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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Tema:
Consequências das doenças Hemolíticas do recém-nascido: Caso
Distrito de Gurué

Nome de estudante: Marquizinho Filipe Gulamussene


Código: 708203897

Curso: Licenciatura em Ensino de Biologia


Cadeira: Fisiologia Humana e Animal
Docente: Basílio Jossane
Ano de frequência: 3º Ano

Gurué, Julho de 2022


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organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos
Introdução 1.0
objectivos
 Metodologia
adequada ao 2.0
objecto do trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
2.0
(expressão escrita
Conteúdo cuidada,
coerência / coesão
Análise e textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.
internacionais
relevantes na área
de estudo
 Exploração dos
2.0
dados
 Contributos
Conclusão  Teóricos 2.0
 práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre
linhas
Normas APA 6ª  Rigor e coerência
Referências edição em das
4.0
Bibliográficas citações e citações/referêcias
bibliografia bibliográficas
Recomendações de melhorias

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Índice
1. Capítulo I: Introdução..........................................................................................................3
1.2. Tema................................................................................................................................4
1.3. Delimitação do tema.....................................................................................................4
1.4. Justificativa..................................................................................................................4
1.5. Formulação de problema..............................................................................................4
1.6. Perguntas de pesquisa...................................................................................................5
1.7.1. Objectivo Geral........................................................................................................5
1.7.2. Objectivos Específicos.........................................................................................5
2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................6
2.1. Desenvolvimento das Doenças Hemolíticas do Recém-nascido...................................6
2.2. Diagnóstico Clínico..........................................................................................................8
2.3. Diagnóstico Laboratorial..............................................................................................9
2.4. Tratamento e Prevenção.............................................................................................10
3. CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS.............................................12
3.1. Tipo de pesquisa.........................................................................................................12
3.1.1. Tipo de pesquisa quanto a abordagem....................................................................12
3.1.2. Tipo de pesquisa quanto aos objetivos................................................................12
3.1.3. Tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos.........................................13
3.1.4. Técnicas de colecta de dados..............................................................................13
3.1.5. Entrevista semi-estruturada.................................................................................13
3.1.6. Observação.........................................................................................................13
3.1.7. Universo e amostra de abordagem......................................................................13
4. Cronograma........................................................................................................................14
5. Referência bibliográfica.....................................................................................................15
1. Capítulo I: Introdução

As membranas das células sanguíneas humanas contém uma variedade de


antígenos também conhecidos como aglutinogênios, substâncias capazes de produzir
uma resposta imune se reconhecidas pelo corpo como substância estranha. É a relação
recíproca entre os antígenos nas hemácias e os anticorpos no plasma que deflagra a
aglutinação. Em outras palavras, anticorpos no plasma de um grupo sanguíneo (exceto o
grupo AB, que não contém anticorpos) irão produzir aglutinação quando misturados a
antígenos de um grupo sanguíneo diferente.
No sistema ABO de grupos sanguíneos, os anticorpos ocorrem naturalmente. No
sistema Rh, as pessoas devem ser expostas ao antígeno Rh antes de ocorrer significativa
formação de anticorpos causando resposta de sensibilidade (isoimunização).
A doença hemolítica do feto e recém-nascido (DHFRN) engloba o grupo de
patologias decorrentes da destruição dos eritrócitos do feto e/ou recém-nascido. Esta
destruição pode ser ou não mediada por anticorpos (Ac), o que permite classificar a
anemia resultante em anemia hemolítica imune e anemia hemolítica não imune. Este
consenso clínico aborda a DHFRN de etiologia imune (DHFRN aloimune) que resulta
da exposição materna a eritrócitos fetas.
O trabalho apresenta a seguinte estrutura: (I) Introdução, que contempla o
enquadramento, problema, justificativa, objectivos, (II) Referencial teórico que
corresponde a base bibliográfica do tema em abordagem; (III) Aspectos Metodológicos,
referência bibliográfica.

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1.2. Tema

O tema de uma pesquisa é o assunto que se deseja provar ou desenvolver; "é


uma dificuldade, ainda sem solução, que é mister determinar com precisão, para
intentar, em seguida, seu exame, avaliação crítica e solução" (Asti Vera, 1976:97,
Citado por Marconi e Lakatos, 2003).

Sendo assim, o tema da nossa pesquisa é “Consequências das doenças


Hemolíticas do recém-nascido: Caso Distrito de Gurué”.

1.3. Delimitação da Ara em Estudo

O presente trabalho será desenvolvido no distrito de Gurué, mais concretamente


na no Bairro Up6, localizada na Zona Centro da Província da Zambézia.

1.4. Justificativa

Segundo Pantoja (2009, p. 92) enfatiza que “a importância de justificar o estudo,


expondo as razões e os objectivos do trabalho, que devem ir além do desejo ou da
preferência do pesquisador sobre o tema em estudo”.

Nesta linha de abordagem, a presente projecto de pesquisa justifica-se pelo facto


de constatar-se um défice de doenças Hemolíticas de recém-nascido que pode ser
resultante de mortes naquela área de jurisdição. Portanto, deve-se ao facto deste trabalho
poder constituir como base para elaboração de futuras pesquisas, servindo também
como uma valia na elaboração de medidas de prevenção as doenças hemolíticas dos
Recém-nascidos no bairro UP6, no Distrito de Gurué

Importa reforçar que a escolha do tema vem ao encontro do interesse pessoal do


autor, visto que possui uma paixão pela área em estudo e pretende engrenar-se nessa
área para o seu desenvolvimento profissional contribuindo para minimização das
doenças hemolíticas dos recém-nascidos.

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1.5. Formulação de problema

“Formular o problema consiste em dizer, de maneira explícita, clara,


compreensível e operacional, qual a dificuldade com a qual nos defrontamos e que
pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas características”
(Rudio, 1978, p.75, Citado por Marconi e Lakatos, 2003).

Doença hemolítica do Recém-Nascido é um distúrbio sanguíneo de vida fetal


avançada ou do início da vida neonatal que pode ocorrer quando existe uma
incompatibilidade de grupo sanguíneo entre mãe e criança. A incompatibilidade existe
quando o feto possui um antígeno das hemácias, herdado do pai, e ausente na mãe. Em
concernente a esta problematização, levanta-se a seguinte questão: Quais são as
Consequências que causam as Doenças Hemolíticas dos recém-nascidos no Bairro
UP6 no distrito de Gurué?

1.6. Objectivos da pesquisa


1.6.1. Objectivo Geral
 Identificar as causas das Doenças Hemolíticas dos recém-nascidos n
Bairro UP6 no distrito de Gurué.
1.6.2. Objectivos Específicos
 Analisar as causas das doenças Hemolíticas dos Recém-nascidos no
Bairro UP6;
 Descrever as Causas das doenças Hemolíticas Do recém-nascidos no
bairro UP6, distrito de Gurué;
 Propor medidas para minimizar as causas das doenças Hemolíticas do
recém-nascido naquela comunidade.

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2. CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

No presente capítulo tratar-se-á do referencial teórico que concedeu ao


pesquisador maiores horizontes de reflexão. Portanto, abordamos aqui aspectos
relacionados ao universo científico da nossa pesquisa, discutindo conceitos que se
relacionam ao nosso tema, sob ponto de vista do conteúdo, problema levantado e
objectivos.

2.1. Doenças Hemolíticas do Recém-nascido

Segundo Miller (1982, p. 45), afirma que “A Doença Hemolítica Perinatal


(DHP) ocorre a partir da passagem de eritrócitos fetais para a circulação materna através
da placenta”.
“A exposição ao antígeno eritrocitário, faz com que o sistema imune materno
comece a produzir anticorpos da classe IgM (Imunoglobulina M), quais possuem grande
peso molecular e por isso, não atravessam a placenta” (Miller, 1982).
Doença hemolítica do recém-nascido, que também é conhecida como
eritroblastose fetal, consiste na destruição das hemácias do feto ou recém-nascido
devido a passagem de anticorpos maternos através da placenta, ocasionando anemia
fetal.
A causa, é a incompatibilidade de grupos sanguíneos entre mãe e feto, enquanto
em maior parte dos casos, estão envolvidos os antígenos dos grupos Rh e ABO.
Segundo Miller (1982, p. 47), afirma que:
“Os principais grupos sanguíneos são: A, B, AB, e O e quando os
antígenos de grupos sanguíneos do feto são diferentes do materno,
pode ocorrer doença hemolítica. A incompatibilidade mais comum,
ocorre entre mãe do grupo sanguíneo O e neonatos do grupo A ou B,
pois anticorpos anti-A e anti-B estão presentes naturalmente na
circulação materna e provocam hemólise ao atacar o eritrócitos fetais.
Por isso, pode ocorrer incompatibilidade ABO durante a primeira
gravidez, sendo esta menos intensa que a incompatibilidade Rh6”.
Miller (1982), afirma que “A ocorrência de hemólise acentuada, leva à
hipoalbuminemia, congestão hepática e hidropisia fetal, relacionadas à insuficiência
cardíaca, tornando maior o risco de óbito perinatal”.

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2.2. Manifestação Clínica

Segundo Wong (1999, p. 28), afirma que “O quadro clínico da doença pode ser
ou menos grave. Nos casos menos graves há icterícia, que se identifica após o
nascimento, hepato e esplenomegalia, além de grande aumento da bilirrubina indireta no
sangue”.
O aumento da bilirrubina indireta se deve à falta de conjugação em decorrência
da insaturidade hepática.
“Em consequência da hemólise maciça, a criança apresenta uma anemia muito
intensa. A liberação de hemoglobina, pigmento contido no interior dos glóbulos
vermelhos, faz com que o fígado produza grandes quantidades de bilirrubina” (Wong,
1999)
O acúmulo dessa substância deixa a criança com coloração amarela, o que se
chama icterícia. A bilirrubina pode impregnar o sistema nervoso central, provocando
sérias lesões neurológicas, isto porque pode impregnar o sistema nervoso central, fato
que leva a morte ou deixa sequelas importantes.
Segundo Wong (1999, p. 30), afirma que “Os casos mais severos se caracterizam
por hidropsia fetal, onde há ascite, edema generalizado, hepato e esplenomegalia, com
prognóstico fatal. Isto significa dizer que se a produção intrauterina de emacia se situa
muito aquém da destruição intra-uterina, o feto se torna severamente anémico e pode
morrer de insuficiência cardíaca com edema massivo (hidropsia fetal)”.
Quando ocorreu incompatibilidade Rh severa em uma gestação anterior ou se a
mãe apresenta títulos crescentes de anticorpos anti-D, é realizada uma amniocentese
para dosar a concentração de bilirrubina no líquido amniótico, que reflecte a gravidade
da hemólise intra-uterina.
2.3. Diagnóstico

O diagnóstico preciso pode ser realizado após os seguintes exames laboratoriais:


 Hemograma: O nível de hemoglobina é mais baixo do que o normal esperado, de
16 a 19g/dL ao nascimento, mas não precisa estar acentuadamente diminuído.
Um nível relativamente alto de hemoglobina no cordão, de 15g/dL, por
exemplo, não garante que o bebé não irá desenvolver hiperbilirrubinemia
acentuada.

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 Micrólitos, policromatofilicos e hemácias nucleadas são encontradas em grande
número no esfregaço de sangue e o número de reticulócitos é acentuadamente
elevado.
 Os esferócitos ou não estão presentes, ou não são proeminentes, no esfregaço de
Sangue (o que reflete fagocitose de hemáceas inteiras em vez de fragmentos da
membrana).
 O número de leucócitos está elevado.
 Às vezes ocorre trombocitopenia, com um número de plaquetas abaixo
de 50.000 μI.
 Estudos Sorológicos.
 As células sangüíneas do cordão umbilical do bebé apresentam um teste
antiglobulino direito positivo Este achado isoladamente permitem um
diagnóstico presuntivo de doença hemolítica Rh.
2.4. Tratamento e Prevenção

Wong (1999, p. 29), afirma que “Diagnóstico pode ser feito pela tipagem
sanguínea da mãe e do pai precocemente e durante a gestação o teste de Coombs que
utiliza anti-anticorpo humano pode detectar se esta havendo a produção de anticorpos
pela mãe e providências podem ser tomadas”.
Wong (1999, p. 32), afirma que:
“Estudos utilizando um corante para Hb F que permite o
reconhecimento de células fetais no esfregaço de sangue materno
revelaram que a exposição sensibilizante durante uma primeira
gestação ocorre no momento do part (ou aborto), quando 1 a 10 mL de
hemácias fetais podem entrar na circulação materna. A injecção de
anticorpo anti-D vai destruir as hemácias fetais antes que possam
estimular a produção de anticorpo materno”
Portanto, uma mãe Rh-negativo, a menos que já esteja previamente
sensibilizada, deve receber uma injecção intramuscular de altos títulos de
gamaglobulina anti-D (RhOGam) dentro de 72 horas do parto, aborto ou amniocentese
genética (2,3).
“Caso não houver uma prevenção após o primeiro parto, a partir da segunda
gestação, todas as gestações terão fetos que sofreram com a eritroblastose fetal. Em
alguns casos mais graves chega a ocorrer aborto involuntário” (Wong, 1999).

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3. CAPÍTULO III: PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Neste capítulo abordar-se-ão alguns elementos essências como: Classificação da


Pesquisa, método de recolha de dados, a população em estudo, processo de amostragem,
referências bibliográficas.

“Metodologia é uma exposição que o pesquisador faz sobre os passos a serem


seguidos no desenvolvimento do trabalho, com a identificação dos métodos (como fazer
a acção) e técnicas (que ferramentas usar para conduzir a pesquisa) a serem usados para
tal” (Lundin, 2016, p.39).

3.1. Classificação da Pesquisa

A presente pesquisa caracteriza-se como descritiva, qualitativa e aplicada.

Para Selltiz et al., (1965), a pesquisa Descritiva busca descrever um fenómeno


ou situação em detalhe, especialmente o que está ocorrendo, permitindo abranger, com
exactidão, as características de um indivíduo, uma situação, ou um grupo, bem como
desvendar a relação entre os eventos.

Deste modo, recorreu-se a pesquisa descritiva para analisar os dados colectados


sem que haja a interferência do pesquisador, dando ênfase a descrição da realidade ou
das consequências das doenças hemolíticas dos e recém-nascidos no bairro UP6, distrito
de Gurué.

A pesquisa qualitativa para Marconi e Lakatos (2009:269), “preocupa-se em


analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humano”.

A pesquisa qualitativa teve em vista aprofundar as consequências das doenças


hemolíticas dos e recém-nascidos no bairro UP6, distrito de Gurué.

A pesquisa aplicada “que se entende como a geração de conhecimentos visando


aplicação prática, direccionadas para a solução de problemas específicos” (Richardson,
2015. p. 60).

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3.2. Universo e amostra de abordagem

De acordo com IVALA (2007:38), “o universo ou população é o conjunto de


seres animados ou inanimados que apresentam pelo menos uma característica”. Neste
contexto constitui como população os habitantes do bairro UP6 com 120 mil habitantes

“A amostra constitui o subconjunto do universo ou da população e que consiste


na escolha de uma parte, de tal modo que seja a mais representativa possível de todos, a
partir dos resultados obtidos relativos a essa parte” (Lakatos e Marconi, 1999:43). Neste
caso temos como amostra 150 pessoas correspondentes a membros das famílias

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4. Referência bibliográfica
1. Wong, D. L. (1999). Enfermagens Pediátrica-Elementos essenciais à
intervenção efectiva. São Paulo
2. Miller, D R (1982). Hematológica Pediátrica. São Paulo
3. Pantoja, A. (2009). Manual Básico para a realização de teses, teorias y trabajos
de investigacion. Madrid
4. Rudio, B. (1978) Fundamentos de Metodologia Cientifica, São Paulo

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