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1.

INTRODUÇÃO

A agricultura em Moçambique é caracterizada por baixa produtividade, pela fraca


disponibilidade de insumos, e de agrotóxicos por registarem preços muito elevados.
Muitos investidores têm receio de aplicar o seu capital no sector da agricultura pelo
facto de ser um sector com muitos riscos, o caso das mudanças climáticas, pragas entre
outros riscos.

O projeto em causa será implementado no Distrito de Chimoio, Província de Manica, e


terá em vista a produção de tomate. A produção de tomate no distrito de Chimoio ainda
é muito fraca, ou seja não existem produtores de tomate. O local de implementação é
bastante favorável uma vez que a terra é fértil para esta cultura.

A empresa será denominada TOMATE DE GENTE, e necessitará de um capital de


7.480 Mt para iniciar o projeto.

O plano em causa demonstra todas as ações que a empresa irá fazer durante o negócio,
todos os custos, analisa os pontos bons e maus do projeto, os recursos humanos,
técnicos e financeiros necessários, bem como os objectivos por ela traçados.

1.1 Objetivos
1.1.1 Geral
Produzir a cultura de tomate para comercialização no âmbito de auto- emprego.

1.1.2 Específicos:
 Produzir a cultura de tomate numa área de 30m² há
 Colher mensalmente 7 caixas de tomate para comercialização
 Angoliar mensalmente cerca de 6300mt

2. HISTORIAL DA CULTURA

Locais de origem — As espécies são originárias das Américas Central e do Sul; sua
utilização como alimentos teve origem no México, espalhando-se por todo o mundo.

Família: Solanaceae

Reino: Plantae

Classe: Magnoliopsida

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Espécie: S. lycopersicum

Tipo de solo

O solo ideal para plantar tomates deve possuir pH entre 5,5 a 7, com boa drenagem. A
camada superficial do solo deve estar sempre bem irrigada e não deve ficar encharcado
para evitar a proliferação de doenças e demais pragas. Um solo fértil faz toda a
diferença no desenvolvimento da planta.

Clima

A temperatura ótima para germinação das sementes do tomateiro situa-se na faixa dos
15 – 25ºC. Já para o desenvolvimento e produção, o tomateiro suporta ampla variação
de temperatura (10 – 34ºC). A coloração e a firmeza do fruto de tomate também são
muito influenciadas por fatores ambientais.

3. ESTUDO DO MERCADO

Pretende-se atingir os mercados do distrito de Chimoio (Catanga e Mercado Central)


por isso a empresa usará como principal meio de distribuição a venda dos produtos no
local (campo).

A escolha do mercado deveu se a:

 O transporte será do cliente


 O valor de venda satisfatório (45mt/kg)

4. LOCAL DE PRODUÇÃO

A escolha do tomate para a produção deveu-se a:

o Existência de mercado para a sua comercialização;


o Rentabilidade comercial satisfatória; e
o Falta de produtores desse produto na região.

A escolha do distrito de Chimoio para a implementação do projeto deveu-se a:

o Disponibilidade de terra de boas condições;


o Existência de boas condições climáticas favoráveis para a produção agrícola;
o Disponibilidade de água de rega;
o Vias de acesso em condições.

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5. CICLO DE PRODUÇÃO

Ciclo: pode variar de 95 a 125 dias, entretanto o período de cultivo é grandemente


influenciado pelo clima, condições de fertilidade do solo, irrigação, ataques de pragas e
incidência de doenças. Como a variedade Roma tem ciclo de 110dias, pretendo alcançar
3 ciclos anuais contando com períodos de preparação da terra.

6. RENDIMENTOS E ESTIMATIVA DE PRODUÇÃO

A produtividade média de Tomate Roma em condições que a cultura é bem conduzida e


tratada varia entre 95 a 100t/há.

Baseando-se nesses dados estima-se produzir 0.3t numa área de 30m² tendo em conta
falta de insumos, e mão de obra especializada.

Produção de plântulas

As plântulas serão produzidas em pequenos canteiros (Alfobres de 1m²) feitos de forma


organizada para facilitar a retirada para o transplante. Serão adquiridas sementes de
tomate Roma (tomate híbrido).

Como sabemos, o custo do tomate híbrido é muito elevado em relação ao outros tipos de
tomate, mas optei por produzir este tipo de tomate, e irei desfrutar da vantagem do
híbrido de poder produzir o ano inteiro.

Preparação do solo

A preparação do solo visa criar um lugar melhor para o desenvolvimento das plântulas.
A preparação será feita depois da limpeza da terra, através de enxadas.

Será feita lavoura, gradagem. A lavoura será feita 4 dias antes do transplante gradagem
2 dias antes do transplante, será feito o canteiro 1 dia antes do transplante.

Transplante

Depois da produção de plântulas, da preparação do solo, da gradagem. irá se proceder


ao transplante das plântulas obedecendo o espaçamento de 30cm entre linhas e 30 cm

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entre plantas o que irá nos permitir o transplante fácil e em menos espaço. Com essas
medidas iremos transplantar 333 plantas numa área de 30m². Ou seja

A=30m²

C=0.3mx0.3m =0.09m

Np=?

Np=A/C, Np=30/0.09, Np=333plantas.

Adubação

A aplicação de adubos visa fazer face as necessidades nutricionais da cultura, contudo a


nossa empresa utilizará adubo químico composto, onde a primeira adubação será feita
nos dias do transplante, 3.33kgs de NPK-12-24-12 e a segunda adubação que será feita
30 dias depois do transplante, de cobertura com Ureia numa quantidade de 2.664kgs, a
adubação será aplicada de acordo com as necessidades da cultura.

1m²----------0.111kg de adubo (NPK). 1m²----------0,0888kg de adubo


(Uréia).

30m²--------Y 30m²--------K

Y=300*0.111/1 K=300*0.0888/1

Y=3.33kg K=2,664kg

Irrigação

A irrigação será feita com um novo sistema de gotejamento que segundo as nossas
investigações é o mais sofisticado e sustentável que irá permitir que haja o controlo de
humidade do solo e que com este sistema as plantas cresçam bem e verdes sem preguiça
pelo facto de não molhar as folhas.

Controlo de pragas e doenças

As pragas são um factor muito importante a analisar no âmbito do nosso projecto sob
risco de perder quase toda produção.

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O controlo de pragas e doenças será através de uso de agrotóxicos, que serão aplicados
com pulverizadores, e tendo em conta o cronograma de actividades sempre que
justificar a sua aplicação.

Serão usados os seguintes agrotóxicos:

 Cypermetrina numa quantidade de 0.6ml/30m² para o controle de pragas


 Mancozeb numa quantidade de 0.6ml/30m² para o controle de doenças

Controlo de infestantes

O controlo de infestantes serve para livrar os campos de infestantes como capim e


outros, que sugam a água e os nutrientes perto das plantas reduzindo assim o seu nível
de crescimento. As sachas serão feitas de forma manual, duas sachas ao longo do
crescimento da cultura, sempre que se justificar.

Colheita

A empresa fará a colheita do tomate 110 dias depois do transplante e só colherá o


tomate que estiver pronto para ser comercializado, será uma colheita manual.

7. EQUIPAMENTOS E INSUMOS NECESSÁRIOS

Para execução das atividades serão necessários seguintes equipamentos e insumos:


enxada, ancinho, corda, fita métrica, bitolas, pulverizador, tanque reservatório e seus
tubos; sementes, adubos, pesticidas.

8. MEDIDAS DE HST

Os principais equipamentos de proteção que serão necessários são:

Luvas: Trata-se do equipamento de proteção mais importante, pois protege as partes do


corpo com maior possibilidade de exposição, as mãos.

Respiradores: Comumente chamados de máscaras, os respiradores têm o objetivo de


evitar a absorção dos vapores e partículas tóxicas através das vias inalatórias (pulmões).

Viseira facial: Material transparente, de acetato, cujo objetivo é a proteção dos olhos e
do rosto contra respingos, seja no preparo da calda ou na pulverização

Jaleco e calça Calça e camisa de mangas compridas. Protegem tronco, membros


superiores e inferiores devendo ser usados em quase todo tipo de aplicação. 

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Boné árabe: Confeccionado em tecido de algodão é tratado com teflon. É
hidrorrepelente e substitui o chapéu de abas largas. Protege o couro cabeludo e o
pescoço contra respingos. O boné árabe deve ser ajustado sobre a viseira facial.

Botas: Devem ser preferencialmente de cano alto e impermeáveis (borracha ou couro


impermeabilizado). Sua função é a proteção dos pés. Deve sempre ser utilizada por
dentro da calça, a fim de impedir a entrada dos produtos por escorrimento.

Avental: Produzido com material impermeável, deve ser utilizado adaptado na parte
frontal do jaleco durante o preparo da calda e na parte costal do jaleco durante as
aplicações com equipamento costal. O objetivo é evitar que respingos do produto
concentrado e derramamentos do equipamento aplicador possam atingir o trabalhador.

9. CUSTO DE PRODUÇÃO

Equipamentos/Insumos Quantidade Referência Preço Total em


unitário MT
Enxada 1 Unidade 250 250
Ancinho 1 Unidade 150 150

Corda 30 Metro 15 450


Fita métrica 50 Metro 20 1.000
Pulverizador 1 Unidade 1500 1.500
Tanque reservatório 1 Unidade 2000 2.000
Sementes 10 Quilograma 100 1.000
Adubos 6 Quilograma 40 240
Pesticidas 2 Mililitro/grama 5 10
Luvas 2 Par 50 100
Respiradores 2 Unidade 50 100
Viseira facial 2 Unidade 30 60
Fatos macaco 1 Unidade 400 400
Botas 1 Par 200 200
Avental 2 Unidade 10 20
=7.480.00

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Para equipamentos/insumos será necessário 10.480.00MT. significando que será
necessário um valor de 10.480.00MT para implantação do projeto.

10. PERSPETIVA DE VENDA E LUCRO

Considerando o estimado que é produzir 0.3t de tomate, ou seja 300kg e o preço da


venda será de 45.00MT/Kg, teremos os seguintes cálculos:

1kg----------45mt

300kg-------X

X=300kg*45mt/1kg X=13.500mt

O lucro é basicamente a diferença entre o facturamento obtido com as vendas do


produto e os custos de execução do trabalho (custos de produção), ou seja
lucro=receitas totais-custos.

Neste caso estima-se obter receitas de 13.500.00MT e os custos de produção no valor de


7.480.00MT. como isso teremos L=13 500-7 480 que será igual a 6 020

Estima-se obter o lucro de 6.020.00MT

11. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

Mês Semanas Atividades Responsável


Janeiro S1 Preparação do alfobre, Chelta e Célia
lançamentos das
sementes e rega
S2 Rega Chelta
S3 Rega Chelta
S4 Adubação e rega Chelta e Célia
Fevereiro S1 Preparação do Chelta e Célia
canteiro
S2 Transplante e rega Chelta e Célia
S3 Rega e adubação Chelta e Célia
S4 Rega Chelta e Célia
Março S1 Rega e lançamento Chelta e Célia
das sementes do
segundo bloco
S2 Rega, pulverização Chelta e Célia

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S3 Rega Chelta e Célia
S4 Rega e adubação das Chelta e Célia
plântulas do segundo
bloco
Abril S1 Colheita no primeiro Chelta e Célia
bloco e rega das
plântulas no alfobre
S2 Preparação do Chelta e Célia
canteiro e rega
S3 Transplante e rega Chelta e Célia
S4 Rega Chelta e Célia
Maio S1 Colheita, rega e Chelta e Célia
adubação no segundo
bloco; lançamento das
sementes no alfobre
para o terceiro bloco
S2 Rega e pulverização Chelta e Célia
no segundo bloco
S3 Rega Chelta e Célia
S4 Rega e adubação das Chelta e Célia
plântulas no alfobre
de terceiro bloco
Junho S1 Colheita no segundo Chelta e Célia
bloco e rega das
plântulas no alfobre
S2 Preparação do Chelta e Célia
canteiro e rega
S3 Transplante e rega Chelta e Célia
S4 Rega Chelta e Célia
Julho S1 Colheita, rega e Chelta e Célia
adubação no terceiro
bloco; lançamento das
sementes no alfobre
para o quarto bloco
S2 Rega e pulverização Chelta e Célia
no terceiro bloco
S3 Rega Chelta e Célia
S4 Rega e adubação das Chelta e Célia
plântulas no alfobre
de quarto bloco
Agosto S1 Preparação do Chelta e Célia
canteiro e rega
S2 Transplante e rega Chelta e Célia
S3 Rega Chelta e Célia
S4 Colheita, rega e Chelta e Célia
adubação no quarto
bloco
Setembro S1 Colheita, Rega e Chelta e Célia
pulverização no
quarto bloco
S2 Rega Chelta e Célia

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S3 Rega Chelta e Célia
S4 Rega Chelta e Célia
Outubro S1 Colheita Chelta e Célia
S2 Rega Chelta e Célia
S3 Pulverização e rega Chelta e Célia
S4 Rega Chelta e Célia
Novembro S1 Colheita e Rega Chelta e Célia
S2 Rega Chelta e Célia
S3 Rega Chelta e Célia
S4 Rega Chelta e Célia
Dezembro S1 Colheita Chelta e Célia
S2 Chelta e Célia
S3 Chelta e Célia
S4 Chelta e Célia

ÍNDICE
1. Introdução..................................................................................................................1
9
1.1 Objetivos..................................................................................................................1
1.1.1 Geral..................................................................................................................1
1.1.2 Específicos:.......................................................................................................1
2. Historial da cultura.....................................................................................................1
3. Estudo do mercado.....................................................................................................2
4. Local de produção......................................................................................................2
5. Ciclo de produção......................................................................................................3
6. Rendimentos e estimativa de produção......................................................................3
Transplante.................................................................................................................3
7. Equipamentos e insumos necessários.........................................................................5
8. Medidas de hst............................................................................................................5
9. Custo de produção......................................................................................................6
10. Perspetiva de venda e lucro....................................................................................7
11. Cronograma de atividades......................................................................................7

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