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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

ACTOS ADMINISTRATIVOS

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Turma: “A”

Nampula, Julho
2022
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

ACTOS ADMINISTRATIVOS

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Cadeira: Direito Administrativo

Ano de Frequência: 3º Ano

Docente: Calton dos Santos Ricardo

Nampula, Julho
2022
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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 5

1.1.Objectivos ............................................................................................................................. 5

1.1.1.Geral .................................................................................................................................. 5

1.1.2.Específicos ......................................................................................................................... 5

2.Metodologias ........................................................................................................................... 5

3.ACTOS ADMINISTRATIVOS .............................................................................................. 6

3.1.Conceitos Básicos ................................................................................................................. 6

3.2.Condições de Existência do Acto Administrativo ................................................................ 6

3.3.Requisitos dos Actos Administrativos.................................................................................. 6

3.4.Tipos de Acto Administrativo .............................................................................................. 8

3.5.Extinção dos Actos Administrativos .................................................................................. 10

4.Conclusão .............................................................................................................................. 11

5.Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 12

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1.Introdução
O presente trabalho é pertinente a cadeira de Direito Administrativo, destina-se na abordagem
de Actos Administrativos, de antemãos, é imprescindível salientar que o Acto Administrativo
é a expressão da Administração Pública em sentido formal, trata-se de um acto através do qual
se manifesta a actividade da Administração Pública. Acto administrativo é uma estatuição
autoritária, relativa a um caso concreto, praticado por um sujeito de Direito Administrativo, no
uso de poderes de Direito Administrativo, destinado a produzir efeitos jurídicos externos,
positivos ou negativos.

1.1.Objectivos

1.1.1.Geral
 Falar sobre Actos Administrativos;

1.1.2.Específicos
 Conceituar acto Administrativo;
 Identificar os elementos essenciais a volta dos quais se pode analisar o acto
administrativo;
 Explicar as condições de existência do acto administrativo.

2.Metodologias
O presente trabalho caracterizou-se por ser bibliográfico, desenvolvido a partir de materiais
elaborados e publicados por inúmeros autores escolhidos para ajudar na elaboração deste
trabalho para partir da questão que objectivou suscitar reflexões sobre o tema.

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3.ACTOS ADMINISTRATIVOS

3.1.Conceitos Básicos
 Actos Administrativos

Segundo Meyrelles citado por Noé, (s. ed. p. 104), “Acto Administrativo é toda manifestação
unilateral de vontade da administração pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim
imediato resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria”.

Um acto administrativo é o acto jurídico que concretiza o exercício da função


administrativa do Estado. Como todo acto jurídico, constitui, modifica, suspende, revoga
situações jurídicas. Em geral, os autores adoptam o conceito restrito de acto administrativo,
restringindo o uso do conceito aos actos jurídicos individuais e concretos que realizam a função
administrativa do Estado. O acto administrativo é a forma jurídica básica estudada pelo Direito
Administrativo.

Conforme Ramalho (2007), “O acto administrativo é a exteriorização da vontade de agentes da


Administração Pública ou de seus delegatários que, sob regime de direito público, visa à
produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público”.

3.2.Condições de Existência do Acto Administrativo


A administração pública deve usar de sua supremacia de poder público para a execução do
acto administrativo. Todo acto administrativo é acto jurídico de Direito Público. Há actos da
Administração que não são actos administrativos em sentido estrito, pois a Administração
também pode praticar actos de Direito Privado.

 Mantenha manifestação de vontade apta, Provenha de agente competente, com


finalidade pública e revestido na forma legal.

3.3.Requisitos dos Actos Administrativos


São os requisitos para a validade de um acto administrativo:

i. Competência: Conjunto de poderes que a lei confere aos agentes públicos para que
exerçam suas funções com eficiência e assim assegurem o interesse público.
Nenhum acto será válido se não for executado por autoridade legalmente
competente. É requisito de ordem pública, ou seja, não pode ser derrogado pelos
interessados nem pela administração.
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 Características da Competência:
a) A irrenunciabilidade, que tem carácter relativo, e o que a relativiza são os institutos da
delegação e avocação.
b) Inderrogabilidade: Trata-se de uma característica de carácter absoluto.
c) Improrrogabilidade: Veda-se aos agentes públicos que actuem além da lei, ou seja,
além das competências previstas em lei.
d) Imprescritibilidade: As competências devem ser exercidas a qualquer tempo. O agente
público é obrigado a exercer suas competências a qualquer tempo, salvo nas hipóteses
a que a lei estabelece prazos da administração.
ii. Finalidade

A finalidade do acto administrativo deve ser sempre do interesse público e a finalidade


específica prevista em lei para aquele acto da administração. É nulo qualquer acto praticado
visando exclusivamente ao interesse privado, no entanto é válido o acto visando ao interesse
privado (desde que, cumulativamente, ele vise também ao interesse público).

iii. Forma

Em sentido amplo, a forma é o procedimento previsto em lei para a prática do acto


administrativo. Em sentido estrito, refere-se ao conjunto de requisitos formais que devem estar
presentes no ato administrativo.

iv. Motivo

É a situação de direito ou de facto que autoriza ou determina a realização do ato administrativo,


podendo ser expresso em lei (actos vinculados) ou advir do critério do administrador (acto
discricionário). Difere da motivação, que é a exposição dos motivos.

v. Objecto ou conteúdo

É o efeito jurídico imediato que o acto deve produzir. Por exemplo, o acto administrativo de
demissão produz o desligamento do servidor público.

vi. Teoria dos motivos determinantes

Segundo essa teoria, o motivo do acto administrativo deve sempre guardar compatibilidade com
a situação de facto que gerou a manifestação de vontade.

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vii. Mérito

Traduz-se na valoração dos motivos e na escolha do objecto desse ato, tarefas que podem ser
expressamente atribuídas pela lei ao agente que realizar determinados actos nela previstos.

viii. Atributos
 Presunção de legitimidade ou de legalidade: Decorrente do princípio da legalidade da
administração, o que faz esta presunção ser inerente ao nascimento do acto administrativo,
ou seja, todos os actos nascem com ela. E Autoexecutoriedade, Imperatividade ou
Coercibilidade, Exigibilidade, Tipicidade.
ix. Procedimento Administrativo

É a sucessão ordenada de operações que propiciam a formação de um acto final objectivado


pela administração pública. Constitui-se de actos intermediários, preparatórios e autónomos,
porém, sempre interligados, de maneira tal que a sua conjugação dá conteúdo e forma ao ato
principal.

x. Classificação
 Quanto à supremacia do Poder Público:

3.4.Tipos de Acto Administrativo


Segundo Meirelles, (2003), “podemos agrupar os actos administrativos em (5) cinco tipos:

a) Actos Normativos: são aqueles que contêm um comando geral do Executivo visando
ao cumprimento de uma lei. Podem apresentar-se com a característica de generalidade
e abstracção (decreto geral que regulamenta uma lei), ou individualidade e concreção
(despacho de nomeação de um servidor). Exemplos: regulamento, decreto, regimento e
resolução.
b) Actos Disciplinares: são os que visam a disciplinar o funcionamento da Administração
e a conduta funcional de seus agentes. Emanam do poder hierárquico, isto é, podem ser
expedidos por chefes de serviços aos seus subordinados. Exemplos: instruções, avisos,
ofícios, portarias, ordens de serviço ou memorandos.
c) Actos Negociais: são todos aqueles que contêm uma declaração de vontade da
Administração apta a concretizar determinado negócio jurídico ou a deferir certa
faculdade ao particular, nas condições impostas ou consentidas pelo Poder Público.
Exemplos: licença, autorização e permissão.

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d) Actos Enunciativos: são todos aqueles em que a Administração se limita a certificar
ou a atestar um facto, ou emitir uma opinião sobre determinado assunto, constantes de
registos, processos e arquivos públicos, sendo sempre, por isso, vinculados quanto ao
motivo e ao conteúdo. Exemplos: certidões, atestados e pareceres.
e) Actos Punitivos: são aqueles que contêm uma sanção imposta pela lei e aplicada pela
Administração, visando a punir as infracções administrativas e condutas irregulares de
servidores ou de particulares perante a Administração. Exemplos: multa administrativa,
interdição administrativa, destruição de coisas e afastamento temporário de cargo ou
função pública.

Elementos dos Actos Administrativos

Para Rohling (2007), “Os elementos essenciais a formação do acto administrativo, constituem
a sua infraestrutura, dai chamado por muitos como requisitos essenciais dos actos
administrativos, são elas: sujeito, forma, motivo, objecto e finalidade”.

a) Sujeito: Público Competente: é o primeiro requisito, que devera ser competente, não
bastando somente a capacidade. A competência decorre obrigatoriamente de lei em
sentido amplo.
b) Forma: A forma é o revestimento que exterioriza o acto. É através dela que o ato passa
a existir. E fundamental que se distinga forma de formalidade. Exemplo: Se a lei dispõe
que determinado acto só pode ser praticado por meio de Decreto e vem ele exteriorizado
por meio de Portaria, poderá ser anulado por vício de formalidade.
c) Motivo: O motivo é a situação de facto, ou de direito, que determina ou autoriza a
realização do acto administrativo. Pode vir expresso em lei como pode ser deixado ao
critério do administrador. Exemplo: dispensa de um servidor ocupante de cargo em
comissão.
d) Objecto: o objecto é conteúdo do acto. Todo ato administrativo produz um efeito
jurídico, ou seja, tem por objecto a criar o, modificação ou comprovação de situações
concernentes a pessoas, coisas ou actividades sujeitas a acção do Poder Público.
e) Finalidade: A finalidade do acto é aquela que a lei indica explicita ou implicitamente.
Os actos serão nulos quando satisfizerem pretensões que não coincidem com interesse
público.

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3.5.Extinção dos Actos Administrativos
De acordo com Noé (2010), “As formas de extinção dependem da natureza, espécie ou efeitos
jurídicos do acto administrativo, divergindo a doutrina quanto a terminologia empregada”. No
entanto, concorrem, formas usuais de extinção ante:

i. Extinção natural: extingue-se pelo natural cumprimento do acto.


 Revogação: pode revogá-lo motivadamente e garantindo a ampla defesa dos
interessados, fazendo cessar seus efeitos a partir do momento da revogação. Assim, todos
os efeitos surgidos enquanto o acto permaneceu válido também o são. A revogação é
prerrogativa da administração, não podendo ser invocada por meio judicial.
ii. Anulação ou invalidação: se um acto administrativo possuir vícios insanáveis,
deve a administração anulá-lo de ofício ou por provocação de terceiro. Também o
judiciário pode anular tal acto. A anulação age retroactivamente, ou seja, todos os
efeitos provocados pelo acto anulado também são nulos.
iii. Revalidação: não é espécie de extinção, mas sim o processo de que se vale a
administração para aproveitar actos administrativos com vícios sanáveis, de modo a
confirmá-los no todo ou em parte. Revalidam-se tais actos pelos seguintes modos:
a) Retificação: a autoridade que praticou o ato ou seu superior hierárquico
decide sanar o acto inválido anteriormente praticado, suprindo a ilegalidade
que o vicia;
b) Reforma ou conversão ou ainda revisão: o novo acto suprime a parte
inválida do anterior, mantendo sua parte válida.
iv. Cassação: extingue-se o acto administrativo quando seu beneficiário não cumpre as
condições que permitiam a manutenção do acto e seus efeitos.
v. Caducidade ou decaimento: ocorre a retirada de um acto administrativo se advir
legislação que impeça a permanência da situação anteriormente consentida, ou seja,
o acto perde seus efeitos jurídicos em virtude de norma superveniente contrária
àquela que respaldava a prática do acto.

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4.Conclusão
Reconhecendo-se que o homem é falho, métodos de controle dos agentes públicos tornaram-se
cada vez mais obrigatórios. E o acto administrativo, por expressar a vontade da Administração
pública, em momentos pontuais, tornou-se o enfoque dos aplicadores do direito com intuito de
buscar uma melhor prestação e probidade do serviço público. E no que tange ao aspecto interno,
volitivo, que dá causa acção ou omissão, há necessidade, com muita acuidade, da análise dos
cinco elementos do acto administrativo: sujeito competente, motivo, forma, objecto e
finalidade. Portanto, compreende-se que acto administrativo é toda manifestação unilateral de
vontade da administração pública que, agindo nesta qualidade, tenha por fim imediato
resguardar, adquirir, modificar, extinguir e declarar direitos ou impor obrigações aos
administrados ou a si própria.

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5.Referências Bibliográficas
Meirelles, Hely Lopes., (2003). Direito administrativo, 28º Edição. São Paulo: Revista dos
Tribunais.

Noé, Fernando Gil, (2010). Manual de Gestão e Administração de Autárquica, UCM, Beira.

Ramalho, Filipa Rente. (2007). O Acto Administrativo, Conceito Estrutura, Objecto e


Conteúdo, Porto.

Rohling, M., (2009). O conceito de Lei, lei legítima e desobediência civil na teoria da justiça
como equidade de John Rawls, Brasil.

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