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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP

CAMPUS ANCHIETA
Curso de Engenharia de Produção e Mecânica

Atividades Práticas Supervisionadas

INTERVENÇÃO ERGONÔMICA NA
ATIVIDADE DE CARREGAMENTO
DO CAMINHÃO DE ENTREGA DE
GÁS

GRUPO DE PESQUISA
Trabalho desenvolvido para
DISCENTES RA TURMA
obtenção de nota do 1º semestre na
Leandro Souza de Jesus 127768-5 EB4R39 disciplina de Atividades Práticas
Alessandro S. de Oliveira A83080-4 EB4R39 Supervisionadas
Jansen F.S. da Silva A802FH-7 EB4R39
José Carlos B. da Silva A83EJD-0 EB4R39
Gabriel Lima da Silva A8159B-8 EB4R39
Heide Borges de Oliveira B04792-5 EB4S39

São Paulo
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2013
Sumário

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1. Tipo de Projeto

Monografia

2. Tipo de Estudo

Pesquisa de Campo

3. Palavras chaves

Ergonomia, Saúde do Trabalhador, Empresa de Gás, LER e DORT

4. Introdução

As indústrias possuem tarefas altamente repetitivas e de grande duração.


Essa combinação, aliada a posturas desfavoráveis, podem incidir sobre os grupos
músculo-esqueléticos de maneira nociva, prejudicando a saúde do operador e o bom
desempenho de suas tarefas. Estas implicam em riscos, chamados de riscos
ergonômicos, e são potencialmente responsáveis por traumas cumulativos, sendo
encontrados por diversas denominações da literatura, tais como: Lesões por
Esforços Repetitivos (LER) e Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho
(DORT).Estes riscos podem ainda ser agravados pelo tipo de design dos postos de
trabalho e do tipo de processo de produção realizado.

Conforme é possível verificar em diversos bancos de dados relacionados à


saúde do trabalhador no Brasil, como Anuários Estatísticos da Previdência Social
(BRASIL – MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, 2012) e os Dados Estatísticos
do MTE (BRASIL – MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO – TEM, 2013),
nos últimos anos tem sido registrados mais números absolutos relativos a acidentes
de trabalho, bem como lesões por esforço repetitivo e doenças osteomusculares
relacionadas ao trabalho (LER/DORT). Em parte, este aumento se deve ao
desenvolvimento econômico do país e o crescimento do número de empregos, mas
por outro lado, pela produção acelerada que eleva os ritmos de produção e pode
sobrecarregar aqueles que trabalham.

A ergonomia busca a perfeita integração entre as condições de trabalho e a


tríade formada pelo conforto, segurança e eficiência do trabalhador em sua situação
de trabalho. Para atingir essa condição, a ergonomia necessita de conhecimentos
que englobam a anatomia, a fisiologia, a biomecânica, a antropometria, a psicologia,
a engenharia, o desenho industrial, a informática e a administração.

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5. Definição do Problema

Aplicação de força, posturas não ergonômicas e repetitividade na atividade de


abastecimento do caminhão de entrega de gás. Evidência da incidência de doenças
musculoesqueléticas relacionadas ao trabalho em empregados de indústrias de
botijões de gás.

6. Justificativa

Nos últimos anos têm sido registrados mais números absolutos relativos a
acidentes de trabalho, bem como lesões por esforço repetitivo e doenças
osteomusculares relacionadas ao trabalho (LER/DORT). Em parte, este aumento se
deve ao desenvolvimento econômico do país e a produção acelerada que eleva os
ritmos de produção e pode sobrecarregar aqueles que trabalham.

7. Objetivos

• Adaptar do ponto de vista ergonômico a atividade de abastecimento


do caminhão de entrega de gás;

• Mensurar os impactos físicos da atividade atual sobre a saúde dos


trabalhadores;

• Preservar a saúde física do trabalhadores de indústrias e pequenos


distribuidores de botijões de gás;

• Desenvolver conceito de abastecimento que seja aplicável em


indústrias e pequenos distribuidores de botijões de gás.

8. Ergonomia

O termo Ergonomia é relativamente recente: criado e utilizando pela primeira


vez pelo inglês Murrel, passa a ser adotado oficialmente em 1949, quando da
criação da primeira sociedade de ergonomia, a Ergonomic Research Society, que
congregava nos problemas da adaptação do trabalho ao homem.

De acordo com Iida, a Ergonomia surgiu logo após a II Guerra Mundial, como
conseqüência do trabalho interdisciplinar realizado por diversos profissionais, tais
como engenheiros, fisiologistas e psicólogos.
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A etimologia do vocábulo Ergonomia não especifica bem o objeto dessa
disciplina. Podemos defini-la, em síntese como sendo o conjunto de conhecimentos
a respeito do desempenho do homem em atividade, a fim de aplicá-los à concepção
das tarefas, dos instrumentos, das máquinas e dos sistemas de produção. A
ergonomia nasceu de necessidades práticas: ligada à prática, já que sem aplicação
perde a razão de ser, ela se apóia em dados sistemáticos, utilizando métodos
científicos.

Do ponto de vista epistemológico, a Ergonomia é vista como uma ciência que


estuda as condições de trabalho com o objetivo de trazer melhorias para a saúde e a
produtividade do trabalhador. Visto que é uma ciência que tem o objetivo de trazer
transformações às condições encontradas, também é vista como uma arte (prática
técnica), pois é atuante e, do ponto de vista de método de pesquisa, pode-se dizer
que é uma pesquisa-ação.

A Associação Brasileira de Ergonomia (ABERGO) define Ergonomia como


sendo o estudo das interações das pessoas com a tecnologia, a organização e o
ambiente, objetivando interações e projetos que visem melhorar, de forma integrada
e não dissociada, a segurança, o conforto, o bem-estar e a eficácia das atividades
humanas.

Para a International Ergonomics Association - IEA, a ergonomia relaciona-se


principalmente com três áreas de atuação na saúde e segurança ocupacionais
(física, cognitiva e organizacional) e, seguem abaixo as definições que classificam
os três campos de atuação:

Ergonomia física: está relacionada com as características da


anatomia humana, antropometria, fisiologia e biomecânica em
sua relação à atividade física. Os tópicos relevantes incluem o
estudo da postura no trabalho, manuseio de materiais,
movimentos repetitivos, distúrbios músculo-esqueletais
relacionados ao trabalho, projeto de posto de trabalho,
segurança e saúde.

Ergonomia cognitiva: refere-se aos processos mentais, tais


como percepção, memória, raciocínio e resposta motora
conforme afetem as interações entre seres humanos e outros
elementos de um sistema. Os tópicos relevantes incluem o
estudo da carga mental de trabalho, tomada de decisão,
desempenho especializado, interação homem computador,
stress e treinamento conforme esses se relacionem a projetos
envolvendo seres humanos e sistemas.

Ergonomia organizacional: concerne à otimização dos sistemas


sóciotécnicos, incluindo suas estruturas organizacionais,
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políticas e de processos. Os tópicos relevantes incluem
comunicações, gerenciamento de recursos de tripulações
(CRM - domínio aeronáutico), projeto de trabalho, organização
temporal do trabalho, trabalho em grupo, projeto participativo,
novos paradigmas do trabalho, trabalho cooperativo, cultura
organizacional, organizações em rede, tele-trabalho e gestão
da qualidade.

A ergonomia estuda diversos fatores que influem no desempenho do sistema


produtivo e procura reduzir as suas consequências nocivas sobre o trabalhador.
Busca a redução da fadiga, estresse, erros e acidentes, proporcionando segurança,
satisfação e saúde aos trabalhadores, durante o seu relacionamento com o sistema
produtivo.

A especialidade da ergonomia reside em sua tensão entre dois objetivos. De


um lado, um objetivo centrado nas organizações e no seu desempenho. Esse
desempenho pode ser apreendido sob diferentes aspectos: eficiência, produtividade,
confiabilidade, qualidade, durabilidade etc. De outro, um objetivo centrado nas
pessoas, este também se desdobrando em diferentes dimensões: segurança, saúde,
conforto, facilidade de uso, satisfação, interesse do trabalho, prazer etc.

9. Análise do Posto de Trabalho

A análise dos postos de trabalho é o estudo de uma parte do sistema onde


atua um trabalhador. A abordagem ergonômica ao nível do posto de trabalho faz a
análise da tarefa, da postura e dos movimentos do trabalhador e das suas
exigências físicas e cognitivas. Considerando um posto mais simples, onde o
homem opera apenas uma máquina, a análise deve partir do estudo da interface
homem-máquina-ambiente, ou seja, das interações que ocorrem entre o homem, a
máquina e o ambiente.

10. Público Alvo

O público alvo deste estudo será um grupo de abastecedores de caminhões


de entrega de gás de indústrias e pequenas empresas de entrega.

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11. Metodologia para a coleta dados

Para a coleta de dados neste trabalho serão utilizadas filmagens dos


operadores em serviço, entrevistas individuais também registradas em vídeo e a
aplicação de Check Lists de avaliação ergonômica com a finalidade de investigar
os processos de trabalho, esforços e mecânica de trabalho utilizada.

12. Cronograma do Estudo

Este cronograma se baseia numa expectativa de realização da pesquisa num


período de três anos:

2013 2014 2015

Etapa 1 Revisão da literatura e


definição do escopo de
estudo.

Estruturação do Pré
projeto de Pesquisa.

Etapa 2 Análise ergonômica


do trabalho em
indústrias de
botijões de gás.

Etapa 3 Desenvolvimento do
dispositivo
manipulador de
botijões.

Etapa 4 Validação do Projeto


nas empresas.

Confecção do
trabalho teórico

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13. Referências Bibliográficas

a) ABERGO. Site Associação Brasileira de Ergonomia. Disponível em:


www.abergo.org.br Acesso em Maio de 2013.

b) ABRAHÃO, J. et al. Introdução à Ergonomia: da Prática à Teoria. São


Paulo: Blücher, 2009.

c) BARBOSA, L.G. Fisioterapia Preventiva nos Distúrbios Osteomusculares


Relacionados ao Trabalho – DORTs. Rio de Janeiro, Guanabara Koogan,
2002.

d) BAU, L.M.S. Fisioterapia do Trabalho: ergonomia, legislação,


reabilitação. Curitiba, Clãdosilva, 2002.

e) BRASIL – MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL. Portal da Previdência


Social. Disponível em: www.previdencia.org.br . Acesso em Maio de 2013.

f) BRASIL – MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO - MTE. Portal do


Ministério do Trabalho e do Emprego: Dados e Estatísticas. Disponível em:
Acesso em Maio de 2013.

g) COUTO, H.A. Ergonomia Aplicada ao Trabalho: conteúdo básico: guia


prático. Belo Horizonte, Editora Ergo, 2007a; 272p.

h) COUTO, H.A. Método TOR-TOM: manual de avaliação ergonômica e


organização do trabalho. Belo Horizonte, Ergo Editora, 2006.

i) COUTO, H.A.; NICOLETTI, O.; LECH, O. Gerenciando a LER e os DORT


nos Tempos Atuais. Belo Horizonte, Editora Ergo, 2007b; 492p.

j) DANIELLOU,F. et.al. A Ergonomia em Busca de Seus Princípios: Debates


Epistemológicos. São Paulo: Edgard Blucher,2004.

g) FALZON, Pierre. Ergonomia. São Paulo: Editora Blucher, 2007.

h) GUÉRIN,F. et.al. Compreender o Trabalho para Transformá-lo: A Prática


da Ergonomia.São Paulo: Edgard Blucher,2001.

i) GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia: adaptando o trabalho ao homem.


Porto Alegre, Artes Médicas, 1998.

j) IIDA, I. Ergonomia: projeto e produção. São Paulo, Edgard Blucher, 2ª


edição revisada e ampliada, 2005.

8
l) LAVILLE, A. Ergonomia. São Paulo, EPU, Ed. da Universidade de
São Paulo, 1977.

m) KROEMER, K. H. E.; GRANDJEAN, E. Manual de Ergonomia: Adaptando o


trabalho ao homem. 5ª. ed. Porto Alegre: Bookman, 2005.

n) MENDES, R. Patologia do trabalho. 2ª atualizada e ampliada. ed. São Paulo:


Ateneu, v. 2, 2007.

o) MTE, SIT. Manual de aplicação da norma Regulamentadora nº17. 2ª. ed.


Brasília: Secretaria de Inspeção do Trabalho, 2002.

p) SLACK, N.; CHAMBERS, S.; JOHNSTON, R. Administração da Produção.


Tradução de Henrique Luiz Corrêa. 3ª Edição. ed. São Paulo: Atlas, 2000.

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