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 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
 Articulação e domínio do
Conteúdo discurso académico
3.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
 Rigor e coerência das
Referências edição em
citações/referências 2.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de recomendações de melhoria: a ser preenchida pelo tutor

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2
Índice
Introdução......................................................................................................................1

Objectivos......................................................................................................................1

Gerais.............................................................................................................................1

especificos......................................................................................................................1

Metodologia...................................................................................................................1

Classificação das Reações Químicas.............................................................................2

Previsão da ocorrência de reacções químicas e representação química........................3

Reacções ácido-base......................................................................................................6

Definições ácido-base: teoria de Arrhenius e teoria de Brönsted-Lowry......................6

Definição de Arrhenius (1884)......................................................................................6

Definição de Brønsted–Lowry (1923)...........................................................................7

Representação química da reacção ácido-base: equação molecular, equação iónica, e


simplificada..................................................................................................................12

Equação Iônica.............................................................................................................13

Reação De Precipitação...............................................................................................14

Precipitação Do Iodeto De Chumbo............................................................................14

Funções Inorgânicas....................................................................................................15

Óxidos..........................................................................................................................16

Bases............................................................................................................................17

Ácidos..........................................................................................................................17

Nomes dos sais de alguns ácidos mais importantes.....................................................20

Introdução histórica da Química Orgânica..................................................................22

Desenvolvimento histórico da Química Orgânica.......................................................22

Estrutura Electrónica E Ligação Química Nos Compostos Orgânicos........................24

Teoria Estrutural..........................................................................................................24

Teoria electrónica das ligações químicas.....................................................................25

3
A ligação química depois de 1926...............................................................................25

Tipos de orbitais atómicas...........................................................................................26

Características da ligação covalente............................................................................27

Teoria de hibridização.................................................................................................27

Tipos de hibridização do átomo de carbono................................................................27

Hidrocarbonetos (Alacanos, ciclo-alcanos, alquenos e alquinos): de cada grupo de


hidrocarbonetos deve apresentar propriedades físicas, nomenclatura, métodos de
obtenção e propriedades químicas. Estereoquímica. Polimerização...........................28

Os alcanos (parafinas)..................................................................................................28

Os alcanos....................................................................................................................28

Tipos de átomos de carbono nos alcanos.....................................................................28

Nomenclatura dos alcanos...........................................................................................29

Propriedades físicas dos alcanos..................................................................................30

Isomeria dos alcanos....................................................................................................30

Propriedades físicas de alguns compostos isómeros....................................................30

Obtenção dos alcanos...................................................................................................31

Propriedades químicas dos alcanos..............................................................................31

Produção técnica do metano........................................................................................32

Aplicação do metano...................................................................................................32

Os alcenos (olefinas)....................................................................................................33

Nomenclatura dos alcenos...........................................................................................33

Obtenção dos alcenos...................................................................................................33

Propriedades físicas dos alcenos..................................................................................34

Métodos de obtenção do eteno.....................................................................................34

Aplicações do eteno.....................................................................................................34

Isomeria dos alcenos....................................................................................................34

Considerações Finais...................................................................................................35

Referência Bibliográficas............................................................................................36

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5
Introdução
A primeira consideração que se deve ter a respeito dos ácidos e bases é que as chamadas
"teorias" de ácido-base são, na realidade, conceitos de ácidos ou de bases; elas não são
teorias no sentido da teoria da ligação de valência ou da teoria de orbitais moleculares.
Na verdade podemos fazer um ácido ser qualquer coisa que queiramos - as diferenças
entre os vários conceitos não se referem ao "certo", mas ao uso mais conveniente em
uma situação particular. Todas as definições do comportamento ácido-base são
compatíveis umas com as outras. De fato, um dos objetivos na apresentação que se
segue, das várias definições diferentes, é enfatizar seus paralelismos e assim dirigir o
estudante na direção de uma atitude cosmopolita diante dos ácidos e bases, o que dará a
ele uma boa posição para lidar com as várias situações químicas, seja solução aquosa de
íons, reações orgânicas, titulações não aquosas ou qualquer outra.
Objectivos
Gerais
 Falar das Reacções químicas. Principais Funções Inorgânicas e Introdução à
Química Orgânica.

especificos
 Reacções químicas, Aspectos qualitativos e quantitativos;
 Principais Funções Inorgânicas; e
 Introdução à Química Orgânica.

Metodologia
Para a materialização deste trabalho baseei-me no método bibliográfico através de
consultas do módulo da cadeira e outros artigos eletrónicos relacionados.

1
Classificação das Reações Químicas
Para que aconteça uma reação química, as ligações entre átomos e moléculas devem ser
rompidas e devem ser restabelecidas de outra maneira. O que evidencia uma reação é a
transformação que ocorre nas substâncias em relação ao seu estado inicial, essas
modificações dependem do tipo de reação pela qual os reagentes irão passar. Existem
vários critérios para classificar reações químicas, iremos citar apenas quatro tipos de
reações que relacionam o número de substâncias que reagem e o número de substâncias
produzidas. Para melhor exemplificá-las iremos utilizar as letras: A, B, C, D. Reação de
análise ou decomposição: nessa reação uma única substância gera dois ou mais
produtos.

AB → A + B

Exemplo: Os airbags são dispositivos de segurança presentes em vários automóveis.


Quando acionamos esse dispositivo, a rápida decomposição do composto de sódio
NaN3(s) origina N2(g), gás nitrogênio que faz inflar os airbags. Veja a reação:

2 NaN3(s) → 3 N2(g) + 2 Na(s)

Reação de simples troca ou deslocamento: ocorre quando uma substância simples


reage com uma composta, originando novas substâncias: uma simples e outra composta.

A + BC → AC + B
Exemplo: Quando uma lâmina de zinco é introduzida em uma solução aquosa de ácido
clorídrico, vai ocorrer a formação de cloreto de zinco e o gás hidrogênio vai ser
liberado.
Zn (s) + 2 HCl (aq) → ZnCl2(aq) + H2 (g)
Observe que o Zinco deslocou o Hidrogênio, daí o porquê do nome reação de
deslocamento.

Reação de síntese ou adição: são aquelas que duas ou mais substâncias originam um
único produto.
A + B → AB

2
A produção de magnésio é um exemplo dessa reação, quando o magnésio reage com o
oxigênio do ar:

2 Mg(s) + 1 O2(g) → 2 MgO(s)

Essa reação se faz presente em flashes fotográficos descartáveis e foguetes


sinalizadores.

Reação de dupla troca: dois reagentes reagem formando dois produtos, ou seja, se
duas substâncias compostas reagirem dando origem a novas substâncias compostas
recebem essa denominação.

AB + CD → AD + BC

Exemplo: a reação entre o ácido sulfúrico com hidróxido de bário produz água e sulfato
de bário.

H2SO4 (aq) + Ba(OH)2 (aq) → 2 H2O(l) + BaSO4(s)

O produto sulfato de bário: BaSO4(s) é um sal branco insolúvel.

Previsão da ocorrência de reacções químicas e representação química


Algumas condições para a ocorrência de reações químicas são: afinidade entre os
reagentes, contato entre eles, colisão efetiva entre suas moléculas e a energia de
ativação.

A velocidade com que as reações se processam varia muito, e existem alguns fatores
que interferem não só nessa velocidade, mas até mesmo na ocorrência dessas reações.
Eles são basicamente quatro: contato entre os reagentes, afinidade química, colisões
favoráveis e energia de ativação.

Contato entre os reagentes: Para que as moléculas dos reagentes possam colidir umas
com as outras, é necessário que elas entrem em contato.

3
Por exemplo, o sódio é um elemento metálico que reage com o oxigênio, oxidando-se
em minutos quando em contato com o ar. Reage também violentamente com a água,
como mostra a imagem abaixo:

Afinidade química: Essa propriedade diz respeito à capacidade que uma substância


tem de reagir com a outra, pois mesmo se duas ou mais substâncias forem colocadas em
contato, mas não houver afinidade entre elas, não ocorrerá a reação.

Não há afinidade química entre o sódio e o querosene, por exemplo, assim como
acontece com um giz deixado exposto no ar, eles nunca irão reagir, porque não há
afinidade química entre eles, o giz permanecerá intacto.

Nesse aspecto ainda há outra questão, o fato de que quanto maior a afinidade entre as
substâncias, maior será a velocidade da reação. Por exemplo, ao considerarmos as
reações de oxidorredução, essa afinidade corresponde à tendência de ganhar elétrons
que um dos reagentes tem e a tendência de perder elétrons do outro reagente. No caso
dos metais, eles têm a tendência de doar elétrons, oxidando-se. Quanto maior for essa
tendência, maior é a reatividade do metal. Abaixo é mostrada a fila de reatividade dos
metais e do hidrogênio:

4
Observe que o ouro (Au) é o metal menos reativo. Esse é um dos principais motivos
para que ele seja tão valioso. O ouro é bastante resistente à exposição ao oxigênio e à
umidade do ar, bem como ao ataque de ácidos isolados, sendo atacado somente por água
régia, que é uma mistura de três partes de ácido clorídrico com uma parte de ácido
nítrico. É por isso que muitas peças de ouro, como os sarcófagos do Egito antigo,
continuam em ótimas condições até hoje.

Teoria das colisões: Para que uma reação química ocorra, as moléculas dos reagentes
que entraram em contato devem colidir de modo efetivo. Abaixo é mostrado que nem
sempre as colisões entre as moléculas são favoráveis, isto é, resultam na quebra de suas
ligações dos reagentes e formação de novas substâncias (produtos):

Quanto maior o número de colisões favoráveis, maior será a velocidade da reação


química.

5
Entenda mais sobre esse aspecto no texto Teoria das colisões.

Energia de ativação (Eat): Para que as colisões sejam favoráveis e resultem em reação


química, é necessário que os reagentes possuam uma energia mínima, que é a energia
de ativação.

A energia de ativação é necessária para a formação do complexo ativado, isto é, uma


estrutura intermediária entre os reagentes e os produtos, onde as ligações dos reagentes
estão sendo enfraquecidas e as ligações dos produtos estão sendo formadas:

Sem a energia de ativação, a reação não acontece. Por exemplo, no caso do sódio com a
água, esses reagentes possuem a energia mínima para que a reação entre eles ocorra, por
isso, só por estarem em contato, eles já reagem.

Agora considere outro caso: o gás propano, presente no gás de cozinha, possui afinidade
química com o oxigênio do ar para entrar em combustão. No entanto, tais reagentes não
possuem a energia de ativação e é por isso que quando abrimos a válvula do fogareiro,
deixando o gás escapar, não acontece reação nenhuma. É preciso fornecer energia para a
reação de combustão ocorrer e é isso que é feito quando aproximamos o palito de
fósforos. Visto que essa reação de combustão é exotérmica, liberando energia, a reação
continua ocorrendo até que pelo menos um dos reagentes seja totalmente consumido.

Portanto, quanto menor for a energia de ativação, mais rápida será a velocidade com que
a reação se desenvolverá.

6
Reacções ácido-base
Definições ácido-base: teoria de Arrhenius e teoria de Brönsted-Lowry
Definição de Arrhenius (1884)
A definição de Arrhenius de ácido é uma substância que, em solução aquosa,
originaíons H+(aq) . Bases são substâncias que, em solução aquosa, originam íons
OH(aq). Por exemplo, oácido clorídrico HCl e o hidróxido de sódio NaOH se
comportam, respectivamente, como um ácidoe uma base de Arrhenius, pois, ocorrem os
processos deas dissociações iônica quando adiconados àum volume de água.
HCl(aq) H+(aq) + Cl -(aq)[1]

NaOH(aq) Na+(aq) + OH-(aq)[2]

De acordo com a definição de ácidos e bases de Arhhenius, uma reação entre um ácido
e uma base, processo químico denominado de reação de neutralização, é descrita pela
seguinte equação na forma iônica:
H+ (aq) + OH⇆(aq) H2O(l)
Uma equação iônica é, logicamente, aquela que mostra íons. Nestes tipos de equações,
no lado esquerdo são apresentadas somente as espécies que, em solução, realmente
reagem e do lado direito as espécies que são formadas. Note que na equação, em
solução aquosa, os íons Na+ e Cl- não são escritos, isto não significa que eles não estão
presentes, somente que eles não são consumidos ou formados na reação química, ou
seja:

H+ (aq) + Cl- (aq) + Na+ (aq) + OH 


(aq) H2O(l) + Cl- (aq) + Na+(aq)
De início, a definição de Arrhenius é bastante restritiva, uma vez que limita o
comportamento ácido-base a soluções aquosas. Para generalizá-la, novos conceitos
surgiram e um deles foi formulado por Brønsted e Lowry.

Definição de Brønsted–Lowry (1923)


Em 1923 J. N. Brønsted e T. M. Lowry, independentemente propuseram as seguintes
definições para ácidos e bases:
 Ácidos são substâncias que doam prótons ( H+).
 Bases são substâncias que recebem prótons ( H+).

7
Ainda utilizando os exemplos do ácido clorídrico e do hidróxido de sódio, teremos, para
a definição de Brønsted-Lowry:
HCl(aq) + H2O(l) H3O+ (aq) + Cl 
(aq)
ácido1 base2 ácido2 base1
As espécies químicas que diferem uma da outra pelo próton transferido formam um par
ácido e base conjugados. Portanto, na equação acima HCl/Cl− constitui um par de
ácido/base conjugado, designados como ácido1 e base1, assim como, H3O+/H2O
representam o outro par de ácido e base conjugados. Em todas as reações ácido–base de
Brønsted – Lowry, há necessariamente a produção de dois pares ácido/base conjugados.
Como um segundo exemplo, a amônia, NH3, é uma base de Brønsted–Lowry porque
em
solução aquosa ela recebe um próton da água como pode ser verificado na equação
abaixo:

NH3(aq) + H2O(l)⇆ NH4 + (aq) + OH (aq)[6]


base1 ácido2ácido1 base2

Os pares ácido/base conjugados na reação [6] são: NH 4 +/ NH3 e H2O / OH .No contexto

da definição de Brønsted-Lowry, há a possibilidade de se ter uma espéciecapaz de doar


ou receber prótons; esta é uma espécie denominada de anfiprótica. Como exemplo de
compostos anfipróticos tem-se a água e o hidrogenocarbonato (bicarbonato). Podemos
verificar, pelas reações [5] e [6], que a água pode atuar como uma base (para formar o
ácido conjugado H3O+) ou como um ácido (para formar a base conjugada OH ). O 

mesmo ocorre com o hidrogenocarbonato, cujas reações em que ele funciona,


respectivamente, como ácido e base são:
HCO3 (aq) + H3O+(l)⇆ < H2CO3 >+ HOH(aq) [7]
base1 ácido2 ácido1base2
HCO3-(aq)+ OH-(aq)⇆ CO32- + HOH(aq) [8]
ácido1 base2base1ácido2

Outro exemplo de reação ácido-base de Brønsted–Lowry, é a reação entre o


ácidoclorídrico e a amônia:
HCl (aq) + NH3(aq) NH4+(aq) + Cl (aq) [9]

ácido1base2 ácido2 base1


Os pares ácido/base conjugados na reação [9] são: HCl / Cl- e NH4 + / NH3.Mesmo na
ausência de um solvente podemos ter uma reação de ácido e base. Por exemplo, a
reação ácido-base entre HCl e NH3 ocorre na fase gasosa. Tanto o cloreto de hidrogênio

8
como a amônia são facilmente produzidos na fase gasosa: basta abrir um frasco
contendo uma solução concentrada dessas substâncias em uma capela, para se observar
a formação de uma névoa branca, devido à formação do sólido cloreto de amônio,
NH4Cl. A reação que ocorre é descrita pela equação [10]:
HCl (g ) + NH3(g) NH4Cl(s) [10]

Um processo de neutralização, pode agora ser racionalizado como aquele em que


ocorreuma transferência de prótons entre dois pares ácido/base conjugados. Portanto,
todas asreaçõesapresentadas para exemplificar as definições de Brønsted–Lowry,
podem serchamadas de reaçõesde neutralização.

Estequiometria ácido-base: neutralização total, parcial, e concentração dos iões na


solução final
As reações de neutralização ocorrem quando um ácido e uma base reagem, formando
sal e água.
Quando misturamos um ácido e uma base, uma substância irá neutralizar as
propriedades da outra, pois elas reagem quimicamente entre si e, por isso, essa reação é
denominada de reação de neutralização.
Neutralização total: Quando a quantidade de cátions H+ provenientes do ácido é igual
à quantidade de ânions OH- provenientes da base.Nas reações de neutralização total são
sempre formados sais neutros. Dessa forma, a reação ocorre entre ácidos e bases em
que ambos são fracos ou, então, ambos são fortes.

Exemplos:

 Reações entre ácidos e bases fortes:


HCl + NaOH → NaCl + H2O
Observe que cada molécula do ácido produziu 1 íon H + e cada molécula da base
produziu também apenas 1 íon OH-.
3 HCl + Al(OH) 3 → Al(Cl)3 + 3H2O
Cada molécula do ácido produziu 3 íons H + e cada molécula da base produziu também
apenas 3 íons OH-.
 Reações entre ácido e base fracos:
2 HNO3 + Mg(OH) 2 → Mg(NO3)2 + 2 H2O

9
Cada molécula do ácido produziu 2 íons H + e cada molécula da base produziu também
apenas 2 íons OH-.
HCN + NH4OH → NH4CN+ H2O
Observe que cada molécula do ácido produziu 1 íon H + e cada molécula da base
produziu também apenas 1 íon OH-.

Neutralização parcial: Quando a quantidade de cátions H+ provenientes do ácido não é


a mesma quantidade de ânions OH- provenientes da base. Dessa forma, a neutralização
não ocorre por completo e, dependendo de quais íons estão em maior quantidade no
meio, o sal formado pode ser básico ou ácido.
Exemplos:

HCl + Mg(OH)2 → Mg(OH)Cl + H2O


Nesse caso, enquanto o ácido libera apenas um cátion H +, a base libera dois ânions OH-.
Assim, os ânions OH- não são neutralizados totalmente e é formado um sal básico, que
também é chamado de hidróxissal.
H3PO4 + NaOH → NaH2PO4 + H2O
Já nesse outro exemplo, foi o ácido que liberou mais íons (3) que a base (1). Assim, os
cátions H+ não foram totalmente neutralizados e um sal ácido foi originado, que
também é denominado de hidrogenossal.
Os sais ácidos também podem ser formados através de reações de neutralização entre
um ácido forte (HCl, HNO3, HClO4 etc.) e uma base fraca (NH3, C6H5NH2 - anilina -
etc.). Por outro lado, os sais básicos podem ser formados em reações de neutralização
entre um ácido fraco (CH3COOH, HF, HCN etc.) e uma base forte (NaOH, LiOH, KOH
etc.). Veja:
 Reação entre ácido forte e base fraca→ Sal de caráter ácido:
HNO3 + AgOH → AgNO3 + H2O
 Reação entre ácido fraco e base forte→ Sal de caráter básico:
2 H3BO3 + 3 Ca(OH)2 → Ca3(BO3)2 + 6 H2O

A concentração em mol/L ou concentração em quantidade de matéria (também


conhecida como Concentração Molar ou Molaridade) é a relação de matéria do soluto
(n1 em mol) e o volume da solução em litros (V).

10
Por exemplo, se dizemos que uma solução de sacarose (açúcar comum) possui
concentração de 1,5 mol/L, isso quer dizer que em cada litro da solução há 1,5 mol do
soluto (sacarose) dissolvido.

No entanto, determinadas substâncias ao serem colocadas em água sofrem dissociação


(substâncias iônicas cujos íons são separados) ou ionização (substâncias moleculares
reagem com a água formando íons que antes não existiam).

Nesses casos, podemos determinar a concentração em mol/L para os cátions e para os


ânions na solução se soubermos a concentração em mol/L da solução e as fórmulas
das substâncias dissolvidas.

Já que os coeficientes da equação química de ionização ou de dissociação são


importantes, precisamos saber escrever esse tipo de equação. Para tal basta seguir o
esquema genérico abaixo:

1 AxBy → x A+y + y B-x
1 mol       x mol    y mol

Observe que os coeficientes dos íons na equação são iguais aos índices na fórmula da
substância, e as suas cargas também são numericamente iguais aos índices, só que
trocados.

Por exemplo, digamos que dissolvemos o sulfato de alumínio em água (Al 2(SO4)3), a
sua equação de dissociação total é dada por:

                      1 Al2(SO4)3(aq) → 2 Al3+(aq)  + 3 SO42-(aq)


proporção :        1 mol              2 mol           3 mol

Considere que essa solução possui concentração igual a 0,01 mol/L, qual é a
concentração dos íons se a dissociação for total?

                       1 Al2(SO4)3(aq) → 2 Al3+(aq)  + 3 SO42-(aq)


proporção :        1 mol                    2 mol                3 mol
solução:            0,01 mol/L            2 . 0,01 mol/L    3 . 0,01 mol/L
concentração: 0,01 mol/L            0,02 mol/L        0,03 mol/L

Agora considere um segundo exemplo, em que a dissociação iônica não é total:

11
“Determine as concentrações em mol/L dos íons Ca2+ e OH- em uma solução aquosa que
possui 0,01 mol/L de Ca(OH)2, com α = 0,070 (70%).”

Resolução:

                       1 Ca(OH)2(aq) → 1 Ca2+ (aq)  + 2 OH- (aq)


proporção :        1 mol                    1 mol               2  mol
solução:            0,01 mol/L            0,01 mol/L      2 . 0,01 mol/L
concentração: 0,01 mol/L            0,01 mol/L        0,02 mol/L

Essas seriam as concentrações se α fosse igual a100%, mas como é 70%, temos:

0,01 mol/L de íons Ca2+ (aq) ------ 100%


x -------------------------------------- 70%
x = 70 . 0,01
         100

x = 0,07 mol/L de íons Ca2+ (aq) 

0,02 mol/L de íons OH-(aq)------ 100%


y --------------------------------- 70%
y = 70 . 0,02
         100

y = 0,014 mol/L de íons OH-(aq).

Representação química da reacção ácido-base: equação molecular, equação iónica,


e simplificada
Equação Molecular

equação molecular representa os reagentes e produtos na forma molecular. Por outro


lado, uma equação iônica fornece apenas as espécies iônicas envolvidas na reação
química. Portanto, na equação molecular, não devemos incluir nenhuma espécie iônica,

12
apenas moléculas. Por exemplo, a reação entre cloreto de sódio e nitrato de prata produz
um precipitado branco conhecido como cloreto de prata. A equação molecular para esta
reação é a seguinte:

NaCl + AgNO3   ⟶ AgCl + NaNO3

Equação Iônica
A equação iônica é uma maneira de escrever uma equação química usando as espécies
iônicas envolvidas na reação química. Existem dois tipos de equações iônicas como
equação iônica completa e equação iônica líquida. A equação iônica completa é uma
equação química que explica a reação química, indicando claramente as espécies
iônicas presentes em uma solução. Uma espécie iônica é um ânion (espécie
carregada negativamente) ou um cátion (espécie carregada positivamente). Por
outro lado, uma equação molecular completa fornece as moléculas que
participam de uma reação química.

Equação Iônica-Simplificada

Ca2+ (aq) + CO32+ (aq)  CaCO3(s)

Toda equação química deve ser balanceada. O mesmo número de átomos de cada tipo
deve aparecer tanto do lado dos reagentes, quanto do lado dos produtos. Além disso, a
soma de cargas positivas e negativas deve ser a mesma de ambos os lados da equação.

13
Reação De Precipitação

Uma reação de precipitação é uma reação química em que ocorre a formação de sais
pouco solúveis (precipitados) a partir da mistura de sais solúveis (soluções aquosas de
sais).
Exemplos de reações químicas de precipitação que ocorrem na natureza:
   Aformação de estalactites e estalagmites nas grutas calcárias;
 A formação de conchas e de corais.

Precipitação Do Iodeto De Chumbo

Prepara-se uma solução aquosa de nitrato de chumbo, misturando nitrato de


chumbo (sólido branco) com água destilada. Forma-se um líquido
incolor (transparente). Se utilizarmos água da torneira, forma-se um líquido branco,
devido à presença de nitrato de cálcio (sólido branco), resultante da reação de
precipitação entre o nitrato e o cálcio que existe na água da torneira.
Prepara-se uma solução aquosa de iodeto de potássio, misturando iodeto de
potássio (sólido branco) com água destilada. Forma-se um líquido
incolor (transparente).
Quando se misturam as soluções aquosas de iodeto de potássio e de nitrato de
chumbo, ocorre uma reação química de precipitação, em que se forma iodeto de
chumbo (sólido amarelo) e nitrato de potássio (solução aquosa incolor).
O iodeto de chumbo pode ser separado do nitrato de potássio através de
uma filtração. O sólido fica retido no papel de filtro e o líquido passa para o copo de
vidro.

Equação química de palavras


nitrato de chumbo (aq) + iodeto de potássio (aq) → iodeto de chumbo (s) + nitrato de
potássio (aq)

solubilidade de um sal na água

A solubilidade de um sal na água é a quantidade máxima de sólido que se


dissolve em 100 g de água, a uma determinada temperatura. Quando se atinge este
valor, a solução aquosa (mistura do sal com a água) fica saturada porque se adicionar
mais sal à água, o sal já não se dissolve.

A solubilidade varia com a temperatura: quando a temperatura aumenta,


a solubilidade aumenta.

14
2. Sobre Principais Funções Inorgânicas, cada estudante deve fazer um trabalho com
informações gerais sobre Principais Funções Inorgânicas (Óxidos, Ácidos, Bases e
Sais). Apresentar propriedades Física; critérios de nomenclatura (dar 10 exemplos
para cada caso de nomenclatura em cada função); métodos de obtenção (dar 10
exemplos de métodos de obtenção em cada função, com nomes de reagentes e
produtos); propriedades químicas (dar 10 exemplos de equações de reacções
química em cada função, com nomes de reagentes e produtos).

Funções Inorgânicas
As substâncias dividem-se em simples e compostas. As substânciassimples são
compostas por um só elemento, na composição dassubstâncias compostas entram dois
ou mais elementos. Assubstâncias simples dividem-se em metais e não-metais
oumetalóides (nome intrduzido por Berzelius, em 1808, para designaras substâncias
simples de carácter não-metálico, contudo este nomenão é feliz, visto que metalóide,
literalmente significa “semelhante aometal”). A última divisão é baseada na diferença
das propriedadesfísicas das substâncias simples.

Os não-metais destinguem-se pelo característico brilho “metálico”,pela ductilidade, pela


maleabilidade, podem ser laminados em folhasou estirados em fios, possuem boa
condutibilidade térmica eeléctrica. A temperatura ambiente, todos os metais (excepto
omercúrio) encontram-se no estado sólido.Os não-metais não possuem o brilho
característico dos metais, sãofrágeis, propagam muito mal o calor e a electrecidade.
Alguns delessão gasosos nas condições habituais (condições ambientais).
As substâncias compostas dividem-se em orgânicas e inorgânicas:por substâncias
orgânicas é costume chamar os compostos decarbono, todas as outras substâncias

15
chaman-se minerais ouinorgânicas.Na prática química, das substâncias inorgânicas é
mais frequentetrabalhar-se com óxidos, bases, ácidos e sais. Estas são chamadasclasses
principais das substâncias inorgânicas, são estudadas naescola secundária, por isso,
aqui, damos apenas as noções maisimportantes sobre elas.

Óxidos
Os oxidos são compostos dos elementos com o oxigénio. Segundo aspropriedades
químicas, eles subdividem-se nos que formam sais(salificados) e nos que não os
formam (indiferentes). Os óxidos
salificados, por sua vez, subdividem-se em básicos, ácidos eanfotéricos.Os óxidos
básicos correspondem `as bases, os óxidos ácidos aosácidos. Os óxidos anfotéricos
correspondem aos hidretos que revelampropriedades tanto ácidas como básicas.
Os óxidos indiferentes não formam nem ácido nem bases.Como por exemplo de óxidos
básicos podem servir o óxido de cálcio(CaO) e o óxido de magnésio MgO. O óxido de
cálcio reage com aágua, formando o hidróxido de cálcio Ca(OH)2.CaO + H2O
Ca(OH)2O óxido de magnésio é pouco solúvel na água, porém, a elecorresponde uma
base, o hidróxido de magnésio Mg(OH)2 que podeser obtido indirectamente a partir do
óxido de magnésio.O trióxido de enxofre SO3 e o dióxido de silício SiO2 são
exemplosde óxidos ácidos. O primeiro deles reage com a água, formando o
ácido sulfúrico H2SO4:

SO3 + H2O H2SO4O dióxido de silício não reage com a água, mas corresponde-lhe
oácido silícico H2SiO3 que pode ser obtido indirectamente a partir doSiO2.

Os óxidos ácidos obtêm-se a partir de ácidos, tirando a água destes.Por isso eles têm o
nome de anídridos de ácidos ou simplesmenteanídridos.Óxidos indiferentes são, por
exemplo, o óxido de azoto (II) NO. Nãohá nenhum ácido ou base que correspondia a
este óxido.
Segundo a nomenclatura internacional, todos os compostos deelementos com oxigénio
chamam-se óxidos (excepto os peróxidos).Além disso, para os elementos de valência
variável dentro deparêntesis com números romanos indica-se a valência que o
elementorevela no óxido dado. Asssim, CaO chama-se o óxido de cálcio, eCu2O e
CuO- óxido de cobre (I) e óxido de cobre (II),respectivamente.

16
As vezes, para os nomes dos diferentes óxidos de um elementoutilizam-se os prefixos
gregos: mono-, di-, tri-, tetra-, penta-, etc., eainda hemi-(1/2) e sesqui- (3/2) aplicados
ao nome do respectivoelemento respectivo: SO2- dióxido de enxofre, SO3- triódo
deenxofre, N2O- hemióxido de azoto, Fe2O3- sesquióxido de ferro.Existem substâncias
(compostos de elementos com o oxigénio) queapenas formalmente pertencem a classe
dos óxidos. Tais substânciassão nomeadamente, os peróxidos de metais, por exemplo
são saisdum ácido muito fraco- peróxido de hidrogénio. São compostossemelhantes aos
sais, substâncias com o Pb2O3 e Pb2O4.

Bases
As bases são compostas dum metal e de grupos monovalentes (anoção de valência
refere-se não somente aos elementos, mas tambémaos grupos de átomos que entram na
composição doscompostosquímicos e que actuam como um todo nas reacções químicas.
Naquímica inorgânica, dentre estes grupos, os mais importantes são ohidroxogrupo OH,
os radicais ácidos e o grupo de amónio NH4+) dehidróxidos OH, cujo número é igual `a
valência do metal. Como exemplos debases, podem servir o hidróxido de sódio NaOH e
ohidróxido de cobre Cu(OH)2.

A propriedade mais importante das bases, é a capacidade de formarsais com os ácidos.


Por exemplo, na reacção das bases acima citadascom o ácido clorídrico obtêm-se sais
dos respectivos metais-oscloretos de sódio e de cobre:
NaOH + HCl NaCl + H2O
Cu(OH)2 + 2HCl CuCl2 + 2H2O
As bases são classificadas pela sua solubilidade na água e pela suaforça. Segundo a
solubilidade, as bases dividem-se em solúveis, ouálcalis, e insolúveis. Os álcalis mais
importantes são o hidróxido desódio NaOH, o hidróxido de potássio KOH e o hidróxido
da cálcioCa(OH)2 .
Segundo a força, as bases dividem-se em fortes e fracas. São basesfortes, todos os
álcalis, excepto o hidróxido de amónio.
Segundo a nomenclatura internacional, os compostos que contém nasua composição
grupos de hidróxilo chamam-se hidróxidos. No casodos metais com valência variável,
indica-se entre parênteses avalência do metal na referida base. Assim, Ca(OH)2 é
hidróxido decálcio, Fe(OH)2-hidróxido de ferro (II), Fe(OH)3-hidróxido de ferro(III).

17
Ácidos
Os ácidos são compostos por hidrogénio, o qual pode ser substituídopor um metal, e por
um radical ácido, além, disso, o número deátomos de hidrogénio é igual a valência do
radical ‘acido. Comoexemplo de ácidos podem servir o ácido clorídrico HCl, o
sulfúricoH2SO4, o nítrico HNO3 e o ácido acético CH3COOH.
A propriedade mais importante dos ácidos é a sua capacidade deformar sais com as
bases. Por exemplo na reacção dos ácidos com ohidróxido de sódio obtêm-se os sais de
sódio destes ácidos:

2NaOH + H2SO4 Na2SO4 + 2H2O


NaOH + HNO3 NaNO3 + H2O

Os ácidos são classificados pela sua força, pela basicidade e pelapresença de oxigénio
na composição do ácido. Segundo a força, osácidos são considerados fortes ou fracos.
Os ácidos fortes maisimportantes são o nítrico, o sulfúrico e o clorídrico.Chama-se
basicidade de um ácido ao número de átomos dehidrogénio da mólecula do ácido
capazes de serem substituídos porum metal com a formação dum sal. Tais ácidos como
o clorídrico e oacético podem servir de exemplos de ácidos monobásicos, o
ácidosulfúrico é dibásico, o ácido ortofosfórico H3PO4 é tribásico.

Segundo a presença do oxigénio na sua composição, os ácidosdividem-se em hidrácidos


e oxoácidos. Os ácidos nítrico e sulfúricosão oxoácidos, o ácido clorídrico HCL e
sulfrídricoH2S são hidrácidos.
A denominação dos ácidos forma-se a partir do nome do elemento deque é formado esse
ácido. Além disso, o nome dos hidrácidos tem osufixo “idríco”, adicionado ao nome do
elemento precedido do nome(palavra) ácido: HCL-ácido clorídrico, H2S- ácido
sulfídrico, HCNácidocianídrico. Os nomes dos oxoácidos também se formam a partirdo
respectivo elemento, com adição do sufixo “ico”, se o elementoapresenta uma só
valência: H2CO3-ácido carbónico, H3BO3, ácidobórico. Se o elemento, apresenta duas
valências, a diferença entre osdois reflecte-se nos sufixos: o sufixo “oso” indica o ácido
comvalência inferior, o sufixo “ico”, o de valência superior. Por exemplo,H2SO4-ácido
sulfúrico, H2SO3-ácido sulfuroso: HNO3-ácidonítrico, HNO2- ácido nitrosos. Se o
elemento, que forma os ácidos,apresenta três ou quatro valências, utilizam-se os
prefixos e sufixosseguintes, para diferenciar os ácidos: o prefixo “hipo” e o sufixo“oso”

18
para o menor estado de valência, o sufixo “oso” para osegundo estado de valência; o
sufixo “ico” para o terceiro estado devalência; o prefixo “per” e sufixo “ico” para o
maior estado devalência. Por exemplo, H3PO2 - ácido hipofosforoso, H3PO3 –
ácidofosforoso, H3PO4 – ácido fosfórico, HClO – ácido hipocloroso,HClO2 – ácido
cloroso, HCLO3 – ácido clórico, HClO4 – ácidoperclórico.Além do mais, a um mesmo
óxido, istoé, a uma valênciado elemento que forma os ácidos, correspondem alguns
ácidos quediferem entre si pelo número de moléculas de água quecorrespondem a uma
molecula do óxido. Assim, a forma mais ricaem água tem o prefixo “orto” e aforma
menos rica – “meta”. Porexemplo, o ácido H3PO4, em que para uma molécula de
P2O5,correspondem três moléculas de água, chama-se ortofosfórico, e oácido HPO3 –
metafosfórico, visto que neste a uma molécula deP2O7 corresponde uma molécula de
água. A forma intermediária,H4P2O5, tem o nome de ácido pirofosfórico; aqui, a uma
moléculade P2O, correspondem duas moléculas de água.
A par dos prefixos e sufixos citados, `as vezes, empregam-se outros.Além disso, alguns
ácidos, têm nomes constituídos historicamente.
Sais
Os sais são os produtos da substituição do hidrogénio num ácido oude hidroxogrupos
por um radical ácido numa base. No caso de asubstituição ser completa obtêm-se os sais
neutros (normais). Nocaso de a substituição ser incompleta, obtêm-se ou sais básicos
ouácidos.

Uns sais ácidos obtêm-se pela substituição incompleta do hidrogénio doácido por um
metal. Um sal básico, obtêm-se pela substituiçãoincompleta de hidroxogrupos da base
por um radical ácido. É claroque um sal ácido pode ser formado apenas por um ácido,
cujabasicidade é igual a dois ou mais, e um sal básico – apenas por ummetal, cuja
valência seja igual a dois ou mais.

Exemplos de formações de sais:


Ca(OH)2 + H2SO4 CaSO4 + 2H2O
CaSO4 é um sal neutro – Sulfato de cálcio
KOH + H2SO4 KHSO4 + H2O
KHSO4 é um sal ácido – hidrossulfato de potássio
Mg(OH)2 + HCl MgOHCl + H2O

19
MgOHCl é um sal básico – hidroxocloreto de magnésio.Os sais formados por dois
metais e um ácido, chamam-se sais duplos;
os sais formados por um metal e dois ácidos, chamam-se sais mistos.Um exemplo dum
sal duplo é o alúmen de alumínio e potássio, ousulfato de alumínio-potássio,
KAl(SO4)2. o sal de cálcio do ácidoclorídrico (HCl) e do hipocloroso (HClO) CaClOCl
(ou CaOCl2) éum sal misto.
Um mesmo sal pode ter alguns nomes diferentes. Por exemplo,KNO3 chama-se nitrato
de potássio, nitro de Bengala, Salitre.Actualmente, a maioria dos químicos utiliza para
os sais, anomeclatura internacional (latina). Segundo esta nomenclatura, onome do sal
reflecte o nome do metal e o nome latino, o do radicalácido. O nome latino do ácido e
do radical ácido vêm do nome latino do elemento que forma o ácido. Al’em disso, o
nome do sal dumhidrácido tem o sufixo “eto” e nocaso dos sais dos oxoácidos tem os
sufixos “ito” (para as valênciasinferiores) e “ato” (para as valências superiores).
Assim, os sais do ácido clorídrico chamam-se cloretos, os dosulfídrico – sulfuretos; os
sais do ácido sulfúrico são os sulfatos e doácido sulfuroso – os sulfitos. Para os sais
formados por metais comvalência variável, como nos óxidos ou nas bases, a valência do
metalindica-se dentro de parêntsesis; assim, FeSO4 é o sulfato de ferro (II),Fe2(SO4)3 –
sulfato de ferro (III). O nome do sal ácido tem o prefixo“hidro” que indica a presença de
átomos não substituídos dehidrogénio; se o número destes átomos não substituídos é
dois oumais, então ele designa-se pelos números gregos (di-,tri-, tetra-. etc).
Assim , Na2HPO4 chama-se hidrofosfato de sódio e NaH2PO4dihidrofosfato de sódio.

Nomes dos sais de alguns ácidos mais importantes


Analogamente, o sal básico ‘e caracterizado pelo prefixo idroxo” queindica a presença
de grupos não substituídos de hidróxilo. Porexemplo, ALOHCl2 – dihidroxocloreto de
alumínio. Abaixo sãodados os nomes dos sais de alguns ácidos importantes.

Ácidos
Nome Fórmula Nome dos sais neutros
respectivos
Nítrico HNO3 Nitratos
Nitroso HNO2 Nitritos
Alumínio(ortoalumínico) H3AlO3 Ortoaluminatos
Bórico (ortobórico) H3BO3 Boratos (ortoboratos)
Bromídico HBr Brometos
Iodídrico HI Iodetos

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Silícico H2SiO3 Silicatos
Permangânico HmnO4 Permanganatos
Metafosfórico HPO3 Metafosfatos
Arsénico H3AsO4 Arseniatos
Arsenioso H3AsO3 Arsenitos
Ortofosfórico H3PO4 Ortofosfatos
Pirofosfórico H4P2O7 Pirofosfatos
Sulfúrico H2SO4 Sulfatos
Sulfuroso H2SO3 sulfitos
Carbónico H2CO3 Carbonatos
Fosforoso H3PO3 Fosfitos
Fluorídrico HF Fluoretos
Clorídrico HCl Cloretos
Perclórico HClO4 Percloratos
Clórico HClO3 Cloratos
Hipocloroso HClO Hipocloritos
Crómico H2CrO4 cromatos
Cianídrico HCN Cianetos

Os oxidos são compostos dos elementos com o oxigénio. Segundo as propriedades


químicas, eles subdividem-se nos que formam sais (salificados) e nos que não os
formam (indiferentes). Os óxidos salificados, por sua vez, subdividem-se em básicos,
ácidos e anfotéricos.
As bases são compostas dum metal e de grupos monovalentes (a noção de valência
refere-se não somente aos elementos, mas também aos grupos de átomos que entram na
composição dos compostos químicos e que actuam como um todo nas reacções
químicas. A propriedade mais importante das bases, é a capacidade de formar sais com
os ácidos
As bases são classificadas pela sua solubilidade na água e pela sua força. Segundo a
solubilidade, as bases dividem-se em solúveis, ou álcalis, e insolúveis. Os álcalis mais
importantes são o hidróxido de sódio NaOH, o hidróxido de potássio KOH e o
hidróxido da cálcio Ca(OH)2 .
Segundo a força, as bases dividem-se em fortes e fracas. São bases fortes, todos os
álcalis, excepto o hidróxido de amónio. Os ácidos são compostos por hidrogénio, o qual
pode ser substituído por um metal, e por um radical ácido, além, disso, o número de
átomos de hidrogénio é igual a valência do radical ‘acido. Como exemplo de ácidos
podem servir o ácido clorídrico HCl, o sulfúrico H2SO4, o nítrico HNO3 e o ácido
acético CH3COOH.

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Os sais são os produtos da substituição do hidrogénio num ácido ou de hidroxogrupos
por um radical ácido numa base. No caso dasubstituição ser completa obtêm-se os sais
neutros (normais). Nocaso da substituição ser incompleta, obtêm-se ou sais básicos
ouácidos.

Uns sais ácidos obtêm-se pela substituição incompleta do hidrogénio doácido por um
metal. Um sal básico, obtêm-se pela substituiçãoincompleta de hidroxogrupos da base
por um radical ácido.

3. Sobre Introdução à Química Orgânica, devem ser apresentados os seguintes


conteúdos: Introdução histórica da Química Orgânica; Estrutura electrónica e
ligação química nos compostos orgânicos; Hidrocarbonetos (Alacanos, ciclo-
alcanos, alquenos e alquinos): de cada grupo de hidrocarbonetos deve apresentar
propriedades físicas, nomenclatura, métodos de obtenção e propriedades químicas.
Estereoquímica. Polimerização.

Introdução histórica da Química Orgânica


Desenvolvimento histórico da Química Orgânica

A expressão “Química Orgânica” é remanescente dos tempos em que os compostos


químicos eram divididos em duas classes, de acordo com a sua origem.

Nessa altura, o nome orgânica designava todas as substâncias obtidas nos organismos
vivos, que podem ser de origem animal ou vegetal. Um outro grupo de compostos cujas
propriedades e constituição não se assemelhavam aos orgânicos eram chamados por
compostos inorgânicos ou minerais por estes serem obtidos a partir dos minerais e à
química responsável pelo seu estudo, Química Inorgânica ou Mineral.

Até meados do século XIX, de acordo com os trabalhos do Paracelso e Van Helmont
sobre a extração de resinas, destilação de ervas e de substâncias similares de origem
vegetal, fez com que a população daquela época acreditasse na teoria de força vital que
dizia: Todas as substâncias orgânicassó podem ser produzidas por uma força
misteriosa “força vital” queexiste apenas nos organismos vivos.

22
Esta teoria foi destronada, pouco a pouco, após os trabalhos de F. Woehler, em 1828,
que conseguiu sintetizar pela primeira vez uma substância orgânica (ureia) a partir duma
substância inorgânica (isocianato de amónio), de acordo com a equação da reacção
abaixo:

NH4CNO NH2-CO-NH2
Com a tal síntese, a classificação das substâncias em dois grandes grupos, de acordo
com a sua origem (minerais e orgânicos) perdeu a sua sustentabilidade. Anos mais
tarde, sínteses posteriores cimentaram, mais uma vez, a inaplicabilidade e a
insustentabilidade da teoria da força vital e, isto culminou com o abandono total desta
teoria e, consequentemente, procurou-se umanova maneira de classificar os compostos
orgânicos.
Já que todos os compostos orgânicos apresentam em comum o elementocarbono fez
com que, em 1884, a Química Orgânica passasse a ser conhecidacomo sendo química
dos Compostos de Carbono.
É sobejamente conhecido que desde os tempos mais remotos os homens já
sepreocupavam pela transformação e uso das substâncias orgânicas, por ex: ouso da
Madeira na construção, a fermentação dos açúcares naturais para aobtenção de bebidas
alcoólicas, o uso da medula da planta do papiro para aobtenção de tintas de escrever, a
mumificação dos corpos pelos egípcios paraa conservação dos seus cadáveres, extração
de corantes de origem animal e vegetal para tingir tecidos, entre outros.

Na idade média, a Química Orgânica estagnou-se porque a preocupação daquela época


era de transformar os metais menos nobres em ouro (metal este que pelo seu brilho
representava o símbolo do poder) por meio da pedra filosofal. Esta fase também foi
conhecida como fase da alquimia, e um grande vestígio desta época, para além do caso
ouro, era de encontrar substâncias capazes de prolongar a vida (substâncias medicinais).
Esta segunda tendência levou os homens daquela época a descobrirem muitas
substâncias químicas ( muitas delas usadas na medicina para o combate de determinadas
doenças) e muitos elementos químicos. A prática da mineralogia motivada pela busca
do ouro também contribuiu para a descoberta de inúmeros elementos químicos.

23
Na procura do elixir da vida, que tanto impulsionou a procura de medicamentos
destacaram-se mais os trabalhos do Paracelso e Van Helmont que conduziram os povos
daquela época para o conhecimento preliminar da Química Orgânica aceite até meados
do séc. XIX.
Em 1777, Bergman deu um passo inicial sobre a construção da teoria da força vital
dizendo que os compostos orgânicos eram obtidos apenas nos vegetaisou nos animais.
Berzelius, em 1815 criou a teoria de foça vital que foi universalmente aceitenaqueles
tempos. Este facto foi motivado pela doutrina religiosa vigente (nada de ciência devia
contradizer os preceitos religiosos). Também, naorigem desta aceitação estava o
insucesso verificado na tentative de sintetizarcompostos orgânicos, facto este estaria
ligado ao fraco desenvolvimentoinstrumental e na pouca vontade do empresariado em
financiar pesquisascientíficas.

Em suma, outras fases mais importantes da história da Química Orgânicapodem ser


remidamente apresentadas obedecendo a seguinte cronologia:Em 1828, F. Wholer
sintetizou a ureia a partir do isocianato de amóniocolocando em causa a teoria de força
vital.Em 1835 é detornada a teoria de força vital, dando ênfase à síntese decompostos
orgânicos.Em 1848 surge a definição definitiva da Química orgânica como
sendoQuímica dos compostos de carbono.Em 1858, Augusto Kekulé e Couper
anunciaram a teoria estrutural dandoênfase os seguuintes conceitos: o carbono é
tetravalente, as quarto valênciasdo carbono são equuivalentes e, os átomos de carbono
podem ligar se entre siformando cadeias carbónicas estáveis.Em 1874, Van’t Hoff e Le
Bel criaram o modelo espacial para o átomo decarbono.No séc. XX a Química Orgânica
é reconhecida como ciência moderna.

Estrutura Electrónica E Ligação Química Nos Compostos Orgânicos

Teoria Estrutural
A teoria estrutural é o quadro de referências que nos permite agrupar e sistematizar
milhões de factos relativos à centenas de milhões de compostos individuais. É com base
neste referencial que estes factos melhor se podem justificar e compreender.
A teoria estrutural é a formulação de hipóteses sobre a maneira como os átomos podem-
se agrupar para formar moléculas.

24
A teoria estrutural diz respeito à ordem em que os átomos se ligam uns aos outros e aos
electrões que os mantém unidos. Ocupa-se também da forma e tamanho das moléculas
constituidas por esses átomos. Conhecendo melhor a teoria estrutural é possível
interpretar uma série de propriedades dos compostos químicos: densidade, ponto de
fusão, ponto de ebulição, tipos de reagentes com que reagirá, tipo de solvente para
dissolver a substância em causa, etc.
Teoria electrónica das ligações químicas
A ligação química antes de 1926, Em 1916 admitia-se apenas a existência de apenas dois tipos de
ligaçõesquímicas:
a) ligação iónica (W. Kossel) resulta da tranferência total dos electrões de um átomo mais
electronegativo para um outro menos electronegativo. É a atração electrostática entre dois iões de
cargas opostas. Tais ligações são típicas dos sais formados pela combinação entre elementos
metálicos, à esquerda da tabela periódica dos elementos, com os elementos ametálicos, á direita.

Ex. NaCl 11Na 1s22s22p63s1 + electroposetivo


Cl 1s22s22p63s23p5 + electronegativo
17

Para o sódio é mais fácil perder um electrão da última camada e tranasformarse num ião
positivo ao passo que o cloro prefere captar um electrão e ficar com oito na última
camada e passa a ser um ião negativo.

10Na+ 1s22s22p63s0
18Cl - 1s 2s 2p 3s 3p
2 2 6 2 6

Esses dois iões atraem-se mutuamente formando o sal cloreto de sódio.


b) ligação covalente (lewis) resulta da utilização em comum de electrões, isto é, resulta
do compartilhamento de electrões entre dois átomos. Neste caso atinge-se também a
estabilidade segundo a regra dos otetos.
As forças electrostáticas não ocorrem entre iões tal como na ligação iónica, mas sim
entre os núcleos e os electrões dos átomos envolvidos na formação da ligação.
A ligação covalente é típica dos compostos de carbono, em particular e, dos ametais, em
geral.
Ex: F:F, H:H , C: H, etc
A ligação química depois de 1926
Em 1926 apareceu uma teoria denominada mecãnica quântica ( alicersada em Física
Quântica) que constituiu alavanca para o desenvolvimento da Química. Tal teoria foi

25
desenvolvida por Schrodinger que usando expressões matemáticas procurou descrever o
movimento de um electrão em função da sua energia. Tais expressões receberam o
nome de equação de onda ( dualismo do electrão: é uma partícula e é uma onda).

O quadrado da equação de onda apresenta diversos resultados aproximados que


recebem o nome de função de onda para cada um destes. De referenciar que cada função
de onda representa um determinado nível de energia diferente para os electrões.

A equação de onda não indica com exactidão o lugar onde podemos encontrar o electrão
num dado momento ou a velocidade com que este se desloca. A função de onda mostra-
nos a maior probabilidade de encontrar o electrão em qualquer local que se especifique
(orbital atómica).
Orbital atómica é a região do espaço que com maior probalidade podemos encontrar
um electrão. O tipo de orbital ocupado por um dado electrão depende da energiadesse
mesmo electrão.
Tipos de orbitais atómicas
Há qutro tipos de orbitais atómicas: s-tem a forma esférica (e cabem no máximo dois
electrões), p-tem a forma de altere( cabem no máximo seis electrões), d- tem a forma
complexa (cabem no máximo dez electrões) , f-tem a forma complexa (cabem no
máximo catorze electrões).

Ligação covalente
Do ponto de vista clássico, a ligação covalente é o resultado docompartilhamento de
electrões entre dois átomos isolados mas, do ponto devista da mecânica quântica, a
ligação covalente resulta da sobreposição dasorbitais atómicas( nuvens electrónicas).
Na formação duma ligação covalente cada orbital deve participa com umelectrão
desenparelhado.
Nos átomos isolados os electrões possuem maior energia comparativamentecom a
energia que possuem nas orbitais sobrepostas.Durante a formação duma ligação
covalente nota-se a libertação de energiaque depois será gasta para romper a ligação
formada para obter átomosisolados ( energia de dissociação).
Orbital molecular ( orbital de ligação) é a orbital que resulta da sobreposiçãodas
orbitais atómicas dos átomos isolados e pode se: OM- ligante (com menorenergia

26
comparativamente às OA iniciais) e OM-antiligante ligante (commaiorr energia
comparativamente às OA iniciais) .

A orbital molecular ocupa o mesmo espaço ocupado pelas orbitais atómicas


de cada um dos átomos.A ligação covalente pode ser polar e apolar e também pode ser
sigma ou pi (δ ou π ).O comprimento da ligação covalente depende do tamanho dos
átomosformadores da ligação, do grau de sobreposição e do tipo de orbitais
atómicasenvolvidas na ligação química.
Menor comprimento de ligação implica maior energia libertada durante aformação da
ligação e, concequentemente, maior será a energia de dissociaçãodas moléculas.
O tamanho das orbitais depende do nível onde estes se encontram e,concequentemente,
maior será a energia da orbital.1s < 2s < 3s.....energia e tamanho aumentam neste
sentido.
2p < 3p < 4p... energia e tamanho aumentam neste sentido.

Características da ligação covalente


 Possue comprimento e energia específica
 Dispõe-se em determinados ângulos segundo a hibridização do átomo
 central.
 É dirigida
A hibridização permite esclarecer melhor a maneira como os átomos sedispõem no
espaço numa molécula orgânica.

Teoria de hibridização
Hibridização: é a mistura de orbitais atómicas que tornam-seenergeticamente
equivalentes.
Tipos de hibridização do átomo de carbono
a) sp-hibridização: uma orbital s mistura-se com uma orbital p. As orbitaishíbridas
participam na formação de ligações δ e as duas restantes participamna formação
deligações Л. As ligações sigma são mais estáveis do que asligações Л. As duas orbitais
spformadas dispõem-se num ângulo de 180º(forma estrutura linear)Ex: compostos com
ligações triplas.

27
b) sp2-hibridização: uma orbital s mistura-se com duas horbitais p e forma-se três
orbitais híbridas sp2 dispostas num ângulo de 120º ( forma estrutura trigonal planar com
as nuvens electrónicas dirigidas aos cantos de um trângulo equilátero). Uma orbital que
não participa na hibridização é responsável pela formação de uma ligação Л.
Ex: compostos com uma ligação dupla.
c) sp3-hibridização: uma orbital s mistura-se com três orbitais p e formam-se quatro
ligações híbridas sp3. neste caso não há nenhuma orbital p pura tendo em conta que o
átomo de carbo apresenta quatro orbitais no último nível, sendo uma orbital s e três
orbitais p. Todas as ligações são δ e dispostos de acorco com o ângulo de 109º 28’
( estrutura tetraédrica) Ex: alcanos e todos os compostos onde o carbono apresenta
ligações simples).
A expressão “Química Orgânica” é remanescente dos tempos em que os compostos
químicos eram divididos em duas classes, de acordo com a sua origem. Nessa altura, o
nome orgânica designava todas as substâncias obtidas nos organismos vivos que podem
ser de origem animal ou vegetal.
Até meados do século XIX, a população desta época acreditava numa teoria da força
vital que dizia: Todas as substâncias orgânicas só podem ser produzidas por uma força
misteriosa “força vital” que existe apenas nos organismos vivos.
Esta teoria foi destornada, pouco a pouco, após os trabalhos de F. Woehler, em 1828,
que conseguiu sintetizar pela primeira vez uma substância orgânica ( ureia) a partir
duma substância inorgânica (isocianato de amónio), de acordo com a equação da
reacção abaixo:
NH4CNO NH2-CO-NH2

Hidrocarbonetos (Alacanos, ciclo-alcanos, alquenos e alquinos): de cada grupo de


hidrocarbonetos deve apresentar propriedades físicas, nomenclatura, métodos de
obtenção e propriedades químicas. Estereoquímica. Polimerização.

Os alcanos (parafinas)
Os alcanos
Alcanos: são hidrocarbonetos de cadeia aberta que apresentam o átomo decarbono
saturado e com a hibridização sp3 , têm a fórmula geral CnH2n+2onde C é carbono,
H- hidrogénio e n- número de átomos.

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Nos alcanos os átomos de carbono ligam-se entre si formando cadeias quepodem ser
lineares ou ramificadas dispostas em zic-zac devido ao ângulotetraédrico do átomo de
carbono.
-C-C-C-C-C-C-C- Cadeia linear
-C-C-C-C (C) -C-C- Cadeia ramificada
Tipos de átomos de carbono nos alcanos
Os átomos de carbono classificam-se em em 4 tipos de acordo com a posiçãoque ocupa
na cadeia carbónica, sendo assim temos:
a) Carbono primário: encontra-se ligado com apenas um átomo de carbonovizinho.
b) Carbono secundário: encontra-se ligado há dois átomos de carbonovizinhos.
c) Carbono terciário: encontra-se ligado à três átomos de carbono vizinhos.
d) Carbono quaternário: encontra-se ligado à quatro átomos de carbonovizinhos.
A reactividade dos átomos de carbono vária da seguinte forma:
prim.<sec.<terc.

Série homóloga dos alcanos


Série homóloga: é uma série em que cada um difere-se do anterior por umaunidade
constante e para o caso dos alcanos esta unidade é metileno (-CH2).Suprimindo um
átomo de hidrogénio a um alcano obtem-se um radicalalquilo, cuja fórmula geral é
CnH2n+1.
Série homóloga dos alcanos
Valor de n de Fórmula Tf ºC Teb ºC Nome do Fórmula Nome
carbono molecular composto do do
do radical radical
1 CH4 -182 -162 Metano -CH3 Metil
2 C2H6 -183 -89 Etano -C2H5 Etil
3 C3H8 -187 -42 Propano -C3H7 Propil
4 C4H10 -138 -0,5 Butano -C4H9 Butil
5 C5H12 -130 +36 Pentano -C5H11 Pentil

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Nomenclatura dos alcanos
De acordo com a IUPAC ( International Union of Pure and AppliedChemistry)
recomenda o seguinte sobre a nomenclatura dos compostosorgânicos:
1. Escolhe-se como estrutura matriz a cadeia carbónica contínua maiscomprida
(cadeiaprincipal) e considera-se o composto como derivado desta,pela substituição de
átomos de hidrogénio por grupos alquilos.
Ex: -C-C-C(C-)-C- metil butano
2. Quando necessário o átomo de carbono no qual se liga o grupo alquilo éindicado por
um número mas, a contagem é feita a partir da extremidade maispróxima da primeira
ramificação ( regra dos números mínimos).
Ex: -C-C-C-C(C-)-C- 2-metil pentano
3. Quando o mesmo grupo alquilo aparece mais do que uma vez comocadeia lateral
recorre-se ao uso dos prefixos gregos di, tri, tetra, etc paradesignar dois, três, quatro,
etc; grupos alquilos, respectivamente.
Ex: -C-C(C-)-C(C)-C-C- 2,3-dimetilpentano.
4. Se houver mais que dois grupos alquilos diferentes ligados à cadeiamatriz, os nomes
serão indicados em ordem crescente de complexidade oupor ordem alfabética.Ex: 3,3-
dietil-4-metil-5-isopropil-octano.
Propriedades físicas dos alcanos
 Do metano ao butano são gases;
 Do pentano ao dodecano são líquidos;
 Do decapropano para diante são sólidos.
Isomeria dos alcanos
O conceito de isomeria caracteriza compostos com a mesma fórmulamolecular e
diferentes fórmulas estruturais. Neste caso distinguem-se doistipos de isomeria: de
constituição e a estereoisomeria.
Os isómeros de constituição diferem entre pela disposição de átomos ougrupos de
átomos na molécula enquanto que os estereoisómeros diferem peladisposição dos
átomos no espaço, mas têm a mesma constituição.
A grande quantidade de compostos orgânicos deve-se à capacidade do átomode carbono
de formar cadeias ramificadas.Deste modo os isómeros existentes diferem entre si
principalmente nas suaspropriedades físicas. Por exemplo:

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Propriedades físicas de alguns compostos isómeros
Nome do compost Isómero n-pentano Metil butano Dimetil propano

Pf ºC -130 -160 -17

Peb ºC 36 28 9,5

Com o aumento da cadeia carbónica cresce também o número de isómeros de cadeia ou


ramificação, mas, estes só podem existir a partir do butano para diante.
A estereoisomeria, como foi referenciado antes, é parte da estereoquímica, isto é, a
parte da Química que estuda a estrutura dos compostos em três dimensões, ou seja, no
espaço. Neste caso distinguem-se isómeros deconfiguração e de conformação.
Isómeros de configuração diz respeito à ocupação das posições cis e transpelas
moléculas dos alcenos e, não é típica para os alcanos.
Isómeros de conformação diz respeito ao movimento de rotação facilitadopela
existência das ligações simples nos alcanos e pela energia interna dessescompostos e
podem ser em estrela e em eclipse.
A conformação em estrela revela-se mais estável devido á existência debaixas forças de
repulsão entre os átomos de hidrogénio ligados aos átomos decarbono vizinhos.
Obtenção dos alcanos
1-pode-se obter os alcanos a partir do petróleo e gás natural e estes constituemas
principais fontes.
2-a partir do carvão natural ( hulha e antracite) pode-se obter maioresquantidades do
metano, em seguida o etano, depois o propano e com menorsignificância o butano.
Tenho a referir que os outros hidrocarbonetos tambémpodem ser obtidos em menor
escala.
3- Outros métodos de obtenção envolvem a realização de reacções químicas.
a) Métodos sem alteração das ligações C-C.
1. Hidrólise do carbeto de alumínio.
2. Hidrólise dos compostos de Grignard
3. Hidrogenação catalítica dos alifáticos insaturados (método de SabatierSenderens)
4. Método de Berthelot
b) Métodos com combinação C-C
1- Síntese de Kolba

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2-Síntese de Wurtz
3-Polimerização dos alcenos
c) Métodos com divisão da ligação C-C
1- Decomposição do ácido acético com hidróxido de sódio em presença deóxido de
cálcio
( método de Dumas ou decarboxilação)
2- Divisão ou cracking dos alcanos.
Propriedades químicas dos alcanos
Por serem compostos saturados, os alcanos só sofrem reacções desubstituição.
a) Reage com os halogénios usando o mecanismos de sdubstituição radical.
Esta reacção ocorre em três etapas fundamentais: iniciação, propagação eterminação ou
recombinação.
NB: No caso da cloração do metano, os produtos obtidos são de especialimportãncia
prática pois, podem ser usados como anestesia local, nossistemas frigoríficos como
meio refrigerador, como extintores de incêndios ecomo solventes orgânicos.
Esta reacção ocorre em fase gasosa ou em solventes não polares. Pode sercatalizada pela
luz solar e por substâncias que facilmente se decompõemformando radicais, como é o
caso dos peróxidos. Também ocorrem a altastemperaturas e nalguns casos são
autocalíticas.
a) Sofrem a sulfoxidação em presença da água.
b) Sofrem a sulfocloração formando haletos de cloro.
c) Sofrem a nitração em meio sulfúrico formando nitrocompostos alifáticos.

Metano como representante importante dos alcanos. Breves


considerações.
O metano é um gás incolor, inodoro, arde com chama luminosa, não alimentaa
combustão, a mstura do metano com o oxigénio nas proporções de 1:2 éexplosiva. É
constituinte do gás natural, do biogás, gás dos pântanos e dasminas.
Produção técnica do metano.
Pode-se obter o metano a partir do gás natural
Processo de cracking do petróleo e através do processo de síntese de gases em
prersença do Ni.

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No laboratório, os métodos antes apresentados são válidos para a obtenção dometano:
decarboxilação do ácido acético, hidrólise do carbeto de alumínio,hidrólise do cloreto
de metil magnésio(composto de Grignard), e outros.

Aplicação do metano
Aquecimento por meio de combustão Produção de compostos com alto valor
económico: clorometano, metanol, metanal, hidrogénio, ácido cianídrico,etc.

Alcanos: são hidrocarbonetos de cadeia aberta que apresentam o átomo decarbono


saturado e com a hibridização sp3 , têm a fórmula geral CnH2n+2onde C é carbo, H-
hidrogénio e n- número de átomos.
Série homóloga: é uma série em que cada um difere-se do anterior por umaunidade
constante e para o caso dos alcanos esta unidade é metileno (-CH2).Suprimindo um
átomo de hidrogénio a um alcano obtem-se um radicalalquilo, cuja fórmula geral é
CnH2n+1.

Os alcenos (olefinas)
Os alcenos São hidrocarbonetos acíclicos com uma ligação dupla entre os átomos
decarbono. Também são chamados HC eténicos ou etilénicos porque derivamdo eteno
ou etileno (o alceno mais simples) e de olefinas porque o etenotambém é chamado de
gás oleficante.

A fórmula geral dos alcenos é CnH2n.

Nomenclatura dos alcenos


Usa-se para os alcenos quase sempre os nomes comuns do sistema IUPAC
para a atribuição do nome siga estes passos:
1. Seleccionar a maior cadeia carbónica que contenha a dupla ligação eatribui-lhe o
nome base obtido a partir da mudança da terminação ano doalcano correspondente que
tenha o mesmo número de átomos de carbono porterminação eno.
2. Enumere a cadeia carbónica começando pela extremidade maispróxima da ligação
dupla e indique a posição da ligação dupla pelo númerodo primeiro carbono que se
encontra ligado à ligação dupla.

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3. Indique pelo número e nome , usando a ordem alfabética ou ordemcrescente de
complexidade, os grupos alquilos que se encontram ligados àcadeia principal.
CH3-C(CH3)2-CH=CH2 CH3-C(CH3)2-CH=CH-CH(CH3)- CH3
3,3-Dimetil –1-Buteno 2,2,5-Trimetil-3- Hexeno
Obtenção dos alcenos
Os métodos mais usuais de obtenção dos alcenos são os seguintes:
a) Cracking do petróleo.CH3-CH2-CH2-CH2-CH3 CH3-CH3 + CH3-CH=CH2
b) Método de Sabatier-SenderensCH3-C=CH + H2 Ni CH3-CH=CH2
c) Desidratação dos álcooisCH3- CH(OH)-CH2-CH3 H2SO4© CH3-CH=CH-CH3 +
H2O
A desidratação dos álcoois deve obedecer a regra de Saytzeff
d) Desidrohalogenação dos derivados halogenetos de alcanosCH3-CH2-CHBr-CH3
KOH/álcool CH3-CH=CH- CH3 + KBr + H2O
e) Método de FranklandCH3-CHBr-CHBr- CH3 + Zn álcool/T CH3-CH=CHCH3
+ ZnBr2f) Síntese de Grignard
CH2=CH-CH2-I + CH3MgI CH2=CH-CH2-CH3 + ZnI2

g) Separação de ácidos dos ésteresR-CH2-CH(OO R`)-R R-CH=CH-R” + R`-


COOH
Propriedades físicas dos alcenos
 C2-C4 são gases
 C5-C15 são líquidos
 C16 para diante são sólidos

Estereoquímica. Polimerização.
Identificação qualitativa dos alifáticos insaturados
Descoloração da água de bromo (AE )
Descoloração do permanganato de potássio
Muda a cor do dicromato de potássio
Eteno
É um gás incolor, cheiro agradável, pouco solúvel em água e solúvel noálcool e no éter.
Arde com chama luminosa.

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Métodos de obtenção do eteno
Na técnica , o eteno é obtido a partir do etano, pela desidrogenação, dosalcanos
superiores através do cracking e por hidrogenação do etino.
No laboratório pde-se obter o eteno através da: desalogenação,deshidroalogenação e
desidratação catalítica do etanol sub acção do ácidosulfúrico concentrado.
Aplicações do eteno
Usa-se na maturação das frutas, como anestésico e, como estimulante para ocrescimento
das raízes.Nota: as propriedades químicas do eteno são semelhantes às
propriedadesquímicas de todos os restantes menbros desta série homóloga.
Isomeria dos alcenos
Os alcenos possuem isomeria de: cadeia, posição, configuração e óptica.São
hidrocarbonetos acíclicos com uma ligação dupla entre os átomos decarbono. Também
são chamados HC eténicos ou etilénicos porque derivamdo eteno ou etileno ( o alceno
mais simples) e de olefinas porque o etenotambém é chamado de gás oleficante.
Considerações Finais
Muitas das reações químicas que ocorrem em nós e ao nosso redor envolvem
substâncias dissolvidas em água e, por esta razão, são ditas que ocorrem em solução
aquosa. Dentre estas substâncias, estão os ácidos e as bases que são importantes em
inúmeros processos químicos, desde os processos industriais até os processos
biológicos. Só para se ter uma ideia, o ácido clorídrico (HCl), que é um importante
produto químico industrial, é também o principal constituinte do suco gástrico do
estômago. No interior de cada célula viva, existe uma intensa produção de ácidos e
bases que suportam a vida e controlam a composição de nosso sangue e fluidos
celulares além de também afetarem o sabor, a qualidade e a digestão de nossa comida.
De fato, quase todos os produtos de consumo que nos rodeiam, tais como tecidos
sintéticos, tintas, metais e plásticos, envolvem o uso de ácidos e bases em seu processo
de fabricação.
Ácidos e bases podem ser reconhecidos, e, portanto, classificados, por um conjunto
dereações químicas específicas. Estas classificações de ácidos e bases são baseadas em
reações químicas que muitas vezes têm uma aplicação geral, outras vezes se prestam
para situações particulares de aplicações restritas. Mais comumente ácidos e bases são
classificados de acordo com a teoria de Arrhenius (1884), Brønsted-Lowry (1923) ou de
Lewis (1923).

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Referência Bibliográficas
 SARDELA, António e MATEUS, Edgar, Curso de Química. Química
 orgânica, 9ª edição, 1985.
 ANISSIMOV, Boris, Química orgânica, UEM-Faculdade de Educação,
 Maputo 1985
 Brown, T. L. et al. Química, a ciência central. São Paulo: Pearson Prentice Hall,
9 ed. 2005.
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Pioneira Thomson Learning, Trad. 5 ed. 2005.
 ALLINGER, N. L., Cava, M. P., JONGH, D. C., JOHNSON, C. R., LEBEL N.
A. e STEVENS, C. L. Química Orgânica, 2. ed., Rio de Janeiro: Guanabara
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 BRUICE, P. Y. Química Orgânica, vol. 1, 4ª ed., São Paulo: Pearson Prentice
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 MCMURRY, J. Química Orgânica. 6. ed. vol.1. Rio de Janeiro: Livros
Técnicos e Científicos, 1996.

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