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INFOMEDICA WIKI

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TRAUMATISMO CRANIOENCEFÁLICO (TCE)

Editora: Cristiane Marchese Recuero

Colaboradoras: Luziana Suzuki Brambila, Vivian Gregorczyk

Definição

Fonte: http://adam.sertaoggi.com.br

O trauma cranioencefálico (TCE) é causado por uma agressão ou por uma aceleração ou
desacelaração de alta intensidade do cérebro dentro do crânio. Esse processo causa
comprometimento estrutural e funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou de
seus vasos. O TCE é um trauma que não apresenta origem degenerativa ou congênita, e pode
causar diminuição ou alteração de consciência, resultando em alterações que afetam
diretamente o funcionamento físico, cognitivo (memória, aprendizado e atenção),
comportamental ou emocional.

Epidemiologia

O traumatismo cranioencefálico é a principal causa mundial de morbimortalidade em


indivíduos com idade inferior a 45 anos, e atinge mais comumente a faixa de idade dos 15 aos
24 anos. Esse trauma é mais predominante no sexo masculino, e compromete os homens duas
ou três vezes mais que as mulheres. Nas vítimas de trauma, o TCE está presente em 40%,
desses indivíduos 20% acabam falecendo no local ou nas primeiras 24 horas de internação e
80% na primeira semana após o acidente. No Brasil, a incidência de TCE vem crescendo a cada
dia, são mais de 100 mil vítimas fatais, estimando 1 morte para cada 3 sobreviventes, e os
indivíduos que sobrevivem muitas vezes acabam evoluindo para seqüelas graves. Os traumas
em geral no país representam a principal causa de morte em crianças e adolescentes, sendo
que nas crianças o traumatismo cranioencefálico está presente na maioria delas, e representa
em torno de 75% das mortes.
Causas

O TCE tem como causa acidentes de trânsito (automobilísticos, ciclísticos, motociclísticos,


atropelamentos), quedas, agressões, lesões por arma de fogo, catástrofes, esportes entre
outros. Dentre esses, os acidentes de trânsito são os principais causadores de trauma
cranioencefálico, tendo uma porcentagem em torno de 60% a 70%. Além disso, observou-se
que os acidentes envolvendo o trânsito foram os principais responsáveis por causar invalidez
após traumas mecânicos na última década no Brasil.

Tipos de Trauma Cranioencefálico

Fonte: http://adam.sertaoggi.com.br

O TCE está dividido em três tipos: trauma craniano fechado, trauma com abaulamento no
crânio e fratura exposta. O trauma craniano fechado se caracteriza por uma fratura sem desvio
na estrutura óssea, ou por não apresentar ferimento na calota craniana (exemplo figura ao
lado). Na fratura com abaulamento, o osso fraturado se encontra afundado no crânio,
podendo causar compressão ou lesão cerebral. E na fratura exposta, geralmente ocorre uma
laceração do couro cabeludo e músculos pericrânios, existindo comunicação direta entre a
parte externa do crânio com o parênquima cerebral (tecido responsável pela função cerebral).

Classificação

Mecanismo, morfologia anatômica ou gravidade

Exemplo Hematoma Subdural - Fonte: umm.edu

O TCE pode ser se classificado de acordo com seu mecanismo, morfologia anatômica ou
gravidade:

- Mecanismo: classifica-se o trauma em fechado (contuso) ou penetrante. O trauma fechado


pode estar associado a acidentes de trânsito, quedas e agressões; e o penetrante geralmente
está relacionado com ferimentos causados por armas de fogo ou arma branca. A lesão fechada
é comum em crianças.
- Morfologia Anatômica: são divididas em lesões extracranianas, intracranianas e fraturas do
crânio. Extracranianas laceram o couro cabeludo, causando sangramento e hematomas, como
por exemplo, o hematoma subdural. Intracranianas podem ser focais ou difusas. E as fraturas
do crânio podem ser lineares, cominutivas, e com afundamento.

Fonte: scielo.br

- Gravidade: é verificada através da escala de coma de Glasgow (ECG), e o objetivo é registrar o


nível de consciência de uma pessoa após um TCE, avaliando a resposta verbal, motora e
abertura dos olhos (tabela 1). Através dessa escala pode-se classificar o TCE como leve (ECG 14
a 15), moderado (ECG 9 a 13) e grave (ECG 3 a 8). Os traumas de crânio considerados leves
totalizam metade dos casos e frequentemente tem uma boa evolução e recuperação. No TCE
leve não ocorre perda de consciência e os pacientes apresentam leve alteração mental,
juntamente com dor de cabeça e tontura, mas esses sintomas tendem a desaparecer com o
tempo. O TCE moderado geralmente ocorre em vítimas de politraumas, apresentam perda de
consciência e alterações neurológicas reversíveis. No TCE grave os pacientes se apresentam
inconscientes e com perda neurológica, esses indivíduos geralmente estão em coma, e na
maioria das vezes apresentam comprometimento de outros órgãos e em torno de um quarto
desses pacientes apresentam lesão cirúrgica.

Lesão encefálica primária e secundária

A lesão primária ocorre no momento do trauma, resulta em lesão mecânica direta e pode ser
causada pelo mecanismo de impacto ou pela aceleração e desaceleração do cérebro dentro do
crânio. A lesão secundária é definida como uma resposta fisiológica que inicia após o momento
do acidente. Essa reação fisiológica pode apresentar alterações sistêmicas e desordens dentro
do crânio, causando hipoxemia (deficiência anormal da concentração de oxigênio no sangue
arterial), hipercapnia ou hipocapnia (aumento ou queda da concentração de gás carbônico do
sangue), hipotensão arterial (queda da pressão arterial média), aumento da pressão
intracraniana, alterações de temperatura e do metabolismo.

Quadro Clínico

O indivíduo vítima de TCE muitas vezes apresenta alteração de consciência, e dependendo da


extensão e gravidade da lesão, pode evoluir para o coma, podendo permanecer nesse estado
por horas, dias ou semanas. Esses indivíduos após saírem do coma, normalmente se
apresentam confusos e com dor de cabeça. Pessoas que sofreram TCE podem ter alterações
motoras, posturais, sensitivas, de linguagem, comunicação, visão, audição, transtornos de
personalidade, intelecto, crises convulsivas, incontinência urinária ou fecal, complicações
devido a permanência prolongada no leito, entre outras. Existem três categorias que dividem
as incapacidades resultantes provenientes do TCE, são elas: físicas, cognitivas e
comportamentais/emocionais. As físicas são variadas, podendo ser motoras, visuais, posturais,
ente outras. As cognitivas geralmente afetam a memória, capacidade de aprendizado e
atenção. E as alterações comportamentais/emocionais incluem comportamento imaturo,
perda da autoconfiança, desmotivação, irritabilidade e agressividade. Os pacientes de TCE
podem apresentar mais de uma alteração no seu quadro clínico e a gravidade do trauma vai
determinar se haverá ou não seqüelas significativas. No trauma cranioencefálico leve, alguns
padrões de alterações podem estar presentes na fase pós-aguda, mas não significam que serão
seqüelas permanentes. Muitos destes pacientes não apresentam alterações de memória,
aprendizado e atenção, mas podem enfrentar dificuldades para retornar as suas atividades
diárias. No caso de TCE grave o comprometimento pode envolver as três categorias,
apresentando diversos padrões de alterações, não sendo possível determinar especificamente
o que o indivíduo vai ter como complicação, conseqüência e incapacidade.

Tratamento

O tratamento do TCE inicia na cena do trauma, que exige nesse momento organização e
conduta de qualidade. É importante que ocorra transporte correto da vítima e uma admissão
adequada no hospital. Esses passos contribuirão para realizar um diagnóstico correto,
estabelecer um prognóstico e uma conduta terapêutica eficaz e de qualidade. Inicialmente o
tratamento será clínico e/ou cirúrgico, em seguida, após o quadro clínico do paciente se
estabilizar, começarão as terapias para reabilitação. Pacientes com TCE são acompanhados por
uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos,
terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. A abordagem do tratamento deve ser global, tendo
como objetivo alcançar o maior grau de funcionalidade, proporcionando a esses indivíduos
maior nível de independência e qualidade de vida.

Referências Bibliográficas

1. Carvalho LFA, Affonseca CA, Guerra SD, Ferreira AR, Goulart EMA. Traumatismo
cranioencefálico grave em crianças e adolescentes. Rev Bras Ter Intensiva 2007; 19 (1).
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-
507x2007000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 19 de nov. 2010.

2. Figueiredo JC, Caetano LL, Filho RMMM, Morais SG. Traumatismo Cranioencefálico:
Aspectos Clínicos e Abordagem Fisioterapêutica. Disponível em:
<http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Traumatismocranioencefalicoaspectosclini
coseabordagemfisioterapeutica.pdf>. Acesso em: 19 de nov. 2010.
3. Goldman L, Ausielo D. CECIL. Tratado de Medicina Interna. 22ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier;
2005.

4. Melo JRT, Silva RA, Jr EDM. Características dos pacientes com trauma cranioencefálico na
cidade do Salvador, Bahia, Brasil. Arq Neuro-Psiquiatr 2004; 62 (3). Disponível em:<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2004000400027>. Acesso
em: 19 de nov. 2010.

5. Nomura S. Traumatismo Crânio-Encefálico e Cervical em Pediatria. Disponível em:


<http://www.saj.med.br/uploaded/File/artigos/Traumatismo%20cranio.pdf>. Acesso em: 20
de nov. 2010.

6. Oliveira-Abreu M, Almeida ML. Manuseio da ventilação mecânica no trauma


cranioencefálico: hiperventilação e pressão positiva expiratória final. Rev Bras Ter Intensiva
2009; 21 (1). Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-
507X2009000100011>. Acesso em: 18 de nov. 2010.

7. Pereira CU, Leite TO. Traumatismo cranioncefálico em núcleos da base. Scientia Plena 2009;
5 (11). Disponível em : <http://www.scientiaplena.org.br/sp_v5_116002.pdf>. Acesso em: 18
de nov. 2010.

8. Quevedo MJ. Internações em UTI por trauma cranionencefálico (TCE) na cidade de Porto
Alegre. 2009. Disponível em <
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/17945/000725396.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 21 de nov. 2010.

9. Spanholi LE. Efeitos Neuropsicológicos do Traumatismo Cranioencefálico. Disponível em : <


http://www.ibneuro.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=56:efeitos-
neuropsicologicos-do-traumatismo-cranioencefalico&catid=3:artigos&Itemid=63>. Acesso em:
21 de nov. 2010.

10. Souza JWT, Araújo KP, Roberto M, Silva VJ, Oliveira GN. Traumatismo Cranioencefálico
(TCE). 2009. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/16707/1/TRAUMATISMO-
CRANIOENCEFALICO-TCE/pagina1.html>. Acesso em: 21 de nov. 2010.

https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/TRAUMATISMO_CRANIOENCEF%C3%81LICO_(TCE)

Cuidados de Enfermagem no Traumatismo Crânio encefálico


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7 min de leitura

Traumatismo Crânio encefálico (TCE) é um grave problema de saúde pública na atualidade.


Estima-se que cerca de quinhentas mil pessoas sofram de TCE por ano nos Estados Unidos da
América (EUA), sendo que 20% das vítimas terão algumas incapacidades e deficiências,
causando sofrimento e transtornos não só para os pacientes, mas para toda a família (PECLAT,
2004).Segundo Melo, Silva, Junior (2004), o TCE começou a ser descrito como importante fator
de óbito em suas vítimas a partir de 1682, tomando proporções cada vez maiores, devido ao
aumento de sua incidência estar diretamente relacionado com a evolução da humanidade e o
desenvolvimento da tecnologia.

Atualmente é a maior causa de morbidade e mortalidade nas comunidades; é a terceira causa


mais comum de morte, excedido apenas por doenças cardiovasculares e cancro.

De acordo com Canova et al., (2010), o TCE é definido como qualquer agressão que resulta em
lesão anatómica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou
encéfalo e, de um modo geral, encontra-se dividido, de acordo com sua intensidade, em
grave,moderado e leve.

É considerado como processo dinâmico, já que as consequências do seu quadro patológico


podem persistir e progredir com o passar do tempo.

Existem dois tipos de lesões cranianas: lesão primária e secundária.

Lesão cerebral primária: a lesão encefálica primária ocorre no momento do trauma e


correspondem principalmente às contusões cerebrais, as fraturas, lacerações da substância
cinzenta e à lesão axonal difusa (LAD). A lesão secundária é determinada por processos
iniciados no momento do trauma, mas evidenciada clinicamente algum tempo depois, que
ocorrem devido a devido à hipotensão, hipoxemia, hipoventilação, edema cerebral e formação
de hematomas. São lesões secundárias: os hematomas intracranianos, o edema cerebral, a
lesão cerebral secundária à hipertensão intracraniana e a lesão cerebral isquêmica.
As lesões axonais difusas são secundárias ao cisalhamento (forças aplicadas em sentidos
opostos) das fibras mielínicas com degeneração walleriana da bainha de mielina das fibras
seccionadas.

Lesão cerebral secundária: as principais lesões secundárias são os hematomas intracranianos,


hipertensão Intracraniana (HIC) e Lesão cerebral isquêmica. Os hematomas intracranianos
classificam-se em: epidurais, subdurais e intraparenquimatosas.

Mecanismos do Traumatismo Crânio encefálico

Os mecanismos do TCE provocam rupturas na barreira hemato-encefálica permitindo que os


componentes plasmáticos atravessem facilmente essa barreira para dentro do tecido neural
(edema vasogênico). A hipóxia (injúria secundária) afeta a ATPase sódio/potássio da
membrana celular, promovendo acúmulo intracelular de sódio, e o subseqüente fluxo de água
para dentro da célula por gradiente osmótico. Logo, o edema citotóxico também ocorre,
porém em fase subaguda e/ou crônica. Portanto, o edema vasogênico, acrescido de possíveis
áreas localizadas de hemorragias com efeito de massa, são os principais responsáveis pelo
surgimento da hipertensão intracraniana.

Sendo assim, no TCE podem surgir elementos como hematomas, contusões, edema, acúmulo
de LCR ou aumento de volume intravascular, neste caso, em um primeiro momento podem
ocorrer à acomodação intracraniana, elevando a PIC. Em adultos o valor normal de PIC é de
15mmHg sendo que os valores de pressão intraventricular e lombar são iguais com paciente
deitado, e dependendo da altura do paciente a pressão lombar pode atingir de 20 a 30 mmHg.
(…) O edema cerebral consiste na passagem de água, sódio e proteína no espaço intersticial é
formado na substancia cinzenta, podendo acumular-se na substancia branca do cérebro, esse
edema pode ser aumentado conforme o aumento da pressão arterial é da temperatura
corporal.

Entre as principais causas de TCE estão os acidentes automobilísticos, atropelamentos,


acidentes ciclísticos e motociclísticos, mergulho em águas rasas, agressões, quedas e projéteis
de arma de fogo.

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A máscara laríngea é um dispositivo utilizado na área médica, para realização de ventilação


pulmonar…
De maneira geral a gravidade esta relacionada com a intensidade do trauma. Facto relacionado
com prognóstico das vítimas de TCE apontou que as alterações neuropsicológicas pós-
traumáticas constituem um dos principais fatores que determinam no futuro um grau de
independência funcional alcançado e retorno no trabalho, como também o estabelecimento
das relações familiares e sociais satisfatórias (AFFONSECA, et al., 2007).

Os cuidados às vítimas de TCE baseiam-se na estabilização das condições vitais do paciente.

O atendimento dá-se por meio do suporte à vida,exigindo agilidade e objetividade no fazer.


Nesse sentido, o processo de trabalho molda-se na luta contra o tempo para o alcance do
equilíbrio vital (PAI; LAUTERT, 2005).

Nesse cenário, o enfermeiro tem papel fundamental no cuidado oferecido a essas vítimas, pois
é necessário que ele esteja apto para obter uma breve história do paciente, realize o exame
físico, executando o tratamento imediato, preocupando-se com a manutenção da vida.

Deve aliar sua fundamentação teórica à capacidade de liderança, iniciativa e habilidades


assistenciais e de ensino. Precisa ter raciocínio rápido, pois é responsável pela coordenação de
uma equipe de enfermagem, sendo parte vital e integrante da equipe de emergência.

Cuidados de Enfermagem

Nas primeiras 48 horas pós TCE a equipe de enfermagem deve estar atenta ao escore de
Glasgow, ao padrão respiratório e aos níveis da PIC (normal menor 10 mmHg) já que uma ?
elevação da PIC a maior de 20 mmHg em um paciente em repouso, por mais do que alguns
minutos, está associada a um aumento significativo da mortalidade; essa atenção da
enfermagem permite intervir rapidamente, evitando complicações. 15

A nutrição enteral deve ser iniciada após 48 horas de admissão na UTI, deve-se estar atento à
presença de ruído hidroaéreos (RHA) e distensão abdominal. Nos pacientes que apresentarem
fraturas de base de crânio, a sondagem nasogástrica ou enteral deve ser feita por via oral e
não via nasal, pois podem provocar infecções do tipo meningite e lesões secundárias, para as
aspirações deve ser usado o mesmo critério, não realizar aspirações nasal nestes pacientes.
Deve-se estar atento à prescrição de soluções, visto que, infusão de soluções contendo
dextrose, especialmente dextrose a 5% e água, é contra indicada no tratamento agudo do
paciente com TCE, pois favorece o aparecimento de edema cerebral. 2

Podemos elencar os seguintes diagnósticos de enfermagem para pacientes com


comprometimento neurológico e especificamente, para o paciente vítima traumatismo crânio
encefálico, são eles: capacidade adaptativa intracraniana diminuída; risco de perfusão tissular
ineficaz cerebral; padrão respiratório ineficaz; risco de infecção, risco de aspiração, risco de
integridade da pele prejudicada; hipertermia; risco de constipação; nutrição desequilibrada:
menos do que as necessidades corporais e dor aguda.16

Apresenta- se a seguir protocolo de avaliação neurológica bem como os cuidados de


enfermagem necessários para uma assistência de qualidade ao paciente vitima de trauma:

Protocolo de avaliação neurológica e os cuidados de enfermagem

Manter vias aéreas pérvias: quando necessário, aspiração orotraqueal para manter boa
oxigenação

Manter acesso venoso calibroso ou cateter venoso central, para quantificação da volemia.

Realizar balanço hídrico de 6 em 6 horas

Imobilização da coluna até descartar trauma raquimedular (colar cervical, prancha rígida e
mobilização em bloco)

Manutenção de pressão arterial média de 90mmHg

Passagem de sonda nasogástrica para descompressão gástrica

Em caso de lesão facial ou trauma de base de crânio (confirmado ou suspeita), é contra-


indicada a passagem nasogástrica, devendo ser feita orogástrica.

Sonda vesical de demora para controle do balanço hídrico, controle de glicemia capilar na
admissão e de 3/3 horas.

Se necessidade de bomba de insulina, glicemia capilar de 1/1 hora

Manter crânio alinhado e decúbito elevado a 30º

Controle da temperatura (manter normotérmico)

Se necessário: utilizar antitérmicos ou hipotermia (CPM)

Atentar para crise convulsiva e utilizar protetores nas laterais da cama.

Proteger os olhos entreabertos aplicando creme protetor ocular (Epitezan®) na pálpebra


inferior a cada oito horas (CPM)

Cuidados com a pele evitando úlceras por pressão

Profilaxia de trombose venosa profunda


https://www.google.com/amp/s/www.portalenf.com/2017/09/cuidados-de-enfermagem-no-
traumatismo-cranio-encefalico/amp/

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