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Introdução
• As perdas de produtividade, relacionadas aos problemas
de casco, são representadas por baixa produção de leite,
diminuição do peso corporal, baixo desempenho
reprodutivo, custos com tratamento dos animais doentes e
descarte
• No início da lactação, animais com problemas de casco
apresentam aumento significativo do período de serviço, do
intervalo de partos e uma menor taxa de concepção.
• Nos casos graves, uma vaca perde de 7- 16% da sua
capacidade de ingestão de matéria seca, o que representa
perdas de 17-36% na produção de leite e no escore
corporal.
• As claudicações provocam perdas de produção de leite
superiores a 20%, e perdas de escore corporal de 1 a 2
pontos em uma escala de 1 a 5.
• Estas alterações representaram um custo adicional anual
por animal doente de U$132,00 (produção+reprodução), e
custo por vaca alojada de U$125,36.
EXAME DO DÍGITO
1) ampla limpeza com água, sabão e escova
2) PINÇAMENTO DO CASCO
• Identificar áreas sensíveis
3) REMOVER DELGADA CAMADA DA SOLA COM A RINETA
• Inspeção solear (linha branca, reg. apical e bulbar)
• Pontos enegrecidos
4) LIXADEIRA PARA DESGASTE
5) AVALIAR ESPAÇO INTERDIGITAL
Introdução
• O exame do aparelho locomotor equino deve ser realizado
de forma ordenada para minimizar os riscos de um erro
diagnóstico.
• O profissional pode ter dificuldade em realizar exame
físico minucioso em função da pressão exercida do
resultado imediato pelo proprietário ou treinador.
• Em equinos atletas, as enfermidades osteomusculares são
as principais causas de diminuição de desempenho e de
interrupção precoce da carreira, resultando em perdas
econômicas significativas na criação.
A) INSPEÇÃO EM REPOUSO
B) INSPEÇÃO EM MOVIMENTO
• Em linha reta, em superfície plana c/ terreno duro,
seguido de observação em outros tipos de terreno e em
movimentação circular.
• Inicia-se com andamento a passo, posteriormente, o
animal será conduzido ao trote lento e rápido.
• Os equinos devem ser conduzidos com suas cabeças
centradas em relação a seu corpo.
• O condutor não deve olhar para o equino; este deve
acompanhar lateralmente o animal para não obstruir a visão
do examinador
B) INSPEÇÃO EM MOVIMENTO
• A movimentação da cabeça do animal durante o exercício
é um meio auxiliar no diagnóstico da claudicação.
• O animal eleva a cabeça quando apoia o membro lesado •Grau 2: a claudicação é percebida ao passo, mas não há
no solo, visando aliviar o peso aplicado sobre ele na fase de movimentação de cabeça associada a esta.
apoio e, em seguida, abaixa a cabeça quando apoia o •Grau 3: a claudicação é óbvia ao passo, com movimentação
membro normal. característica de cabeça.
•Grau 4: impotência funcional do membro. OBS: Graus 3 e 4
geralmente estão associadas a fraturas, luxações, abscessos
subsolares, tendinites e artrites graves.
TESTES DE FLEXÃO
• Os testes de flexão podem auxiliar na identificação do
membro e/ou do local afetado,
• Nessa fase do exame devem ser realizados movimentos
passivos de flexão a fim de exacerbar um foco de dor,
principalmente em tecidos moles ou regiões subcondrais
quase sempre associados a processos articulares, tendíneos
ou ligamentares.
• Após a flexão das articulações, o cavalo é submetido ao
trote ou até mesmo ao passo. Na maioria dos testes, a
flexão é feita por 30 a 60 segundos,
• A flexão deve ser realizada inicialmente no membro são,
seguido pelo membro suspeito, sempre no sentido
distoproximal. A força (pressão) e o tempo da flexão devem
ser os mesmos em todas as articulações, para não distorcer
a interpretação dos resultados.
• Uma resposta positiva é obtida quando o animal
apresenta uma exacerbação da claudicação nos primeiros 3
a 4 passos após liberar a flexão do membro.
B) QUARTELA
• A amplitude do pulso das artérias digitais palmares pode
• Em casos de claudicação bilateral, quando a ser palpada principalmente em inflamações podais, como
movimentação da cabeça é mínima, o equino compensa a laminite, sesamoidites, infecções ou fraturas da III falange.
dor reduzindo a fase de sustentação para ambos os • Uma palpação profunda da quartela pode revelar
membros, produzindo assim um andar geralmente presença de dor nos ligamentos sesamóideos retos ou
arrastando a pinça do casco. oblíquos
• A condução do equino em círculos acentua claudicações • Rotação dessas articulações para promover a exacerbação
de grau leve com sede normalmente no membro interno ao de sensibilidade dolorosa
círculo.
• O equino pode demonstrar a claudicação por meio de um C) BOLETO (ART. METACARPO/METATARSOFALANGEANA
avanço lento do membro – fase cranial do passo menor em • Visando à detecção de aumento de volume nas regiões
maior tempo com o membro sem apoio – arrastando a pinça dorsal e palmar dessa estrutura.
com maior frequência. • Avalia o grau de dor, existência de líquidos, fibroses ou
• A avaliação da claudicação é, na maioria das vezes, mais tecidos calcificados no interior das cavidades sinoviais, grau
fidedigna em superfícies duras, pois estas fornecem maior de espessamento da cápsula articular e da bainha do
concussão tendão.
• Em alguns casos, a claudicação, especialmente queda de • Os ossos sesamóides devem ser palpados em suas regiões
desempenho, relacionada aos membros posteriores só se de ápice e base, para verificação de dor
torna evidente com o equino montado.
D) REGIÃO DO III METACARPO
GRADUAÇÃO DA CLAUDICAÇÃO • Na face palmar, corre próximo ao terceiro metacarpal, o
•Grau 0: claudicação não perceptível em nenhuma ligamento suspensor do boleto, seguido pelo ligamento
circunstância. carpal inferior, tendão do músculo flexor digital profundo e
•Grau 1: a claudicação é vista quando o cavalo está ao trote, tendão do músculo flexor digital superficial.
mas não ao passo.
E) ARTICULAÇÃO DO CARPO
• A palpação da articulação do carpo e estruturas ósseas • No Brasil, a lidocaína nas concentrações de l a 2%, com
relacionadas é realizada mais facilmente com a flexão do aproximadamente 60 e 120 minutos de duração,
carpo. respectivamente, é o anestésico mais utilizado.
• Com o membro flexionado pode-se sentir mais facilmente
as duas fileiras ósseas 2) RADIOGRAFIA
• Detecção de depressões acentuadas, crepitações, • O exame radiográfico das alterações ósseas e articulares é
espessamentos de ligamentos, presença de líquido intra- necessário para o complemento do diagnóstico
articular em excesso e exostoses.
3) ULTRA-SONOGRAFIA
F) ARTICULAÇÕES UMERORRADIOULNAR E • A US tem contribuído significativamente para o
ESCAPULOUMERAL diagnóstico das lesões dos tecidos moles dos membros dos
• Alguns animais possuem massa muscular densa nesta equinos » Tendões e ligamentos
região, o que pode dificultar a detecção de uma lesão em 4) ANÁLISE LÍQUIDO SINOVIAL
local específico 5) ARTROSCOPIA
• A musculatura sensível à palpação deve ser avaliada 6) TERMOGRAFIA
• Palpação do olecrano, pode-se detectar dor ou mobilidade 7) CINTILOGRAFIA
óssea em casos de fratura.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
G) REGIÃO DO TARSO A indicação ou a escolha de um método diagnóstico
• As lesões no tarso são decorrentes principalmente de depende de uma série de considerações. O método ideal
traumas nas estruturas ósseas da região plantar, em função não existe, mas sem dúvida seria aquele que tivesse as
da escassez de tecidos moles protegendo esse local. seguintes características:
• A articulação tarsotibial, pela amplitude de movimentos • Não-invasivo.
de flexão e extensão que realiza, é mais vulnerável a lesões • Simples na execução
do que as articulações intertarsal e tarsometatarsal por • Rápido para não trazer desconforto aos animais
serem planas e realizarem menor movimento. • Baixo custo operacional.
• Visualização de distensão da cápsula articular, que • Preciso, cujo poder de resolução diagnostica fosse
caracteriza as artrites e artroses bastante confiável.
• Capacidade de alcance a todas as regiões do equino,
H) ARTICULAÇÃO FEMOROTIBIOPATELAR principalmente as áreas proximais.
• Essa região é acessada facilmente pela localização cranial
da crista da tíbia e proximal a esta pela identificação dos
ligamentos patelares. • Inicialmente, nessa articulação deve
ser observado o aumento de volume ou atrofia da
musculatura. • A distensão da articulação femoropatelar é
mais bem visualizada na face lateral. Já a distensão da
articulação femorotibial medial é mais bem observada
cranialmente
EXAMES COMPLEMENTARES
1) ANESTESIA PERINEURAL E INTRA-ARTICULAR
• Anestesia local diagnostica através de bloqueio anestésico
perineural (infiltração perineural de nervos sensitivos nos
membros) ou anestesia intra-articular é utilizada para
localizar o local da dor
• O bloqueio anestésico perineural deve ter início na porção
distal do membro, com progressão proximal até determinar
a região sede da dor.
• A melhor escolha anestésica para a realização dos
bloqueios é a mepivacaína, pois tem efeito duradouro de
120 a 180 minutos e é menos irritante aos tecidos.