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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Inconstitucionalidade e Garantia da Constituição

Judite Miguel Afonso da Silva: 708211806

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Disciplina: Direito Constitucional Público e Privado

Ano de Frequência: 2º Ano

Turma: “K”

Nampula, Novembro de 2022


Judite Miguel Afonso da Silva

Código: 708211806

Inconstitucionalidade e Garantia da Constituição

Trabalho de carácter avaliativo a ser submetido ao


docente da cadeira de Direito Constitucional Público e
Privado.

Tutor:

Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Nampula

2022
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 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacionais  Discussão 0.5
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 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 1.0
problema)
 Descrição dos 1.0
Introdução objectivos
 Metodologia adequada
ao objectivo do 2.0
trabalho
 Articulação e domínio
Conteúdo do discurso académico
(expressão escrita 2.0
cuidada, coerência /
Análise e discussão coesão textual)
 Revisão bibliográfica
nacional e
internacional relevante 2.0
na área de estudo
 Exploração dos dados 2.0
Conclusão  Contributos teóricos
práticos 2.0
 Paginação, tipo e
Aspectos Formatação tamanho de letra, 1.0
gerais parágrafo,
espaçamento entre
linhas
Referências Normas APA 6ª  Rigor e coerência das
Bibliográficas edição em citações citações/referências 4.0
e bibliografia bibliográficas
Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor
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Índice

Introdução .............................................................................................................................................. 6

1. Inconstitucionalidade: Conceito ........................................................................................................ 7

2. A Garantia da Constitucionalidade em Geral .................................................................................. 10

2.1. Norma Jurídica e Garantia ............................................................................................................ 10

2.2. Garantia Constitucional ................................................................................................................ 11

2.3. Garantia da Constitucionalidade e Garantia da Constituição ....................................................... 11

2.4. A Garantia e a Fiscalização .......................................................................................................... 12

2.5. Critérios Substantivos de Fiscalização ......................................................................................... 13

Conclusão ............................................................................................................................................ 14

Referências Bibliográficas .................................................................................................................. 15


Introdução

A violação dos limites pela lei suscita o problema da desconformidade constitucional das leis de
revisão. Entretanto, considerando que o poder de revisão não constitui novação do poder constituinte,
mas sim é apenas um poder constituído, o problema da descontinuidade constitucional das leis de
revisão é substancialmente igual ao problema da inconstitucionalidade das normas ordinárias. No
entanto a inconstitucionalidade que é objeto de estudo deste artigo, refere se a relação de contrariedade
que se estabelece entre um acto político e uma norma ou mais normas constitucionais. Contudo, há
inconstitucionalidade quando um acto público viola ou contraria uma norma ou mais normas da
constituição.

O presente trabalho compila informações sobre a temática: Inconstitucionalidade e Garantia da


Constituição. Com este tema, a autora pautou os seguintes objectivos.

Objectivo Geral:

 Estudar a Inconstitucionalidade e Garantia da constituição.

Objectivos específicos:

 Conceituar a Inconstitucionalidade;

 Identificar os tipos de Inconstitucionalidade;

 Identificar os diferentes ramos nos dois tipos de direitos em estudo;

 Indicar os critérios substantivos de fiscalização.

Para a concretização destes objectivos, a autora recorreu a revisão bibliográfica de artigos que versam
sobre a matéria, que constituiu na leitura, análise e interpretação das mesmas obras.

No que concerne à estrutura do trabalho, este apresenta: uma introdução, onde se fez uma breve visão
dos conteúdos abordados no trabalho, objectivos da pesquisa, desenvolvimento onde estão detalhados
os principais conteúdo do trabalho propostos pelo tutor da cadeira, conclusão onde se fez a síntese do
que se percebeu relativamente ao longo do desenvolvimento do trabalho e finalmente termina com a
sua respectiva bibliografia onde estão listadas as obras consultadas e citadas no ato da elaboração do
trabalho de pesquisa.

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1. Inconstitucionalidade: Conceito

Segundo Felisberto, A inconstitucionalidade é a relação de contrariedade que se estabelece entre um


acto político (na forma de acção ou de omissão) e uma norma ou normas constitucionais. Há
inconstitucionalidade quando um acto público viola ou contrária uma norma ou mais de uma norma
da constituição. (p. 158)

Para Canotilho, a inconstitucional é toda lei que viola os preceitos constitucionais a omissão
inconstitucional esse autor vai tratá-la à parte, então definindo-a "principalmente, mas não
exclusivamente, como omissão legislativa inconstitucional, o não cumprimento de imposições
constitucionais permanentes e concretas" (p. 878)

Feitas as abordagens, podemos dizer que A inconstitucionalidade ou a constitucionalidade são aferidas


sempre entre dois termos, a norma ou a ausência dela (omissão), valoração atualizada e a Constituição,
isto é, um valor constitutivo. São, portanto, antes de mais nada uma relação, aquela contrária, está
coincidente, entre valores inseridos no mundo jurídico.

1.2. Tipos de Inconstitucionalidade

Segundo o autor Justino Felisberto, inconstitucionalidade resulta de um vício, mas ela própria não é
um vício. A inconstitucionalidade pode determinar uma invalidade, mas não necessariamente.

O autor Justino Felisberto, fez a descrição dos tipos de inconstitucionalidade ou juízos da seguinte
maneira:

a) Inconstitucionalidade por acção ou positiva: consiste na prática de um acto jurídico-público


contrário à constituição;
b) Inconstitucionalidade por omissão ou negativa: consiste em um órgão do poder público
deixar de praticar, durante determinado período, um acto exigido pela constituição. Trata-se de
uma inércia ou silêncio de um órgão que, pela constituição, era lhe imposto o dever de produzir
uma norma num certo momento. A inconstitucionalidade por omissão pode ser total quando se
verifica uma falta absoluta de produção de medidas legislativas impostas pela Constituição ou
falta de medidas destinadas a conferir exequibilidade a uma norma constitucional ou a um dever
faz. A inconstitucionalidade negativa é parcial quando a omissão é relativa apenas a alguns

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aspectos do dever constitucionalmente imposto ou houve cumprimento parcial em relação a
alguns destinatários;
c) Inconstitucionalidade total: quando é toda a norma que é inconstitucionalidade e não apenas
parte dela; ou quando é todo o diploma legal que é inconstitucionalidade, e não apenas alguns
dos seus preceitos. Também pode se falar de inconstitucionalidade total para referir que
determinado acto público é inconstitucional por todo o tempo, e não apenas por certo tempo.
d) Inconstitucionalidade parcial: a que afecta uma parte do diploma legal ou de uma norma.
Também pode se falar de inconstitucionalidade parcial para referir que determinada norma ou
certo diploma legal é inconstitucional durante algum tempo.
e) Inconstitucionalidade material: diz respeito ao conteúdo; quando o conteúdo de um acto
público é contrário ao conteúdo de uma norma constitucional. Há inconstitucionalidade
material quando se ofende uma norma constitucional de fundo. A inconstitucionalidade
material pode ser total ou parcial, consoante se todo o conteúdo do acto público é contrário
com o conteúdo de uma norma constitucional, ou se apenas parte do acto público é que
contraria a constituição.
f) Inconstitucionalidade formal: a que diz respeito, não ao conteúdo, mas sim à forma do acto,
designadamente, quando o acto público não obedeceu às formas e formalidades exigidas pela
constituição. Quando há ofensa de uma norma constitucional de forma ou de processo.
Exemplo, quando um acto do poder público decrete o estado de sítio sem observar o formalismo
exigido na Constituição. A inconstitucionalidade formal pode ser total ou parcial, consoante se
houve preterição de todo o formalismo processual ou apenas parte dele.
g) Inconstitucionalidade orgânica: quando há ofensa de uma norma constitucional de
competência. Exemplo, quando o Conselho de Ministros pratique um acto que cabe nas
competências exclusivas do Presidente da República (ex: nomeação de Reitores de
universidades públicas). A inconstitucionalidade orgânica pode ser total ou parcial, consoante
se o acto público foi todo ele praticado por um órgão se competência, ou se apenas certos actos
desse acto público é que foram praticados por quem não tinha competência. No que diz respeito
ao relacionamento entre a inconstitucionalidade formal, orgânica e material, tem se discutido,
nos casos em que um acto padeça simultaneamente de inconstitucionalidade orgânica (formal)
e material, ao serem apreciadas essas inconstitucionalidades, deverá dar-se precedência à
inconstitucionalidade material sobre a formal ou o contrário. A este respeito, diz Jorge Miranda

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que “cremos que a precedência lógica e ontológica tem de pertencer aos elementos substanciais.
(Miranda, 1996).
h) Inconstitucionalidade originária: verifica-se quando, durante a vigência de uma norma
constitucional, é emanada uma norma contrária àquela norma constitucional
(inconstitucionalidade originária positiva). Ou quando durante a vigência da norma
constitucional, se verifica a emissão de uma determinada norma exigida pela constituição
(inconstitucionalidade originária negativa).
i) Inconstitucionalidade superveniente: verifica-se quando, durante a vigência de uma certa
norma ordinária, entra em vigor uma nova norma constitucional que vai dispor de forma
contrária àquela norma ordinária. Neste caso, a norma ordinária torna-se supervenientemente
inconstitucional (inconstitucionalidade material superveniente).
j) Inconstitucionalidade presente: quando um determinado acto público é inconstitucional face
a uma norma constitucional vigente. Trata-se de uma inconstitucionalidade actual. Também
pode significar a inconstitucionalidade de uma norma infraconstitucional ainda em vigor.
k) Inconstitucionalidade pretérita: trata-se de uma inconstitucionalidade perante uma norma
constitucional que já não está em vigor: inconstitucionalidade póstuma. Por exemplo, se
determinada norma ordinária era contrária à uma norma constitucional, com a revisão
constitucional que resulta na revogação daquela norma constitucional, a norma ordinária
continua inconstitucional a título póstumo. Também pode significar a inconstitucionalidade de
uma norma infraconstitucional que já não está em vigor; por exemplo, o § 2 a) do artigo 291
do CPP foi tacitamente revogado nos termos do artigo 305 da CRM, no entanto, nalguns casos
continua a ser aplicado por alguns magistrado moçambicanos, o que suscita a necessidade do
Conselho Constitucional declarar a sua inconstitucionalidade pretérita.
l) Inconstitucionalidade antecedente: resulta do confronto directo e imediato entre a norma
legal ou acto público com a constituição.
m) Inconstitucionalidade consequente: é resultante da inconstitucionalidade antecedente. Trata-
se por exemplo, dos casos em que um acto torna-se inconstitucional, porque a norma legal de
que se serve de base é inconstitucional. Exemplo: um regulamento administrativo executivo de
uma norma legal inconstitucional.

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2. A Garantia da Constitucionalidade em Geral

2.1. Norma Jurídica e Garantia

Segundo Felisberto, as normas jurídicas garantidas são as que são reforçadas por outras, pelas normas
jurídicas de garantia. Já as normas jurídicas de garantia são as que visam assegurar ou reforçar a
efectividade das normas jurídicas (garantidas). As normas jurídicas de garantia ainda podem ser
garantidas por outras normas jurídicas. (p. 170)

Assim, porque as normas constitucionais substantivas podem ser violadas, por acção ou por omissão,
são acompanhadas por normas constitucionais adjectivas. “A inconstitucionalidade corresponde
garantia da constitucionalidade”. (Miranda, 1996, p. 350)

Para Felisberto, entre as formas de defesa ou garantias preventivas da constituição podem se apontar:

 O juramento dos titulares de cargos públicos (artigo150 da CRM);


 A proibição de partidos políticos contrários à constituição (artigo 74 e 75 da CRM);
 O estado de excepção ou de necessidades e regras de organização adequadas durante o período
do estado de necessidade (artigo 72 da CRM)
 A proibição de revisão constitucional (artigo 294 da CRM); e
 Dissolução da Assembleia durante o estado de necessidade (artigo 189 da CRM), as
incompatibilidades de cargos públicos (artigos 219, 172, 149 da CRM).

Segundo Felisberto, as sanções constitucionais ou garantias repressivas são dirigidas aos titulares de
órgãos do poder pela prática de actos ilícitos ou, inconstitucionais ou ilegais, no exercício das suas
funções. São medidas sancionatórias aplicáveis aos titulares de cargos públicos ou aos órgãos de
soberania em casos de violação da constituição.

Exemplo: a responsabilidade criminal e civil desses titulares (artigos 153, 154, 174, 175 da CRM), a
perda de mandato de deputados (artigo 178 da CRM), a dissolução da Assembleia da República (artigo
188 da CRM), etc.

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2.2. Garantia Constitucional

Segundo Felisberto, A garantia é um mecanismo acessório para assegurar efectividade da norma, para
assegurar que a norma exerça a sua função. Deste modo, a garantia está fora da norma garantida, e
constitui um reforço à norma garantida. (p. 169)

As normas jurídicas garantidas são as que são reforçadas por outras, pelas normas jurídicas de garantia.
Já as normas jurídicas de garantia são as que visam assegurar ou reforçar a efectividade das normas
jurídicas (garantidas). As normas jurídicas de garantia ainda podem ser garantidas por outras normas
jurídicas.

Assim, porque as normas constitucionais substantivas podem ser violadas, por acção ou por omissão,
são acompanhadas por normas constitucionais adjectivas. “A inconstitucionalidade corresponde
garantia da constitucionalidade” (Miranda, 1996, p. 350).

2.3. Garantia da Constitucionalidade e Garantia da Constituição

A garantia da constitucionalidade reverte-se em garantia da constituição, quando esta é considerada


como um todo, pois a violação de uma norma constitucional significa a violação da constituição,
porquanto, conforme Miranda (1996),

Miranda (1996), afirma que:

“Do cumprimento ou incumprimento das normas constitucionais – em qualquer caso,


avulso – depende a integridade ou não da Lei Fundamental não há garantia da
constitucionalidade desprendida da respectiva Constituição formal e material ou
incongruente com os seus princípios” (p. 351).

Assim, a garantia da constitucionalidade é a garantia da efectividade de normas constitucionais (de


todas e de cada uma delas). Da garantia da constitucionalidade podem-se distinguir:

 As formas de defesa da constituição (que são as garantias da constituição no seu conjunto, ou


dum ou outro instituto da constituição),
 As sanções constitucionais.

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As sanções constitucionais ou garantias repressivas são dirigidas aos titulares de órgãos do poder pela
prática de actos ilícitos ou, inconstitucionais ou ilegais, no exercício das suas funções. São medidas
sancionatórias aplicáveis aos titulares de cargos públicos ou aos órgãos de soberania em casos de
violação da constituição. Exemplo: a responsabilidade criminal e civil desses titulares (artigos 153,
154, 174,175 da CRM), a perda de mandato de deputados (artigo 178 da CRM, cit em Felisberto:
Manual de Direito Constitucional).

2.4. A Garantia e a Fiscalização

Para o autor Felisberto, a garantia da constituição pode ser feita através de meios individuais, por meios
orgânicos (sendo órgãos de soberania a controlar o comportamento doutros órgãos de soberania, por
formas a permitir que a conduta desses seja consentânea com a Constituição) e garantia institucional
(quando é feita em forma de fiscalização). (p. 171).

Contudo, o conceito de fiscalização não é de todo coincidente com o da garantia, porquanto:

(i) A garantia da constituição pode ocorrer de diversas formas que não sejam apenas a
fiscalização, desde que tais formas assegurem a efectividade das normas constitucionais;
aliás, a fiscalização pode conceber-se exclusivamente ao serviço da garantia, casos em
estarmos perante a fiscalização da constitucionalidade (tal como prevista nos artigos 241 e
ss da CRM). A garantia é um fim visado pela fiscalização.
(ii) Entretanto, a fiscalização é um sistema, um aparelho orgânico, um meio institucionalizado
ou um processo criado para assegurar a garantia da constituição. A fiscalização é um meio
para atingir a garantia, é uma actividade destinada a obter o resultado que é a garantia da
constituição.

A fiscalização pode operar fora do contexto exclusivo de garantia, como ensina Jorge Miranda (1996):

“À garantia é mais que a fiscalização, assim como a fiscalização existe para mais do
que para a garantia. Pode haver uma fiscalização ao serviço da garantia é a fiscalização
da constitucionalidade (…) pode haver uma fiscalização independente da garantia
assim como a fiscalização de um órgão sobre outro, em especial quando os seus
titulares são perante ele responsáveis (como é o do Presidente da República perante a
Assembleia da República). (p. 353).

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Contudo, a fiscalização da constitucionalidade pode classificar-se ao objecto da fiscalização, aos
órgãos, ao tempo, às circunstâncias, aos interesses relevantes no processo e `a forma processual. Com
efeito, cabem no direito constitucional a classificação quanto ao objecto, aos órgãos e ao tempo, ao
passo que as restantes classificações cabem no direito constitucional adjectivo.

2.5. Critérios Substantivos de Fiscalização

Segundo o autor Felisberto, os critérios substantivos da fiscalização atendem ao objecto, aos órgãos e
ao tempo, e descreve da seguinte maneira:

a) Quanto ao objecto: a fiscalização da constitucionalidade define-se pelo objecto sobre que


incide, ou seja, pelo tipo de comportamento a ser fiscalizado (que pode ser uma omissão ou
uma acção positiva), pelos elementos ou vícios de que o acto fiscalizado padece. Assim, quanto
ao objecto, a fiscalização pode incidir sobre actos ou apenas normas de um diploma legal, pode
incidir sobre totó o diploma legal, pode ser uma fiscalização de inconstitucionalidade material,
formal ou apenas orgânica.
b) Quanto aos órgãos ou sujeitos da fiscalização: trata-se de definir que tipos de órgãos realizam
a fiscalização. Assim, pode se falar de fiscalização de órgãos comuns ou por órgãos especiais,
fiscalização por órgãos por órgãos políticos e por órgãos jurisdicionais ou até por órgãos
políticos, jurisdicionais e administrativos, fiscalização difusa e concentrada. (p. 173)
c) Quanto ao tempo: a fiscalização pode ser preventiva ou sucessiva.
d) Quanto às circunstâncias ou modo como se manifesta a fiscalização: a fiscalização pode
ser abstrata ou concreta.

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Conclusão

Diante do estudo e desenvolvimento deste trabalho é possível perceber que a inconstitucionalidade ou


a constitucionalidade são aferidas sempre entre dois termos, a norma ou a ausência dela (omissão),
valoração atualizada e a Constituição, isto é, um valor constitutivo. São, portanto, antes de mais nada
uma relação, aquela contrária, está coincidente, entre valores inseridos no mundo jurídico. Entretanto
as normas jurídicas garantidas são as que são reforçadas por outras, pelas normas jurídicas de garantia.
Já as normas jurídicas de garantia são as que visam assegurar ou reforçar a efectividade das normas
jurídicas (garantidas).

Por sua vez, as normas jurídicas de garantia ainda podem ser garantidas por outras normas jurídicas.
Assim, porque as normas constitucionais substantivas podem ser violadas, por acção ou por omissão,
são acompanhadas por normas constitucionais adjectivas.

Portanto, a inconstitucionalidade corresponde garantia da constitucionalidade”. Contudo a garantia da


constituição pode ser feita através de meios individuais, por meios orgânicos (sendo órgãos de
soberania a controlar o comportamento doutros órgãos de soberania, por formas a permitir que a
conduta desses seja consentânea com a Constituição) e garantia institucional (quando é feita em forma
de fiscalização).

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Referências Bibliográficas

Brasil. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado.

Canotilho, J. J. G. (s /d). Direito Constitucional e Teoria da Constituição, p. 878.

Felisberto, J. (s /d). Manual de Direito Constitucional, Público e Privado. UCM-CED. Moçambique:


Beira.

Miranda, J. (1996) Manual de direito constitucional: constituição e inconstitucionalidade. Tomo II, 3ª


edição, Coimbra Editora.

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