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Metodologia adequada
ao objecto do trabalho 2.0
Articulação e
domínio do discurso
académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita
cuidada, coerência /
Análise coesão textual)
e Revisão bibliográfica
Discussão nacional e
Internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
1. INTRODUÇÃO....................................................................................................................1
2. REFORMA DO SECTOR PUBLICO..................................................................................2
2.1. Conceito de Reforma........................................................................................................2
2.2. Reforma do Sector Publico...............................................................................................2
2.3. Estratégia Global de Reforma do Sector Público Moçambique....................................2
2.4. Os Motivos para uma Estratégia de Reforma do Sector Publico..................................3
2.5. Objectivos e Componentes da Estratégia Global de Reforma do Sector Público.........3
3. ANÁLISE CRITICA DAS REFORMAS DO SECTOR PÚBLICO EM
MOÇAMBIQUE......................................................................................................................5
4. CONCLUSÃO....................................................................................................................10
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................11
1. INTRODUÇÃO
Desde a independência nacional de Moçambique até aos dias de hoje a administração da coisa
pública tem encarado complexas modificações. Essas modificações são perceptíveis num quadro
de tentativas que o Estado enquanto aparelho tem imprimido com vista a dar resposta aos
problemas herdados pelo país no período da nascença da sua soberania, aos por si criados num
processo de aprendizagem concomitante a prática e, em última análise, aos desafios que,
enquanto sistema, lhe são propostos pelo meio interno (inputs organizacionais como recursos
humanos e materiais) e externo (a colectividade, globalização, integração económica, etc.).
Neste contexto, constitui o objectivo principal do trabalho proceder analise critica das Reforma
do Sector Pú blico em Moçambique
Neste contexto, a metodologia usada para a concretização do trabalho foi pesquisa bibliográfica,
onde foram consultadas obras cujo, autores encontram-se citados no interior do trabalho e na
respectiva referência bibliográfica. O método usado para a realização do trabalho foi, o
bibliográfico acompanhado pela pesquisa científica.
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2. REFORMA DO SECTOR PUBLICO
Segundo ao autor, quando se fala de reforma tem que se ter em conta os factores processo e
mudanças. Embora se reconheça que quando se fala em mudanças pode se estar falando de
forma negativa, há aqui a evidenciar o facto de na maioria das vezes ou, sempre que se fala em
reformas, o fim está relacionado com um sistema de resultados que se caracterizam de forma
positiva em melhorias significativas para a organização alva da reforma.
Sendo assim, “a reforma do sector público deve ser entendida como um movimento permanente
e contínuo de ajustamento do sector público às alterações do contexto global e às políticas
básicas do Governo e não como um evento unitário, isolado e delimitado no tempo” (Chissano,
2001)22, para que as melhorias do processo resultante se acomodem com os passos do
desenvolvimento e, buscando cada vez mais elementos positivos para a administração pública.
Durante os 26 anos de Independência, foram feitas profundas mudanças para se ajustar o sector
público à evolução e às alterações no modelo socio-económico do país. Apesar destes esforços,
o sector público ainda tem operado, de modo geral, com níveis baixos de eficiência e eficácia e
efectividade, assim como uma reduzida qualidade de serviços prestados ao cidadão” (CIRESP,
2001)
O que se constatou, portanto, não foi a ausência de experiências de reformas, mas a ausência de
estratégias sistematizadas que as tivessem conduzido de forma mais consistente e coerente, no
quadro de um processo contínuo, global e controlado, e com um horizonte temporal mais
alargado. Esta situação teve a sua explicação porque os processos ainda não eram integrados de
forma a permitir à Administração Pública a antecipar-se e estar preparada a responder,
cabalmente e a tempo às exigências impostas pelas directrizes do Governo” (Cruz, 2003).
Face à nova postura que é exigida ao papel do sector público no processo de desenvolvimento,
o Governo concluiu que era absolutamente necessário lançar uma reforma que seja integrada e
participativa e que responda, na verdade, aos problemas imediatos, de médio e longo prazos que
se apresentam como desafios fundamentais no presente e no futuro” (Ibid.).
A estratégia global da Reforma do sector Público tem como objectivos os seguintes (UTRESP,
2005):
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condições de trabalho); e Finanças Públicas (Programação orçamental, gestão financeira
e patrimonial, procurement público, mecanismos de prestação de contas);
No sentido de melhor conceber e conduzir a reforma, foram seleccionadas cinco áreas temáticas
ou componentes que, pela sua natureza, cobrem, praticamente, todos os elementos envolvidos
no processo (CIRESP, 2001).
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3. ANÁLISE CRITICA DAS REFORMAS DO SECTOR PÚBLICO EM
MOÇAMBIQUE
Aliás, a análise dos pressupostos e princípios dessa reforma (CIRESP, 2001) mostra que estão
embasados nas doutrinas da Nova Gestão Pública (NGP), que alegam, por um lado, a
necessidade de modernização dos processos de gestão por meio da implementação de novas
concepções acerca do funcionamento da administração pública de modo a promover maior
eficiência e eficácia das acções governativas e elevação do desempenho das instituições do
Estado. Por outro, fundamentam-se nas concepções da Governança Interativa, pois assinalam a
importância da adopção de novas práticas de gestão tais como accountability, transparência,
participação e responsabilização na actuação dos organismos estatais.
A partir de 2001 foram criados mecanismos administrativos para garantir a disciplina fiscal,
casos da Unidade Técnica de Reforma da Administração Financeira do Estado (UTRAFE) e do
Sistema de Administração Financeira do Estado (SISTAFE). Estes se constituíram nas grandes
inovações relativamente à forma de organização e gestão de recursos financeiros públicos e
visam a elevação da eficiência administrativa.
Na mesma vertente, de forma mais intensa, a partir de 2006 as instituições públicas em todos os
níveis (central, provincial, distrital e dos municípios) passaram a ser gerenciadas e avaliadas
através de indicadores de desempenho que privilegiam o alinhamento entre os principais
instrumentos de governação no sector público, o Plano Econômico e Social (PES) e o
Orçamento do Estado (OE).
O PES e o OE incorporam uma nova lógica e visão de planeamento e execução, mas também de
prestação de serviços à sociedade dado que privilegiam a gestão por resultados, a imposição de
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uma cultura de responsabilização dentro da administração pública, bem como a entrada de
novos actores no processo de gestão das políticas públicas mediante a criação de parcerias
público-privadas.
Como é assinalado pelo Novo Serviço Público (NSP), na EGRSP defende-se maior acesso dos
grupos de interesse ao processo da governança no sector público, encarada, nessa perspectiva,
como um mecanismo que permite a actuação da administração pública de forma mais
participativa e coordenada. Formula-se que novos agentes provenientes do sector privado assim
como da sociedade civil são vistos como actores que devem interagir com maior frequência com
o Estado e suas instituições, reduzindo as fronteiras existentes de modo a elevar a participação
pública no processo de formação e tomada de decisão das políticas públicas.
No entanto, nota-se que o caráter das medidas administrativas descritas se aproxima das
concepções propostas pela governação interativa em que, por um lado, a questão de fundo é a
modernização da gestão sustentada pela criação das bases para a construção de um serviço
público que atende as demandas e expectativas da sociedade e, por outro, trata-se de um serviço
voltado à elevação da capacidade da acção governativa do Estado para a implementação de
políticas públicas.
Essa tendência é atestada pelas mudanças que se pretende induzir nos valores e comportamentos
dos funcionários, na cultura administrativa, nas competências e responsabilidades dos
organismos públicos, na coordenação institucional e na fiscalização das formas de atuação da
administração pública.
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A implementação da EGRSP tem estado a decorrer com base na inspiração do que o NSP
explicitado por Denhardt e Denhardt (2000) considera ser uma gestão construída
colectivamente, isto é, em que são partilhados interesses e responsabilidades baseados na
deliberação conjunta, onde o Estado promove a articulação e o interesse público, justiça e a
equidade. Portanto, as políticas públicas têm estado a ser vistas como um complexo resultado
dos interesses de vários grupos, opiniões e interesses. Nesse novo contexto de relações, o papel
do governo tem estado a transformar-se, tornando-se um actor não exclusivo que controla a
sociedade e oferece serviços, mas que agrega, negocia e facilita, busca soluções com outros
atores privados e a sociedade civil.
Por sua vez, a implementação do Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE) em 2009 pela Lei no 14/2009, de 17 de março, permitiu proceder a uma gestão de
recursos humanos a partir de mecanismos modernos e de técnicas de avaliação de desempenho.
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necessários para atuar e responsabilizar, motivando as lideranças, os funcionários e agentes do
Estado para um desempenho de qualidade e reconhecendo o mérito e a excelência.
A perspectiva é a de que essas estratégias de gestão pública devem vincular suas tarefas com os
princípios de monitoria e avaliação do cumprimento, por exemplo, dos contratos e programas
estabelecidos, o que mostra que não será suficiente no novo contexto da administração pública
uma actuação baseada na padronização e regras do modelo burocrático para conseguir o
cumprimento dos objectivos organizacionais pretendidos na gestão.
Para o efeito, o sector público deve abrir-se para as influências positivas do seu exterior,
interagindo com os cidadãos de forma singular ou colectiva no intuito da construção de
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processos de tomada de decisão mais participativos. Compreende-se que se deve tomar os
cidadãos como o fundamento e a razão da administração pública.
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4. CONCLUSÃO
Neste trabalho, conclui-se que a implementação da reforma tem sido nos últimos dias tema de
acesos debates quer dentro das instituições públicas quer fora destas, através dos meios de
comunicação social, sociedade civil, doadores e doadores e o Estado. Este movimento vem
mostrar que todas as partes interessadas já participam (mesmo que alguns grupos de forma
tímida o façam) activamente na implementação da Reforma, o que é muito positivo e pertinente.
A EGRSP tem demonstrado que quando as acções são levedas a cabo de forma sinérgica, os
resultados são comummente aceites e convergentes, pois ao se estruturar como uma envolvente
que toca a racionalização e descentralização de estruturas de prestação de serviços públicos,
politicas públicas, profissionalização, gestão financeira e boa governação e combate a
corrupção, mas apoio encontra nas partes envolvidas no debate ja feito menção.
Contudo, a apreciação dos pressupostos e práticas que têm estado a ser adoptadas indica que a
implementação dessa reforma tem sido marcada por algumas limitações de natureza estrutural e
funcional que são, na prática, impostas pelo próprio modelo adotado. Os grandes dilemas se
colocam em relação às metas de eficiência e ao alcance de resultados e processos participativos.
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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DENHARDT, Robert; DENHARDT, Janet. (2003). The new public service: an approach to
reform. International Review of Public Administration, v. 8, n. 2003.
KOOIMAN, Jan. (2010). Governance and governability. In: OSBORNE, Stephen (Org.). The
new public governance? Emerging perspectives on the theory and practice of public governance.
Routledge. Nova York.
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