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IGOR DA SILVA–8003825

ERGONOMIA E GINÁSTICA LABORAL

Trabalho apresentado  ao   Claretiano -


Centro Universitário, para a disciplina de
Ergonomia e Ginástica Laboral, como
requisito parcial para obtenção de nota,
ministrado pelo Profº Edson Alvez de
Barros Junior e Marilia de Carvalho
Almeida.

Vitória
2019
ATIVIDADE

1) A Ergonomia possui um caráter multidisciplinar, analisando o


trabalho de forma global. Baseando nisso, ela comtempla três
domínios relacionados com a execução da tarefa. Descreva-os e
diferencie estes domínios.
2) Descreva sobre a História do Trabalho e sua relação com o
Taylorismo.

3) Duas correntes se desenvolveram dentro da prática da Ergonomia.


Descreva-as e em que aspectos elas se diferenciam, dentro de uma
análise ergonômica.

4) Descreva sobre os principais pressupostos da Ergonomia utilizados


na sua prática como princípio básico e a importância destes
princípios para a análise ergonômica do trabalho.

5) A Análise Ergonômica do Trabalho (AET) permite identificar e ajustar


as condições de trabalho que possam trazer prejuízos a saúde do
trabalhador. Baseado no protocolo de identificação de fatores de
riscos dos postos de trabalho. Elaborada pelo grupo Ergo e Ação e
SimuCad da UFSCAR, cite os 14 itens que são analisados em uma
situação de trabalho, registre e analise por meio de foto, uma situação
real de trabalho na posição sentada. Analise os seguintes itens:

a) Área de trabalho.
b) Distância Visual.
c) Assento.
d) Ângulo de visão.
e) Espaço para pernas.
f) Tipo de cadeira.
Respostas:

1) Conforme proposto pela International Ergonomics Association (IEA),


definem-se os três domínios da Ergonomia:

1) Ergonomia Física: domínio que contempla as características da


anatomia humana, Antropometria, Fisiologia e Biomecânica e sua relação com os
aspectos físicos da atividade. Enquadram-se nessa categoria o estudo das
posturas no trabalho, o manuseio de materiais, os movimentos repetitivos, os
distúrbios musculoesqueléticos relacionados ao trabalho, o projeto de postos de
trabalho e os aspectos relacionados à segurança e à saúde do trabalhador.

2) Ergonomia Cognitiva: domínio que inclui a abordagem dos


processos mentais, como a percepção, memória, raciocínio, resposta motora e
seus efeitos nas interações entre as pessoas e outros elementos de um sistema.
O foco dessa abordagem está no estudo da carga mental de trabalho, na tomada
de decisões, na interação homem-computador, no estresse ocupacional e nos
efeitos do treinamento.

3) Ergonomia Organizacional: domínio que aborda a


otimização dos sistemas sócio - técnicos, abrangendo as estruturas
organizacionais, regras e processos, Entre os focos de atenção dessa
abordagem estão incluído os projeto de trabalho, a programação do
trabalho em grupo, a organização temporal do trabalho, o projeto
participativo, o trabalho cooperativo, a cultura organizacional, as
organizações em rede e a gestão de qualidade.

A diferença entre cada uma delas é que a ergonomia física


caracteriza mais na postura do trabalhador por isso a abordagem é
relacionado ao aspecto motor físico, que engloba a anatomia, biomecânica,
Antrometria e fisiologia, a Ergonomia Cognitiva e focada mais no estudo
mental, nas tomadas de decisões, resposta mental, raciocínio, e a
Ergonomia Organizacional é focado mais nas estruturas organizacionais
como regras, processos, projetos entre outros.

2) As primeiras fábricas surgidas não tinham nenhuma


semelhança com a fábrica moderna. Eram sujas, barulhenta, perigosas e
escuras, e as jornadas de trabalho chegavam a 16 horas diárias, sem
férias, em regime de semiescravidão, imposto por empresários autoritários.
Estudos mais sistemáticos do trabalho, começaram a ser realizados
a partir do final do século passado, Nessa época, surge, nos Estados Unidos,
o movimento da administração científica que ficou conhecido como
taylorismo, elaborado pelo engenheiro norte- americano Frederick Taylor
(1897).

3) Duas correntes acabaram se desenvolvendo dentro da


Ergonomia: Anglo-saxônica, países de língua inglesa, conhecida como
Ergonomia Física, e a Ergonomia Francofônica, de países de língua
francesa, conhecida como Ergonomia Cognitiva. Essas vertentes não são
contraditórias, mas complementares entre si. Como o próprio nome sugere,
a ergonomia Física apresenta uma abordagem voltada para o ambiente,
para o posto de trabalho, abordando fatores de risco de natureza física,
biomecânica. A Ergonomia Cognitiva tem a situação real como
pressuposto-base para verificar os aspectos do trabalho que constituem
fatores de risco para o trabalhador ( MONTMOLLIN,1990). Ou seja,
enquanto a Ergonomia, Cognitiva desenvolve sua análise visando á
adaptação do trabalho ao homem, numa abordagem que enfoca os
aspectos psicossociais da organização do trabalho de forma mais ampla,
Ambas são contra o conceito vigente de adaptar o homem ao trabalho,
como foi objetivo do enfoque da Administração Científica proposta por
Taylor (1987) e suas variantes. A Ergonomia Física, a mais antiga, centra-
se nos fatores humanos, sendo também denominada Human Factores.
Essa corrente orienta a ação ergonômica no sentido da concepção e/ ou
transformação de dispositivos técnicos do trabalho como máquinas,
ferramentas, postos de trabalho, programas etc., priorizando uma
Ergonomia baseada nas características antropométricas, fisiológicas,
cognitivas do trabalhador, de modo a tornar sua tarefa o menos
dispendiosa possível. De acordo com a visão anglo- saxônica, aspectos
relacionados as condições de trabalho como abseiteísmo, lesão, baixa
qualidade e elevados níveis de erro humano são vistos como problemas
vinculados ao sistema em vez de relativos ás pessoas. A solução para tal
problema estaria no planejamento de um sistema de trabalho melhor, e não
simplesmente numa melhor administração ou concessão de incentivos aos
trabalhadores para torná-los mais motivados ( BRIDGER,2003).

4) R:. A ergonomia é a ciência que estuda as relações


humanas com outros sistemas, procurando, através das pesquisas e
estudos, determinar as melhores formas de se efetivar tais relações, de
maneira eficiente e segura. A prática da ergonomia e seguida por três
princípios básicos: a interdisciplinaridade, a análise da situação real de
trabalho e a participação dos sujeitos.

Interdisciplinaridade
A interdisciplinaridade se destaca com grande importância da análise de
condições de trabalho sob diferentes perspectivas, através do estudo da
capacidade, limitação e demais características do ser humano, de forma a
projetar boas interfaces homem-posto de trabalho, adequando a atividade de
trabalho garantindo a qualidade operacional do projeto. Para que o objetivo final
seja alcançado. É necessário que várias disciplinas como Fisiologia, Psicologia,
Sociologia, Anatomia e práticas profissionais como a Medicina do Trabalho, o
Design, a Sociotécnica e as Tecnologias de Estretégia e Organização enterajam.
Seus conteúdos se orientam para o design, Arquitetura e Engenharia, cuja
inserção nesses quadrantes é basicamente a mesma.
Em termos der mais práticos, a Ergonomia reveste-se de um caráter
eminentemente interdisciplinar á medida que sua prática se constitui em parte da
arte do engenheiro, expressa por meio de dispositivos) que possam ser utilizados
com o máximo conforto, segurança e eficácia. Além disso, ela se baseia,
essencialmente, em conhecimento científico relativos ao campo das ciências do
homem (Antromotria, Fisiologia, Psicologia, Medicina, Linguística, Sociologia),
sendo avaliada, principalmente, por critérios pertencentes ás Ciências Biológicas
e Sociais ( Saúde, Sociologia, Economia, entre outras). Verifica-se, assim, a
dificuldade de uma única área do conhecimento ser capaz de contemplar todos os
âmbitos vinculados á demanda do ambiente ocupacional. Assim, é bastante difícil
encontrar um profissional com todas as competências necessárias á ação
ergonômica. Dessa forma, a atuação na prática é realizada em equipe e esta é
composta por diferentes profissionais, tendo sempre como foco o tipo de atividade
em questão.

Análise de situações reais

Entender o trabalho real, considerando o que acontece na intimidade da


produção, e identificar os fatores que mereçam o tratamento particular é
fundamental para otimizar o processo de produção como um todo, ou seja, tanto
do ponto de vista técnico como o ponto de vista humano. A situação real de
trabalho significa o que é feito como é feito pelo trabalhador, ou seja, é a
combinação entre os objetivos e metas determinados pela tarefa e as
características pessoais do trabalhador, a experiência e o treinamento de que
dispõe o indivíduo. Através da análise da atividade, podemos identificar e
valorizar a variabilidade das situações de trabalho e a variabilidade biológica e
psicológica dos trabalhadores.
Para se compreender da melhor maneira possível a atividade realizada
pelo trabalhador, é de fundamental importância analisar a situação de referência,
a qual pode mostrar ao ergonomista os principais problemas enfrentados pelo
trabalhador no seu dia a dia e quais são as estratégias adotadas por ele para
solucionar tais problemas e atingir os objetivos finais. A análise da atividade real e
dos riscos ergonômicos associados a ela consiste em coletar dados e
informações que permitam ao ergonomista planejar e propor as mudanças
necessárias no ambiente de trabalho. A etapa de concepção de soluções
ergonômicas varia de acordo com a natureza do problema e da forma como a
demanda foi instruída. É importante lembrarmos que a implemenção das
mudanças ergonômicas representa a fase final de uma intervenção e requer uma
análise anterior muito cuidadosa e bem embasada em termos de conhecimentos
teóricos.
Envolvimento dos sujeitos

Um dos critérios mais importantes relacionados ao sucesso da


intervenção ergonômica está vinculado á participação dos próprios trabalhadores
no processo de identificação de problemas, proposição de sugestões e avaliação
final das mudanças implementadas. A visão dos trabalhadores é uma fonte
importante de informações para orientar as hipóteses iniciais e definir o plano de
trabalho desde a etapa de avaliação e coleta dos dados até a implementação das
mudanças e avaliação final de intervenção.
A participação dos trabalhadores no processo da Análise Ergônômica do
Trabalho pode se dar em reuniões com os representantes da organização
pesquisada. A análise participativa permite a transformação das condições de
trabalho por meio do auxílio à detecção de problemas, compreensão destes,
sugestão de soluções, bem como validação da análise e das sugestões.
A partir dessa esfera de análise, é possível identificar competências dos
trabalhadores até então desconhecidas e identificar competências dos
trabalhadores até então desconhecidas e identificar situações típicas e
características que devem ser consideradas para a elaboração e definição do
trabalho futuro. Tais situações características serão confrontadas e comparadas e
servirão de base para traçar melhorias do trabalho realizado e facilitar a
simulação do trabalho futuro.

5) R: Em analise ao texto elaborada pelo grupo Ergo & Ação e SimuCad, da


Universidade Federal de São Carlos, podemos apontar os seguintes itens ao
qual devem ser analisados no posto de trabalho, sendo esses:
 Área horizontal;

Local de Trabalho: Deve ser horizontal, sendo que todas as ferramentas de


trabalho devem estar situadas na superfície, respeitando, assim os seguintes
conceitos:
1. Área Visual de trabalho: em torno de 20 cm, posicionado em
frente ao trabalhador;
2. Área de atividade leves e materiais;
3. Área de atividade não frequente: Utilizada apenas quando a
área 2 estives totalmente preenchida.

 Alturas de trabalho;

O trabalho requer altura de uma demanda visual de 10-20 cm acima do


nível do cotovelo.
O trabalho ao qual requer pressão 5-7 cm acima do nível do cotovelo;
Trabalho com movimentos livres das mãos: um pouco a baixo do nível
do cotovelo;
Manuseio de materiais pesados (somente na postura em pé) 10-30 cm
abaixo do nível do cotovelo.
 Visão;

A distância visual deve ser proporcional ao tamanho do


objeto de trabalho espaço para as pernas. O ângulo de visão
recomendado (medido a partir da linha horizontal da visão) varia
entre 15° e 45°, dependendo da postura de trabalho.
Sendo de 0º - linha de visão horizontal; 15º - sem flexão do pescoço;
45º - com flexão de pescoço.

 Espaço para as pernas

Deve haver espaço suficiente entre a parte de baixo da bancada de


trabalho e o assento permitir o movimento das pernas. O espaço
recomendado para as pernas é de 60cm.
 Assento

Um assento usado continuamente deve conter:


altura ajustável; estofamento permeável; apoio ajustável para as costas.
 Outros equipamentos e utensílios;

Instalações, componentes, equipamentos de proteção individual,


controles e dispositivos de elevação e movimentação, que devem ser
avaliados de acordo com seu uso.
 Ferramentas Manuais

O tamanho, o formato, o peso e a textura do material das


ferramentas manuais devem permitir uma boa preensão e serem fáceis de
manusear.
 Atividade física geral;

A "atividade física geral" é determinada pela duração do trabalho pelos


métodos e equipamentos que requerem esforço físico.
 Levantamento de cargas;

O esforço requerido pelo levantamento é dado pelo peso da


carga, pela distância horizontal entre a carga e o corpo e pela altura de
elevação
 Postura de trabalho e movimentos;

As posturas de trabalho referem-se às posições do pescoço,


braços, costas, quadris e pernas durante o trabalho. Os movimentos de
trabalho são os movimentos do corpo exigidos pelo trabalho.
 Risco de acidente;

Risco de acidente refere-se a qualquer possibilidade de lesão aguda


ou intoxicação causada pela exposição ao trabalho durante uma jornada. É
determinado por meio da possibilidade de o acidente ocorrer e sua
severidade.
 Conteúdo do trabalho;
O conteúdo do trabalho é determinado pelo número e pela
qualidade das tarefas individuais inclusas nas atividades do trabalho.
 Restrições no trabalho;

No trabalho restrito, as condições de execução limitam os


movimentos do trabalhador e a liberdade de escolher quando e como
fazer o trabalho.
 Comunicação entre trabalhadores e contatos pessoais;

Refere-se às oportunidades que os trabalhadores têm de comunicar-se


sobre o trabalho com seus superiores ou colegas.
Registre e analise por meio de foto, uma situação real de trabalho na
posição sentada. Analise os seguintes itens:
a) Área de trabalho.

b) Distância visual.

c) Assento.
d) Ângulo de visão.

e) Espaço para pernas.

e) Tipo de cadeira
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

PADOVEZ, R. F. C. M. Ergonomia e Ginástica Laboral. Batatais: Claretiano, 2015.


Material na Sala de Aula Virtual – Unidade 1 e 2.

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