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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

DIFERENÇA ENTRE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Discente: Ana Maria Elisa, Código: 708208493

Nampula, Maio

2021
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

DIFERENÇA ENTRE DIREITO PÚBLICO E PRIVADO

Discente: Ana Maria Elisa, Código: 708208493

CURSO: Licenciatura em Ensino de Administração


Pública

CADEIRA: Direito Constitucional, Público e


Privado

ANO DE FREQUÊNCIA: 2º ano


DOCENTE: Calton Ricardo

Nampula, Maio

2021
FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal

 Capa 0.5

 Índice 0.5
Estrutura Aspectos
 Introdução 0.5
organizacionais
 Discussão 0.5

 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5

Contextualização (indicação
clara do problema)
1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0

Metodologia adequada ao 2.0


objecto do trabalho

Articulação e domínio do
Conteúdo
discurso académico (expressão
Análise 2.0
escrita cuidada, coerência/coesão
discussão
textual).

Revisão bibliográfica nacional e


internacional revelantes na área
2.0
de estudo.

Exploração dos dados 2.0

Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0

Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0


gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas

Normas APA
6a ed. e citações
Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia
referências bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Introdução

O presente trabalho é referente a cadeira de Direito Constitucional Público e Privado, e visa


abordar conteúdos ligados a classificação dos materiais das Constituições, além da Diferença
entre Direito Publico e Privado, dedica-se também na descrição dos Direitos Públicos
interesses da Colectividade de a maioria como: nos Hospitais e Escolas, sem deixar de falar a
cerca do Direito Privado, Interesses Particulares Comerciantes. Portanto, importa referir que o
mundo do direito nos oferece a possibilidade de conhecer as instituições em sua estrutura
jurídica, ou seja, conhecer a moldura feita de princípios e regras que regulam o
funcionamento das instituições, bem como, em sua materialidade real, ou seja, conhecer o seu
modo de ser, seus actores e as práticas que as determinam. Neste sentido, aspectos jurídicos e
não-jurídicos dialogam através de uma narrativa histórica, que busca explicar o mundo do
direito em interação com a realidade que o produz.
Classificação dos Materiais das Constituições

 Conceitos Básicos

A Constituição é um facto cultural e histórico, uma vez que vem sendo discutido em várias
perspectivas desde os tempos bem remotos.

a) Constituição

A Constituição é um documento jurídico mais importante, pois organiza os poderes públicos


por meio da separação de suas principais funções, a de legislar, administrar e resolver
conflitos (julgar).

b) Direito Constitucional

O Direito Constitucional é o sistema de normas jurídicas que definem a estrutura principal do


Estado, designadamente a forma do Estado, forma do governo, a forma e os limites do
exercício de poder politico, a relação entre os órgãos de poder politico e os governados, o
sistema económico, social e cultural de um Estado.

Classificações Materiais de Constituições

A classificação das constituições materiais pode resultar da pluralidade dos conteúdos das
mesmas. Para a classificação, faremos breve referência aos seguintes critérios:

Critério da Analise Orntologia da Concordância das normas constitucionais com a Realidade


de Processo do Poder representada por Karl Loewenstein:

 Baseia-se no entendimento de que uma constituição é o que detentores do poder dela


fazem na prática, e isto depende do meio social e politico em que a Constituição deve
ser aplicada.

Distingue Constitucionais normativos, nominais e semânticas.

 Constituições Normativas: apresentam normas que dominam o processo político,


pois o processo do poder político se adapta e se submete às normas constitucionais. É
também nominal a constituição instrumental acompanhada por várias normas
constitucionais avulsas supervenientes.
 Constituições Nominais: essas Constituições não conseguem adaptar as suas normas
à dinâmica do processo político, pelo que ficam sem realidade existencial. Apesar de
terem a finalidade de limitar o poder político, não chegam a limita-lo.
 Constituições Semânticas: são as que constituem a formalização da situação do poder
político existente, nomeadamente do benefício exclusivo dos detentores desse poder.
Servem para estabilizar e eternizar a posição dos dominadores de facto na
comunidade.

A divisão entre o direito público e o direito privado tem sido apresentada com recurso a três
grandes critérios, designadamente: O critério de interesse, o critério da qualidade do sujeito
e o critério da posição do sujeito.

 Critério do Interesse: o direito público é o que, cujas normas prosseguem


necessariamente o interesse público, ao passo que o direito privado satisfaz o interesse
particular.
 O Critério da Qualidade do sujeito, na relação jurídica sustenta que o direito público
é o que disciplina a relação jurídica em que intervenham sujeitos públicos (exemplo,
Estado e autarquias locais), ou pelo menos, um dos sujeitos intervenientes nessa
relação seja um ente público. Já o direito privado é aquele que regula as relações
jurídicas nas quais não há intervenção de nenhum sujeito público.
 O critério da posição dos sujeitos, estaremos perante normas de direito público
quando, numa relação jurídica, uma das partes intervenha revestido de poderes de
autoridade.

Fazem parte do critério de direito privado, entre outros, o Direito da Família, o Direito das
Sucessões, o Direito das Obrigações e o Direito Comercial.

Integram o direito público, dentre outros, o Direito Constitucional, o Direito Administrativo, o


Direito Penal, o Direito Fiscal, o Direito Processual Penal e o Direito Financeiro.

Diferença entre Direito Público e Privado

O Direito Internacional subdivide-se em público e privado. Um conflito de fronteiras é


regulado pelo Direito Internacional Público porque envolve os Estados na sua função natural.
Já um inventário de uma pessoa falecida que deixa bens em vários países suscita problemas de
Direito Internacional Privado, por se tratar de um interesse não dos Estados, nos quais esses
bens estejam situados, mas principalmente dos particulares que se sucederão na propriedade
dos bens.

O Direito Internacional Privado refere-se tão somente a relações jurídicas de direito privado
com conexão internacional, não se adaptando à resolução do conflito de leis interespaciais de
direito público. Mas não se pode negar que o direito público repercute e reflete de modo
visível na nossa disciplina, influenciando fortemente a aplicação do Direito Internacional
Privado.

O direito privado soluciona principalmente relações entre particulares, enquanto o direito


público tem como objecto a relação do cidadão com o poder público. Segundo a teoria dos
interesses, o direito privado serve para a proteção de interesses particulares, enquanto o direito
público procura servir aos interesses públicos.

Finalmente, segundo a teoria funcional, as normas de direito público destinam-se, de


imediato, à solução de um assunto público ou à satisfação de um interesse coletivo, ao passo
que o direito privado está restrito às relações particulares.

 Direito Exemplos de situações reguladas pelo direito público: Desapropriação de


bem imóvel
 Pelo Estado mediante o pagamento de indenização ao particular para construção
de uma Público

para REALE (2010), “O Direito Público é, portanto, um direito composto por regras jurídicas
que vão disciplinar relações entre sujeitos em posições desiguais. Diferentemente se passa no
Direito Privado, em que os ramos do Direito, e as normas que estes dispõem, vão incidir sobre
relações entre sujeitos que se encontram numa posição de igualdade”.

 O direito público é o conjunto de normas jurídicas que se referem às actividades


públicas.
 O direito privado é conjunto de normas jurídicas relativas às actividades privadas.

Exemplos de situações reguladas pelo direito público: Desapropriação de bem imóvel pelo
Estado mediante o pagamento de indenização ao particular para construção de uma escola.

Interesse da Colectividade

De acordo com ROUSSEAU, a vontade geral entende-se como a vontade do corpo político
que assume arbitrariamente como o intérprete da vontade do povo, ou seja, podemos
considerar a vontade do povo como o interesse público.

Existe o interesse público quando, nele, uma maioria de indivíduos, e em definitivo,


cada um pode reconhecer e extrair do mesmo seu interesse individual, pessoal, direito
e actual ou potencial. O interesse público, assim entendido, é não só a soma de uma
maioria de interesses coincidentes, pessoais, direitos, actuais ou eventuais, mas
também o resultado de um interesse emergente da existência da vida em comunidade,
no qual a maioria dos indivíduos reconhece, também, um interesse próprio e direto,
(ESCOLA, 2010).
O interesse colectivo respeita ao grupo de pessoas determinadas ou determináveis, que se
unem precisamente porque têm um interesse comum.

A esfera pública é o lugar de excelência do Estado e conforma relações de interesse público


entre os diversos actores. Por outro lado, em razão da moralidade liberal-individual que se
consolida com a ascensão da classe burguesa capitalista, a esfera privada ganha grande
relevância nesse período.

Os princípios fundamentais não são por si normas nem leis, apesar de aparecerem em vários
instrumentos legais. São eles ideais que fundamentam toda a dinâmica das leis. Eles podem se
dividir em princípios constitucionais, que dominam a totalidade de uma nação e princípios
especiais, que são próprios do sector em análise, e no nosso caso, a Lei do Trabalho.

 Direito Privado

O direito privado pode ser entendido como o conjunto de normas disciplinadoras da


actividade negocial do empresário, e de qualquer pessoa física ou jurídica, destinada a fins de
natureza econômica, desde que habitual e dirigida à produção de bens ou serviços
conducentes a resultados patrimoniais ou lucrativos, e que a exerça com a racionalidade
própria de "empresa", sendo um ramo especial de direito privado.

A esfera privada se torna o espaço do indivíduo, de sua intimidade, do exercício de sua


autonomia da vontade, é uma esfera de liberdade na qual o Estado não deve intervir. No
Estado Liberal, a separação entre esfera pública e privada é profunda. Nosso interesse na
dicotomia é meramente didático e representa uma tipologia clássica do direito para explicar
relações jurídicas, considerando três critérios:

1. Os sujeitos da relação;
2. O objecto da relação jurídica e;
3. A natureza.
 Exemplos de situações reguladas pelo direito privado: Contrato de compra e venda de bem
imóvel entre duas pessoas físicas. Contrato de financiamento de carro entre um indivíduo
e o banco.
Conclusão

A partir do que fora explanado, conclui-se que o interesse público é o objectivo central de um
Estado Democrático, onde toda acção estatal deve visar a sua satisfação plena para o fiel
cumprimento dos direitos fundamentais previstos na Constituição
Bibliografia

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