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Introdução..................................................................................................................................2
Objectivos:.................................................................................................................................3
Objectivos gerais........................................................................................................................3
Objectivos específicos................................................................................................................3
Metodologia...............................................................................................................................4
Conclusão.................................................................................................................................28
Referência Bibliográfica..........................................................................................................29
Introdução
Neste presente trabalho vamos falar sobre traumatismo da coluna vertebral e raquimedular,
onde dentro desta episódios iremos salientar ou ainda falar dos sob capítulos relacionados
com a trauma dos conteúdos acima citado.
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Objectivos:
Objectivos gerais
O presente trabalho tem como objectivo geral de falar ou conhecer os traumas da coluna
vertebral e raquimedular.
Objectivos específicos
O presente trabalho têm como objectivo específico de mencionar os tipos de traumas, quadro
clínico, causas, meios auxiliar, e a própria conduta..
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Metodologia
O nosso presente trabalho tivemos como auxílio pesquisa no manual da trauma e emergência
sub as páginas 713 a 731.
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TRAUMA DA COLUNA VERTEBRAL E TRAUMA RAQUIMEDULAR (TRM) NA
CRIANÇA
Causas
Entre os 0-9 anos a causa mais frequente são os acidentes ocorridos enquanto a criança
caminha e as quedas: 75% dos casos
Entre os 10-14 anos são os acidentes automobilísticos e de motocicletas: 40% dos casos
Entre os 15-17 anos são os acidentes motorizados e automobilísticos: mais de 75% dos
casos. Neste grupo o consumo de álcool é o responsável pela grande maioria destes acidentes
Do total de casos de lesões medulares somente 5% ocorrem em crianças, sendo que a maior
parte destes atinge as crianças entre 0-16 anos de idade.
A localização mais frequente é a região cervical (67% dos casos) por ser a parte mais móvel
da coluna vertebral e portando mais susceptível à lesão. A segunda região mais atingida é a
junção toraco-lombar por ser pouco flexível torna-a mais vulnerável às lesões. A coluna
dorsal é mais afectada em casos de pacientes com traumas torácicos e a coluna dorso-lombar
em casos de traumas abdominais
Se bem que a fisiopatologia básica e mecanismos do TRM são semelhantes que no adulto, tal
como resumido na Tabela 1, vale a pena referir que na criança as particularidades são:
Compressão: em casos em que se aplica força no alto da cabeça como em casos de mergulho
em águas rasas , quedas e fractura de Jefferson
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Doenças de base como Síndrome de Down, Síndrome de Klippel-Feil, malformações com
alterações ósseas congénitas podem predispor ao aparecimento de lesões por alterações
ósseas e ligamentares.
Quadro Clínico
O quadro clínico é semelhante ao do adulto e depende do tipo lesão podendo portanto haver
síndrome medular completo ou incompleto, pode resumir-se em:
Uma história detalhada das circunstâncias do acidente, dos mecanismos da lesão, uso de
equipamento de segurança e das condições em que a criança foi encontrada no local do
acidente pode ser fundamental para o diagnóstico do TRM. Na criança poli traumatizada o
clínico deve estar atento para a possibilidade de TRM sobretudo se existe alteração do nível
de consciência. No TCE grave 5% das crianças apresentam TRM. O exame físico deve seguir
as orientações dadas em casos dos adultos.
Lembrar que a presença de lesão medular sem anormalidades radiológicas é mais comum na
criança do que em adultos, pois cerca de 2/3 das crianças com lesão medular têm Rx normal.
Em caso de dúvida quanto à integridade da coluna cervical manter a imobilização da cabeça e
do pescoço
Conduta
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a cabeça e o corpo tende a colocar o pescoço na posição flectida quando a cabeça e o tronco
estão em posição supina numa superfície plana. Por isso é necessária uma discreta elevação
do tronco para atingir a posição neutra da coluna numa prancha.
A tracção esquelética deve ser utilizada com muita precaução na criança pois elas têm uma
calota craniana muito fina que podem não suportar a instalação da garra do compasso e o
facto dos ligamentos serem muito elásticos pode haver uma tracção excessiva da medula.
Somente deve ser utilizada em casos de luxação significativa das vértebras com compromisso
do canal medular. Em relação ao tratamento cirúrgico nas crianças a maior parte dos casos se
trata conservadoramente, mesmo nos casos de lesões graves, com raras excepções que
necessitam de tratamento cirúrgico, e nesse caso o objectivo visa fazer a descompressão da
medula no canal medular.
O TRM na criança deve ser manejado pelo especialista pelo que o TMG deve referir todos os
casos.
Epidemiologia
Cerca de 35% das mortes são causadas por acidentes de viação, cerca de 25% destas são
causadas por TT. Com frequência o TT (cerca de 70% dos casos) associam-se a lesões a
outros níveis como fracturas múltiplas (em 31% dos casos), traumas abdominais (em 29%
dos casos) e TCE (em 18% dos casos). Dos 20% que chegam vivos ao hospital a maior parte
(85%) tem boa evolução enquanto os restantes 15% tem alta taxa de mortalidade em parte
porque têm outros tipos de trauma como TCE. E 15 a 30% dos ferimentos penetrantes de
tórax necessitam de cirurgia (toracotomia).
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Causas
O TT pode causar vários tipos de lesões e estas podem afectar diferentes estruturas da caixa
torácica e ter diferentes graus de gravidade. As principais lesões e suas consequências,
dependendo da localização, estão agrupadas na Tabela 1.
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dentro isso leva a lesão da
pleura e parênquima
causando pneumotórax ou
hemotórax
Pleura e cavidade torácica Hemotórax e pneumotórax Causa pneumotórax simples,
aberto ou sob tensão. Causa
hemotórax simples ou
massivo. Também pode
causar quilotórax
Parênquima pulmonar Contusão e laceração Causa hemotórax e até lesões
pulmonar ou traqueo- brônquicas e vasculares
brônquicas
Diafragmáticas Contusão e ruptura Há alterações da ventilação e
diafragmática pode haver comunicação com
a cavidade abdominal (hérnia
diagramática)
Cardíacas Contusão cardíaca, São muito importantes e
tamponamento e lesão da quando há lesão do
aorta miocárdio pode ser fatal
Esofágicas Ruptura Causa mediastinite que pode
ser fatal
Fisiopatologia
O tórax é uma caixa óssea cartilaginosa que contem órgãos encarregues pela respiração e
circulação sanguínea e que cobre também alguns órgãos abdominais. As paredes torácicas
para além da função de protecção do conteúdo visceral também intervêm de forma
fundamental na mecânica ventilatória, pelo que é muito importante que a caixa torácica
mantenha a sua forma, elasticidade e mobilidade. Assim quando existe lesão tanto da parede
como dos órgãos responsáveis pela respiração as consequências mais importantes do TT são:
Hipoxia, que pode ser causada pela hipovolémia ou alterações da relação ventilação perfusão,
como acontece nas contusões pulmonares e hematomas o que leva a uma oferta inadequada
de oxigénio aos tecidos
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Desequilíbrio nas pressões intratorácicas, como acontece em casos de pneumotórax e
hemotóra
A hipoperfusão que existe a nível dos tecidos e causa ácidos metabólica Em resumo o
mecanismo fisiopatológico do traumatismo Torácico se sintetiza em
Lesões laringo-traqueais
Classificação
Traumatismos abertos, que são responsáveis por 10 a 15% dos casos, têm maior mortalidade
e dependendo do grau de penetração no tórax podem ser:o Não penetrante, onde a lesão não
atinge a pleura parietal o Penetrante, onde penetra na pleura parietal e pulmonar e o objecto
pode ficar alojado dentro da cavidade torácica em caso de ferida por arma branca ou arma de
fogo o Perfurante (Ferida transfixiva) que atravessa a cavidade torácica, isto é, entra e sai da
cavidade torácica
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Traumatismos fechados ou contusos, que são responsáveis por 85 a 90% dos casos. Estes
podem ser causados pelos seguintes mecanismo: o Mecanismos directo que pode acontecer
em casos de:
Quadro Clínico
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O quadro clínico do trauma torácico depende muito do tipo de trauma que houve e do tipo de
lesão que resultou. Mas de um modo geral, o TMG deverá suspeitar de trauma torácico se:
História de trauma
Dispneia
Ansiedade
Instabilidade hemodinâmica
Na palpação e compressão do externo, pode reclamar de dor nas costelas, no caso de fracturas
Macicez a percurssão
PVJ visível
Os dados que diferem uma lesão torácica da outra, seram aboradas no diagnóstico diferencial
parênquima pulmonar e a parede torácica, diferenciada do parênquima pulmonar por ser mais
clara (hipotransparente) - ver Figura 1 à esquerda
Diagnóstico Diferencial
Pneumotórax aberto, causado por ferida penetrante do tórax que tenha um diâmetrosuperior
a 2/3 do diâmetro da traqueia, que cria contacto do espaço pleural com o meio ambiente.
Como em condições normais os pulmões permanecem expandidos na cavidade pleural devido
à pressão negativa que varia de -3 a -12 mmHg que se verifica durante todo o ciclo
respiratório. Portanto, a pressão intrapleural negativa contrapõe-se à retracção elástica dos
pulmões. Quando se rompe a parede torácica ou existe passagem de ar para a cavidade
pleural por ruptura pleural isso aumenta a pressão intrapleural e o pulmão tende ao colapso.
Um pneumotórax aberto tende a aumentar progressivamente a pressão intrapleural
ocasionando o colapso do pulmão,
desvio do mediastino, fazendo compressão venosa, queda do débito cardíaco, hipoxia aguda e
hipotensão arterial
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O tratamento: tamponamento imediato da lesão por meio de curativo quadrangular feito
com gazes esterilizadas, cobrindo todas as bordas do ferimento e fixado com fita adesiva em
3 lados. A fixação do curativo oclusivo em apenas 3 lados produz um efeito de válvula e
desse modo, na expiração, tem-se a saída de ar que é impedido de retornar na inspiração,
evitando, assim, formar um pneumotórax hipertensivo. O dreno de tórax deve ser colocado
longe do ferimento, tão logo seja possível. Geralmente o ferimento necessita ser fechado
definitivamente por procedimento cirúrgico pelo especialista ou Técnico de Cirurgia
Quadro clínico: dor aguda ao inspirar, dispneia crescente, hipotensão arterial, taquicardia e
ausência de movimentos torácicos do lado afectado. À auscultação o murmúrio vesicular está
ausente ou diminuído do lado afectado e hipersonoridade à percussão. O Rx mostra uma área
de maior radiotransparência do pulmão acometido, devido ao acúmulo de ar no local que era
para ser ocupado pelo parênquima pulmonar.
Drenagem pleural com tubo feita no 5° ou 6° espaço intercostal (EIC), na linha axilar média
(LAM), a fim de se evitar complicações como lesão de diafragma, fígado, baço ou outros
órgãos. Pode estar indicada uma aspiração contínua com -20 a -30 cm de água de pressão
pelo que é necessário que o TMG transfira estes pacientes
ü Fisioterapia respiratória
ü O2
ü Antibióticos
O Pneumotórax hipertensivo ou sob tensão, tem como causa mais frequente a fractura das
costelas onde a extremidade da costela causa lesão da pleura visceral deixando o ar passar
para o espaço pleural. Também pode ser causado por ferida penetrante. O ar que passa para o
espaço pleural consegue passar mas não consegue sair e isso causa uma instabilidade
hemodinâmica que leva o pulmão ao colapso. Um pneumotórax de grandes proporções tende
a aumentar
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Hemotórax Massivo
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Se atinge as costelas inferiores poderão causar lesão em fígado e/ou baço e as mais superiores
em traqueia e/ou esôfago.
Múltiplas fraturas consecutivas de costelas (pelo menos quatro arcos costais fraturados
em dois locais distintos);
Ocorre em 5% dos traumatismos torácicos e em 10 a 15% das lesões contusas graves;
Aumenta incidência com a idade;
São lesões de grande risco vital imediato dado o compromisso hemodinâmico que produzem.
Surgem em grandes traumatismos torácicos abertos e por arma de fogo ou arma branca. A
ruptura cárdica produz um tamponamento cardíaco massivo. Se a ruptura for aberta surge
choque hipovolemico com hemotórax massivo sem tamponamento. O prognostico é fatal. O
tamponamento cardíaco surge rapidamente porque o pericárdio tem pouca elasticidade.
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Quadro clínico, surge a chamada tríade de Beck que consiste em:
Aumento da pressão venosa central, mas que pode não se manifestar devido à
hipovolemia
Hipotensão arterial
Apagamentos dos tons cardíacos
Tratamento: Repor a volémia e estabilizar o paciente para transferir para especialista para
pericardiocentese
Lesão semelhante ao 2.6.5 mas menos grave Tratamento: conservador e também pode ser
necessário administração de antibióticos usados para tratar pneumonia para evitar sobre-
infecçao, que é uma das complicações mais frequentes
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Laringe onde surge a tríade: rouquidão, enfisema subcutâneo e crepitação local
Traqueobrônquica, tem um quadro clínico muito variado que vai desde enfisema
subcutâneo, pneumotórax fechado ou sobtensão com graus variáveis de insuficiência
respiratória. Nas rupturas brônquicas o enfisema é unilateral nas rupturas traqueias o
enfisema é bilateral.
Tratamento: é cirúrgico pelo que o paciente deve ser referido para especialista.
Traumatismo Diafragmático
As lesões mais frequentes surgem no hemi-diafragma esquerdo, pois do lado direito o fígado
fecha a lesão. Surgem associadas a feridas abaixo do 4° espaço intercostal e existe herniação
das vísceras abdominais para o tórax.
Quadro clínico: causa dispneia grave, agitação e cianose. O Rx mostra níveis hidroaéreos no
tórax e desvio do mediastino para o lado contra-lateral. Em alguns casos predominam
sintomas e sinais de abdómen agudo hemorrágico que evolui com choque hipovolémico com
pouca ou nenhuma sintomatologia torácica.
Tratamento: é cirúrgico pelo que o TMG deve transferir o paciente para especialista ou
Técnico de Cirurgia assim que o mesmo estiver estabilizado.
Contusão do Miocárdio
Lesão frequente em TT e de difícil diagnóstico e por isso passa despercebida em muitas
ocasiões. Muitas vezes está associada à fractura do esterno, que surge como consequência do
impacto do volante no tórax em acidentes de carros.
Quadro clínico: dor do tipo angina de peito que cursa com arritmias cardíacas. Pode causar
derrame pericárdio mas que é de pequeno volume pelo que dá pouca sintomatologia
Tratamento: evolui bem sem tratamento específico para além de analgésicos. Deve-se evitar
anestesia geral e raquidiana nas primeiras 48 horas após o acidente.
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É uma lesão grave e está associada a fractura da 1ª e 2ª costela. Constituem lesões muito
graves com alta mortalidade pelo que em casos de suspeita o TMG deve referir estes
pacientes para o especialista para tratamento cirúrgico.
Quadro clínico: Dispneia grave em paciente em choque com anemia.
Tratamento: cirúrgico pelo especialista.
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Lesões com Baixo Risco de Morte:
Pneumotórax simples
É o mais frequente e o espaço pleural não é ocupado na totalidade por ar por isso o colapso
pulmonar é parcial e portanto menos grave. Causada por fractura das costelas.
Quadro clínico: varia de assintomático a insuficiência respiratória leve a moderada. A
auscultação pulmonar pode ser normal ou com ↓ do murmúrio vesicular do lado afectado.
Pode haver hipersonoridade do lado afectado e enfisema subcutâneo
Tratamento depende da clínica e varia desde conservador a drenagem toracica feita no 2° EIC
ou na linha medio-clavicular ou 5° EIC na LMA caso o pneumotórax seja > de 20%, no
primeiro caso a US não tem vácuo e no segundo caso indica-se drenagem activa quando a US
tem vácuo.
Hemotórax simples
Fala-se em hemotórax simples quando existe acumulo de < 1.500ml de sangue na cavidade
pleural que tem menos repercussões clinicas que o hemotórax massivo.
Quadro clínico: varia de assintomático a insuficiência respiratória leve a moderada. A
auscultação pulmonar pode ser normal ou com ↓ do murmúrio vesicular do lado afectado.
Pode haver macicez do lado afectado e enfisema subcutâneo
Tratamento: consiste em colocar tubo de drenagem no 5° espaço intercostal na linha média
axilar, tal como aprendido na PA16 desta Disciplina.
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mais adiante) pelo que o TMG deve referir estes pacientes assim que forem
estabilizados
Fracturas (Costelas, Esterno, Clavícula e Escápula)
As fracturas são as lesões mais comuns do TT. As causas mais comuns das fracturas são o
trauma directo e a compressão do tórax. Podem ser únicas (raras) ou múltiplas (as mais
frequentes), unilaterais ou bilaterais. Podem afectar a porção anterior, lateral ou posterior dos
arcos costais ou mesmo afectar em simultâneo todas essas porções.
As fracturas da caixa torácica dividem-se didacticamente em três tipos principais: (1)fraturas
simples de costelas,(2) fracturas com afundamento e (3) fracturas de esterno. As fracturas
Traumas e Emergências Versão 2.0 728
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Das costelas ou do esterno associam-se frequentemente às fracturas das clavículas e com
menor frequência a fracturas da escápula. Assim podemos ter: o Fracturas de costelas,
manifestam-se com dor que causa restrição à ventilação e consequente acúmulo de secreção
tráqueo-brônquica. A atelectasia e a pneumonia podem complicar o quadro, principalmente
em pacientes com doença pulmonar pré-existente. As fracturas das costelas podem ser:
Fracturas simples, onde existe dor espontânea ou provocada pelos movimentos
respiratórias e pela palpação. O tratamento consiste na analgesia assim que forem descartadas
lesões associadas
Fracturas complicadas, onde aparecem lesões associadas sendo que estas podem ser:
Fracturas da 1ª, 2ª e/ou 3ª costelas, são pouco frequentes mas indicam traumatismo interno,
pois essas costelas estão protegidas pelos ombros e clavículas. Estão por isso associadas a
fracturas da clavícula e omoplata e pode ocorre lesões da coluna cérvico-dorsal, traqueais e
vasculares e por isso (gravidade das lesões associadas), a mortalidade pode chegar à 50%.
Deste modo após a estabilização do paciente o TMG deve transferir o paciente para avaliação
de necessidade cirúrgica pelo especialista
Fracturas da 8ª a 10ª costela, pode originar lesões das vísceras abdominais (fígado, baço e
rins) o Fracturas do esterno são lesões raras pois precisam de trauma de grande intensidade
para ocorrer, mas quando surge tem alta mortalidade devido à ocorrência de lesões
associadas, tais como contusão cardíaca, ruptura traqueobrônquica e da aorta bem como
lesões musculares. Estes pacientes devem ser referidos para o especialista assim que forem
estabilizados pois podem (as vezes) necessitar de fixação cirúrgica e seguimento de lesões
cardíacas..
Conduta
O objectivo prioritário no atendimento do paciente deve ser orientado inicialmente segundo
os critérios de prioridade comuns aos vários tipos de traumas (abordagem ABCD do trauma)
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que tem por objectivo manter a ventilação e perfusão adequados, evitando, assim, as
deficiências respiratória e circulatória.
Assim a abordagem do paciente com TT consiste em:
Exploração primária, que tem como objectivo assegurar a permeabilidade das vias aéreas e
a imobilização do pescoço do seguinte modo:
Traumas e Emergências Versão 2.0 729
O É esta fase que se deve tratar essas lesões potencialmente fatais (pneumotórax hipertensivo,
hemotórax e tamponamento cardíaco). Após a drenagem das mesmas se os sinais de
insuficiência respiratória grave, hipoxemia e/ou hipercapnia se mantem deve-se intubar o
paciente e fazer ventilação assistida.
O Circulação, com medição da TA, do pulso, FC de modo a fazer-se uma avaliação geral do
aparelho cardio-circulatório, onde os mais graves são:
o Avaliar a presença das lesões que mais comumente acometem o segmento torácico, dando
ênfase s suas etiologias.
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Exploração secundária, que compreende um exame mais exaustivo depois de resolvida a
urgência vital identificada na avaliação primária. Algumas lesões potencialmente letais
podem ser identificadas nesta fase, e cerca de 70-80% de casos de TT tem lesões
extratorácicas. Assim deve-se
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O TT representa a segunda causa de morte por traumatismo na infância depois do TCE. São
pouco frequentes em crianças pequenas e a sua incidência aumenta com a idade atingindo os
picos aos 8-9 anos e 14-15 anos. O TT surge em 4-8% dos traumatismos. Cerca de 60% dos
casos de lesão torácica na infância têm lesões múltiplas relacionadas e o índice de gravidade
em geral é maior.
Cerca de 50% das crianças morre por TT antes de chegar ao hospital e quanto mais jovem é a
criança maior é a probabilidade de morrer. Por isso a educação dos pais e cuidadores das
crianças é melhor medida para salvar as vidas.
o Atropelamentos
o Quedas
o Agressões
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Classificação das Lesões no Traumatismo Torácico segundo a Gravidade e Risco de
Mortalidade
Morte Iminente Risco Potencial de Morte Risco Escasso de Morte
Pneumotórax sob tensão Contusão pulmonar Fracturas das costelas,
clavícula e esterno
Pneumotórax aberto ou Contusão do miocárdio Pneumotórax simples
aspirativo
Hemotórax massivo Ruptura aórtica Hemotórax simples
Tórax instável (Vollet costal) Ruptura diafragmática Contusão parede torácica
Tamponamento cardíaco Ruptura esofágica Asfixia traumática
Contusão pulmonar bilateral
grave
Fisiopatologia
As diferenças anatómicas e fisiológicas entre crianças e adultos fazem com que existam
diferenças do tipo de lesão torácica. Assim:
o Os arcos costais das crianças são menos mineralizados, mais flexíveis e elásticos
favorecendo a transmissão de energia nas estruturas intratorácicas e por esse motivo é
possível encontrar lesões intratorácicas graves na ausência de sinais de traumatismo torácico
externo evidente. Isso também faz com que a contusão pulmonar seja 2 vezes mais frequente
do que nos adultos, variando de 48 a 61%.
o Somente 52% das feridas intratorácicas se acompanha de fractura das costelas.
o Enquanto que as fracturas simples dos arcos costais ocorrem com frequência nos adultos e
adolescente são muito raras na criança sobretudo nas menores de 5 anos.
o O facto da criança possuir um mediastino mais móvel pode gerar uma deslocação do
coração, angulação dos grandes vasos e compressão da traqueia. As consequências
cardiovasculares dessas alterações anatómicas pronunciadas podem ameaçar a vida da criança
muito rapidamente.
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o As crianças com TCE grave (escala do coma de Glasgow <8) podem ter uma lesão do
parênquima pulmonar por aspiração do suco gástrica, a ventilação incorrecta e a potencial
pneumonia infecciosa aumenta a necessidade de maiores cuidados ventilatórios. Isso pode
evitar-se seguindo:
O protocolo de intubação correcta e rápida que use sedação e anestesia prévia à sedação
Colocação de uma cânula endotraqueal apropriada que permita fazer aspiração das
secreções sem causar lesão na mucosa traqueal
o A criança com múltiplas fracturas que produzem dificuldade respiratória incluindo um alto
consumo de O2
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Conclusão
Nosso presente trabalho concluímos que,O traumatismo torácico (TT) define-se como o
conjunto de alterações anatómicas e funcionais provocadas por um agente traumático sobre o
tórax produzindo lesões tanto na caixa torácica (costelas e esterno) como no mediastino,
grandes vasos intratorácicos, coração, pulmões, pleura e pericárdio.
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Referência Bibliográfica
● Cuidados hospitalares para crianças: Normas para Manejo de Doenças Frequentes Com
Recursos Limitados, OMS – 2005
●
http://www.dgei.cbmerj.rj.gov.br/documentos/EPOQS-AULAS/TRAUMA_ABDOMINAL.p
df
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