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TRATAMENTO CINÉTICO

FUNCIONAL DAS AFECÇÕES


DO COMPLEXO ARTICULAR DO OMBRO

Geraldo Fabiano de Souza Moraes - MSc

Fisioterapia

RESTABELECER desempenho físico geral

PREVENIR lesões ou quadros incapacitantes

Princípio da
Cinesioterapia

APLICAÇÃO DE CARGA
ESTRESSE TECIDUAL

MELHORA DA RESPOSTA TECIDUAL


FAVORECE À CICATRIZAÇÃO

REALINHAMENTO DAS FIBRAS


DE COLÁGENO

1
Prescrição de Exercícios

M
E
L
H
PROGRAMA DE PREVENÇÃO I
M
O
R E TRATAMENTO P
A
A
C
R
/ T
R O
E
S S
T
A
EFEITOS SOBRE OS DIVERSOS O
B
U
R SISTEMAS ORGÂNICOS R
A E
R
A
A
S
F
U
N
CONDIÇÕES DE SAÚDE A
V
Ç
Ã
RESPOSTA TECIDUAL D
O

Prescrição de Exercícios

Obter um nível adequado de movimento sem


ocorrência de sintomas durante atividades
básicas ou complexas

DEMANDA CAPACIDADE

Processo de Incapacitação

FATORES QUALIDADE DE VIDA


DE RISCO RELACIONADA À SAÚDE

INTERVENÇÕES

LIMITAÇÃO
DOENÇA DEFICIÊNCIAS INCAPACIDADE
FUNCIONAL

CONDIÇÃO
SECUNDÁRIA

2
Fatores Relacionados
à Incapacidade
Gravidade do quadro
Condições físicas
Tempo de implementação de um programa de
atividades regulares
Tempo de intervenção
Evolução da doença
Limitações e Restrições sociais

Mudança de Paradigma

TRATAMENTO RESTRITO DA DOENÇA OU LESÃO DE


UMA FORMA GLOBAL

TRATAMENTO DO IMPACTO OU DISTÚRBIO QUE A


DOENÇA OU LESÃO CAUSAM NA FUNÇÃO DO
INDIVÍDUO
+
IDENTIFICAÇÃO DAS CAUSAS CORRELACIONADAS
À INCAPACIDADE

MODIFICAR PADRÕES REVERTER EFEITOS


ATÍPICOS DE MOVIMENTO DELETÉRIOS À INATIVIDADE

Modelo Cinesiológico

BASE MODULADOR BIOMECÂNICA SUPORTE


Sistema Sistema Forças Estáticas Cardíaco, Pulmonar
Musculoesquelético Nervoso e Dinâmicas e Metabólico

Variedade em movimentos
articulares específicos
e posturas

Movimentos precisos

Boas condições
Musculoesqueléticas

(Sahrmann, 2002)

3
Modelo Patocinesiológico

BASE MODULADOR BIOMECÂNICA SUPORTE


Sistema Sistema Estática e Cardíaco, Pulmonar
Musculoesquelético Nervoso Dinâmica e Metabólico

“Anormalidade” ou Lesão

Degradação nos componentes

Degradação do movimento

Limitação funcional

Incapacidade (Sahrmann, 2002)

Modelo Cinesiopatológico

BASE MODULADOR BIOMECÂNICA SUPORTE


Sistema Sistema Estática e Cardíaco, Pulmonar
Musculoesquelético Nervoso Dinâmica e Metabólico

Movimentos articulares específicos


sustentados pela postura

Degradação dos componentes


e suas interações

Deficiência do movimento

Síndrome
da Deficiência do Movimento
Alterações: Limitações
Evidências por testes Funcionais
(Sahrmann, 2002)

DISFUNÇÕES DO
COMPLEXO ARTICULAR
DO OMBRO

4
MECANISMOS DE LESÃO

(www.google.com.br, 2008)

MECANISMOS DE LESÃO

(www.altavista.com.br, 2003)

MECANISMOS DE LESÃO

(www.google.com.br, 2008)

5
MECANISMOS DE LESÃO

(www.altavista.com.br, 2003)

MECANISMOS DE LESÃO

(www.altavista.com.br, 2003)

MECANISMOS DE LESÃO

(www.altavista.com.br, 2003)

6
MECANISMOS DE LESÃO

(www.altavista.com.br, 2003)

(www.google.com.br, 2008)

MECANISMOS DE LESÃO

(www.altavista.com.br, 2003)

ARREMESSO

(www.google.com.br, 2008)

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OMBRO DOLOROSO

Tendinite / Tendinose

Capsulite adesiva

Instabilidade
Síndrome do Impacto
Bursite
Ombro hemiplégico

SÍNDROME DO IMPACTO

Definição (arco acromial)


(Neer, 1972; Belling-Sørensen e Jøgersen, 2000)

Alta prevalência
(Michener, 2003)

Fases
(Neer, 1972, 1973, 1983)

Implicações
(Alleguci et al., 1994; Glousman, 1993; Schmitt e Snyder-Mackler, 1999; Meister, 2000)

Controvérsias
(Fu et al., 1991)

SÍNDROME DO IMPACTO

Etiologia
– Trauma
– Degeneração do tendão (envelhecimento)
– Hipovascularização na “zona crítica”
(inserção do supraespinal na tubérculo maior do úmero)
– Pinçamento subacromial

8
SÍNDROME DO IMPACTO

Quadro Clínico
– Dor
– Arco doloroso: situado entre 60 e 120º
– Movimentos dolorosos: trabalhar com o
MS acima do nível do ombro, trabalhar
com as mãos acima da cabeça, levar o
braço às costas, rotação medial
– Testes irritativos

SÍNDROME DO IMPACTO

Epidemiologia
– Acima de 40 anos de idade
– Membro dominante
– Forma do acrômio (Bigliani)

SÍNDROME DO IMPACTO

Supra-espinal
Bursa subdeltóidea
Bursa subacromial
Ligamento coracoacromial

9
SÍNDROME DO IMPACTO

Fase I
- Ocorre tipicamente na faixa etária abaixo de 25 anos,
- Caracteriza-se como um quadro de dor aguda que se
segue a esforço prolongado ou exacerbado, no esporte
ou na profissão.
- É um quadro reversível.
- Pode ocorrer edema e hemorragia em nível da bolsa e
tendões
- A incapacidade temporária causada pela dor pode levar a
um quadro de disfunção do membro acometido.

SÍNDROME DO IMPACTO

Fase II
- Observa-se um processo inflamatório crônico, levando a um quadro de
fibrose e espessamento da bolsa, além da tendinose.
- Ocorre entre os 25 e 40 anos de idade, especialmente em atletas
- Tem como diagnósticos diferenciais mais importantes a capsulite
adesiva e a tendinite calcária na fase crônica.
- Dor crônica após atividades com elevação do membro superior; a dor
na rotação medial, como ao vestir-se,ou durante a natação; e a dor
noturna, especialmente no decúbito ipsilateral.
- Não há rotura completa do manguito rotador, mas poderá existir rotura
parcial.
- O déficit funcional causado pela dor pode levar ao erro diagnóstico de
rotura do manguito.

SÍNDROME DO IMPACTO

Fase III
- Rotura completa de um ou mais tendões e um quadro clínico de dor
constante e perda da força de elevação do membro superior, que vai
variar de discreta e perceptível, a intensa e com incapacidade de
elevação ativa do membro atingido contra a força da gravidade.
- Ocorre mais frequentemente em indivíduos com mais de 40 anos de
idade.
- A crepitação subacromial é sinal clínico muito significativo. Contudo, o
teste de Jobe, que identifica a rotura do tendão supra-espinal (90% dos
casos), e o teste de Patte, específico para o diagnóstico de roturas do
infra-espinal (25% dos casos), são as principais características clínicas.
- Outros tendões podem estar rompidos (subescapular -24% dos casos e
tendão da cabeça longa biciptal - 10% dos casos).

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TESTES DIAGNÓSTICOS
COMPROMETIMENTO TENDÍNEO

Manobra de Neer

Faz-se a elevação passiva do membro


Faz-
acometido com o ombro em rotação medial,
extensão do cotovelo e pronação do
antebraço, provocando o choque da inserção
do supra-
supra-espinal contra a borda ântero-
ântero-inferior
do acrômio.

TESTES DIAGNÓSTICOS
COMPROMETIMENTO TENDÍNEO

Manobra de Hawkins

O paciente apoia o membro superior


acometido, cotovelo fletido 90 graus,
sobre o membro contralateral do
examinador, colocado em extensão e com
a mão apoiada sobre o ombro do paciente.
Faz-se rápida manobra de rotação medial,
que provoca o atrito do tendão supra-espinal
contra a borda ântero-inferior do acrômio e
ligamento coracoacromial.

TESTES DIAGNÓSTICOS
COMPROMETIMENTO TENDÍNEO

Manobra de Yocum
Paciente apoia a mão no ombro contralateral,
enquanto passivamente eleva-se o membro
pelo cotovelo, provocando o atrito entre a inserção
do supra-espinal e o arco coracoacromial.

Quando esse teste se apresentar fortemente positivo


e os demais se apresentarem muito menos
dolorosos, recomenda-se observar a articulação
acromioclavicular,onde provavelmente estará situado
o processo inflamatório.

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TESTES DIAGNÓSTICOS
COMPROMETIMENTO TENDÍNEO

Teste Palm up (Exclusivo para o tendão da cabeça longa do bíceps)


Membro superior com ombro em rotação lateral,
cotovelo em extensão, supinação, exerce-se uma
força de elevação no membro a partir da horizontal,
contrária à força de abaixamento feita pelo
examinador.

A positividade é indicada pela dor, na exata


correlação topográfica do tendão da cabeça longa do
bíceps, através do sulco intertubercular e braço.

TESTES DIAGNÓSTICOS
COMPROMETIMENTO TENDÍNEO

Teste de Yeargason
Teste "irritativo" para a cabeça longa do bíceps. Palpação
ao longo do sulco intertubercular, enquanto o paciente
realiza flexão do cotovelo e supinação contra resistência.

Também específico para investigação da cabeça longa do


bíceps, é feito com o cotovelo fletido 90º, junto ao tronco e
com o antebraço pronado.

Pede-se ao paciente para tentar fazer a supinação contra


resistência. A manifestação da dor no sulco intertubercular
indica, como no teste anterior, a presença de tendinose
biciptal.

TESTES DIAGNÓSTICOS
INTEGRIDADE DOS TENDÕES

Teste de Jobe
Avaliação do músculo supra-espinal, sua positividade fornece o
diagnóstico da rotura com 90% de chance de acerto.

Paciente em ortostatismo, membros superiores em abdução 90º,


rotação medial de ombros e em extensão de cotovelo, pronação, no
plano escapular.

O examinador faz uma força de abaixamento nos membros,


comparativa, enquanto o paciente tenta resistir simultaneamente.

Se a manobra negativar-se, estaremos diante de um tendão íntegro. Se


persistir a perda de força, estaremos provavelmente diante da rotura
tendínea.

Um resultado falso positivo ou duvidoso pode surgir, devido à


interferência da dor.

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TESTES DIAGNÓSTICOS
INTEGRIDADE DOS TENDÕES

Teste de Patte
Avaliação do infra-espinal, é feito com o paciente em
ortostatismo, membro superior abduzido 90º no plano frontal e
cotovelo fletido 90º. Solicita-se ao paciente que resista à força de
rotação medial feita pelo examinador.

A resistência diminuída no lado acometido significará provável


rotura no tendão infra-espinal. A impossibilidade de manter-se o
membro na posição do exame devido à queda do antebraço em
rotação medial (“drop arm”), não conseguindo vencer a força da
gravidade, indica uma lesão extensa do manguito, com
envolvimento completo do infra-espinal.

TESTES DIAGNÓSTICOS
INTEGRIDADE DOS TENDÕES

Teste de Rotura da porção longa do Bíceps

Nem sempre a retração distal do músculo bíceps é facilmente


percebida ao exame físico. Por isso, procura-se detectá-la,
solicitando ao paciente que faça uma força de flexão, enquanto o
examinador faz a palpação no sulco intertubercular com os
polegares. Pode-se, às vezes, detectar o tendão rompido.

TESTES DIAGNÓSTICOS
INTEGRIDADE DOS TENDÕES

Teste Lift off (Teste de Retirada ou Teste de Gueber)

Avalia a integridade do músculo subescapular. O paciente não


consegue afastar a mão em rotação medial máxima, colocada
sobre o dorso, em nível de L3, quando o tendão subescapular
encontra-se rompido.

Em pacientes com impossibilidade de realizarem a rotação medial


máxima, é substituído por uma manobra em que o paciente se
posiciona com a mão junto ao abdomem e o examinador tenta
afastá-la em movimento de rotação lateral. Na presença de rotura
do subescapular, o paciente não conseguirá impedir o afastamento
da mão ao mesmo tempo que o cotovelo se afasta do corpo.
(Teste de Napoleão)

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TENDINITE CALCÁREA

Depósito de sais de cálcio no manguito rotador


Localização mais comum (80%) é no tendão do
supraespinhal (“zona crítica”)
Etiologia desconhecida
Mulheres 3:1 homem
Bilateralidade em 25 a 50% dos casos
60% dos casos são assintomáticos
Os depósitos são reabsorvidos ao longo do tempo
A ressecção do depósito era a cirurgia de ombro mais frequente no
passado
A cirurgia hoje é rara devido à eficácia do tratamento medicamentoso
e fisioterapêutico

CAPSULITE ADESIVA

A cápsula articular está espessada, inelástica e friável


Dor no ombro com perda progressiva da ADM ativa e passiva
Mais frequente no ombro não dominante
Mulheres com mais de 40 anos de idade (Pós menopausa)
Primária (Idiopática)
Secundária a trauma, cirurgia, imobilizações, diabetes,
doenças da tireóide, hemiplegia, tendinites

CAPSULITE ADESIVA

Fase dolorosa:
Início súbito, gradual, que atrasa a ida ao consultório, pois
opaciente acha que é algo banal e utiliza menos o membro
afetado

Fase de rigidez:
Dificuldade progressiva de mobilidade do ombro
Dor leve e persistente

Fase do “descongelamento”:
Retorno da ADM ao longo de meses de evolução, que pode
manter uma restrição permanente

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INSTABILIDADE

Aumento dos movimentos translatórios

Unidirecional
Multidirecional

Propriedade na qual uma articulação não retorna à


posição inicial após perturbação

INSTABILIDADE

Dor
Limitação ou perda de função
Degeneração
Impacto
Compressão nervosa
Lesão Manguito Rotador

INSTABILIDADE

IMPATCO

INSTABILIDADE DOR

ATROFIA
INBIÇÃO

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FATORES RELACIONADOS
À ESTABILIDADE

Superfície articular
(congruência entre cabeça do úmero e cavidade glenóide)

(Ozaki, 1989; McQuade et al.; 1998; Veeger e Vander Helm, 2008)

FATORES RELACIONADOS
À ESTABILIDADE

Mobilidade articular
(relação entre a força de compressão e cisalhamento)

Componente do tipo bola-soquete

COMPRESSÃO
CONCAVITÁRIA

(Ozaki, 1989; McQuade et al.; 1998; Veeger e Vander Helm, 2008)

FATORES RELACIONADOS
À ESTABILIDADE

Pressão articular negativa

(Ozaki, 1989; McQuade et al.; 1998; Veeger e Vander Helm, 2008)

16
FATORES RELACIONADOS
À ESTABILIDADE

Atividade muscular
CONTENTOR PASSIVO CONTENTOR ATIVO
trofismo muscular alavanças, sinergismos, cocontração

(Ozaki, 1989; McQuade et al.; 1998; Veeger e Vander Helm, 2008)

FATORES RELACIONADOS
À ESTABILIDADE

Sistema sensório-motor
(Receptores articulares, musculares, ligamentares, capsulares,
fuso muscular, OTG)

(Ozaki, 1989; McQuade et al.; 1998; Veeger e Vander Helm, 2008)

FATORES RELACIONADOS
À ESTABILIDADE

Parâmetros de atuação e interação das estruturas articulares e teciduais


Diferenças individuais para controle e estabilidade do movimento

Desenvolvimento de modelos paciente-específicos nos níveis


de decisões clínicas e preventivas

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ESTABILIDADE ↔ MOBILIDADE

ESTABILIDADE

MOBILIDADE

Como um complexo articular com


tantos ligamentos e músculos pode,
em algumas atividades motoras,
apresentar-se instável?

EQUILÍBRIO DE FORÇAS
FORÇA + DINÂMICAS E ESTÁTICAS + COORDENAÇÃO
MUSCULAR MUSCULAR

GRANDE ADEQUADA
MOBILIDADE ESTABILIDADE

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Introdução
• Conceitos:
– Estabilidade: ajuste articular necessário para
seu ótimo funcionamento. Deve existir em
situações estáticas e dinâmicas
– Instabilidade: Perda da estabilidade, amplitude
excessiva na qual movimentos anormais
ocorrem por perda da rigidez sem controle
muscular protetor adequado (Magee, 1998).
Perda da capacidade funcional de um sistema
que provê estabilidade (D. Lee)

Introdução

• Conceitos:
– Estabilidade por forma: dada pelos componentes
passivos e pela congruência articular (ex:
superfícies articulares, ligamentos, cápsula,
meniscos, discos, etc.). A própria forma da
articulação garante estabilidade
– Estabilidade por força: forças adicionais são
utilizadas para estabilizar a articulação. Forças
compressivas são necessárias para aumentar o
coeficiente de fricção e impedir instabilidades (ex:
força muscular)

Introdução

• Conceitos:
– Estabilidade por forma e Estabilidade por
força:

Snijders et al., 1993

19
Introdução
• Conceitos:
– Subsistemas que provêem estabilidade
(Panjabi, 1992):

Neural

Passivo Ativo

Tipos de Instabilidade

• Hipermobilidade Patológica ou Instabilidade Clínica:


– Aumento da ADM (fisiológica ou acessória), sem
ação muscular
– Normalmente secundária a trauma (micro ou
macro)
– Se fossem assintomáticos seriam denominadas
Frouxidão ou Hipermobilidade
– O controle muscular pode estar presente
– Principal falha é no componente passivo
(instabilidade por forma)

Tipos de Instabilidade

• Instabilidade Translatória, Mecânica ou Patológica:


– perda de controle articular (principalmete
movimentos translatórios), onde o paciente não
consegue estabilizar ou controlar os movimentos
durante o movimento
– tecidos intertes podem estar normais
– movimentos anormais dentro da zona neutra
– Principal falha é no componente ativo
(instabilidade por força)

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Sinais de Instabilidade

– Deformidade articular, perda de continuidade


– espasmo muscular em algumas posturas ou
durante/após determinadas atividades
– Tremor muscular (fibrilação)
– Falseios articulares
– Mobilidade excessiva acessória
– Sintomas se manifestam em atividades além do
controle do paciente (movimentos muito rápidos,
com muita carga, fadiga, etc.)

Causas de Instabilidade

– Fraquezas musculares (ex: PO,


imobilização, doenças progressivas,
edema, dor, sedentarismo)
– Lesões nervosas (ex: n. supra-escapular)
– Lesões ligamentares
– Lesões do lábio da glenóide
– Luxações e Sub-luxações
– Degeneração

Treino de Estabilização
Articular
• Sinônimos: treino de proteção articular, treino de
ajuste de rigidez articular
• Nomes inadequados: Propriocepção ou treino de
propriocepção:
– propriocepção = senso posicional, limiar de
percepção do movimento e tempo de reação
– porque inadequado?
• Senso posicional: necessidade de consciência
constante da posição articular durante
atividades funcionais
• Limiar de percepção do movimento e Tempo
de reação: tempo curto para reagir em muitas
atividades funcionais

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Treino de Estabilização
Articular
• Objetivos:
– promover adequada estabilidade articular
após a perda desta
– recuperar função muscular ao redor da
articulação - atuação sobre o componente
ativo (por força)
– aliviar sintomas de instabilidade
– prevenir recidivas
– minimizar estresse sobre estruturas
articulares passivas

Treino de Estabilização
Articular
• Evidências:
– contração muscular aumenta
rigidez articular
– cargas axiais (como as
produzidas pela contração
muscular) aumentam a
rigidez articular
– treinamento muscular
previne recidivas de
instabilidade

Treino de Estabilização
Articular
• Passos a seguir:
– se houve processo inflamatório, trate-o primeiro.
– normalmente, trabalha-se os músculos fracos
primeiro, de maneira isolada
– força e resistência.
– aplicação em situações funcionais decompostas
em componentes nos quais o paciente consiga
realizar os exercícios (movimentos simples)
– evolução para as situações funcionais (esporte,
trabalho, avd), com movimentos complexos

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LESÃO, INFLAMAÇÃO E
REPARO TECIDUAL

ESTUDO DIAGNÓSTICO – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR


(Médico, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Enfermeiro, Psicólogo, Fonoaudiólogo, Fisiologista, Imunologista, Bioquímico,
Nutricionista, Odontólogo)

PREVENÇÃO, PROMOÇÃO,
REABILITAÇÃO
Retorno ao mais alto nível funcional
possível

OBJETIVOS DO TRATAMENTO

Restauração da função no mais alto nível possível com o menor


tempo.

Retorno seguro às atividades funcionais (vida diária e profissionais)

Interferência no curso do processo inflamatório inicial


Processo de cicatrização subsequente
Remodelamento tecidual
Restauração da mecânica tecidual, articular e sistêmica

TECIDO TÍPICO

Desenho e conformação conforme a função


Componentes responsáveis pela resposta e transmissão de forças
nas atividades

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LESÃO

FATORES QUE AFETAM O GRAU


DE LESÃO E ESTRESSE TECIDUAL

Magnitude, duração, frequência e velocidade da força aplicada


Limite de tolerância tecidual
Direção da força aplicada
Movimento relacionado à aplicação da força
Comprimento do braço de alavanca
Ação muscular
Área da força de aplicação

MECANISMOS DE LESÃO

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MACROTRAUMA

MICROTRAUMA

Conhecer resposta tecidual

25
Compreender e administrar
o processo de recuperação tecidual

• O fisioterapeuta precisa compreender o processo


de recuperação tecidual para supervisionar com
eficiência o processo de reabilitação

• Os programas de reabilitação devem basear na


duração do processo de recuperação

• O fisioterapeuta tem que conhecer a sequência


das fases desses processos

INFLAMAÇÃO
Conceito:
Resposta protetora do organismo à lesão por trauma tecidual
de origem física, química ou biológica, independente de onde
ocorra ou da natureza do agente, podendo apresentar os
mesmos sinais e sintomas.
Trauma:
-Direto: causado por impacto tecidual ou articular
entorse, luxação, fratura, cirúrgico
-Indireto : devido a um movimento articular anormal

-Gravidade da lesão depende do grau


de exposição ao agente lesivo
(tipo, duração e direção da força)

Descrição Fisiopatológica

26
INFLAMAÇÃO
Função:
Controle dos efeitos dos agentes lesivos e possibilitar a
cicatrização e regeneração do tecido acometido

Processo de Resposta à Lesão


1) Mudanças no fluxo sanguíneo (hemodinâmica)
2) Mudanças na fisiologia celular

Estágios da Inflamação
1) AGUDO resposta à lesão 0-7 dias
2) SUBAGUDO redução dos sintomas 7-21 dias
3) CRÔNICO inflamação sem causa após 21 dias

Fase 1 - Inflamatória
 Estágio Agudo
 Início do processo de cicatrização
 Alteração do metabolismo celular
 Resposta inflamatória com
liberação de substâncias
 Atuação de leucócitos e
células fagocitárias
 Alterações vasculares - coagulação, cicatrização
(fibrose)
 Aumento da permeabilidade da membrana - EDEMA

 -CONTROLE DOS EFEITOS DA INFLAMAÇÃO


-EVITAR IMOBILIZAÇÃO
-REPOUSO ARTICULAR PROGRAMADO
-MOVIMENTOS LEVES

Fase 2 - Fibroblástica (Reparo)


 Estágio Subagudo
 Remoção dos estímulos nocivos
 Formação de leitos capilares
na área da lesão
 Síntese de matriz extracelular
pelos fibroblastos
(colágeno e elastina)
 Formação do tecido de granulação
(tecido conectivo delicado)
 Tecido muito frágil – colágeno tipo III

 -PREVENIR E MINIMIZAR ADERÊNCIAS,


RIGIDEZ E ATROFIA
-AUMENTO PROGRESSIVO DA INTENSIDADE
DOS EXERCÍCIOS

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Fase 3 - Maturação (Remodelagem)

 Estágio Crônico
 Maturação do tecido conectivo
 Realinhamento das fibras de
colágeno
 Contratura do tecido cicatricial

 Remodelamento da cicatriz

 -RESTAURAR FUNÇÃO
-RESTAURAR RESPOSTA TECIDUAL
-ALONGAMENTO
-EXERCÍCIOS RESISTIDOS E FUNCIONAIS

Trauma / Lesão Vasoconstrição primária transitória


(±10minutos - prevenção de perda sanguínea)
Hemorragia
(ruptura de vasos na área lesada)

Hematoma
(restos celulares + glóbulos vermelhos)

Processo Inflamatório
(enzimas provenientes de células lesadas)

Degradação Celular

Alterações celulares
Liberação de substâncias
(Histamina - altera permeabilidade celular)

Extravasamento de plasma, colóides e água

Edema
(Colóides no espaço intersticial)

Edema
-Extravasamento de líquido para o interstício
-Sinal de lesão
-Contribui para continuidade da lesão
 desequilíbrio pressórico dentro e fora da célula

 obstrução linfática e/ou venosa

RETORNO VENOSO
 Severidade da lesão
 Mudanças na permeabilidade celular
 Intensidade da hemorragia

 Processo inflamatório

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Edema
Processo de Cicatrização
Deposição de colágeno na área edematosa

FIBROSE

Aderências
ADM
Perda da função
Atrofia muscular
Força muscular

Edema - Tratamento

retorno venoso
Melhora da resposta linfática
aporte sangüíneo

Elevação
Angiotrom
Massagem
Meia / Luva compressiva
MOVIMENTO (“bomba vascular”)

Complicações do Processo Inflamatório


-Dor
-Espasmo muscular
-Rigidez articular
-Atrofia muscular
-Fraqueza muscular
-Degeneração tecidual
-Alterações posturais
-Inatividade
-Cronicidade
-Incoordenação motora
-Perda de função

29
Reabilitação
TRAUMA / LESÃO

SANGRAMENTO DO
TECIDO LESADO

DOR
MAIOR RISCO RISCO REDUZIDO
DE NOVA LESÃO DE NOVA LESÃO
INFLAMAÇÃO

REPARO / REGENERAÇÃO

ALTERAÇÕES TECIDUAIS
INADEQUADA ADEQUADA

REABILITAÇÃO

LESÃO
TECIDUAL
RESPOSTA
INFLAMATÓRIA
INFLAMAÇÃO
REPARO CINESIOTERAPIA
REMODELAGEM CARGA

CICATRIZAÇÃO

REALINHAMENTO DAS
FIBRAS DO TECIDO

CAPACIDADE DE
GERAR TENSÃO E
ABSORVER CARGA

TRAUMA
(DIRETO/INDIRETO)
PROCESSO
INFLAMATÓRIO IMOBILIZAÇÃO

TENSÃO
DOR EMOCIONAL
CONTRAÇÃO
MUSCULAR
REFLEXA

Espasmo
muscular
Restrição de
Dor movimentos
Estase circulatória
Isquemia tecidual
Retenção de metabólitos

30
Processo de Resposta à Lesão

Estímulos Mecanismos Neurológicos


Alterados Alterados
Tecidos e Sistemas
Alterados
Motricidade
Alterada
Limitações
{ Rigidez articular
Seqüelas Atrofia muscular
Fraqueza muscular

Compensações Alteração do padrão


típico de movimento

PERDA FUNCIONAL INATIVIDADE

Abordagem Fisioterapêutica
F
no processo de Reparo Tecidual

• Objetivo do processo de reabilitação

• Processo: ADM Funcionalidade

• O uso apropriado da cinesioterapia e dos recursos


terapêuticos no programa de reabilitação dependem da
identificação da estrutura envolvida e do reconhecimento
das fases do processo de recuperação tecidual

• Cada fase deve incluir objetivos cuidadosamente


considerados e os critérios para a evolução do programa
devem sempre ser individualizados (tipo e a extensão da
lesão, resposta do paciente frente ao processo)

Conclusão
• A abordagem fisioterapêutica tem o objetivo de
“ ajudar” os processos naturais do corpo e a
reintegração da função
• Agilizar a recuperação funcional
• Minimizar os efeitos do processo inflamatório
excessivo
• Prevenção
Incorporação de várias
técnicas de treinamento

31
Princípios da Prescrição
dos Exercícios Terapêuticos

Reduzir deficiências
Aprimorar funcionalidade

PESSOA

Especificidade
Individualidade

Exercícios Terapêuticos

Atividades com movimentos corporais


planejados e posturas que possibilitem
ao indivíduo otimizar o seu estado geral

Favorecer ao processo de cicatrização


e melhora da condição física de um
indivíduo

Alcançar o movimento funcional e livre


de sintomas

Tipos de
Exercícios Terapêuticos

PRODUÇÃO
MELHORA DA CONTROLE
DE FORÇA
MOBILIDADE NEUROMUSCULAR
MUSCULAR

RESISTÊNCIA EQUILÍBRIO COORDENAÇÃO

PADRÕES CONSCIENTIZAÇÃO PADRÕES DE


RESPIRATÓRIOS POSTURAL MOVIMENTO

32
Exercícios de
Alongamento
Passivo, Ativo ou FNP
Relaxamento muscular
Atividade inicial preparatória
Aumentar ADM
Promover organização tecidual - Realinhamento das fibras
Melhorar postura
Prevenção de lesões

(Alter, 1988; Lardner, 2001; Kisner; Colby, 2005)

Exercícios Passivos

Indivíduo não é capaz de realizar movimento ativamente


Manter/retomar mobilidade
Auxiliar ao aporte sangüíneo
Favorecer ao processo de cicatrização
Manutenção da consciência do movimento
Controlar o quadro álgico
Evitar contraturas e aderências

(Kisner; Colby, 2005; Nyland, 2006)

Exercícios Ativos

Envolve atividade voluntária do indivíduo com contração


ativa
Manter/aumentar a mobilidade
Manter/aumentar força muscular
Auxiliar ao aporte sangüíneo
Favorecer ao processo de cicatrização
Favorecer à produção de líquido sinovial
Prevenir ou reverter edemas e derrames
Promover organização tecidual - Realinhamento das fibras
Auxiliar no controle da dor
(Kisner; Colby, 2005; Nyland, 2006)

33
Tipos de
Exercícios Ativos

Ativo livre
Ativo assistido
Ativo resistido
Aeróbicos
Equilíbrio
Proteção articular
Coordenação motora
Pliométricos

(Kisner; Colby, 2005; Nyland, 2006)

Princípios da Prescrição
dos Exercícios Terapêuticos

Consideração cuidadosa da condição de saúde


do indivíduo

Perfil dos fatores de risco associados

Características comportamentais

Objetivos associados à condição do momento

Interação medicamentosa

Propostas dos Exercícios


Terapêuticos

Melhora do condicionamento físico


Promoção de saúde

Redução de fatores de risco

Atuar sobre condições agudas e crônicas

Resguardar uma participação segura durante


as atividades

34
Efeitos dos
Exercícios Terapêuticos

Melhora ou mantém a função física


Melhora ou mantém a condição de saúde
Melhora ou mantém o senso geral de bem estar
Previne complicações decorrentes de doenças
Previne ou minimiza restrições
Previne ou minimiza perda funcional
Previne ou minimiza incapacidade

Bases para
Estabelecimento de Metas

Problemas identificados na avaliação


Conhecimento dos problemas
Condições socioeconômicas e culturais
Envolvimento familiar
Condições de saúde
Condições de atendimento
Cuidados domiciliares

Estabelecimento
de Metas deve incluir...

Resultados mensuráveis

Uso de testes específicos

Análise de condições específicas

Expectativa cronológica para acompanhamento


das metas

35
Metas dos
Exercícios Terapêuticos

Condicionamento cardiorrespiratório
Mobilidade articular e Flexibilidade
Fortalecimento muscular
Estabilização articular
Coordenação motora
Habilidade e Desempenho
Relaxamento local e geral

Diretrizes para alcance


das Metas

Fornecer evidências entre os elementos de


incapacitação (Mensuração/Avaliação)

Reduzir comprometimento físico e melhorar


habilidades funcionais (Tratamento)

Detectar riscos potenciais para desenvolver


incapacidades (Prevenção)

Diretrizes para alcance


das Metas

Melhora das habilidades


funcionais
(aparato individual)

Reverter condições de
Incapacidade
(complexidade do sistema)
Prevenir ou desacelerar a
progressão da incapacidade

36
Exercícios de
Fortalecimento muscular

Princípio da Sobrecarga:
Utilização de uma carga que exceda a capacidade
metabólica do músculo, a fim de se aumentar a força

- Recrutamento de fibras musculares


- Hipertrofia ( área de secção transversa)

Influências sobre o
Fortalecimento muscular
Área de secção transversa
Relação entre cumprimento e tensão
Recrutamento das unidades motoras
Tipo de contração muscular
Velocidade de contração muscular
Motivação do indivíduo

Condicionamento
Cardiorrespiratório
e de Resistência

Resistência muscular:
Exercícios com carga moderada e grande número
de repetições executados até o ponto de fadiga

Resistência global:
Relacionado a melhora da capacidade aeróbica

37
Influências sobre o
Condicionamento
Cardiorrespiratório
e de Resistência

Condições do sistema cardiorrespiratório

Fluxo sangüíneo - sistema vascular

Funcionamento do sistema

Mobilidade e Flexibilidade

Fundamental para as atividades humanas

Proporcionar vantagem mecânica aos músculos


Curva cumprimento-tensão

Evitar sobrecarga sobre os tecidos moles

Influências sobre a
Mobilidade e Flexibilidade

Condições do músculo (contratura, doença, trauma)

Condições neurofisiológicas (espasmo, flacidez)

Condições dos tecidos moles (fibrose, aderências)

Condições da pele (cicatriz)

38
Estabilização Articular

Manutenção do contato e alinhamento entre as


superfícies articulares

Condições estáticas e dinâmicas

Capacidade do sistema de lidar com forças reativas


(intrínsecas e extrínsecas)

Influências sobre a
Estabilização Articular

Posição para a realização do movimento

Força e resistência muscular

Relaxamento Global e Local

Capacidade de recuperação pós atividade

Correlação entre capacidade e demanda

39
Influências sobre o
Relaxamento Global e Local

Presença de dor

Presença de espasmo ou tensão muscular

Cronicidade da doença

Motivação e estado mental do indivíduo

Habilidade e Desempenho

Repetição constante Aprendizado

Estímulos sensoriais Desempenho motor

Velocidade de realização da tarefa

Variabilidade na abordagem da realização da tarefa

Influências sobre a
Habilidade e Desempenho

Idade e nível de maturação

Integridade do sistema sensorial

Integridade do sistema neuromuscular

Capacidade adaptativa do organismo à tarefa

40
Intervenção através
dos Exercícios Terapêuticos

Interação dos elementos envolvidos no sistema de


movimento com a técnica ou atividade propostas

Escolha da técnica ou atividade específica

Intensidade do exercício específico

Princípios dos Exercícios


Terapêuticos

Especificidade
Sobrecarga Freqüência

Progressão Intensidade

Individualidade Duração

Reversibilidade
Equilíbrio

Princípios da Prescrição
dos Exercícios Terapêuticos

Desenvolvidos a partir da avaliação fisioterapêutica


(anamnese e exame físico específico-funcional)

Objetivos gerais e específicos

Expectativas a curto e longo prazo


Curto prazo: refletem as habilidades necessárias para se alcançar
as expectativas a longo prazo; definem o processo de
decisão terapêutica
Longo prazo: descrevem, em termos funcionais, o desfecho do
resultado de uma fase ou do programa de reabilitação

41
Bases da Prescrição
dos Exercícios Terapêuticos

APRENDIZADO
I
T N
E D
O EFEITOS EFEITOS EFEITOS I
R FÍSICOS FISIOLÓGICOS TERAPÊUTICOS V
I Í
A D
U
DECISÃO CLÍNICA PBE O
(EVIDÊNICA + EXPERIÊNCIA)

(adaptado de Watsom, 2003)

Sinais e Sintomas da
Superdosagem nos Exercícios
Dor severa muscular ou articular durante os
exercícios ou que permaneça por mais de 24H
após a sua realização

Condutas:
- Avaliação do quadro
- Suspensão da atividade
- Readequação da intensidade de esforço
(diminuição da carga ou sua retirada)
- Capacidade de recuperação

Sinais e Sintomas da
Superdosagem nos Exercícios
Movimentos compensatórios
Resistência externa excede a capacidade do
músculo para realizar ou controlar o movimento

Condutas:
- Adequação da resistência no exercício
- Adequação da postura durante o movimento
- Trabalho de resistência muscular

42
Sinais e Sintomas da
Superdosagem nos Exercícios
Fadiga
Exaustão

Condutas:
- Implementação de atividades aeróbicas
- Adequação das atividades às condições fisiológicas
- Avaliação do aspecto nutricional
- Capacidade de recuperação

Progressão dos Exercícios


Iniciar as atividades em um nível seguro
Evitar fadiga
Identificar os músculos fracos
Identificar desequilíbrios musculares
(relação agonista-antagonista)

Exercícios que trabalhem especificamente os


músculos ou grupos musculares enfraquecidos

Atividades que visem a retomada da função

Progressão dos Exercícios


Alterações posturais
Compensações

Melhorar flexibilidade
Exercícios para propiciar a estabilidade segmentar

Atividades dinâmico-funcionais

43
Progressão dos Exercícios
de fortalecimento
Ângulo de proteção
ISOMÉTRICO ADM disponível
Diferentes ADM
ISOTÔNICO
SEM AÇÃO DA
GRAVIDADE
Exercícios ativo assistido
Exercícios ativo livre
ISOTÔNICO
COM AÇÃO DA
GRAVIDADE

EXERCÍCIOS
RESISTIDOS

Progressão dos Exercícios


Velocidade de execução dos movimentos
- Iniciar com movimentos lentos

- Aumentar o tempo de duração

- Progredir conforme objetivos de tratamento

Progressão dos Exercícios


Flexibilidade
- Definir encurtamentos

- Posição que favoreça ao ganho de flexibilidade

- Associação aos movimentos funcionais

- Manter equilíbrio entre agonista e antagonista

- Progredir conforme objetivos de tratamento

44
Progressão dos Exercícios
Estabilização articular
- Exercícios em planos isolados e baixa carga

- Evoluir para movimentos em diagonais

- Aumento da resistência muscular com o aumento


das repetições

- Trabalhar os componentes específicos de atividades


funcionais

Progressão dos Exercícios


Relaxamento Global e Local
- Orientação postural

- Exercícios de conscientização postural

- Exercícios ativo livre em baixa velocidade

Tensão prolongada Dor crônica

Alterações posturais

Espasmo muscular Aumento de tensão

Exercícios Terapêuticos
Objetivos
- Analgesia
- Flexibilidade

- Mobilidade articular

- Força muscular RETOMADA


DA FUNÇÃO
- Coordenação motora
- Equilíbrio
- Postura

45
Exercícios Terapêuticos
Grande variabilidade de modalidades
- Determinação da escolha adequada
- Estabelecimento de parâmetros de eficácia
- Prática baseada em evidências
- Experiência clínica

Avaliação adequada e específica


- Estabelecimento de metas factíveis e específicas
FUNCIONALIDADE

Reavaliação periódica
- Avaliação das metas estabelecidas (Atingidas? Adequadas?)
- Efetividade do tratamento (Aplicação da técnica)
- Adequações / Evolução

Exercícios Terapêuticos

ANÁLISE DAS ESTABELECIMENTO


NECESSIDADES DO PLANO DE
(Avaliação) TRATAMENTO

ALCANCE APLICAÇÃO
DAS METAS DO PLANO DE
TRATAMENTO

Diretrizes do
Processo de Reabilitação
Conhecimento sobre o processo de incapacidade
Base para avaliar a complexa relação entre
doença e função
Subsídios para atuação com um
programa efetivo
Atividades organizadas
+
Atividades específicas

RESTABELECIMENTO OU
APRIMORAMENTO DA
FUNÇÃO

46
Mobilidade Articular

LIMITAÇÃO MOBILIDADE

Comprometimento:
OSSOS
CÁPSULA ARTICULAR
NERVOS
FASCIA
LIGAMENTOS
TENDÕES
ESTRUTURAS INTRAARTICULARES
PELE

Mobilidade Articular
Deficiência na mobilidade pode contribuir direta
ou indiretamente na limitação funcional e gerar
incapacidade

Exemplo:
Diminuição ADM do ombro de um trabalhador
pode limitar sua capacidade de suportar carga
no MS e executar movimentos acima da cabeça

Restrição da mobilidade escapular


Discinesia escapular e glenoumeral

DEFICIÊNCIAS
DOENÇAS INCAPACIDADES DEGENERAÇÃO
RESTRIÇÕES

Restrição da
Mobilidade Articular

DESENVOLVIMENTO DE AFECÇÕES
DOR
RESTRIÇÃO MOBILIDADE
ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS
RESTRIÇÃO
DESEQUILÍBRIOS MUSCULARES FUNCIONAL
ENCURTAMENTOS ADAPTATIVOS
SOBRECARGA POSTURAL

COMPENSAÇÕES
ADAPTATIVAS

47
Comprometimento da
Mobilidade Articular
Fatores individuais
Idade
Gênero
Condições de saúde

mobilidade progride com a idade


Mobilidade de mulheres > mobilidade de homens

Pode não ser observada para todas as articulações e todos


os movimentos

Mensuração da
Mobilidade Articular
Mesmo segmento acometido, lado contra-lateral
Padrão de mobilidade articular (ambos lados acometidos)
Ativa (com contração muscular)
Mobilidade Passiva (sem contração muscular)

- Ativa: restrição por dor, alteração no tônus, fraqueza muscular,


incoordenação motora

- Passiva: encurtamento tecidual, edema, aderências, bloqueio


mecânico, tensão neural

Mobilidade Articular
Ativa e Passiva

MOBILIDADE PASSIVA > MOBILIDADE ATIVA


Mobilidade limitada pela distensão ou aproximação
de partes moles

MOBILIDADE PASSIVA = MOBILIDADE ATIVA


Mobilidade limitada pela aproximação de ossos

48
Movimentos
Fisiológicos e Acessórios
FISIOLÓGICOS
- Movimentos de um segmento do corpo em relação a outro

Exemplo: Flexão e Extensão

ACESSÓRIOS
- Movimentos que ocorrem entre as superfícies articulares
durante movimentos fisiológicos

- Não ocorrem ativamente

Exemplo: Deslizamento, Rolamento

Causas de Inatividade

Internações hospitalares

Condições clínicas que necessitam de repouso no leito

Condições clínicas que afetam a mobilidade(Ex.: AVE,

TRM, condições neuromusculares e cardiorrespiratórias)

Órteses imobilizadoras (Ex.: coletes, tipóias, tutores, talas)

Condições físicas do processo de envelhecimento

Fraturas, Cirurgias

Formas de Inatividade

IMOBILIZAÇÃO
Gesso
Tala
Imobilizadores
Tração

REPOUSO NO LEITO

49
Introdução
Imobilização: Fonte: “Physical Stress Theory”
Mueller & Maluf, 2002
Lesão por
overload
Maior
Hipertrofia tolerância ao
Estresse
Nível de Manutenção
Estresse
Menor
Atrofia tolerância ao
Estresse

Efeitos Deletérios
• Consequências da Imobilização:
– Modificações da histologia e da mecânica
tecidual:
– É necessário um torque 10x maior para mobilizar
articulações fixadas que não fixadas
– Mobilizar a articulação diminui a formação de
ligações em “fardo de feno” estimulam a
deposição ordenada de colágeno

(Maxey; Magnunsson, 2003)

Efeitos Deletérios
• Consequências da Imobilização:
– modificações da histologia e da mecânica
tecidual:
Diminuição e perda de função da
membrana basal

Desidratação e aderências
(organização tipo “fardo de feno”)

Diminuição extensibilidade e
flexibilidade tecidual

Perda funcional

(Maxey & Magnunsson, 2003)

50
Conseqüências da
Imobilização

Alterações histológicas e mecânico-estruturais dos tecidos:


-infiltrado fibro-gorduroso no tecido imobilizado

Formação de aderências

-perda de GAG e água na membrana basal

Deficiência na lubrificação e separação


das fibras de colágeno

Formação de aderências

(Maxey; Magnunsson, 2003)

Conseqüências da
Imobilização

Alteração na função da membrana basal

Desidratação e aderências
(desorganização tecidual)

Alteração na extensibilidade tecidual

Comprometimento funcional
(Maxey; Magnunsson, 2003)

Conseqüências Gerais
da Imobilização

Aumento da demanda muscular nos movimentos das


articulações com aderências comparadas às não aderidas

Mobilizações estimulam a deposição ordenada de colágeno

(Maxey; Magnunsson, 2003)

51
Conseqüências Musculares
da Imobilização
Atrofia muscular Desuso
-diminuição do volume do músculo (Área de secção transversa)
-alteração do número de sarcômeros em série e paralelo
-perda de força muscular

Fraqueza muscular
Instabilidade articular
Alteração na movimentação ativa
Perda de equilíbrio
Discinesia – Padrão de recrutamento e latência muscular
Alterações na marcha
Compensações

(Sahrmann, 2002)

Efeitos Deletérios
• Consequências da Imobilização:
– Atrofia Muscular
Figura: Sahrmann, 2002

A: músculo normal B: músculo atrofiado

Efeitos Deletérios
• Consequências da Imobilização:
– Atrofia Muscular
• perda de força e volume musculares ocorrem
rapidamente durante período de imobilização
(depleção de sarcômeros)
• Fraquezas podem levar a desequilíbrios
• Instabilidades articulares
• Dificuldade de deambulação
• Perda ou limitação na realização
de movimentos ativos
• Perda de equilíbrio
(Sahrmann, 2002)

Figura: Alter, 1988

52
Fatores que Afetam a
Força Muscular

Desorganização da continuidade Presença de edema no


Entre as linhas Z e as miofibrilas espaço extracelular

ALTERAÇÕES NA MECÂNICA MUSCULAR

Evidências Científicas

Veldhuizen et al., 1993


Estudo com 8 voluntários

4 semanas sem descarga de peso sobre o MI imobilizado


com gesso

21% de redução massa quadríceps


16% de redução diâmetro da fibra muscular
29% de redução na área de secção transversa
52% de déficit no torque dos extensores do joelho
16% de déficit nos flexores do joelho

Fatores que Afetam a


Força Muscular
Músculos dos MMII mais afetados que os dos MMSS
Extensores mais afetados que os flexores

Ação da força da Gravidade


Aumento do volume de líquidos
intramusculares nos MMSS e
diminuição nos MMII

Diminuição da área de secção transversa

Alterações no trofismo muscular

53
Evidências Científicas
Kitahara et al., 2003
3 semanas imobilização cotovelo e punho
Sem alterações na circunferência do antebraço
Diminuição em 18% da força de preensão
Exercícios de punho em atividades submáximas

Durante fase de repouso/imobilização se condução


nervosa inalterada

Capacidade de realizar contrações isométricas


(ausência de movimento articular)
(Serpell et al., 1998)

Ponto-
Ponto-chave

Músculos são afetados mais por


imobilização que pelo repouso no leito;
Exercícios terapêuticos podem ser
prescritos para reverter as alterações
decorrentes desses quadros

Condutas e Tratamentos

Cinesioterapia progressiva
Cinesioterapia preventiva

Métodos para evitar perda de massa e força muscular

Trabalhar o máximo possível para o mínimo de


sobrecarga tecidual

Movimento só se recupera com movimento


ESPECIFICIDADE - FUNCIONALIDADE

54
Conseqüências Ósseas
da Imobilização
Alterações ósseas reversão a médio e longo prazo
(média de 6 meses)

Rádio
Tíbia

Calcâneo

Coluna lombar
Colo femoral
% de mudança na
densidade óssea

4 meses de 6 meses de
repouso no leito tratamento (Bloomfield, 1997)

Conseqüências Ósseas
da Imobilização
Osso Osso com
normal osteoporose
Osteopenia - Osteoporose

-diminuição de depósito de Ca++


-diminuição da taxa de renovação
-desproporção na ação osteoblástica e osteoclástica
-perda de massa óssea
-osso frágil – risco de fraturas (quadril, coluna lombar e punho)
RISCO AUMENTADO COM AS ALTERAÇÕES MUSCULARES

Conseqüências Ósseas
da Imobilização
Osteopenia - Osteoporose

55
Condutas e Tratamentos

SOBRECARGA Abordagem Nutricional


Descarga de peso Reposição de nutrientes
Contração muscular

Isométrico (fase inicial: minimizar perda)


Evoluir cinesioterapia ativa (assistida-livre-resistida)

Aumento progressivo da carga

Melhora resposta óssea


Evita degradação/degeneração

Conseqüências da Imobilização
sobre os Ligamentos e Tendões

Anatômicos Todas as
Efeitos deletérios Fisiológicos estruturas
articulares
Biomecânicos

MORFOLÓGICAS
Conformação dos ligamentos e tendões
Alterações
Capacidade de absorver tensão
PROPRIEDADES MECÂNCIAS

EFEITO TEMPO DEPENDENTE


DA IMOBILIZAÇÃO (Kannus, 2000)

Conseqüências da Imobilização
sobre os Ligamentos e Tendões

Aumento da degradação do colágeno do tecido


conectivo

Diminuição da síntese do colágeno

Alteração na taxa de renovação tecidual

(Yasuda; Hayashi, 1999)

56
Evidências Científicas
Amiel et al., 1983
Lesões do LCM joelhos
Após 9 semanas de imobilização
Diminuição de 2,0% da massa de
colágeno total
Após 12 semanas de imobilização
Diminuição em 27,0% da massa de colágeno total
Quanto maior o período de imobilização

Maior privação do efeito do estresse tecidual

Maior comprometimento das propriedades mecânicas


(Nyland, 2006)

Evidências Científicas
Kannus, 2000
Tendões
85% colágeno
Alta organização tecidual
Capacidade de transmissão de força tênsil
Baixo metabolismo e vascularização

Resposta mais lenta ao exercício que os músculos

Exercícios terapêuticos

Estresse tecidual

Aumento do depósito de colágeno Capacidade


Realinhamento das fibras adaptativa

Paradoxo
Necessidade de mobilização precoce
(evitar efeitos deletérios)
X
Baixa velocidade de reparo
( metabolismo e vascularização) (Nyland, 2006)

NORMAL CICATRIZAÇÃO

57
Ponto-
Ponto-chave

Sinal verde para Cinesioterapia


é dado dependendo:
-idade
-comportamento biológico (fatores predisponentes)
-capacidade de resposta tecidual (INDIVIDUALIDADE)
-aspecto nutricional do indivíduo
-condições da lesão (abordagem e conduta inicial, cicatrização,
cirurgia/fixação)
-tempo de lesão
-condições de atendimento (recursos, conhecimento da lesão)
-restrições funcionais (nível de proteção)
-afecções associadas
-capacidade de resposta específica a padrões de movimento e
atividade

Ponto-
Ponto-chave

Possibilidade para auxílio à


Cinesioterapia e para evitar efeitos
deletérios da inatividade:
-posicionamento adequado
-colocação de estabilizadores dinâmicos
-tutores
-talas
-CPM
-auxílios à marcha

Prevenção

• Objetivos:
– hidratação dos tecidos conectivos
– quebra e diminuição da neo-formação de cross-
links indesejáveis (reduzir e minimizar
aderências)
– deposição do colágeno cicatricial de forma
ordenada
– estímulo à remodelação do colágeno cicatricial
– evitar retração cicatricial
– aumento do aporte sanguíneo local, do retorno
venoso e linfático
– aumento do metabolismo celular

58
Prevenção
• Objetivos:
– estimular contração muscular
– prevenção da atrofia e fraquezas
musculares por desuso (desequilíbrios,
instabilidades, perda de equilíbrio, etc.)
– minimização da reabsorção de Ca++ ósseo
– minimização da atividade osteoclástica
– evitar osteoporose secundária
– aumento do retorno venoso
– prevenção de TVP
– prevenção de hipotensão postural
– prevenção de formação de edema

Prevenção
• Objetivos:
– prevenção de atelectasias (↓ VP)
– manutenção de níveis adequados de SaO2
– evitar excesso de produção de secreção
– prevenção de infecções
– estimular a produção de líquido sinovial
– manutenção da mobilidade articular
– evitar degeneração da cartilagem articular
– prevenção de contraturas e/ou anquilose articulares
– evitar pressão excessiva sobre a pele e tecidos
subcutâneos

Prevenção

• Estratégias:
– mobilização precoce (ativa ou passiva - pelo
terapeuta ou CPM)
– em caso de engessamento, quando possível
permitir alguma mobilidade
– uso de braces articulados
– taping (bandagens funcionais)
– descarga de peso e ortostatismo (parcial, total,
com auxílio, com tábua de ortostatismo)
precoces
– movimentação, utilização em AVD e/ou
fortalecimento de outros segmentos

59
CPM

CPM

Prevenção
• Estratégias:
– exercícios aeróbicos quando possível (piscina,
bicicleta ergométrica, cicloergômetro, esteira,
caminhada, etc.)
– eletroestimulação (FES) ou outras formas de
contração muscular isotônicas ou isométricas
– mobilização articular (passiva acessória)
– orientações a familiares e cuidadores
– deambulação precoce
– motivação do paciente

60
Prevenção
• Estratégias/Recursos preventivos:

Prevenção
• Estratégias/Recursos preventivos:

Prevenção
• Estratégias/Recursos preventivos:

61
HIDROTERAPIA
Fundamentos e Técnicas

Geraldo Fabiano de Souza Moraes

Hidroterapia
Introdução
“Uso da água como meio de cura”
 Sinônimos:
 Hidrática
 Hidrologia
 Hidroginástica
 Terapia pela água
 Terapêutica pela água
 Exercício na água
 Reabilitação aquática
 Fisioterapia aquática
 Hidroterapia
 Hidrocinesioterapia

Hidroterapia
Introdução
 Formas de aplicação
 Piscina Terapêutica
 Turbilhão
 Hidromassagem
 Banho de contraste

62
Hidroterapia
Por que a Água?

 Efeitos fisiológicos
 Benefícios
 Aplicação em uma variedade de patologias
 Facilidade na abordagem cinesioterápica
 Prevenção
 Condicionamento físico

 Bem estar físico e mental

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
DENSIDADE RELATIVA

FLUTUAÇÃO

PRESSÃO HIDROSTÁTICA

VISCOSIDADE

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
DENSIDADE RELATIVA

 Gravidade específica
 Propriedade que determina se um objeto ou corpo irá flutuar
 Relação entre a massa do objeto e a igual massa de volume de
água deslocado
 D =
m
V
 Ex.: madeira 100kg flutua (m < V)
prego de ferro 10g afunda (m > V)

63
Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
DENSIDADE RELATIVA

 Densidade da água = 1
 Corpo D < 1 flutua
Corpo D > 1 afunda
Corpo Humano = ~
D 0,95
5% do corpo acima da superfície da água
95% do corpo abaixo da superfície da água
 Massa gorda D = 0,8
Ossos D = 1,5
Massa magra D = 1,0

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
DENSIDADE RELATIVA

 Pessoa magra tende a afundar


Pessoa obesa tende a flutuar
Mulheres flutuam mais que homens (Massa gorda maior)

MAIORES CUIDADOS
{
Idoso flutua facilmente
Densidade óssea
Massa gorda
Massa magra

Pessoas com agenesia de membros ou perda traumática

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
FLUTUAÇÃO

 Relacionada à Densidade Relativa


 Princípio de Arquimedes:
“Quando um corpo está completa ou parcialmente imerso
em um líquido, ele sofre um EMPUXO de baixo para cima
igual ao volume do líquido deslocado”
 Pode ser Assistida (em direção à superfície)
Resistida (em direção oposta à superfície)
Apoio (suporte Empuxo = Força da Gravidade)

64
Hidroterapia
Flutuação

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
FLUTUAÇÃO
 Centro de Flutuação (CF)
Ponto onde a força de flutuação atua
 Se massa corporal = volume deslocado Alinhamento
Vertical {
 Se corpo for deslocado
uso de flutuador
(nova posição de equilíbrio)
Momento
de Força {
Efeito Rotatório
da força em torno
de um ponto

 m = F. d
m: momento de força
F: força do empuxo
d: distância horizontal a partir
do ponto vertical

Hidroterapia
Flutuação  Útil durante os exercícios
 Aumentar ou diminuir
trabalho a ser executado
CF CF
CF
CF
Nenhum momento
de força na vertical
 Cotovelo fletido
Braço de alavanca
(Aproxima o CF)
Momento de força
CF

 Flutuador
CF Braço de alavanca
(Afasta o CF)
Momento de força

65
Hidroterapia
Flutuação Gravidade

Empuxo

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
FLUTUAÇÃO

 Facilita a execução de movimentos


 As articulações ficam livres de atritos (choques)
 Diminui risco de lesão

 Diminui impacto sobre as articulações

 Alívio do peso corporal de acordo com a profundidade

Hidroterapia
Alívio médio do peso corporal
Nível da água
90%
70%

50%

20%

10%

66
Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
PRESSÃO HIDROSTÁTICA

 Lei de Pascal:
“A pressão do líquido é exercida igualmente sobre todas as
áreas de um corpo em repouso imerso a uma determinada
profundidade”
 Exercida igualmente em todas as direções
 Diretamente proporcional à densidade do líquido e à
profundidade
( profundidade pressão hidrostática)
( densidade pressão hidrostática)

Hidroterapia
Pressão Hidrostática
Força da
Gravidade

Pressão Hidrostática
aumenta de acordo
com a profundidade Pressão lateral
da água

Empuxo

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
PRESSÃO HIDROSTÁTICA

 Indivíduos com comprometimento no sistema respiratório


Dificuldade na expansão da caixa torácica

 Favorece à diminuição do inchaço de MMII


Tendência do fluxo sanguíneo em direção
ao tórax

67
Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
VISCOSIDADE

 Refere-se à magnitude do atrito (fricção) que ocorre entre


as moléculas de um líquido, oferecendo resistência ao
movimento
 Provoca uma turbulência de acordo com a velocidade do
movimento
 Associada à turbulência produz uma força de ARRASTO

Hidroterapia
Turbulência
 Usada como forma de resistência
VELOCDADE RESISTÊNCIA
 Favorece ao movimento

RESISTÊNCIA ARRASTO

MOVIMENTO DO CORPO

Hidroterapia
Turbulência
Arrasto

F P

68
Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
TEMPERATURA
 32º - 34ºC / 34º - 36ºC (Neurologia)
 Vasodilatação
 sensibilidade da fibra nervosa rápida (tato)
 sensibilidade da fibra nervosa lenta (dor) - tempo maior
 Relaxamento da musculatura

 Temperatura acima de 35ºC após 2 h de imersão {


(Epstein 1992)
Bloqueio
Diurese
 Cansaço e sonolência após terapia (Franchimont, 1983)

Hidroterapia
Propriedades Físicas da Água
REFRAÇÃO

 Desvio da luz ao atravessar um meio diferente


 Distorção da imagem NORMAL

 Atenção aos estímulos visuais

NÍVEL DA ÁGUA

IMAGEM PERCEBIDA

FUNDO DA PISCINA

Hidroterapia
Efeitos Fisiológicos
 SISTEMA NERVOSO
 Melhora da resposta neuromuscular

 Melhora da coordenação e equilíbrio

 Melhora da percepção cinestésica e proprioceptiva


 Relaxamento

 Redução da dor

 Melhora psicológica e emocional

69
Hidroterapia
Efeitos Fisiológicos
 SISTEMA MUSCULOESQULÉTICO
 Células musculares mais oxigenadas
 Acúmulo de Ácido Lático
 Redução da dor
 Impacto
 Peso corporal
 Forças compressivas sobre as articulações
 Melhora da flexibilidade
 Tensão muscular
Fisiológica (quadro álgico, lesão)
Psicogênica (ansiedade, estresse, depressão)
Fadiga
“Overuse” (repetição do mesmo movimento)

Hidroterapia
Benefícios
 Facilita o manuseio
 Precocidade
 Descarga de peso precoce
 Marcha
 Coordenação e Equilíbrio
 Propriocepção
 Proteção articular
RETORNO ÀS
 Favorece cicatrização tecidual ATIVIDADES
 Edema e derrame
 Ganho de ADM e alongamento
 Resistência - Força muscular
 Condicionamento físico
 Relaxamento
 Aspecto psicológico

Hidroterapia
Piscina Terapêutica

70
Hidroterapia
Equipamentos
 Oferecer suporte (confiança)
 Favorecer ao movimento (coordenação)
 Aumentar intensidade de um exercício
 Aumentar resistência de um exercício
(força) }
 APARELHOS DE FLUTUAÇÃO
 alterar o posicionamento ou o movimento
 diminuir forças compressivas
 diminuir impacto
 favorecer movimentação (direção à superfície)
 resistência (direção ao fundo)

 APARELHOS DE PESO
 trabalho de fortalecimento e estabilização
 manter indivíduo estável
 promover tração
 aumentar resistência do movimento

Hidroterapia
Equipamentos

Hidroterapia
Equipamentos

71
Hidroterapia
Equipamentos
 APARELHOS DE RESISTÊNCIA
 grande área de superfície
 maior área de superfície maior resistência à superfície
 tamanho do equipamento
 forma do equipamento
 velocidade do movimento

Hidroterapia
Equipamentos
 Barras no contorno da piscina
 “Lava pés”
 Tablados
 Barras Paralelas

 Flutuadores
{
Coletes
Pranchas
Bóias
 Tubos de borracha
 Bolas
 Bastões

 Pesos
{
Halteres
Tornozeleiras
Hidro Power

Hidroterapia
Contra-Indicações
 Quadro agudo da afecção
 Lesões cutâneas
 Cicatrizes ou feridas abertas
 Infecções em geral
 Febre
 Histórico de desmaios e vertigens frequentes
 Hidrofobia
 Alterações esfincterianas
 Disfunções cardíacas, pulmonares, renais e circulatórias
 Hipertensão arterial não controladas
 Doenças sistêmicas
 Alergia ao cloro
 Gestação de risco / após 4° mês

72
Hidroterapia
Graduação Terapêutica
 Adaptação ao meio hídrico
 Posicionamento do paciente
 Profundidade da piscina
 Equipamentos e sua colocação
 Braço de alavanca
 Utilização de técnicas
 Velocidade do exercício
 Cinesioterapia assistida (terapeuta, empuxo, turbulência)
 Exercício com sustentação (flutuadores)
 Exercício isométrico, ativo livre, ativo-resistido
 Descarga de peso progressiva
 Reeducação da marcha
 Treino de proteção articular
 Melhora do desempenho físico geral

Hidroterapia
Considerações
 Custo
 Temperatura (30º a 34 ºC)
 Manutenção
 Controle de infecções
 Avaliação prévia
 Reavaliações
 Atenção ao paciente
 Orientações (hidratação)

 Piscina X Ginásio

Hidroterapia
Princípios da Hidrocinesioterapia
 MOTIVAÇÃO
 Incentivo e estímulo à execução dos movimentos
 Manutenção de um ritmo constante
 Frequência à atividade

 CONTINUIDADE
 Adaptação do organismo
 Capacidade de recuperação após uma atividade

 SOBRECARGA
 Aumento progressivo da resistência, repetições e duração

 INDIVIDUALIDADE
 Condição biológica
 Especificidade ao tratamento

73
Hidroterapia
Sessão Terapêutica
 AQUECIMENTO
 Preparo para desenvolver a atividade proposta
 Gradual e progressivo
 Trabalho com caminhada e alongamento
 Não deve causar fadiga e gasto excessivo de energia
 Duração depende da temperatura da água
 Benefícios: - Reduzir risco de lesões
- Favorecer ao trabalho em ADMs extremas
- Identificar pontos álgicos e limitações
- Prevenir dor muscular
- Temperatura corporal e circulação
 Plasticidade muscular (prepara a musculatura para uma
nova situação)

Hidroterapia
Sessão Terapêutica
 GANHO DE MOBILIDADE
 Alongamento MELHORA DA MECÂNICA MUSCULAR
MELHORA DA FLEXIBILIDADE

GANHO DE ADM COMPRIMENTO DO MÚSCULO

REESTABELECE PREVINE LESÃO PONTES CRUZADAS


FUNÇÃO

CAPACIDADE DE GERAR FORÇA (TORQUE)

 Exercícios passivos e auto-passivos para ganho de ADM


 Benefícios: - Restaurar ADM
- Previne encurtamento e tensão muscular
- Facilitar relaxamento muscular
- Melhora da mobilidade
- Reduzir risco de lesões músculotendinosas

Hidroterapia
Sessão Terapêutica
 FORÇA e RESISTÊNCIA
 Força: capacidade de um músculo gerar tensão máxima
em uma contração isolada
 Resistência: capacidade de um grupo muscular em gerar
contrações repetidas durante um tempo
 Benefícios: - Período de inatividade
- Minimiza os efeitos deletérios da inatividade
- Favorece à execução do movimento
- Favorece à marcha
- Favorece ao condicionamento físico

 RELAXAMENTO
 Auxilia na diminuição da tensão muscular

74
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

75
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

76
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

77
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

78
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

79
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

80
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia
((

))

))

((

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

81
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

82
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

83
Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

Hidroterapia
Hidrocinesioterapia

(Bates & Hanson, 1996)

84
Sistema de Suporte
de Massa Corporal

Sistema de Suporte
de Massa Corporal

Ponto-
Ponto-chave

85
Ponto-
Ponto-chave

Conseqüências da Imobilização
sobre a Cartilagem Articular
Imobilização:
efeito negativo sobre as cartilagens articulares sinoviais
Cartilagem articular
Diminuição da ação dos condrócitos
Matriz cartilaginosa

PERDA FUNCIONAL

Capacidade do sistema Movimento e descarga de peso para evitar


em lidar com as forças a degradação e manter integridade
intrínsecas e extrínsecas
(Cohen et al., 1998)

ABSORÇÃO E DISSIPAÇÃO
DE FORÇAS

Conseqüências da Imobilização
sobre a Cartilagem Articular
Imobilização Osteoartrite
Perda estrutural
Perda funcional
Diminuição da capacidade Alteração das superfícies articulares
de resposta à demanda Sinovite (derrame articular)
funcional Edema (tecidos periarticulares)
Osteófitos
Degeneração
Compensações Fibrose
Alterações irreversíveis

Desasinhamentos Possibilidade de
Minimizar degeneração
Desequillíbrios musculares atuação com
Desacelerar o processo
Limitação de mobilidade cinesioterapia
(INCAPACIDADE)

86
Conseqüências da Imobilização
sobre a Cartilagem Articular

Fatores que afetam a ação dos exercícios terapêuticos


para reversão dos efeitos da imobilização sobre a
degeneração da cartilagem

-tipo de imobilização (rígida/dinâmica)


-tempo de imobilização
-articulação envolvida
-intensidade da atividade prescrita pós imobilização
-condutas durante a imobilização (posicionamento/mobilização)

(Nyland, 2006)

Conseqüências da Imobilização
sobre a Cartilagem Articular

Fatores associados

-obesidade
-trauma
-inatividade
-sobrecarga excessiva
-repetitividade (não adequação à função)

(Nyland, 2006)

Conseqüências da Imobilização
sobre o Controle Neuromuscular
Mudanças em nível funcional das unidades
neuromusculares

-aumento da latência muscular


-alteração no tempo de ativação muscular (on set)
-padrão de ativação muscular

ESTABILIDADE
CAPACIDADE DE GERAR TORQUE
FADIGA
SINERGISMO / COCONTRAÇÃO
DESEQUILÍBRIOS MUSCULARES / DISCINESIA
(Nyland, 2006)

87
Conseqüências da Imobilização
sobre o Controle Neuromuscular
INÍCIO DO TÉRMINO DO
MOVIMENTO MOVIMENTO

TSD

TMD

TID

SAD

TSE

GA TME

TIE

SAE

(Moraes et al., 2006)

Conseqüências da Imobilização
sobre o Controle Neuromuscular
INÍCIO DO TÉRMINO DO
MOVIMENTO MOVIMENTO

TSD

TMD

TID

SAD

TSE

GS TME

TIE

SAE

(Moraes et al., 2006)

Conseqüências da
Imobilização
Efeitos articulares
-diminuição da produção de líquido sinovial (menor lubrificação
das superfícies articulares e nutrição das cartilagens)
-degeneração cartilaginosa (perda da conformação articular)
-aumento da demanda mecânica
-desalinhamentos ósseos
-formação de contraturas ou anquilose articular

(Nyland, 2006)

88
Conseqüências da
Imobilização

Efeitos tegumentares

-úlceras/escaras de decúbito
Pressão Isquemia tecidual Necrose Ulceração
-comum em indivíduos restritos ao leito, em uso de imobilização
e sistema de tração (lesado medular, pós-AVE, politraumatizado)
-via de entrada para microorganismos – INFECÇÃO
-dor
-aumento do tempo de internação e restrição ao leito – IMOBILIZAÇÃO
-aumento do custo para o sistema de saúde
-PREVENÇÃO (Nyland, 2006)

Conseqüências da
Imobilização
Efeitos cardiovasculares
-diminuição do volume sistólico (atrofia ventricular)
-hipotensão postural
-predisposição à formação de trombos (TVP, embolia pulmonar,
AVE isquêmico)
-diminuição do retorno venoso
-formação de edema
-fadiga

(Nyland, 2006)

Conseqüências da
Imobilização
Efeitos respiratórios
-diminuição da ventilação pulmonar (principalmente nas bases)
-atelectasias (colapso alveolar)
-diminuição na perfusão de O2
-queda na saturação de O2 sangüíneo
-maior produção e acúmulo de secreção
-risco de infecções

(Nyland, 2006)

89
Conseqüências da
Imobilização
Efeitos gastrointestinais
-inatividade e restrições posicionais
-diminuição dos movimentos peristálticos
-diminuição da secreção gástrica
-alteração na hidratação (desequilíbrio hídrico)
-fecalomas
-náuseas
-perda de apetite
-constipação
-desconforto (cólicas e flatos)
(Nyland, 2006)

Conseqüências da
Imobilização

Efeitos sobre o sistema urinário

-estase urinária
-infecções
-diminuição da filtragem glomerular
-formação de cálculos renais

(Nyland, 2006)

Conseqüências Genéricas
da Imobilização
Agravamento do quadro álgico
Cinesiofobia
Ceticismo quanto à reabilitação
Depressão
Ansiedade
Resultados insatisfatórios
Aumento do custo de tratamento
Aumento da taxa de absenteísmo
Déficit funcional permanente
Custo para a previdência – Aposentadoria invalidez
Abandono das atividades físicas (lazer, competição)

90
Aspectos Preventivos
dos Efeitos Deletérios
da Inatividade
Hidratação tecidual
Reduzir e minimizar aderências
Estímulo à deposição de colágeno
Realinhamento das fibras do tecido de cicatrização
Estímulo ao remodelamento tecidual
Evitar retração cicatricial
Aumento do aporte sangüíneo, retorno venoso e linfático
Estimular contração ativa
Prevenção de atrofia e fraqueza muscular (instabilidade e
desequilíbrios musculares)

Aspectos Preventivos
dos Efeitos Deletérios
da Inatividade
Minimizar reabsorção de Ca++ ósseo
Favorecer ao retorno venoso
Evitar formação de edema
Prevenir atelectasias
Prevenir acúmulo de secreções
Prevenir contraturas
Prevenir infecções
Prevenir úlceras de decúbito
Manter mobilidade articular (mobilizações)

Estratégias Preventivas
dos Efeitos Deletérios
da Inatividade
Mobilização precoce (CPM, passiva, ativa, hidrocinesiotereapia)
Movimento de articulações adjacentes
Estabilização dinâmica
Progressão da descarga de peso (parcial-total, hidrocinesioterapia,
auxílios à marcha)
Movimentação funcional (mobilidade e fortalecimento muscular)
Exercícios aeróbicos (cicloergômetro de MMSS, bicicleta, esteira,
caminhada, hidrocinesioterapia)
Estimulação elétrica funcional
Orientações gerais aos familiares e cuidadores

91
LESÕES DO
MANGUITO ROTADOR

I SÍNDROME DO IMPACTO SUBACROMIAL


N
T
- Alto número de casos
R
O - Dor e disfunção
D
U - Apresentação clínica confusa
Ç
Ã
O

I POSIÇÃO FUNCIONAL DO MEMBRO SUPERIOR

N
T
R
O
D
U
Ç Área Crítica: “Quando o supra-espinhal
à passa sob a borda anterior do acrômio e
O articulação acromioclavicular ”
(Neer, 1983)

92
I
N Relação estreita
T
R entre o arco
O coracoacromial
D
U e estruturas
Ç subacromiais
Ã
O

I “Melhor que pensar nestas estruturas


individualmente é entender esta relação
N e perceber que duas ou mais delas podem
T estar envolvidas” (Neer, 1983)
R
O - Entendimento e conhecimento da
D patofisiologia das lesões do manguito
rotador para opções terapêuticas
U
Ç “Se o tratamento for negligenciado ou
à ineficiente uma patologia mais severa e
O debilitante pode desenvolver-se”
(Jobe & Kvitne, 1989)

H
I Meyer, 1931
S
T Rupturas do manguito rotador
Ó secundárias ao atrito sob
R o acrômio
I
C
O

93
H
I Codman, 1934
S
T “ZONA CRÍTICA”
Ó Porção manguito rotador
R
I localizada a 1 cm de sua inserção
C do supra-espinhal
O

H
I Armstrong, 1949
S
T “SINDROME DO SUPRA-ESPINHOSO”
Ó Acromionectomia Total
R
I
C
O

H
I McLaughlin &
S Arherman, 1951
T
Ó
R Acromionectomia Lateral
I
C
O

94
H
I Neer, 1972
S
“SÍNDROME IMPACTO SUBACROMIAL”
T
Ó Entidade clínica distinta
R
Manguito Rotador colide contra
I o arco coracoacromial
C
O Área lesada: inserção do supra-espinhal

D Afecção
E
F microtraumática
I de repetição e
N degenerativa
I
Ç
Ã
O

B 30º iniciais de rotação escapular


I Trapézio (parte descendente)
O Serrátil Anterior
M Últimos 30º Trapézio (parte ascendente)
E Serrátil Anterior
C Serrátil Anterior e Trapézio rodam
 superiormente a escápula mantendo
espaço subacromial acima de 90º de
N flexão anterior
I “Apropriado ritmo e função entre estes
C músculos necessita ocorrer para evitar
A a síndrome do impacto subacromial”
(Kibler, 1998)

95
B Quando músculos do Manguito Rotador
I e Deltóide se contraem criam forças
compressivas e de cisalhamento.
O
M
E Músculos agem perpendicularmente
C
 ESTABILIZAÇÃO CABEÇA UMERAL
N
I Músculos que agem paralelamente
C
A CISALHAMENTO

B
I
O
M GRANDE FORÇA DE
E CISALHAMENTO SUPERIOR
C
Â
N IMPACTO
I
C
A

Deltóide e Supra-espinal agem em


B sincronismo durante a elevação do ombro
I
O “uma força de cisalhamento inferior é
M necessária para resistir ao deslocamento
E superior” (Inman e cols., 1944)
C
FUNÇÃO NORMAL
 DO OMBRO
N
I
C EQUILÍBRIO ENTRE FORÇAS
A SINERGISTAS E OPOSTAS

96
LESÕES DO
E MANGUITO ROTADOR
T
I
O FATORES FATORES
L INTRÍNSECOS EXTRÍNSECOS

O
G
I PRIMÁRIOS SECUNDÁRIOS
A (Bigliani & Levine, 1997)

CARACTERÍSTICAS DO ESPAÇO SUBACROMIAL


E Tecidos moles situados entre duas estruturas
T rígidas que se movem e qualquer
I anormalidade pode levar à lesões
SUPRA-ESPINHAL

O BOLSA
SUBACROMIAL
LIGAMENTO
CORACOACROMIAL

L
ACRÔMIO

PROCESSO
CORACÓIDE

O
SUPRAESPINHAL

TUBÉRCULO MAIOR LIGAMENTO


CORACOUMERAL

G
INFRA-ESPINHAL
SUBESCAPULAR

REDONDO

I
MENOR
BÍCEPS DO BRAÇO
(PORÇÃO LONGA)

A SUBESCAPULAR

E FATORES INTRÍNSECOS
T
I FRAQUEZA MUSCULAR DO MANGUITO ROTADOR

O
L “O impacto ocorre como resultado do
O enfraquecimento do manguito rotador
e a alteração patológica no tendão do
G supra-espinhal ocorre primariamente
I como sobrecarga de tensão”
A (Nirschl, 1989)

97
E FATORES INTRÍNSECOS
T
I USO EXCESSIVO DO MEMBRO SUPERIOR
O O uso excessivo pode levar à inflamação dos
L tecidos moles, aumentando a área por eles
O ocupada no espaço subacromial
G
I
A FRICÇÃO E DESGASTE CONTRA
O ARCO CORACOACROMIAL

E FATORES INTRÍNSECOS
T
I TENDINOPATIA DEGENERATIVA
O “A degeneração do tendão é a causa primária
L das rupturas parciais do manguito rotador,
O as quais permitem migração proximal da
G cabeça umeral, resultando em colisão e
rupturas completas”
I (Ogata & Uhthoff, 1990)
A

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T FORMA DO ACRÔMIO
I
O “Variações no formato e na inclinação da
face anterior do acrômio estão associadas
L ao impacto e rupturas do manguito rotador”
O (Neer, 1972)

G
I “Maior prevalência de rupturas está
associada ao acrômio tipo III”
A (Bigliani,1996)

98
FATORES EXTRÍNSECOS
E
T FORMA DO ACRÔMIO
I
O
L
O
G
I TIPO I TIPO II TIPO III
A PLANO CURVO GANCHOSO

(Jobe, 1990)

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T “OS ACROMIALE”
I
O Representa uma epífise distal não fundida
L
O
G Hipermóvel ela pode se inclinar
I anteriormente devido à sua ligação
A ao ligamento coracoacromial

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T LIGAMENTO CORACOACROMIAL
I
FONTE DE IMPACTO
O
L
BRAÇO EM FLEXÃO ANTERIOR EM 90º
O E ROTAÇÃO INTERNA
G
I
MANGUITO ROTADOR
A PORÇÃO LONGA BÍCEPS
CONTRA A BORDA LATERAL DO LIGAMENTO

99
FATORES EXTRÍNSECOS
E
T CHOQUE CORACÓIDE
I
O Condição menos comum
L
O Ocorre na face mais medial do arco
coracoacromial
G
I
A

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T DEGENERAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR
I
O “A degeneração desta articulação pode
L contribuir para o impacto, uma vez que os
O osteófitos se projetam inferiormente
a partir desta articulação, lesando
G o manguito rotador”
I (Neer, 1972)
A

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T INSTABILIDADE GLENOUMERAL
I < INSTABILIDADE
O
L AJUSTE NA MECÂNICA DO MOVIMENTO
O
G IMPACTO SECUNDÁRIO

I “Ao se tratar de jovens atletas é


A imperativo descartar a instabilidade
como fonte primária do problema”
(Jobe e cols., 1989)

100
FATORES EXTRÍNSECOS
E
T ESTABILIDADE ESCAPULOTORÁCICA
I
O “A fraqueza de um músculo ou de grupos
L musculares pode contribuir para a perda de
O estabilidade funcional da escápula,
G a qual afeta diretamente a função
da musculatura glenoumeral”
I (Wilk e cols., 1997)
A

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T ESTABILIDADE ESCAPULOTORÁCICA
I
O “O movimento escapular anormal é
L tido como a causa potencial de disfunção
O mecânica levando ao impacto”
(Ludewing e cols., 1996)
G
I
A

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T ESTABILIDADE ESCAPULOTORÁCICA
I
O “O movimento anormal da escápula é
L devido à fraqueza ou controle neuromuscular
O impróprio do serrátil anterior, bem como
das porções superior e inferior do trapézio”
G (Perry, 1988)
I
A

101
FATORES EXTRÍNSECOS
E
T ALTERAÇÕES POSTURAIS
I
O “Uma cifose torácica e postura associada
L em direção anterior da cabeça são
também creditadas em produzir movimento
O escapular anormal com subsequente impacto
G devido às múltiplas conexões
I entre a coluna vertebral e a escápula”
A (Kaebeatse e cols., 1999)

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T TENSÃO CAPSULAR
I
O “Rigidez capsular posterior parece ser um
L problema mecânico comum na
O síndrome do impacto”
G (Warner e cols., 1990)

I
A

FATORES EXTRÍNSECOS
E
T TENSÃO CAPSULAR
I
O “Tensão capsular assimétrica causa
L migração anterior e superior da
O cabeça umeral durante a
G elevação anterior levando ao impacto”
(Keirns, 1994)
I
A

102
FATORES EXTRÍNSECOS
E
T TENSÃO CAPSULAR
I
O “Rigidez capsular leva a um início precoce
L ou a um grau maior de compressão
O subacromial, dor ou limitação funcional,
particularmente em planos elevados
G de movimentos”
I (Matsen & Arntz, 1990)
A

CAUSAS
FUNCIONAIS
DO IMPACTO

ALTERAÇÕES CICLO DO ELEVAÇÃO DA


ESTRUTURAIS CABEÇA UMERAL
DO IMPACTO IMPACTO

ESPAÇO
SUBACROMIAL
COMPROMETIDO

Fase 1: edema e hemorragia


uso excessivo do ombro
pessoas com menos de 25 anos
F Fase 2: fibrose e tendinopatia
A episódios repetidos de inflamação
S pessoas entre 25-40 anos
dor recidivante
E
S Fase 3: lesão manguito, rupturas
alterações ósseas
pessoas acima de 40 anos
lesões parciais ou completas
(Neer, 1983)

103
TRATAMENTO
T CONSERVADOR
R
A
1ª OPÇÃO
T DE ESCOLHA
A
M
E CURA
N
T REPOUSO FISIOLOGIA
ADEQUADO REFORÇO ARTICULAR
O MANGUITO

T “A maioria dos pacientes com Síndrome do


R Impacto Subacromial melhoram com
A tratamento conservador ”
(Butters & Rookwood, 1988; Neer, 1983)
T
A - Dependente da fase
M - Específico para cada etiologia
E
N DEPRESSÃO DA
CABEÇA UMERAL

T FOCO FACILITAÇÃO DA CURA DOS


TECIDOS SUBACROMIAIS
O

T FASE 1
R
- Repouso do membro
A
T - Uso de AINE e infiltração
A - Educação paciente
M
REPOUSO
E PROCESSO +
INFLAMATÓRIO PROTEÇÃO
N
T EVITAR ATIVIDADES
O QUE CAUSAM DOR

104
T MEDIDAS
ANALGÉSICAS
R
A
T
A
M
E
N
T
O

T FASE 2
R
A - Tratamento prolongado
T - 80% bons resultados
A
- Medidas analgésicas
M
E - Educação paciente
N - Reforço muscular baseado
T na fisiologia articular
O

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

105
T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

ALONGAMENTOS
T
R TENSÃO
CAPSULAR
A
T
A PROBLEMA
M MECÂNICO COMUM
E
N
INDIVÍDUOS QUE EVITAM ATIVIDADES DOLOROSAS
T COM MS PERDEM A CAPACIDADE DE ALONGAR
O TECIDO CONECTIVO CAPSULAR

(Akeson e cols., 1980)

106
T
R “Tensão capsular e conseqüente mobilidade
articular restrita impede o deslizamento da
A cabeça umeral em direção oposta”
(Maitland, 1994)
T
A
M “Restrição no deslizamento da cabeça umeral
E ocasiona um início precoce ou um maior grau
de compressão subacromial, dor ou limitação
N funcional, particularmente em planos mais
T elevados de movimentos”
(Matsen & Arntz, 1990)
O

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

T FASE 3
R
IMPOTÊNCIA FUNCIONAL
A
TEMPO MÉDIO: 6 MESES
T
A ORIENTAÇÕES DOMICILIARES
M
E RUPTURAS
PARCIAIS
35% DE BONS RESULTADOS

N TRATAMENTO SEMELHANTE FASE 2

T RUPTURAS TRATAMENTO CIRÚRGICO ELETIVO


DEPENDENDO DA IDADE E
O TOTAIS MOTIVAÇÃO DO PACIENTE

107
T PÓS-OPERATÓRIO NAS LESÕES
R DO MANGUITO ROTADOR
A
T 15 DIAS P.O.
A - Medidas analgésicas
M
E - Mobilizações
N GLENOUMERAL
T ESCAPULOTORÁCICA

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

108
EXERCÍCIOS EM PISCINA TÉRMICA
T
R
A
T
A PROPRIEDADES FÍSICAS DA ÁGUA
M
E
N ANALGESIA
RELAXAMENTO MUSCULAR
T ADM
O DIMINUIÇÃO TECIDO CICATRICIAL
MANUTENÇÃO DO TÔNUS MUSCULAR

T 3ª / 4ª SEMANAS
R
A - Medidas analgésicas
T
- Mobilizações
A
GLENOUMERAL
M ESCAPULOTORÁCICA
E
N - Exercícios para ADM final
T
O - Exercícios isométricos

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

109
T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

T
R APÓS 30 DIAS
A
T
- Exercícios resistidos
A
M - Alongamentos globais
E
N
T
O

OMBRO DO ATLETA

110
I INFLUXO CRESCENTE DE
INFORMAÇÕES SOBRE
N O OMBRO DO ATLETA
T
R POPULAÇÃO MAIS CONSCIENTE
SOBRE PRÁTICA ESPORTIVA
O
D
U EVIDÊNCIA E VALORIZAÇÃO
DA ATIVIDADE ATLÉTICA
Ç
Ã
O AUMENTO DO NÚMERO DE LESÕES

I OBJETIVOS NA MEDICINA ESPORTIVA


N
T
R A
O N PREVENÇÃO DA
D T RECORRÊNCIA
U E DA LESÃO
Ç S
Ã
O

OBJETIVOS NA MEDICINA ESPORTIVA


I
N
T
R H NÍVEL DE
O CONHECIMENTO
O
D
U J
Ç E EXPECTATIVA TECNOLOGIA
à DO ATLETA DISPONÍVEL

111
I OBJETIVOS NA MEDICINA ESPORTIVA
N
T Estudar o desempenho
R e correlacionar as
O patologias aos
D
U erros na técnica
Ç
Ã
O

I
N DESAFIO
T ATLETAS QUE PARTICIPAM DE ATIVIDADES
QUE EXIJAM POSICIONAMENTO DO
R MEMBRO SUPERIORACIMA DA CABEÇA

O Apresentam hipermobilidade resultante lassidão capsular


D A lassidão permite executar o engatilhamento
U
Ç
à SAQUE
ATIVIDADES
BRAÇADA
NO TÊNIS NA NATAÇÃO
O DE ARREMESSO

I
N O MANGUITO ROTADOR CONTRAI E MANTÉM
T A COMPRESSÃO GLENOUMERAL
R
O ESTABILIZADOR DINÂMICO
D
U IMPEDE O EXCESSIVO DESLOCAMENTO
Ç DA CABEÇA UMERAL DURANTE
MOVIMENTOS DO BRAÇO
Ã
O

112
I ATLETA
N
ATIVIDADES DE NATUREZA REPETITIVA
T
R INFLAMAÇÃO DO MANGUITO ROTADOR
O
D EM CASOS CRÔNICOS
U
DIMINUIÇÃO EFICIÊNCIA MUSCULAR
Ç
POBRE ESTABILIDADE DINÂMICA
Ã
O AUMENTO DESLOCAMENTO CABEÇA UMERAL

INSTABILIDADE FUNCIONAL

I OMBRO DO ATLETA
N
T ESTABILIDADE
FUNCIONAL INSTABILIDADE
R
O
D INSTABILIDADE LASSIDÃO
U
Ç CÁPSULA CÁPSULA
à HIPERMÓVEL HIPOMÓVEL
O
(Wilk,1994)

B
I
O
M “As forças geradas e a energia usada
E em atividades atléticas são muito
C maiores que aquelas produzidas por
 determinada musculatura do
N ombro agindo sozinha”
I (Perry, 1983)
C
A

113
B ATIVIDADES DE ARREMESSO
I
O
Atividade atlética mais estudada
M Maior quantidade de dados documentados
E
C
 Pequenas modificações tornam o
N movimento do membro superior,
I acima da cabeça, semelhante
C ao de outros esportes
A

TESE CENTRAL DO ARREMESSO


B
I “O arremessador usa de seu peso corporal
O e de grandes grupos musculares para gerar
M energia cinética transmitida
através de seu ombro para
E o objeto ser lançado”
C (Jobe e cols., 1983)
Â
N
I
C
A

B
I A LESÃO PODE ACONTECER
O
M
E
C MECÂNICA INADEQUADA EXIGINDO MAIOR
FORÇA MUSCULAR PARA LANÇAR O OBJETO
Â
N
I INADEQUADA DISSIPAÇÃO DE ENERGIA COM
C CONSEQÜENTE RETENÇÃO NOS TECIDOS
PERIARTICULARES
A

114
B FASES DO ARREMESSO
I
O 1 - PREPARAÇÃO
M Flexão do membro superior com a
E bola nas mãos
C
Atividade
 muscular mínima
N com pequena
I rotação interna e
abdução
C
A

B FASES DO ARREMESSO
I
O 2 - ENGATILHAMENTO INICIAL
M Período de abdução e rotação externa
E que se inicia quando a bola é liberada
da mão não dominante
C
 Ativação inicial do
N deltóide e no final
do supra-espinhal,
I infra-espinhal e
C redondo menor
A

B FASES DO ARREMESSO
I
O 3 - ENGATILHAMENTO FINAL
M Inicia quando o pé anterior toca o solo e
E termina com o ombro em máxima rotação
externa
C Pico de atividade
 do SE, IE, RM;
N disparo do
subescapular,
I peitoral maior,
C grande dorsal,
A serrátil anterior e
bíceps

115
B FASES DO ARREMESSO
I
O 4 - ACELERAÇÃO
M Inicia com a postura anterior e continua
E até a liberação da bola
C
 Conversão da
N função
muscular
I
C
A

B FASES DO ARREMESSO
I
O 5 - DESACELERAÇÃO
M Fase mais violenta
A energia não liberada é dissipada pelo corpo
E
Inicia –se com a liberação da bola e termina
C com o úmero em rotação neutra
Â
N Maior carga sobre
I a articulação
C
A

B FASES DO ARREMESSO
I
O 6 - ACOMPANHAMENTO
M Fase de reequilíbrio onde o corpo move-se
E anteriormente acompanhando o movimento
do braço
C
 > atividade EMG,
o manguito
N rotador, deltóide
I e bíceps contraem
C excentricamente
A

116
B ATIVIDADE: ARREMESSO
I
CONTRAÇÃO MUSCULAR ADEQUADA
O
M POSICIONAMENTO ESCAPULAR
E
AÇÃO MANGUITO ROTADOR
C CENTRALIZAÇÃO DA CABEÇA UMERAL
Â
N ESTABILIZADORES ESTÁTICOS
CONTENÇÃO DO MOVIMENTO
I
C MELHORA DO DESEMPENHO
A (Jobe e cols., 1984)

“O atleta apresenta um ombro saudável,


E mas que trabalha em um nível
T elevado de estresse”
I
O NÍVEL DE TOLERÂNCIA É EXCEDIDO
L
O
G LESÃO
I
A

E
TIPOS DE LESÕES
T
I *MACROTRAUMA*
O súbita lesão com conseqüente fratura,
L lesão tecidual ou luxações
O
*MICROTRAUMA*
G mais comum e freqüentemente conhecido
I como Síndrome do Uso Excessivo
A
(Jobe & Jobe, 1983)

117
MICROTRAUMA DE
E USO EXCESSIVO
T
I
BALÍSTICA NATUREZA
O ROTAÇÃO INTERNA REPETITIVA
L +
ABDUÇÃO DOS ESPORTES
O
G
I ARREMESSO
A Tênis / Vôlei / Handball / Natação

E
T “O agravamento da lesão pode
I
O acontecer se a musculatura
L estiver tensa ou descondicionada
O e se também existir falha
G na técnica esportiva”
I (Halbach & Tank, 1983)
A

POSICIONAMENTO
E DO MEMBRO
T SUPERIOR
I +
DOR
O
L
O IMPACTO
G TUMORES
FRATURAS
I PROBLEMAS VASCULARES
PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
A INSTABILIDADE GLENOUMERAL
LESÕES DO MANGUITO ROTADOR
PROBLEMAS ACROMIOCLAVICULARES

118
“Os jogadores de tênis podem irritar o
manguito rotador durante a fase de
E acompanhamento ao permitirem que
T a raquete gire seus ombros em
I rotação interna e extensão”
O
L DEIXAR QUE A RAQUETE TERMINE O
MOVIMENTO SOBRE A CABEÇA NA
O FRENTE DO CORPO
G
I
A
(Halbach & Tank, 1983)

“A mecânica das braçadas do estilo livre,


E costas e borboleta são semelhantes,
T porque resultam em repetidas abduções
I e rotações internas durante a fase de
O recuperação podendo levar à
síndrome do impacto”
L (Johnsons, 1988)
O
G
I
A

“Quando o braço está aduzido ao lado do


E corpo durante a última fase da puxada,
T a microvascularização está esmagada no
I centímetro distal dos tendões do bíceps
O e supra-espinhal”
L
O DIMINUIR A ROTAÇÃO INTERNA DO BRAÇO
G QUANDO ESTE ENTRA NA ÁGUA:
- o polegar não deve tocar inicialmente
I - aumentar a rolagem do corpo no estilo livre e costas
A - aumentar o levantamento do corpo no estilo borboleta
(Penny & Welsh, 1981)

119
“Os levantadores de peso têm tendência às
tendinopatias ao enfatizarem os músculos
E peitorais e deltóide, negligenciando
T os pequenos rotadores externos”
I “O super desenvolvimento do
tórax resulta em rotação escapular
O e protusão de ombros alterando a
L mecânica da elevação glenoumeral
O requerendo maior rotação externa
para posições acima da cabeça.”
G
I A CORREÇÃO VISA FORTALECER OS
A ROTADORES EXTERNOS E ADUTORES,
BEM COMO ALONGAR OS ROTADORES
INTERNOS TENSOS (Halbach & Tank, 1983)

IMPACTO GLENOUMERAL PÓSTERO-SUPERIOR


E
T “Em um ombro estável e normal é possível
I o contato da tuberosidade com a glenóide”
(Jobe & Iannotti, 1995)
O
L “Em atletas de arremesso movimentos
repetitivos e extremos de abdução
O e rotação externa resultam em contato
G da glenóide superior e posterior com
I o supra-espinhal, infra-espinhal e
A região posterior da cabeça umeral”
(Jobe & Sidles, 1998)

IMPACTO GLENOUMERAL PÓSTERO-SUPERIOR


E
T
I “O atleta se queixará de dor na região
posterior do ombro durante o
O engatilhamento final e no início
L da aceleração.
O Como ele não roda seu ombro
G completamente, a velocidade de
lançamento da bola será menor”
I (Meister, 2000)
A

120
INSTABILIDADES
E
T SECUNDÁRIA À MICROTRAUMA
I
O FALHA NA TREINAMENTO FRAQUEZA
L MECÂNICA EXCESSIVO MUSCULAR

O
FADIGA OU FALHA
G CAPSULAR ANTERIOR
I
A AUMENTO NA TRANSLAÇÃO
ANTERIOR GLENOUMERAL

E
T
I
LESÕES SECUNDÁRIAS
À INSTABILIDADE
X FORÇAS PRIMÁRIAS
DO ARREMESSO

O TRATAMENTO EFICAZ
L
O
X
TRATAMENTO DA
INSTABILIDADE
PATOLOGIA
G PRIMÁRIA NEGLIGENCIADA

I
A RECORRÊNCIA DA LESÃO
(Martin & Garth, 1995)

INSTABILIDADES
E
T SECUNDÁRIA À LASSIDÃO
I LIGAMENTAR GENERALIZADA
O
L Hiperextensão em outras articulações
O Aumento simétrico e bilateral da
G lassidão no ombro
I Arremesso da bola com maior velocidade,
A entretanto a longo prazo, apresentará
grande risco de lesão

121
INSTABILIDADES
E
T SECUNDÁRIA A UM TRAUMA
I
O
L Evento agudo traumático
O
G levando a um padrão
I unidirecional de instabilidade
A

LESÕES ACROMIOCLAVICULARES
E
T
I
MECANISMO
O
DE LESÃO
L
O
G QUEDA COM O
BRAÇO ADUZIDO
I
A

LESÕES ACROMIOCLAVICULARES
E
T CLASSIFICAÇÃO
I
não há frouxidão ou perda na
O GRAU I
continuidade ligamentar
L
O
G
I
A

122
LESÕES ACROMIOCLAVICULARES
E
T CLASSIFICAÇÃO
I
ruptura do ligamento
O GRAU II acromioclavicular
L
O
G
I
A

LESÕES ACROMIOCLAVICULARES
E
T CLASSIFICAÇÃO
I
separação completa dos li-
O GRAU III gamentos acromioclavicular
L e coracoclaviculares
O
G
I
A

PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
E
T SÍNDROME DO ESPAÇO QUADRILATERAL
I
Compressão do nervo axilar durante abdução e
O rotação externa do ombro
L
O “Pode ser observado aumento
da sensibilidade no espaço e
G no redondo menor, bem como
I atrofia do mesmo”
A (Linker e cols., 1993)

123
PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
E
T COMPRESSÃO DO NERVO SUPRASCAPULAR

I
O Normalmente se evidencia a atrofia do infra-espinhal

L “A modificação das AVDs e


O a Fisioterapia levaram a
bons resultados em 80% dos
G pacientes que foram tratados
I conservadoramente”
(Martin & Garth, 1995)
A

PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
E
T LESÃO DO NERVO TORÁCICO LONGO
I OU ACESSÓRIO

O
Podem resultar em disfunção escapular
L
Funções da escápula na função do ombro do atleta
O - base estável para articulação glenoumeral
G - protusão e retração do complexo do ombro
I - base para fixação muscular
- elevação do acrômio
A - elo de transferência de forças do tronco para o braço
(Kibler, 1998)

CONCEITOS
NA REABILITAÇÃO
DO OMBRO DO ATLETA

124
R MOVIMENTAÇÃO PRECOCE
E “O movimento imediato minimiza o efeito
A deletério da imobilização”
(Akeson, Woo e Amiel, 1973)
B
I “Ao permitir movimentos controlados, os
mecanorreceptores articulares tipo I e II
L são ativados agindo nas pré-sinapses
I inibindo a transmissão de dor para o
T nível medular”
(Melzack & Torgerson, 1971)
A
Ç “Os pacientes se sentirão melhor e terão o
controle da cabeça umeral mais rápido,
à além de diminuir a necessidade de
O medicação prolongada”
(Wilk, 1994)

R MOVIMENTAÇÃO PRECOCE
E
A “O movimento precoce assiste a dissociação
B da musculatura glenoumeral e previne a
substituição dos músculos escapulares
I para elevar o braço”
L (Wilk & Arrigo, 1992)
I
T
A
Ç
Ã
O

R MOVIMENTAÇÃO PRECOCE
E
A “A mobilização articular restaura a
B mobilidade normal através do
movimento de uma superfície
I articular sobre a outra”
L (Maitland, 1978)
I
T
A
Ç
Ã
O

125
R EXERCÍCIOS RESISTIDOS
E
A “Os exercícios isométricos, isotônicos e
isocinéticos podem ser usados para aumentar
B força, potência e resistência muscular”
I (Halbach & Tank, 1993)
L Princípios de treinamento que devem ser observados:
I
T PRONTIDÃO
A ESPECIFICIDADE
Ç SOBRECARGA
à PROGRESSÃO
O TREINAMENTO

R EXERCÍCIOS DE FLEXIBILIDADE
E “A falta de flexibilidade pode também criar
A uma biomecânica anormal no complexo
B do ombro”
(Kibler, 1998)
I
L ALONGAMENTO DAS
ESTRUTURAS ANTERIORES
I INSTABILIDADE

T SUBLUXAÇÃO

A LASSIDÃO MICROTRAUMA

Ç IMPACTO

à FADIGA OU FRAQUEZA
MUSCULAR LESÃO MANGUITO
O
(Pink & Jobe, 1996)

T
R
A
T
A
M
E
N
T
O

126
R TREINAMENTO MUSCULAR DINÂMICO
E “A propriocepção contribui para a programação
motora do controle neuromuscular requerido para
A a precisão dos movimentos e também para o
B reflexo muscular fornecendo a estabilidade
I articular dinâmica”
(Lephart et al, 1997)
L
I LESÃO
DÉFICITS
LIGAMENTAR
T PROPRIOCEPTIVOS
LESÃO
A REPETITIVA
INSTABILIDADE

Ç DIMINUIÇÃO
INSTABILIDADE
à FUNCIONAL CONTROLE
NEUROMUSCULAR
O
(Lephart & Henry, 1999)

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

127
R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

128
R
E EXERCÍCIOS EM CADEIA CINÉTICA FECHADA
A
B
I “Estes exercícios são úteis ao favorecer
L forças de aproximação articular que
I promovem co-contração dos músculos
T periarticulares e fornecem
A estabilidade articular”
(Wilk & Arrigo,1993)
Ç
Ã
O

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

R EXERCÍCIOS EXCÊNTRICOS
E
A “A habilidade do atleta em desacelerar
o braço é um importante componente na
B prevenção de lesões no esporte”
I (Wilk & Arrigo, 1993)
L MÚSCULOS POSTERIORES OMBRO
I +
FLEXORES COTOVELO
T
A
Ç ALONGAREM ENQUANTO RESISTEM À CARGA
Ã
O DIMINUIR A VELOCIDADE DO MOVIMENTO

129
R TREINAMENTO PLIOMÉTRICO
E
A “Referem-se a um rápido e poderoso
B movimento envolvendo um pré- alongamento
I do músculo e deste modo ativando o ciclo de
alongamento-contração”
L
(Chu, 1984)
I
T “ A adaptação dos princípios pliométricos
A podem ser usados para aumentar a
Ç especificidade do treinamento em esportes
que requeiram uma força muscular máxima
à em um período mínimo de tempo”
O (Wilk et al ,1993)

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

R
E
A
B
I
L
I
T
A
Ç
Ã
O

130
R RETORNO À ATIVIDADE
E
A “É importante que o atleta não progrida
B para o próximo nível de atividade até
I que o anterior esteja devidamente
L assintomático”
(Halbach & Tank,1993)
I
T
A “É importante adaptar a atividade e fazer
Ç modificações apropriadas no movimento
de forma a não predispor à recorrência
à da lesão ”
O (Perry, 1983)

“O ombro do atleta tem que ser


capaz de um desempenho
máximo no esporte”

Caso Clínico

M.G.R., nadador, 18 anos, com história


de síndrome do impacto ombro E, há
seis meses. Impossibilitado de realizar
treinamento, no momento, por dor
intensa nos movimentos dos MMSS
acima da cabeça.

AVALIAÇÃO: - Discinesia escapular


- Limitação ADM MSE
- Força muscular diminuída MSE
- Encurtamento muscular rotadores mediais
ombro protruso

131
Caso Clínico
METAS: melhorar o padrão de ativação muscular
escapular (ritmo escapuloumeral)
melhorar a mobilidade articular (exercícios
funcionais - estilo peito)
fortalecer estabilizadores da escápula (melhora
da postura, dor e retomada da função)
aumentar flexibilidade do ombro E (testes de
encurtamento muscular normal)
manter o condicionamento cardiorrespiratório

PLANO: - Alongamento passivo para os rotadores mediais


- Orientação alongamentos domiciliares
- Exercícios ativo resistido para serrátil anterior,
rombóides e trapézios
- Treino somente no estilo peito
- Treino na esteira

Caso Clínico

EXECUÇÃO: 4-5 vezes por semana


- Alongamento passivo (4x20s)
- Orientação alongamentos domiciliares
- Exercícios ativo resistido (iniciar com pouca carga e
grande número de repetições)
- Treino aeróbico (iniciar 30`)
- Treino funcional estilo peito (lento - 1H)

AVALIAÇÃO: 3ª semana
- Melhora da mobilidade
- Ombros alinhados
- Ausência de dor
- Melhora da força muscular

Caso Clínico

MODIFICAÇÃO E ADEQUAÇÃO DO PLANO:


- Alongamento ativo (4x20s)
- Orientação alongamentos domiciliares
- Intensificação dos exercícios ativo resistido
- Exercícios pliométricos
- Treino funcional todos estilos
- RETOMADA DO NÍVEL DE TREINAMENTO PARA
COMPETIÇÃO (progressão da resposta funcional)

132
Progressão Funcional

Especificidade - atividades que simulem as AVD

Condições relacionadas ao retorno da função

Pré-requisitos para progressão:


-Resolução do quadro álgico
Equilíbrio
-ADM funcional
Estabilidade articular
-Força muscular adequada à tarefa Coordenação motora
Resistência à fadiga
-Ausência de compensações

(Nyland, 2006)

Metas Gerais da
Reabilitação Funcional
Correção das falhas mecânicas identificadas no
exame físico e durante o processo de reabilitação

Restauração da cinemática do complexo articular


do ombro

Restabelecimento da função típica

(Rubin, 2009)

Função

Função intrínseca
-Processos internos dos sistemas corporais
-Função Fisiológica
-Função Biomecânica
-Função neuromuscular

Função extrínseca
-Movimentos resultantes ou resultados dos processos
internos

(Rubin, 2009)

133
Função Intrínseca

Função Fisiológica
-Processos de cicatrização
-Resposta tecidual

Função Biomecânica
-Cinemática/Cinética
-Sinergismos

Função Biomecânica
-Níveis do controle motor / reaprendizado

(Rubin, 2009)

Função Extrínseca

Integração fisiológica, biomecânica e neuromuscular


sistêmica

Controle do movimento
-Específico
-Intencional
-Sinérgico

Metas Pós operatório da


Reabilitação Funcional
Controle do quadro álgico
-Postura antálgica
-Compensações

Proteção (repouso) articular no processo de


reparo tecidual

Restauração da mobilidade articular


Restauração da capacidade de resposta muscular

RESTABELECIMENTO DOS PARÂMETROS


ANATÔMICOS E FISIOLÓGICOS

134
Metas Pós operatório da
Reabilitação Funcional
Restauração da Função
-Reparo e cicatrização tecidual
-Alinhamento dos segmentos corporais
-Senso do posicionamento articular
-Ativação muscular (latência)
-Sinergismo / cocontrações
-Controle do movimento

ESTABILIDADE DINÂMICA

Cadeias Cinéticas

Série de conexões ativadas sequencialmente em um


aparato segmentar integrado para transmitir e gerar
forças

MOVIMENTO FUNCIONAL

Considerações na
Reabilitação Funcional
Dor
ADM
Posicionamento escapular
Estabilidade intersegmentar
Alinhamento posturals
Sinergismos e cocontrações
Progressão dos exercícios funcionais
Qualidade X Quantidade dos movimentos
Condicionamento físico

135
Dor

Recursos terapêuticos
Proteção (repouso) articular
Movimentação passiva
Posicionamento articular
Estabilização segmentar
Fármacos (quando necessário)
Controle da resposta inflamatória
Bloqueio / Infiltrações(???)
ORIENTAÇÕES DOMICILIARES E CUIDADORES

Dor

DOR ARTICULAR NÃO DEVE ESTAR PRESENTE


Reabilitação deve ocorrer relativamente na ausência
de dor
Se houver dor durante a cinesioterapia:
-Resposta inflamatória exacerbada
-Exercícios errados ou no tempo inadequado
-Compensações

Dor

Estabelecimento de procedimentos Fisioterapêuticos:


-Estabelecimento de expectativas
-Orientações domiciliares
-Progressão do programa de exercícios
-Encaminhamento quando necessário
-Utilizar de parâmetros para avaliação objetiva
-NÃO SUBESTIMAR O RELATO DO PACIENTE

136
Dor

Estabelecimento de procedimentos Fisioterapêuticos:


-Estabelecimento de expectativas
-Orientações domiciliares
-Progressão do programa de exercícios
-Encaminhamento quando necessário
-Utilizar de parâmetros para avaliação objetiva
-Análise das condições do “sítio” cirúrgico e regiões
adjacentes
-NÃO SUBESTIMAR O RELATO DO PACIENTE

ADM

Posicionamento articular
Imobilização X Proteção articular
Cinesioterapia passiva ou assistida (se possível)

Estabilidade Intersegmentar

Capacidade de controlar o posicionamento do tronco,


cíngulo pélvico e MMII para permitir uma produção e
transmissão de forças no movimento executado para
controle integrado da atividade dos MMSS

Fortalecimento da região lombopélvica


-Estabilidade proximal Mobilidade distal
-Integração dos cíngulos pélvico, peitoral e escapular

ESTABILIDADE DO TRONCO

137
Estabilidade Intersegmentar

Posicionamento Escapular

Controle da dor
Manutenção do espaço subacromial
Sinergismo manguito rotador
Restabelecimento dos pares de força
Alinhamento segmentar e corporal

Progressão dos Exercícios

Baseada na aquisição de função


Controle do movimento
Reaprendizado motor
-Idade
-Motivação
-Habilidades
-Capacidade de concentração (Foco)

138
Progressão dos Exercícios

Qualidade do movimento > Quantidade de movimento


-Controle postural
-Padrões de movimentos apropriados
-Evitar fadiga e compensações
Foco no controle maior do que no número de repetições
Iniciar com trabalho de resistência maior que sobrecarga
Iniciar com trabalho submáximo (60-80%)
Isométrico – Excêntrico – Concêntrico
Uso das cadeias cinéticas
Treino sensório motor

Progressão dos Exercícios

Condicionamento físico

“A Cinesioterapia é um método dinâmico de


prescrever o exercício de forma a prevenir ou
reverter os efeitos deletérios da inatividade,
visando a recuperação do indivíduo ao seu
estado de pré lesão.”

“A base de qualquer esforço de reabilitação


reside no fato do indivíduo poder retornar
a ter um desempenho físico efetivo e seguro”

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OBRIGADO

gerald.prof@newtonpaiva.br
geraldofsmoraes@gmail.com

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