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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Ensino à Distância de Pemba

Sistemas de Governo Moçambicano

Fatima Amante Saide


Código 708204949

Curso: Lic. em Administração Publica


Disciplina: Ciências P. B. Governação
Ano de Frequência: IV ano

Pemba, Abril de 2023


Folha de feedback
Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota do Subtota
máxima tutor l
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2.0

 Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise coesão textual)
e  Revisão bibliográfica
Discussão nacional e
Internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.0
 Contributos práticos
Conclusão 2.0
teóricos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos gerais Formatação paragrafo, espaçamento 1.0
entre linhas
Normas APA  Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
Bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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ÍNDICE

1.INTRODUÇÃO........................................................................................................................1
2. DESENVOLVIMENTO..........................................................................................................2
2.1. Conceito de Sistema de Governo..........................................................................................2
2.2. Sistema de Governo Adoptado em Moçambique.................................................................3
2.3. Eleições e sistemas eleitorais................................................................................................3
2.4. Organização do poder político..............................................................................................3
2.5. Órgãos de soberania..............................................................................................................4
2.6. Sistema Eleitoral de Moçambique........................................................................................5
3.CONCLUSÃO..........................................................................................................................7
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................8
1.INTRODUÇÃO

Neste trabalho tem como pano de fundo abordarei os conceitos básicos e fundamentais do tema
em alusão, espelhando-me no sistema de Moçambique, suas características, como são
implementados os sistemas de governação, regras e suas vantagens e desvantagens.

No que tange a metodologia usada para a concretização do trabalho, importa referir que uma
pesquisa bibliográfica, onde foram consultadas obras cujo, autores encontram-se citados no
interior do trabalho e na respectiva referência bibliográfica. O método usado para a realização
do trabalho foi, o bibliográfico acompanhado pela pesquisa científica.
2. DESENVOLVIMENTO

2.1. Conceito de Sistema de Governo

Segundo Muller, Bergman, & Strom (2006), Sistema de governo, em uma breve definição,
caracteriza-se por um conjunto de regras que determinam as relações entre o poder executivo e o
poder legislativo. São eles:

a) Presidencialismo

O presidencialismo pode ser definido como sistema de governo cujo chefe de estado e governo
se concentram na figura do presidente, o qual possui um mandato fixo e independente de
confiança parlamentar. Ou seja, nós votamos para um presidente que possui mandato fixo,
podendo ser reeleito de acordo com a nossa constituição. O presidente só será destituído do
cargo através de processo de impeachment, ele não pode ser removido de suas funções por não
estar alinhado à maioria legislativa.

b) Parlamentarismo

No parlamentarismo, o Executivo e Legislativo caminham juntos, e o Parlamento é a instituição


soberana. O parlamentarismo pode ser definido como um sistema de governo em que o
primeiro-ministro e seu gabinete são responsivos perante uma maioria parlamentar, podendo ser
retirados dos cargos por esta mesma maioria através do voto de desconfiança. Em sistemas
parlamentaristas, a população elege os legisladores e estes, dentro do Parlamento, selecionarão o
primeiro-ministro e os demais ministros de gabinete, podendo, da mesma forma, destituí-los do
cargo.

c) Semipresidencialismo

O semipresidencialismo é um sistema de governo caracterizado por possuir tanto aspectos


presidencialistas quanto presidencialistas. Nele, o poder executivo é composto por um
presidente popularmente eleito e com mandato fixo, bem como por um primeiro-ministro e
ministros de gabinete oriundos do Parlamento, ao qual são responsivos. Existem eleições
presidenciais independentes de eleições legislativas. O presidente deve exercer uma função de
Chefe de Estado (cerimonial, em alguns casos, e central, em outros), enquanto o primeiro-
ministro é o Chefe de Governo.
Na política comparada é possível encontrar uma série de estudos que investigam as semelhanças
e diferenças entre os sistemas governamentais e os efeitos que podem gerar sobre o
funcionamento de um sistema político. Para quem busca mais informações sobre os sistemas de
governo, são recomendáveis as leituras elencadas abaixo

2.2. Sistema de Governo Adoptado em Moçambique

Moçambique caracteriza-se no sistema de governo presidencialista, o sistema em que o Chefe de


estado é um órgão decisivo, que exerce poderes importantes, e em que o execute não responde
politicamente perante o Parlamento, pelo menos no que respeita á possibilidade de o parlamento
demitir o Governo.

A democracia é o governo do povo. Implica, que a legitimação do poder político, em palavras


mais simples: o governo, deve sair do próprio povo. O número dos habitantes em Moçambique
não permite que todos possam estar presentes numa reunião. Por isso, os cidadãos elegem
representantes com a tarefa de exprimir a vontade do povo e, deste modo, governar o país. A
Constituição da República prevê que a população elege deputados para a Assembleia da
República, que são representantes do povo. Para a escolha dos representantes, art. 73º e 135º da
Constituição da República exige eleições transparentes, livres e justas, onde todos os cidadãos
maiores de 18 anos têm o direito de participar (art. 147 n.º 1 e 170º n.º 1 da Constituição da
República de Moçambique).

2.3. Eleições e sistemas eleitorais

A eleição dos deputados para a Assembleia da República, que exercem o poder político em
representação dos cidadãos, caracteriza a democracia em Moçambique como democracia
directa. Além disso, na Constituição da República consta um elemento da democracia directa,
que é o referendo (arts. 73º e 136º da Constituição da República de Moçambique). O referendo é
uma consulta feita aos cidadãos eleitores sobre uma questão de relevante interesse nacional.

2.4. Organização do poder político

O Estado existe para facilitar a vida dos cidadãos que vivem dentro dele. Para executar a
vontade do povo dentro da democracia em Moçambique, o Estado precisa de órgãos, que
trabalham para ele e implementam aquilo que o povo através dos seus representantes decidiu.
Assim como o nosso corpo humano tem órgãos para lhe servir, o Estado tem órgãos para
interagir com terceiros, para actuar para fora. Portanto, são os órgãos, que vão aos encontros e
reuniões, escrevem e respondem cartas etc. Mas sempre em coordenação com o "corpo", neste
caso o povo moçambicano, porque os órgãos só têm a sua legitimidade da sua existência para
facilitar as actividades do Estado, que têm como elemento mais importante o povo. Assim, os
órgãos não podem ultrapassar os limites da autorização deles.

Ao mesmo tempo, o povo deve admitir a responsabilidade de dar directivos e controlar os


órgãos, porque isto não é só direito, mas também dever. Se acontecer uma situação ilegal, a
pessoa responsável deve responder no tribunal. O poder político em Moçambique está sendo
organizado em órgãos de soberania e órgãos locais do Estado (arts. 133º e 262º da Constituição
da República). Os órgãos da soberania respondem ao nível central, os órgãos locais ao nível
local.

2.5. Órgãos de soberania

São órgãos da soberania o Presidente da República, a Assembleia da República, o Governo, os


Tribunais e o Conselho Constitucional.

a) Presidente da República

O Presidente da República é o chefe do Estado de Moçambique. Ele representa Moçambique


internamente e no estrangeiro. Ele tem a tarefa de controlar o funcionamento correcto dos
órgãos do Estado (art. 146º da Constituição da República de Moçambique). O Presidente da
República deve zelar que as garantias da constituição serão cumpridas.

O Presidente da República é eleito pelo povo. A eleição deve ser directo, igual, secreto, pessoal
e periódico. Eleições têm lugar de cinco em cinco anos. O Presidente da República só pode ser
eleito de novo uma vez (art. 147º da Constituição da República de Moçambique). Para as demais
competências do Presidente da República veja 146º a 163º da Constituição da República.

b) Assembleia da República

A Assembleia da República é a assembleia representativa de todos os cidadãos moçambicanos


(art. 168º da Constituição da República de Moçambique). A Assembleia da República é o mais
alto órgão legislativo na República de Moçambique. Ela determina as normas que regem o
funcionamento do Estado e a vida económica e social através de leis e deliberações (art. 169º da
Constituição da República de Moçambique).

A Assembleia da República é constituída por 250 deputados. Esses são eleitos em eleições
directas, iguais, secretos, pessoais e periódicos (art. 170º da Constituição da República de
Moçambique).

Os deputados são os representantes do povo moçambicano. Eles devem exprimir a vontade dos
cidadãos nas deliberações da Assembleia da República. As leis aprovadas pela Assembleia da
República espelham aquilo que o povo quer. As leis são implementadas pelo governo e pela
administração pública. Pelo cumprimento das leis velam os tribunais. Deste modo, a nossa
constituição consta o controlo mútuo dos poderes dos órgãos da soberania.

c) O Governo

O Governo de Moçambique é o Conselho de Ministros (art. 200º da Constituição da República).


Esse é composto pelo Presidente da República, Primeiro/a Ministro/a e pelos Ministros (art.
201º da Constituição da República de Moçambique). Certamente já ouvimos falar do Primeiro/a
Ministro/a, do Ministro/a da Educação, da Agricultura, das Obras Públicas e Habitação, do
Trabalho, do Interior, da Justiça, e outros. Estes compõem o governo de Moçambique chefiados
pelo Presidente da República.

A função principal do Conselho de Ministros é assegurar a administração do país (veja art. 203º
da Constituição da República de Moçambique para mais funções). O Conselho de Ministros
observa as decisões do Presidente da República e as deliberações da Assembleia da República
(art. 202º da Constituição da República de Moçambique).

2.6. Sistema Eleitoral de Moçambique

A constituição da República de Moçambique estipula um sistema presidencialista, no qual o


Presidente da República é o chefe de estado, chefe do governo presidindo o Conselho de
Ministros e comandante chefe das Forças Armadas (artig.146). O presidente detém uma série de
poderes como nomear, exonerar demitir o Primeiro-Ministro e outros ministros, os governadores
provinciais, o Procurador-Geral e o Vice-Procurador-Geral da República, nomear o Presidente e
o Vice-Presidente do Tribunal Supremo e o Presidente do Conselho Constitucional. Em caso de
impedimento ou ausência, ou na necessidade de uma substituição interina, o Presidente da
Assembleia da República substitui o Presidente da República.

O governo é representado a nível provincial por governadores. O poder legislativo é


desempenhado pela Assembleia da República com 250 deputados. As Assembleias Provinciais
são um órgão de representação democrático competindo-lhes a função de aprovar o programa do
governo provincial e de supervisionar a sua implementação.

A Constituição da República de Moçambique estipula uma democracia multipartidária fundada


em eleições periódicas, com mandatos de cinco anos, através de sufrágio universal, directo,
igual e secreto. O presidente da República é eleito quando reúna mais de metade dos votos
expressos maioria absoluta, caso contrário, uma segunda volta das eleições presidenciais é
realizada dentro de 30 dias da data de declaração de resultados pelo conselho constitucional, na
qual participam os dois candidatos mais votados.
3.CONCLUSÃO

Conclui-se que o primeiro passo para a democracia multipartidária se deu com a elaboração da
nova constituição em 1990 que inaugura uma abertura para a liberdade de criação de partidos
políticos e concorrer para o poder político. O segundo passo deu-se com a materialização do
estipulado na nova constituição, quando em 1994 decorrem as primeiras eleições envolvendo
vários partidos. Assim, Moçambique caracteriza-se no sistema de governo presidencialista, o
sistema em que o Chefe de estado é um órgão decisivo, que exerce poderes importantes, e em
que o execute não responde politicamente perante o Parlamento, pelo menos no que respeita á
possibilidade de o parlamento demitir o Governo. A democracia é o governo do povo.

REFERÊNCIAS
Muller, W. C., Bergman, T., & Strom, K. (2006). Parliamentary Democracy. Delegation and
Accountability in Parliamentary Democracies. New York: Oxford University Press.

Nigri, J. (2011). A Importância do Plano de Negócios. Obtido de


http://www.catho.com.br/cursos/index.php?p=artigo&id_artigo=195&acao=exibir>

Rosa, C. A. (2013). Como elaborar um plano de negócio. Brasília: SEBRAE.

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