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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema
A Liderança no Ambiente Organizacional

Cachu Daniel Roberto Augusto Xavier

Cod.

Curso: Administração Pública


Disciplina: Gestão de Recursos
Humanos
Ano de Frequência: 4oAno

Milange, Outubro de 2020


Índice
1. Introdução...............................................................................................................................3

1.1. Objectivos............................................................................................................................3

1.1.1. Geral..................................................................................................................................3

1.1.2. Específicos........................................................................................................................3

1.1.3. Metodologia......................................................................................................................3

2. Liderança.................................................................................................................................4

3. Tipos de liderança...................................................................................................................5

3.1. Liderança Autocrática..........................................................................................................5

3.2. Liderança Democrática........................................................................................................6

3.3. Liderança Liberal.................................................................................................................6

4. Teorias de Liderança...............................................................................................................7

4.1. Teoria dos Traços de Personalidade....................................................................................7

4.2. Teoria dos Estilos de Liderança...........................................................................................7

4.4. Teoria Transaccional............................................................................................................8

5. Importância da liderança nas organizações.............................................................................9

6. Características de um líder organizacional...........................................................................10

7. A Liderança no Ambiente Organizacional...........................................................................12

8. Conclusão..............................................................................................................................14

9. Referências bibliográficas.....................................................................................................15
Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Pontuação Nota do Subtot
máxima tutor al
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionai  Discussão 0.5
s  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução  Descrição dos
1.0
objectivos
 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e
2.0
internacional relevante
na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Referência Normas APA
 Rigor e coerência das
s 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografia

Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor


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1. Introdução
O tema liderança organizacional tem merecido atenção de muitos profissionais em virtude da
necessidade de se aplicar este aprendizado junto às práticas do quotidiano empresarial. Já foi
percebida pelos gestores a real importância de se formar líderes em suas empresas e dessa
maneira facilitar o alcance do sucesso nos negócios.

Para melhor compreensão dessa temática pode-se pensar sobre o papel do líder dentro da
organização, verificando algumas formas de actuação para assim obter os frutos advindos do
uso da liderança. Numa época de constante mudança tecnológica e transformações crescentes,
a liderança nas organizações se torna um processo cada vez mais crucial, na medida em que
representa o elemento propulsor muitas dessas mudanças.

Veremos também a importância da liderança dentro das organizações, o feedback entre líder e
liderado, as diferenças entre gerenciar e liderar, pois muitas vezes o gerente não exerce o
papel de líder, e por fim a liderança na visão das empresas, como grandes empresas passaram
a dar valor ao líder.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Compreender a Liderança no Ambiente Organizacional

1.1.2. Específicos

 Definir a Liderança;
 Identificar os Tipos de liderança;

 Descrever as Teorias de Liderança;


 Descrever a Importância da liderança nas organizações;
 Identificar as Características de um líder organizacional;
 Abordar sobre a Liderança no Ambiente Organizacional.

1.1.3. Metodologia
De salientar que, para elaboração do exame, a autora recorreu a metodologia de consulta de
algumas obras bibliográficas que versam sobre o tema nelas inclinadas e que tais obras estão
referenciadas na lista bibliográfica. Como se não bastasse, tratando-se dum trabalho

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científico, importa salientar que está organizado textualmente da seguinte maneira: a
introdução, desenvolvimento e conclusão.
Liderança no Ambiente Organizacional
2. Liderança
Liderança é o ato de influenciar o comportamento das pessoas e levá-las ao bom desempenho
de acordo com as suas necessidades e as das organizações nas quais actuam, é a habilidade de
motivar, é o anseio de integrar pessoas em grupos, capacidade para controlar as mais diversas
situações, tendo papel fundamental nas relações humanas e no desempenho e empenho de
cada indivíduo.

A liderança é um conceito antigo, que foi se tornando essencial, ganhando espaço e


credibilidade dentro das organizações, pois é a chave para o seu sucesso por ser considerada
como factor decisivo na motivação dos colaboradores.

Segundo Hersey e Blanchard (1986, p. 104)

Sempre que uma pessoa procura influenciar o comportamento de outra, a


primeira é o líder potencial e a segunda o liderado potencial, não importando
se esta última é o chefe, um colega, subalterno, amigo ou parente.

Nem sempre o líder é alguém que tem um cargo de chefia, ele pode ser um colaborador que
possui traços e características de liderança, de conduzir pessoas e situações.

Existem vários conceitos sobre liderança, segundo Chiavenato (2005, p. 183)

A liderança é um fenómeno social que ocorre exclusivamente em grupos


sociais. Ela é definida como uma influência interpessoal exercida em uma
dada situação dirigida pelo processo de comunicação humana para a
consecução de um ou mais objectivos específicos.

Liderança está directamente ligada à influência entre pessoas, esse é o papel do líder,
influenciar directamente os colaboradores em suas tomadas de decisões, os envolvendo numa
relação de compromisso onde ofereçam maior empenho e melhor desempenho no crescimento
das organizações.

Neste contexto o colaborador satisfeito é o melhor recurso para o sucesso e organização de


uma empresa. É importante que as organizações dêem perspectiva de desenvolvimento
profissional àqueles que alcançarem melhores resultados e transmita a certeza de que o
trabalho feito é visto, avaliado e valorizado.

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Ao mesmo tempo em que é essencial reconhecer aqueles que também se dedicaram, mas que
não conseguiram entregar um trabalho dentro das expectativas. É essencial compreender em
quais etapas as dificuldades estão alocadas e quais são as formações e treinamentos que
podem saná-las. Essa é uma forma da organização mostrar que o quadro de colaboradores não
é descartável.

Portanto, depois de vários conceitos trazidos por diferentes autores pode-se assumir que,
liderança é um processo de influenciar actividades individuais e grupais em direcção ao
alcance das metas e sua consecução, ou por outra liderança é a influência interpessoal
exercida numa situação, por intermédio do processo de comunicação para que seja atingida
uma meta.

3. Tipos de liderança
Segundo Chiavenato (2000), existem três tipos clássicos de liderança, que definem a relação
entre o líder e os seus seguidores e são os tipos mais frequentes na maioria das organizações
nomeadamente: Autocrática, Democrática e Liberal (ou Laissez-faire). Em seguida
passaremos a descrever cada uma desses tipos de liderança aqui mencionados. Todavia, o
processo de liderança não se esgota somente ao trabalho a ser desenvolvido, mas também, as
necessidades de satisfação dos membros do grupo, isto é, não há uma maneira melhor de
liderar.

3.1. Liderança Autocrática


Segundo chiavenato (2004), o estilo autocrático cria tensão, frustração e agressividade, de um
lado, e, de outro, nenhuma espontaneidade para a realização de tarefas sem ordens do líder. O
trabalho é desenvolvido só na presença do líder. Quando este se ausenta as actividades param
automaticamente, e o grupo expande seus sentimentos de reprimidos, chegando a explosões
de indisciplina e agressividade.

Segundo Chiavenato (2000) ‘O líder autoritário fixa directrizes sem a participação do grupo,
determina as técnicas para a execução das tarefas. É também ele que designa qual a tarefa de
cada um dos subordinados, e qual será o companheiro de trabalho de cada sujeito. É
dominador, provocando tensão e frustração no grupo. Tem uma postura essencialmente
directiva, dando instruções concretas, sem deixar espaço para a criatividade dos liderados.
Este líder é pessoal, quer nos elogios, quer nas críticas que faz.’’

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Nesta linha de pensamento podemos considerar que a liderança autocrática é um estilo em que
a decisão centra-se na pessoa do líder ou seja apenas o líder é quem decide e afixa as
directrizes, sem qualquer participação do grupo. É ele quem determina providências para a
execução das tarefas, faz a distribuição das tarefas para cada colaborador e quem será o seu
companheiro de trabalho e só ele quem faz elogios ou críticas perante o trabalho realizado.

3.2. Liderança Democrática


Chiavenato (2000), líder democrático assiste e estimula o debate entre todos os elementos. É o
grupo, em conjunto, que esboça as providências e técnicas para atingir os objectivos. Todos
participam nas decisões. O grupo solicita o aconselhamento técnico do líder, sugerindo este,
várias alternativas, para o grupo escolher. Cada membro do grupo decide com quem trabalha
e é o próprio grupo que decide sobre a divisão de tarefas. O líder tenta ser um membro igual
aos outros elementos do grupo.

Chiavenato (1997), citando White e Lippit (1939), defende que na liderança democrática o
líder procura ser um membro normal do grupo. Nesta óptica, ela fortalece o relacionamento
com os funcionários. Os resultados deste estudo revelam que a liderança oferece
oportunidades de lazer para reunir os funcionários e fortalecer o relacionamento.

Na liderança democrática as directrizes são debatidas em grupo, coordenado pelo líder.


Através desse debate, o grupo expõe suas preocupações podendo ganhar novas dinâmicas,
onde o grupo esboça as estratégias de como atingir os seus objectivos, com o aconselhamento
do líder. A divisão das tarefas fica á critério do grupo, de forma que todos se sintam
satisfeitos. O líder procura ser mais um membro normal.

3.3. Liderança Liberal


Segundo Chiavenato (2004), liderança Liberal existe total liberdade para a tomada de decisão
grupal ou individual, com participação mínima do líder. A participação do líder nos debates é
limitada, apresentando somente as alternativas, dar alguma informação quando solicitada.
Tanto as divisões das tarefas e a escolha dos colegas, ficam por conta do grupo, a participação
do líder é completamente ausente. O líder não avalia o processo muito menos o produto, faz
apenas comentários quando perguntado.

Ela apresenta como vantagem: a participação dos funcionários, liberdade de criatividade,


iniciativa, pois eles se acham mais importantes dentro da empresa. As desvantagens desse
estilo são: As tarefas são desenvolvidas ao acaso e com muitas discussões pessoais.
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Esse estilo pode funcionar e bem, em equipas maduras e responsáveis, que conhecem bem
suas responsabilidades e tem bem definidos seus objectivos não necessitando de supervisão
constante. Mas para grupos imaturos, pode ser indício de uma liderança negligente, deixando
passar falhas sem as mesmas serem corrigidas.

4. Teorias de Liderança
Conforme Marques (2012), não existe apenas um modelo de liderança, e isso ocorre pelo fato
dos seres humanos possuírem suas próprias personalidades que combinados às suas
experiências de vida, resultaram em seus comportamentos profissionais e pessoais.

4.1. Teoria dos Traços de Personalidade

Segundo Gil (2011) a teoria dos traços, enfatiza que os líderes já nascem prontos, sendo um
conjunto de qualidades e de sua personalidade para desempenhar tal função. No entanto essa
abordagem, elaborada no final do século passado, auxiliava para distinguir características da
grande massa, a fim de explicar conduta de líderes como Alexandre O Grande, Júlio César e
Napoleão.

Conforme Daft (2010), a teoria dos traços de personalidade foi uma das primeiras a ser
elaborada. Essa teoria foca nas características ou nos traços pessoais dos líderes, tais como
inteligência, valores, autoconfiança e aparência.

Esta teoria não obteve sucesso, pois pesquisas mostraram que estes traços não são exclusivos
dos líderes e que outras pessoas também a possuíam. Porém, isso não exclui a possibilidade
de que estas características ajudassem na criação da imagem de um líder (MARQUES, 2012).

Segundo Daft (2010), o interesse em examinar os traços de liderança tem recebido mais apoio
das pesquisas. A harmonização de um conjunto de traços depende da situação da empresa,
pois os mesmos traços não se aplicam a todas as organizações

4.2. Teoria dos Estilos de Liderança

A teoria dos estilos de liderança aborda sobre o comportamento do líder ao tomar decisões.
Enquanto a abordagem dos traços se refere aquilo que o líder é, a abordagem dos estilos se
refere aquilo que o líder faz. Através da Teoria dos Estilos de Liderança, foram encontrados
três estilos básicos de liderança: autocrático, liberal e democrático (MARQUES, 2012).
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Na liderança autocrática, apenas o líder toma as decisões, sem qualquer participação do
grupo. É mais conhecido como um chefe do que um líder, não valoriza as competências, os
conhecimentos e os resultados de seus colaborares, assim, criando um ambiente de trabalho
desagradável (MARQUES, 2012).

Na liderança liberal, diferentemente do líder autocrático, o líder liberal demonstra confiança


na capacidade de seus subordinados e dão a eles o poder de decidir quais as melhores
soluções e atitudes a serem tomadas. No entanto, o líder liberal precisa estar atento para que
os colaboradores não percam a direcção e prejudiquem o desempenho da empresa
(MARQUES, 2012).

Segundo Marques (2012), a liderança democrática, permite que todos os liderados participem
das decisões do grupo e acredita que as ideias, críticas e sugestões são importantes para
aperfeiçoamento dos projectos, da equipe e da organização como um todo. Na prática, o líder
utiliza os três estilos de acordo com a situação, com as pessoas e com a tarefa a ser executada.
A principal dificuldade da liderança é saber quando aplicar qual estilo, com quem e dentro de
que circunstâncias (CHIAVENATO, 2012).

4.3. Teoria Situacional

A teoria situacional busca identificar a situação que ocorre e então procurar a teoria mais
aplicável para o que está acontecendo, portanto, considera que existem situações possíveis
dentro de um grupo de colaboradores e muitos perfis de líderes, ou seja, a combinação da
liderança e da situação permite que traça um perfil específico (MARQUES, 2012).

"As teorias situacionais são mais atractivas ao administrador, pois aumentam


as opções e possibilidades de mudar a situação para adequá-las a um modelo
de liderança ou então mudar o modelo de liderança para adequá-lo à
situação" (CHIAVENATO, 2011, p. 122).

4.4. Teoria Transaccional

Segundo Maximiano (2010), o líder transaccional é aquele que apela aos interesses,
especialmente às necessidades primárias, dos seguidores. Ele promete recompensas ou
ameaças para conseguir que os subordinados trabalhem para realizar as metas.

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Na liderança transaccional, exige uma troca seja política, económica, psicológica, entre o líder
e seus colaboradores, de forma que ambos irão se favorecer (MARQUES, 2012).

Teoria Transformacional A liderança transformacional se dá pelo vínculo partilhado, entre o


líder e seus liderados, por uma constante aprendizagem rotineira (MARQUES, 2012).

De acordo com Marques (2012), o líder transformacional percebe a relevância da sua imagem
perante as mudanças organizacionais e sociais. Por isso encara seus compromissos
procurando oferecer aos seus liderados experiências profissionais e pessoais, ensinando e
fazendo com que todos sejam pessoas e colaboradores competentes.

Dessa forma os padrões de comportamento de liderança estão relacionados ao grau de


autoridade utilizado pelo líder e o grau de liberdade disponível para os subordinados na
tomada de decisões, num contínuo de padrões de liderança.

Sem a liderança, os grupos não estarão preparados para se adaptar às mudanças e,


consequentemente, não existirá a mudança, perpetuando sempre a mesma cultura, sem se
adaptar as novas condições ambientais e estratégicas.

5. Importância da liderança nas organizações

A liderança possui atributos importantes para as organizações. Organizações bem sucedidas


devem parte do sucesso à liderança e consequentemente aos seus líderes pois, eles são
factores indispensáveis para o desenvolvimento e comprometimento dos colaboradores.

Dentro da organização ele possui um papel importante que faz todo o diferencial. Empresas
que colocam em prática a liderança, são melhor posicionadas no mercado, pois possuem uma
equipe treinada e qualificada, sendo assim têm um factor positivo no comportamento
organizacional no sentido de buscar sempre maior competitividade no mercado, tendo uma
demanda de produtos ou serviços de melhor qualidade e maior ênfase no atendimento ao
consumidor final.

A organização espera sempre o melhor do líder como, apoio e suporte psicológico para os
colaboradores, orientação, treinamento e desenvolvimento, motivação, comunicação, e o
reconhecimento das pessoas.
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Nesta linha de ideia, a liderança existe para resolver conflitos, de acordo com Chiavenato
(2005, p. 184) “Ela ocorre em uma dada estrutura social decorrente da distribuição de
autoridade de tomar decisões.” Sendo assim, a liderança pode constituir um determinado
grupo, para aumentar a satisfação das necessidades ou evitar sua diminuição.

A comunicação é a base para uma boa liderança, Chiavenato (2005, p. 185) também afirma
que “Ela pode ser definida como a arte de induzir as pessoas a cumprirem suas obrigações
com zelo e correcção.” O verdadeiro líder, tem o poder de fazer seus liderados cooperarem.

O objectivo do líder é trazer melhorias para a organização e fazer com que a equipe alcance
todas as metas propostas.

O líder surge como um meio para o alcance dos objectivos desejados pelo grupo. O
comportamento de liderança deve ajudar o grupo a atingir objectivos ou a satisfazer às
necessidades. Assim, a pessoa que pode dar maior assistência e orientação ao grupo –
escolhendo as soluções ou ajudando o grupo a encontrar as melhores soluções para
seus problemas –, para que atinja um estado satisfatório, tem maiores possibilidades
de ser considerada seu líder. (Chiavenato, 2005, p. 185).

Assim considera-se que para o líder atingir essas características deve motivar seus
colaboradores e conduzi-los ao melhor caminho, deve ter capacidade e seus liderados devem
ter empenho e dedicação naquilo que fazem.

Um líder bem sucedido deve saber lidar com aspectos positivos e negativos. Deve obter o
poder, mas sempre em face positiva, que se caracteriza por uma preocupação com os
objectivos do grupo e não somente os próprios, o factor chave do poder do líder, é a
humildade.

De acordo com Hill (1986, p.134) a liderança e a motivação, estão focadas em um feedback

A importância do feedback activo é quase que universalmente reconhecida. Todos


compreendem que um bom desempenho profissional deve ser devidamente
reconhecido, se pretendemos que assim continue, e o insatisfatório deve ser corrigido,
se tiver que ser mudado.

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O feedback em uma relação entre líder e liderados é de fundamental importância, pois mostra
o reconhecimento das tarefas exercidas, sendo assim revitalizando a motivação existente em
cada colaborador.

6. Características de um líder organizacional

Após entendermos o que é a liderança organizacional, bem como a sua importância para o
sucesso de empresas e gestores, verificamos ainda que o líder organizacional possui as
seguintes características:

 Criatividade
A criatividade e um dos elementos fundamentais para líderes de alta performance. Isso porque
através dela eles conseguem encontrar maneiras novas e eficientes, não só de motivar e
inspirar seus colaboradores, como também de ajudar a empresa no desenvolvimento de
produtos e serviços inovadores, que atendam com ainda mais assertividade as necessidades do
mercado.  

 Intuição
Ter informações e dados precisos à mão, com certeza facilita uma tomada de decisão mais
consciente, que realmente traga os resultados planejados. Entretanto, o líder organizacional
sabe que muitas vezes a intuição faz toda a diferença neste processo, pois dá a ele uma
perspectiva mais abrangente, que em diversos momentos os dados e informações colectadas
não trazem.  

 Proatividade
Trata-se de um profissional que não fica simplesmente esperando que os resultados caiam do
céu. Ele sabe que isso não existe e por isso trabalha com dedicação, confiança a persistência
para transformar as acções planejadas nos objectivos traçados. Além disso, ele também não
aguardando ordens de seus superiores para agir. Ele simplesmente enxerga ou, em alguns
momentos, cria as oportunidades e age de imediato para aproveitá-las.  

 Bom exemplo

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O líder organizacional sabe que para alcançar metas e objectivos precisa contar com o talento
e o bom desempenho de seus colaboradores. Para isso, ele entende que precisa também liderar
pelo exemplo, ou seja, precisa inspirar sua equipe, bem como ter boas acções, que façam com
que eles sintam-se motivados a fazer o necessário para que resultados efectivos sejam
alcançados.  

 Ética
Um dos grandes exemplos que ele dá aos membros de sua equipe é agir sempre com respeito
e ética, não só com relação às pessoas que estão ao seu redor, mas também com relação às
normas e regras que precisa cumprir diariamente, pois somente assim ele terá chances reais de
ser um bom líder, que é verdadeiramente respeitado por todos que lhe rodeiam.  

Além destas características existem algumas outras que facilmente se notam no


comportamento e nas acções de quem desenvolve a liderança organizacional. São elas:

 Preocupação com os demais profissionais;

 Motivação;
 Desenvolvimento;
 Comunicação;
 Respeito;
 Execução;
 Empatia;
 Transformação.

7. A Liderança no Ambiente Organizacional

As organizações são constituídas de pessoas que trabalham juntas actuando em diferentes


áreas, porém com um único objectivo. Neste contexto a liderança exerce papel relevante na
condução das pessoas para o alcance de objectivos do ambiente organizacional.

De acordo com Lawson (2011), toda organização têm metas gerais bem claras, podendo ser:

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Encorajar-se em pesquisa e desenvolvimento contínuo para garantir uma inovadora
gama de produtos; atingir uma percentagem definida da fatia de mercado dentro de
um prazo; alcançar certo volume de negócios financeiros em um prazo definido;
estabelecer um levantamento de capital na bolsa de negócios; lucrar ou obter um
retorno definido em: investimentos; inserir-se em mercados estrangeiros; trabalhar
com ética ou pelo bem comum; estabelecer um domínio de mercado em uma ou mais
áreas; fazer a empresa crescer a ponto de empregar um número predeterminado de
pessoas, e assim em cada nível da cadeia de comando é essencial que os líderes
entendam seus papéis e consigam transmitir aos seus subordinados quais suas
responsabilidades.

A liderança no contexto organizacional assume um papel relevante para o êxito dos negócios.
A figura do líder é que dará a direcção à sua equipe. Com a capacidade de transformar
estratégias em realidade, “uma empresa que tenha falta de liderança, tem pouca oportunidade
de sobreviver” (BENNIS; NANUS, 1988, p. 18).

Um dos factores que determinam o sucesso da empresa na busca da competitividade está


relacionado ao exercício de uma boa liderança no ambiente organizacional. Para se manterem
sustentáveis, as organizações têm passado por uma transformação significativa: a de um novo
perfil do gestor.

Na actualidade, não basta apenas administrar os negócios, é imprescindível que o


administrador seja um líder, com o foco não só em gerir a empresa, mas, primeiramente, as
pessoas, ou seja, saber lidar com factores e necessidades humanas e, como consequência,
obter os resultados (CHIAVENATO, 2005).

As empresas devem estar preparadas para a chegada e inserção de um novo funcionário,


incorporando-o no contexto dos negócios e na missão da organização. Para que isso ocorra, a
liderança mostra-se com uma importância significativa, pois ao líder cabe apresentar os
objectivos e guiar para obtenção dos resultados (LADEW, 2002).

Dentro desse contexto, considera-se que o líder na organização deve ser capaz de orientar,
dirigir e desenvolver habilidades e competências nos profissionais (capital humano) com o
intuito de buscar os resultados esperados pelo seu administrador – o qual dirige a empresa –
(capital social) buscando manter-se no mercado de maneira competitiva e lucrativa, e ambos
devem estar em harmonia com os objectivos (SVEIBY, 1998).

Nestas vertentes os líderes devem reconhecem que no ambiente de trabalho um precisa do


outro, a equipe só alcança o sucesso trabalhando conjuntamente, considerando as habilidades
de cada um, e sempre uma função tem determinada ligação directa ou indirecta com outra,

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acreditam que se cada um compartilhar o que sabe com os colegas e tirar proveito do que
aprende, o sucesso da empresa será cada vez maior.

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8. Conclusão
Concluindo, percebeu-se claramente que a liderança organizacional refere-se a um conjunto
de acções, como: a escolha assertiva de estratégias, organização das actividades,  motivação
dos colaboradores, manutenção do relacionamento interpessoal,  desenvolvimento de
habilidades e competências, gestão de crise, entre diversas outras, que contribuem para que
um líder e sua equipe tenham uma performance de excelência e ajudam a empresa para a qual
prestam serviço a alcançarem os resultados extraordinários que esta almeja.

Uma liderança organizacional de excelência, garante empenho e cooperação de todos os


profissionais, nesse sentido, para que ela surta efeito, o líder precisa ser dinâmico,
carismático, assumir desafios e inspirar os demais que estão ao seu redor, não só os
colaboradores de sua equipe, como também seus pares e até mesmo seus superiores.

Neste sentido, contar com líderes organizacionais se faz essencial para empresas que querem
se destacar no mercado em que actuam, pois eles orientam os profissionais que fazem parte da
organização para os resultados, alinhando sempre seus propósitos aos propósitos dos negócios
e, com isso, possibilitando que todos tenham a oportunidade de atingir o sucesso, conforme
desejam.  

Desta forma conclui-se que o líder muitas vezes não é o gerente ou o director da organização,
a liderança não pode ser vista como um cargo e sim como uma habilidade, pois nem sempre
quem é eficiente em algo poderá ser líder. A liderança existe dentro das organizações e ela
quem faz a diferença, mas para isso o profissional deve sempre vestir a camisa da empresa,
aprimorando cada vez mais seus conhecimentos para um melhor desenvolvimento
profissional e ético independente das situações.

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9. Referências bibliográficas

BERGAMINI, C. W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas, 1994.

BULGACOV, Sergio. Manual de Gestão Empresarial. São Paulo: Atlas, 2006.

CHIAVENATO, I. Recursos Humanos. São Paulo: Atlas, 1998.

___. Gestão de Pessoas: E o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2004.

___. Gerenciando com as Pessoas: Transformando o executivo em um excelente gestor de


pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

GONÇALVES, J. T. Liderança Como Fator Motivacional de Pessoas. Assis: Fundação


Educacional do Município de Assis. (TCC), 2007.

HERSEY, P. BLANCHARD, K. H. Psicologia para Administradores: A teoria e as técnicas


da liderança situacional. São Paulo: EPU 1986.

HILL, N. C. Como Melhorar o Desempenho dos Empregados. São Paulo: EPU, 1986.

HUNTER, J. C. O Monge e o executivo. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.

KOONTZ, H. Administração Recursos Humanos: desenvolvimento de administradores. São


Paulo: Pioneira, 1986.

KRAUSE, D. G. A Força de um Líder. São Paulo: Makron Books, 1999.


16
MONTANA, Patrick J. & CHARNOV, Bruce H. Administração. São Paulo: Saraiva, 2006.

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