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Anatomia
Coluna Cervical Palpatória
Prof. João Murilo Brandão Magalhães
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22/10/2010
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22/10/2010
Coluna cervical
Complexo atlanto-axial
• Áxis:
• Cervical alta
– Dente (projeção Vertical) – C0 – C2
– Facetas anterior e
– 50% movimento de
posterior no dente para o
Atlas e ligamento rotação
transverso
– Facetas superiores
– Facetas inferiores • Cervical baixa
• 50% movimento de – C3 – C7
rotação da coluna
cervical
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22/10/2010
Palpação
Coluna torácica
• Vértebra torácica típica
• Processo espinhoso:
– Inclinado inferiormente
• Facetas:
– orientadas no plano
frontal
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Movimentos da coluna
Facetas da coluna vertebral
vertebral
• Ligamento atlanto-axial
anterior (C2-C0)
– Continuação Lig.
Longitudinal Anterior
• Membrana tectorial (C2-C0)
– Continuação Lig.
Longitudinal Posterior
• Ligamento atlanto-axial
posterior (C2-C0)
– Continuação Lig. Flavum
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Estabilidade
Mobilidade
• ADM de rotação e flexão • Cervical mais móvel
Lateral maior na coluna que torácica e lombar
• Flexão lateral e rotação • Ausência de disco entre
para o mesmo lado C0-C1, C1-C2, transfere
ocorrem acoplados compressão axial para
• 50% de rotação ao nível facetas
de C1-C2 • Cápsulas na cervical
mais “frouxas”
• Processo uncinado
aumenta estabilidade
lateral
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22/10/2010
• Origem: • Origem:
– Processos transversos de – Corpo e T1 a T3
C3 a C6 • Inserção:
• Inserção: – Corpo C1
– Occipital • Ação:
• Ação: – Flexão coluna cervical
– Flexão coluna cervical alta – Flexão lateral ipsilateral
– Flexão lateral ipsilateral – Retificação cervical
• Nervo: • Nervo:
– C1, C2 – Nervos espinhais C1 a C4
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Esternocleidomastóideo Escalenos
• Origem:
• Origem: – Processos transversos das
– Esterno e clavícula vértebras cervicais
• Inserção: • Inserção:
– Processo mastóideo – 1ª e 2ª costelas
• Ação: • Ação:
– Flexão cervical (bilateral)
– Flexão coluna cervical (bilateral)
– flexão lateral cervical
– Inclinação lateral ipsilateral (unilateral)
(unilateral)
• Nervo:
– Rotação para o lado oposto
– Cervical inferior
(unilateral)
– C4, C5, C6
• Nervo:
– Acessório (XI par)
– C2, C3
• Origem: • Origem:
– C4 a T6 – C4 A T3
• Inserção: • Inserção:
– Occipital – Occipital e temporal
• Ação: • Ação:
– Extensão coluna cervical alta – Extensão cervical
– Inclinação lateral ipsilateral – Rotação ipsiliateral
• Nervo: – Inclinação lateral ipsilateral
– Nervos espinhais C2 a T5 • Nervo:
– Nervos espinhais C2 a C4
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22/10/2010
• Origem: • Origem:
– T3 a T5 – Processos espinhosos
• Inserção: • Inserção:
– Processos transvessos
– C1 e C2
• Ação:
• Ação:
– Estabilização
– Extensão cervical
– Rotação contra-lateral
– Rotação ipsiliateral – Extensão
– Inclinação lateral ipsilateral
• Nervo:
• Nervo: – Nervo do segmento
– Nervos espinhais C2 a C4 correspondente
Trapézio
Músculos (parte descendente)
• Trapézio
• Origem:
• Semiespinhal da cabeça – Osso occipital, ligamento nucal
• Semiespinhal do pescoço • Inserção:
• Longuíssimo da cabeça – Terço lateral da clavícula, acrômio
• Ação:
• Longuíssimo do pescoço
– Elevação e rotação superior da escápula
• Íliocostal cervical • Nervo:
• Multífido – Espinhal acessório (XI nervo craniano)
– C3, C4
Trapézio Trapézio
(parte transversa) (parte ascendente)
• Origem: • Origem:
– Processo espinhoso de C7 a T3 – Processo espinhoso de vértebras
torácicas médias e inferiores
• Inserção:
– Espinha da escápula • Inserção:
– Base da espinha da escápula
• Ação:
– Retração da escápula • Ação:
– Depressão e rotação superior da escápula
• Nervo:
– Espinhal acessório (XI nervo • Nervo:
craniano) – Espinhal acessório (XI nervo craniano)
– C3, C4 – C3, C4
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• Origem: • Origem:
– C3 a T3 – T1 a T4
• Inserção: • Inserção:
– Temporal – C2 a C7
• Ação: • Ação:
– Extensão cervical – Extensão cervical
– Inclinação lateral – Inclinação lateral
• Nervo: • Nervo:
– C1 a L5 – C1 a L5
• Origem:
– 6 últimas costelas
• Inserção:
– 6 primeiras costelas • Reto anterior e lateral da
cabeça
• Ação:
• Longo da cabeça
– Extensão
• Longo do pescoço
– Inclinação lateral
• Esternocleidomastóideo
• Nervo: • Escalenos
– C1 a L5
Músculos Músculos
• Esternocleidomastóideo
• Escalenos
• Íliocostal cervical
• Esternocleidomastóideo
• Semiespinhal da cabeça
• Esplênio da cabeça
• Esplênio do pescoço
• Multífido
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Movimentos cervicais -
Músculos Flexão lateral
• ADM:
• Trapézio •
– 20 – 45 graus
Comentários:
Maior parte ocorre entre C0–C1–C2
• Semiespinhal da cabeça –
– Ocorre em conjunto com rotação ipsilateral
• Músculos
• Semiespinhal do pescoço – CABEÇA
• Trapézio
• Longuíssimo da cabeça •
•
Esplênio da cabeça
Longuíssimo da cabeça
• Semiespinhal da cabeça
• Longuíssimo do pescoço •
•
Oblíquo inferior da cabeça
Reto lateral da cabeça
Longo da cabeça
• Íliocostal cervical •
• Esternocleidomastóideo
– PESCOÇO
• Multífido •
•
Levantador da escápula
Esplênio do pescoço
• Íliocostal do pescoço
• Longuíssimo do pescoço
• Semiespinhal do pescoço
• Multífido
• Intertransversos
• Escalenos
• Esternocleidomastóideo
• Oblíquo inferior da cabeça
• Rotadores curtos e longos
• Longo do pescoço
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Cervicalgia
História História
• Dor irradiada? • Respira pela boca?
• Parestesia? • Distúrbio visual, tonteiras?
• Posição x dor: • Sintomas bilaterais
– Retração • Dor a deglutição? ( Instabilidade C1-C2)
• Flexão cervical alta e extensão • Cefaléia?
cervical baixa
• Altera com movimento unilateral?
– Protrusão de cabeça
• Extensão da cervical alta e • Idade (Hérnia discal, espondilose )
flexão da cervical baixa • Mecanismo de lesão ( chicote, ...)
• Restrição de movimentos
Observação Movimentação
• Postura • Ativa
– Cabeça • Passiva
– Ombro – End Feel normal
– Expressão facial • Alongamento de tecidos para todos movimentos
– Sentado e de pé • Resistida
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Tratamento Epidemiologia
- 22 a 70% da população vao ter dor um algum momento da vida
• Estágios do processo inflamatório - Prevalência de cervecalgia é de 10 a 20%
- 30% das pessoas com episodio de dor cervical cronificam
• Alongamentos musculares
- 26% apresentaram recorrencia em 1 ano
• Fortalecimento / Estabilização - 42% afastaram do trabalho por uma semana
• Mobilização Cervical - 5% apresentam incapacidade
- 2 maior causa de afastamento do trabalho
• Correção postural
- 25% procuram fisioterapia
• Recursos eletrotermoterápicos
• Massagem
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Cervicalgia Prognóstico
• Melhora 32.7%
• Incidência de cervicalgia na população em
• Persistência 37.3%
geral é cerca de 14,6%.
( Côté at al, 2004) • Piora 9.9%
• Mulheres apresentam uma incidência maior • Recorrência 22.8%
1,67 X 1,08 homens ( Côté at al, 2004)
( Côté at al, 2004)
Fatores prognósticos:
Prognóstico
• Curto prazo:
• Fatores psicossociais influenciando a idade acima de 40 anos, presença de dor
melhora do paciente lombar e dor de cabeça estão associadas a um
pior prognóstico.
• Fatores psicossociais como cinesiofobia,
castastrofização e a longa duração da queixa • Longo prazo:
idade acima de 40 anos concomitante com dor
estão relacionados com a presença de dor ou lombar, longa duração da dor, dor cervical
prévia e dor localizada estão associadas a um
Desconforto persistentes. pior prognóstico.
(Karels et al, 2007) (Hoving et al, 2004)
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Fatores prognósticos
• Prognóstico ruim: Mensurando a Avaliação
mulheres, baixo nível de escolaridade, dor
inicial acentuada, alto índice de somatização e • Registro da evolução do paciente
dificuldade no sono.
(Kivioja et al, 2005) • EVA
Irritabilidade
Pacientes Irritáveis X Não irritáveis
• Facilidade com que os sintomas sejam agravados
• Irritáveis:
Guia de tratamento
- dor em mais de uma direção
• O que provoca a dor?
- Dor limitante e durante todo o movimento
• Quanto os sintomas são exarcerbados ao
reproduzirmos a posição mais dolorosa?
• Não irritáveis:
• Quanto tempo leva para a sintomatologia
regredir? - Dor ao final da ADM
- Dor não incapacitante
Radiculopatia
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Coluna cervical
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Reflexos
• Bicipital C5-C6
• Tríceps C7-C8
Outros testes
• Tinel (1915)
– Somente para nervos Testes de tensão neural
superficiais
– 58% de acurácia para STC
do membro superior
(Phalen, 1966)
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ULTT 2 ULTT 3
• OMBRO:
• OMBRO:
– Depressão, 10º de abdução, rotação
– Depressão e 10º de abdução,
externa rotação medial
• COTOVELO: • COTOVELO:
– Extensão – Extensão
• ANTEBRAÇO: • ANTEBRAÇO:
– Pronação
– Supinado
• PUNHO:
• PUNHO: – Flexão e desvio ulnar
– Extensão • DEDOS E POLEGAR:
• DEDOS E POLEGAR: – Flexão
– Extensão • CERVICAL:
– Flexão lateral contralateral
• CERVICAL: • Nervo radial
– Flexão lateral contralateral
• Nervos mediano, nervo
musculocutâneo, nervo axilar
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Estabilização Cervical
Introdução Introdução
• Dá sustentação ao aparato sensorial, distribuindo o • Estabilidade cervical requer um controle
peso da cabeça e dos MMSS enquanto mantém a complexo devido à grande mobilidade e às
estabilidade mecânica. múltiplas funções que ela exerce
simultaneamente.
• Sistema muscular do pescoço está intimamente
relacionado com a estabilização da cabeça, dos
olhos, do sistema vestibular e da articulação
temporomandibular.
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Estabilidade Cervical
Cervica
Resposta a
demandas
Estabilidade Cervical
externas
Propriocepção
Controle
cinemático
intrínceco
É de fundamental o entendimento das
mudanças que podem ocorrer no
Resposta
Coordenada sistema com dor, lesão ou alguma
Controle dos
Movimentos
Dos Olhos
Estabilidade
Postural
patologia para o desenvolvimento de
programas de reabilitação
Estabilidade da
cabeça (Jull et al 2005)
Estabilidade Cervical
Estabilidade Cervical
• O sistema ligamentar colabora com 20% da • Distúrbio de coordenação entre os músculos
estabilidade mecânica da coluna cercical. cervicais profundos, superficiais e escapulares.
(Falla et al, 2004) (Jull et al 2008)
Estabilidade Cervical
Estabilidade Cervical
• A atividade eletromiográfica dos flexores profundos é
• Alguns estudos propõem uma divisão funcional na menor em pacientes com dor cervical.
estabilização da coluna. (Falla et al 2004)(Jull et al 2008)
• Músculos superficiais: respostas às forças
externas. • Pacientes com dor cervical apresentam maior
• Músculos profundos: estabilidade inter- atividade eletromiográfica dos flexores superficiais
(esternocleidomastóideo e escaleno anterior) do que
seguimentar. sujeitos assintomáticos.
(Jull et al, 2004) (Falla et al 2004)
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22/10/2010
Eletromiografia
Eletromiografia
(Jull,2008)
(Leary,2005)
(Jull et al 2008)
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22/10/2010
Padrões Incorretos
Padrões Incorretos
• Presença de pobre controle excêntrico pode levar a padrões
evidentes:
Padrões Incorretos
Neutro para extensão Padrões Incorretos
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22/10/2010
Teste Crânio-
Crânio-Cervical
Teste Crânio-
Crânio-Cervical
Teste
• Supino e coluna em neutro. • Dentes separados da língua e
contra o palato.
• Posicionar o esfigmo abaixo da coluna cervical.(abaixo
do occipital) • Movimento do sim até 22mmHg
• Inflar até 20mmHg
• Evoluir de 2 em 2 mmHg enquanto houver controle.
• Orientar como deve ser realizado o movimento
• Observar ECM, trapézio superior, • Limite de 30mmHg.
esternocleidomastóideo, escalenos...
• Elevação da cabeça
estabilização • Espasmos e fibrilações
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Co-
Co-contração do flexores e extensores.
extensores
Treinamento do extensores profundos
• Facilitada com a rotação.
• Auto administrado.
• Evitar a extensão cervical excessiva: extensores
superficiais (semiespinhal da cabeça).
Evidências Evidências
• Maior eficiência e menor fadiga do flexores
superficiais após treinamento de resistência em • Exercícios de reabilitação podem
pacientes com dor cervical leve.(Jull et al,2006)
precisar incorporar vários tipos de
duração e intensidade.
• Déficit da contração voluntária máxima e
reduzida capacidade de sustentar os flexores
cranio-cervicais. (Gwendolen,2006) • Pacientes com dor cervical crônica demonstram
reduzida capacidade de manter a postura em
neutro.(Jull,2007)
Evidências
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(Maitland,2007)
Insuficiência Vertebrobasilar
Movimentos Fisiológicos Ativos
• Extensão: 10’’
• Extensão • Rotação D:10’’
• Flexão • Rotação E:10”
• Rotação • Extensão+Rotação D: 10”
• Retração • Extensão+Rotação E: 10”
• Protrusão
(Intervalo de 10” entre cada movimento)
Insuficiência Vertebrobasilar
Insuficiência Vertebrobasilar
Observar durante e após o teste:
• Contra indicação ao empregos de técnicas de • Parestesia Fascial.
terapia manual. • Diplopia.
• Visão embaçada.
• Náusea.
• HP de vertigem?Associa com movimento de
• Vômito.
cabeça e pescoço?
• Instabilidade.
• Nistagmo.
• Riscos:AVE, morte...
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Evidências
Manipular X Mobilizar
Evidências
(Hurtwits et al 2002)
(Hurwitz et al 2002)
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Evidências Evidências
Evidências Prognóstico
(Hoving et al,2002)
Evidências Evidências
Efeito Central X Local Efeito Central X Local
• Mobilização cervical leva a uma hipoalgesia.
• Mobilização C7-T1 induz a mudanças na pressão • Forte evidência do sistema nervoso central
dolorosa C5-C6 nas articulações zigoapofisárias. mediando a resposta ao tratamento com terapia
• Isso sugere que efeitos biomecânicos e manual.
neurofisiológicos podem estar presentes. (Schmid et al, 2008)
(Peñas et al, 2008)
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Evidências Evidências
• O efeito da hipoalgesia se estende ao longo do • Há moderada a forte evidência que a dor cervical
segmento corporal que recebeu o tratamento. crônica mostra um melhora clínica importante
(Schmid et al, 2008) com a manipulação ou mobilização.
(Vernon et al, 2007)
Evidências
• Moderada evidência que a terapia manual tem • Fortes evidências sugerem que estratégias de
eficácia similar à amitriptilina no tratamento tratamentos combinados são benéficos para
profilático da dor de cabeça de origem pacientes com dor cervical de origem mecânica.
cervicogênica. (Gross et al 2002)
(Bronfort et al 2001)
Evidências
Obrigado!!!
• Pacientes mais satisfeitos ao receberem
mobilização associada a exercícios de
fortalecimento do que apenas um tratamento ou
outro.(Gross et al 2004)
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