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Definição
Fonte: http://adam.sertaoggi.com.br
O trauma cranioencefálico (TCE) é causado por uma agressão ou por uma aceleração ou
desacelaração de alta intensidade do cérebro dentro do crânio. Esse processo causa
comprometimento estrutural e funcional do couro cabeludo, crânio, meninges, encéfalo ou de
seus vasos. O TCE é um trauma que não apresenta origem degenerativa ou congênita, e pode
causar diminuição ou alteração de consciência, resultando em alterações que afetam
diretamente o funcionamento físico, cognitivo (memória, aprendizado e atenção),
comportamental ou emocional.
Epidemiologia
Fonte: http://adam.sertaoggi.com.br
O TCE está dividido em três tipos: trauma craniano fechado, trauma com abaulamento no
crânio e fratura exposta. O trauma craniano fechado se caracteriza por uma fratura sem desvio
na estrutura óssea, ou por não apresentar ferimento na calota craniana (exemplo figura ao
lado). Na fratura com abaulamento, o osso fraturado se encontra afundado no crânio,
podendo causar compressão ou lesão cerebral. E na fratura exposta, geralmente ocorre uma
laceração do couro cabeludo e músculos pericrânios, existindo comunicação direta entre a
parte externa do crânio com o parênquima cerebral (tecido responsável pela função cerebral).
Classificação
O TCE pode ser se classificado de acordo com seu mecanismo, morfologia anatômica ou
gravidade:
Fonte: scielo.br
A lesão primária ocorre no momento do trauma, resulta em lesão mecânica direta e pode ser
causada pelo mecanismo de impacto ou pela aceleração e desaceleração do cérebro dentro do
crânio. A lesão secundária é definida como uma resposta fisiológica que inicia após o momento
do acidente. Essa reação fisiológica pode apresentar alterações sistêmicas e desordens dentro
do crânio, causando hipoxemia (deficiência anormal da concentração de oxigênio no sangue
arterial), hipercapnia ou hipocapnia (aumento ou queda da concentração de gás carbônico do
sangue), hipotensão arterial (queda da pressão arterial média), aumento da pressão
intracraniana, alterações de temperatura e do metabolismo.
Quadro Clínico
Tratamento
O tratamento do TCE inicia na cena do trauma, que exige nesse momento organização e
conduta de qualidade. É importante que ocorra transporte correto da vítima e uma admissão
adequada no hospital. Esses passos contribuirão para realizar um diagnóstico correto,
estabelecer um prognóstico e uma conduta terapêutica eficaz e de qualidade. Inicialmente o
tratamento será clínico e/ou cirúrgico, em seguida, após o quadro clínico do paciente se
estabilizar, começarão as terapias para reabilitação. Pacientes com TCE são acompanhados por
uma equipe multidisciplinar, incluindo médicos, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos,
terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. A abordagem do tratamento deve ser global, tendo
como objetivo alcançar o maior grau de funcionalidade, proporcionando a esses indivíduos
maior nível de independência e qualidade de vida.
Referências Bibliográficas
1. Carvalho LFA, Affonseca CA, Guerra SD, Ferreira AR, Goulart EMA. Traumatismo
cranioencefálico grave em crianças e adolescentes. Rev Bras Ter Intensiva 2007; 19 (1).
Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s0103-
507x2007000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 19 de nov. 2010.
2. Figueiredo JC, Caetano LL, Filho RMMM, Morais SG. Traumatismo Cranioencefálico:
Aspectos Clínicos e Abordagem Fisioterapêutica. Disponível em:
<http://www.pergamum.univale.br/pergamum/tcc/Traumatismocranioencefalicoaspectosclini
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3. Goldman L, Ausielo D. CECIL. Tratado de Medicina Interna. 22ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier;
2005.
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cidade do Salvador, Bahia, Brasil. Arq Neuro-Psiquiatr 2004; 62 (3). Disponível em:<
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-282X2004000400027>. Acesso
em: 19 de nov. 2010.
7. Pereira CU, Leite TO. Traumatismo cranioncefálico em núcleos da base. Scientia Plena 2009;
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8. Quevedo MJ. Internações em UTI por trauma cranionencefálico (TCE) na cidade de Porto
Alegre. 2009. Disponível em <
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/17945/000725396.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 21 de nov. 2010.
10. Souza JWT, Araújo KP, Roberto M, Silva VJ, Oliveira GN. Traumatismo Cranioencefálico
(TCE). 2009. Disponível em: <http://www.webartigos.com/articles/16707/1/TRAUMATISMO-
CRANIOENCEFALICO-TCE/pagina1.html>. Acesso em: 21 de nov. 2010.
https://infomedica.fandom.com/pt-br/wiki/TRAUMATISMO_CRANIOENCEF%C3%81LICO_(TCE)
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7 min de leitura
De acordo com Canova et al., (2010), o TCE é definido como qualquer agressão que resulta em
lesão anatómica ou comprometimento funcional do couro cabeludo, crânio, meninges ou
encéfalo e, de um modo geral, encontra-se dividido, de acordo com sua intensidade, em
grave,moderado e leve.
Sendo assim, no TCE podem surgir elementos como hematomas, contusões, edema, acúmulo
de LCR ou aumento de volume intravascular, neste caso, em um primeiro momento podem
ocorrer à acomodação intracraniana, elevando a PIC. Em adultos o valor normal de PIC é de
15mmHg sendo que os valores de pressão intraventricular e lombar são iguais com paciente
deitado, e dependendo da altura do paciente a pressão lombar pode atingir de 20 a 30 mmHg.
(…) O edema cerebral consiste na passagem de água, sódio e proteína no espaço intersticial é
formado na substancia cinzenta, podendo acumular-se na substancia branca do cérebro, esse
edema pode ser aumentado conforme o aumento da pressão arterial é da temperatura
corporal.
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Nesse cenário, o enfermeiro tem papel fundamental no cuidado oferecido a essas vítimas, pois
é necessário que ele esteja apto para obter uma breve história do paciente, realize o exame
físico, executando o tratamento imediato, preocupando-se com a manutenção da vida.
Cuidados de Enfermagem
Nas primeiras 48 horas pós TCE a equipe de enfermagem deve estar atenta ao escore de
Glasgow, ao padrão respiratório e aos níveis da PIC (normal menor 10 mmHg) já que uma ?
elevação da PIC a maior de 20 mmHg em um paciente em repouso, por mais do que alguns
minutos, está associada a um aumento significativo da mortalidade; essa atenção da
enfermagem permite intervir rapidamente, evitando complicações. 15
A nutrição enteral deve ser iniciada após 48 horas de admissão na UTI, deve-se estar atento à
presença de ruído hidroaéreos (RHA) e distensão abdominal. Nos pacientes que apresentarem
fraturas de base de crânio, a sondagem nasogástrica ou enteral deve ser feita por via oral e
não via nasal, pois podem provocar infecções do tipo meningite e lesões secundárias, para as
aspirações deve ser usado o mesmo critério, não realizar aspirações nasal nestes pacientes.
Deve-se estar atento à prescrição de soluções, visto que, infusão de soluções contendo
dextrose, especialmente dextrose a 5% e água, é contra indicada no tratamento agudo do
paciente com TCE, pois favorece o aparecimento de edema cerebral. 2
Manter vias aéreas pérvias: quando necessário, aspiração orotraqueal para manter boa
oxigenação
Manter acesso venoso calibroso ou cateter venoso central, para quantificação da volemia.
Imobilização da coluna até descartar trauma raquimedular (colar cervical, prancha rígida e
mobilização em bloco)
Sonda vesical de demora para controle do balanço hídrico, controle de glicemia capilar na
admissão e de 3/3 horas.