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=ISCISA=
Docente:
Ft: Adélia Banda
Discente do 4 grupo:
Angelina Bernardo Mahumane
Benedito Alberto Rapiota Fora
Ernesta Carlos Canxixe
Faida Iazido Mohamede Kamuendo
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ÍNDICE
INTRODUÇÃO:..............................................................................................................................3
CONCLUSÃO:................................................................................................................................9
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................10
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INTRODUÇÃO:
O presente trabalho é de carácter investigativo e visa desenvolver e explicar sobre aspectos
relevantes e tem como objectivo descrever sobre a Intervenção do Fisioterapeuta nas pessoas
com sequelas de AVC na comunidade; quanto aos exercícios físicos nas pessoas com
deficiência por Acidente Vascular Cerebral (AVC); assim como a saúde do idoso com
deficiência, e gestão da doença crónica (cuidados continuados e paliativos). No sentido de puder
perceber melhor e descrever o grupo ira basear-se nos artigos científicos que defendem ou
ilustram sobre a matéria em destaque.
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1. EXERCÍCIOS FÍSICOS NAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA POR ACIDENTE
VASCULAR CEREBRAL (AVC):
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), é uma patologia que, segundo Stoller et al. (2012),
apresenta valores superiores a 15 milhões de pessoas a nível mundial que experienciaram um
AVC, em que um terço deste número sofrerá alterações da funcionalidade.
Sendo uma patologia com sequelas gravíssimas no contexto da funcionalidade, a Direcção Geral
de Saúde (DGS), em 2011, apresenta a norma 054/2011 que regulamenta a intervenção da
reabilitação após o AVC, para promover uma recuperação célere, coerente e equilibrada e que
garanta a autonomia e independência das pessoas que passam por este tipo de recuperação,
potenciando a sua qualidade de vida (DGS, 2011).
A reabilitação do AVC inclui orientações para a promoção do exercício físico que, segundo
Lucas et al. (2015), tem vindo cada vez mais a ser considerado como extremamente benéfico
para a saúde global e, particularmente, para a saúde mental pois permite melhorar o estado da
angiogenese, da neurogénese e da plasticidade sináptica que potencia a perfusão e a melhoria e
eficiência do metabolismo do cérebro.
Lucas et al. (2015) reforçam a importância do exercício físico como a intervenção mais
acessível, efectiva, pluridisciplinar e segura para melhorar e manter a saúde e mesmo para o
tratamento da maioria das doenças crónicas actuais. Referem também os mesmos autores que o
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exercício apresenta resultados tão eficazes e com mais benefícios que o uso de medicamentos, na
reabilitação do pós AVC.
O estudo de Lim e Yoon (2017) apresenta resultados que defendem que 8 semanas de programa
de exercícios de Pilates modificado podem ter uma influência positiva em pacientes pós AVC,
potencialmente aumentando a função cardiorespiratório, o que pode ter implicações positivas
para aumentar a sua capacidade funcional.
Ainda neste contexto, Lucas et al. (2015) consideram que os benefícios do exercício no pós AVC
são abrangentes porque potenciam a angiogenese, a neurogénese e a plasticidade sináptica,
melhorando a perfusão cerebral e do metabolismo, mantendo ou melhorando as funções
cerebrais que foram afectadas no AVC.
A reabilitação passa pela implementação de processos individuais e que dependem da
aprendizagem com o objectivo de restaurar a funcionalidade neural afectada, restaurar, substituir
ou reorganizar as áreas neuronais lesionadas, e ainda compensar a área danificada por outras
próximas, o que deve ser implementado precocemente com a aplicação de programas de
exercício físico que contribuam para a modelação da plasticidade cerebral, adotando actividades
significativas cuja prática deverá ser repetitiva e respeitando a situação clínica do doente, os seus
contextos e profissionais de saúde disponíveis para o efeito Barbosa (2012).
Actualmente, mais de um bilhão de pessoas em todo o mundo convivem com alguma forma de
deficiência, entre as quais, cerca de 190 milhões experimentam dificuldades físicas funcionais
consideráveis, com tendência crescente, devido ao envelhecimento populacional e aumento das
enfermidades crónicas.
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A deficiência faz parte da condição humana e, segundo a Organização Mundial da Saúde, quase
todas as pessoas terão uma deficiência temporária ou permanente em algum momento da vida.
Aquelas que sobreviverem enfrentarão dificuldades cada vez maiores com a funcionalidade de
seus corpos devido ao envelhecimento.
Muitas pessoas idosas são acometidas por doenças e agravos crónicos não transmissíveis
(DANT) - estados permanentes ou de longa permanência - que requerem acompanhamento
constante, pois, em razão da sua natureza, não têm cura. Essas condições crónicas tendem a se
manifestar de forma expressiva na idade mais avançada e, frequentemente, estão associadas
(comorbidades).
Podem gerar um processo incapacitante, afectando a funcionalidade das pessoas idosas, ou seja,
dificultando ou impedindo o desempenho de suas actividades quotidianas de forma
independente. Ainda que não sejam fatais, essas condições geralmente tendem a comprometer de
forma significativa a qualidade de vida dos idosos.
É função das políticas de saúde contribuir para que mais pessoas alcancem as Idades avançadas
com o melhor estado de saúde possível. O envelhecimento activo e Saudável é o grande
objectivo nesse processo. Se considerarmos saúde de forma ampliada torna-se necessária alguma
mudança no contexto actual em direcção à produção de um ambiente social e cultural mais
favorável para população idosa.
No final da década de 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a utilizar o conceito
de “envelhecimento activo” buscando incluir, além dos cuidados com a saúde, outros Factores
que afectam o envelhecimento. Pode ser compreendido como o processo de optimização das
oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objectivo de melhorar a qualidade de
vida à medida que as pessoas ficam mais velhas.
Envolve políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis e seguros em todas as
etapas da vida, favorecendo a prática de actividades físicas no quotidiano e no lazer, a prevenção
às situações de violência familiar e urbana, o acesso à alimentos saudáveis. No envelhecimento,
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estão envolvidos diversos Factores, como biológicos, fisiológicos e neurológicos, que podem
levar à perda natural e gradual dos sentidos e diminuição da capacidade funcional.
Nesse sentido, ser longevo com deficiência, em um recorte para a dimensão física, pode
significar estar sujeito a importantes impactos cumulativos em suas condições de saúde, pois
tanto a deficiência quanto a idade avançada impactam a capacidade funcional dos idosos, uma
vez que pode significar o envelhecimento de um corpo limitado funcionalmente.
Nesse contexto, a deficiência física, acrescida do processo de envelhecimento, pode ser geradora
de dificuldades quotidianas que levam esses idosos a limitação ou dependência na realização das
actividades diárias, como higiene, alimentação, lazer e trabalho, o que pode gerar sentimento de
revolta e sofrimento nessas pessoas. Além das limitações em relação à realização de actividades
de vida diária, as pessoas com deficiência enfrentam diversos obstáculos, incluindo barreiras
atitudinais, ambientais e institucionais, o que impede sua participação plena e igualitária em
todos os aspectos da vida. Muitas vezes as pessoas idosas com deficiência estão entre as mais
adversamente afectadas.
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de autonomia e necessidade de reabilitação, ou que se encontrem em situações complexas de
sofrimento associadas a doenças incuráveis e progressivas.
Aliviar o sofrimento é, assim, a chave para este tipo de cuidados, e tendo como base minimizar
os sintomas durante todo o processo, principalmente nos estádios mais avançados (Lowe,
Watanabe & Courneya, 2009). E a fisioterapia é uma profissão autónoma, que tem um campo de
intervenção vasto, que vai desde criar a promoção da saúde, à prevenção da doença. A sua
contribuição deve ser considerada como um recurso autónomo, integrado em todos os níveis da
prestação de cuidados.
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CONCLUSÃO:
Após uma abordagem minuciosa do presente trabalho de carácter investigativo, o grupo concluiu
que é de estrema importância o Fisioterapeuta ter noções básicas e conhecimentos científicos,
para melhor intervir nos pacientes com sequelas de AVC na comunidade, no sentido de puder
ajudar diversas pessoas com deficiências por sequelas de AVC, assim como a saúde do idoso
com deficiência, e na gestão da doença crónica (cuidados continuados e paliativos). tendo como
base o controlo postural e aplicando os exercícios físicos ou funcionais, para promover a
neuroplasticidade.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. Patrícia Susana Martins Antão Exercício Físico Após AVC, Relatório de Estágio Projecto
Escola Superior de Saúde de Bragança, Junho de 2018.
2. Branco, T. & Santos, R. (2010). Reabilitação da Pessoa com AVC. Coimbra. Formasau.
3. Marisa Lourenço, P E, Maria José, Lumini, autocuidado: Um Foco Central da Enfermagem
Escola Superior de Enfermagem do Porto.
4. Martins Ja, Watanabe Haw, Braga, edição suplementar 3 enfermagem gerontológica, Idosos
com deficiência física: vulnerabilidades em relação ao corpo, ambiente físico e social; Ver
Bras Enferm. 2020
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