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AULA 08
= CONTRATOS EM GERAL =
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Aula 08
Dos Contratos em Geral
Sumário
Introdução e conceito ........................................................................ 03
Elementos constitutivos ..................................................................... 04
Princípios fundamentais .................................................................... 06
Formação dos contratos ..................................................................... 13
Proposta ....................................................................................... 13
Aceitação ...................................................................................... 15
Momento da conclusão .................................................................. 16
Lugar da celebração ...................................................................... 18
Contrato preliminar ....................................................................... 18
Classificação geral dos contratos ....................................................... 19
Efeitos jurídicos da obrigatoriedade do contrato ................................. 27
Exceção de contrato não cumprido .................................................. 27
INTRODUÇÃO E CONCEITO
Já vimos que o negócio jurídico pode ser unilateral ou bilateral. O negócio
jurídico unilateral é o que depende, para a sua formação, de apenas uma
vontade (ex.: renúncia, testamento, etc.). Já o negócio jurídico bilateral é o
que necessita, para a sua formação, de um encontro de vontades. As partes
acordam que devem se conduzir de determinado modo, uma em face da outra,
combinando seus interesses, constituindo, modificando ou extinguindo obrigações.
ELEMENTOS CONSTITUTIVOS
Um contrato, sendo um negócio jurídico, tem como elementos essenciais:
agentes capazes, objeto lícito, possível, determinado ou determinável,
consentimento válido e finalmente forma prescrita ou não defesa em lei. É
interessante acrescentar que muitos pensam que um contrato somente existe se
for escrito. No entanto, sem que percebamos, durante o dia celebramos vários
contratos. E a maioria deles é verbal. Quando tomamos um café na padaria,
quando tomamos uma condução para trabalhar etc. Já analisamos cada um dos
elementos acima na aula sobre fatos e atos jurídicos. Vamos ver agora, reforçando
o aprendizado, os elementos específicos, relativos ao contrato. São eles:
1. Existência de duas ou mais pessoas (naturais e/ou jurídicas).
2. Capacidade plena das partes para contratar. Se as partes não forem
capazes o contrato poderá ser nulo (absolutamente incapaz que não foi
representado) ou anulável (relativamente incapaz que não foi assistido).
3. Consentimento: vontades livres e isentas de vícios (erro, dolo, coação,
etc.). Lembrando que em um contrato as vontades correspondem a interesses
contrapostos (ex.: na compra e venda uma parte quer vender e a outra quer
comprar).
4. Objeto do contrato (prestação). Não confundir objeto com a coisa sobre a
qual incide a obrigação. O objeto é a atuação das partes no contrato. Ex.:
no contrato de compra e venda de um relógio, o objeto não é o relógio. O relógio
é a coisa sobre a qual a prestação se especializa. O objeto de quem compra é
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Observação Atual
Uma figura que foi desenvolvida no direito norte-americano e ultimamente
vem ganhando adeptos no Brasil (inclusive do STJ) como decorrência do
princípio da boa-fé, é o chamado duty to mitigate the loss, ou seja, o dever
de mitigar (evitar o agravamento) do próprio prejuízo. Por este princípio o titular
de um direito (credor) deve, sempre que possível, atuar para minimizar a
extensão do dano, mitigando, assim, a gravidade da situação do devedor. O
exemplo clássico é o seguinte. Imagine que “A”, negligentemente, bateu o carro
em “B”. “A” sai para buscar ajuda. “B”, que é a vítima, fica esperando e percebe
que está saindo uma pequena chama do motor de seu carro. Nesse momento “B”
1) PROPOSTA
Também é chamada de oferta, solicitação, policitação ou oblação. É a
manifestação da vontade de contratar, por uma das partes, solicitando a
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DIREITO CIVIL = AUDITOR FISCAL = ICMS/RO
AULA 08: CONTRATOS EM GERAL
Prof. Lauro Escobar
concordância da outra. Trata-se de declaração unilateral por parte do
proponente. A proposta é receptícia, ou seja, ela somente produz efeitos ao
ser recebida pela outra parte. A proposta deve ser séria, inequívoca, precisa e
completa para se revestir de força vinculante, já contendo todos os elementos
essenciais do negócio jurídico.
Observações
01) Proposta ou Oferta ao Público: é a propaganda de supermercados,
lojas de magazine, drogarias, etc. feitos em panfletos, folhetos, jornais, outdoors,
sites de vendas em internet, etc. Ela equivale a uma proposta normal de
contrato quando contém os requisitos essenciais do contrato, salvo se o contrário
resultar das circunstâncias ou dos usos. A oferta pode ser corrigida, revogada ou
cancelada pela mesma via de sua divulgação, desde que ressalvada esta faculdade
na oferta realizada (art. 429 e seu parágrafo único, CC); são as famosas frases:
“enquanto durar nosso estoque”, “somente 100 unidades”, “oferta somente até o
dia X”, etc.
02) A morte ou a superveniente incapacidade (e interdição) do
proponente não retira a força vinculante da proposta; esta continua a vincular
seus herdeiros ou responsáveis pelas consequências jurídicas do negócio (salvo se
se tratar de um contrato personalíssimo).
2) ACEITAÇÃO
É a manifestação da vontade do destinatário (também chamado de oblato
ou aceitante), anuindo com a proposta e tornando o contrato definitivamente
concluído. Requisitos: a) não se exige obediência a determinada forma (salvo
nos contratos solenes), podendo ser expressa ou tácita; b) deve ser oportuna; c)
deve corresponder a uma adesão integral à oferta; d) deve ser coerente e
conclusiva.
Observações
01) O contrato preliminar deve conter todos os requisitos essenciais do
contrato principal a ser celebrado, exceto quanto à forma (art. 462, CC).
Ou seja, pode-se firmar um contrato de promessa de compra e venda de um
imóvel de alto valor por um instrumento particular, embora o contrato definitivo
somente possa ser feito por instrumento público (art. 108, CC).
02) Se o contrato se referir a um bem imóvel, exige-se a outorga
conjugal, nos termos dos art. 1.647, CC, sob pena de anulabilidade deste
contrato (art. 1.649, CC).
B) QUANTO À FORMA
Nesta classificação os contratos podem ser consensuais, solenes ou reais.
Vejamos.
● Contratos Consensuais (não solenes): são aqueles que se perfazem
pelo simples acordo ou consenso das partes (proposta e aceitação)
independentemente da entrega da coisa e da observância de uma forma
determinada e especial. Podem ser celebrados inclusive de forma tácita e verbal.
É a regra em nosso Direito, de acordo com o art. 107, CC: “A validade da
declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei
expressamente a exigir”. Ex.: eu digo que quero vender meu relógio; uma pessoa
diz que quer comprá-lo. Pactuamos o preço da venda. Pronto. Em tese o contrato
B) DIREITO DE RETENÇÃO
É a permissão concedida pela norma ao credor de conservar em seu poder
coisa alheia, já que detém legitimamente, além do momento em que deveria
restituir, até o pagamento do que lhe é devido. Digamos que uma pessoa foi
possuidora de boa-fé de uma casa, durante quatro anos. Nesse tempo realizou
benfeitorias necessárias. No entanto o verdadeiro proprietário moveu uma ação
de reintegração de posse e acabou ganhando a ação. O possuidor, embora
estivesse de boa-fé, perdeu a ação; deve sair do imóvel. No entanto, tem o direito
de ser indenizado pelas benfeitorias necessárias que realizou no imóvel. E se a
pessoa que ganhou a ação não quiser indenizar? Ora, enquanto o possuidor não
for indenizado pela benfeitoria necessária que realizou, ele tem o direito de reter
o imóvel até que seja ressarcido ou até o tempo calculado sobre o valor da
benfeitoria.
Devem estar presentes os seguintes requisitos: a) detenção da coisa
alheia; b) conservação dessa detenção; c) crédito líquido, certo e exigível do
retentor, em relação de conexidade com a coisa retida; d) inexistência de exclusão
legal ou convencional do direito de retenção (ex.: o art. 578, CC proíbe o locatário
de reter a coisa alugada, exceto na hipótese de benfeitoria necessária ou
benfeitoria útil, se feita com o consentimento do locador). Esse direito está
assegurado a todo possuidor de boa-fé que tem direito à indenização por
benfeitorias necessárias ou úteis (art. 1.219, CC).
Observações
01) Não caberá nenhuma reclamação se as partes pactuarem que o alienante
não responde por eventuais vícios ocultos. Neste caso o alienante já avisa que a
coisa pode conter alguns defeitos. Ex.: vendas de saldão em que se anunciam
“pequenos defeitos”.
02) Bem adquirido em hasta pública: não se pode redibir o contrato, nem
pedir abatimento do preço (não há previsão legal a respeito). No entanto, se a
aquisição do bem for em um leilão de arte ou em uma exposição de animais, a
responsabilidade subsiste.
03) O defeito oculto de uma coisa vendida conjuntamente com outra não
autoriza a rejeição de todas (art. 503, CC).
Atenção
01) Quando o vício só puder ser conhecido mais tarde, o prazo conta-se a
partir do instante em que dele tiver ciência, até o máximo de 180 dias, se tratar
de móveis ou de 01 ano, se tratar de imóveis (aqui não se aplicam as hipóteses
de reduções de prazo).
02) Os prazos decadenciais não correm na constância de alguma outra
cláusula de garantia. Ou seja, o art. 446, CC paralisa o prazo de garantia legal
que só correrá após o prazo contratual. No entanto o comprador deve denunciar
o defeito ao vendedor nos trinta dias seguintes ao seu descobrimento, sob pena
de decadência.
B) CAUSAS SUPERVENIENTES
Devemos reforçar: embora não haja um posicionamento unânime sobre o
tema, costuma-se afirmar que a rescisão é o gênero, sendo a resolução e a
resilição suas espécies. Vejamos.
III. PRINCÍPIOS
Autonomia da vontade (consensualismo ou autonomia privada): liberdade
para contratar com quem quiser, a espécie contratual e o conteúdo das estipulações
como melhor lhes convier. Regra: é lícito tudo o que não for proibido. Não se trata
de um princípio absoluto (há muitas exceções).
Observância (supremacia) das normas de ordem pública: trata-se de uma
limitação ao princípio anterior, pois a liberdade de contratar encontra restrições
na lei (ordem pública), nas normas impositivas e que visam o interesse coletivo,
sobre o interesse individual. Ex.: proibição de contrato envolvendo herança de
pessoa viva (pacta corvina – art. 426, CC).
Obrigatoriedade das convenções (pacta sunt servanda): se as partes assumiram
obrigações, devem cumprir fielmente o pactuado, sob pena de execução patrimonial,
pois ”o contrato faz lei entre as partes”. Em regra, o simples acordo de duas ou
mais vontades é suficiente para gerar o contrato (princípio do consensualismo) e
vincular as partes ao cumprimento das obrigações pactuadas. Esse princípio vem
sendo abrandado (sem ter sido revogado), atenuando-se a força vinculante das
convenções, ante o equilíbrio contratual que deve prevalecer.
Relatividade dos efeitos: o contrato, como regra, só vincula as partes que nele
intervierem (efeito inter partes). Não é um princípio absoluto; vem sendo mitigado
(ex.: estipulação em favor de terceiros).
Equivalência material das prestações: os direitos e deveres entre os
contratantes devem guardar certo equilíbrio entre si.
V. MOMENTO DA CELEBRAÇÃO
• Entre presentes → momento da aceitação da proposta.
• Entre ausentes → teoria da expedição da aceitação (art. 434, CC): momento
em que a aceitação é expedida (contratos epistolares: cartas).
VII. CLASSIFICAÇÃO
• Unilaterais: apenas um dos contratantes assume obrigações em face do outro.
Bilaterais ou sinalagmáticos: direitos e obrigações para ambas as partes.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
14) (FGV – Exame Unificado da OAB – 2010) Por meio de uma promessa de
compra e venda, celebrada por instrumento particular registrada no cartório de
Registro de Imóveis e na qual não se pactuou arrependimento, Juvenal foi residir
no imóvel objeto do contrato e, quando quitou o pagamento, deparou-se com a
recusa do promitente-vendedor em outorgar-lhe a escritura definitiva do imóvel.
Diante do impasse, Juvenal poderá
16) (FGV – Exame Unificado da OAB – 2010) Durante dez anos, empregados
de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, gratuitamente, sementes de
tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da
fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra
produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre
fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a
fabricante recusou-se a efetuar a compra. O tribunal competente entendeu que
havia responsabilidade pré-contratual da fabricante. A responsabilidade pré-
contratual é aquela que:
(A) deriva da violação à boa-fé objetiva na fase das negociações preliminares à
formação do contrato.
(B) deriva da ruptura de um pré-contrato, também chamado contrato preliminar.
(C) surgiu, como instituto jurídico, em momento histórico anterior à
responsabilidade contratual.
(D) segue o destino da responsabilidade contratual, como o acessório segue o
principal.
COMENTÁRIOS. A conduta da fabricante se enquadra como violação do princípio
da boa-fé objetiva, pois ela adotou determinado comportamento por anos e, de
repente, sem qualquer comunicação alterou seu comportamento para posição
oposta e contraditória. Mais uma vez trata-se do brocardo jurídico nemo potest
venire contra factum proprium (proibição de comportamento contraditório).
Gabarito: “A”.
Exercícios Complementares
Fundação Carlos Chagas
23) (FCC – TJ/GO – Juiz de Direito – 2015) Roberto celebrou com Rogério
contrato por meio do qual se comprometeu a lhe transferir os bens de seu
pai, Mário Augusto, no dia em que este viesse a falecer. No ato da
assinatura do contrato, Rogério pagou a Roberto R$ 100.000,00. Antes do
falecimento de Mário Augusto, que não possui outros herdeiros, haverá
(A) direito adquirido, pois, de acordo com a Lei de Introdução às Normas do
Direito Brasileiro, a ele se equipara o direito sob condição suspensiva inalterável
ao arbítrio de outrem.
(B) expectativa de direito, porque, enquanto vivo, os bens pertencem a Mário
Augusto, que deles poderá dispor, impedindo que, depois do falecimento,
Roberto os transfira a Rogério.
(C) direito adquirido, porque, com a assinatura do contrato, os bens da futura
herança passaram a integrar o patrimônio de Rogério.
(D) expectativa de direito, porque, até o falecimento, o direito sobre os bens da
futura herança integra o patrimônio de Roberto, que poderá cumprir o contrato
apenas depois da abertura da sucessão.
(E) nem direito adquirido nem expectativa de direito, porque o contrato é nulo.
COMENTÁRIOS. “Trocando em miúdos”, o que Roberto fez foi vender os bens de
seu pai que ainda estava vivo (pacta corvina). Isso é proibido em nosso Direito.
Estabelece o art. 426, CC: Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa
viva. A doutrina entende que a expressão “não pode” deve ser compreendida como
causa de nulidade absoluta da disposição contratual (contrato nulo de pleno
direito). Embora Roberto tenha uma expectativa de direito de receber os seus de
seu pai, isso não lhe dá o direito de negociar a futura herança. E ainda que haja
um contrato nesse sentido, esse contrato é reputado nulo, não gerando
expectativa de direito e muito menos direito adquirido. Apenas
complementando: há uma expectativa de direito em relação ao recebimento da
herança, mas não há qualquer expectativa em relação ao contrato, por ser esse
nulo e o negócio nulo não gera efeito. Gabarito: “E”.
31) (FCC – MPE/PB – Analista Ministerial – 2015) Paulo adquiriu uma casa
de José e, um mês após, descobriu que o imóvel apresentava vício oculto
consistente em defeitos na estrutura de sustentação do telhado, com risco de
desabamento. José desconhecia o vício. Em tal situação, Paulo pode
(A) apenas rejeitar a coisa, redibindo o contrato, reavendo o preço pago e
obtendo o reembolso das suas despesas, além das perdas e danos.
(B) apenas rejeitar a coisa, redibindo o contrato, reavendo o preço pago e
obtendo o reembolso das suas despesas.
(C) apenas reclamar o abatimento no preço, sem a redibição do contrato.
(D) rejeitar a coisa, redibindo o contrato, reavendo o preço pago e obtendo o
reembolso das despesas do contrato ou reclamar o abatimento no preço, sem
a redibição do contrato.
(E) rejeitar a coisa, redibindo o contrato, reavendo o preço pago e obtendo o
reembolso das suas despesas, além das perdas e danos, ou reclamar o
abatimento no preço, sem a redibição do contrato.
COMENTÁRIOS. Pelo Código Civil Paulo pode rejeitar a coisa por defeito oculto,
redibindo o contrato e recebendo o valor que pagou mais as despesas do contrato
ou reclamar abatimento proporcional do preço. Vejamos os dispositivos aplicáveis.
Art. 441, CC: A coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é
destinada, ou lhe diminuam o valor. Art. 443, CC: Se o alienante conhecia o vício
ou defeito da coisa, restituirá o que recebeu com perdas e danos; se o não
conhecia, tão-somente restituirá o valor recebido, mais as despesas do contrato.
Art. 442, CC: Em vez de rejeitar a coisa, redibindo o contrato (art. 441), pode o
adquirente reclamar abatimento no preço. Gabarito: “D”.
34) (FCC – PGE/MT – Procurador do Estado – 2016) Isac vendeu seu veículo
a Juliano, por preço bem inferior ao de mercado, fazendo constar, no contrato de
compra e venda, que o bem estava mal conservado e poderia apresentar vícios
diversos e graves. Passados quarenta dias da realização do negócio, o veículo
parou de funcionar. Juliano ajuizou ação redibitória contra Isac, requerendo a
restituição do valor pago, mais perdas e danos. A pretensão de Juliano
(A) improcede, porque, embora a coisa possa ser enjeitada, em razão de vício
redibitório, as perdas e danos apenas seriam devidas se Isac houvesse procedido
de má-fé.
(B) procede, porque a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser
enjeitada por vícios ou defeitos ocultos, que a tornem imprópria ao uso a que é
destinada, ou lhe diminuam o valor.
(C) improcede, porque firmou contrato comutativo, assumindo o risco de que o
bem viesse a apresentar avarias.
(D) improcede, porque não configurados os elementos definidores do vício
redibitório e o comprador assumiu o risco de que o bem viesse a apresentar
avarias.
14) (FGV – Exame Unificado da OAB – 2010) Por meio de uma promessa de
compra e venda, celebrada por instrumento particular registrada no cartório de
Registro de Imóveis e na qual não se pactuou arrependimento, Juvenal foi residir
no imóvel objeto do contrato e, quando quitou o pagamento, deparou-se com a
recusa do promitente-vendedor em outorgar-lhe a escritura definitiva do imóvel.
Diante do impasse, Juvenal poderá
(A) requerer ao juiz a adjudicação do imóvel, a despeito de a promessa de
compra e venda ter sido celebrada por instrumento particular.
(B) usucapir o imóvel, já que não faria jus à adjudicação compulsória na hipótese.
(C) desistir do negócio e pedir o dinheiro de volta.
(D) exigir a substituição do imóvel prometido à venda por outro, muito embora
inexistisse previsão expressa a esse respeito no contrato preliminar.
16) (FGV – Exame Unificado da OAB – 2010) Durante dez anos, empregados
de uma fabricante de extrato de tomate distribuíram, gratuitamente, sementes de
tomate entre agricultores de uma certa região. A cada ano, os empregados da
fabricante procuravam os agricultores, na época da colheita, para adquirir a safra
produzida. No ano de 2009, a fabricante distribuiu as sementes, como sempre
fazia, mas não retornou para adquirir a safra. Procurada pelos agricultores, a