Descrição
Edifício caracterizado pelo uso de azulejos
na construção. Pertence ao estilo rural
portugues. Foi local de tortura dos
combatentes pela liberdade, em
Moçambique, durante o periodo colonial.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)

128 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Lei nº 10/88, 22/12.
129 Lei n. 10/88, 22/12

121
Arquitectónico: (4)

Hotel Clube

Centro Cultural Franco –

Moçambicano 130
Hotel Clube. I. Categoria: Monumento;
Centro Cultural Franco Moçambicano
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 31
Nº de Inventário: 122
III. Localização:
Cidade de Maputo, Baixa
IV. Descrição
Foi proclamado como Imóvel de Interesse
Público por portaria de 17 de Junho de
1972.
Beneficiou de reabilitação total, sem
contudo implicar alguma alteração
profunda, para servir como Centro Cultural
Franco-Moçambicano. Para isso, a
inauguração aconteceu em 1995.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Artístico: (3)
Arquitectónico: (4)

Casa Amarela 131


I. Categoria: Monumento
II. Registo e inventário
Nº de Registo: 32
Nº de Inventário: 123
III. Localização:
Cidade de Maputo, Baixa

130 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.


Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Lei nº 10/88, 22/12.
131 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.
Ref. Nº125/MON/DNC/2000, 11/12/00.
Portaria nº 17:685, 8/4/64.
Lei nº 10/88, 22/12.

122
IV. Descrição
É o actual Museu Nacional da Moeda. A
casa foi construida em 1860, tendo sido
várias vezes remodelada, ao longo dos
anos, quer para fazer face a acção das
intempéries, quer para a tornar mais
funcional. Entretanto, a casa manteve a sua
talha original que é do estílo indo-
português, muito vulgar na época.
Foi a primeira casa de alvenaria a ser
construida na actual Cidade de Maputo,
cuja pedra foi trazida da Ponta Vermelha.
A portaria de 7 de Novembro de 1972
torna-a Imóvel de Interesse Público.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)

Museu de História Natural 132


I. Categoria: Monumento

II. Registo e inventário


Nº de Registo:
Nº de Inventário:
III. Localização:
Maputo, cidade de Maputo
IV. Descrição
Foi fundado a 9 de Julho de 1913 com a
designação de Museu provincial pelo
capitão Alberto Graça professor no liceu 5
de Outubro (actual Josina Machel). Em
Dezembro de 1916, por decisão do
Governador Dr. Alvaro de Castro, o Museu
e transferido para a Vila Joia. Em 1928 foi
anexado ao liceu 5 de Outubro. Em 1932
passou a chamar-se Museu Dr. Alvaro de
Castro altura em que foi transferido para o
edifício em que actualmente se encontra. A
partir de 1957 ficou dependente dos
serviços de Instrução Pública. Um ano mais
tarde passou a ser subordinado ao Instituto
de Investigação Cientifica de Moçambique.
Em 1963 foi construida uma nova ala
destinada a gabinete de trabalho, biblioteca
e laboratórios, graças ao apoio da fundação

132 Lei n 10/88, 22/12


Departamento de Museus, DNPC

123
Gulbenkian. A partir de 1975 o Museu
passou a chamar-se Museu de Historia
Natural e dependente da Universidade
Eduardo Mondlane. Beneficiou,
recentemente, de reabilitação.

V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Arquitectónico: (4)
Complementares
Exemplaridade: (3)

Baixa de Maputo 133


I. Categoria: Conjunto

II. Registo e inventário


Nº de Registo: 37
Nº de Inventário: 124
III. Localização:
Maputo. Cidade de Maputo;
Baixa de Maputo IV. Descrição
Situada entre o centro da cidade e seu
porto, quase passa desapercebida. O seu
desenvolvimento da então Lourenço-
Marques, hoje Maputo, é o mais notável
exemplo de entre todas as cidades ex-
colónias portuguesas. Inicialmente tinha
apenas uma casa de madeira, além da
feitoria, e em 1844 19 casas de madeira e
127 palhotas. Dez anos mais tarde possuia
duas casas de alvenaria. Em 1887, ano da
sua elevação à categoria de cidade, já
possuia 100 casas de alvenaria. Em 1912
existiam já 2 134 casas, das quais 756 eram
de alvenaria. De 1922 a 1933 construíram-
se, destas últimas, mais 981.
V. Critérios
Gerais
Histórico: (2)
Conjunto edificado: (5)

133 Ref. Nº40/DCCM/2002, 4/03/2002.

Lei nº 10/88, 22/12

124
125
ANEXO 1

LISTA DE BENS CULTURAIS IMÓVEIS


PUBLICADOS NO BOLETIM OFICIAL

MONUMENTOS NACIONAIS

Ilha de Moçambique

Desclassifica como praça de guerra a Fortaleza de S. Sebastião de Moçambique, e manda


que seja considerada monumento nacional.
pp 665, 15 de Março de 1924; BO, 1ª . série, p. 58

Ilha do Ibo

Classifica como monumento histórico todo o núcleo urbano da Ilha do Ibo, com excepção da
zona ocupada por construções sem carácter permanente que a respectiva Comissão Municipal
delimitar.
pp 16:429, 14 de Outubro de 1962; BO nº 41, 2º . supl. , 1ª Série, p. 1621.

Maputo

Proclama monumento nacional o edifício da antiga Residência do Governo, propriedade do


Estado, situado em L. Marques, no gaveto da Praça 7 de Março para a Rua Consiglieri Pedroso.
Transfere para a Câmara Municipal de Lourenço Marques a propriedade do referido edifício para
nele se instalar o Museu da Cidade.
pp 17:685, 8 de Abril de 1964, P. 478.

Mossuril

Proclama relíquia histórica da Província o imóvel onde habitou o major Neutel de Abreu, situado
no posto-sede do Conselho do Mossuril, junto à estrada Mossuri-Praia da Chocas.
p 91/71, 13 de Fevereiro de 1971; BO 19, p. 261.

Forte de Muchelia

Proclama como imóvel de interesse público o edifício sito no gaveto da Avenida da República
com a Rua da Imprensa, em Lourenço Marques, a fim de nele se instalar o Museu da Moeda.
Portaria 962/72, de 7 de Novembro de 1972; BO 129, 1ª. série, p. 1654.

MECÚFI (CABO DELGADO)

126
Proclama como imóvel de interesse público o amuralhado de Gomene, sito na circunscrição de
Mecúfi, junto à praia.
Portaria 544/72, de 16 de Maio de 1972; BO 58, 1ª . série, p. 911

MONUMENTOS E RELÍQUIAS HISTÓRICAS

Chibuto

Fortim
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª . série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Ilha de Moçambique

Forte de S, Lourenço, no Ilheu de S. Lourenço


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº , 14, 1ª . série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Fortim de S. António
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª . série, de 3 de Abril de 1943, p. 104

Igreja da Misericórdia
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº . 14, 1ª . série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Igreja da Nossa Senhora da Saúde


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº . 14, 1ª . série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Palácio de S. Paulo
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de1943, p. 104

Praça de S. Sebastião de Moçambique, compreendendo as obras exteriores e a Capela de Nossa


Senhora do Baluarte
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº . 14, 1ª. série, 3 de Abrilde 1943, p. 104

Ilha do Ibo

Fortim de S. José
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Fortim de Santo António


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª . série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Igreja de S. João Baptista


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Praça de S. João Baptista


PP 5:o93, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p.104

127
Ilha Quirimba

Igreja de S. Luís Gonzaga, na Ilha de Quirimba.


PP 17:786, 9 de Maio de 1964; BO 19, 1ª. Série, 9 de Maio de 1964, p. 607

Inhambane

As ruínas do Presídio de Stº. Catarina, nas Ilhas do Bazaruto.


PP 13:346, 19 de Junho de 1959; BO nº . 38, 1ª. Série, 19 de Setembro de 1959, p. 880

As ruínas do zimbaué de Muabeza, na circunscrição de Vilanculos, distrito de Inhambane.


PP 13:518, 21 de Novembro de 1959; BO 47, 1ª. série, 21 de Novembro de 1959, p. 548.
Nova publicação, rectificada: BO nº . 22, 1ª. Série, 28 de Maio de1960.

Manica e Sofala

Embondeiro de Livingstone que se encontra situado na área do posto administrativo da Chirimba,


circunscrição de Chemba, distrito de Manica e Sofala.
PP 13:839, 5 de Março de 1960; BO 10, 1ª. Série, 5 de Março de 1960, p. 236

Forte de Macequece
PP 7:134, 12 de Dezembro de 1947; BO 50, 1ª. Série, 12 de Dezembro de 1947, p. 560

Forte de Muza
PP 12:023, 29 de Junho de 1957; BO 26, 1ª. Série, 29 de Junho de 1957, p. 557

Maputo

O local onde foi implantado o edifício-sede do Instituto Goano de L. Marques, actual Associação
Indo-Portuguesa, e relíquia histórica a pedra fundamental do referido instituto.
PP 17:787, 9 de Maio de 1964; BO nº 19, 1ª. Série, 9 de Maio de 1964, p. 607

Praça da Nossa Senhora da Conceição


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Massangano

Forte Princesa D. Amélia


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Restos da aringa de Massangano


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº . 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p.104

Matibane

Reduto da Matibane
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

128
Milange

Forte de Milange
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, de Abril de 1943, p. 104

Muchelia

Forte de Muchelia, no distrito de Mussuril


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, de 3 de Abril de 1943, p.104

Nampula

Igreja de Nossa Senhora da Conceição (Mossuril)


PP 17:786, de 9 de Maio de 1964; BO nº. 19, 1ª. Série, 9 de Maio de 1964, p. 607

Igreja de Nossa Senhora dos Remédios, na Cabaceira Grande (Mossuril)


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO nº. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Instituto Leão XIII (Mossuril)


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n°. 14, 1ª. Série, de 3 de Abril de 1943,p. 104

Palácio da Cabaceira (Mossuril)


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n° 14, 1ª. Série, de 3 de Abril de 1943, p. 104

Restos da muralha da fortificação da S. José do Mossuril


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n°. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p.104

Pemba

Reduto de Pemba, conhecido Fortim de Jerónimo Romero


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943, BO n°. 14. 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Quelimane

Igreja de Nossa Senhora do Livramento


PP 5: 093, de 3 Abril de 1943; BO n°. 14, 1ª. Série, de 3 de Abril, p. 104

As pinturas em tela existentes na antiga Capela da Missão de Nossa Senhora do Livramento, da


cidade de Quelimane.
PP 7:484, de 6 de Setembro de 1948; BO 36, 1ª. Série, supl., 6 de Setembro de 1948, p. 487

Quissanga

Quartel fortificado
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n°. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Sena

Porta e restos da fortaleza de S. Marçal de Sena

129
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n°. 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Tambara

Fortim Rainha D. Amelia


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n° 14, 1ª série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Tete

Forte de D. Luis 1
PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n°. 14, 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104

Igreja de S. José de Boroma


PP 5:981, 31 de Março de 1945; BO 13, 1ª. Série, 31 de Março, p. 125.

Igreja de S. Pedro Cláver de Miruro, da circunscrição do Zumbo, e os Fortes do Zumbo e


Cachomba.
Pp 12:024 e 12:025, 29 de Junho de 1957: BO 26, 1ª. Série, 29 de Junho de 1957, p. 557

Praça de S. Tiago Maior de Tete


PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n° 14, 1ª série, 3 de Abril de 1943, p. 104

RELÍQUIAS HISTÓRICAS

Pedra de armas reais portugueses, depositada na Comissão Municipal de Moçambique

Pedra tumular lavrada, depositada na Comissão Municipal de Moçambique

Pedra da Praça de S. Tiago Maior de Tete, depositada na Junta Local de Tete, com a inscrição:
Sendo Govor dos Rios de Senna António Manoel de Mello e Castro mandou fazer estes
armazens e quarteis no ano de 1785.

Pedra da Praça de S. Tiago Maior de Tete, depositada na Junta Local de Tete, com a inscrição:
Na era de 1686 se alevantou este bal(u)arte da en(v)ocasão de S. Tiago.

PP 5:093, de 3 de Abril de 1943; BO n°. 14 1ª. Série, 3 de Abril de 1943, p. 104.

IMÓVEIS DE INTERESSE PÚBLICO

BEIRA

Proclama como imóvel de interesse público a torre da Igreja de S. João Baptista do Maquinino,
nna cidade da Beira, junto ao bairro residenncial dos caninhos de ferro.
Portaria 544/72, de 16 de Maio de 1972; BO 58, 1ª. Série, p. 911.

130
ILHA DE MOÇAMBIQUE

Classifica como imóvel de inyteresse público todo o núcleo urbano da Ilha de Moçambique, com
excepção da zona ocupada por construções sem carácter permanente que a respectiva Câmara
Municipal delimitar.
PM 15:366, de 3 de Maio de 1955; BO 22, 1ª. Série, de 28 de Maio de 1955, p. 340

MAPUTO

Proclama como imóvel de interesse público o prédio conhecido por Casa de Ferro, para que nele
se instale o Museu Geográfico de Moçambique.
Portaria 383/72, de 11 de Abril de 1072; BO 43, 1ª. Série, p. 672.

Proclama como imóvel de interesse público o edifício conhecido por Ila Jóia, sito na Avenida
Augusto de Castilho, em Lourenço Marques.
Portaria 384/72, de 11 de Abril de 1972; BO 43 1ª série, p. 672.

Proclama como imóvel de interesse público a mesquita sita na Rua Salazar, em Lourenço
Marques.
Portaria 385/72, de 11 de Abril de 1972; BO 43, 1ª Série, p. 672.

Proclama como imóvel de intresse público o edifício onde presentemente funciona o Tribunal
Civel e Criminal de Lourenço Marques e que foi a primeira Câmara Municipal da cidade de 1901
a 1947.
Portaria 625/72, de 17 de Junho de 1972; BO 70, 1ª série, p. 1067.

Proclama como imóvel de interesse público o edifício do Hotel Clube de Lourenço Marques.
Portaria 626/72, de 17 de Junho de 1972; BO 70, 1ª série, p. 1067.

Proclama como imóvel de interesse público o parque onde se situa o Palácio da Ponta Vermelha
e o conjunto de imóveis que constituem a Resid^encia do Governo-Geral e onde funciona a
Repartição de Gabinete e serviços superiores afins.
Portaria 924/72, de 24 de Outubro de 1972; BO 123, 1ª série p. 1608- Rectificação BO 140, 1ª série, p. 1773.

131
ANEXO 2

LISTA DAS ESTAÇÕES ARQUEOLÓGICAS

DA PROVÍNCIA DE NAMPULA

Leonardo Adamowicz

COORDENADAS
ESTAÇÃO TIPO DA
ARQUEOLÓGICA CODIGO LATITUDE LONGITUDE DISTRITO ESTAÇÃO ACHADOS INVESTIGADOR/PROJECTO
RIO LURIO 1339Db01 13º40'15'' 39º51'20'' Namapa aberta CF P.S.78/L. Adamowicz/CIPRIANA83
NAMAPA 1 1339Db02 13º42'24'' 39º49'10'' Namapa aberta C L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAMAPA 2 1339Db03 13º44'56'' 39º49'45'' Namapa aberta CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
RIANE 1 1340Ca01 13º43'18'' 40º09'05'' Memba gruta/abrigo CMChBSFRp L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
RIANE 2 1340Ca02 13º44'22'' 40º09'08'' Memba gruta CM L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
F.DE LURIO 1340Da01 13º31'48'' 40º30'55'' Memba aberta CBS R.T.Duarte 1983
OKURRINE 1437Dd01 14º51'22'' 37º47'37'' Ribaué gruta/abrigo CMRpK L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
SAUA 1438Cc01 14º58'10'' 38º14'25'' Ribaué aberta CMF L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
RIBAUE 1 1438Cd01 14º54'40'' 38º19'45'' Ribaué aberta M L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
RIBAUE 2 1438Cd02 14º52'15'' 38º18'15'' Ribaué gruta/abrigo CMFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
XAKOTA 1438Db01 14º35'08'' 38º49'25'' Mecuburi gruta/abrigo CB L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
TOTOTO 1 1438Db02 14º43'35'' 38º55'25'' Mecuburi gruta/abrigo CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
TOTOTO 2 1438Db03 14º43'00'' 38º56'22'' Mecuburi gruta/abrigo CBK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
TOTOTO 3 1438Db04 14º44'40'' 38º55'25'' Mecuburi gruta/abrigo CFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982

132
TAYIA 1438Db05 14º38'15'' 38º51'05'' Mecuburi gruta/abrigo CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
MUITE 1439Aa01 14º02'15'' 39º02'25'' Mecuburi aberta CBK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1983
MERRIPA 2 1439Aa02 14º07'40'' 39º13'25'' Mecuburi gruta/abrigo CRp L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1984
MITEBO 1439Aa03 14º08'15'' 39º13'25'' Mecuburi montanha CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MAADJA 1 1439Ad01 14º21'40'' 39º21'25'' Mecuburi gruta/abrigo CMFK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MAADJA 2 1439Ad02 14º21'08'' 39º21'25'' Mecuburi gruta/abrigo CF L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MAADJA 3 1439Ad03 14º21'35'' 39º21'25'' Mecuburi aberta CBK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MEPIME 1439Bb01 14º10'40'' 39º48'25'' Mecuburi aberta CMFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
CAPULA 1439Bb02 14º11'15'' 39º54'25'' Mecuburi aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAIVI 1439Bb03 14º13'40'' 39º51'25'' Mecuburi gruta/abrigo CMK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAKAROA 1439Bd01 14º23'35'' 39º55'25'' Erati aberta CMF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
TIPUI 1439Ca01 14º40'00'' 39º03'25'' Muecati aberta CB L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MWALEA 1439Ca02 14º45'40'' 39º19'28'' Muecati aberta CB L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MIKOTANE 1439Ca03 14º44'08'' 39º09'55'' Muecati gruta CMF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NIPALA 1 1439Cb01 14º37'15'' 39º22'15'' Muecati gruta CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NIPALA 2 1439Cb02 14º37'15'' 39º22'25'' Muecati aberta CFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NIPALA 3 1439Cb03 14º37'40'' 39º22'20'' Muecati gruta/abrigo CMK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NIPALA 4 1439Cb04 14º37'35'' 39º22'11'' Muecati gruta/abrigo CMK L. Adamowicz/CIPRIANA1983/84
GIRAKO 1439Cb05 14º34'40'' 39º22'30'' Muecati montanha CFFuK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MEKUMA 1439Cd01 14º53'40'' 39º26'14'' Muecati montanha CFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MITAMANE 1439Cd02 14º47'15'' 39º21'30'' Muecati gruta/abrigo CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAKWAHO 1 1439Dd01 14º58'15'' 39º46'40'' Meconta gruta/abrigo CMChRpK L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
NAKWAHO 2 1439Dd02 14º58'40'' 39º46'14'' Meconta gruta/abrigo C L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
NAKWAHO 3 1439Dd03 14º58'35'' 39º46'30'' Meconta gruta/abrigo C L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
NAMIRUTO 1439Dd04 14º56'40'' 39º49'25'' Meconta gruta/abrigo CScK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAMIALO 5 1439Dd05 14º53'08'' 39º59'40'' Monapo montanha CMFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1985
TIKINIYA 1440Aa01 14º17'15'' 40º11'14'' Erati aberta CFScK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MARIEPULA 1440Aa02 14º00'40'' 40º06'30'' Erati aberta CFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983

133
MATANO 1440Aa03 14º04'35'' 40º11'25'' Erati montanha C L. Adamowicz/CIPRIANA/CIAC 1985
TAWARIA 1440Aa04 14º04'40'' 40º14'30'' Erati aberta CK L. Adamowicz/CIAC/R 1984
ELEPA 1440Aa05 14º04'08'' 40º08'30'' Erati montanha CF L. Adamowicz/CIAC/R 1984
RUTULA 1440Aa06 14º08'40'' 40º03'40'' Erati montanha CF L. Adamowicz/CIAC/R 1985
MERRIPA 1440Aa07 14º14º'15'' 40º12'14'' Erati montanha CMF L. Adamowicz/CIAC/R 1985
OMAR 1440Ab01 14º04'15'' 40º24'25'' Nacala aberta CFK L. Adamowicz/CIAC/R 1985
OMAR-MESA 1440Ab02 14º04'40'' 40º24'30'' Nacala montanha CMF L. Adamowicz/CIAC/R 1985
TIKHIWA 1440Ab03 14º03'35'' 40º25'14'' Nacala aberta C L. Adamowicz/CIAC/R 1985
NHAAMA/ROGES 1440Ab04 14º13'40'' 40º27'14'' Nacala aberta CF L. Adamowicz/CIAC/R 1985
MERRIMA 1440Ab05 14º13'08'' 40º24'30'' Nacala aberta CBK L. Adamowicz/CIAC/R 1985
MAXERRE 1440Ac01 14º21'15'' 40º12'40'' Nacala montanha CK L. Adamowicz/CIAC/R 1984
NETETA 1440Ac02 14º25'08'' 40º02'25'' Nacala gruta/abrigo CMK L. Adamowicz/CIAC/R 1984
NACALA PRAIA 1440Bc01 14º28'35'' 40º42'14'' Nacala aberta CS L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAMIALO 1 1440Cc01 14º52'40'' 40º01'40'' Monapo aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAMIALO 2 1440Cc02 14º52'15'' 40º00'30'' Monapo aberta CMTChFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
NAMIALO 3 1440Cc03 14º52'08'' 40º00'30'' Monapo aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAMIALO 4 1440Cc04 14º51'15'' 40º00'14'' Monapo aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MEPULA 1440Da01 14º44'40'' 40º42'25'' Nacala aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
NAKUROPA 1440Da02 14º42'15'' 40º42'40'' Nacala aberta CF L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
SOMANA 1440Da02 14º40'40'' 40º42'30'' Nacala aberta CSw R.T.Duarte 1982/83
MAKONE 1440Da03 14º31'15'' 40º40'25'' Nacala aberta CBK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MINHAWUINE 1440Db01 14º31'15'' 40º49'30'' Nacala aberta CF L. Adamowicz/CIAC/R 1985
BONGA 1440Db02 14º35'15'' 40º46'40'' Nacala aberta CK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
USSENE 1440Db03 14º38'15'' 40º46'30'' Mossuril aberta CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1985
JANGA 1440Db04 14º37'15'' 40º48'14'' Mossuril aberta CFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1985
SANHUTE-MESA 1440Dc01 14º46'40'' 40º39'25'' Mossuril aberta FFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1985
PT.XICOMA 1440Dd01 14º52'15'' 40º45'30'' Mossuril aberta CK L. Adamowicz/CIAC/R 1985
MUSE 1 1537Bb01 15º05'15'' 37º49'40'' Ribaué gruta/abrigo CMChRpSc L. Adamowicz/CIPRIANA 1981

134
MUSE 2 1537Bb02 15º05'15'' 37º49'30'' Ribaué gruta/abrigo CMCHRPSc L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
MUSE 3 1537Bb03 15º05'15'' 37º49'25'' Ribaué gruta/abrigo CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
WAHALA 1538Bc01 15º26'40'' 38º44'30'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1978
MURRALA 1538Bc02 15º25'35'' 38º56'40'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1978
MARRAKUMA 1538Bc02 15º18'40'' 38º05'30'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1978
XIKWAKWA 1538Bd01 15º21'08'' 38º58'25'' Murrupula aberta C P.Sinclair 1978
NHAKHUWA 1538Bd02 15º25'40'' 38º56'30'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1978
NAPOLENE 1538Bd03 15º21'15'' 38º51'40'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1978
NABURI 1538Bd04 15º21'00'' 38º51'30'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1978
XIPETHIA 1538Bd05 15º23'40'' 38º46'14'' Murrupula aberta CK P.Sinclair 1979
MARERE 1539Aa01 15º08'35'' 39º18'25'' Murrupula aberta CK P.S.78/L. Adamowicz/CIPRIANA1984
NAMBOTO 1539Aa02 15º08'40'' 39º12'30'' Nampula montanha CFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1984
MIKHUWA 1539Aa03 15º11'08'' 39º08'40'' Nampula aberta CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1984
MURRAPANIWA 1 1539Aa04 15º06'30'' 39º14'46'' Nampula aberta CChBFG L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MUTAWANIA 1 1539Aa05 15º06'36'' 39º14'17'' Nampula aberta CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1985
MURRAPANIWA 2 1539Aa06 15º06'15'' 39º14'30'' Nampula aberta CBFK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MURRAPANIWA 3 1539Aa07 15º05'00'' 39º13'40'' Nampula aberta CK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MURRAPANIWA 4 1539Aa08 15º05'40'' 39º12'30'' Nampula aberta CK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
MUTAWANIA 2 1539Aa09 15º14'15'' 39º08'25'' Nampula aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1988
FERREIRA 1539Aa10 15º00'40'' 39º00'30'' Nampula aberta CFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1991
RAPPALE 1 1539Aa11 15º00'08'' 39º00'40'' Nampula montanha CMFRp L. Adamowicz/CIPRIANA 1992
RAPPALE 2 1539Aa12 15º00'40'' 39º00'30'' Nampula aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1992
MUHEKANE 1539Ab01 15º09'35'' 39º21'25'' Nampula aberta CChFFu P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
NAMPULA 1 1539Ab02 15º06'40'' 39º17'30'' Nampula aberta CF L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
KARROPEIA 1539Ab03 15º07'15'' 39º15'25'' Nampula aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1984
BARRAGEM 1539Ab04 15º02'40'' 39º19'40'' Nampula aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1984
MAKOHER 1539Ab05 15º02'35'' 39º19'14'' Nampula montanha CFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1984
NAMIKOPO 1 1539Ab06 15º07'40'' 39º16'14'' Nampula aberta CFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1985

135
NAMIKOPO 2 1539Ab07 15º08'35'' 39º17'25'' Nampula aberta CBK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
KARROPEIA 1539Ab08 15º05'40'' 39º18'30'' Nampula aberta CFK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
KARROPEIA 1539Ab09 15º04'15'' 39º19'14'' Nampula aberta CFBK L. Adamowicz/CIAC/CIPRIANA1985
KAVARRO 1539Ab10 15º03'40'' 39º21'14'' Nampula aberta CChFFuK L. Adamowicz/CIPRIANA 1988
NAMPULA 2 1539Ab11 15º16'35'' 39º07'25'' Nampula aberta CChFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1988
MAHIVIRI 1539Ab12 15º16'40'' 39º08'30'' Nampula aberta CMFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1988
NAMELEPIWA 1539Bb01 15º08'15'' 39º54'25'' Monapo gruta/abrigo CFRp L. Adamowicz/CIPRIANA 1981
CORRANE 1539Bc01 15º28'15'' 39º37'30'' Monapo aberta C L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
LUMBO 1 1540Ba01 15º01'40'' 40º40'25'' Mossuril costa oceanica CK R.T.D.77/P.S.78
LUMBO 2 1540Ba02 15º01'35'' 40º39'30'' Mossuril costa oceanica CK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
LUMBO 3 1540Ba03 15º02'40'' 40º41'14'' Mossuril costa oceanica CShK P.Sinclair 1978
I.MOÇAMBQUE 1540Ba04 15º02'40'' 40º44'14'' Mossuril costa oceanica CBSK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
SANCUL 1 1540Ba05 15º03'40'' 40º41'25'' Mossuril costa oceanica CSK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
SANCUL 2 1540Ba06 15º04'15'' 40º41'30'' Mossuril costa oceanica CSK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
SANCUL 3 1540Ba07 15º05'35'' 40º42'30'' Mossuril costa oceanica CK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
SANCUL 4 1540Ba08 15º05'40'' 40º41'40'' Mossuril costa oceanica CSK P.Sinclair 1978
SANCUL 5 1540Ba09 15º05'35'' 40º34'25'' Mossuril costa oceanica CSK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz
MWAKONE 1540Ba10 15º07'00'' 40º34'30'' Mossuril montanha CMChSFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
XOKAS 1540Ba11 15º07'40'' 40º33'25'' Mossuril costa oceanica CSFK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
ARMAZIA 1540Ba12 15º07'15'' 40º33'30'' Mossuril costa oceanica CChBSPK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
MONTEPUEZ 1540Ba13 15º07'40'' 40º33'14'' Mossuril costa oceanica CSK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MUKAJUNI 1540Ba14 15º07'35'' 40º32'25'' Mossuril costa oceanica CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
OJAWA 1540Ba15 15º07'40'' 40º32'30'' Mossuril costa oceanica CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
MWANONA 1540Ba16 15º07'40'' 40º31'14'' Mossuril costa oceanica C L. Adamowicz/CIPRIANA 1983
LUNGA 1 1540Ba17 15º10'15'' 40º30'14'' Mossuril costa oceanica CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
LUNGA 1540Ba18 15º10'00'' 40º30'30'' Mossuril costa oceanica CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
CABECEIRA G 1540Bb01 15º00'40'' 40º46'14'' Mossuril aberta CSK P. Sinclair 1978, L. Adamowicz
CABECEIRA P 1540Bb02 15º01'15'' 40º47'14'' Mossuril aberta CSK P.Sinclair 1978, L. Adamowicz

136
ATIBO 1540Ca01 15º35'40'' 40º12'40'' Mogincual aberta CFFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
MURRIOZE 1540Ca02 15º41'35'' 40º03'30'' Mogincual aberta FFu L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
QUINGA 1540Cc01 15º50'00'' 40º14'30'' Mogincual aberta CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
ANGOCHE 1 1639Bb01 16º15'15'' 39º54'30'' Angoche costa oceanica CChBK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982
ANGOCHE 2 1639Bb02 16º15'40'' 39º54'40'' Anchoche montanha CK L. Adamowicz/CIPRIANA 1982

Dados actualizados em 1 de Janeiro de 2003


ABREVIAÇÕES:
CIPRIANA= nome do Projecto realizado por Leonardo Adamowicz na Província de Nampula desde 1981 ("Campanha de
Implementacao de Projecto de Investigacao arqueo-antropologica na Provincia de Nampula). Em 1988 foram incluidas
Província de Niassa e Cabo Delgado (CIPRIANA III). CIAN = Laboratório Arqueológico em Nampula criado pela Brigada
Arqueológica CIPRIANA em 1982 e Centro da Investigação Arqueologica, DAA/UEM, Nampula, C. P. 520.
CIAC = Circulo de Interesse de Arqueologia por Correspondência criado pela B. A. "CIPRIANA" em 1983 para jovens
amadores que dusrante as suas ferias ajudavam nas escavações arqueologicas. S.J. =Iniciais dos investigadores ou Projecto: R.J.
Santos Junior; P.S. = Paul Sinclair; R.T.D. = Ricadro T. Duarte + ano; Em "ACHADOS": C=ceramica; M=microlitos;
L=instrumentos liticos; Ch=carvão; B=ossos; S=caracois ou moluscos; F=ferro; Rp=pinturas rupestres; Fu=fornos; Sc=lugares
sagrados; Sw=amuralhados; G=tumolos; P=pollen; K=missang

137
138
ANEXO 3

REGISTO FOTOGRÁFICO DO CONJUNTO URBANO DE MANICA

Félix Muchaibane

Administração distrital
Museu de Geologia e Minas

Igreja Católica de Macequevce


Casa Branca ( ex-residência do Governador de
Manica e Sofala)

Primeira residência Policial


Antiga Alfândega longo da estrada nacional nº 6

Escola primária EP1 Khokhorose (hotel)

139
Conjunto Urbano da Cidade de Manica Clube de Manica

Canhão da Luta Armada - Praça da Independência

Igreja Católica de Jécua

Praça da Independência

FUNDAÇÃO DA CIDADE DE MANICA

Este depoimento é do Senhor José Simbe Muromomonde, nascido em 1915 com 83 anos de idade. Reside
no bairro Vhumba, Distrito de Manica, Província do mesmo nome.

Senhor José Simbe Muromomonde

140
Os primeiros imigrantes de raça branca foram os Portugueses que se fixaram em Mutambariko no Forte
de Macequece. Este forte, curiosamente, tem o nome de uma árvore local (Musekesi). Ao se fixarem no
local, estes imigrantes construiram uma linha férrea que dava acesso à Rhodésia do Sul (Zimbabwe). Lá
construiram uma casa de madeira e zinco onde se encontra a actual estação dos Correios Distritais de
Manica. Posteriormente construiram também uma Missão Católica no actual edifício da Direcção
Distrital da Educação, local onde estudou o ex. Ministro da Educação, Dr. Aniceto dos Muchangos.

Precisamente no local onde se encontra o actual quartel construiram o quartel que desempenhava a
função de cadeia. Mais tarde, construiram o Hospital com material local e ainda o edifício de Geologia e
Minas que dispunha de máquina para a selecção do minério de ouro vindo de Macequece, que servia para
produzir moedas.

Outras construções realizadas pelos portugueses foram:


Hotel Manica onde se hospedavam os Ingleses, vindos da Rhodésia do Sul. As Alfândegas ao lado do
Apiadeiro ( estação de comboio). Um armazém ao lado das Alfândegas e o edifício das
Telecomunicações de Macequece, sendo alargada a sua distribuição ao longo da linha ferréa para a
Rhodésia do Sul. Os habitantes de Manica passaram muito tempo sem electricidade, até que montaram
um gerador em Nhamukwarara que deu acesso à energia eléctrica que mais tarde veio abastecer a Vila de
Macequece. O mestre que controlava o gerador chamava-se Misto Kotriano.

Antes da construção do actual Clube de Manica, os dirigentes devertiam-se numa casa que tinham
construído ao lado do Quartel. Depois, construiram um Posto Administrativo onde o pavimento era em
madeira que quando pisado produzia um som característico que permitia chamar a atenção dos
Portugueses de modo a identificar se era uma pessoa de raça branca ou negra. Quando era de raça negra
logo era expulso do local.

Mais tarde apareceu um Português chamado Simões, conhecido por Khokhorose, que mandou construir
um Hotel para Portugueses.

Após isso, apareceu Manuel Reis que abriu uma grande quinta de laranjeiras ao longo do caminho para
Penyalonga e instalou uma fábrica de refrigerantes no terreno onde se encontra o actual edifício da
agricultura. Mais tarde Manuel Reis foi a Lisboa e deixou a quinta e a moagem com o seu amigo
Almeida.

Entretanto, a vila de Macequece passou a ter estatuto da cidade quando apareceram indivíduos de nomes,
Duda, Ossumano, Chande, etc. O Português chamado Mugudaguda construíu o actual Clube e Piscina
com o apoio dos presos.

Algum tempo depois, começou a construção de estradas, a partir do troço do Khokhorose. Este trabalho
foi executado através de métodos tradicionais sob direcção de um capataz de nome Katema.

Os polícias moravam e continuam a morar numa casa isolada à saída da cidade em direcção à
Machipanda. Um polícia de raça branca habitava nesse edifício e era dali que comandava os sipaios e
dirigia as operações de mandato de captura.

Na actual administração havia uma casa onde eram resolvidos vários problemas. No local onde se
encontra o actual Museu de Geologia e Minas havia uma casa onde se tratava dos Bilhetes de Identidade
que na altura se colocavam à volta do pescoço. Na construção das casas utilizava-se material tradicional
(tijolo burro) feito ao lado do hospital e estas eram cobertas em chapas de zinco importadas da Rhodésia
do Sul. As ripas para a construção das asnas eram feitas de madeira de uma àrvore muito resistente
chamada Muonya.

141
Algum tempo depois, construiram a estrada que dá acesso à ponte com direcção à Rhodésia do Sul,
escolhendo sítios acessíveis e planos para evitarem despesas.

Mutambariko, Manuel Reis, Simões, Cardoso, Velali e Muphuku criaram quintas onde cultivavam milho.
Mais tarde apareceu um Mubunu (Boer) que se fixou em Chimedza onde se dedicava à produção de
milho transportando-o através da tracção animal durante três dias até Chimoio, o local da sua venda.
Viajavam de Macequece para Mandikisse antes de se construirem casas.

A primeira missão católica foi criada em Machipanda pelo Padre Vieira. Depois criaram-se outras
missões católicas como Nachita (Chadzuka), Mukudo (Pinyalonga) e Pakorone (ao longo da estrada para
Nyalonga).

Na igreja que se localiza ao lado da Casa Branca participavam na Missa apenas indivíduos de de raça
branca, enquanto que os de raça negra participavam na missão de Jécua. O padre Italiano é que construiu
a missão de Jécua.

O Governador quando se ausentava da Beira residia e realizava as reuniões na Casa Branca. A actual
Praça da Independência era antigamente um jardim onde havia apenas uma torneira.

Chimoio, aos 12 de Agosto de 1999

Depoimento recolhido por Félix Muchaibande e Sérgio da Silva

Mandikisse (actual Chimoio)

142
ANEXO 4

NORMAS PROVISÓRIAS PARA CONSERVAÇÃO E CRITÉRIOS DE


CLASSIFICAÇÃO DE MONUMENTOS, CONJUNTOS E SITIOS

Solange Laura Macamo

Capítulo I
Disposições gerais
Artigo 1.º
Definições

Sem prejuízo dos enunciados no artigo 3 da Lei nº 10/88, de 22 de Dezembro (Lei de


Protecção do Património Cultural), para efeitos das presentes normas adoptam-se as seguintes
definições:

a. Bens culturaias imóveis: são monumentos, conjuntos, locais ou sítios e elementos


naturais protegidos por lei;
b. Conjuntos: são agrupamentos arquitectónicos urbanos ou rurais de suficiente coesão, de
modo a poderem ser delimitados geográficamente e notáveis simultaneamente, pela sua
unidade ou integração na paisagem e pelo seu interesse histórico, arqueológico,
artístico, científico ou social;
c. Elementos naturais: são as formações físicas e biológicas do meio ambiente que
tenham particular interesse do ponto de vista estético ou científico. São ainda elementos
naturais:
 As formações geológicas e fisiográficas e áreas que constituam o habitat de
espécies ameaçadas de animais ou plantas de grande valor do ponto de vista da
ciência ou da conservação da natureza;
 As áreas delimitadas de reconhecido valor sob o ponto de vista da ciência ou
da conservação da natureza, nomeadamente parques e reservas.
d. Inventariação: é o levantamento sistemático, actualizado e tendencialmente exaustivo
dos bens culturais imóveis existentes a nível nacional, com vista a respectiva
identificação;
e. Locais ou sítios: são obras do homem ou obras combinadas do homem e da natureza e
as áreas confinadas de reconhecido interesse arqueológico, histórico, estético, etnológico
ou antropológico;
f. Medidas Cautelares: são todas as acções e procedimentos técnicos e administrativos
que têm em vista a preservação da integridade física dos monumentos, conjuntos e
sítios;
g. Monumentos: são estruturas, construções ou obras de arquitectura, com posições
importantes ou criações mais modestas, notáveis pelo seu interesse histórico,
arqueológico, artístico, científico, técnico ou social, incluindo as instalações e os
elementos decorativos que são parte integrante dessas obras, como a escultura e a
pintura monumental;
h. Monumentos memoriais ou comemorativos: são obras simbólicas e artísticas que
descrevem um indivíduo particular ou grupo de indivíduos ou ainda um evento
143
histórico. Constituem monumentos memoriais ou comemorativos as Praças dos Heróis
Moçambicanos, bem como as estátuas de personalidades históricas e outras que sejam
objcto de veneração social;
i. Musealização: é a preservação in situ de valores históricos do passado, que pode
consistir na construção de centros de interpretação de vestígios no seu contexto (factos
do passado em ligação com o seu meio natural, visando a criação de parques
ecomuseológicos), tendo em vista a fruição pública desses valores;
j. Placas de identificação: são marcas ou sinais em bronze, pedra, ou outro tipo de
material aplicável, com escrita e ou sinal contendo indicações que interessam ao
conhecimento público de determinado monumento, conjunto ou sítio;
k. Restauro: é o conjunto de acções muitíssimo especializadas que visam recuperar a
imagem, a concepção original ou o momento áureo da história de um imóvel, no qual a
arquitectura possui coerente totalidade, que vão até a reprodução das condições originais
dos elementos tratados, quer quanto às características dos materiais quer quanto às
técnicas de construção.

Artigo 2.º
Âmbito de Aplicação

As Normas para a Conservação e Critérios de Classificação de Monumentos, Conjuntos e


Sítios (doravante designadas Normas) aplicam-se a todos os bens culturais imóveis, com a
definiçao dada pelo artigo 3o da Lei de Protecção do Património Cultural, sob domínio, quer
público, quer privado, existentes em todo o território moçambicano.

Artigo 3.º
Objectivos

São objectivos das Normas:

a. Redefinir os conceitos relativos aos bens culturais imóveis, nos termos universalmente
aceites;
b. Identificar e inventariar de forma sistemática os bens culturais imóveis existentes no
país;
c. Demonstrar a importância da conservação e classificação de monumentos, conjuntos e
sítios, independentemente do seu tipo, valor (local, provincial, nacional ou universal) ou
período histórico que representam em Moçambique;
d. Garantir a preservação e valorização do património cultural intangível;
e. Valorizar as técnicas tradicionais e o saber popular na conservação de monumentos,
conjuntos e sítios;
f. Estabelecer princípios e prioridades para actuação nas áreas de conservação, restauro,
divulgação, educação e turismo inerentes aos monumentos, conjuntos e sítios;
g. Definir as condições e os requisitos para a classificação e declaração de bens culturais
imóveis cujo valor histórico, arqueológico, arquitectónico, artístico ou natural o
justifique como monumentos, conjuntos ou sítios com especial protecção;
h. Garantir a protecção legal e efectiva de monumentos, conjuntos e sítios, através da sua
publicação no Boletim da República;
i. Divulgar os princípios universais inerentes à conservação de monumentos, conjuntos e
sítios.

144
Artigo 4.º
Fundo de Auto-conservação

1. Para a auto-conservação de monumentos, conjuntos e sítios é necessário que se criem


condições ou mecanismos para que, através do turismo cultural se engendrem fundos
próprios.
2. As visitas aos monumentos, conjuntos e sitios devem ser efectuadas mediante o
pagamento de um valor monetário, afixado no próprio local para conhecimento público.

Artigo 5.º
Sistema de Controlo de visitas

1. As visitas aos monumentos, conjuntos e sítios devem ser realizadas segundo um sistema
de controlo sempre que se trate de expôr ao público um objecto ou bem cultural imóvel
classificado.
2. O sistema de controlo de visitas referido no número anterior tem em vista evitar a
poluição, vibrações ou outros fenómenos que possam afectar a integridade física dos bens
culturais imóveis classificados.

Artigo 6.º
Fiscalização e Inspecção

1. A fiscalização e inspecção das actividades de conservação, restauro ou valorização de


monumentos, conjuntos e sítios é da competência da Inspecção da Cultura.
2. A competência definida no número 1 do presente artigo pressupõe o fornecimento do
inventário de monumentos, conjuntos e sítios, incluindo a sua localização exacta, aos
órgãos de Inspecção central e local da Cultura.
3. O resultado financeiro da actividade de fiscalização que fôr obtido será remetido ao
Fundo de Auto-conservação.

Capítulo II
Princípios fundamentais

Artigo 7.º
Iniciativa de construção de Monumentos Memoriais ou Comemorativos

1. A iniciativa de construção e conservação de monumentos memoriais ou comemorativos


é da responsabilidade dos órgãos proficientes locais do Estado e autárquicos.
2. O disposto no número anterior não exime da responsabilidade as entidades privadas e
particulares Depositárias de bens culturais imóveis assim qualificados.

145
Artigo 8º
Organismos Responsáveis pela Conservação

Único - São responsáveis pela conservação de monumentos, conjuntos e sítios os órgãos


referidos no artigo precedente.

Artigo 9.º
Educação

1. O desenvolvimento do interesse por monumentos, conjuntos e sítios exige o


conhecimento da sua existência pelo público em geral, através, designadamente, dos
mecanismos de divulgação mencionados no artigo 10.º destas normas.
2. A educação da população toma em linha de conta os meios disponíveis, tais como a
família, a escola, o museu, a fixação de panfletos e os meios de comunicação social.
§ 1.º- As escolas desempenham, localmente, um papel preponderante, sobretudo na
população estudantil, através da programação de visitas a monumentos, conjuntos
e sítios.
§ 2.º- Os meios de comunicação social exercem maior influência no seio das populações,
no que diz respeito aos espaços dedicados ao património cultural.

Artigo 10.º
Divulgação e Fruição Pública

A divulgação de monumentos, conjuntos e sítios pressupõe:

a. Publicação no Boletim da República de monumentos, conjuntos e sítios;


b. Coligimento de vestígios de construções antigas e de toda a legislação classificativa do
património cultural moçambicano;
c. Revelação da tecnologia dos contactos culturais e das influências do passado a partir dos
povos vizinhos ou dos mais distantes;
d. Elaboração de cartazes e brochuras sobre monumentos, conjuntos e sítios;
e. Existência de museus que sirvam como centros de interpretação acerca de monumentos,
conjuntos e sítios;
f. Inserção de programas de visitas regulares a monumentos, conjuntos e sítios nos currículos
escolares.
g. Inserção nos programas radiofónicos e televisivos dirigidos em especial ao público infantil,
bem como a criação na página infantil, tanto de jornais como de periódicos, de artigos
educativos, por forma a permitir à criança compreender e respeitar os monumentos,
conjuntos e sítios.

Artigo 11.º
Turismo cultural

Único - A inserção da componente do turismo cultural nos monumentos, conjuntos e sítios tem
como finalidade a fruição pública do património cultural, através da garantia das condições e
infraestruturas necessárias nos respectivos locais.

146
Artigo 12.º
Preservação
Único - A preservação visa garantir a protecção e manutenção da estrutura original do bem
cultural imóvel e a tomada de todas as medidas cautelares possíveis para retardar a sua
deterioração ou alteração.

Artigo 13.º
Manutenção

1. A manutenção visa a protecção contínua do bem cultural imóvel.


2. A manutenção não deve envolver a alteração física do bem cultural imóvel
Artigo 14.º
Conservação

1. A conservação de bens culturais imóveis exige antes de tudo a manutenção permanente


do seu siginificado cultural.
2. A conservação de bens culturais imóveis não pode nem deve alterar as fachadas ou a
decoração dos edifícios.
3. A conservação de bens culturais imóveis classificados deve ter em linha de conta a
preservação das zonas de protecção (previstas no artigo 31.o destas normas).

Artigo 15.º
Restauro

1. O restauro de bens culturais imóveis destina-se a conservar e a revelar os valores


estéticos e históricos destes e baseia-se no respeito pelas substâncias antigas e pela
autenticidade.
2. O restauro é uma operação que deve ter carácter excepcional, sendo precedido e
acompanhado de um estudo arqueológico, e só podendo ser realizado após aprovação
do respectivo projecto pela autoridade competente da área da cultura.
3. Os elementos destinados a ocupar as falhas existentes devem integrar-se
harmoniosamente no contexto, tendo que se distinguir das partes originais, a fim de
que o restauro não falsei o documento de arte e de história.
4. As decisões a tomar no que concerne ao preenchimento de partes em falta devem
basear-se em evidências históricas, como registos de arquivos, tradição oral,
fotografias, desenhos, croquis, plantas e outros meios que as traduzam.
5. Os acréscimos só poderão ser tolerados na medida em que respeitarem todas as partes
interessantes do edifício, sua ambiência tradicional, o equilíbrio de sua composição e
suas relações com o meio circundante.

Artigo 16.º
Reabilitação

147
1. A reabilitação de um bem cultural imóvel visa atribuir-lhe uma nova função, que seja útil
à sociedade, mediante prévia aprovação do respectivo projecto pela autoridade
competente da área da cultura.
2. A reabilitação de um bem cultural imóvel só pode ser admissível quando forem
preservadas as feições significativas do seu valor histórico, arquitectónio e cultural.

Capítulo III
Medidas Cautelares e Placas de Identificação
Secção I
Medidas Cautelares

Artigo 17.º
Formas de Medidas Cautelares

As medidas cautelares assumem duas formas, nomeadamente, de identificação e de protecção:

1. São medidas cautelares de identificação:

a. Inventariação de bens culturais imóveis;


a. Indicação exacta das coordenadas da sua localização;
b. Colocação de placas de identificação.

2. Constituem medidas cautelares de protecção:


a. Reconstrução (entendida como realização de novo, total e parcialmente, de uma
instalação ja existente, no local de implantação ocupada por esta e mantendo, nos
aspectos essenciais, a traça original);
b. Recuperação – adequar, melhorar ou eventualmente adaptar a novos usos as condições
de desempenho funcional de um bem cultural imóvel, admitindo a reorganização do
espaço interior e mantendo o esquema estrutural básico e o aspecto exterior original.
c. Publicação no Boletim da República, a fim de lhes garantir a sua protecção efectiva,
através do instrumento de classificação.
d. Sensibilização do público e dos órgão locais do governo sobre a importância das
medidas cautelares e acções a levar a cabo.

Artigo 18.º
Instituições de Intervenção

Único - São competentes para o estabelecimento das presentes medidas cautelares as seguintes
áreas:
a. Área da cultura, na qualidade de proponente;
b. Área das Obras Públicas;
c. Área da Administração de Estradas;
d. Área do Plano e Finanças do Estado;
e. Área da Geografia e Cadastro;
148
f. Outras entidades ou individualidades propostas por qualquer das estruturas listadas em
a), b), c), d) e e) e aceites por pelo menos três das outras.

Secção II
Placas de Identificação
Artigo 19.º
Identificação de Bens Culturais Imóveis

1. Os bens culturais imóveis devem ter como sinais distintivos Placas fixadas in situ, de
cores variadas, conforme sejam de âmbito central ou local, para a sua clara identificação,
sendo tais sinais, também, estendidos a vias de acesso.
2. A colocação de Placas de identificação de monumentos, conjuntos e sítios envolve as
entidades referidas no artigo 18.º das presentes Normas.
Artigo 20.º
Finalidade das placas

Único - As placas têm como finalidade, facultar a identificação e garantir a localização dos
bens culturais imóveis.

Artigo 21.º
Fixação de Placas

1. As placas serão colocadas nos bens culturais imóveis, ou junto destes, e sempre que
possível e necessário, ao longo das Estradas Nacionais, bem como nas vias secundárias
de acesso;
2. As placas a serem colocadas são executadas segundo o modelo A destas normas.

Artigo 22.º
Prioridade

Único - Para a fixação ou colocação de Placas, conforme previsto no artigo 7 da Lei de


Protecção do Património Cultural, serão priorizados os seguintes bens culturais imóveis:
a. Monumentos e Elementos Arqueológicos;
b. Prédios e edificações erguidas em data anterior ao ano de 1920, ano que marca o fim da
1.ª fase da resistência armada à ocupação colonial e respectivos Núcleos ou Conjuntos
Urbanos existentes em Moçambique;
c. Principais bases operacionais da Frente de Libertação de Moçambique durante a luta
armada de libertação nacional.

149
Título II

CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO

DE MONUMENTOS, CONJUNTOS E SÍTIOS

Capítulo IV
Classificação
Artigo 23.º
Âmbito de Classificação

1. A classificação incide sobre os bens culturais imóveis que pelo seu valor patrimonial
mereçam especial manutenção, conservação e protecção.
2. São de imediato e globalmente classificados os bens culturais imóveis referenciados no
artigo precedente, de acordo com o n.º 2 do artigo 7 da Lei de Protecção do Património
Cultural.
3. A classificação de monumentos memoriais ou comemorativos definidos no artigo 1.º das
presentes normas compete ao Conselho de Ministros nos termos do nº 2 do artigo 7 da
Lei de Protecção do Património cultural.
Artigo 24.º
Categorias Classificativas dos Bens Culturais Imóveis

Único - Para as presentes Normas consideram-se categorias classificativas:


a. Monumentos;
b. Conjuntos ;
c. Sítios ( estações arqueológicas e locais históricos)

Artigo 25 º
Inventariação e Classificação

1. A inventariação deve ser feita com base na pesquisa aturada de fontes documentais e
outras sobre os bens culturais imóveis, de forma a garantir a sua descrição exacta.
2. A inventariação será feita de acordo com o Modelo B de Inventário Nacional de Bens
Culturais Imóveis apresentado nestas Normas.
3. A classificação de um bem cultural imóvel visa distingui-lo pelo seu valor histórico,
cultural ou estético, e garantir a sua conservação e fruição pela comunidade, conferindo-
lhe uma protecção legal e um estatuto privilegiado.
4. A classificação é antecedida pelo processo da inventariação de bens culturais imóveis.

150
Artigo 26.º
Iniciativa de Propositura de Classificação

Único - Podem propôr a classificação de bens culturais imóveis as seguintes entidades e


instituições:
a. Órgãos do Estado a vários níveis;
b. Órgãos autárquicos;
c. Pessoas singulares ou colectivas.

Artigo 27.º
Património Universal

1. A Ilha de Moçambique foi declarada como Património Universal, em Dezembro de 1991,


pela Organização das Nações Unidas Para Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).
2. Compete ao Conselho de Ministros propôr a candidatura de bens culturais imóveis à lista
do Património Universal, observado o teor do artigo 34.º das presentes normas e ainda de
acordo com os critérios da UNESCO.

Artigo 28.º
Fases do Processo de Classificação

As fases do processo de classificação de monumentos, conjuntos e sítios são:

a. Tomada de medidas cautelares, para que se garanta a manutenção do estado útil dos bens
culturais imóveis, no momento da instrução de processos ou a partir do momento em que
se encontre a sua classificação decursiva;
b. Audição dos depositários;
c. Classificação definitiva;
d. Alcançada a fase da classificação referida na alínea precedente, proceder-se-á ao registo
no Tombo do Património Cultural.

Artigo 29.º
Classificação Decursiva

1. Os bens culturais imóveis, em classificação decorrente, não são susceptíveis de


demolição, restauração, alteração nem alienação, senão após a aprovação prévia, pela área
superintendente da área da cultura.
2. Aos bens em vias de classificação é aplicado o artigo 11.º ex. vi do n.º 3 do artigo 7.º
ambos da Lei de Protecção do Património Cultural.

Artigo 30.º
Zonas de Protecção

1. A área envolvente de monumentos, conjuntos e sítios classificados é considerada Zona


de Protecção Total ;

151
2. A zona de protecção prevista no número um do presente artigo é de 50 metros a contar
dos limites exteriores do bem classificado ou em vias de classificação;
3. As zonas de protecção podem incluir áreas non aedificandi, ou seja, áreas onde não é
permitido erguer qualquer construção;
4. Nas zonas de protecção, não podem ser concedidas pelo Conselho Municipal, nem por
outra entidade, licenças para obras de construção e para quaisquer trabalhos que alterem a
topografia e os alinhamentos e, em geral, a distribuição de volumes e coberturas ou
revestimento exterior dos edifícios sem prévio parecer do Conselho Nacional do
Património Cultural e autorização dos órgaos competentes da área da cultura.

Artigo 31.º
Publicação das Classificações

1. A classificação constante da Lei de Protecção do Património Cultural, será concretizada


pelo Conselho de Ministros.
2. A classificação de bens culturais imóveis considera-se definitiva após a sua publicação
em decreto no Boletim da República.

Artigo 32.º
Inamovibilidade de Bens Culturais Móveis
1. Os bens culturais móveis de decoração, pintura ou escultura e outros elementos que
sejam parte integrante de monumentos, conjuntos e sítios são inamovíveis.
2. A sua amovibibilidade só e unicamente tem lugar em casos de lhes ser assegurada a sua
conservação.
Artigo 33.º
Anulação de classificação

Único - A anulação da classificação de bens culturais imóveis compete ao Conselho de


Ministros, ouvido o parecer do Conselho Nacional do Património Cultural, e mediante uma
proposta fundamentada apresentada pelo proponente à autoridade competente da área da cultura.
Capítulo V
Critérios de Classificaçao

Artigo 34.º
Fundamento de Classificação

1. As decisões classificatórias de bens culturais imóveis são fundamentadas com base nos
critérios de autenticidade, qualidade, originalidade e exemplariedade e ou por
constituírem testemunhos documentais de natureza histórica, arquitectónica,
arqueológica, artística, técnica, natural ou social.
2. Os critérios de classificação distinguem-se em gerais e complementares.

 São critérios gerais:


152
a. Arqueológico;
b. Histórico;
c. Artístico;
d. Arquitectónico;
e. Como conjunto edificado;
f. Ambiental;
g. Espiritual;

 Designam-se por critérios complementares:


a. De autenticidade;
b. De integridade;
c. De exemplaridade;

Artigo 35.º
Arqueológico

1. Considera um bem cultural imóvel pelo seu valor contextual, incluindo o conjunto de
bens móveis de interesse arqueológico, paleontológico, antropológico ou geológico,
relacionados com as gerações antepassadas, encontrados por meio de descobertas
fortuitas, prospecções e/ou escavações arqueológicas, bem como os que venham a ser
descobertos ou escavados.
2. O património arqueológico inclui ainda os estudos, registos e resultados de análise
laboratorial ou outros provenientes de prospecções e escavações arqueológicas.
3. Sem detrimento de outros, poderá ser determinada, nos termos do artigo 12.o da Lei de
Protecção do Património Cultural, a tomada de medidas cautelares em estações
arqueológicas, quando verificada qualquer uma das situações seguintes:
a. Quando uma estação arqueológica estiver em perigo de destruição ou necessitar de
protecção;
b. Quando tiver um valor educativo particular devido ao seu conteúdo, localização ou
acessibilidade;
c. Quando tiver importância cultural ou histórica para um determinado grupo de pessoas;
d. Quando tiver importância excepcional.

Artigo 36.º
Histórico

1. Traduz-se pelo estudo e interpretação do bem cultural imóvel efectuado com auxílio de
fontes escritas, incluindo evidências históricas datadas, maioritariamente, através de
artefactos importados (como por exemplo missangas e porcelanas), bem como pelas
fontes orais. Aplica-se ainda em bens que:
a. possuam um importante significado histórico;
b. detenham uma especial simbologia para o país e/ou para as respectivas populações;
c. constituam a memória da fixação humana, das suas actividades artísticas, económicas,
habitacionais, etc..., num espaço e num período considerado;
d. tenham exercido uma influência considerável em determinado período ou região,
independentemente de se inscreverem no passado recente, no tempo médio ou no tempo
longo.
2. Este critério aplica-se ainda a lugares ou mesmo personalidades que marcaram épocas
eventos de destaque ou de mudanças na nossa sociedade.

153
Artigo 37.º
Como Conjunto Edificado

Único - Aplica-se ao grupo de bens culturais imóveis que, devido à sua arquitectura,
homogeneidade ou à sua inserção na paisagem, tenham importância sob o ponto de vista
histórico, artístico ou científico, tais como:

a. As cidades antigas;
b. As zonas antigas das principais cidades.
c. Outros núcleos urbanos antigos.

Artigo 38.º
Ambiental

1. Aplica-se às formações geológicas, físiográficas e outras formações de valor ecológico


reconhecido e ainda às áreas que constituam habitat de espécies de fauna e flora
ameaçadas de extinção, ou de grande valor científico ou económico.
2. São integrados neste critério as extensões de território de valor paisagístico único e de
beleza natural.
Artigo 39º
Artístico
1. Aplica-se às obras de arte implantadas em praças públicas ou concebidas como parte de
arranjos urbanísticos (quer ainda integradas numa construção ou estrutura qualquer de um
monumento) e que representem épocas, géneros e estilos com qualidade excepcional;
2. Aplica-se ainda em bens que:
a. se destaquem pelas suas qualidades estéticas;
b. se destaquem pela sua relação com o meio envolvente;
c. ilustrem um estádio social evolutivo da intervenção humana, sem prejuízo desse meio;
d. sejam representativos da coexistência ou sobreposição de diferentes crenças ou tradições
naquele espaço, ao longo de diferentes tempos.

Artigo 40.º
Arquitectónico
Aplica-se a:
1. Vestígios de estruturas arqueológicas de edifícios;
2. Obras representativas de sociedades pré-coloniais;
3. Obras de arte implantadas em praças públicas ou concebidas como parte de arranjos
urbanísticos, como estátuas e outras construções deste tipo;
4. Edifícios de valor histórico que testemunham a convivência no nosso espaço territorial de
diferentes culturas e civilizações.
5. Edifícios monumentais;
6. Edifícios de particular interesse arquitectónico.

154
Artigo 41.º
Valor Espiritual

Uníco - Aplica-se aos locais de culto ou bens culturais imóveis com valor sagrado, onde se
realizem cerimónias religiosas com invocação dos antepassados, dos santos e de deuses,
como por exemplo as árvores dos antepassados, as florestas sagradas, as mesquitas, igrejas,
capelas, templos, entre outros.

Artigo 42.º
Autenticidade

Uníco - Aplica-se aos bens culturais imóveis intactos (que tenham mantido os valores
originais) ou cujo restauro e campanha de conservação tenha correspondido a uma
documentação extremamente detalhada e não se tenha sobreposto à edificação, função ou
enquadramento originário.

Artigo 43.º
Integridade

Único - Abrange os bens culturais imóveis que:

a. Se tenham mantido dentro das exigências evolutivas reconhecidamente determinadas pelos


próprios materiais, técnicas, funções ou sentido do lugar, pelos quais são enquadrados;
b. Sejam representativos de uma área físico- cultural em que, apesar de uma natural evolução,
esta se tenha processado de forma coerente, em relação ao próprio meio natural, às forças
económicas, sociais e culturais desse bem cultural imóvel sem interferência ou imposições
externas.
Artigo 44.º
Exemplaridade

Único - Aplica-se aos bens culturais imóveis que constituem exemplo arqueológico,
arquitectónico-paisagístico ou de conjunto, raros, únicos ou excepcionais, no seu contexto
espácio- temporal, independentemente de próximo, médio ou longo tempo.

Título III

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS


Artigo 45.º
Resolução de Dúvidas

Único - As dúvidas que venham a ser suscitadas da aplicação das presentes Normas serão
resolvidas por despacho do Ministro da Cultura.

155
Modelo A. Preenchimento do Texto da Placa de Identificação e Protecção de Bens
Culturais Imóveis

MINISTÉRIO DA CULTURA
Nome do Bem Cultural Imóvel
Categoria
Protegido pela Lei n. 10/88 de 22 de Dezembro

Modelo B. Preenchimento do Inventário Nacional de Bens Culturais Imóveis

I. Nome do Bem Cultural Imóvel


II. Categoria 134
III. Registo e Inventário
N. de Registo
N. de Inventário
IV. Localização
V. Descrição

Preenchido por:
Data:
Breves referências

Proposta elaborada por, Solange Laura Macamo (Arqueóloga e Museóloga, Chefe do Departamento de
Monumentos, Direcção Nacional do Património Cultural do Ministério da Cultura)
Formulação jurídica: Rodrigues Timba e António Cuna (Juristas: Assessor do Ministro da Cultura e
Chefe do Gabinete do Ministério da Cultura, respectivamente)
Contribuição: José Forjaz (Arquitecto: Director da Faculdade de Arquitectura da Universidade Eduardo
Mondlane); Paula Alves, Fernando Moser e Fernanda Eugénia Araújo (Arquitecta, historiador e jurista,
respectivamenta, do IPPAR - Instituto Português do Património Arquitectónio);
Apreciação: Conselho Nacional do Património Cultural e Conselho Consultivo do Ministério da Cultura
Agradecimentos: À todos que directa ou indirectamente contribuiram para que estas Normas tomassem
a sua forma final. Agradecimentos, em especial, à Sua Excelência Ministro da Cultura, Miguel Costa
M’kaima, pelo encorajamento e à Exma Senhora Directora Nacional do Património Cultutral, Maria
Ângela N.Kane, pelos comentários linguísticos.

Referências genéricas especializadas:


Carta de Veneza (Carta internacional sobre conservação e restauração de monumentos e
sítios)
Convenção da UNESCO ( La Protection du Patrimoine Mondial Culturel et Naturel)

134 Indicar se é Monumento, Conjunto ou Sítio

156
Lei de Protecção do Património Cultural de Moçambique (Lei n. 10/88 de 22 de
Dezembro)
Publicações do IPPAR (Informar Para Proteger)
Publicações do National Monuments Council, África do Sul (Principles for the
Conservation of Places of Cultural Significance).

Referências específicas

Adamowicz, L. 1988. Contribuição para o registo computerizado das estações arquelógicas de


Moçambique. Trabalhos de Arqueológia e Antropologia nº 5.
Cruz e Silva, T. 1976. A preliminary report on an Early Iron Age Site: Matola IV/68: In. Iron Age
Research in Moçambique: collected preliminary reports (eds. J. Morais et al.).
Duarte, R.T. 1988. Arqueologia da Idade do Ferro em Moçambique (1974 a 1988): retrospectiva do
trabalho realizado. Trabalhos de Arqueologia e Antropologia, 4. Maputo:
Departamento de Arqueologia e Antropologia, Universidade Eduardo Mondlane.
Duarte, R.T. 1993. Northern Mozambique in the Swahili World. Studies in African Archaeology, 4.
Uppsala: Uppsala University.
Duarte, M. L. & R.T. 1988. Arte Rupestre em Moçambique (sobre cinco dos mais belos painéis).
Trabalhos de Arqueologia e Antropologia, 5. Maputo: Departamento de
Arqueologia e Antropologia, Universidade Eduardo Mondlane.
Henriques, I.C. 1996. Espaços e Cidades em Moçambique. Lisboa: Comissão Nacional dos
Descobrimentos Portugueses.
Lapa, J. J. 1892. Páginas de Pedra. Lourenço Marques (Maputo): Imprensa Nacional de Moçambique
Morais, J.M. 1988. The Early Farming Communities of Southern Mozambique.Maputo: Eduardo
Mondlane University Mozambique. Stockholm: Central Board of National
Antiquities Sweden.
Morais, J.M., Sinclair, P.J.J. 1980. Manyikeni, a Zimbabwe in Southern Mozambique: Procceedings,
VIII th Panafrican Congress of Prehistory and Quaternary Studies. (eds. Leakey,
R.E.F. and Ogot, B.A.) Nairobi: TILIMIAP.
Oliveira, O.R. 1971. A Arte Rupestre em Moçambique. Monumenta, 7. Maputo: Comissão Colonial de
Monumentos e Relíquias de Moçambique
Oliveira, O.R. 1973. Zimbáuès de Moçambique: Proto-História africana. Monumenta, 9. Maputo:
Comissão Colonial de Monumentos e Relíquias de Moçambique.
Quirino, P. F. 1973. A Fortaleza construída por Dom João de Castro na Ilha de Moçambique.
Monumenta, 9. Maputo: Comissão Colonial de Monumentos e Relíquias de
Moçambique.

Sinclair, P.J.J. 1987. Space, Time and Social Formation. A territorial approach to the Archaeology and
Anthropology of Zimbábwè and Mozambique c. 0- 1700 AD. Doctoral
Dissertation. Societas Archaeologica Upsaliensis 9. Uppsala: Department of
Archaeology, Uppsala University.
Teixeira, C. 1990. A Fundação de Inhambane e sua estrutura administrativa e governamental nos meados
do século XVIII. Arquivo, 8.
Wieschhoff, H.A. 1941. The Zimbabwè- Monomotapa Culture: General Studies in Anthropology.
Wisconsin.

157
158

Você também pode gostar