Você está na página 1de 13

ÍNDICE

INTRODUÇÃO .......................................................................................................................... 1
AGRICULTURA ....................................................................................................................... 2
Importância da agricultura .......................................................................................................... 2
Citrinos ....................................................................................................................................... 3
Descrição .................................................................................................................................... 4
Taxonomia .................................................................................................................................. 3
Tipos de citrinos ......................................................................................................................... 4
Clima .......................................................................................................................................... 5
Solo ............................................................................................................................................. 6
Técnicas de propagação .............................................................................................................. 7
Propagação por Sementes ........................................................................................................... 7
Propagação vegetativa: não é apenas por sementes que se reproduz uma planta....................... 8
Propagação vegetativa induzida ................................................................................................. 8
Estaquia ...................................................................................................................................... 8
Enxertia....................................................................................................................................... 9
Principais doenças e pragas ........................................................................................................ 9
CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 12
1

INTRODUÇÃO

No presente trabalho vamos primeiramente falar da agricultura em Moçambique e sua


importância, de seguida vamos falar da cultura de citrinos, onde de forma resumida vamos
destacar as suas características, sua taxonomia, em terceiro lugar vamos apresentar alguns
tipos de citrinos, falaremos também do solo propicio para os citrinos e por fim vamos
apresentara as técnicas de propagação onde vamos ver propagação por semente, propagação
vegetativa.
2

AGRICULTURA

Segundo o Dicionário Aurélio, agricultura é o cultivo do solo, por meio de procedimentos,


métodos e técnicas próprias, que buscam produzir alimentos para o consumo humano, como
legumes, cereais, frutas e verduras, ou para serem usados como matérias-primas na indústria

Agricultura também pode ser definida como Prática de cultivar plantas e criar gado. Foi o
principal desenvolvimento na ascensão da civilização humana sedentária, por meio da qual o
uso de espécies domesticadas criou excedentes de alimentos que permitiram às pessoas viver
nas cidades. A história da agricultura começou há milhares de anos.

Depois de colectar grãos silvestres por pelo menos 105 mil anos, os primeiros agricultores
começaram a plantá-los há cerca de 11,5 mil anos. Animais como porcos, ovelhas e bois
foram domesticados há mais de 10 mil anos. As plantas foram cultivadas independentemente
em pelo menos onze regiões do mundo. Desde o século XX, no entanto, a agricultura
industrial baseada na monocultura em grande escala passou a dominar a produção agrícola,
embora cerca de 2 bilhões de pessoas ainda dependiam da agricultura de subsistência.

O desenvolvimento da agricultura permitiu que a população humana crescesse muitas vezes


mais do que poderia ser sustentado pela caça e colecta. A agricultura começou de forma
independente em diferentes partes do mundo e incluiu uma gama diversificada de táxons, em
pelo menos onze centros de origem independentes. Grãos selvagens foram colectados e
comidos há pelo menos 105 mil anos. No Levante paleolítico, há 23 mil anos, o cultivo de
cereais de farro, cevada e aveia foi observado perto do mar da Galileia.

Nos Andes da América do Sul, a batata foi domesticada entre 10 mil e 7 mil anos atrás, junto
com feijão, coca, lhamas, alpacas e porquinhos-da-índia.

Importância da agricultura

Apesar do grande desenvolvimento industrial alcançado pelos países, a agricultura, ao lado da


indústria e dos serviços é a principal actividade produtiva da Humanidade. Vários são os
factos que explicam tal importância:

É a actividade económica que absorve a maior parte da população no mundo e ocupa


cerca de vinte e um milhões de quilómetros quadrados, ou seja, cerca de 16% das
terras emersas.
É a base de sobrevivência da população humana, pois fornece-lhe alimentação;
3

Fornece matérias-primas para a indústria de produtos alimentares, que é a grande fonte


de emprego nas sociedades modernas;
Juntamente com a pecuária, a agricultura ocupa a maior extensão de terras;

De facto, a área cultivável e cultivada, nas condições técnico-culturais actuais, situa-se em


três faixas, nomeadamente:

A franja tropical que compreende as regiões onde domina a plantação, em África e


América do Sul e a região da Asia das Monções;
A zona temperada do Sul, pouco povoada, onde encontramos as grandes criações de
bovinos, e ovinos da Nova Zelândia, da Austrália, da África do Sul e da Argentina.
Na região setentrional de clima temperado, que engloba as extensas planícies e regiões
menos íngremes da América do Norte, Europa e Asia;

Há ainda a destacar que nos países desenvolvidos a percentagem da população activa que se
dedica às actividades agrícolas é muito baixa (menos de 5% na Inglaterra e EUA)
comparativamente aos restantes países em Vias de desenvolvimento. No primeiro grupo de
países, a agricultura é feita mediante o recurso aos métodos e técnicas modernas, sendo as
fazendas geridas sob orientação empresarial.

CITRINOS

Citrus é um género de plantas da família Rutaceae, ordem Sapindales, originárias do sudeste


tropical e subtropical da Ásia.

O grupo contém três espécies e numerosos híbridos naturais e cultivados, incluindo


os frutos habitualmente designadas por citrinos, como a laranja, o limão, a toranja, a lima,
a tangerina, e a cidra.

Os frutos são ricos em compostos bioactivos, sendo, portanto, um ótimo alimento.[2]

Citricultura é o estudo das formas de produção de citrinos.

TAXONOMIA

A taxonomia do gênero é complexa. Quase todas as espécies cultivadas são híbridos.


Hibridações podem ter ocorrido na natureza entre pés selvagens, mas muitas são
4

provavelmente resultados diretos ou indiretos do cultivo. Todos esses híbridos são


descendentes diretos ou indiretos de algumas antigas espécies selvagens.

Recentes evidências genéticas apontam para apenas três espécies: a tangerina, a cidra e
o pomelo e talvez espécies do subgênero Papeda. Elas são grandes arbustos ou
pequenas árvores, alcançando entre 5 m e 15 m de altura.

DESCRIÇÃO

Este género é constituído por arbustos grandes ou árvores de tamanho pequeno a médio,
atingindo de 5 a 15 m de altura, com ramos espinhosos e folhas persistentes, com uma
margem inteira, dispostas alternadamente.

As flores são solitárias ou em pequenas inflorescências, cada flor com 2–4 cm de diâmetro,
com cinco (raramente quatro) pétalas brancas e numerosos estames poliadelfos. As flores são
geralmente muito perfumadas, devido à presença de glândulas de óleos essenciais.

TIPOS DE CITRINOS

Existe um grande número de espécies de citros cultivadas comercialmente nas


regiões produtoras, em todo o mundo. As mais importantes são:
- Laranjas doces, espécie Citrus sinensis;
- Limões, que são Citrus limon;
- Tangerinas, espécie Citrus reticulata;
- Lima, Citrus aurantifolia;
- Pomelos, Citrus paradisi;
- Cidras, Citrus medica;
- Toranjas, Citrus grandi;
- Laranjas azedas ou amargas, Citrus aurantium.
Laranjas
Entre as laranjas, as variedades mais cultivadas são: Natal, Valência, Pera,
Hamlin e Bahia. Entre as laranjas sem acidez, existem as variedades: Lima,
5

Piralima e outras. Há também as laranjas sanguíneas, que são cultivadas


comercialmente em alguns países da região mediterrânea.
Tangerinas ou mandarinas
As tangerinas ou mandarinas são o segundo grupo de frutas cítricas mais
importantes. As principais variedades cultivadas são: a Mexerica, a Ponkan, a
Murcote, a Cravo e outras.

O limão Siciliano está entre as 50 variedades de limões cultivadas em inúmeros países. Foto: reprodução

Limões
Existem mais de 50 variedades de limões cultivadas nos diferentes países, sendo
as principais: Eureca, Lisboa, Vilafranca, Gênova, Femminello, Berno, Mesero,
Siciliano, entre outras.
Limas ácidas
As limas ácidas são mais cultivadas em regiões de clima subtropical e tropical.
No Brasil, as limas ácidas são chamadas de limões e as variedades mais
importantes são Galego e Taiti.
Para a escolha da variedade é importante considerar alguns fatores como melhor
adaptação ao clima e solo da região escolhida, preferência do mercado
consumidor de destino e produtividade.

Clima

O clima exerce grande influência sobre o vigor e longevidade das plantas cítricas, qualidade e
quantidade de frutos. Os citros desenvolvem-se melhor em regiões de clima mais ameno,
desde que os solos sejam adequados e o regime pluvial atinja cerca de 1.200 mm anuais, bem
distribuídos durante o ano, podendo-se suplementar os déficits com água de irrigação. No
6

Nordeste geralmente as chuvas ocorrem com maior intensidade de março a agosto (inverno).
Embora a limitação climática para o plantio de citros, possa ser contornada pelo uso de
irrigação, principalmente em áreas do Nordeste onde o regime pluviométrico é abaixo de
700mm, percebe-se que em sua maioria os pomares ainda não dispõe de irrigação.

A altitude mais adequada aos pomares varia de 20 a 500m e o regime pluviométrico de 1.000
a 1.800mm. Com respeito a umidade relativa, ela é mais alta no Nordeste, onde no inverno
atinge a quase 100%. A média pode estar situada entre 75 a 80%. A temperatura média anual
varia de 19ºC no Sul a 25ºC (NE). Independente da região, a floração ocorre em setembro,
podendo ocorrer mais de uma florada à medida que se aproxima das condições tropicais e
quanto mais distante do equador maior tempo permanecem os frutos na árvore.

Os elementos climáticos exercem influência sobre os citros, destacando-se dentre esses a


temperatura que, além de ter efeito acentuado sobre a qualidade do fruto, foi o fator que
determinou a distribuição geográfica das plantas cítricas na grande faixa de 40º ao norte e sul
do equador.

Os frutos produzidos nos climas frios têm melhor coloração da casca e da polpa, bem como
teores mais altos de açúcares e ácidos, que acentuam o sabor. Nos climas quentes os frutos
são menos coloridos interna e externamente, com teores mais baixos de açúcares e
principalmente de acidez, o que resulta em frutos mais doces, porém de paladar mais pobre.
Sob temperaturas mais altas o período floração-maturação é bastante encurtado e os frutos
permanecem pouco tempo na planta depois de maduros. Os climas quentes são propícios ao
cultivo dos pomelos e toranjas, limas doces e ácidas e limões verdadeiros.

Solo

As plantas cítricas, apesar de terem determinadas exigências em relação a textura dos solos,
preferindo os areno-argilosos, adaptam-se aos solos muito arenosos como também aos
argilosos, ajudando-as nesta adaptação o uso de diferentes porta-enxertos. Áreas com solos
argilosos e declive maior que 18% ou com solos arenosos e declive maior que 15% não são
adequadas para a instalação de pomares cítricos, pois existe grande risco de ocorrência de
erosão e degradação do solo. A profundidade efectiva mínima do solo deve ser de 1,0 a 1,2 m.

É importante observar se há ocorrência de impedimentos à drenagem e ao desenvolvimento


do sistema radicular e a que profundidade se encontram, como também localizar a existência
7

de pedras, as variações do lençol freático e a presença de camadas coesas no perfil do solo.


No caso dos solos dos Tabuleiros Costeiros do Nordeste do Brasil, a presença de camadas
coesas já é esperada, sendo necessário determinar sua profundidade inicial e espessura

O uso anterior do solo também deve ser levantado, ou seja, o conhecimento de qual cultivo
existia e o sistema de produção utilizado ajuda a prevenir e corrigir problemas no momento de
instalação do pomar.

Uma vez verificada a existência ou não de factores limitantes à implantação do pomar e


analisadas as técnicas disponíveis para as possíveis correcções e o seu custo, deve-se iniciar a
instalação.

Técnicas de propagação

Propagação por Sementes

A propagação por sementes, ou sexuada, é o principal método pelo qual as plantas se


reproduzem na natureza, e também um dos mais eficientes, sendo amplamente utilizado na
propagação de plantas cultivadas.

As sementes também são utilizadas para propagar muitas espécies florestais. Na fruticultura,
as sementes são utilizadas, principalmente, na obtenção de porta-enxertos (HARTMANN et
al., 2002).

As plantas obtidas por sementes geralmente apresentam uma grande variabilidade entre si,
mesmo quando coletadas da mesma planta matriz. Na maioria dos casos, não é recomendado
seu uso para a produção de mudas na implantação de um pomar comercial. Embora a
propagação por sementes na produção de mudas de fruteiras tenha sido muito usada no
passado, atualmente seu uso se restringe, em espécies comerciais, quase que exclusivamente
para a obtenção de porta-enxertos.
8

Propagação vegetativa: não é apenas por sementes que se reproduz uma planta

A propagação vegetativa é uma forma de multiplicar os vegetais. Normalmente, quando


pensamos no crescimento de uma nova planta, o que primeiro vem à nossa cabeça é a semente
na terra e esperar que ela cresça e se desenvolva.

No entanto, as sementes não são o único meio de multiplicar e gerar uma planta nova. Isso,
porque os vegetais podem se reproduzir de forma assexuada (ou seja, sem ocorrer a
fecundação e produção de sementes). Essa reprodução ocorre por meio de partes de plantas,
que originam indivíduos geralmente idênticos à planta-mãe, ou seja, clones.

Esse tipo de reprodução é muito comum em plantas ornamentais e plantas frutíferas. Um


exemplo disso no nosso cotidiano é a mudinha que trocamos com amigos.

Propagação vegetativa induzida

É a propagação realizada por meios artificiais, com a intervenção humana. As técnicas mais
usadas são a estaquia, enxertia e a alporquia. Muitos agricultores, empresas de biotecnologia e
produtores de mudas utilizam essas técnicas para produzir culturas com maior qualidade e
com baixa incidência de doenças.

Essa prática é muito comum para espécies frutíferas e florestais. A produção de mudas por
essa técnica deve ser feita a partir de plantas-fonte saudáveis e livres de doenças. Sendo
assim, para a realização dessas práticas são necessárias e obrigatórias mudas certificadas.

Estaquia

A estaquia é feita com um pedaço de galho (estaca) da planta. Normalmente são ramos novos,
com muitas gemas. As gemas são estruturas que permitem o desenvolvimento de novas
mudas e são delas que surgem os novos brotos.

O método de estaquia consiste em escolher um bom galho e colocá-lo no solo, com boa
umidade. Desse galho irão surgir raízes e folhas, e logo se tornará uma planta idêntica à
“mãe”. Essa prática pode ser utilizada nas culturas de tomate e eucalipto. Vale lembrar que
nem todas as espécies vegetais são capazes de se multiplicar por estaquia.
9

Enxertia

Para realizarmos a enxertia precisaremos ter duas plantas adultas. De uma delas será retirado
o pedaço para gerar a nova planta (explante), enquanto a outra serve como base, para que o
vegetal se desenvolva. Por fim, depois de serem colocadas em contato, ocorre a união entre o
explante e a planta receptora, tornando-se uma só.

Tecnicamente, a parte que recebe o explante é chamada de cavalo, e o fragmento de cavaleiro.


O cavalo é responsável pela nutrição do cavaleiro. Ele quem vai fornecer nutrientes e água
para que a nova planta inicie seu crescimento e desenvolvimento. Além disso, pode modificar
o porte da planta, e conferir também tolerância a algumas doenças e efeitos climáticos, como
a seca

Principais doenças e pragas

Tanto as doenças como as pragas podem matar as plantas ou tornar os frutos impossíveis de
serem comercializados ou consumidos.

Segundo a Embrapa, as principais doenças que acometem os citrus são:

 Estiolamento Damping-Off - as sementes apodrecem e não germinam ou a plantas


recém-nascidas ficam amarelecidas, apodrecem e morrem;

 Tristeza - a planta para de se desenvolver, acontecendo a redução do tamanho das folhas,


folhas com sintomas de deficiência de micronutriente e frutos pequenos e endurecidos.
Algumas espécies, como a laranja-pera, a lima-ácida do tipo galego, e alguns pomelos são
mais suscetíveis à doença;

 Verrugose - lesões salientes, corticosas irregulares que se agrupam atacam folhas e


brotos;

 Gomose - afeta a casca e a parte externa do lenho nas raízes, tronco e folhas, que ficam
amarelas. O sintoma clássico é a de goma de coloração marrom na planta;

 Rubelose - os galhos ficam revestidos pelo fungo que a princípio é branco, tornando-se
amarelo róseo com o avanço da doença. O galho seca, a casca parte e se levanta;

 Melanose - pequenas lesões arredondadas, ligeiramente salientes, de coloração escura,


recobrem frutos, folhas e ramos.
10

 Os citros também são atacados por pragas como a broca da laranjeira (Cratosomus
flavofasciatus), cochonilhas, mosca branca e a mosca-das-frutas.
11

CONCLUSÃO

Ao término desse trabalho concluímos que apesar do grande desenvolvimento industrial


alcançado pelos países, a agricultura, ao lado da indústria e dos serviços é a principal
actividade produtiva da Humanidade, ela é de extrema importância, pois juntamente com a
pecuária, a agricultura ocupa a maior extensão de terras e é a base de sobrevivência da
população humana, pois fornece-lhe alimentação.
12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Bocquet-Appel, Jean-Pierre (29 de julho de 2011). «When the World's Population Took Off:
The Springboard of the Neolithic Demographic Transition». Science. 333 (6042): 560–
561. Bibcode:2011Sci...333..560B. PMID 21798934. doi:10.1126/science.1208880

Denham, T. P. (2003). «Origins of Agriculture at Kuk Swamp in the Highlands of New


Guinea». Science. 301 (5630): 189–193. PMID 12817084. doi:10.1126/science.1085255

https://brasilescola.uol.com.br/geografia/agricultura-5.htm
https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Citros/CitrosNordeste/doencas.ht
m

https://www.yara.pt/nutricao-de-plantas/citrinos/tipos-de-citrinos/

MANSO, Francisco Jorge; VICTOR, Ringo. Geografia 12ª Classe – Pré-universitário. 1ª


Edição. Longman Moçambique, Maputo, 2010.
SILVA, J. A. A., et al. Advances in the propagation of Jabuticaba tree. Rev. Bras. Frutic.
2019.
https://croplifebrasil.org/noticias/propagacao-vegetativa-nao-e-apenas-por-sementes-que-se-
reproduz-uma-planta/

Você também pode gostar