Você está na página 1de 42

ANÁLISE TÉCNICA PPP

CF 201, §1º,II
Lei 8213/91 artigo 57 e 58
DL 3048/99 artigos 64 e seguintes
IN77 246 e seguintes
DL 53831/64, DL 83080/79
Aposentadoria Especial:

LOPS lei 3807/60


Contexto
Natureza Jurídica
Enquadramento Profissional, formulários agentes nocivo.
Entrada em vigor da Constituição
Entrada em vigor da Lei 8213/91
Entrada em vigor da Lei 9032/95 Prova da Efetiva exposição (SB 40 ou DSS
8030)
MP 1523/97, convertida na Lei 9528/97, exigência de laudos técnicos
Lei 9732/98 exigência de informação sobre EPI.
CF
Antes da EC 103/2019
Artigo 201, §1º (redação dada pela EC47/2005)
§ 1º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de
aposentadoria aos beneficiários do regime geral de previdência social, ressalvados os
casos de atividades exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a
integridade física e quando se tratar de segurados portadores de deficiência, nos
termos definidos em lei complementar)
Após EC 103/2019
§ 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados para concessão de
benefícios, ressalvada, nos termos de lei complementar, a possibilidade de previsão
de idade e tempo de contribuição distintos da regra geral para concessão de
aposentadoria exclusivamente em favor dos segurados: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos
e biológicos prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a
caracterização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 103, de 2019)
Lei 8213/91

Artigo 57§ 3º A concessão da aposentadoria especial dependerá de comprovação pelo


segurado, perante o Instituto Nacional do Seguro Social–INSS, do tempo de trabalho
permanente, não ocasional nem intermitente, em condições especiais que prejudiquem a
saúde ou a integridade física, durante o período mínimo fixado. (Redação dada
pela Lei nº 9.032, de 1995).

§ 4º O segurado deverá comprovar, além do tempo de trabalho, exposição aos agentes


nocivos químicos, físicos, biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à
integridade física, pelo período equivalente ao exigido para a concessão do
benefício. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)

§ 6º O benefício previsto neste artigo será financiado com os recursos provenientes da


contribuição de que trata o inciso II do art. 22 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, cujas
alíquotas serão acrescidas de doze, nove ou seis pontos percentuais, conforme a atividade
exercida pelo segurado a serviço da empresa permita a concessão de aposentadoria especial
após quinze, vinte ou vinte e cinco anos de contribuição, respectivamente.
(Redação dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98) (Vide Lei nº 9.732, de 11.12.98)
Lei 8213
Art. 58
§ 1º A comprovação da efetiva exposição do segurado aos agentes nocivos será feita
mediante formulário, na forma estabelecida pelo Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS, emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo técnico de
condições ambientais do trabalho expedido por médico do trabalho ou engenheiro
de segurança do trabalho nos termos da legislação trabalhista. (Redação
dada pela Lei nº 9.732, de 11.12.98)

§ 2º Do laudo técnico referido no parágrafo anterior deverão constar informação


sobre a existência de tecnologia de proteção coletiva ou individual que diminua a
intensidade do agente agressivo a limites de tolerância e recomendação sobre a sua
adoção pelo estabelecimento respectivo. (Redação dada pela Lei nº 9.732, de
11.12.98)
§ 3º A empresa que não mantiver laudo técnico atualizado com
referência aos agentes nocivos existentes no ambiente de trabalho de
seus trabalhadores ou que emitir documento de comprovação de efetiva
exposição em desacordo com o respectivo laudo estará sujeita à
penalidade prevista no art. 133 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
9.528, de 1997)

§ 4º A empresa deverá elaborar e manter atualizado perfil


profissiográfico abrangendo as atividades desenvolvidas pelo trabalhador
e fornecer a este, quando da rescisão do contrato de trabalho, cópia
autêntica desse documento. (Incluído pela Lei nº 9.528, de
1997)
O PPP foi instituído pela Instrução Normativa nº 99 de 05 de dezembro de
2003, e sua definição está no artigo 146: “Art. 146. O Perfil Profissiográfico
Previdenciário (PPP) constitui-se em um documento histórico-laboral do
trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos,
registros ambientais e resultados de monitoração biológica, durante todo o
período em que este exerceu suas atividades. (BRASIL, 2003)”.

Formulários anteriores:
IS SSS-501
ISS-132
SB-40
DISES-BE 5235
DSS8030
DIRBEN 8030
O PPP foi instituído pela Instrução Normativa nº 99 de 05 de dezembro
de 2003, e sua definição está no artigo 146: “Art. 146. O Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP) constitui-se em um documento
histórico-laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações,
dados administrativos, registros ambientais e resultados de monitoração
biológica, durante todo o período em que este exerceu suas atividades.
(BRASIL, 2003)”.

Formulários anteriores:
DIRBEN-8030
SB-40
DISES-BE 5235
DSS8030
Artigo 258 IN77
b) Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP emitido a partir de 1 de janeiro de 2004;
II - para períodos laborados entre 29 de abril de 1995, datada publicação da Lei nº
9.032, de 1995, a 13 de outubro de 1996,véspera da publicação da MP nº 1.523, de
1996:
a) os antigos formulários de reconhecimento de períodos laborados em condições
especiais emitidos até 31 de dezembro de2003, e quando se tratar de exposição ao
agente físico ruído, será obrigatória a apresentação do LTCAT ou demais
demonstrações ambientais arroladas no inciso V do caput do art. 261; ou
b) Perfil Profissiográfico Previdenciário - PPP emitido a partir de 1 de janeiro de 2004;
III - para períodos laborados entre 14 de outubro de 1996,data da publicação da MP
nº 1.523, de 1996 a 31 de dezembro de2003, data estabelecida pelo INSS em
conformidade com o determinado pelo § 3º do art. 68 do RPS:

a) os antigos formulários de reconhecimento de períodos laborados em condições


especiais emitidos até 31 de dezembro de2003 e, LTCAT para exposição a qualquer
agente nocivo ou demais demonstrações ambientais arroladas no inciso V do caput
do art. 261;ou
O PPP será emitido: Artigo 266, § 7º da IN77

-por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa,


sindicato ou órgão gestor de mão de obra, com fornecimento de uma das vias para o
trabalhador, mediante recibo;

-sempre que solicitado pelo trabalhador, para fins de requerimento de


reconhecimento de períodos laborados em condições especiais;

-para fins de análise de benefícios e serviços previdenciários e quando solicitado pelo


INSS;

- para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos uma vez ao ano,
quando da avaliação global anual do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA); e) quando solicitado pelas autoridades competentes.
O PPP será emitido: Artigo 266, § 7º da IN77

-por ocasião da rescisão do contrato de trabalho ou da desfiliação da cooperativa,


sindicato ou órgão gestor de mão de obra, com fornecimento de uma das vias para o
trabalhador, mediante recibo;
-sempre que solicitado pelo trabalhador, para fins de requerimento de
reconhecimento de períodos laborados em condições especiais;
-para fins de análise de benefícios e serviços previdenciários e quando solicitado pelo
INSS;
-para simples conferência por parte do trabalhador, pelo menos uma vez ao ano,
quando da avaliação global anual do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
(PPRA); e) quando solicitado pelas autoridades competentes.
e) quando solicitado pelas autoridades competentes.
IN77
Art. 265. O PPP tem como finalidade:

I - comprovar as condições para obtenção do direito aos benefícios e serviços


previdenciários;

II - fornecer ao trabalhador meios de prova produzidos pelo empregador perante a


Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo
direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo;

III - fornecer à empresa meios de prova produzidos emtempo real, de modo a


organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao
longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas
a seus trabalhadores; e
IV - possibilitar aos administradores públicos e privados acessos a bases de
informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para
desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de
políticas em saúde coletiva.

Parágrafo único. As informações constantes no PPP são de caráter privativo do


trabalhador, constituindo crime nos termos da Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995,
práticas discriminatórias decorrentes de sua exigibilidade por outrem, bem como de
sua divulgação para terceiros, ressalvado quando exigida pelos órgãos públicos
competentes.
A ANÁLISE PONTO A PONTO
1ª SESSÃO: DADOS ADMINISTRATIVOS:

1- CNPJ DO DOMICÍLIO:
informar o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica da empresa em que o segurado
exercia sua atividade habitual, mas que corresponda ao CNPJ do estabelecimento
definido como domicílio tributário, conforme redação do art. 127, do Código
Tributário Nacional.

No caso de obra da construção civil realizada por Contribuinte Individual, o dado a


ser informado é o número da Matrícula CEI, que é a sigla para Cadastro Específico do
INSS. Basicamente, a Matrícula CEI possibilita o recolhimento da contribuição do INSS
sobre a mão de obra empregada na construção e que deve ser efetuada pelo
responsável da obra – que é o dono ou o incorporador de construção civil, seja
pessoa física ou jurídica; ou a construtora, quando for contratada para empreitada
total.
2 – Nome Empresarial: 40 caractereres
O nome solicitado no formulário é Razão Social da empresa, ou seja, o nome com o
qual ela foi registrada na Junta Comercial quando da sua constituição.

Observações:]
- Observar se é o mesmo nome que consta na CTPS referente ao mesmo vínculo,
inclusive, caso haja divergência no nome, fazer uma busca no site da Receita
Federal para extrair uma certidão, e juntar ao requerimento em conjunto com o
ppp.
3 – CNAE:
O CNAE é a sigla para “Classificação Nacional de Atividades Econômicas.

Criada pela Resolução CONCLA nº 7, de 16/12/2002, do IBGE, e sua tabela de códigos


pode ser encontrada no site www.cnae.ibge.gov.br.

O CNAE da empresa define a atividade principal da empresa.

4- NOME DO TRABALHADOR: Neste campo deve ser descrito o nome completo do


Segurado, gerando individualização do PPP. Atente para a grafia!
5 – BR/PDH

As siglas BR e PDH significam, respectivamente, “beneficiário reabilitado” e “portador


de deficiência habilitado”.

Será preenchido de acordo com o art. 93, da Lei 8.213/91, que estabelece o
preenchimento de cargos de empresas com 100 (cem) ou mais empregados com um
número mínimo de beneficiários reabilitados ou pessoas portadoras de deficiência.
A proporção é calculada de acordo com o número de empregados da empresa, a
saber:
até 200 empregados: 2%
de 201 a 500: 3%
de 501 a 1.000: 4%
de 1.001 em diante: 5%
Se não for o caso, o campo deverá ser preenchido com a sigla NA (“Não Aplicável”).
6 – NIT

O NIT é o “Número de Identificação do Trabalhador”.

São equivalentes: PIS/PASEP/CI e, NIS, e Número de cadastro no SUS.

7 – Data do Nascimento
Anotar a data de nascimento do segurado.

8- Sexo F/M

9- Carteira de Trabalho, nº, série, Unidade da Federação.

10- Data de admissão


11 – Regime de Revezamento
Nos casos em que o labor era realizado na forma de turnos ou escalas, este campo o
preenchimento deve indicar o tempo trabalhado e o tempo de descanso, no sistema
12x36, 24x72 horas, por exemplo.

Se não for o caso, o campo deverá ser preenchido com NA (“Não Aplicável”).

12- CAT registrada (artigo 22 da Lei 8213)


Ocorrência de Acidentes de trabalho e equiparados, artigo 19, 20 e 21 da lei
8213/91.

12.1 deverá ser informada a data do registro e no 12.2 o número da CAT.


13 – Lotação e Atribuição

Nessa sessão de dados, serão informados dados sobre o histórico de lotação e de


atribuições do trabalhador, separados de acordo com o período laborado

Por exemplo, se ele mudou de função, será necessário uma nova linha, com os dados
do período.

13-1 Período

Deve ser fracionado conforme as alterações ocorridas durante àquele vínculo, por
exemplo, se houver mudança de função, será necessária mais uma linha.
13-2 CNPJ/CEI

Nesse caso é o CNPJ onde o trabalhador exerceu a atividade, onde estava


efetivamente lotado, por exemplo, se trabalhar para uma terceirizada, deverá ser
informado o CNPJ desta.

Se o trabalho for prestado à pessoa física (normalmente obras de construção civil),


deverá ser indicado o CEI (cadastro específico do INSS)

13-3 SETOR

Local, do ponto de vista administrativo onde estava alocado o trabalhador, não é o


local físico em si, mas sim o local na estrutura organizacional da empresa.

Setor administrativo, produção, aloxarifado


13-4 Cargo

Deve ser o mesmo anotado na CTPS.

13-5 Função

O INSS instruir a preencher esse campo o “lugar administrativo na estrutura


organizacional da empresa, onde o trabalhador tenha atribuição de comando, chefia,
coordenação, supervisão ou gerência”.

Se o trabalhador não tem função de chefia, será Não Aplicável.


13.7 – Código Ocorrência da GFIP
Em regra, o Código de Ocorrência da GFIP deveria permitir auxiliar na comprovação
ou não da exposição do segurado a agentes nocivos no período em questão.
O campo deve ser preenchido de acordo com o Manual da GFIP para usuários do
SEFIP,[4] que assim determina quais os códigos a serem incluídos:
(em branco) – Sem exposição a agente nocivo. Trabalhador nunca esteve exposto.
01 – Não exposição a agente nocivo. Trabalhador já esteve exposto.
02 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 15 anos de trabalho);
03 – Exposição a agen e nocivo (aposentadoria especial aos 20 anos de trabalho);
04 – Exposição a agente nocivo (aposentadoria especial aos 25 anos de trabalho).
(grifo nosso)

A empresa que recolhe o adicional SAT normalmente informa corretamente esse


item.
OBS: Informação exigida a partir da lei 9732/98
14 – Profissiografia

No item 14, os campos a serem preenchidos são os referentes aos períodos em que o
segurado trabalhou na empresa, bem como à descrição das atividades exercidas.

A profissiografia é determinante para o reconhecimento do exercício de atividade


exposto á agente nocivo, associação desses agentes, e agentes perigosos.

14.1- Período

Data de início e de fim de que cada período laborado, a mesma divisão do item 13.
14.2 – Descrição das Atividades
Devem ser descritas as atividades desenvolvidas pelo segurado nos períodos em que
laborou na empresa.

A partir da descrição fornecida pela empresa, é possível tecer as principais


considerações necessárias para a apuração do desenvolvimento de atividade
especial, por exemplo, se a atividade se dava em exposição permanente a agente
nocivo.

Quanto mais específicas estiverem essas informações, melhor será a possibilidade de


reconhecimento do período especial.

Logo, quanto mais genéricas, maior dificuldade em provar a exposição ao agente


nocivo.
Daí a importância da análise da CBO, que em caso de divergência, pode ser usada
como argumento.
15- Sessão de Registros ambientais

Campo de informações essenciais a respeito da exposição aos fatores de riscos


ambientais, tais como, físicos, biológicos.

Obrigatório a partir da entrada em vigor da Lei 9032/95.

15.1 Períodos
Todos os períodos laborados, inclusive em férias, afastamento decorrentes de auxílio-
doença, aposentadorias por invalidez, (seja de natureza acidentária ou não, conforme
decisão do STJ no tema 998)
15.2- Tipo

Tipo de exposição a fatores de risco a que o trabalhador está exposto:

1- Físico: frio, calor, umidade excessiva, radiação não ionizante, radiação ionizante,
vibração, pressão atmosférica anormal e ruído;
2- Químico: manifestados por névoas, neblinas, poeiras, fumos, gases, vapores de
substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via
respiratória, bem como aqueles que forem passíveis de absorção por meio de outras
vias (art. 146, §2º, IN 95/2003);
3- Biológico: os microorganismos como bactérias, fungos, parasitas, bacilos, vírus
dentre outros (art. 146, §2º, IN 95/2003);

*Ergonômico/Psicossocial;Mecânico/de Acidente: Facultativo a indicação.


15.3 – Fator de Risco
Nesse campo deve ser especificado agente a que o segurado esteve exposto.
No caso de agentes químicos, deverá constar, inclusive, qual a substância ativa a que
se refere. Exemplo: benzeno, xilo

15.4 Intensidade e Concentração


No caso de agentes biológicos , devem ser especificados quais agentes biológicos:
vírus, bactérias e etc.
Preenchimento obrigatório apenas quando o agente for quantitativo, mensurável,
aferível, exemplo: ruído, calor, frio, agentes químicos qualitativos(cancerígenos da
Lista Linach são agentes qualitativos)
Agentes qualitativos, exemplo, biológicos, o preenchimento poder como NA (não
aplicável)
15.5
Técnica utilizada para aferição dos valores no campo anterior. No ponto, a situação
que merece especial atenção é a técnica de mensuração do fator de risco ruído. Isso
porque a sua medição deverá ser feita em dB(A), e não em dB, pois esta última, além
de não ser a unidade prevista na legislação previdenciária, refere-se à medição de
som, sendo que os seres humanos não ouvem todas as frequências de forma igual.

TEMA 174 TNU


a) a partir de 19 de novembro de 2003, para a aferição de ruído contínuo ou
intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias contidas na NHO-01 da
fundacentro ou na NR-15, que reflitam a medição de exposição durante toda a
jornada de trabalho, vedada a medição pontual, devendo constar do perfil
profissiográfico previdenciário (PPP) a técnica utilizada e a respectiva norma;

(b) em caso de omissão ou dúvida quanto à indicação da metodologia empregada


para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser admitido
como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo laudo técnico
(LTCAT), para fins de demonstrar a técnica utilizada na medição, bem como a
respectiva norma.
Cont. 15.5 Enunciado 13 do CRPS
Atendidas as demais condições legais, considera-se especial, no âmbito do RGPS, a
atividade exercida com exposição a ruído superior a 80 decibéis até 05/03/97,
superior a 90 decibéis desta data até 18/11/2003, e superior a 85 decibéis a partir
de então.
I - Os níveis de ruído devem ser medidos, observado o disposto na Norma
Regulamentadora nº 15 (NR-15), anexos 1 e 2, com aparelho medidor de nível de
pressão sonora, operando nos circuitos de compensação - dB (A) para ruído contínuo
ou intermitente ou dB (C) para ruído de impacto.
II - Até 31 de dezembro de 2003, para a aferição de ruído contínuo ou intermitente, é
obrigatória a utilização das metodologias contidas na NR-15, devendo ser aceitos ou
o nível de pressão sonora pontual ou a média de ruído, podendo ser informado
decibelímetro, dosímetro ou medição pontual no campo "Técnica Utilizada" do Perfil
Profissiográfico Previdenciário (PPP).
III - A partir de 1º de janeiro de 2004, para a aferição de ruído contínuo ou
intermitente, é obrigatória a utilização das metodologias contidas na Norma de
Higiene Ocupacional 01 (NHO-01) da FUNDACENTRO ou na NR-15, que reflitam a
medição de exposição durante toda a jornada de trabalho, vedada a medição
pontual, devendo constar do PPP a técnica utilizada e a respectiva norma.
IV - Em caso de omissão ou dúvida quanto à indicação da metodologia ou técnica
utilizadas para aferição da exposição nociva ao agente ruído, o PPP não deve ser
admitido como prova da especialidade, devendo ser apresentado o respectivo Laudo
Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT) ou solicitada inspeção no
ambiente de trabalho, para fins de verificar a técnica utilizada na medição, bem como
a respectiva norma.

(no caso da metodologia NHO não se exige a indicação do NEN Nível de exposição
normalizado, se o INSS indeferir, o conselho de recursos pode dar provimento ao
recurso, com fundamento no enunciado 13.
15.6 – EPC Eficaz (S/N)
Trata-se da indicação de que houve ou não a neutralização ou eliminação do risco,
com o emprego de Equipamentos de Proteção Coletivo eficazes, a partir do
preenchimento com “S” (sim) ou “N” (não).

Exigida a partir da lei 9528/97, que trouxe a redação do § 2º artigo 58.

OBS: O INSS considera obrigatório desde a MP 1523-10, de 13/10/1996, convertida


na 9528/97.
15.7– EPI Eficaz (S/N)
Sim, ou não.
Equipamentos de Proteção Individual eficazes, campo este que deve ser preenchido
nos mesmos termos que o anterior, conforme a existência ou não de atenuação dos
fatores de risco.

- Exigido a partir de 11/12/1998, data da entrada em vigor da lei 9732/98


- Ineficaz (mesmo que indique o contrário) agente ruído acima dos limites
permitidos (tema 555 do STF), agentes cancerígenos (lista linach)
- Biológicos Item 3.1.5, Resolução INSS/DIRSAT Nº 600/17(MANUAL
APOSENTADORIA ESPECIAL INSS)
- Periculosidade
16 – Responsável pelos registros ambientais
Neste campo, o responsável pode ser tanto um profissional da Medicina como da
Engenharia a assinar pois a ausência de indicação de responsável pelos registros
ambientais torna o formulário PPP somente um comprovante das atividades
exercidas, e não da especialidade dos períodos relacionados.

Observação: O PPP é elaborado com base no LTCAT, que só passou a existir em


13/10/1996 com a MP 1523-10/96
16 – Responsável pelos registros ambientais
Neste campo, o responsável pode ser tanto um profissional da Medicina como da
Engenharia a assinar pois a ausência de indicação de responsável pelos registros
ambientais torna o formulário PPP somente um comprovante das atividades
exercidas, e não da especialidade dos períodos relacionados.

Observação: O PPP é elaborado com base no LTCAT, que só passou a existir em


13/10/1996 com a MP 1523-10/96

16.1 – Período
Registro dos períodos que o profissional se responsabiliza pelos registros ambientais.
Observar se a data se o vínculo de emprego se deu em período contemporâneo ao
registro ambiental.
16.2 – NIT
Preenchimento com o Número de Identificação do Trabalhador do responsável.

6.3 – Registro do Conselho de Classe


Número de inscrição do profissional no seu respectivo conselho de classe.

16.4 – Nome do profissional legalmente habilitado


Nome do profissional responsável pelos registros ambientais.
16.2 – NIT
Preenchimento com o Número de Identificação do Trabalhador do responsável.

6.3 – Registro do Conselho de Classe


Número de inscrição do profissional no seu respectivo conselho de classe.

16.4 – Nome do profissional legalmente habilitado


Nome do profissional responsável pelos registros ambientais.

(TNU decidirá, Tema 208, decidirá se é necessária a indicação no PPP de profissional


habilitado para registro de condições ambientais e monitoração biológica)

Essa exigência só pode se dar a partir de 13/10/1996, data de entrada em vigor da


MP 1523-10/96, exceto agente ruído.
III Seção de resultados de Monitoração biológica.
A finalidade principal desta seção é o preenchimento de dados referentes à
realização de exames médicos obrigatórios, clínicos e complementares, de acordo
com o previsto nos Quadros I e II, da NR-07 do MTE.

17 – Exames médicos clínicos e complementares (Quadros I e II, da NR-07)


Aqui deverão ser indicadas a data (17.1), o tipo de exame (admissional, periódico,
retorno ao trabalho, mudança de função e demissional – 17.2), sua natureza (17.3),
se foi um exame referencial ou sequencial (17.4) e a indicação dos resultados com
“normal” ou “alterado” (17.5). Neste último item, destaca-se que deverá constar a
descrição “estável” ou “agravamento”, quando estiver “alterado”, se o exame for
sequencial, e o preenchimento com “ocupacional” e “não ocupacional” no caso de
“agravamento”.

Dados são sigilosos, só podem ser apresentados com autorização do trabalhador.


18 – Responsável pela monitoração biológica
O profissional deste campo pode ser o mesmo indicado no campo do responsável
pelos registros ambientais. O importante, na verdade, é que ambos os espaços não
deixem de ser preenchidos, já que, como dito anteriormente, a ausência de indicação
de profissionais responsáveis pelas informações constantes de todo o PPP, o
formulário servirá somente para demonstração das atividades exercidas, e não da
especialidade.

18.1 – Período
Registro dos períodos que o profissional se responsabiliza pelos registros ambientais.

18.2 – NIT
Preenchimento com o Número de Identificação do Trabalhador do responsável.
18.3 – Registro Conselho de Classe
Número de inscrição do profissional no seu respectivo conselho de classe.

18.4 – Nome do profissional legalmente habilitado


Nome do profissional responsável pelos registros ambientais.

IV Seção de Responsáveis pelas informações


19 – Data de emissão do PPP
Data em que o formulário é preenchido e assinado pelos responsáveis.

20 – Representante legal da empresa


Informação do NIT do representante legal (20.1) e seu nome (20.2), bem como carimbo e
assinatura. Destaca-se que estes campos são imprescindíveis para atestar a validade de todo
o PPP.

No campo Observações, cabe mencionar que poderão ser adicionadas informações


necessárias para a análise do PPP, como, por exemplo a alteração da razão social da empresa.
Bibliografia:

RIBEIRO, Maria Helena Carreira Alvim. Aposentadoria especial: regime geral da


previdência social. 9. ed. Curitiba: Juruá, 2019, p. 198.

LADENTHIN, Adriane Bramante de Castro. Aposentadoria especial: teoria e prática. 4.


ed. Curitiba: Juruá, 2018, p. 275.

LADENTHIN, Adriane Bramante de Castro. Dissecando o PPP de acordo com a EC103.


ed; Lujur, março de 2020.

Você também pode gostar