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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Instituto de Educação à Distancia

TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANA

Discente: Maria Carlos Gulamussene Código: 708183878

Curso: Licenciatura em Administração


Pública

Disciplina: Gestão e Governação e partitiva

Ano de Frequência: 4o ano

Docente: Dr : Américo Simango

Quelimane, Maio de 2021

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Critérios de avaliação (disciplinas teóricas)

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuaçã Subtot
do
o máxima al
tutor
 Índice 0.5
Aspectos  Introdução 0.5
Estrutura organizacion  Discussão 0.5
ais  Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara do 2.0
problema)
Introdução
 Descrição dos objectivos 1.0

 Metodologia adequada
2.0
ao objecto do trabalho
 Articulação e domínio
do discurso académico
Conteúdo (expressão escrita 3.0
cuidada, coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão bibliográfica
nacional e internacional
2.0
relevante na área de
estudo
 Exploração dos dados 2.5
 Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
 Paginação, tipo e
Aspectos tamanho de letra,
Formatação 1.0
gerais paragrafo, espaçamento
entre linhas
Referência Normas APA
 Rigor e coerência das
s 6ª edição em
citações/referências 2.0
Bibliográfi citações e
bibliográficas
cas bibliografia

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Folha para recomendações de melhoria: A ser preenchida pelo tutor

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Índice
Introdução...................................................................................................................................5
1.2.Objectivos.............................................................................................................................5
1.2.1.Objectivo geral:..................................................................................................................5
1.2.3.Objectivo Específicos........................................................................................................5
1.3.Metodologia..........................................................................................................................5
2.TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANA.................................................................................6
2.1.Conceito de Teoria das Relações Humanas..........................................................................6
2.2.Origens da teoria das relações humanas...............................................................................6
2.3.Diversas perspectivas das Teorias das Relações Humanas...................................................7
2.3.1.Experiência de Hawthorne.................................................................................................7
2.3.4.Conclusões da Teoria.........................................................................................................8
2.3.5.Características das Relações Humanas..............................................................................8
3.Roethlisberger e William Dickson...........................................................................................9
4.Chester Bernard.....................................................................................................................10
4.1.Críticas à teoria das relações humanas................................................................................10
Conclusão..................................................................................................................................12
Referências Bibliográficas........................................................................................................13

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Introdução

Este trabalho apresenta uma abordagem contextual sobre a “Teoria das Relações Humanas,”
onde as pessoas têm necessidades fisiológicas e psicológicas dentro e fora da empresa o
instituição. Essas influenciavam na produção, fazendo os operários crerem que a intensidade
variava e o rendimento variava de acordo com a luminosidade que os operários supunham
trabalhar. Quanto o cansaço é responsável pela produção de uma empresa, desvendar e
pesquisar a fundo o motivo dos constantes conflitos entre trabalhadores e os empregadores,
além disso, verificar as situações que dificultam o convívio.

A dificuldade no relacionamento dos órgãos das relações humanas e de produção, na


convivência entre pessoal, caso concreto nas relações humanas, na observação das mudanças
de ambiente e o grupo de controlo, onde se manteriam as condições anteriormente normais de
trabalho para servir como referencia, na busca por variáveis que influenciassem, positiva ou
negativamente, a produção.

1.2.Objectivos

1.2.1.Objectivo geral:

 Compreender a Teoria das Relações Humana;

1.2.3.Objectivo Específicos

 Definir os diversos conceitos da Teoria das Relações Humana, sua origem e


necessidade das existências;
 Explicar Teoria de Relações Humanas em diversas perspectivas;
 Abordar as possíveis conclusões trazida pelas teorias.

1.3.Metodologia

Para concretização do presente trabalho recorreu-se a consulta de livros e artigos que


continham a informação do tema, assim como as pesquisas e bibliotecas com o intuito de
trazer o essencial e melhorar o desenvolvimento científico do trabalho.

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2.TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANA

2.1.Conceito de Teoria das Relações Humanas

Teoria das Relações Humanas, ou Escola das Relações Humanas, é um conjunto de


teorias administrativas que ganharam força com a Grande Depressão criada na quebra da
bolsa de valores de Nova Iorque, em 1929. Com a Grande Crise todas as verdades até então
aceitas são contestadas na busca da causa da crise.

2.2.Origens da teoria das relações humanas

Notoriamente, ocorrem profundas modificações no panorama económico, político, social e


tecnológico ao longo da primeira metade do século XX, produzindo variáveis inéditas para o
estudo da Administração. A partir da I Guerra Mundial 1914-1918, em diversos países o
liberalismo típico do século XIX passou a ser substituído por uma crescente interferência do
Estado na economia aliado ao surgimento de governos totalitários. Diferentemente, nos
Estados Unidos os pressupostos democráticos eram fortemente desenvolvidos e reafirmados.
Além dos mais, com o conflito mundial inicia-se o esfacelamento do poderio económico da
Europa Centro-oriental na liderança do mundo, concomitantemente à espectacular ascensão
norte-americana como potência mundial.

Uma verdadeira reformulação de conceitos e uma reavaliação dos preceitos de Administração


até então aceitos, apesar de todo o seu carácter normativo e prescritivo. Isto é, surge um
movimento de reacção e oposição à Abordagem Clássica da Administração, composta pela
Administração Científica e Teoria. (Raymundo. 1992 e Coltro, 2005 p12)

As Relações Humanas são as acções e atitudes desenvolvidas pelos contactos entre pessoas e
grupos. Os indivíduos dentro da organização participam de grupos sociais e mantêm-se uma
constante interacção social. Cada indivíduo é uma personalidade diferenciada que influi no
comportamento e atitudes uns dos outros com quem mantém contactos. É exactamente a
compreensão da natureza dessas relações humanas que permite ao administrador melhores
resultados de seus subordinados.

A abordagem humanista da teoria organizacional contrariou vários postulados da abordagem


clássica de Fayol e da Administração Científica de Taylor. A ênfase na estrutura e nas tarefas
foi substituída pela ênfase nas pessoas.

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A natureza do ser humano como “homo social” substituiu a concepção de “homo
economicus”, ou seja, as pessoas são motivadas e incentivadas por estímulos financeiros.
Dentre os autores que teóricos à abordagem humanista no sentido das relações sociais e
psicológicas podem ser citados:

 A necessidade de humanizar e democratizar a Administração, libertando-a dos


conceitos rígidos e mecanicistas da Teoria Clássica e adequando-a aos novos padrões
de vida do povo americano. Nesse sentido, a Teoria das Relações Humanas se revelou
um movimento tipicamente americano e voltado para a democratização dos conceitos
administrativos.
 O desenvolvimento das ciências humanas, principalmente a psicologia, bem como sua
crescente influência intelectual e suas primeiras aplicações à organização industrial.
As ciências humanas vieram demonstrar a inadequação dos princípios da Teoria
Clássica. (Chiavenato, 2004).

2.3.Diversas perspectivas das Teorias das Relações Humanas

2.3.1.Experiência de Hawthorne

A experiência de Hawthorne foi realizada, entre 1927 e 1932, por Elton Mayo e seus
colaboradores em uma fábrica de Western Electric Company, situada em Chicago, no bairro
Hawthorne. Tinha como objectivo inicial conduzir experimentos relacionando a luminosidade
no ambiente de trabalho com a eficiência dos operários, medida pela produção. Com os
primeiros resultados, a pesquisa logo se estendeu ao estudo da fadiga, dos acidentes de
trabalho, da rotação do pessoal e do efeito das condições físicas de trabalho sobre a
produtividade dos operários.

Foi verificado pelos pesquisadores que os resultados da experiência eram prejudicados por
variáveis de natureza psicológica. Com os primeiros resultados, a pesquisa logo se estendeu
ao estudo da fadiga, dos acidentes de trabalho, da rotação do pessoal e do efeito das condições
físicas de trabalho sobre a produtividade dos operários. Foi verificado pelos pesquisadores
que os resultados da experiência eram prejudicados por variáveis de natureza psicológica.

A partir daí eles tentaram eliminar ou neutralizar o factor psicológico, então estranho e
impertinente, motivo pelo qual a experiência se prolongou até 1932, quando foi suspensa
devido à crise de 1929. A fábrica da Western Eletric Company, já desenvolvia uma política de

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pessoal voltada para o bem-estar de seus operários e com a experiência pretendia, não o
aumento de produção, mas sim, conhecer melhor seus empregados. A experiência se
desenvolveu em quatro fases, destacadas à seguir: Objectivo: detectar de que modos factores
ambientais influenciavam a produtividade dos Trabalhadores. A Experiência de Hawthorne se
dividiu em quatro fases realizadas de 1924 a 1932:

Primeiro: Os estudos da iluminação


 Objectivo à conhecer o efeito da iluminação sobre o rendimento;
Segundo: Estudos na sala de montagem de relés
 Objectivo à verificar, sob condições monitorada, quais os efeitos das pausas para
descanso e da fadiga sobre a produtividade;
Terceiro: O programa de entrevistas
 Objectivo à entrevistar os empregados para saber as suas opiniões com respeito do
trabalho, às condições de trabalho e à supervisão.
Quarto: Sala de montagem de terminais
 Objectivo à estudar com maior intensidade o mecanismo de processos de pequenos
grupos, analisando a organização informal. (Faceli, 2007)

2.3.4.Conclusões da Teoria

Abordagem social e não-individual: Isso significa que a administração não pode tratar os
empregados, um a um, como se fossem átomos isolados. Precisa sim tratá-los como membros
de grupos e sujeitos às influências sociais desses grupos. Os trabalhadores não reagem à
administração, a suas decisões, normas, recompensas e punições como indivíduos isolados,
mas como membros de grupos sociais e cujas atitudes são influenciadas por códigos de
conduta grupais. É a teoria do controle social sobre o comportamento individual. A amizade e
o agrupamento social dos trabalhadores devem ser considerados aspectos relevantes para a
Administração. A Teoria das Relações Humanas contrapõe o comportamento social do
empregado ao comportamento do tipo máquina proposta pela Teoria Clássica, baseado na
concepção atomística do homem. (Silva, 2009).

2.3.5.Características das Relações Humanas

 Nível de produção é resultante da integração social: a capacidade física não terá


eficiência se o indivíduo sofrer desajuste social;

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 Comportamento social dos indivíduos: o comportamento do indivíduo se apoia
totalmente no grupo;
 Recompensas ou sanções sociais: o operário que produzir acima ou abaixo da médio
do grupo, perderia o respeito perante seus colegas;
 Grupos informais: definem suas próprias normas dentro do grupo;
 Relações Humanas: acções e atitudes desenvolvidas pelo contacto entre pessoas e
grupos.
 Importância do conteúdo do cargo: trabalhos simples e repetitivos, tornam-se
monótonos e cansativos, reduzindo a eficiência;
 Ênfase nos aspectos emocionais: organização informal;

Elton Mayo é considerado o fundador do movimento das Relações Humanas, que se opôs aos
princípios do trabalho de Taylor. A Teoria das Relações Humanas foi uma abordagem
humanista da Teoria Organizacional e contrariou vários princípios da Teoria Clássica da
Administração (ou Fayolismo) da Administração Científica (ou Taylorismo).

Através de experiências coordenadas por Elton Mayo e realizadas a partir de 1927 na fábrica
‘’Westerm Electric Company’’, foi permitido o delineamento dos princípios básicos da
Abordagem Humanista da Administração. Mayo defendia que a conduta do homem na
sociedade é determinada basicamente pela tradição. Essa tradição leva o homem a um
comportamento positivo e ele apenas se encontraria a felicidade se percebesse que estava
cooperando com as outras pessoas, ou seja, integrando e contribuindo para os objectivos
individuais aos colectivos.

3.Roethlisberger e William Dickson

Outros autores importantes para a Escola de Relações Humanas foram Roethlisberger e


William Dickson por suas descrições das primeiras experiências em sua obra Management
and the worker no ano de 1939. Em seus experimentos nesta obra os autores observaram um
grupo de homens que trabalhavam em uma "sala de equipamentos de PABX.

De acordo com os pesquisadores, os aspectos técnicos e humanos devem ser vistos como
inter-relacionados, ou seja, além das necessidades físicas, os empregados também possuem
necessidades sociais. Ainda segundo os autores, na obra acima citada, eventos e objectos no
ambiente de trabalho "não podem ser tratados como coisas em si mesmas. Em vez disso eles
devem ser interpretados como portadores de valores sociais", ou seja, objectos que não

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possuem nenhuma significância social podem em uma organização tornar-se símbolo de
status e adquirir valor social. Os autores concluíram que, quando as pessoas não são
motivadas pela lógica, os sentimentos sobre as coisas de valor social tornam-se de grande
importância no mundo organizacional.

4.Chester Bernard

Em determinado momento nas teorias de relações há uma divisão. Surge a teoria de Recursos
Humanos que o vê o ser humano como detentor de necessidades psicológicas complexas e
não como um ser passivo que pode ser estimulado e controlado a partir de estímulos como as
Relações Humanas descreviam até então. O trabalho de Chester Bernard pode ser classificado
entre estas duas correntes. O autor desloca a análise da organização formal para a informal.
Segundo ele "as organizações informais são necessárias ao funcionamento de uma
organização formal, como um meio de comunicação, coesão e protecção da integridade
individual". Sua principal obra As funções do executivo retracta as principais tensões entre o
indivíduo e a organização e conclui que os sistemas de treinamento, selecção, vigilância e
recompensa não são suficientes para garantir que os indivíduos cooperem com a empresa
corroborando para a ideia do carácter incerto da acção humana. O autor afirma que seria
necessário o desenvolvimento de valores comuns e de uma ética que gerassem
comprometimento dos indivíduos com a organização.

4.1.Críticas à teoria das relações humanas

Ela apresenta uma visão inadequada dos problemas de relações industriais em alguns aspectos
a experiência de Hawthorne foi insegura e artificial e mesmo tendenciosa; alguns estudiosos
acreditam que a origem esteja no fato de ser a teoria das relações humanas um produto da
ética e do princípio democrático então existente nos Estados Unidos.

Apesar de os Industriais tenderem a julgar sempre as conclusões de Mayo verdadeiras, estes


as consideravam inaplicáveis, como citado por um deles: “Tudo isto é muito interessante, mas
o que psicólogos e teóricos em geral parecem esquecer é que tenho que obter lucro e produzir
bens. O bem-estar é muito justo no devido lugar, mas é, no final das contas, um problema
secundário na indústria e não a sua função principal.”

Uma crítica feita pelos psicólogos é que as conclusões de Mayo são óbvias, porém Mayo, sem
dúvida, tem seu mérito por tirar este conceito das ciências e aplicá-lo às práticas

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administrativas. Oposição cerrada à teoria clássica: Tudo aquilo que esta preconizava, a teoria
das relações humanas negava. Limitação no campo experimental, sua principal crítica é a de
natureza analítica. Suas pesquisas concentram-se em campos muito pequenos de variáveis e,
ao estudá-las, não levam em conta as demais. Isto levou, com o tempo, a um certo descrédito
de sua teoria.

A concepção ingénua e romântica do operário - as pessoas que seguiram demonstraram que


nem sempre isto ocorreu. A ênfase exagerada nos grupos informais colaborou rapidamente
para que esta teoria fosse repensada. O seu enfoque manipulativo e certamente demagogo não
tardaram a ser descoberto e identificado pelos operários e seus sindicatos. Ao receber tantas
críticas, a teoria das relações humanas precisou de uma reestruturação que deu origem à teoria
comportamental. (Motta, 2002).

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Conclusão

Conclui-se, que os comportamentos das pessoas podem influenciar directamente nas


organizações trazendo benefícios, quando usadas de forma correcta. E se utilizarmos de forma
eficiente, o conhecimento adquirido sobre o comportamento humano, pode-se desenvolver
pessoas altamente motivadas e competentes que estarão sempre em busca de melhores
maneiras de realizarem o trabalho, criando assim vantagem competitiva no mercado
globalizado. Integração social como determinante da produção, ou seja, quanto maior sua
integração social no grupo maior será sua vontade de produzir, ao contrário do que dizia a
Escola Clássica, que coloca factores físicos como determinantes.

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Referências Bibliográficas

Coltro Alex. (2005): Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Departamento de


Economia, Administração e Sociologia. Universidade de São Paulo Piracicaba

Chiavenato, Idalberto. (2004) Introdução à Teoria Geral da Administração. São Paulo:


Campus, 7ª Ed..

FACELI. (2007) Teoria das Relações Humanas.

Motta, Fernando Cláudio Prestes, Vasconcelos Isabella Francisca Freitas Gouveia de (2002):
Teoria Geral da Administração. São Paulo: Pioneira Thonson Learning,

Silva, Ana Cristina Gonçalves da (2009). Curso de administração teoria geral da


administração.

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