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Turma: B
Sala: 2
TEMA:
Relação Vontade e Liberdade do Homem na Sociedade
Estudante:
Lezito Hortêncio Armando
Código: 708206782
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
Discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais
2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
Gerais parágrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA 6ª Rigor e coerência das
Referências 4.0
edição em citações/referências
citações e
Bibliográficas bibliográficas
bibliografia
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2. Relação Vontade e Liberdade como Acto de Ética Social
Salvador (s.d, p. 20), os antropólogos que também se debruçam no estudo dos
povos e seus costumes, defendem que o homem e um ser dotado de vontade (Homo
Voleus) O que equivale a dizer Homem livre. homem dedicado. Esta concepção
antropológica procura atribuir qualidade que se encontram em todo o Homem vontade é
a base do Homem e a vontade do homem deve ser livre
O querer ou vontade e forma de Inclinação. é uma maneira de ser e estar.
tendência de apetites. Qualquer inclinação para o Bem, neste caso. ao relacionarmos
com a ética social constata-se que o Bem e o objecto algo que sustenta. que provoca.
que estimula a inclinação do agir do homem dentro da sociedade, um agir perante a
liberdade do seu conhecimento e consciência.
Pode ser considerado um Bem querer de assumir um hábito ou costume pelo
qualquer individuo dentro da sociedade como algo de liberdade de escolha. Portanto, a
vontade e a liberdade passam a ser um facto ético. logo são dois elementos que se
relacionam e passam a ser considerados algo social que determinam o agir social,
Salvador (s.d, p. 21),
2.1. Tipos de Vontade
A vontade pode ser: Baptlstt citado por Salvador (s.d, p. 21), a vontade apresenta
suas propriedades. de entre as quais destacamos as seguintes.
Vontade Humana: aquela que pertence ao Homem - a vontade é o homem;
Vontade Mundavidade: aquela que é sempre refenda ao mundo dos seres que se
encontram no mundo;
Vontade alienação: aquela que se descobre em qualquer coisa que não devia
querer;
Vontade Volubilidade: aquela que não se concentra para um único objecto mais
sim para vários;
Vontade Conformismo: aquela que é adaptada facilmente ao que queremos dos
outros- distingue-se da vontade colectiva e individual;
Vontade Transcendência: a que se refere as coisas espirituais, a ansiedade de viver
as virtudes e fazer bem aos outros;
Vontade liberdade: aquela que se provém da autonomia individual associada a
responsabilidade pelos actos éticos independentes.
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Em vontade humana não se pode deduzir que existem Boas Vontades e nem,
mas vontades. pois cada individuo na sociedade tem seus apetites dependendo dos
hábitos e costumes vividos. No entanto- as vontades definem a conduta no acto livre de
agir. Pois estes resultam de processos mentais que se manifestam no exterior da pessoa
e da capacidade avaliativa do individuo que vai pensar. vai agir em relação ao impulso
social
Portanto. podemos dizer que a afie de agir exige reflexão. e admite-se que todos
actos humanos ou pessoais constituem um comportamento que se manifesta num seio
social que pode ter suas implicações positivas ou negativa (Boas/Más) sustenta a
afirmação o seguinte' Só posso dizer que o fulano é bom ou Mau depois de conviver
tempo com este, mas há que admitir que toda pessoa é boa as circunstâncias- os
costumes e hábitos (Meio Social) podem influenciar a sua conduta de livre de agir.
2.2. Conceito de Ética
No entende de Boff (2009), Ética diz respeito de uma ciência que estabelece um
dever, ou um compromisso e uma obrigação, tendo o comportamento humano como seu
alicerce próprio. A ética tem a incumbência elevada de balizar a conduta humana a fim
de que o homem individual ou colectivamente ajuste seus erros e valorize os acertos
contribuindo para uma sociedade justa, e equilibrada.
Porém, não há um consenso no que se diz respeito a conceitualização da ética,
isto quer dizer que a ela pode ser definida de varias perspectivas. Porem ela objectiva
conduzir as acções humanas delimitando o que é certo e errado. Neste sentido, e de
modo mais sucinto, se pode definir ética como “a ciência que estuda o comportamento
dos homens em sociedade”. Neste sentido, ciência porque é regida por um conjunto de
normas legais vivenciado por determinado grupo social. A ética, “derivado do grego
ethikos, é definida como ciência da moral.
Na visão da filosofia socrática a ética está ligada a ideia de eudemonismo, sobre
o tema, discorre real. De acordo com o pensamento do autor, Sócrates depreende-se que
uma ética com base na virtude e na felicidade, onde o ideal está intrínseco no indivíduo
e não em seu exterior, pregando que, o afastamento dos prazeres do corpo físico,
conduziria a uma vida ética.
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2.3. Ética Social
O bem-estar da sociedade como um todo é colocado à frente dos interesses de
qualquer indivíduo, e isso ajuda a garantir que todos sejam responsabilizados uns pelos
outros. A ética analisada sob a óptica social, nada mais é do que a responsabilidade
atribuída a cada integrante da sociedade, pelo bem comum. Desse modo, o indivíduo
deve pautar seu agir de acordo com a ética complexa.
De acordo com Nalini, J. R. (1999) A ética social é um conjunto de regras,
baseadas em torno de escolhas e valores éticos, aos quais a sociedade adere. Muitas
dessas regras geralmente não são ditas e, em vez disso, devem ser seguidas. Por outro
lado, a ética social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de outra,
representam a experiência coletiva de pessoas e culturas. Esse tipo de ética geralmente
age como uma espécie de “código de conduta” que governa o que é e o que não é
aceitável, além de fornecer uma estrutura para assegurar que todos os membros da
comunidade sejam cuidados.
A ética social não deve ser uma lista detalhada de regras a serem aplicadas em
qualquer situação. Eles devem servir de guia, estabelecendo as regras básicas para o que
a sociedade julgar aceitável. A construção de uma sociedade solidificada, justa e
sustentável, depende da efectividade na aplicação da ética, havendo, portanto, um
vínculo inquestionável entre o grupo de indivíduos denominado. “Sociedade” e a
“ética”. “A ética complexa necessita daquilo que é mais individualizado no ser humano,
a autonomia da consciência e o sentido da responsabilidade”.
“Mas não é apenas para viver juntos, mas sim para bem viver juntos que se fez o
Estado, sem o quê, a sociedade compreenderia os escravos e até mesmo os outros
animais”. Sabe-se que, o ser humano é naturalmente sociável, o ato de viver
isoladamente está longe das origens do homem, todavia, a convivência deve ocorrer, de
modo, a proporcionar bem-estar a todos os seres que compartilham da mesma
sociedade.
2.4. Importância da Ética Social
O mesmo ocorre com as regras de ética social adotadas por uma ordem social
como resultado de criações humanas criadas com o objetivo de manter boas relações e
harmonia com a comunidade. O significado da ética social, levando em conta que a
ética é uma regra aplicada para restringir o relacionamento com os outros, para que uma
boa comunicação possa ser estabelecida e familiar.
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Na perspectiva de Boff (2003), a ética social é aplicável em uma comunidade e,
às vezes, tem vida própria. A característica que aparece depende da cultura e costumes
aplicáveis em áreas onde a comunidade ou a residência da comunidade. Então, a cultura
ainda é influenciada mais pela mentalidade da comunidade local, bem como pela
localização e condições geográficas em que as comunidades vivem.
2.5. A Família, a Sociedade e o Estado em Ética Social
De acordo com as disposições de Hegel, a ética social é composta de três partes
a saber: a família, a sociedade e o Estado .
2.5.1. A Família
O papel da família é relacionado com a socialização. Nesse processo são
transmitidos os valores morais e sociais, bem como as tradições, os costumes e os
conhecimentos perpetuados através de gerações. Pela lei, espera-se que o ambiente
familiar seja um lugar de afeto, cuidado, segurança, conforto e bem-estar
proporcionando o respeito à dignidade de cada um de seus membros. A família é
considerada uma instituição responsável por promover a educação e cuidado dos filhos,
bem como a responsável por influenciar o comportamento dos mesmos no meio social,
(Dicionario da Lingua Portuguesa, 2004).
Depende da família que cada ser humano atue em conformidade com seus
deveres e respeitando os direitos dos outros. Por outro lado, a família, por ser o primeiro
contato que o ser humano tem com a sociedade e, portanto, com a própria convivência,
é a responsável por incutir as normas e valores que permitirão seu desenvolvimento na
sociedade.
2.5.2. A Sociedade
Na perspectiva de Boff (2003), o conceito de sociedade se contrapõe ao de
comunidade ao considerar as relações sociais como vínculos de interesses conscientes e
estabelecidos, enquanto as relações comunitárias se consideram como articulações
orgânicas de formação natural. Portanto, uma sociedade humana é um coletivo de
cidadãos de um país, sujeitos à mesma autoridade política, às mesmas leis e normas de
conduta, organizados socialmente e governados por entidades que zelam pelo bem-estar
desse grupo.
Os membros de uma sociedade podem ser de diferentes grupos étnicos. Também
podem pertencer a diferentes níveis ou classes sociais. O que caracteriza a sociedade é a
partilha de interesses entre os membros e as preocupação mútuas direcionadas a um
objetivo comum. No entanto, numa determinada sociedade é necessária a criacao de
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normas e leis que sustentam as normas. Ou seja, é quem decide qual comportamento é
aceito e o que não é.
2.5.3. O Estado
Na optica de Dicionario da Lingua Portuguesa (2004), Dentro de determinados
limites territoriais, nenhum outro grupo ou instituição além do Estado tem o poder de
obrigar, cobrar, taxar e punir. Para além do seu papel de prestador de serviços, o Estado
é uma entidade política que exerce poder soberano dentro de um determinado território,
e esse poder soberano é geralmente aceito como legítimo pelas pessoas que a ele se
submetem (no caso de uma democracia, os cidadãos). Desta feita, o estado é
responsável por aplicar e fazer cumprir as regras de comportamento da sociedade. Isso
impõe sanções caso os atos violem os direitos de terceiros ou sejam prejudiciais à
sociedade em geral.
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2.6. Características da Ética Social
Governa o Comportamento do Ser Humano: o comportamento humano pode ser
é um conjunto de todas as ações físicas e emoções que estão associadas a um
indivíduo ou mesmo a um grupo social. Ou seja, são as nossas respostas aos mais
variados estímulos do dia a dia, tanto de origem interna quanto externa. No entanto,
o mapeamento desses diferentes modos de agir nos permite identificar reações mais
comuns em situações específicas. Ainda assim, dada a natureza humana e a
possibilidade de escolha individual, nunca é possível determinar com precisão se um
padrão de comportamento vai ser repetido ou não. No entanto, a ética social
contempla as regras que devem ser seguidas para que os seres humanos possam ter
uma coexistência pacífica (Nalini, (2008).
Cria Princípios Universais: As normas que governam o comportamento humano
são o resultado de estudos que determinaram quais comportamentos são benéficos
para todos e, portanto, podem ser aplicados nas sociedades e mantidos ao longo do
tempo. Dizem que são universais porque esses princípios são aplicados em todas as
partes do mundo sem distinção.
É Filosófico e Abstracto: Dizem que a ética social é filosófica porque se baseia na
implementação de valores e no estabelecimento de “comportamentos aceitáveis”. É
necessário enfatizar que “comportamentos aceitáveis” costumam ser objeto de
controvérsia, uma vez que cada pessoa tem uma maneira de pensar diferente, tantas
vezes o que alguém considera aceitável não é para a outra.
Não Aceita Coerção: A ética social estabelece que a realização das ações e o
estabelecimento de relacionamentos devem ser voluntários, ou seja, ninguém deve
ser forçado a ingressar ou deixar algo. Em outas palavras, pode-se afirmar que a
ética socia apela contra a forcacao de um individuo a uma determinada accao,
devefendendo o uso do livre-arbitrio para todos. Desde modo na optica da ética
social não é etico forcacao e a pressao sobre algem para poder obter algo. (Nalini,
2008).
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3. Conclusão
A ética social são os princípios filosóficos e morais que, de uma forma ou de
outra, representam a experiência coletiva de pessoas e culturas. Tais regras, geralmente
não são ditas e, em vez disso, devem ser seguidas. Por outro lado, a ética social não
deve ser uma lista detalhada de regras a serem aplicadas em qualquer situação. Mas sim,
elas devem servir de guia, estabelecendo as regras básicas para o que a sociedade julgar
aceitável. Porém, esse tipo de ética geralmente age como uma espécie de “código de
conduta” que governa o que é e o que não é aceitável, além de fornecer uma estrutura
para assegurar que todos os membros da comunidade sejam cuidados.
Portanto, a ética é analisada sob a óptica social, nada mais é do que a
responsabilidade atribuída a cada integrante da sociedade, pelo bem comum. Desse
modo, o indivíduo deve pautar seu agir de acordo com a ética complexa. O bem-estar da
sociedade como um todo é colocado à frente dos interesses de qualquer indivíduo, e isso
ajuda a garantir que todos sejam responsabilizados uns pelos outros.
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4. Bibliografia
__________________, (2004). Dicionário Universal Jovem Ilustrado: Língua
Portuguesa. Moçambique Editora, 1ª Edição.
Boff, L. (2003). Ética e moral: a Busca dos Fundamentos. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Vozes.
Boff, L. (2009). Ética da Vida: a Nova Centralidade. Rio de Janeiro: Record.
Nalini, J. R. (1999). Ética Geral e Profissional. 2ª Ed. São Paulo: Revista dos Tribunais.
Nalini, J. R. (2008). Filosofia e Ética Jurídica. São Paulo: Editora dos Tribunais.
Salvador, M. A (s.d). Manual do Tronco Comum: Ética Social. Instituto de Educação à
Distancia, Universidade Católica de Moçambique.
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