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Personalidade
Primeiro Trabalho
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do
máxima l
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Capa 0.5
Índice 0.5
Aspectos Introdução 0.5
Estrutura
organizacionais Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
Introdução Descrição dos
2.0
objectivos
Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
Rigor e coerência das
Referências 6ª edição em
citações/referências 4.0
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
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Folha de recomendações: A ser preenchida pelo tutor
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Índic
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e
Introdução......................................................................................................................4
Objectivos......................................................................................................................2
Gerais.............................................................................................................................2
Específicos.....................................................................................................................2
Metodologia...................................................................................................................2
Considerações Finais...................................................................................................20
Referências Bibliográficas...........................................................................................21
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Introdução
1
Objectivos
Gerais
Falar Da Personalidade.
Específicos
Conceituar a personalidade e as fases do seu desenvolvimento;
Compreender os pilares de auto-estima e auto-eficácia
Descrever os Papeis de género
Metodologia
Para elaboração deste trabalho utilizou-se ao método bibliográfico que consistiu na
consulta de obras bibliográficas e internet, método descritivo que consistiu na descrição
de informações recolhidas nas diferentes obras.
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1. Conceito de personalidade e as fases do seu desenvolvimento
A personalidade é um conceito que se refere a uma visão única e individual do ser
humano, ou seja, é sobre a visão que temos de cada pessoa, fato que faz com que cada
uma seja diferente das outras. Especificamente, a personalidade é formada graças a um
conjunto de traços e características que determinam o comportamento, a conduta e a
forma de agir das pessoas em diferentes situações e contextos. Então, de um modo
geral, a personalidade é o que nos permite diferenciar uma pessoa das outras.
A personalidade é o conjunto de características psicológicas e comportamentais que
podem ser observadas numa pessoa. Não é fixa, é dinâmico, dependente do contexto
individual que pode mudar no curso da sua vida. A personalidade desenvolve-se,
durante a vida, e é influenciada por factores físicos, psicológicos, culturais e morais.
Etapas do desenvolvimento da personalidade
As duas teorias da personalidade mais conhecidas que enfatizam nas diferentes etapas
que moldam seu desenvolvimento são, por um lado, a teoria de Sigmund Freud e, por
outro lado, a teoria de Erik Erikson. Elas são explicadas a seguir.
Etapas do desenvolvimento da personalidade segundo Freud
De acordo com a teoria da personalidade de Freud, o desenvolvimento da personalidade
é dividida em cinco etapas ou fases que são identificadas com as zonas erógenas, os
órgãos nos quais o prazer sexual, a energia e a libido das pessoas são focalizados.
Além disso, cabe destacar que, devido à experiência de algum trauma, uma fixação ou
uma regressão pode ocorrer no processo de desenvolvimento, portanto, se ocorrer uma
alteração em uma das etapas específicas, a personalidade da pessoa será determinada
por isso. As etapas de Freud são:
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previsto ou amamentar por mais tempo que o necessário. Os resultados de uma fixação
nessa etapa podem ser vícios em tabaco, roer as unhas, entre outros.
Por outro lado, no caso das meninas, inicialmente, do mesmo modo que os meninos,
mostram amor pela mãe (progenitor do mesmo sexo). Mas diferente dos meninos, chega
um momento em que as meninas descobrem a falta do pénis, como resultado do clítoris
menor em sua comparação e, portanto, imaginam que foram mutiladas. Assim, atribuem
à mãe a culpada de sua mutilação e, diante de sua situação de ambivalência sexual,
decidem escolher o pai (progenitor do sexo oposto) como objecto de amor, devido à
inveja ou desejo de seu pénis.
Etapa de latência (5-12 anos)
Essa etapa começa aos cinco anos e termina aos doze, a idade aproximada em que a
puberdade começa. Nessa etapa, os impulsos sexuais permanecem adormecidos, ou seja,
há uma supressão temporal do instinto sexual nas crianças durante esse período. Nesse
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sentido, essa etapa é caracterizada por não ter uma área específica onde o prazer está
focalizado.
Etapa genital (puberdade e maturidade)
Essa é a última etapa do desenvolvimento, segundo Freud, e é acompanhada por
mudanças físicas, psíquicas e emocionais próprias da idade. A zona erógena na qual o
prazer é focado é novamente os genitais, embora, neste caso, as pessoas já tenham a
capacidade de expressar a sexualidade em função do consenso e do vínculo com as
outras pessoas. Em outras palavras, poderíamos dizer que se trata da sexualidade adulta
e madura. Essa etapa é caracterizada pelo surgimento, novamente, dos interesses sexuais
e de satisfação, atividades sexuais começam e a organização e a maturidade sexual são
produzidos. Além disso, a identidade sexual das pessoas é reafirmada. Finalmente, cabe
destacar que nessa etapa são desencadeados aspectos como a amabilidade, afetuosidade,
receptividade, segurança, aptidão, capacidade de compreensão e apreciação do bem-
estar dos outros, a inclinação para colaborar com outras pessoas, etc.
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vida, ao mesmo tempo que a criança também deve aprender a confiar em si mesma. Ou
seja, os relacionamentos futuros da criança com o exterior dependerão do vínculo que
foi criado com seus pais nessa etapa.
Autonomia vs vergonha (18 meses-3 anos)
Nessa etapa, as crianças começam a desenvolver suas capacidades de movimento e
excreção, fato que requer um aprendizado e um controle por parte dos progenitores.
Nesse sentido, a autonomia se reflecte nas crianças, pois o desenvolvimento dessas
novas capacidades lhes causa um sentimento de liberdade, porque sentem que já não
dependem de seus cuidadores para poder se movimentar e, com o passar do tempo, as
crianças se tornam mais independentes, graças às suas capacidades desenvolvidas. No
entanto, a vergonha se reflecte nas crianças devido a sua maneira inexperiente de se
mover ou de controlar seus esfíncteres e também se deve, de certa forma, à liberdade
que os pais proporcionam à seus filhos, que envolve duvidar de suas capacidades, ou
seja, do que os pais consideram que os filhos podem fazer ou não.
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equilibrada e realizarem o que se propõem, sem estabelecer Objectivos inatingíveis que
estão fora do lugar, sem desistir ou atribuir o fracasso à inferioridade.
Pesquisa da identidade vs difusão da identidade (13-21 anos)
O conflito que as pessoas encontram nessa etapa do desenvolvimento da personalidade é
encontrar sua identidade, ou seja, quando uma pessoa está nessa etapa, ela luta para
descobrir quem é, encontrar a si mesma e saber o que quer. Por esse motivo, durante
essa etapa, as pessoas geralmente experimentam e exploram novas opções que estão
longe do que já conheciam anteriormente. Nesse conflito, é comum viver inseguranças,
ter dúvidas sobre os papéis sociais, duvidar da preferência sexual, questionar aspectos
da independência e da adesão à grupos, experimentar dúvidas ideológicas e de valores,
etc.
Intimidade vs isolamento (21-40 anos)
Nessa etapa do desenvolvimento da personalidade, as pessoas geralmente buscam
relacionamentos pessoais e estabelecer vínculos emocionais para que possam
compartilhar suas experiências, afectos, emoções e intimidade. É nessa etapa que as
pessoas se relacionam com outras de uma maneira diferente, procuram relacionamentos
mais íntimos das que esperam um compromisso e reciprocidade. Além disso, esperam
que esses relacionamentos lhes permitam compartilhar suas experiências, afectos,
emoções e que lhes permitam se sentirem seguros e confiantes.
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transmitir seus conhecimentos às próximas gerações, de modo que é nesse momento que
as pessoas estão carregadas de sabedoria. Tudo isso leva as pessoas a cuidar da sua
saúde física e mental.
O Temperamento
Refere-se à vivacidade duma pessoa, a intensidade com que os estímulos são
respondidos, o nível geral de energia e actividade duma pessoa.
Hipócrates, filósofo grego, foi o primeiro a formular uma teoria do temperamento,
baseando na teoria dos quatro fluidos corporais (humores): sanguíneo (sangue),
fleumático (linfa ou fleuma), colérico (bílis) e melancólico (astrabílis ou bílis negra).
Cada um deles possui uma determinada característica:
Sanguíneo:
É alegre;
Tende a ser determinada e com opiniões fortes, tanto para si como para os
outros, e tende a tentar impô-las;
Adiante, esta teoria foi actualizada por Wundt (1903), que tratou de definir duas
dimensões do temperamento: a “intensidade dos movimentos internos (emoções)" e a
"velocidade da variação dos movimentos internos (emoções)". Acerca da primeira
dimensão, Carl G. Jung introduziu a classificação de introvertido (pessoa voltada para
dentro ou fechada) e extrovertido (pessoa voltada para fora, aberta e mais simpática e
acessível).
Concluindo, na realidade é muito raro que uma pessoa tenha as características de um só
tipo de temperamento. As personalidades são complexas. O indivíduo nasce com
determinado temperamento, mas os factores ambientais podem modificar-lho: a
educação; a alimentação; as doenças; o clima; os acontecimentos e outros factores
causam algumas transformações, nos traços temperamentais. A vida ensina o homem a
controlar ou a estimular o seu temperamento. Conhecendo-nos bem, podemos dominar
os aspectos negativos e estimular e desenvolver os aspectos positivos.
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Porém, vale ressaltar que esta tipologia, já não é frequentemente utilizada, e a ideia que
o nosso temperamento tenha qualquer relação com os fluidos corporais ficou
completamente ultrapassada.
Persevera, durante muito tempo, enquanto for necessária a acção, para atingir a
finalidade proposta.
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Capacidade de auto-reflexão, de auto-análise, de autocrítica e de crítica dos outros
É o dinamismo do aperfeiçoamento e crescimento pessoal. A finalidade da crítica é a
análise atenta e objectiva do modo de agir das pessoas e do acontecer, na sociedade. Isto
supõe um processo de identificação de causas, de avaliação de situações e
comportamentos e da procura de novas soluções: tudo se dirige à formulação de uma
verdade. O primeiro sinal, início do processo de amadurecimento pessoal, é o começo
da auto-reflexão, da auto-análise e da autocrítica. Esta atitude é gerada pela consciência
da nossa possibilidade de errar, e da sincera aceitação da crítica, que os outros fazem de
nós. Mas, para que a crítica seja objectiva e construtiva, deverá respeitar duas condições
imprescindíveis:
O reconhecimento sincero dos aspectos positivos da pessoa ou do facto em
avaliação. Sempre existem aspectos positivos. Não os descobrir é sinal de
imaturidade. Não julgar as intenções (evitando o mecanismo da projecção das
opiniões subjectivas). Podemos afirmar que, para as pessoas maduras, tal tipo
de crítica ou autocrítica é sempre um estímulo para crescer. Se eu fico
"ferido", quando me criticam, certamente será: ou porque eu psicologicamente
ainda não sou maduro; ou porque a crítica não foi objectiva e construtiva.
Sentido de responsabilidade
O "sentido de responsabilidade" é fruto da vivência. Trata-se de um processo gradual e
progressivo da educação auto consciente. Consequentemente, o adulto responsável:
É eficaz no seu agir, consegue normalmente alcançar as finalidades;
Responsabiliza-se também pelos que vão colaborar com ele na tarefa decidida.
O ser humano que foge das responsabilidades, que não se arrisca conscientemente,
quando é preciso, que não assume, não se compromete, tem os traços da maturidade de
uma criança.
Capacidade de Adaptação
O adulto maduro tem a capacidade de adaptar-se, criticamente, às diversas
circunstâncias da vida. A adaptação da pessoa madura e psicologicamente
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adulta constitui-se, num hábito espontâneo de flexibilidade e sensibilização,
face às exigências e expectativas das pessoas e situações, com que convive.
A adaptação prévia e fundamental é a aceitação cordial e funcional da própria
realidade individual. Não podemos adaptar-nos ao meio ambiente, sem termos
aprendido a conviver, consciente e serenamente, com nós mesmos.
Uma adaptação madura exigirá que eu saiba administrar os conflitos, e não
apenas evitá-los ou eliminá-los.
Para amadurecer, é preciso focalizar o triunfo. Se me sinto frustrado, quando
não sou elogiado, estou a cair no infantilismo, porque não confio em mim
mesmo. Se não sei elogiar, mas só criticar, estou a mostrar imaturidade (inveja,
ciúme...).
A auto-estima tem sido descrita como o nível de apreço ou estima que a pessoa tem por
si mesma (HARTER, 1993, 2003). Em outras palavras, quanto do seu autoconceito ela
mesma percebe como sendo algo importante, valioso, agradável (ou sem importância,
sem valor, desagradável) em si mesmo.
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Dessa maneira, William James ajudou a definir o que são as contingências da auto-
estima., ou seja, domínios que são importantes para o indivíduo e nos quais ambiciona
se destacar. De acordo com James (1982, apud HARTER, 1993, p.88), estes domínios
ajudariam a determinar se a auto-estima de uma pessoa é alta ou baixa, de modo que, se
a pessoa percebe-se como competente em domínios nos quais aspira a se destacar, então
ela terá auto-estima alta. Do contrário, se esta pessoa percebe sua falta de competência
em domínios importantes para ela, então sua auto-estima tenderá a ser baixa. Contudo, a
percepção de falta de competência em domínios que não lhe parecem importantes não
deve afetar de maneira negativa a sua auto-estima.
Por fim, Harter (1993; 2003) elaborou um modelo sobre as origens da auto-estima, no
qual demonstra que se essas duas posições teóricas . as formulações de James e as de
Colley e Mead . fossem levadas em consideração de forma conjunta, proporcionariam
uma poderosa explicação para o nível de auto-estima que mostravam as crianças mais
velhas e os adolescentes com os quais realizou suas pesquisas. Neste modelo, vários
aspectos do autoconceito são levados em conta para a avaliação do eu, mas alguns
destes domínios são identificados pelo indivíduo como mais importantes e, nestes, seus
sucessos servirão para aumentar, e seus fracassos para deteriorar ou até perder auto-
estima.
Assim, ainda que os âmbitos valorizados pelos pais sejam diferentes daqueles que são
valorizados pelos pares e, por causa disso, o sujeito possa experimentar certas
contradições internas até definir quais são os âmbitos realmente importantes para ele
mesmo, todas as experiências que a criança e o adolescente vão vivenciar, juntamente
com os parâmetros fornecidos pelas pessoas significativas e pela sociedade, lhe
permitirão determinar quais são os âmbitos nos quais se destaca e se estes são
importantes para compor sua auto-estima.
A auto-eficácia
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Estas crenças estariam contidas no autoconceito da pessoa, como mencionam Maddux
e Gosselin, (2003):
A auto-eficácia não é o autoconceito nem é a auto-estima. O
autoconceito é o que as pessoas acreditam a respeito de si
mesmas e a auto-estima é o que as pessoas sentem sobre o
que elas acreditam delas mesmas. As crenças de auto-eficácia
são uma parte importante do autoconceito (...), mas o
autoconceito inclui muitas outras crenças sobre o eu que não
estão relacionadas com a auto-eficácia, como as crenças
sobre os atributos físicos e os traços de personalidade.
(MADDUX e GOSSELIN, 2003, p.220) (tradução da autora).
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1.4. A influência da cultura a personalidade
Entre os aspectos importantes que destacam a personalidade, a cultura é um dos itens
fundamentais, por trazer robusteza ao indivíduo. Aqui, são apresentados, de forma
suscita, parte das variáveis que compõe a cultura, na formação da personalidade.
Apesar das muitas definições, existe um consenso sobre o facto de que a cultura se
refere àquela parte do ambiente produzida pelos homens e por eles aprendida e
utilizada. Segundo Taylor (1874), cultura é o conjunto de conhecimentos, crenças, artes,
normas morais e costumes e muitos outros hábitos e capacidades adquiridos pelos
homens, em suas relações, como membros da sociedade.
Para Hall (1994) a cultura surge, na base das condições históricas e das relações, como
sistema de valores e meios de distintos grupos sociais e classes. Segundo ele, a cultura é
a habilidade exclusivamente humana de se adaptar às circunstâncias e de passar esta
habilidade e estes conhecimentos para as gerações subsequentes. Implica que a cultura é
dinâmica. A cultura muda constantemente ou melhor pode ser constantemente mudada
por nós.
O sistema de valores
A cultura está representada em coisas tangíveis, como, por exemplo a arquitectura, a
roupa ou os livros.
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A pessoa é definida como um ser social, que actua segundo normas, interage e
compartilha direito e deveres na sociedade. Neste sentido, ele está sendo
constantemente questionado sobre sua conduta em relação aos demais e cobrado a
apresentar responsabilidade perante suas acções (Gouveia, Clemente, Vidal & Martínez,
2000, citados por Gouveia et al, 2003).
Guilhardi (2002) explica que, se a situação não permitir o acesso a reforços positivos, a
pessoa se mantém emitindo comportamentos em função de reforços positivos atrasados,
sem sofrer disrupção comportamental; ou substitui o reforço positivo-alvo por outros
reforços positivos disponíveis; ou mantém os comportamentos produzindo reforços
positivos condicionados intermediários. De modo análogo, se não for possível remover,
adiar ou amenizar os eventos aversivos, com eles se deve conviver, sem desistir jamais
de buscar comportamentos alternativos – ampliando a variabilidade comportamental –,
até que alguma resposta seja seleccionada por reforçamento negativo.
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O género, portanto, se refere a tudo aquilo que foi definido ao longo tempo e que a
nossa sociedade entende como o papel, função ou comportamento esperado de alguém
com base em seu sexo biológico.
Sexo
O sexo diz respeito às características biológicas que diferenciam homens e mulheres. O
sexo é usualmente determinado pelas genitálias.
Muitas vezes escutamos frases como “cuidar da casa é coisa de mulher”. O que está por
trás de frasesdesse tipo é justamente a questão de gênero: se o que caracteriza “ser
mulher” são simplesmentecaracterísticas biológicas e anatômicas, não haveria razão
para alguém atribuir uma atividadeespecificamente às mulheres. Afinal, qual genitália
uma pessoa tem não faria diferença na hora delimpar a casa. Isso demonstra que há
algum sentido a mais atribuído a “ser mulher”, algo que vá alémdo sexo biológico. Esse
“algo além” é, justamente, o gênero.
Identidade de gênero
Como o próprio nome indica, identidade de gênero diz respeito ao gênero com o qual
uma pessoa seidentifica. É independente do sexo (ou seja, das características
biológicas), está relacionada aidentificação de uma pessoa com o gênero masculino ou
feminino. Algumas pessoas se identificam com um gênero diferente do que é imposto a
elas em função de seusexo biológico. Essa identificação é o que chama-se de identidade
de gênero.
Sexualidade
A sexualidade diz respeito à orientação sexual de uma pessoa, ou seja, por quais gêneros
essa pessoasente atração sexual ou romântica. Algumas das categorias atribuídas à
sexualidade são: heterossexualidade (pessoa que sente atração porpessoa do gênero
oposto); homossexualidade (pessoa que sente atração por pessoa do mesmo
gênero);bissexualidade (pessoa que sente atração por pessoas dos dois gêneros).
Dessa forma, os homens foram definindo estruturas e culturas tipicamente masculinas
dentro dosespaços sociais que ocupavam e as mulheres, da mesma forma, também
foram definindo estruturas eculturas que melhor se adequavam a elas em seus espaços.
Com o passar do tempo, vários fatores espontâneos ou não (como as guerras, por
exemplo) foramtornando nossa sociedade cada vez mais complexa, levando as mulheres
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a se inserir em maisatividades do espaço público. Da mesma forma que também
observamos cada vez mais homens seinserindo mais nos espaços domésticos e de
“cuidar”.
O termo papéis de género refere-se a um tipo de papel social que determina a maneira
pela qual homens e mulheres na sociedade devem agir. Os papéis de gênero são
baseados em normas e padrões acordados pela sociedade sobre o que é masculinidade e
o que é feminilidade.
Porém, é a sociedade que determina que, por exemplo, o masculino está associado à cor
azul eo feminino à cor rosa, através das normas associadas aos papéis de gênero
(aspecto social). Os papéis de gênero não são estáticos, mas estão constantemente
mudando em resposta à evolução de uma determinada sociedade e à transformação do
conceito associado a cada um dos sexos. Existem diferentes teorias sobre como os
papéis de género são adquiridos em nossa sociedade. Por um lado, existem mais
abordagens biológicas que tentam explicar as preferências, brinquedos, interesses e
profissões de jogos por meio de características dependentes do sexo que influenciam o
funcionamento do cérebro humano.
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Socialização familiar
A socialização ocorre em muitos níveis, mas o mais importante é o que ocorre na
família, uma vez que é o ambiente em que as crianças nascem e em que serão
exclusivamente até começarem a participar mais da sociedade. ir a escola.
Esse processo de socialização em termos de papéis começa a partir do momento em que
o menino ou menina nasce. Outra maneira pela qual as crianças aprendem a se
comportar é observando a maneira como os adultos ao seu redor reagem às suas
escolhas de roupas, brinquedos e outros itens.
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Considerações Finais
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Referências Bibliográficas
Erikson, E. H. (1976). Identidade, Juventude e Crise. Zahar editores: Rio de
Janeiro.
Erikson, E. H. (1987) Infância e Sociedade. 2ª Edição: Zahar editores. Rio de
Janeiro. Erikson,
Wundt, W. (1993). Grundzüge der physiologischen Psychologie (5a Ed.,Bd. 3).
Leipzig: Barth.
Jung, C.G. (1901). O Desenvolvimento da Personalidade. Edição integral Título
do original: "Über die entwicklung der persönlichkeit". Tradução: Frei
Valdemar do Amaral. ISBN 85-332- 0813-8.
Harter, S. (1997). The personal self in social context: Barriers to authenticity.
In: R. D. Ashmore, & L. Jussim (Eds.), Self and identity: Fundamental issues
(Rutgers Series on Self & Social Identity vol. 1, pp. 81-105). New York: Oxford
University Press.
BANDURA, A. Self-efficacy: The Exercise of Control. New York: W.H.
Freeman, 1997.
MADDUX, J. E. e GOSSELIN, J. T. Self- Efficacy. In: LEARY, M. R.;
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Hansenne, M. (2003). Psicologia da Personalidade. Lisboa: Climepsi
21