Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Classificação
Categorias Indicadores Padrões
Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
Capa 0.5
Índice 0.5
Estrutura
Aspectos Introdução 0.5
organizacionais
Discussão 0.5
Conclusão 0.5
Bibliografia 0.5
Contextualização (Indicação
1.0
clara do problema)
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Articulação e domínio do
discurso académico
Conteúdo 2.0
(expressão escrita cuidada,
coerência / coesão textual)
Análise e
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacional 2.0
relevante na área de estudo
Exploração dos dados 2.0
Conclusão ........................................................................................................................................ 9
Introdução
O presente trabalho emerge na disciplina de Reforma do Sector Público, que tem como tema:
Teoria Burocrática na Administração Pública. Referir que a teoria da burocracia tem como base o
pensamento racional, para almejar a excelência. Actualmente as pessoas associam burocracia a
processos demorados e com bastante papel (papelada). No entanto neste trabalho falou-se da
Administração Burocrática e as principais características das teorias burocráticas. Quanto a
metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, com a estruturação do trabalho contendo capa,
contracapa, índice, introdução, objectivo, desenvolvimento, metodologia, conclusão e referências
bibliográficas.
2
1. Administração Burocrática
Como afirma Chiavenato (2003), Max Weber foi o primeiro teórico que, em uma análise voltada
para a estrutura, acreditava que a burocracia era a organização por excelência.
Segundo Motta (1975, p. 46), a preocupação de Weber está na racionalidade, entendida como a
adequação dos meios aos fins. E uma organização é racional quando é eficiente. Assim, para
Weber, a burocracia era a forma mais eficiente de uma organização. Ele descreveu um tipo de
estrutura burocrática acreditando que fosse comum à maioria das organizações formais. No
entanto, como ressalta Maximiano (2000), Weber não definiu um modelo padrão para ser
aplicado, apenas esquematizou as principais características da burocracia existente.
3
Ao sistematizar seu estudo da burocracia, Weber (Maximiano, 2000, p. 88) começa com a análise
dos processos de dominação ou autoridade. Segundo o autor, “a autoridade é a probabilidade de
haver obediência dentro de um grupo determinado”. Weber distinguiu três tipos de sociedade e
autoridade:
A burocracia, segundo Weber (Chiavenato, 2003, p. 266-267), traz consigo diversas vantagens.
Primeiramente, a sua racionalidade, o que significa dizer que procura os meios mais eficientes
para atingir as metas da organização. A precisão com que cada cargo é definido proporciona o
conhecimento exacto de cada responsabilidade.
Como descrito por Chiavenato (2003, p. 268), o tipo ideal de burocracia weberiana tinha como
uma das características a previsibilidade do seu funcionamento contribuindo para a obtenção de
5
maior eficiência organizacional. Porém, autores como Merton, encontraram limitações na obra de
Weber, partindo para uma análise crítica da realidade descrita por ele.
Para Merton não existe uma organização completamente racional, como proposto por Weber. Até
porque, sendo um tipo ideal, tende a ser modificado pelos homens. Merton notou que a
burocracia leva também a consequências imprevistas que conduzem a ineficiências e
imperfeições, e estas, por sua vez, são enfatizadas e exageradas pelos leigos. A esse fenómeno,
Merton denomina de disfunções da burocracia, a exemplo da internalização das regras e o apego
aos regulamentos, o excesso de formalismo e de papelório, a resistência a mudanças, a
dificuldade no atendimento a clientes e os conflitos com o público.
Segundo Weber, porém, a burocracia torna a organização eficiente e eficaz, garantindo rapidez,
racionalidade, homogeneidade na interpretação das normas, redução dos atritos ou
discriminações e padronização (decisões iguais em situações iguais). A burocracia busca
amenizar as influências externas à organização, harmonizar a especialização dos seus
colaboradores e o controle das suas actividades através da competência e eficiência, sem
considerações de ordem pessoal. Weber identifica três factores principais que favorecem o
desenvolvimento da moderna burocracia:
Entretanto, para Max Weber a burocracia é exactamente o contrário: é a organização eficiente por
excelência e, para conseguir esta eficiência, a burocracia precisa detalhar antecipadamente e nos
mínimos detalhes como as coisas devem acontecer. Em relação a este parágrafo acrescente-se que
para Merton, não existem uma organização totalmente racional e o formalismo não tem a
profundidade descrita por Weber. Assim pode-se dizer que para outros estudiosos a Burocracia
não é tão eficiente como Weber apresenta, levando ao excesso de formalismo, de documentação e
de papelório, isto leva a baixa eficiência.
A análise weberiana da burocracia foi posteriormente ampliada pelo sociólogo e filósofo Arnold
Gehlen em sua teoria das instituições. Para Gehlenite, a burocracia é apenas uma modalidade de
instituição social. Nossa vida seria impossível sem a existência tais dispositivos, uma vez que
eles disponibilizam previamente aos indivíduos determinados protocolos de acção, ou seja,
orientação. Para Gehlenite a razão de ser mais profunda da existência das instituições é que elas
nos proporcionam não apenas eficácia, mas também um tipo específico alívio psicológico
(Entlastung) pelo fato de não termos de decidir, a cada momento e sempre novamente, como
orientar nossas decisões.
A organização é atada por comunicações escritas. Suas regras, decisões e acções administrativas
são elaboradas e lavradas por escrito. Daí o carácter formal da burocracia: todas as acções e
7
procedimentos são feitos para proporcionar comprovação e documentação adequadas, bem como
assegurar a interpretação unívoca das comunicações.
Possui um aspecto totalmente racional por ser uma organização que evidencia uma divisão de
trabalho sistemática, que atende a uma racionalidade, que é adequada aos objectivos a serem
atingidos: a eficiência da organização. Há uma divisão sistemática do trabalho e do poder,
estabelecendo as atribuições de cada participante. Cada participante tem um cargo específico,
funções específicas e uma esfera de competência e responsabilidade. (Chiavenato, 2003 p. 263).
Um carácter impessoal por conta da distribuição das actividades que é feita de forma impessoal,
isto é, em termos de cargos e funções e não de pessoas envolvidas. Conforme Chiavenato (2003)
a administração burocrática considera pessoas como ocupantes de cargos e de funções, o poder
década pessoa deriva do cargo que ela ocupa, o mesmo acontece na relação entre subalterno e
chefia, a obediência é em consideração ao cargo de maior nível e não a pessoa em si, desta forma
a burocracia garante a continuidade, pois pessoas vêm e vão, porém, os cargos e funções
permanecem ao longo do tempo. Desta forma, a burocracia é uma estrutura social
impessoalmente organizada.
Hierarquia de autoridade:
Os cargos são estabelecidos de acordo com o princípio da hierarquia. Cada cargo inferior deve
estar sob o controle e supervisão de um posto superior. Nenhum cargo fica sem controle ou
supervisão. Daí a necessidade da hierarquia da autoridade para definir as chefias nos vários
escalões de autoridade.
As regras e normas técnicas regulam a conduta do ocupante de cada cargo, cujas actividades são
executadas de acordo com as rotinas e procedimentos.
organização na qual a escolha das pessoas é baseada no mérito e na competência técnica e não em
preferências pessoais.
Especialização da administração:
Segundo Weber apud (2003), é uma organização que se caracteriza pela profissionalização dos
seus participantes. Cada funcionário da burocracia é um profissional, pelas seguintes razões: é um
especialista, ou seja, cada funcionário é especializado nas actividades do seu cargo; é assalariado
– os funcionários da burocracia participam da organização e recebem salários correspondentes ao
cargo que ocupam; é nomeado por superior hierárquico; seu mandato é por tempo indeterminado;
segue carreira dentro da organização; não possui a propriedade dos meios de produção, o
administrador profissional administra a organização em nome dos proprietários; é fiel ao cargo e
identifica-se com os objectivos da empresa, o funcionário passa a defender os interesses do seu
cargo e da sua organização.
Conclusão
Neste trabalho abordou-se sobre a Teoria Burocrática na Administração Pública, donde conclui-se
que, Max Weber teve uma contribuição de extrema importância para o desenvolvimento da
matéria de administração e para a organização das empresas e instituições que encontramos nos
dias atuais. Weber encontrou problemas nos processos de organização das empresas, e com seu
pensamento visionário contribuiu a com as mesmas fornecendo seu conhecimento avançado.
10
Referências Bibliográficas