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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

EXTENSÃO DE GURÚÈ

SINAIS DISTINTIVOS DO COMÉRCIO: FIRMAS E


INSÍGNIAS

LUÍS MUTONGUE FARISSE

Curso: Direito
Disciplina: Direito Comercial
Ano de Frequência: 3º Ano
Docente: Dr. Rafael Escritório

GURÚÈ, MARÇO, 2023


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ÍNDICE
1. Introdução...............................................................................................................................1

1.1. Objectivos............................................................................................................................1

Objectivo Geral:..........................................................................................................................1

2.1. Sinais Distintivos: Firmas e Insígnias..................................................................................2

2.1. Sinais Distintivos do Comércio...........................................................................................2

2.2. Firma....................................................................................................................................2

2.2.1. A firma na lei Moçambicana.............................................................................................3

2.2.2. Princípio da Verdade e Exclusividade..............................................................................3

2.2.3. Composição da Firma na Empresa Unipessoal e nas Sociedades Por Acções.................4

2.2.4. Firma das Sociedades Por Quotas, Capital e Industria.....................................................4

2.2.5. Transmissão da firma........................................................................................................4

2.2.5.1. Nulidade da Firma..........................................................................................................5

2.2.5.2. Renúncia à firma............................................................................................................5

2.2.5.3. Caducidade da firma......................................................................................................5

2.3. Direitos Sobre Sinais Distintivos o Direito Moçambicano..................................................6

2.4. Regime Jurídico dos Sinais Distintivos em Moçambique...................................................7

8. Conclusão................................................................................................................................9

9. Referências Bibliográficas....................................................................................................10
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1. Introdução

O presente trabalho versa-se sobre Sinais Distintivos do Comércio, sobretudo Firmas e


Insígnias, Neste caso pode-se compreender que firma é a designação de um agente económico
no comércio. Pode ser o nome de uma sociedade de denominação ou o nome que um
comerciante individual utiliza no giro mercantil.

Entretanto o trabalho de pesquisa vai-se referir profundamente, na descrição da firma e


insígnia no âmbito da actividade econômica como elementos fundamentais de Sinais
Distintivos do Comércio para evolução mercantil do ramos empresarial. Com intuito de
compreender firma é o nome utilizado pelo empresário individual, pela sociedade em que
houver sócio de responsabilidade ilimitada e, de forma facultativa, pela sociedade limitada e
pela empresa individual de responsabilidade por outo lado, insígnias constituem um sinal ou
marca que identifica uma instituição, um cargo ou o estatuto social de uma determinada
pessoa. As insígnias são, normalmente, usadas sob a forma de emblemas ou distintivos.

Portanto, Os sinais distintivos do comércio são modalidades que protegem os elementos


gráficos utilizados no âmbito da actividade comercial para identificar diferentes produtos e
serviços e distinguir as respectivas empresas.

Para a realização do trabalho foi preciso o uso da metodologia de pesquisa bibliográfica e


legislação de materiais relacionados com o tema, permitindo desta feita o desenvolvimento do
trabalho, que observou objectivos:

1.1. Objectivos

Objectivo Geral:

 Conhecer os sinais distintivos do comércio;

Objectivos específicos:

 Definir o conceito sinais distintivos no comércio;


 Descrever a firma no âmbito comercial;
 Descrever a insígnias no âmbito comercial.
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2.1. Sinais Distintivos: Firmas e Insígnias

Sinais distintivos são todos os sinais perspectiveis pelo sentido e capaz de identificar ou
distinguir pessoa, local, produto ou serviços. A distintividade do sinal esta directamente liada
a possibilidade de se estabelecer relação de identidade entre este e a pessoa, local, objecto ou
serviços opostos.

O princípio da distintividade é, por excelência, condição fundamental e função da marca


enquanto signo diferenciador de produtos e serviços. A sua apreciação leva em conta a
capacidade distintiva do conjunto em exame, inibindo a apropriação a título exclusivo de
sinais enérgicos, necessários, de uso comum ou carente de distintividade em virtude da sua
própria constituição. (GONÇALVES, 1999).

2.1. Sinais Distintivos do Comércio

Segundo REQUISIÇÃO, (2003), os sinais distintivos do comércio compreendem:

2.1.1. Marca: que refere um sinal distintivo manifestamente visível e ou audível, susceptível
de representação gráfica, permitindo distinguir produtos ou serviços de uma empresa, dos
produtos e serviços de outra empresa, composto nomeadamente por palavras, incluindo nomes
de pessoas, desenhos, letras, números, sons, cheiro, formas do produto ou respectiva
embalagem.

2.1.2. Nome comercial é a firma ou denominação social, nome ou expressão que identifica a
pessoa colectiva ou singular;

2.1.3. Logotipo: é a composição constituída por letras associadas ou não a desenhos.

2.1.4. A recompensa: corresponde a condenação de mérito conferida pelos governos;

2.1.5. A indicação geográfica: corresponde ao nome de uma região, de um local determinado


lugar para designar um produto que é originário.

2.2. Firma

A firma é composta pelo nome civil do empresário individual ou dos sócios da sociedade
empresarial. O empresário individual poderá utilizar seu nome por extenso ou abreviado,
acrescido ou não da actividade empresarial desenvolvida. As sociedades empresariais, em
geral, devem adoptar s firma de seus sócios, por extenso ou abreviada, na composição de seus
nomes.
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Não sendo composto por todos os sócios, s firma ou razão social deverá ser acrescida da
expressão "e companhia", por extenso ou abreviado ou, ainda, por expressões similares, como
por exemplo "e filhos", e "irmão", etc. Poderá ainda ser feita menção a actividade empresarial
exercida.

Por outro lado, firma na administração, é nome sobre o qual se exerce uma actividade
econômica. Uma firma, em sentido restrito, é o nome sobre o qual se execre uma actividade
econômica. Por outras palavras, a firma fornece a informação sintética sobre a actividade que
uma empresa desenvolve. Em sentido lato, engloba o sentido restrito e o nome das pessoas no
registo nacional de pessoas colectivas, onde é regulada no regime geral de pessoas colectivas.

Em economia, trata-se de nome comercial por que todo comerciante individual ou em


sociedade é designado no exercício do seu comercio e com o qual assina os documentos
aquele respeitantes, designação oficial do comércio.

Portanto, a firma é o nome utilizado pelo empresário individual, pela sociedade que houver
sócio de responsabilidade ilimitada e. de forma facultativa, pela sociedade limitada e pela
empresa individual de responsabilidade Lda.

2.2.1. A firma na lei Moçambicana

Em Moçambique a firma é nome de empresário comercial que se designa, no exercício da sua


empresa, sob um nome empresarial, que constitui a sua firma e com ele deve assinar os
documentos aqueles respectivos. Diz-se firma-nome quando constituída pelo nome ou nomes
dos empresários. (Código Comercial de Moçambique Art 16).

2.2.2. Princípio da Verdade e Exclusividade

A firma deve corresponder a situação real do empresário a quem pertence, não podendo
conter elementos, siglas, composições e designações de fantasia susceptíveis de falsear ou
provocar confusão, quer quanto a identidade do empresário comercial singular e ao objectivo
do seu comércio quer, no tocante as sociedades, quanto a identificação do sócios, ao tipo e
natureza da sociedade e a actividade objecto da sua empresa.

Neste caso, a firma é exclusivamente quando cada empresário comercial adoptar, deve ser
distinta e insusceptível de confusão ou erro com qualquer outra registada. E para, deve-se ter
em conta o tipo de empresário, o seu domicilio ou sede, a afinidade ou proximidade da sua
actividade empresarial (Código Comercial de Moçambique Art 17,18).
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2.2.3. Composição da Firma na Empresa Unipessoal e nas Sociedades Por Acções

O artigo 24 do Código Comercial de Moçambique define que:

 A empresa unipessoal deverá adoptar uma firma-nome, devendo conter a expressão


empresa unipessoal ou de forma abreviada EU.
 A firma corresponderá sempre ao nome do titular da empresa unipessoal, usando por
extenso ou de forma abreviatura.
 O titular da empresa unipessoal deverá fazer acrescer ao seu nome expressão
qualificativa para o diferenciar de outro já objecto de registo.
 O nome comercial da sociedade por acções será sempre uma denominação empresarial
acompanhada da expressão sociedade por acções, por extenso ou de forma abreviada,
AS; e
 O nome do fundador, acionista controlador ou pessoa outra que tenha concorrido para
o êxito da empresa, poderá integrar a denominação empresarial.

2.2.4. Firma das Sociedades Por Quotas, Capital e Industria

Na firma estabelecida neste código, a sociedade por quotas poderá adoptar como nome
empresarial uma firma-nome ou uma firma-denominação, que deverá ser seguida da palavra
"Limitada”, ou da forma abreviatura Lda.

Entretanto, a sociedade de capital e industrial deve, obrigatoriamente, adoptar uma firma


social, da qual constará o nome de todos ou, pelo menos, de um dos sócios capitalistas,
acrescidos do aditivo (e limitada), por extenso ou abreviadamente, e que obrigará os sócios de
indústria mas os nomes destes não podem figurar na composição da firma social.

Neste caso, de acordo Art 28 versa que a firma no caso de alteração do quadro societário, ou
seja, ocorrendo alteração do quadro societário com a retirada, exclusão ou falecimento do
sócio que empreste o seu nome para a composição da firma social, deverá sócios
remanescentes promover a alteração da firma social para adaptar a realidade, salvo se o sócio
retirante, excluído ou os herdeiros do sócio falecido autorizar a empresa a continuar utilizando
a mesma firma social (Código Comercial de Moçambique 2011).

2.2.5. Transmissão da firma

O adquirente, quer entre vivos, quer mortis causa, de uma empresa comercial pode continuar a
geri-la soba mesma firma se os interessados nisso concordarem, aditando-se lhe a declaração
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de haver nela sucedido. Por isso, a transmissão da firma só será possível conjuntamente com a
empresa comercial a que se achar ligada e está sujeita ao registo. E a sua extinção é mediante
os seguintes casos:

 Declaração de nulidade;
 Anulação;
 Caducidade;
 Renúncia

2.2.5.1. Nulidade da Firma

A firma é nula quando, na sua composição, tiver sido violado o estatuto nos artigos 17, 18, 19
e 20 do CC. Portanto, a nulidade da firma só pode ser declarada por sentença judicial. A
declaração de nulidade da firma deve ser registada na Conservatória do Registo Comercial e
publicada num dos jornais de maior circulação no local da sede ou, na falta deste, por outra
forma pública.

2.2.5.2. Renúncia à firma

De acordo com Artigo 21 do CC estabelece que:

 O titular pode renunciar à firma, desde que o declare expressamente à entidade


competente para o registo;
 A declaração de renúncia é feita por escrito com a assinatura do titular reconhecida
presencialmente;
 A renúncia da firma deve ser registada na entidade competente para o registo
comercial e deve ser publicada num dos jornais de maior circulação no local da sede
ou, na falta deste, por outra forma pública.

2.2.5.3. Caducidade da firma

De acordo com o Artigo 39 do CC o direito à firma caduca:

 Com o termo do prazo contratual;


 Por dissolução da pessoa colectiva;
 Pelo não exercício da empresa por período superior a quatro anos.

Para tal, o empresário comercial deve, no primeiro trimestre de cada ano, fazer a prova da
continuidade do exercício da empresa perante a entidade competente para o registo da firma.
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Portanto, de acordo com o Artigo 40 CC, ocorrendo a caducidade da firma nos casos
anteriores, cabe a uma declaração de caducidade nos seguintes termos:

 A caducidade da firma é declarada pela entidade competente para o registo a


requerimento dos interessados;
 Do pedido de caducidade é notificado o titular do registo para responder, no prazo de
um mês;
 Decorrido esse prazo, a entidade competente para o registo decide, no prazo de quinze
dias;
 Da declaração de caducidade cabe recurso para o tribunal;
 A declaração de caducidade do direito à firma é registada oficiosamente e deve ser
publicada.

2.3. Direitos Sobre Sinais Distintivos o Direito Moçambicano

O Código de propriedade industrial de Moçambique (CPI), que se encontra em vigor desde


2016, estabelece seis direitos principais de propriedade intelectual (PI) de Moçambique.

O Artigo n.º 1 do CPI fixa algumas definições de sinais distintivos, entre os quais:

2.3.1. Insígnias de estabelecimentos: o sinal ou conjunto de sinais constituídos por figuras


ou desenhos, simples ou combinados com nomes que constituam o nome do estabelecimento,
ou que consiste noutras denominações ou divisas, desde que o seu conjunto apresente uma
forma ou configuração específica com suficiente capacidade distintiva.

2.3.2. Marca: sinal distintivo manifestamente visível, audível ou olfactivo, susceptível de


representação gráfica, que permite distinguir produtos ou serviços de uma determinada
entidade, dos produtos e serviços de outra entidade, composto, nomeadamente, por palavras,
incluindo nomes de pessoas, desenhos, letras, números, forma do produto ou da respectiva
embalagem.

2.3.3. Logotipo: o sinal ou conjunto de sinais constituídos por figuras ou desenhos, simples
ou combinados, adequados a referenciar qualquer entidade pública ou privada.

2.3.4. Marca colectiva: o sinal que permite distinguir a origem ou qualquer outra
característica comum, incluindo a qualidade de produto ou serviços de empresa, membros de
uma associação, rupo ou entidade.
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2.3.5. Marca de Certificação: o sinal que idêntica os produtos e serviços que, embora
utilizados por entidade diferentes, sob a fiscalização do título, garantem as características ou
as qualidades particulares dos produtos ou serviços em que é utilizada.

2.3.6. Nomes Comercias: a denominação social, nome ou expressão que identifica


determinada pessoa colectiva ou singular, no âmbito das operações comercias.

2.3.7. Nome de Estabelecimentos: a designação constituída por nomes próprios,


denominações de fantasia ou especificas, ou quaisquer nome, que identifica e individualiza o
espaço físico onde se exerce actividade econômica.

Apesar de não ser previsto pelo CPI, o direito moçambicano também protege as designações
sociais, que consistem no nome de uma entidade empresarial que inclui palavras e o tipo
societário, que é também um direito sobre um sinal distintivo. Em suma, considerando os
vários tipos de marcas possíveis de identificar sob o conceito geral de marca, existem seis
direitos principias sobre sinais distintivos em Moçambique, sobretudo: Marca, logotipo, nome
comercial, nome de estabelecimento, insígnia de estabelecimento e designação social.

2.4. Regime Jurídico dos Sinais Distintivos em Moçambique

O regime jurídico do direito de marca é estabelecido com Artigo n.º 121 a n.º 162 do CC. Tal
como em quase todas as jurisdições, sendo que uma marca compreende um sinal que
distingue produtos com o serviços comercializados ou fornecidos por uma entidade, daqueles
comercializados ou fornecidos por outras entidades.

O Artigo n.º 187 à n.º 202 do CC estabelece as regras que que formam os direitos de nomes
comerciais, nomes de estabelecimentos e insígnias de estabelecimentos. Conforme visto
anteriormente, um nome comercial constitui um nome ou expressão que identifica uma pessoa
singular ou colectiva na actividade comercial.

Por outro lado, o Artigo n.º 187 n .º 1 fixa ainda que um nome comercial deve consistir no
nome de uma pessoa ou numa denominação social. Contudo, o Artigo n.º 189 prevê que
nomes comerciais podem consistir em designações fantasiosas ou específica, assim como
nomes de pessoas e corporações.

Neste caso, conforme definido no n.º 1, os nomes de estabelecimentos podem consistir em


qualquer tipo de nome capaz de identificar e individualizar o espaço físico onde a actividade
económica é exercida. Ao passo que o n.º 2 do artigo 187 esclarece que o espaço pode ser um
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local de produção, processamento, armazenamento ou comercialização de produtos e


prestação de serviços.

Daí que, é claro que insígnia do estabelecimento deve ter o mesmo propósito que o nome de
estabelecimento, ou seja, identificar o estabelecimento, mas ser composta não apenas de
elementos verbais, mas também, ou apenas, de elementos figurativos. No entanto,
estabeleceu-se que a finalidade de uma insígnia de estabelecimento é distinguir apenas a
fachada dos estabelecimentos comerciais.

Portanto, o direito conferido pelo registo de um nome comercial, nome de estabelecimento e


insígnia é o mesmo, o direito de impedir o uso ilegal por terceiros. Assim, em que consiste um
uso ilegal não é previsto.
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8. Conclusão

Terminando o trabalho é possível concluir, o princípio da distintividade é, por excelência,


condição fundamental e função da marca enquanto signo diferenciador de produtos e serviços.
Sua apreciação leva em conta a capacidade distintiva do conjunto em exame, inibindo a
apropriação a título exclusivo de sinais genéricos, necessários, de uso comum ou carentes de
distintividade em virtude da sua própria constituição.

A proibição do registro de sinais não distintivos é motivada, em primeiro lugar, pela própria
incapacidade de que tais elementos sejam percebidos como marca pelo consumidor. Além
disso, a apropriação exclusiva de signo de uso comum, genérico, necessário, vulgar ou
descritivo geraria monopólio injusto, uma vez que impediria que os demais concorrentes
fizessem uso de termos ou elementos figurativos necessários para sua atuação no mercado.

A avaliação da condição de distintividade do sinal é considerada, em linhas gerais, a


impressão gerada pelo conjunto marcário, em suas dimensões fonética, gráfica e ideológica,
bem como a função exercida pelos diversos elementos que o compõem e seu grau de
integração.
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9. Referências Bibliográficas

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE, Código Comercial: Maputo, 2011.

GONÇALVES, I. e BATRA, R., “O efeito da consciência de preço do consumidor na


compra de marca própria”, Jornal Internacional de Pesquisa em Marketing, Vol. 16, 1999.

REQUISIÇÃO, V. A., “Percepções do consumidor sobre preço, qualidade e valor: um


modelo meio-fim e síntese de evidências”, Jornal de Marketing, Vol. 52, 1988.

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