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ACHADOS QUANTITATIVOS DO

EFEITO DA FBM NA MUSCULATURA


DA CABEÇA E PECOÇO

Hilton Justino da Silva . PhD


O USO DA
FOTOBIOMODULAÇÃO NOS
MÚSCULOS DA CABEÇA E
PESCOÇO: REVISÃO
INTEGRATIVA
Sara Loureiro de Souza Ferreira
Daniele Andrade da Cunha
Aline Natalia Simões de Almeida
Maria Deluana da Cunha,
Roberto Sávio de Assunção Bastos
Hilton Justino da Silva
Contato:
saraferreirafono@gmail.com
hiltonfono@hotmail.com
O USO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NOS MÚSCULOS DA CABEÇA E
PESCOÇO
• Fotobiomodulação
• Laserterapia
• Performance muscular
• Músculos de cabeça e pescoço
• Músculos mastigatórios

• Objetivo
• Revisão integrativa da literatura sobre o uso da
fotobiomodulação nos músculos de cabeça e pescoço
• Bases de dados
• Pubmed, Scopus, Web of Science, Lilacs e SciELO
• Entre junho e agosto de 2019
• Inclusão
• Adequação à pergunta de pesquisa
• Exclusão
• Pesquisas com animais, artigos com uso da
fototerapia com foco nas estruturas estáticas de
cabeça e pescoço, revisões de literatura, relatos de
casos, teses, dissertações e livros.
RESULTADOS E CONCLUSÃO
• 2003 a 2010 – 9 artigos;
ANO • de 2010 a 2019 – 35 artigos (79,5%)

• Brasil 63%; Turquia 13%; Irã 9%; Bulgária 4.5%; Suíça, Egito, EUA e Bélgica 2.2%.
PAÍSES

• Efeito Analgésico em 79,5%


OBJETI-
VOS
• DTM em 62,8%

• Infravermelho em 68,1%
λ

• Masseter e temporal 38,6%; apenas masseter 18,1%; músculos mastigatórios 18,1%; pontos gatilhos, trapézio, face, cervical e
LOCAL DE
IRRADIAÇÃO
laringe

RESULTAD • Melhora da dor, abertura de boca e diminuição da atividade elétrica


OS

• A fotobiomodulação tem sido utilizada na musculatura de cabeça e pescoço


principalmente para o tratamento da dor proveniente de disfunções
temporomandibulares. Não existe um protocolo de aplicação que defina os parâmetros
dosimétricos a serem utilizados, resultando em heterogeneidade de metodologias e de
resultados encontrados.
• É necessária diversificação dos objetos de estudo para consolidação do conhecimento
na área e finalmente definição de protocolos de utilização clínica desta ferramenta.
Distância do deslocamento do osso
hioide durante a deglutição pós
laserterapia e manobra de
Mendelsohn: Relato de caso.
Autores: Rodrigo Alves de Andrade, Eduarda Lopes
Honorato de Souza, Jamilly Henrique Costa da Silva,
Maria Deluana da Cunha, Daniele Andrade da Cunha,
Roberto Sávio de Assunção Bastos, Hilton Justino da
Silva, Maria das Graças Wanderley de Sales Coriolano

Universidade Federal de
Introdução
A deglutição é uma ação avaliada em fases: oral, faríngea e esofágica(1). A fase faríngea é
indiretamente influenciada pelo complexo hiolaríngeo, formado pela atividade dinâmica do
osso hioide, laringe e faringe, que juntos, através dos movimentos de elevação, anteriorização e
sustentação, agem de maneira contrátil na proteção das vias aéreas durante o ato de deglutir(2). Objetivo
Logo, alterações nesse complexo podem resultar na presença de sinais ou sintomas disfágicos.
Com o objetivo de estimular a elevação laríngea, a manobra de Mendelsohn torna-se uma Analisar a distância do deslocamento do osso
intervenção terapêutica elegível(3,4). Ainda, visando a possibilidade de potencializar o efeito hioide durante a deglutição de diferentes
da manobra por meio da bioestimulaçao em região supra-hióidea, é que o laser de baixa volumes de uma mesma consistência pós
potência é associado a execução do exercício(5,6). No entanto, os efeitos imediatos desta laserterapia associada a manobra de
associação na biomecânica da deglutição ainda não estão bem definidos. Mendelsohn.

Metodologia

O relato de caso faz parte de um estudo de intervenção aprovado em comitê de ética, sob o parecer de n° 3.388.959. Para analisar a distância
percorrida do osso hióide, do seu ponto de repouso à seu pico máximo, foi utilizado o ultrassom de língua, modelo DP 6600, já para a
aplicação do laser foi feito o uso do laser de baixa potência 250mW (3J) em cinco pontos diferentes, organizados por toda região supra-
hióidea, com o tempo de 12s em cada ponto. A participante foi submetida inicialmente a avaliação da distância do deslocamento do osso
hióide durante a deglutição de 5 e 10 ml de alimento pastoso (Iogurte Vigor), orientada a segurar o conteúdo na cavidade oral e deglutir ao
comando do avaliador, momento que a sonda ultrassonográfica estava posicionada verticalmente entre região submandibular e proeminência
laríngea; em seguida, foi realizado a aplicação do LBP e manobra de Mendelsohn, sendo esta realizada com 30 repetições, com intervalos de
1min a cada 10 repetições e com 2s de sustentação da manobra, por fim foi realizada a mesma avaliação feita inicialmente.

Descritores: Ultrassonografia, deglutição, laserterapia.


Resultados
Pré Intervenção Pós Intervenção
Consistência Pastosa Consistência Pastosa
5 ml 10 ml 5 ml 10 ml

Nº de 2 2 1 2
deglutições
Distância 0,13/0,13 0,14/0,14 0,14 0,18/0,16
percorrida (mm)

Figura 1. Aplicação do Laser de Baixa Potência em


região supra-hióidea.
Conclusão
Foi observado na participante avaliada, um aumento de até
2mm na distância percorrida pelo deslocamento do osso
hióide pós laserterapia e manobra de Mendelsohn.

Referências
1.Matsuo K, Palmer JB. Anatomy and physiology of feeding and swallowing: normal and abnormal. Phys Med Rehabil Clin N Am. 2008;19(4):691-707.
2.Costa M. Deglutição & Disfagia: bases morfofuncionais e videofluoroscópicas. Rio de Janeiro: Med Book. 2013.
3.Freitas GS, Mituuti CT, Furkim AM, Busanello-Stella AR, Stefani FM, Arone MMAS et al. Biofeedback eletromiográfico no tratamento das disfunções
Figura 2. Imagem ultrassonográfica da distância do
orofaciais neurogênicas: revisão sistemática de literatura. Audiology - Communication Research. 2016;21: e1671. deslocamento máximo do osso hióide, demarcada
4.Inamoto Y, Saitoh E, Ito Y, Kagaya H, Aoyagi Y, Shibata S et al. The Mendelsohn Maneuver and its Effects on Swallowing: Kinematic Analysis in
Three Dimensions Using Dynamic Area Detector CT. Dysphagia. 2018; 33(4):419–30.
pela linha verde. Seta amarela apontando a parte
5.Matos AS, Berretin-Felix G, Bandeira RN, Lima JAS, Almeida LNA, Alves GAS. Laserterapia aplicada à motricidade orofacial: percepção dos inferior da luz do osso hióide e, final da linha verde
membros da Associação Brasileira de Motricidade Orofacial - Abramo. Rev. CEFAC. 2018;20(1):61-8. a inserção do milo-hióide.
6.Souza MV, Silva MO. Laserterapia em afecções locomotoras: revisão sistemática de estudos experimentais. Rev Bras Med Esporte. 2016;22(1):76-82.
EFEITO IMEDIATO DA
LASERTERAPIA NA
PERFORMANCE DO MÚSCULO
MASSETER
Sara Loureiro de Souza Ferreira
Daniele Andrade da Cunha
Roberto Sávio de Assunção Bastos
Gabriely Soares Passos
Hilton Justino da Silva
INTRODUÇÃO
Performance muscular
Fotobiomodulação e performance muscular
Revisões sistemáticas para grupos musculares maiores:
Tempo até exaustão aumentou 4,12s
Número de repetições aumentou 5,47
Menor atividade de creatina kinase
•Leal-Junior et al, 2013

Aumento do número de repetições


Sem diferença para o tempo de exaustão com LED e aumento com LASER
Diminuição do lactato sanguíneo com LASER
Sem diferença para potência
Maior força para LASER e LED

•Nampo et al, 2016


OBJETIVO
• Efeito da laserterapia na performance do músculo masseter de adultos saudáveis
entre 18 a 39 anos.

MÉTODOS
• Aprovado pelo CEP-UFPE sob parecer nº3.225.374
• Estudo triplo-cego e randomizado
• 4 grupos
• Grupo P1: luz placebo por 30 segundos;
• Grupo P2: luz placebo por 60 segundos;
• Grupo E1: laserterapia com Energia de 3J/ponto;
• Grupo E2: laserterapia com Energia de 6J/ponto.
• Intervenção
• LASER de baixa potência da marca DMC, 100mW
• Comprimento de onda de 808nm
• Três pontos da camada superficial do músculo masseter
MÉTODOS
• Desfechos - Pré e pós imediato
Temperatura Superficial da pele
Termografia

Tônus, Rigidez e elasticidade do músculo masseter


Tonômetro

Atividade elétrica do músculo masseter


Eletromiografia

Força de mordida
Dinamômetro de força

Espessura do músculo masseter


Ultrassonografia linear
RESULTADOS

• 20 participantes (13 mulheres) com idade média de 25 anos e IMC de 23

• Sem alterações para temperatura para nenhum grupo


• Aumento da espessura - A contração muscular - hipertrofia
(Provas para captura de dados)
RESULTADOS

• 6J/ponto não revelou tendência à rigidez muscular - Prevenção de lesões


• Diminuição do tônus muscular.
RESULTADOS

• A atividade elétrica do músculo masseter apresentou tendência à diminuição durante a função


mastigatória no grupo placebo.
• A diminuição da atividade elétrica após contração é indicativo de fadiga muscular, que pode ser
retardada com o uso da fotobiomodulação.
• Apesar da fadiga da musculatura não ter sido o objetivo inicial, e nem avaliada, acredita-se que tal estado
possa ter sido alcançado devido aos apertamentos dentários repetitivos, mesmo que por curto período
de tempo.
• GRUPO E2 SEM MODIFICAÇÕES PARA TODAS AS VARIÁVEIS.
CONCLUSÃO

Como nenhuma variável apresentou alteração após a aplicação de 6J/ponto,


acredita-se que essa quantidade de Energia proporcionou ao músculo masseter uma
maior resistência à fadiga e às demais alterações consequentes da contração
muscular repetitiva.

FUTURAS PESQUISAS
• Número de participantes
• Avaliações empregadas - Apertamentos
• Avaliação da fadiga

Contato:
saraferreirafono@gmail.com
hiltonfono@hotmail.com
Contato:
saraferreirafono@gmail.com
hiltonfono@hotmail.com
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAUDE DA COMUNICAÇÃO HUMANA

Proposta de Protocolo de Fotobiomodulação em


Disfonia Comportamental
Dissertação de Mestrado

Fga. Esp. Deluana Cunha


Orientador: Prof. Drº. Hilton Justino Co-orientadora: Profª Drª. Patrícia Balata
O QUE SE SABE SOBRE A FBM

A aplicação da FBM antes do exercício vem sendo apresentada com melhores resultados
(LEAL-JUNIOR et al 2013; FERRARESI, HAMBLIN e PARIZOTTO, 2012)

Predomínio do uso da terapia com LBI com comprimento de onda infravermelho (PINHEIRO
et al , 2002) e parâmetros de potência variando entre 50 e 200 miliwats (mW) com doses
entre 5 e 6 joules (J) por ponto (LEAL- JUNIOR et al, 2013),.
Ainda existe grande variação quanto as dosagens de energia, potência e tempo de irradiação

O número de pontos de irradiação também é um fator elencado e discutido nos estudos,


sendo consenso que os pontos de irradiação devem ser projetados de modo a cobrir a maior
área com melhor distribuição da energia aplicada no músculo (DOSTALOVA et al, 2012).
JUSTIFICATIVA E HIPÓTESE

Diante da necessidade de estruturar o uso da Fotobiomodulação na clínica vocal,


este estudo foi desenvolvido com o objetivo de propor um protocolo de aplicação
do laser de baixa potência como coadjudante à terapia vocal.

Acreditamos que a fotobiomodulação - aplicada na região supra e infra-hióidea -


associada à terapia vocal, promove a melhora da condição muscular extrínseca da
laringe e parâmetros acústicos e perceptivos auditivos da voz em indivíduos com
disfonia comportamental, otimizando o efeito da terapia vocal.
OBJETIVO GERAL

Propor um Protocolo de Fotobiomodulação como


coadjuvante à Terapia Vocal
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) Sugerir parâmetros morfofuncionais e de aplicação de um protocolo de
Fotobiomodulação coadjuvante à terapia vocal na musculatura extrínseca da laringe;
b) Descrever os parâmetros perceptivo-auditivos e acústicos após aplicação de um
protocolo de Fotobiomodulação nos grupos submetidos ao laser ativo e ao placebo;
c) Descrever os percentuais de atividade elétrica da musculatura supra e infra-hióidea
após aplicação de um protocolo de Fotobiomodulação nos grupos submetidos ao
laser ativo e ao placebo;
d) Descrever a variação da temperatura superficial da pele em região cervical anterior
após aplicação de um protocolo de Fotobiomodulação nos grupos submetidos ao
laser ativo e ao placebo.
ETAPAS DO
ESTUDO

FASE 1 – FASE 2 –
REVISÃO DE ARTIGOS
ESCOPO ORIGINAIS

Proposta de Repercussão da
Uso do Protocolo de Fotobiomodulação na voz e
Efeito da Fotobiomodulação Protocolo de Fotobiomodulação em
na Musculatura de Cabeça e Fotobiomodulação atividade elétrica da musculatura
disfonia comportamental: extrínseca da laringe em disfonia
Pescoço: revisão de escopo em Disfonia estudo piloto
Comportamental comportamental: relato de casos
MÉTODO – FASE 1
ESTRUTURAÇÃO DO PROTOCOLO
ESTRUTURAÇÃO DO PROTOCOLO

Extensa revisão de Experiência empírica Publicação pioneira do laser


literatura dos pesquisadores em voz (BASTOS, 2020)

Elaboração do protocolo considerando as variáveis


morfofuncionais, parâmetros de aplicação do laser e
as contraindicações.

*Escassez da literatura → direcionamento para o uso na musculatura de cabeça e pescoço com inferências
para os grupos musculares laríngeos
MÉTODO – FASE 2
APLICAÇÃO DO PROTOCOLO
MÉTODO

Delineamento da Critérios de Seleção dos


População e participantes
pesquisa, local e Inclusão e
amostra
período do estudo Exclusão

Aprovação do CEP nº 3.436.910


INTERVENÇÃO
Grupos de Pesquisa:

G1 G2
PIRV → 3 min após a FBM

Laserterapia + Laser placebo +


Terapia Vocal Terapia Vocal

Protocolo de terapia: PIRV

Avaliação Aplicação Reavaliação 3 sessões Reavalia- 3 sessões Avaliação


Inicial da FBM imediata de terapia ção de terapia final
COLETA DE DADOS: Avaliação
Sinais e Sintomas Vocais Análise Acústica da Voz
ESV Voxmetria
Domínios: Limitação, emocional e Físico Emissão da vogal /e/ e fala encadeada de 20 a 30
Análise da: F0 média, jitter e shimmer.

Avaliação da temperatura de superfície


Avaliação Perceptivo-auditiva (QV)
GRBASI Termografia da musculatura supra e infra-hioidea
(Rugosidade, Soprosidade, Astenia, Estática: fotografia cabeça inclinada e reta
Tensão e Instabilidade) Dinâmica: Produção da vogal /e/.
Grau: 0 a 3

Atividade Elétrica muscular


EMGs (musculatura supra e infra-hioidea)
CVM, vogal /e/ e contagem.
Análise da média
PROTOCOLO DE FOTOBIOMODULAÇÃO

PARÂMETROS DO LASER
Comprimento 808 nm
de Onda
Potência 100mW
Área 0,043 cm2
Fluência 139,52 J/cm2
Energia 6J/ ponto
Tempo de 60 segundos
Irradiação ©

Legenda: (a): Distância de 1cm considerando a ala da cartilagem tireoide (para baixo) e a proeminência laríngea
(para lateral); (b): Aplicação do Laser na região infra-hióidea; (c): Aplicação do Laser na região supra-hióidea.

Janela terapêutica de 20 à 60 J de energia total para grupos musculares menores (Leal-Junior, Lopes-
Martins e Bjordal (2019); Vanin et al (2018))

31
RESULTADOS
ARTIGO:
PROPOSTA DE PROTOCOLO DE FOTOBIOMODULAÇÃO EM
DISFONIA COMPORTAMENTAL
RELEMBRANDO...

Objetivo: propor um protocolo de Fotobiomodulação como coadjuvante à


terapia vocal no tratamento das disfonias comportamentais

A apresentação do protocolo considerou as variáveis morfofuncionais (posicionamento do paciente,


palpação e localização e escolha dos pontos de aplicação), parâmetros de aplicação do laser
(comprimento de onda, dosagem, tempo de irradiação, fluência, área e potência) e
contraindicações.

O protocolo sugerido parte do princípio de estratégica terapêutica complementar à terapia vocal


tradicional. Logo, sugere-se que a sua aplicação seja realizada antes dos exercícios vocais elencados
pelo fonoaudiólogo responsável.
VARIÁVEIS MORFOFUNCIONAIS
Posicionamento do paciente e orientações gerais

✓ Melhor visualização da região laríngea, apoio e estabilidade para o posicionamento da ponteira do laser.
✓ Higienização da pele, de modo a estar livre de qualquer oleosidade
✓ Óculos de proteção para o paciente e o terapeuta
✓ Orientações: durante a irradiação, não falar nem deglutir, de modo a garantir a estabilidade dos OFA´s para
melhor rendimento técnico.
VARIÁVEIS MORFOFUNCIONAIS
Palpação da Laringe

Livrar a glândula
tireoide

Alterações morfológicas nas paredes capilares da glândula tireoide, com aumento da densidade do volume
e diâmetro do lúmem capilar após a irradiação
(PARRADO et al, 1999; AZEVEDO et al, 2005; PEREZ DE VARGAS et al, 1987)
VARIÁVEIS MORFOFUNCIONAIS
Pontos de Aplicação

O número de pontos de irradiação é um


parâmetro discutido nos estudos, sendo
consenso que os pontos de irradiação devem
ser projetados de modo a cobrir a maior área
com melhor distribuição da energia aplicada
no músculo
(DOSTALOVA et al, 2012)

A aplicação em ambas as regiões justifica-se pelo princípio da biomecânica da voz e a necessidade de


A aplicação em supra-hióideos é pensada com o objetivo de otimizar a sinergia laríngea
manter ou recuperar o sinergismo dos músculos extrínsecos supra e infra-hioideos, tendo em vista a ação
econjunta
ativar músculos dodeassoalho
e harmoniosa da língua
diversos grupos que pode
musculares ter erepercussão
laríngeos na dinâmica
parafaríngeos para a produçãoda fala
vocal
(REZENDE et al,2018)
(AMORIM, 2016)
PARÂMETROS DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA

✓ Comprimento de Onda
✓ Energia
✓ Tempo de Irradiação

Direcionadores clínicos propõem 6J de energia por ponto para a região supra-hioidea e 6-8J para a musculatura
intrínseca da laringe quando objetiva-se a melhora do desempenho muscular (BASTOS, 2020).

A escolha do mesmo número de pontos e mesma dosagem (6J) em região supra e infra-hioidea foi pensada
com o objetivo de simetria de grupos musculares, sendo quatro pontos em cada área e energia total de
24J por região.

Janela terapêutica de 20 à 60 J de energia total para grupos musculares menores- revisão sistemática de Vanin et al
(2018) e recomendações clínicas publicadas por Leal-Junior, Lopes-Martins e Bjordal (2019).
PARÂMETROS DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA
Posicionamento do Laser durante a aplicação

Frequência de Aplicação
Varia bastante entre os estudos em musculatura
de cabeça e pescoço, sendo relatados tanto
sessões de uma à duas vezes por semana
(MADANI et al, 2020; SOUZA et al, 2018;
MACHADO et al, 2016) quanto terapias intensivas
com frequência diária de aplicação (ALTAN et al,
2003; YAHYA e SILIĞ, 2003).

A escolha de sessões semanais para o protocolo foi


considerada pela logística dos atendimentos e
experiência clínica dos autores.
VARIÁVEIS Posicionamento do Sujeito deitado em decúbito dorsal para melhor visualização da região laríngea, apoio e
MORFOFUNCIO paciente estabilidade para o posicionamento da ponteira do equipamento
NAIS Não deglutir nem falar durante a irradiação, de modo a garantir a estabilidade dos órgãos
Orientações Gerais ao
paciente fonoarticulatórios para melhor rendimento técnico.
Palpação da laringe Localizar a cartilagem laríngea de modo a preservar a glândula tireoide da irradiação.
Localização dos Para melhor visualização e palpação dessa região, pode ser solicitado ao paciente a realização de
músculos supra- uma contração máxima voluntária dos supra-hióideos por meio da sucção da língua contra o
hióideos palato, facilitando assim, a localização dos pontos de interesse na região (BALATA et al (2015).
PARÂMETROS Aplicação do Laser de Dose (em
DO LASER Baixa Potência Comprimento Joules Local de aplicação e número Técnica de Frequência de
de Onda por de pontos) aplicação aplicação
(prévio à aplicação dos ponto)
exercícios vocais) 808 nm 6J Região laríngea (dois pontos Contato pontual em 1 à 2x/
um ângulo de 90º semana
em cada hemilaringe)
Região supra-hioidea (quatro
pontos)
o Pacientes com alterações de glândula tireoide ou alterações hormonais;
CONTRAINDICA o Grávidas;
ÇÕES o Pacientes em uso de ácidos sintetizados a partir de Vitamina A (Ac. Retinoico, Retinol A, Vitanol A, Tretinoína e Vitacid);
isotretinoína (Roacutan, Ranbaxy e Cecnoin) e ABT com Tetraciclina (Cloritrato de Tetraciclina e Tetramed).
RESULTADOS
ARTIGO:
USO DE PROTOCOLO DE FOTOBIOMODULAÇÃO EM DISFONIA
COMPORTAMENTAL: ESTUDO PILOTO
RELEMBRANDO...

Objetivo: aplicar o protocolo de fotobiomodulação em voz, descrevendo os


desfechos na voz, atividade elétrica da musculatura extrínseca da laringe e
temperatura superficial da pele em região cervical anterior de dois casos com disfonia
comportamental.

Sujeito A (57 anos, professora de ensino infantil): FBM com laser ativo + PIRV
Sujeito B (32 anos, enfermeira): FBM com laser placebo + PIRV
*Ambas com diagnóstico ORL de nódulos vocais
AVALIAÇÃO PERCEPTIVO-AUDITIVA

Melhora para ambas as voluntárias já eram esperadas → Efetividade do PIRV → reforça a premissa da
terapia fonoaudiológica tradicional ser o padrão outro na reabilitação vocal (BEHLAU et al (2013);
NOGUEIRA e MEDEIROS (2018)).
Paciente A → melhora já na metade do tratamento- uso do LBI pode intensificar e acelerar os ganhos
terapêuticos (BACELETE e GAMA, 2021).
AVALIAÇÃO ACÚSTICA

Melhora dos parâmetros de jitter e shimmer já durante a metade do tratamento para ambas as
participantes → efeito dos exercícios vocais na redução das perturbações (de frequência e
intensidade), favorecendo melhor estabilidade vocal para as participantes (RIBEIRO et al (2013);
ZOJAJI et al (2007)).
ATIVIDADE ELÉTRICA DA MUSCULATURA SUPRA E INFRA-HIÓIDEA

Participante A: Infra D e E - possível


equilíbrio da atividade elétrica
muscular. Isso pode ser justificado
pela ação do LBP no desempenho e
equilíbrio muscular (LEAL-
JUNIOR et al (2013); MELCHIOR
et al (2016)).
Aumento da atividade elétrica em supra-hióideos para ambas as participantes → pode estar relacionado ao fato de ser uma
região de difícil alcance muscular em indivíduos que apresentam aumento da gordura subdérmica nessa região,
Ao final do sendo
tratamento: redução da à interferências do sinal eletromiográfico (ALMEIDA et al, 2020).
mais susceptível
atividade elétrica em infra apenas na
participante A → coincide com estudos de
Almeida et al (2020) – PIRV + TENS e
Albuquerque et al (2020) – gargarejo →
efeito das técnicas escolhidas na
mudança da atividade elétrica da
musculatura infra-hióidea.
Média de temperatura (entre 32ºC e 33ºC)
ANÁLISE TERMOGRÁFICA Almeida et al (2020)

Δt SH/IH
Diferença deestabelecidos
temperatura emjá na
uma
metade
mesma do tratamento
região entre os doispara
ladosa do
participante
corpo deve“A” e apenas
estar ao final
entre 0ºC à
para a participante
0,24ºC, sendo este“B” naacima
valor avaliação
de
durante
0,3ºC a emissão
sugestivo sustentada da
de anormalidade.
vogal /e/.
Uematsu (1985)

Limitação quanto à inferência de efeito da técnica


ASugere-se
mudança no Δt pode
possível ter ocorrido
influência do
também
LBP node forma imediata
equilíbrio térmico,àtendo
empregada, necessitando-se de novas pesquisas de
aplicação modo
em vistadoa LBP,
a por
no relatada
eficácia entanto,
validar os resultados encontrados.devido
diversosa proposta
avaliação
estudos em do outras
do estudoapós
cabeça e pescoço
protocolo
conter
áreasdede
métodos
intervenção
que implicam na limpeza da pele e
com a Fotobiomodulação
(TANGANELI,
colocação HADDAD E aBUSSADORI
de eletrodos, fricção
(2020); KOCIŠ et al (2010); FIKÁCKOVÁ, et
nessa região poderia provocar
al (2006); HAKGÜDER et al (2003)).
mudanças na distribuição térmica da
pele, inviabilizando a avaliação
imediata após aplicação da técnica.
RESULTADOS
ESTUDO ORIGINAL
REPERCUSSÃO DA FOTOBIOMODULAÇÃO NA VOZ E ATIVIDADE ELÉTRICA DA
MUSCULATURA EXTRÍNSECA DA LARINGE EM DISFONIA COMPORTAMENTAL:
RELATO DE CASOS
RELEMBRANDO...

Objetivo: descrever a repercussão da fotobiomodulação (laserterapia) na


atividade elétrica da musculatura extrínseca da laringe e na voz de mulheres com
disfonia comportamental.

Número de
Idade Profissão Diagnóstico otorrinolaringológico
Identificação
AMOSTRA

1 32 Enfermeira Nódulos vocais


2 51 Professora Nódulos vocais
3 54 Professora Nódulos vocais
4 57 Professora Nódulos vocais
5 20 Estudante Fenda triangular ântero-posterior
6 49 Professora Nódulos vocais
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Avaliação Perceptivo-auditiva

Estudo de Kagan e Heaton (2017) -→ luz Led na laringe → melhora dos


parâmetros acústicos, aerodinâmicos e autoperceptivos da voz

48
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Avaliação da atividade elétrica da musculatura supra e infra-hióidea

Laser ativona→
Redução atividade elétrica
Variação entredaaumento
musculatura infra-hióidea
e redução, combilateralmente
valores finaisapós próximos,→ Estudo
maisintervenção
com TENS associado à terapia
sugerindo maiorvocal tradicional
equilíbrio entre- Almeida et al (2020)
o lado direito e Estudo com indivíduos com e
e esquerdo
sem queixas vocais, realizando-se o exercício do gargarejo - Albuquerque et al (2020)

49
CONSIDERAÇÕES FINAIS
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A proposta do protocolo de Fotobiomodulação considera parâmetros
morfofuncionais e parâmetros de aplicação do laser de baixa potência já elencados
01 em outros estudos na área da saúde e deve ser considerado em outras pesquisas de
intervenção para mostrar evidências do uso dessa ferramenta na área de voz.
Melhora quanto à percepção de sintomas vocais durante o tratamento, bem como
redução no grau geral de disfonia na avaliação perceptivo-auditiva de forma mais
02 rápida (já na metade do tratamento) e mudanças na atividade elétrica e
temperatura superficial da pele sugestivas de equilíbrio entre a musculatura infra-
hióidea direita e esquerda nos indivíduos submetidos à FBM
03 A FBM não anula a importância da terapia fonoaudiológica convencional – atua
potencializando os ganhos terapêuticos
04 Limitações do estudo e amostra
REFERÊNCIAS
ULTRASSONOGRAFIA
PORTÁTIL – O FUTURO
VISITEM NOSSO LABORATÓRIO

hilton.islva@ufpe.br
XV EBMO – NATAL – EU VOU

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