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Cetam

Curso de Urgência e Emergência

Traumatismo Cranioencefálico

Maués - Am, 2023


Alunas(os): Raimar Souza, Jorgeane Barbosa, Siljoane
Garcia, Jaqueline Magalhães, Salete e Valdenize
Zózimo.

Traumatismo Cranioencefálico
Trabalho apresentado no
curso de especialização de

Urgência e Emergência do

Cetam, orientado pela

Professora: Aline Cunha

Para obtenção de nota.

Maués-Am, 2023
Introdução

O Trauma Cranioencefálico (TCE) está entre os principais


tipos de trauma mais comuns nos serviços de emergência
em todo o mundo. As vítimas do Trauma Cranioencefálico
comumente apresentam lesões neurológicas que
resultam em invalidez, impossibilitando o retorno dos
pacientes as atividades laborais e sociais.
Fisiopatologia

A Fisiopatologia do TCE é muito simples, qualquer


movimento da cabeça que seja subitamente interrompido,
ou golpe direto ao crânio, produzirá distorção dos tecidos
e deslocamento cerebrais. As alterações podem ser de
três formas: concussão cerebral que é a perda da
consciência temporária ou permanente, resultante de uma
injúria ou golpe na cabeça, e que implica na redução das
funções do sistema ativador reticular do tronco cerebral; a
laceração, que acontece quando as irregularidades
ósseas internas do crânio fazem abrasão na superfície do
cérebro e, finalmente, a dilaceração de estruturas
vasculares pode resultar em e hemorragias ou
hematomas, podendo ser focais ou difusas.
Caso Clínico

A.C.S., 26 anos, sexo masculino, dirigia na Rua Prefeito


Raimundo Albuquerque, em alta velocidade, quando, ao
desviar de um bêbado que atravessava a rua, perdeu o
controle da moto e colidiu no carro estacionado.
Após a avaliação adequada da segurança do local e
sinalização da cena, com todos os profissionais
devidamente paramentados, com base no protocolo
XABCDE do atendimento pré-hospitalar, os socorristas
encontram A.C.S. consciente, confuso e com
sangramento exsanguinante, apresentando via aérea
pérvia e ausência de estase de jugular e desvio de
traqueia. O tórax do paciente, por sua vez, revela-se
integro, com frequência respiratória elevada,
taquicardíaco. possui um sangramento no couro
cabeludo, na região parietal esquerda, sendo possível
constatar pele quente e normocorado, estabilidade pélvica
e integridade dos ossos e membros. No exame
neurológico, os socorristas identificaram pupilas
isocóricas e fotorreagentes, bem como ECG de 12. Sem
achados adicionais, o paciente foi coberto com uma
manta térmica e encaminhado ao transporte para a
unidade de trauma. Sinais vitais: FC = 120 bpm, FR = 32
ipm, PA = 110 x 70 mmHg, SpO2 = 97%.
A avaliação secundária foi realizada dentro da
ambulância, sendo identificado equimose periorbital
bilateral, reavaliado os sinais vitais do paciente, realizado
exame detalhado em busca de lesões no couro cabeludo,
com sangramento importante, Observa-se evidências de
extravasamento de sangue pelas cavidades nasais e
auditivas. Foi encaminhado para a Unidade Hospitalar,
realizado radiografia a qual indicou fratura de osso da
mandíbula e crânio em região parietal Esquerda, além de
hematoma.
TCE LEVE: pontuação de 13 a 15 na ECG (é o mais
comum). Outra questão que merece atenção no TCE leve
é que um TCE com risco baixo pode evoluir para risco
moderado e grave. Sendo assim, é preciso ter muita
atenção e cuidado no acompanhamento, realizando
avaliações sistemáticas destas pessoas.

TCE MODERADO: pontuação de 9 a 12 pontos na ECG.


Nos casos de TCE grave, os pacientes sempre devem ser
internados e realizar a TC de crânio. Mesmo os pacientes
com a primeira TC normal devem ser mantidos em
observação por pelo menos 48h. No momento da alta
hospitalar, o paciente e seu acompanhante devem
receber uma folha com o registro das orientações
básicas, as quais são essenciais para a continuidade do
cuidado na fase ambulatorial.
TCE GRAVE: pontuação <8 pontos na ECG• Todos são
considerados de alto risco.
Todos devem ser internados e realizar TC de crânio,
todos devem ser intubados para proteção de vias aéreas,
mesmo aqueles com a primeira TC normal, devem ser
mantidos em observação, diagnóstico específico e nova
TC, se houver piora. Evolução varia de caso para caso e
a conduta específica deve ser individualmente, após
avaliação da equipe de saúde. No momento da alta
hospitalar: pacientes e seus acompanhantes devem
receber um relatório de alta e orientações por escrito.
Cuidados de Enfermagem

O atendimento inicial em vítimas de TCE, feita pela


equipe de enfermagem consiste em realizar avaliação
primária, de acordo com o protocolo o Enfermeiro
juntamente com a equipe de enfermagem deve garantir
permeabilidade das vias aéreas, estabilização da coluna
cervical, oferecer oxigênio para uma ventilação adequada,
monitorar circulação e avaliar precocemente a Escala de
Coma de Glasgow (ECG). Em sequência realizar
avaliação secundária avaliando da reação pupilar,
aferição de sinais vitais, exame físico da cabeça e coluna,
e repetição seria da ECG.
O TCE é classificado em leve, moderado e grave de
acordo com a ECG, que representa o parâmetro
atualmente mais utilizado mundialmente para avaliar nível
de consciência, pois tem, entre as suas principais
vantagens, um conjunto de exames físicos bastante
simples de serem realizados. Quanto menor a pontuação
na ECG, mais grave foram TCE e as alterações
tomográficas. Sendo necessário exame de imagem, a
tomografia computadorizada (TC) confirmar diagnóstico e
prognóstico do TCE, e que também atua no controle
evolutivo das lesões.
Conclusão

A importância da equipe de enfermagem aos pacientes


com TCE é fundamental, uma vez que ela atua
constantemente na recuperação do paciente. Esses
cuidados ao paciente requerem da equipe de
enfermagem multiplicidade de conhecimentos, afim de
que possa tomar decisões rápidas e concretas. Sabe-se
que a magnitude do tratamento intensivo, reflete
diretamente na recuperação do paciente e quanto mais
rápido for esse atendimento, menor será as
consequências. A equipe participa da previsão de
necessidades da vítima; definindo prioridades; iniciando
intervenções necessárias, fazendo a estabilização,
reavaliando o estado geral e realizando o tratamento
adequado.

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