DIREITO ELEITORAL

Apresentação da Disciplina
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APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA

O que estudar?

Entre os tópicos presentes no edital, existem alguns com maior potencial de cair na prova.
Eles estão destacados em negrito:

1. Direitos políticos.
2. Partidos políticos. Fidelidade partidária.
3. Direito eleitoral. Fontes e Princípios do Direito Eleitoral.
4. Justiça Eleitoral.
5. Ministério Público Eleitoral.
6. Alistamento eleitoral.
7. Elegibilidade. Condições de elegibilidade. Inelegibilidades. Incompatibilidade.
8. Sistemas eleitorais. Classificações. Modelo brasileiro.
9. Processo Eleitoral. Convenções partidárias. Registro de candidatos. A proporcionali-
dade de candidatos por gênero nas eleições proporcionais.
10. Campanha eleitoral.
11. Propaganda política e suas modalidades. Propaganda eleitoral.
12. Eleição, apuração e diplomação dos eleitos.
13. Ações judiciais eleitorais. Crimes eleitorais. Tipos penais e sanções. Processo por
crimes eleitorais. Jurisprudência dos tribunais eleitorais.

• Sobre a fidelidade partidária, vale ressaltar que há a disciplina de Direito Eleitoral, e

existem conteúdos específicos do Direito Partidário. O Direito Partidário é uma disci-
plina autônoma, contudo, algumas questões acabam estabelecendo uma relação com
o Direito Eleitoral. Por esse motivo, a Lei dos Partidos Políticos é trabalhada dentro da
disciplina do Direito Eleitoral.
• Em termos de competência para processar e julgar as ações ligadas ao Direito Partidá-
rio, que dizem respeito especificamente à matéria inter corporis dos partidos políticos,
compete à Justiça comum, não à Justiça eleitoral. Entretanto, se for algum conteúdo
que afete a eleição, a competência será da Justiça eleitoral. Por exemplo, a convenção
partidária, que ocorre no período de 20 de julho a 5 de agosto do ano eleitoral e faz a
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escolha dos candidatos que irão disputar a eleição, apresenta situações que podem
gerar alguma ação judicial. Nesse caso, a matéria provavelmente será de competência
da Justiça eleitoral.
5m
• Quanto à Justiça Eleitoral, podem ser cobradas questões sobre as competências
desta, bem como sobre elementos ligados à sua organização.
• Os princípios do Direito Eleitoral também são muito cobrados em prova.
• As condições de elegibilidade, inelegibilidades e incompatibilidade são os tópicos que
mais aparecem nas questões de Direito Eleitoral.
• Quanto à proporcionalidade de candidatos por gênero nas eleições proporcionais, é
importante saber que há no art. 10, § 3º da Lei das Eleições a previsão de que nas
eleições proporcionais (para Vereadores e Deputados), os partidos políticos deverão
compor as candidaturas por, no mínimo, 75% de um dos gêneros e, no máximo, 80%.
10m

Essa previsão busca corrigir o que ocorria no passado, quando as mulheres eram afasta-
das do direito de participação na vida política. A temática tem sido constantemente cobrada
em concursos, devido ao fato de alguns partidos tentarem burlar essa regra.

• Por fim, a propaganda eleitoral e as ações judiciais eleitorais também são tópicos que
exigem maior atenção.

Fontes formais do direito eleitoral

• Constituição Federal, arts. 1º, II, parágrafo único; arts.14 a 17 (trata dos partidos polí-
ticos); arts. 22, I, e 118 a 121.
• Lei n. 4.737/1965 (Código Eleitoral).
• Lei Complementar n. 64/1990 (Inelegibilidades).
• Lei n. 9.096/1995 (Partidos Políticos).
• Lei n. 9. 504/1997 (Lei das Eleições).
• Resoluções do TSE.
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15m
ATENÇÃO
Quando estiver fazendo consultas à Constituição ou a qualquer uma das leis acima, o ideal
é que você utilize o site do TSE, pois ele apresenta os julgados e súmulas relacionados à
matéria pesquisada, bem como atualizações.

Como o conteúdo será cobrado?

DIRETO DO CONCURSO
1. (FGV/OAB/EXAME XXXIV/2022). Faltando um ano e meio para a eleição dos cargos
políticos federais e estaduais, é promulgada pelo Presidente da República uma lei que
estabelece diversas alterações no processo eleitoral. Alguns partidos políticos se insur-
gem, alegando ser inconstitucional que essa lei produza efeitos já na próxima eleição.
Afirmam que uma nova lei eleitoral não pode ser aplicada na eleição imediata, pois isso
contrariaria o princípio da anterioridade. No que tange à discussão referida, a possibili-
dade de a referida lei produzir efeitos já nas próximas eleições é
a. constitucional, já que o lapso temporal, entre a data de entrada em vigor da lei e a
data da realização da próxima eleição, não afronta a regra temporal imposta pela
Constituição Federal.
b. inconstitucional, por violação expressa ao princípio da anterioridade da legislação
eleitoral, nos limites que a Constituição Federal de 1988 a ele concedeu.
c. inconstitucional, porque qualquer alteração do processo eleitoral somente poderia vir
a ocorrer por via do poder constituinte derivado reformador.
d. constitucional, pois a Constituição Federal não impõe ao legislador qualquer limite
temporal para a realização de alteração no processo eleitoral.

COMENTÁRIO
a. O item está de acordo com o art. 16 da CF, que trata do princípio da anterioridade, e pre-
vê que uma lei que venha a afetar o processo eleitoral só poderá ter efeito sobre a próxima
eleição, se houver lapso temporal de, pelo menos, um ano.
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Sempre no ano que antecede as eleições, no segundo semestre e antes do mês de outu-
bro, o Congresso Nacional passa a se movimentar para promover as alterações que enten-
de como necessárias, para que elas possam valer nas eleições do ano seguinte.
20m
De certa maneira, há um grau de previsibilidade de quando as mudanças acontecerão
no Direito Eleitoral, em razão das eleições acontecerem no lapso temporal de dois em
dois anos.

GABARITO
1. a

�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula pre-
parada e ministrada pelo professor Odair José Torres de Araújo.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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