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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

ÉTICA E LIVRE VONTADE DO AGIR HUMANO

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Turma: “A”

Nampula, Abril, 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distância

ÉTICA E LIVRE VONTADE DO AGIR HUMANO

Discente: Ana Maria Elias, Código: 708208493

Curso: Licenciatura em Administração Pública

Cadeira: Ética Social

Ano de Frequência: 3º Ano

Docente: Neid A. Rajabo Machel

Nampula, Abril, 2022

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FOLHA DE FEEDBACK

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Pontuação Nota /
Máxima tutor Subtotal
 Capa 0.5
 Índice 0.5
Estrutura Aspectos  Introdução 0.5
organizacionais  Discussão 0.5
 Conclusão 0.5

 Bibliografia 0.5
Contextualização (indicação
clara do problema) 1.0
Introdução Descrição dos objectivos 1.0
Metodologia adequada ao 2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
Análise discurso académico (expressão 2.0
discussão escrita cuidada, coerência/coesão
textual).
Revisão bibliográfica nacional e
internacional revelantes na área 2.0
de estudo.
Exploração dos dados 2.0
Conclusão Contributos teóricos práticos 2.0
Aspectos Formatação Paginação, tipo e tamanho de 1.0
gerais letra, paragrafo, espaçamento
entre linhas
Normas APA
6a ed. e citações Rigor e coerência das citações/ 4.0
e bibliografia referências bibliográficas

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchido pelo tutor
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Índice
1.Introdução................................................................................................................................5

2.Ética e Livre Vontade do Agir Humano..................................................................................6

2.1.Acto Voluntário Humano......................................................................................................6

2.1.1.Tipos de Acto Voluntário...................................................................................................7

3.Níveis do Querer ou Voluntariedade.......................................................................................7

3.1.As (4) fases de livre vontade ou acto voluntário do agir humano:.......................................7

3.2.Formas para superar a Abulia e elevar a livre vontade de agir.............................................8

4.Responsabilidade Social..........................................................................................................8

4.1.Função da ética no Agir Humano.........................................................................................9

5.Conclusão...............................................................................................................................10

6.Referências Bibliográficas.....................................................................................................11

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1.Introdução
O presente trabalho é de carácter avaliativo, e visa abordar sobre, Ética e Livre Vontade do
Agir Humano, de antemãos, é imprescindível referir que o estudo da livre vontade do agir
humano é um dos aspectos principais de análise ético, pois qualquer manifestação, a aceitação
ou não de certos costumes reflecte-se na execução dos factos o que implica que, o homem
consente a partir da sua consciência e pela facto ético, avaliar no seu interior e executar algo
como um fim dotado de valor ético Bom ou Mau. A simples livre vontade do agir humano
que se considera como algo individual, prova que os seus efeitos, apesar de serem de um fim
Bom ou Mau mediante o acto, esta livre vontade, pode ser e ter impacto colectivo ou pode
afectar uma sociedade inteira. A metodologia usada para a realização do trabalho em estudo,
foi o método de pesquisa bibliográfica, cingida através da leitura de livros e artigos diversos, e
o estudo foi feito de forma qualitativa através de consulta em autores que abordam os
conteúdos relacionados com o tema.

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2.Ética e Livre Vontade do Agir Humano
 O Conceito de Livre vontade

Para CHOUCHARD citado por SALVADOR (s/ed., p: 16), “a vontade é um esforço mental
que incita à acção, é o Poder que o homem possui de representar a si mesmo e de realizar ou
não realizar qualquer algo”.

A vontade é algo intrínseco no homem, apenas pode ser observado na medida em que
este demonstra com um certo impacto de continuidade na execução do facto ético, através de
emoção, vivacidade e acções energética apresentada na sua manifestação.

Os actos humanos são acções praticadas de forma livre, consciente, deliberada e


voluntária, acções essas que afectam a própria pessoa, a outras pessoas, ou a determinados
grupos sociais ou mesmo a sociedade no seu todo.

“Os Homens agem na busca dos seus interesses e deste modo que a ética
servirá para regular essas relacções, colocando limites e parâmetros a serem
seguidos, o comportamento é orientado por princípios e convicções, e não
pelas convenções, pelo receio da punição ou pela busca de recompensas. A
ética é relativo a liberdade do bem é em relacção aos actos livres humanos,
aqui podemos notar a liberdade, os valores morais a apresentarem-se no agir
para a liberdade do individuo”. COELHO (2014, p. 16).

2.1.Acto Voluntário Humano


Conforme SALVADOR (s/ed., p: 17), “O acto voluntario é sempre um acto iluminado pelo
entendimento, inteligência que apresenta à vontade perante os objectivos desejáveis e os
motivos de apetibilidade. A vontade de agir humano é livre de determinação, pode diferenciar
ou apartar-se do objecto proposto, pode também eleger um objecto entre vários escolhidos”.

O acto de livre vontade pode receber influências modificadoras e estas alterar ou determinar
as condições. Os elementos que podem diminuir as influências de livre vontade são:

 Quando o nosso conhecimento não alcança claramente o juízo, pode modificar o acto
de agir, como: a Ignorância e dúvida;
 Quando a vontade e atraída, aumenta a paixão aumenta também a força de inclinação
de tal modo que a razão fica induzido e o raciocínio diminui e;
 Quando o Bem é aliado a ameaça ou desviado (Medo), pode chegar a destruir a raiz da
vontade ou estado livre sobre o acto.

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2.1.1.Tipos de Acto Voluntário
Tipo de Acto Descrição
Voluntário Positivo Fazer ou querer algo simplesmente;
Voluntário Negativo Não fazer e não querer algo;
Acto Voluntário Neutro Não há voluntariedade, por isso nem é negativo nem positivo.

3.Níveis do Querer ou Voluntariedade


a) Nível actual: Querer algo imediatamente;
b) Nível virtual: Uma intenção que uma vez feita continua a influenciar na caminhada
do individuo, podendo cultivar a virtude ou ideia inicial;
c) Nível habitual: Intenção que foi feita mas, não influencia o acto intencional
d) Nível Interpretativo: Intenção que não foi realizada mas, pode ser feita se a pessoa
dar conta do caso.

3.1.As (4) fases de livre vontade ou acto voluntário do agir humano:


i. Fase de concepção: o homem tem que conceber a seu bem e a livre vontade de agir
perante algo que o convêm, caso contrário não;
ii. Fase de deliberação: Pensar e contrabalançar, implica que qualquer acção humana é
um facto ético consciente;
iii. Fase de decidir: Para efectuar algo, deve ser comandado pelo intelecto depois de
avaliado, a decisão é a fase de concretização da acção ou não para a execução e;
iv. Fase de execução: acto de fazer a acção.

O facto ético compreende a avaliação da acção do agir do homem do bom e mau, pode
ser também considerada uma capacidade inata de julgar normalmente o que é bom e mau
onde é observado no comportamento do homem.

Falar de ética, entende-se como a avaliação do bom e do mau, o que constitui um facto
de experiencia e, é a partir desta que a ética se desenvolve. Pode ser também considerado
como a capacidade inata de julgar moralmente o que é bom e mau, este facto está presente em
todos indivíduos, visto que, nenhuma pessoa pode escapar, portanto todas as pessoas
participam a realidade que deve ser aceite por todos, caso contrario algo deve estar faltando.

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A ética centra-se nas teorias normativas relacionadas com a conduta e os costumes humanos
que garantam o bem comum. Os psicólogos consideram que a concepção de qualquer acto
ético deve ser da vontade do individuo e, nesta versão, a livre vontade é o contrário de Abulia.

 Conceito de Abulia

Segundo SALVADOR (s/ed., p: 18), “a Abulia é o enfraquecimento da vontade ou ausência


da vontade e pode ser inata próprio dos males, passiva dos que não fazem verdadeiramente
esforço para viver e pode-se manifestar no estado doentio dum individuo”.

Dentre estados de Abulia, constata-se as mais frequentes no homem, limitando-lhe a livre


vontade de agir e influenciando a sua conduta, temos os seguintes:

a) As Melancolia (Melancólico/Psicopata/ Obcecado): é o enfraquecimento do humor,


nota-se pela tristeza aguda, um profundo pessimismo e, pela perca de iniciativa;
b) Da Psicastenia: neurose, doenças mentais que se caracterizam por falta de resolução
dúvida, ou por elevadas preocupações constante sem soluções;
c) Obsessão: é a ideia persistente que fica sempre no individuo e assaltante no espírito do
individuo, acompanhado de um sentimento penoso de ansiedade;
d) Depressão; a inflexão da energia na pessoa e é acompanhada de tristeza, enfraquecimento
físico, mental e também espiritual (Insónia), as depressões vedam no individuo a
realização do Bem moral e influencia a família, a comunidade, ou grupo de pessoas.

3.2.Formas para superar a Abulia e elevar a livre vontade de agir


De acordo com CHOUCHORD apud SALVADOR (s/ed., p: 18) “qualquer individuo pode
incentivar a livre vontade de agir”, através de:

 Exercício paulatino e consistente de acto de responsabilidade;


 Criar hábitos de agir sozinho;
 Treino contínuo da vontade de fazer as coisas e;
 Questionar os actos no agir.

4.Responsabilidade Social
A ideia de responsabilidade social está no centro desta etapa de desenvolvimento moral. São
indicativos desta etapa:

 Minha liberdade termina onde começa a liberdade do vizinho;

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 Não há o que me obrigue a fazer algo que considere moralmente errado;
 Não importa a opinião da maioria, mas valores universais e ideais como justiça, direito,
igualdade, liberdade, fraternidade;
 Na etapa pós-convencional de desenvolvimento moral, o comportamento é determinado
pelo idealismo moral.

4.1.Função da ética no Agir Humano


De acordo com MOIN, (1898, p: 65), “A Ética tem por função investigar e explicar o
comportamento das pessoas ao longo das várias fases da história. Essa função apresenta-se
como de grande relevância, tanto no sentido de se entender o passado, quanto de servir como
parâmetro para fixação de comportamentos “padrões”, aceitos pela maioria, visando a
diminuir o nível de conflitos de interesses dentro da sociedade. No entanto ela constitui-se
como elemento fundamental para a construção da sociabilidade do ser humano.

Importa afirmar também que a função do ethos é promover a excelência moral, ou


seja, a prática das virtudes, e o exercício das virtudes tem como fim último a felicidade (a vida
boa, a vida virtuosa). A ética trata do comportamento do ser humano, da relacção entre sua
vontade e a obrigação de seguir uma norma, do que é o bem e de onde vem o mal, do que é
certo e errado, da liberdade e da necessidade de respeitar o próximo. Ela se impõe como a
condição fundamental de possibilidade para a prática das virtudes e o exercício da cidadania”.

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5.Conclusão
Chegado neste ponto importa salientar que o estudo da livre vontade do agir humano é um dos
aspectos principais de análise ético, pois qualquer manifestação, a aceitação ou não de certos
costumes reflecte-se na execução dos factos o que implica que, o homem consente a partir da
sua consciência e pela facto ético, avaliar no seu interior e executar algo como um fim dotado
de valor ético Bom ou Mau. A simples livre vontade do agir humano que se considera como
algo individual, prova que os seus efeitos, apesar de serem de um fim Bom ou Mau mediante
o acto, esta livre vontade, pode ser e ter impacto colectivo ou pode afectar uma sociedade
inteira.

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6.Referências Bibliográficas
COELHO, Daniela, Ética e Responsabilidade Social, s/d. Edição, Brasil, 2014.

MOIN, Edgar, introdução ao pensamento ético, edição Paulista, Lisboa 1898.

SALVADOR, Matateu Armando, Ética Social, Manual de Tronco Comum, s/d. ed.
Universidade Católica de Moçambique, Beira.

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