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ARQUITETURA

SISTEMA CORPORATIVA
PORTUÁRIO NACIONAL E LEGISLAÇÃO
BIOMECÂNICA
BIOMECÂNICAOCUPACIONAL
OCUPACIONAL
APLICADA
Faculdade de Minas

SUMÁRIO

NOSSA HISTÓRIA ..................................................................................................... 3

TRABALHO E ERGONOMIA ..................................................................................... 4

ENGENHARIA ORGANIZACIONAL........................................................................... 5

ERGONOMIA ............................................................................................................. 6

MACROERGONOMIA E MICROERGONOMIA ......................................................... 7

POSTO DE TRABALHO .......................................................................................... 11

PARÂMETROS DA ERGONOMIA ........................................................................... 13

ERGONOMIA FÍSICA .............................................................................................. 14

ERGONOMIA COGNITIVA ...................................................................................... 14

ERGONOMIA ORGANIZACIONAL .......................................................................... 15

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES ..................................................................... 16

NORMA REGULAMENTADORA – NR 17 ............................................................... 21

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET) ................................................... 21

ANÁLISE DA DEMANDA ......................................................................................... 22

ANÁLISE DA TAREFA ............................................................................................. 23

ANÁLISE DA ATIVIDADE ........................................................................................ 24

ANTROPOMETRIA .................................................................................................. 25

BIOMECÂNICA OCUPACIONAL ............................................................................. 29

ANÁLISE BIOMECÂNICA OCUPACIONAL ............................................................. 34

MÉTODO OWAS...................................................................................................... 35

REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 38

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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TRABALHO E ERGONOMIA

Entende-se que o estado de saúde de um trabalhador não independe de sua


atividade profissional, porém, de um modo geral, o assunto acerca da relação saúde-
trabalho, está mais voltado à degradação de saúde enquanto ausência de doença ou
dano funcional ao seu organismo. Não obstante isso deve-se ter em mente que as
marcas deixadas por uma atividade profissional dependem de fatores, como a
natureza da atividade, as condições nas quais ela se realiza, o tempo de duração
desta atividade e as características individuais do trabalhador (TEIGER et al., 1981
apud MUSSI, 2006).

A análise do trabalho busca encontrar dados que permitam a diminuição da


disfunção do sistema de produção, entre as concepções prescritas do trabalho e a
atividade real do trabalhador. Essa abordagem ergonômica leva em conta a relação
direta entre o trabalhador e o trabalho em diversos níveis. Assim, o estudo deste
conjunto pode abranger outras estruturas técnicas, econômicas e sociais em que o
trabalho está inserido (WISNER, 1987 apud FERREIRA, 2009).

É importante caracterizar o trabalho e ter conhecimento geral a cerca do


trabalho, analisando profundamente o seu cotidiano aspecto físico, cognitivo e
psíquico. Pois possibilita um diagnóstico das condições reais de trabalho, verificando
problemas que possam interferir na qualidade de vida dos trabalhadores (WISNER,
1994).

Sendo assim, pode-se inferir que a população trabalhadora difere conforme a


realidade de trabalho na qual está inserida, o modo de produção vigente, a tecnologia
empregada e a forma de organização de trabalho da empresa. Para se traçar um
perfil de uma população trabalhadora, é importante levar em conta alguns fatores
como os ligados ao esforço físico e as condições de vida dos integrantes do grupo. É
possível afirmar que o trabalho pode proporcionar prazer ou sofrimento, pode ser

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estimulante e gratificante ou, ao contrario, pode ser prejudicial à saúde física e mental
do trabalhados, conforme a situação em que ele ocorre (MUSSI, 2005).

Segundo Pinto et.al Abrahão (2002), as transformações no trabalho,


consequentes aos avanços tecnológicos, fazem emergir um novo olhar para analisar
a relação do homem com o trabalho, ou seja, o homem inserido no contexto de
trabalho, refletindo assim a necessidade de incorporar a esta análise, ora restrita ao
comportamento do homem, o ambiente no qual ocorre a atividade e que a condiciona
e as consequências deste para o indivíduo e para a produção. Santos (2001) relata
que os funcionários, com o objetivo de garantir seus salários e empregos, encontram-
se obrigados a atingir metas impostas, sujeitando-se a constantes complicações
locomotoras, como desconforto e dores posturais.

ENGENHARIA ORGANIZACIONAL

Segundo a Abepro (2008), a Engenharia Organizacional é:

Conjunto de conhecimentos relacionados à gestão das organizações,


englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias
de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de
desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão e os arranjos
produtivos.

A gestão estratégica tende a proporcionar o sucesso da empresa tanto no


presente como no futuro, e para isso inclui três etapas: planejamento estratégico, a
execução e o controle (PEREIRA, 2009). Segundo Kunsch (2006), com o
planejamento estratégico é possível analisar o ambiente externo e interno, podendo
assim identificar os pontos fortes e fracos, os riscos e as chances, e desta maneira,
é possível traçar um perfil da organização. É a partir desse mapeamento que a
instituição será capaz reavaliar a situação e traçar objetivos, elaborar
macroestratégias, metas e introduzir as ações.

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Atualmente o planejamento estratégico está mais voltado para o ambiente, do


que antigamente que era mais voltado ao planejamento financeiro. Tem como objetivo
minimizar a ocorrência de riscos e a incerteza no processo de decisão estratégica
com base nos estudos de cenários analisando as chances e ameaças do
macroambiente (KUNSCH, 2006).

ERGONOMIA

A ergonomia surgiu para analisar os ambientes de trabalho e as ações dos


trabalhadores, adequando a melhor forma de realização das atividades, possibilitando
assim, um ambiente mais adequado e favorável aos funcionários (IIDA, 2005).

Sucintamente Iida (2005) diz que a ergonomia é “o estudo da adaptação do


trabalho ao homem”. A definição oficial internacional de Ergonomia definida pelo
conselho científico da Associação Internacional de Ergonomia – IEA, diz que “é uma
disciplina científica relacionada ao entendimento das interações entre os seres
humanos e outros elementos ou sistemas, e à aplicação de teorias, princípios dados
e métodos a projetos a fim de otimizar o bem estar humano e o desempenho global
do sistema” (ABERGO, 2000).

Os objetivos da ergonomia são estudar os vários fatores que interferem no


desempenho do sistema produtivo e buscar reduzir as suas consequências nocivas
sobre o trabalhador. Desta maneira, ela busca minimizar a fadiga, estresse, erros e
acidentes, possibilitando segurança, satisfação e saúde aos trabalhadores, no
sistema produtivo (IIDA, 2005). A figura 1 apresenta os diversos fatores que
interferem no sistema produtivo.

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Figura 1: Diversos fatores que influem no sistema produtivo

Fonte: Iida (2005).

De acordo com Iida (2005), geralmente não é aceitável colocar a eficiência


como objetivo principal da ergonomia, porque ela de forma isolada poderia
demonstrar medidas que levem ao aumento dos riscos, além do sacrifício e o
sofrimentos dos trabalhadores. E isso seria inaceitável, porque o que a ergonomia
busca em primeiro lugar é a saúde, segurança e satisfação do trabalhador.

MACROERGONOMIA E MICROERGONOMIA

A partir da década de 1980, houve uma ampliação no campo de estudo da


ergonomia, que passou a ser chamado de Macroergonomia. De acordo com essa

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nova visão, a definição de ergonomia é o “desenvolvimento e aplicação da tecnologia


da interface homem-máquina, em um nível macro, ou seja, em toda a organização”.
O que acontece diferentemente da ergonomia no seu aspecto micro, que considera o
homem individualmente ou o posto de trabalho (IIDA, 2005).

Os ergonomistas Hendrick e Kleiner (2006) declaram que:

[…] puderam se conscientizar sobre as dimensões estruturais do sistema de


trabalho, que a macroergonomia envolve o desenvolvimento e a aplicação da
tecnologia de interface humano-organização e que essa tecnologia se preocupa com
a melhoria da estrutura organizacional e dos processos relacionados aos sistemas de
trabalho.

Segundo Kleiner e Drury (1999), a Macroergonomia importa-se em conseguir


os melhores resultados no sistema de trabalho considerando variáveis: sociais,
técnicas e ambientais e suas relações com os fatores humanos e a ergonomia na
instituição.

Etimologicamente, a palavra ergonomia deriva do grego (érgon: trabalho e


nomos: leis e regras), e podendo-se sintetizá-la como as leis que regem o trabalho
(DELIBERATO, 2002). LAVILLI (1977) ressalta que a Ergonomia é uma ciência que
detém todos os conhecimentos do corpo humano, e que através de estudos
específicos de outras ciências, como por exemplo: Fisiologia e Psicologia, haverá
condições de solucionar todos os problema inerentes ao conjunto homem-trabalho, e
todas as diferenças geradas pelos conflitos no desenvolvimento da atividade
laborativa

Para (LAVILLI, 1977 apud FERREIRA, 2009), a Ergonomia vem a estudar o


desempenho do homem em atividade, com o intuito de aplicá-lo a concepção de
tarefas, instrumentos, máquinas e sistemas de produção, para que o homem possa
desenvolver suas atividades com o máximo de conforto, eficiência e segurança.

Vieira (2000), nos trás que a segurança é a prevenção de perdas. Este autor
comenta que a saúde dos trabalhadores depende de três pontos básicos: o legal, o

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educacional e o técnico. Para o autor, o legal é representado pela existência de leis


fortes que obriguem os empresários a cumprir com as normas de segurança e saúde
no trabalho. O educacional é manifestado pela conscientização dos empregadores
para o controle dos riscos no ambiente e no modo de produção, e pela instrução dos
trabalhadores quanto ao risco existentes no trabalho e na sua prevenção, enquanto
que o técnico faz uso de tecnologia adequada através da Engenharia, desde o projeto
de ambientes e equipamentos na execução de produção. Estes fatores são
indispensáveis para a obtenção das condições favoráveis a segurança e a saúde dos
trabalhadores.

A Ergonomia é o estudo da adaptação do trabalho ao homem. O trabalho aqui


tem uma acepção bastante ampla, abrangente não apenas aqueles executados com
máquina e equipamentos, utilizados para transformar os materiais, mas também
todas as situações em que ocorre o relacionamento entre o homem e uma atividade
produtiva. Isso envolve não somente o ambiente físico, mas também os aspectos
organizacionais. A ergonomia tem uma visão ampla, abrangendo atividades de
planejamento e projeto, que ocorrem antes do trabalho ser realizado, e aqueles de
controle e avaliação, que ocorrem durante e após o trabalho. Tudo isso é necessário
para que o trabalho possa atingir os resultados desejados ( IIDA,2005, p.2).

Segundo a Associação Internacional de Ergonomia – AIE, a ergonomia é uma


disciplina cientifica que refere o entediamento do homem e outros fatores ou sistemas,
como também é a pregação de teorias, princípios, dados e métodos a projetos com o
intuito de melhorar o bem estar do homem e o desenrolar do sistema (ABERGO,
2008). No Brasil, a ergonomia é regulamentada pela Norma Regulamentadora 17 (NR
17) do Ministério do trabalho e Emprego, onde a sua atual redação foi estabelecida
pela Portaria n° 3.751, de 23 de Novembro de 1990. Esta norma vem com objetivo de
estabelecer os parâmetros determinantes para a adaptação das condições de
trabalho às características psicofisiologicas dos trabalhadores, proporcionando um
máximo de conforto, segurança e desempenho ( BRASIL,1996 ).

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Segundo a NR-17, sobre as condições de trabalho, ela nos trás que as mesmas
incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e descarga de materiais,
aos equipamentos, ao mobiliário, às condições ambientais e a própria organização do
trabalho (BRASIL, 1996). Conforme Santos (2001), qualquer que seja a abrangência
e enfoque do projeto ergonômico do posto de trabalho, estes devem atingir os
seguintes objetivos: Adequar o posto de trabalho aos limites e capacidades do
indivíduo (física, psicológica e cognitivamente); Otimizar as condições de trabalho
para conquistar eficácia, eficiência, produtividade e qualidade; Proporcionar
condições para desenvolvimento da criatividade e participatividade dos
funcionários/colaboradores; Evitar o erro humano, prevenir acidentes e doenças
ocupacionais; Proporcionar conforto, segurança, qualidade de vida, bem-estar e
satisfação no trabalho.

A análise da atividade pretende identificar uma situação de trabalho em que o


organismo esteja funcionando de forma crítica, procurando observar os sinais e
sintomas antes que apareçam conseqüências irreversíveis. Esses sinais podem ser
mensurados uma vez que o sofrimento relatado pelo trabalhador alerta o pesquisador
e o levam a procurar as suas causas no posto de trabalho ( DUL e WEERDMEESTER,
1998).

Pelo exposto, percebe-se que a ergonomia busca a perfeita integração entre


as condições de trabalho e a tríade formada pelo conforto, segurança e eficiência do
trabalho em sua situação de trabalho. Para atingir tais condições, a ergonomia
necessita englobar muitos conhecimentos como: anatomia, fisiologia, biomecânica,
antropométrica, psicologia, engenharia, desenho industrial, informática e
administração. Pode-se afirmar ainda que a ergonomia difere de outras áreas do
conhecimento pelo seu caráter interdisciplinar ( DELIBERATO, 2002).

Segundo IIDA (2005), no tocante aos domínios de especialização da


Ergonomia, ela divide a ergonomia em três domínios de especialização: Ergonomia
Física que está relacionada com as características da anatomia humana,
antropometria, fisiologia e biomecânica em sua relação a atividade física. Os tópicos

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relevantes incluem o estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais,


movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais relacionados ao trabalho,
projeto de posto de trabalho, segurança e saúde. Ergonomia Cognitiva: refere-se aos
processos mentais, tais como percepção, memória, raciocínio e resposta motora
conforme afetem as interações entre seres humanos e outros elementos de um
sistema.

Os tópicos relevantes incluem o estudo da carga mental de trabalho, tomada


de decisão, desempenho especializado, interação homem-computador, stress e
treinamento. Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas sócio-
técnicos, incluindo suas estruturas organizacionais, políticas e de processos. Os
tópicos relevantes incluem comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações
(CRM – domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização temporal do trabalho,
trabalho em grupo, projeto participativo, novos paradigmas do trabalho, trabalho
cooperativo, cultura organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão da
qualidade.

A análise do custo/beneficio indica de um lado investimento usado para


implantar um projeto ou uma recomendação ergonômica, representando os custos de
elaboração do projeto, aquisição de máquinas, materiais e equipamentos,
treinamento de pessoal e queda de produtividade durante o período de implantação.
Por outro lado computa-se os benefícios como: economia de material, mão de obra e
energia, redução de acidentes, absenteísmo e aumento da quantidade e
produtividade (IIDA,2005).

POSTO DE TRABALHO

De acordo com Iida (2005), o posto de trabalho é uma unidade produtiva que
envolve o homem e o equipamento que ele utiliza para realizar o trabalho, assim como
o ambiente ao seu redor. Desta forma, uma fábrica é formada por vários postos de

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trabalho. E para que uma fábrica funcione de acordo com o esperado, é necessário
que cada posto de trabalho funcione bem.

No aspecto ergonômico, o posto de trabalho deve envolver o operador com


uma “vestimenta” bem adequada, na qual ele possa realizar o trabalho
confortavelmente, de forma eficiente e com segurança (IIDA, 2005).

Para Do Rio e Pires (2001) o posto de trabalho é composto por um conjunto de


elementos que constituem o ambiente físico o qual o colaborar trabalha e interage
diretamente.

Segundo Iida (2005), “as máquinas, equipamentos, ferramentas e materiais


são adaptados às características do trabalho e capacidades do trabalhador, visando
promover o equilíbrio biomecânico, reduzir as contrações estáticas da musculatura e
o estresse geral”. O quadro 1 mostra o que é indicado para prevenir as dores e lesões
no posto de trabalho.

Quadro 1: Recomendações ergonômicas para prevenir dores e lesões


ósteo-musculares nos postos de trabalho

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Fonte: Iida (2005)

A grande variabilidade das dimensões antropométricas da população leva a


dimensionamentos inadequados dos postos de trabalho, causando esforços
musculares estáticos e excessivos movimentos dos braços, ombros, troncos e
pernas. As dores musculares podem ser provocadas pelas posturas inapropriadas e
alcances forçados, resultando assim baixa produtividade (IIDA, 2005).

Desta forma, o objetivo principal do projeto do posto de trabalho é a correta


adaptação das máquinas ao trabalhador, de maneira que minimize as posturas
inadequadas e os movimentos inapropriados, fazendo com que reduza os estresses
musculares.

PARÂMETROS DA ERGONOMIA

De acordo com Abergo (2016), a ergonomia é “uma disciplina orientada para


uma abordagem sistêmica de todos os aspectos da atividade humana”. E para que

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os ergonomistas conseguissem dar conta dessa amplitude para poderem interferir


nas atividades do trabalho, eles precisariam ter uma visão global de todo o campo da
disciplina, tanto nos fatores físicos e cognitivos, como sociais, organizacionais,
ambientais, entre outros.

Segundo Sell (1994), os objetivos elementares da ergonomia é a melhoria da


produtividade do sistema e a humanização do trabalho, buscando sempre a melhoria
da vida das pessoas e das condições de trabalho. Vários fatores podem interferir na
rotina dos funcionários, com diferentes intensidades, o que acaba atrapalhando o
desenvolvimento. Dentre esses fatores, podem ser citados os aspectos físicos,
cognitivos e organizacionais.

ERGONOMIA FÍSICA

A Ergonomia Física está relacionada com as características da anatomia


humana, antropometria, fisiologia e biomecânica referente à atividade física. Os
pontos pertinentes estão relacionados ao estudo da postura no trabalho, movimentos
repetitivos, manejo de materiais, segurança, saúde, etc (IIDA, 2005).

ERGONOMIA COGNITIVA

Segundo Moraes e Mont’Alvão (2003), a Ergonomia Cognitiva diz respeito aos


aspectos relacionados aos fatores de compreensão, lógica, significação de
mensagens, complexidade da tarefa e entre outros aspectos que comprometem as
dificuldades de decodificação, aprendizagem e memorização.

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Iida (2005) define como:

Processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio e resposta motora,


relacionados com as interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema.
Os tópicos relevantes incluem a carga mental, tomada de decisões, interação homem-
computador, estresse e treinamento.

ERGONOMIA ORGANIZACIONAL

A Ergonomia Organizacional é definida como problemas ligados a falta de


rateamento adequado das atividades, participação, jornada de trabalho com
avaliação de trabalho, turnos e escalas, falta de treinamento de pessoal (MORAES E
MONT’ALVÃO, 2003)

Ainda de acordo com Moraes e Mont’Alvão (2003), faz-se referência a


Macroergonomia como encarregada pelo trato dos níveis gerenciais hierárquicos, da
organização do trabalho e atuação dos trabalhadores. A figura 2 retrata os parâmetros
da ergonomia.

Figura 2: Parâmetros da Ergonomia

Fonte: Mario Cesar Vidal

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DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES

Sabendo-se que a Ergonomia tem por objetivo adequar o trabalho às


características do Homem, sejam físicas, sejam psíquicas, é necessário que o
Ergonomista tenha conhecimentos mínimos de como nosso organismo funciona e
quais são as limitações do nosso corpo, para que possa desenvolver projetos que
correspondam a tais características.

As lesões por esforços repetitivos - LER, atualmente renomeadas de distúrbios


osteomusculares relacionados ao trabalho - DORT, constituem problemas
relacionados às patologias do trabalho. Sua incidência configura “um fenômeno
universal de grandes proporções e em franco crescimento” MENDES (1995 p. 195).
Têm sido consideradas causadoras de “grandes distúrbios em alguns centros
urbanos, com prejuízos generalizados para pessoas, organizações, Previdência
Social e sociedade” RIO (1998, p. 17).

Os sintomas osteomusculares relacionados ao trabalho atingem várias


categorias profissionais e têm varias denominações, entre as quais lesões por esforço
repetitivo (LER) e distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (DORT),
adotadas pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social ( MINISTERIO DA
SAÙDE, 2006).

Embora sejam descritas na literatura há mais de três séculos (MENDES, 1995;


RIO, 1998), as LER/DORT passaram despercebidas enquanto problema de saúde do
trabalho até pouco tempo. Explicação plausível para o aparente desconhecimento é
que “muitos casos não eram relatados, por não terem sido relacionados com o
trabalho, tanto por parte do médico como do paciente, além disso, muitos casos
ficavam registrados sob o título de outras doenças” (Oliveira 1976 apud MENDES,
1995 p. 177).

Segundo IIDA (2005) para realizar uma postura ou um movimento, são


acionados diversos músculos, ligamentos e articulações do corpo. Os músculos

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fornecem a força necessária para o corpo adotar uma postura ou realizar um


movimento. Posturas ou movimentos inadequados produzem tensões mecânicas nos
músculos, ligamentos e articulações, resultando em dores no pescoço, costas,
ombros, punhos e outras partes do sistema músculo-esquelético. Freires (2003)
complementam afirmando que a postura e movimento têm grande importância na
ergonomia. Tanto no trabalho como na vida cotidiana, eles são determinados pela
tarefa e pelo posto de trabalho.

Para IlDA (2005), a flexibilidade postural, que permite ao sistema


músculoesquelético variar as posturas corporais, alternando os focos principais de
exigência, ao mesmo tempo em que propicia mobilidade para esse sistema, é regra
fundamental da ergonomia e da manutenção da saúde de músculos, tendões, etc.
Em termos da coluna vertebral pode-se considerar uma boa postura quando a
configuração estática natural da coluna é respeitada, com suas curvaturas originais,
e quando, além disso, a postura não exige esforço, não é cansativa e é indolor para
o indivíduo, que pode nela permanecer por mais tempo. Constatando isso, (ROCHA
1986 apud PINHEIRO 2002) encontrou que 89% dos trabalhadores apresentavam
algum tipo de algia vertical, sendo a região lombar a mais acometida.

Para Freires (2003), em ergonomia, procura-se encontrar as posturas neutras,


ou seja, aquelas que impõem carga possível sobre as articulações e segmentos
músculos-esqueléticos. Quando isto não é completamente possível, busca-se a maior
aproximação dessas posturas. É de grande importância a postura principal (postura-
base) adotada pela pessoa na execução das suas atividades. Ela é determinada pelas
exigências das atividades e, em grande parte, pelo desenho do posto de trabalho.
Existem também posturas secundárias, que as pessoas conscientes e
inconscientemente utilizam para variar as exigências músculos-esqueléticos. Em
termos da coluna vertebral pode-se considerar uma boa postura quando a
configuração estática natural da coluna é respeitada, com suas curvaturas originais,
e quando, além disso, a postura não exige esforço, não é cansativa e é indolor para
o indivíduo, que pode nela permanecer por mais tempo.

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Segundo Grandjean (1998), existem atividades que solicitam uma constante


alteração de postura corporal. Porém, existem trabalhadores que necessitam ficar a
maior parte do tempo ou toda a jornada de trabalho, estáticos, onde seus movimentos
são limitados, a postura da cabeça e o olhar pouco se modificam, e as posições
forçadas dos membros superiores são uma constante manifestação colateral.

O registro de distúrbios osteomusculares tem se tornado cada vez mais


frequente entre a população trabalhadora. Algumas das razões para esse aumento
são apresentadas por (RIBEIRO apud PINHEIRO, 2002), e observadas no
levantamento bibliográfico realizado pela Biblioteca da Faculdade de Saúde Pública
da Universidade de São Paulo. A atenção é dada à possibilidade de acometimento
das doenças ocupacionais. As entidades de classe têm refletido essa preocupação
dos trabalhadores divulgando e realizando pressões junto às empresas para que
cumpram as normas protetoras da saúde de seus empregados. Estudos vêm sendo
desenvolvidos para investigar a contribuição de variáveis de ordem física, ergonômica
e psicossocial no desenvolvimento das doenças osteomusculares, envolvendo
análises da relação entre essas variáveis e a ocorrência de sintomas (LEINO, 1989 e
WESTGARD, 1985 apud PINHEIRO,2002).

Quando um indivíduo apresenta uma lesão ocasionada por sobrecarga


biomecânica ocupacional, os fatores etiológicos estão associados à organização do
trabalho envolvendo principalmente equipamentos, ferramentas, acessórios e
mobiliários inadequados; descaso com o posicionamento, técnicas incorretas para
realização de tarefas, posturas indevidas, excesso de força empregada para
execução de tarefas, sobrecarga biomecânica dinâmica; uso de instrumentos com
excessos de vibração, temperatura, ventilação e umidade inapropriadas no ambiente
de trabalho (MOREIRA E CARVALHO,2001).

Dentre os fatores que determinam a instalação de problemas posturais,


destacam-se a intensificação da jornada de trabalho e a necessidade do aumento de
produção, além da repetitividade de movimentos, manutenção de posturas
inadequadas, esforço físico, invariabilidade das tarefas, pressão mecânica sobre

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determinados segmentos do corpo, trabalho músculo esquelético, impacto e vibração.


Tais condições são notadas nos mais variados tipos de atividades ocupacionais e
suas respectivas populações vêm sendo estudadas a fim de identificar causas e
determinar intervenções (PASTRE, 2007).

A postura, segundo Baggio (2000), submete-se as características anatômicas


e fisiológicas do corpo humano, ligando-se as limitações especificas do equilíbrio e
obedecendo às leis da física e biomecânica e, ainda, de outra parte, a mesma mantém
estreito relacionamento com a atividade do indivíduo, podendo aumentar ou diminuir
o esforço físico de um trabalho.

O trabalho na postura em pé, requer constantemente a verticalidade do corpo


durante a jornada de trabalho. Esta verticalidade quando associada a uma postura
com desvios, sobrecarrega as articulações e os músculos da coluna, causando
assimetria postural ( DUL e WEERDMEESTER, 1998).

O trabalho estático é altamente fatigante e, sempre que possível, deve ser


evitado. Quando isso não for possível, pode ser aliviado, permitindo mudanças de
posturas, melhorando o posicionamento de peças e ferramentas ou providenciando
apoios para as partes do corpo com o objetivo de reduzir as contrações estáticas dos
músculos. Também devem ser concedidas pausas de curta duração, mas com
elevada frequência, para permitir relaxamento muscular e alívio da fadiga (IIDA,
2005).

Tendo como premissa as observações sobre a conquista da qualidade dos


produtos ou serviços e, o aumento da produtividade, Santos (2001) afirma que só
será possível atingi-las com a qualidade de vida no trabalho. O projeto ergonômico
do posto de trabalho e do sistema de produção não é mais apenas uma necessidade
de conforto e segurança, e sim, uma estratégia para a empresa sobreviver no mundo
globalizado.

Muitas pesquisas vêm mostrando que as DORT/LER reforçam o lado subjetivo


da doença, indicando que os fatores psicológicos responsáveis pelo estresse ou

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fadiga crônica efetivam a dor e a incapacidade. Os fatores de risco para a instalação


de DORT/LER indicam que a doença pode atingir qualquer pessoa, desde que as
condições psicossociais e físicas de trabalho sejam desfavoráveis (RAGASSON,
2002).

Segundo Salim (2003), o nível de conhecimento é um elemento de peso na


eficácia das ações preventivas voltadas á diminuição dos danos de saúde no
ambiente de trabalho. A classificação dos estágios de evolução da LER segundo o
Ministério da Previdência Social (1993):

Grau I – A sensação presente de desconforto, a dor sem irradiação nítida de


caráter leve que piora com a jornada de trabalho, mas que não interfere na
produtividade e melhora com o repouso;

Grau II – A dor é tolerável, mas aparece mais intermitentemente durante o


trabalho. A dor é localizada com presença de formigamento, calor e leves distúrbios
de sensibilidade.

Grau III – A dor é mais persistente e forte com irradiação definitiva, pouco
atenuada com o repouso com quadros dolorosos fora do trabalho. A redução de força
muscular, com presença de edema frequente e recorrente, hipertrofia constante e
presença quase sempre de alterações na sensibilidade. Redução da produtividade ou
incapacidade de executar as atividades;

Grau IV – É caracterizado por dor forte, continua e insuportável sendo


acentuada aos movimentos. Há perda de força e do controle dos movimentos, o
edema é preexistente podendo aparecer deformidades e atrofias. Apresenta
incapacidade de realizar tarefas tanto no ambiente de trabalho como fora dele
alterando também o estado psicológico.

O Ministério da Previdência e Assistência Social (1997) relata que as algias


talvez não possam ser prevenidas ou resolvidas em sua totalidade, mas existem
formas e meios eficazes para se diminuir a sua frequência e intensidade. A orientação
por parte da empresa seria uma delas.

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NORMA REGULAMENTADORA – NR 17

No Brasil, as normas regulamentadores de segurança e medicina no trabalho,


são obrigatórias em empresas públicas e privadas. A não implementação destas
promoverá ao empregador a realização de penalidades previstas na legislação. Na
atualidade existem 36 normas regulamentadores vigentes, a norma sobre os quesitos
da ergonomia está na NR 17 (GUIA TRABALHISTA, 2016).

A Norma Regulamentadora 17, NR 17 (2016), objetiva “estabelecer parâmetros


que permitam a adaptação das condições de trabalho às características
psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,
segurança e desempenho eficiente”.

De acordo com a NR17, o empregador que deve realizar a análise ergonômica


do trabalho para verificar as condições de trabalho às características psicofisiológicas
dos trabalhadores.

A NR 17 é dividida em três campos: aspectos gerais, temas abordados e


anexos. Os aspectos gerais, que explica as finalidades e o escopo da norma. Temas
abordados, o segundo campo, retrata os cinco tópicos normatizados (cargas,
equipamentos, mobiliários, ambiente e organização) e anexos, o terceiro campo, são
compostos por extensões e detalhamentos ao texto normativo básico (GUIA
TRABALHISTA – NR17, 2016).

ANÁLISE ERGONÔMICA DO TRABALHO (AET)

A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) tem como objetivo analisar,


identificar e avaliar o profissional no seu posto de trabalho, para verificar os riscos
ergonômicos existentes nos equipamentos, máquinas, ambiente, e averiguar a

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ligação existente entre os acidentes de trabalho, doenças dos trabalhadores e


produtividade da empresa (CMQV, 2014).

De acordo com Santos e Fialho (1995), para existir uma intervenção


ergonômica, é preciso determinar o objeto em estudo e ter uma demanda
determinada, que pode ser direta, isto é, referente às condições de trabalho, ou
indireta, que está ligada a segurança, dificuldade de recrutamento; em um
planejamento de estudos sistemáticos.

Para Santos e Fialho (1995) “só existe ergonomia se existir uma Análise
Ergonômica do Trabalho e só existe Análise Ergonômica do Trabalho se ela for
realizada empiricamente numa situação real de trabalho”.

Iida (2005) coloca que a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) compreende


três fases: análise da demanda, análise da tarefa e análise da atividade.

ANÁLISE DA DEMANDA

Demanda é a representação de um problema que justifica a necessidade de


uma intervenção ergonômica. Pode ter diversas fontes, como por parte dos
trabalhadores, da direção da empresa e das organizações sindicais. A análise da
demanda busca compreender a natureza e a dimensão dos problemas expostos. Com
frequência, esses problemas são mostrados de maneira parcial, mascarando outros
de maior relevância (SANTOS e FIALHO, 1995). Quando não ocorre um
entendimento entre os trabalhadores, gerentes, ergonomistas, é preciso ter um
processo de negociação entre as partes, para determinar o problema e estabelecer
outros fatores como custos e prazos para chegar a uma solução (IIDA, 2005).

Para Wisner (1987):

Este tipo de análise é uma fase importante do estudo ou da pesquisa: deve-se


analisar a representatividade do autor da demanda, a origem da demanda (de manda

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real ou demanda formal), os problemas (aparentes e fundamentais), as perspectivas


de ação, os meios disponíveis.

De acordo com Santos e Fialho (1995), existem três tipos de demandas de


intervenção ergonômica:

 Demandas que tem como objetivo buscar recomendações ergonômicas


para implantar um novo sistema de produção;
 Demandas que buscam resolver problemas do sistema já implantado;
 Demandas que objetivam detectar as novas condicionantes de
produção, através da implantação de uma nova tecnologia.

A demanda pode ser elaborada pela direção da empresa, pelos funcionários,


por sindicatos, por um conjunto de atores sociais e por instituições públicas legais
(SANTOS e FIALHO, 1995). Nesta etapa é analisada a situação maior em que está
inserida a situação de trabalho, o objeto e o objetivo da demanda, seus limites, tipo
de demanda, os meios de colher informações sobre a demanda, e é elaborado um
plano de intervenção (SANTOS e FIALHO, 1995).

ANÁLISE DA TAREFA

A tarefa é um agrupamento de objetivos estabelecidos, que os trabalhadores


devem realizar. A AET averigua as discordâncias entre o que é prescrito e o que é
executado. Isso pode ocorrer porque as condições reais (como máquinas
desajustadas) são diferentes da esperada e também porque não são todos os
trabalhadores que seguem rigorosamente o que foi estabelecido (IIDA, 2005).

Segundo Rea e Parker (2000), nesta etapa podem ser utilizadas entrevistas
que permitem ao pesquisador requerer informações diretamente ao entrevistado. A
entrevista pessoal tem como benefício a flexibilidade, que permite ao entrevistador
conseguir mais detalhes, explicando as perguntas que não ficaram tão claras; o

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elevado índice de respostas, pois desta forma as pessoas se sentem mais


confortáveis se comunicando verbalmente do que por escrito; e a garantia de que as
perguntas serão respondidas na ordem e interpretadas de maneira correta.

Nesta etapa o objetivo é de recolher o máximo de dados relacionado ao


homem, à máquina, ao meio ambiente de trabalho e às condições organizacionais de
trabalho (SANTOS e FIALHO, 1995).

ANÁLISE DA ATIVIDADE

Atividade remete ao comportamento do trabalhador, na execução de uma


tarefa. Isto é, como o trabalhador age para executar o que lhe foi estabelecido. É
influenciada por aspectos internos e externos. Os internos estão no próprio
trabalhador e referem-se à sua idade, sexo, experiência, e também à sua disposição
do momento, motivação, sono, fadiga. Os fatores externos estão ligados às condições
em que a atividade é realizada. São divididos em três tipos: conteúdo do trabalho
(regras, normas); organização do trabalho (horários, turnos, formação de equipes); e
meios técnicos (iluminação, máquinas, equipamentos, temperatura do ambiente)
(IIDA, 2005). De acordo com Wisner (1994) principal instrumento da Análise
Ergonômica do Trabalho é o estudo do comportamento, ligado permanentemente à
descrição verbal do trabalhador sobre o que fez, e como ele julga e qualifica o
andamento do sistema.

Entre as maneiras para se coletar os dados iniciais está a observação, que é


caracterizada por envolver o estudo direto do comportamento sem interferir nele,
somente registrando as reações naturais do colaborador (REA e PARKER, 2000).

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A análise das etapas demanda, tarefa e atividade é que vai conceder que a
metodologia da AET se transforme em uma fase de diagnóstico, permitindo assim o
surgimento de recomendações ergonômicas (SANTOS e FIALHO, 1995).

ANTROPOMETRIA

Segundo Hudson (1995), a antropometria é “o estudo das medidas humanas.


As medidas humanas são muito importantes na determinação de diversos aspectos
relacionados ao ambiente de trabalho no sentido de se manter uma boa postura”.

Para Mattos e Másculo (2011), é “o conjunto de processos ou técnicas de


mensuração do corpo humano e de suas várias partes”.

Na saúde do trabalhador, a antropometria irá moldar as dimensões dos


instrumentos de trabalho aos atributos individuais e físicos de cada trabalhador,
dando importância ao peso, altura e habilidades que ele possui. A antropometria
engloba todos os profissionais, desde os da área da saúde, como também
engenheiros, administradores, assistentes sociais, etc (MATTOS E MÁSCULO,
2011).

Para Iida (1990), esta tarefa de medições do corpo humano não é nada fácil,
pois a população contém os indivíduos com os mais variados biotipos. E o maior
interesse se concentra nos estudos das particularidades entre grupos e o que
influencia certas variáveis como etnias, regiões e culturas.

A respeito das diferenças entre os indivíduos ele nos diz que:

Todas as populações humanas são compostas de indivíduos de diferentes


tipos físicos ou biótipos. Pequenas diferenças nas proporções de cada segmento do
corpo existem desde o nascimento e tendem a acentuar-se durante o crescimento,
até a idade adulta (IIDA, 1990).

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De acordo com Másculo (2011), para prevenir problemas futuros nos ombros,
a mesa e o assento devem ser ajustados de maneira que os ombros permanecem
relaxados e os cotovelos estejam abaixados e próximos ao corpo. É recomendado
que quando o pescoço esteja inclinado para frente, atinja no máximo entre 20º e 30º,
e para trabalhos prolongados, não deve ultrapassar 15º. Na figura 3, do lado esquerdo
mostra-se a posição ideal para o pescoço com ângulo de 20º e do lado direito a
posição errada. Na figura 3, tem-se a posição correta e errada para o ângulo do
pescoço.

Figura 3: Posição ideal e errada para o pescoço

Fonte: Silva (2012) apud Elementu Vitalle (2012)

Segundo Iida (2005), “em muitas aplicações de medidas antropométricas, há


necessidade de combinar as medidas mínimas e máximas de uma população”. A
maioria das medidas antropométricas de homens são maiores que as de mulheres,
desta forma o máximo do percentil é representado por 95% dos homens, e o mínimo
pelo percentil de 5% das mulheres. Geralmente, as aberturas e passagens são
dimensionadas pelo máximo (95%) e os alcances dos locais de trabalho, onde devem
executar a tarefa tanto homens como mulheres, em geral são dimensionadas pelo
mínimo (5%). Em outros casos, existe a necessidade de combinar as medidas de
máximo e mínimo.

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A figura 4 é um exemplo de projeto de um posto de trabalho indicado tanto para


homens quanto às mulheres.

Figura 4: No dimensionamento de postos de trabalho usam-se algumas


medidas antropométricas mínimas e outras máximas da população

Fonte: Iida (2005)

Segue-se no quadro 2, as medidas ideais, segundo Iida, para o


dimensionamento correto no posto de trabalho, para homens e mulheres.

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Quadro 2: Uso de medidas antropométricas mínimas (5%) e máximas


(95%) da população, para o dimensionamento de posto de trabalho

Fonte: Iida (2005)

No quadro 2, as medidas indicadas pela letra A, B, E e G são correspondentes


às máximas (95% dos homens), de forma que as medidas das letras C,D,I e J
correspondem às mínimas (5% das mulheres). Nota-se que as medidas F (largura da
coxa) e H (profundidade do tórax), deveriam ser correspondentes pela medida de 95%
dos homens, porém elas são exceções (IIDA, 2005). Segundo Iida (2005), isso
costuma acontecer também com a largura dos quadris, para obter o dimensionamento
da largura dos assentos. Sendo assim, deve-se adotar como máximos, as medidas
correspondente a 95% das mulheres. Na letra G (altura do assento), foi recomendada
pelo valor máximo, porque assim as pessoas mais baixas podem corrigi-la colocando
um pequeno estrado para os pés, podendo chegar até 13 cm de altura para as
mulheres que são mais baixas.

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BIOMECÂNICA OCUPACIONAL

Segundo Iida (2005), a Biomecânica Ocupacional (BO) é um dos segmentos


da biomecânica. Esta exerce o papel de analisar a influência do trabalho ao
trabalhador. A BO acompanha desde o início as atividades, aconselhando o
aquecimento antes da adaptação do organismo, auxilia as posturas e posições e
orienta a empresa sobre as devidas medidas de trabalho.

Para Pereira (2001), a (BO) examina o trabalhador através atividades


realizadas, com ênfase nas atitudes e posicionamento do indivíduo, por meio de
ferramentas e máquinas e o direcionamento de forças. Já para Chaffin, Andersson e
Martin (2001), a BO abrange várias faculdades, para entender e acompanhar o
processo e as funções trabalhistas, e danos ao funcionário. Tem por propósito
diminuir as lesões e incapacidades geradas pela falta de preparo e conhecimento do
empregado.

Ainda conforme Chaffin, Andersson e Martin (2001), os avanços científicos e a


base metodológica para BO têm sido ampliados rapidamente para dar apoio à
variedade de aplicações práticas solicitadas atualmente. A atividade remunerada
exercida pelo trabalhador pode ser dividida em duas formas: trabalho estático, (em
que o indivíduo fica apenas em uma determinada posição) e trabalho dinâmico
(quando há períodos de contração e relaxamento). O trabalho estático deve ser
evitado. Caso isso não seja possível, devem ser tomadas certas providências, como
uma pausa. Já no trabalho dinâmico, ocorre um favorecimento fisiológico no
funcionamento do organismo, sendo assim é considerado o ideal para o trabalhador,
uma vez que não causa qualquer tipo de desconforto para o mesmo (IIDA, 2005).

A figura a seguir (Figura 5) retrata os principais avanços metodológicos, seis


áreas metodológicas da BO e cinco das principais áreas de aplicação:

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Figura 5: As seis áreas metodológicas da biomecânica ocupacional

Fonte: Adaptada de Chaffin; Andersson; Martin, 2001, p. 6.

A BO possui um extenso número de utilidades e recursos voltados para


trabalho e homem, dando ênfase no movimento, na forma, biótipo, mecânica na
análise e aperfeiçoamento, prevenindo esforços e fadigas musculares, sem prejudicar
a estrutura humana ou estiramento (CHAFFIN; ANDERSSON; MARTIN, 2001).

LER/DORT

As Lesões por Esforço Repetitivo (LER) e os Distúrbios Osteomusculares


Relacionados ao Trabalho (DORT) são doenças provocadas pelo pouco tempo de

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repouso e recuperação do sistema músculo-esquelético e que levam inutilidade ao


trabalhador provisório ou duradouro (O’NEILL, 2003 e OLIVEIRA e COLS., 1998).

De acordo com Couto, Nicoletti e Lech (2007), os DORT são caracterizados


por disfunções causadas pelo desequilíbrio e estresse na saúde física, devido à
utilização biomecânica incorreta. Proporcionam uma tensão e vulnerabilidade a
doenças ósseas, musculares, nervos, tendões e ligamentos, progredindo para casos
crônicos.

Para Oliveira e Cols. (1998), as causas de LER ocorrem devido a esforço e


repetitividade, sendo difícil mensurar um significado especifico à fase de doença. Não
são as principais causas, porém são as mais significativas. Segundo O’Neill (2003,
p.100), LER e DORT podem ser definidas “pela ocorrência de vários sintomas,
concomitantes ou não, tais como dor, paresia, sensação de peso, fadiga de
aparecimento insidioso, geralmente nos membros superiores”.

Pode-se afirmar que as atividades trabalhistas feitas de forma incorreta,


causam reações fisiológicas no trabalhador. Estas reações podem causar danos a
longo prazo, caso não sejam recuperadas de forma correta (Figura 6).

Figura 6: A resposta do organismo às condições de trabalho e estímulos

Fonte: Adaptada de Ranney, 2000, p. 23.

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O corpo físico tem a capacidade de suportar as cargas até um determinado


limite. Passando deste limite, o corpo envia sinais através do sistema nervoso,
avisando que o seguimento está sobrecarregado. Como resposta, o organismo tenta
proteger o membro. Caso não tenha o descanso e o repouso necessário, aliados às
atividades pesadas, estas combinações ocasionarão o desenvolvimento de DORT
(RANNEY, 2000).

As LER e DORT qualificam-se pela sobrecarga dos segmentos corporais,


impedindo a realização de suas atividades normalmente, gerando incapacidades e
padecimento do indivíduo. Através da biomecânica correta, organização do trabalho
e ajuste ambiental podem ser evitadas (RANNEY, 2000).

Formas de aparecimento

Com aumento do mundo corporativo, houve também um aumento da


competitividade, ou seja, as empresas estão se tornando cada vez mais competitivas.
Decorrente disso, elas aumentaram suas produções, turnos e estão exigindo mais de
seus colaboradores. Um trabalho rigoroso, atividades excessivas, com movimentos
repetitivos, que necessitam o uso de forças, afetam diretamente o sistema
osteomuscular do empregado, que exerce suas funções, almejando um retorno
financeiro, sem se preocupar com sua saúde e prevenção da mesma.

As práticas gerenciais que mais contribuem para o aparecimento epidêmico


dos distúrbios e lesões são: a pressão exagerada pelos resultados (muitas vezes,
descoordenada, sem ser acompanhada do respectivo plano de trabalho) e sobrecarga
para os trabalhadores, dando-lhes uma carga excessiva de trabalho sem a devida
condição de execução. Essa pratica costuma ser seguida de aumento do número de
horas extras, dobras de turno, retrabalho e mais pressão e ritmo acentuado,
alimentando o ciclo vicioso da pressão excessiva (COUTO; NICOLETTI; LECH, 2007,
p. 65).

Os graus de acessibilidade dos locais de trabalho, materiais e mobiliários


influenciam diretamente a forma de trabalho e ocorrências de lesões/distúrbios,

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proporcionando posturas e biomecânica impróprias para a estrutura humana.


Entretanto, para o trabalhador, acredita-se ser mais confortável a realização daquela
tarefa (RIBEIRO et al., 2011).

O homem é capaz de adotar várias posturas, formas e métodos que sejam


eficazes para a realização do trabalho, sem pensar na arquitetura e fisiologia humana,
no custo benefício, e se vale a pena a curto/longo prazo (PERES, 2002). Tudo isso
acaba favorecendo o aparecimento de doenças/distúrbio/lesão relacionadas a
ocupação do trabalhador.

As formas de aparecimento caracterizam-se pela observação do modo de


execução, conscientização, estímulo e grau de percepção do funcionário, ou seja,
uma ciência aplicada à função e feedback do homem às exigências e pressões de
trabalho (COUTO; NICOLETTI; LECH, 2007; PERES, 2002).

Epidemiologia

Os principais distúrbios e lesões relacionadas ao trabalhador geralmente


acontecem devido à anatomia do segmento, movimentações bruscas e falta de
conhecimento dos trabalhadores na realização do trabalho, sem comprometer a
biomecânica. O número de doentes pertencentes ao trabalho vem aumentando (BAÚ,
2002; COUTO; NICOLETTI; LECH, 2007).

As articulações do pescoço, ombro, cotovelos, antebraços, punhos e mãos


apresentam uma estabilidade anatômica suportável até um determinado limite. Caso
passem deste limite, seja por força, vibrações, movimentação, amplitude, impacto por
uso excessivo e repetitivos, compressão e pinçamentos podem acarretar processos
inflamatórios, aumento ou diminuição da sensibilidade, queimação, choque,
dormência, fraqueza, radiações, dormências, dores e patologias sendo estas:
síndrome do desfiladeiro torácico, tensão dos músculos cervicais, síndrome da raiz
cervical, doença degenerativa cervical, lesão do manguito rotador (LMR), tendinite
supra ou ruptura da cabeça longa do bíceps, síndrome do impacto, tenossinovite
bicipital, síndrome dolorosa irradiada, compressão dos músculos supinadores e

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extensores de punho, sobrecarga do tríceps, síndrome do pronador redondo, bursite


olecraniana, síndrome do túnel e canal cubital, tendinite estenosante, compressão do
nervo ulnar, tendinite e tenossinovite do punho e antebraço e síndrome do túnel do
carpo (COUTO; NICOLETTI; LECH, 2007).

Baú (2002) descreve, que o posicionamento dos braços estendidos com muita
força ou movimento contínuo no trabalho pode ser uma forma para o desenvolvimento
da síndrome do desfiladeiro torácico e síndrome do impacto. A síndrome do túnel do
carpo e tenossinovite dos extensores dos dedos são distúrbios motivados pela
biomecânica incorreta de punho e mão, agitações repetitivas, pouco tempo para
recuperação, baixa temperatura, carga pesada. As cervicalgias, lombalgias e
fibromialgias são quadros dolorosas caracterizados principalmente em trabalhadores
que adotam uma postura imóvel ou inadequada do segmento, permanecendo por
muito tempo ou para transporte de peso.

Aspectos individuais relacionados à constituição física, sexo, perfil


comportamental psíquico, condições estressantes no ambiente de trabalho e familiar,
reforço da condição de incapacidade e negação da condição de bem-estar, ganhos
pessoais, dentre outros, estão envolvidos nos eventos que induzem a ocorrência e
agravam a condição dos doentes com LER. (OLIVEIRA E COLS., 1998).

Por mais simples que seja a atividade realizada no trabalho, deve-se refletir e
analisar os riscos naquele determinado local, policiar com relação às atitudes e
comportamento corporal, atenção e concentração. O trabalhador e os profissionais
da equipe multidisciplinar devem almejar, pelos mesmos propósitos, a saúde em
primeiro lugar (RANNEY, 2000).

ANÁLISE BIOMECÂNICA OCUPACIONAL

A análise biomecânica concentra-se nos movimentos corporais e nas forças


realizadas no trabalho. Procura diminuir a ocorrência de distúrbios

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musculoesquelético, preocupando-se com as interações físicas do trabalho com seu


posto de trabalho, máquinas e materiais. Muitos postos de trabalho provocam
estresses musculares, dores e fadiga, que podem ser solucionados com medidas
corretivas simples, como aumentar ou reduzir a altura da mesa de trabalho (IIDA,
2005).

Existem dois tipos de trabalho: o trabalho estático e o dinâmico. O trabalho


estático é aquele que “exige contração contínua de alguns músculos, para manter
uma determinada posição”. Este tipo de trabalho tem como fato agravante a fadiga,
que deve ser amenizada com pausas, ginástica laboral e o que for possível realizar
pra que seja reduzida (IIDA, 2005).

E o trabalho dinâmico, de acordo com Iida (2005), é aquele que permite realizar
contrações e relaxamentos alternados. Desta maneira, os músculos se movimentam
mais e recebem mais oxigênio, aumentando sua resistência contra a fadiga.

Para Alves (2004), a análise biomecânica do ser humano tem o objetivo de


diminuir e até eliminar os problemas que são causados pela postura inadequada ou
pelo excesso de força aplicado no exercício da atividade.

MÉTODO OWAS

Segundo Wilson (2005), é o método mais recente utilizado para postura global
com sistema de códigos. Foi desenvolvido na Finlândia em 1992 para analisar
posturas de trabalho na empresa Ovako Oy e o Instituto Finlandês de Saúde
Ocupacional. OWAS (Ovako Working Posture Analysing System) compõem-se em
seu código a postura, a carga e a força utilizada.

Esse método foi proposto por Karhu, Kansi e Kuoringa em 1977, que
trabalhavam em uma indústria siderúrgica. Eles começaram tirando fotos das
principais posturas encontradas, e obtiveram como resultado diferentes combinações

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de posição de dorso (4 posições típicas), braço (3 posições típicas) e pernas (7


posições típicas), que estão demonstradas na figura 7 (IIDA, 2005).

Figura 7: Sistema OWAS para registo da postura

Também é realizado a classificação de acordo com a carga:

1. Peso ou força necessária igual ou menor 10 Kg

2. Peso ou força necessário maior que 10 Kg ou menor que 20 Kg

3. Peso ou força necessária excede 30 Kg

Por meio de estudos realizados, as posturas são classificadas em quatro classes


(IIDA, 2005):

Classe 1: postura normal, que dispensa cuidados;

Classe 2: postura a que deve ser verificada durante a próxima revisão rotineira dos
métodos de trabalho;

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Classe 3: postura que merece atenção a curto prazo; Classe 4: postura que merece
atenção imediata.

O OWAS é um método para avaliação da postura corporal do trabalhador que se


baseia em uma simples classificação de posturas durante a realização do trabalho executado
por meio de observações. É utilizado este método para obter um ambiente mais seguro e
produtivo para os trabalhadores, a fim de reduzir as fadigas musculares causadas pelas
atividades rotineiras, através de avaliações ergonômicas e pesquisas para conseguir um novo
método de trabalho (LEMOS, 2010).

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