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“Pela presente juro que sou o único actor do presente relatório e que o seu conteúdo
é consequência do meu trabalho sobre o Livro”.
EPÍGRAFE
Bernardino
I
AGRADECIMENTOS
Os meus agradecimentos vão primeiramente a Deus, segundo a minha Mãe Maria
Elisa Pinto Mateus por ter acreditado sempre em mim, ao meu tio Luís de Matos o meu
maior incentivador. Obrigada por terem acreditado em mim.
II
ÍNDICE
EPÍGRAFE.........................................................................................................................I
AGRADECIMENTOS.....................................................................................................II
INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
Problema............................................................................................................................2
Objectivos da pesquisa......................................................................................................2
Objectivo geral..................................................................................................................2
Objectivos específicos.......................................................................................................3
Justificativa da pesquisa....................................................................................................3
Delimitação da pesquisa....................................................................................................3
Estrutura do trabalho.........................................................................................................4
1.3. Missão........................................................................................................................7
1.4. Visão...........................................................................................................................7
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................41
SUGESTÕES.................................................................................................................42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................43
INTRODUÇÃO
O trabalho que agora apresento, é uma monografia, exigida para conclusão de
curso de licenciatura, a mesma subordina-se ao tema “Importância dos Recursos
Humanos no Contexto estratégico das Organizações, Estudo de Caso na Empresa
Simplificar - Angola”.
1
Problema
O problema é um facto, fenómeno que ainda não possui resposta ou explicação,
trata-se de uma questão ainda sem solução, e que é um objecto de discussão, em
qualquer área do domínio do conhecimento cuja solução será possível por meio da
pesquisa. (MARCONI e LAKATOS; 2001:102).
As pessoas deixaram de ser o recurso humano para serem tratados como parceiros
e colaboradores. Os objetivos dos Recursos Humanos (RH) passaram a ser estratégicos
para as empresas com o intuito de agregar, aplicar, recompensar, manter, desenvolver e
monitorar pessoas.
Objectivos da pesquisa
Objectivo significa o fim que se quer atingir. Os objectivos são determinados pela
necessidade que o homem possui de compreender e controlar a natureza das coisas e
compreender aquilo que ele encara como certo, evidente e verdadeiro (BARROS e
LEHFELD, 2008: 96).
Objectivo geral
Compreender a importância dos Recursos Humanos no contexto estratégico das
organizações, em particular na Empresa Simplificar.
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Objectivos específicos
(1) Conhecer ainda que de forma superficial os principais teóricos que discutem o
sector de recursos humanos frente à organização de uma empresa;
(2) Identificar as dificuldades e necessidades do setor de recursos humanos da
empresa Simplificar;
(3) Avaliar a importância estratégica da área de RH;
Justificativa da pesquisa
É o único item do projecto que apresenta respostas à questão por quê? De suma
importância, geralmente é o elemento que contribui mais directamente na aceitação da
pesquisa pela (s) pessoa (s) ou entidades que vão financiá-la. (MARCONI e
LAKATOS, 2010, P.202).
Justificamos a pesquisa deste estudo, devido a pretensão de se ajudar a
compreender, melhor a importância da gestão estratégica de recursos humanos e sua
influência nas organizações como ferramenta moderna que auxilia os gestores na
tomada de decisão.
Muito se houve dizer sobre a gestão estratégica de Recursos Humanos, porém ao
finalizar o cursos superior de gestão de Recursos Humanos, pensei ser o melhor
momento para desenvolver esta temática, podendo assim esclarecer determinadas
inquietações em torno do tema, assim como compreender em que consiste a gestão
estratégica de Recursos Humanos.
Para ciência de modo geral e para a universidade em particular, será como um
suporte de investigação e material de pesquisa para os estudiosos, assim como elemento
de comparação e crítica para enriquecimento desta área do saber no campo de ciências
económicas.
Para sociedade, é mais um material adicional, que partindo da explicação de um
fenómeno científico acaba sendo a explicação de situações que se refletem no dia-a-dia.
Delimitação da pesquisa
O presente trabalho será realizado na empresa Simplificar-consultoria & Serviços,
no Departamento de Gestão de Recursos Humanos, a mesma está localizada na Rua
Pedro Félix Machado nº 16 - 3º Andar. Em termos de tempo a pesquisa abrangerá o ano
de 2017.
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Estrutura do trabalho
A presente monografia, para além dos aspectos introdutórios, encontra-se
composta essencialmente por três capítulos, o primeiro refere-se a fundamentação
teórica e conceptual, onde se apresentam os pensamentos dos diversos autores em
relação relactivamente ao tema; o segundo capítulo refere-se a metodologia do estudo,
neste apresentamos as linhas metodológicas utilizadas para dar carácter científico a
presente monografia; finalmente o terceiro e último capítulo prendesse com o estudo de
caso, aqui foi possível demostrar na prática a realização do tema, por intermédio da
empresa Simplificar-Consultoria & Serviços.
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CAPÍTULO I – FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA E CONCEPTUAL
a) Gestão
A gestão, de acordo com definição do Houaiss cit (DRUCKER, 2002:25), é o
"conjunto de normas e funções cujo objectivo é disciplinar os elementos de produção e
submeter a produtividade a um controle de qualidade, para a obtenção de um resultado
eficaz, bem como uma satisfação financeira".
b) Recursos Humanos
De acordo com Toledo (1986), Recursos Humanos seriam o ramo de
especialização da ciência da Administração que desenvolve todas as ações que têm
como objetivo a integração do trabalhador no contexto da organização e o aumento de
sua produtividade.
c) Estratégia
De acordo com Ansoff cit (Samba,2016) a estratégia é um conjunto de regras e
tomada de decisões em condições de desconhecimento parcial. As decisões estratégicas
dizem respeito a relação entre a empresa e o ecossistema.
d) Gestão estratégica
De acordo com Ghoshal (2004,p.56), a gestão estratégica é uma “metodologia”
importante que visa assegurar o sucesso da empresa no momento atual, bem como
principalmente o seu sucesso no futuro.
e) Gestão de pessoas
Segundo Chiavenato (1999), Gestão de Pessoas são o conjunto de políticas e
práticas necessárias para conduzir os aspectos da posição gerencial relacionados com as
pessoas ou recursos humanos, incluindo recrutamento, selecção, treinamento,
recompensas e avaliação de desempenho.
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A estratégia organizacional refere-se ao comportamento global e integrado
da empresa em relação ao ambiente que a circunda. Quase sempre, estratégia
significa mudança organizada. Toda organização precisa ter um padrão de
comportamento holístico e sistêmico em relação ao mundo de negócios que
a circunda e onde opera (CHIAVENATO, 2010, p. 71).
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1.3. Missão
Toda e qualquer organização tem uma missão a cumprir, sendo que essa missão
representa a razão de existir de uma organização.
A missão organizacional deve responder a três perguntas básicas: Quem somos
nós? O que fazemos? E por que fazemos o que fazemos?
“Propósito orientador”, assim poderia ser definida a missão, clarificando e
comunicando os objetivos da organização, seus valores básicos e estratégia
organizacional. A missão é definida em uma declaração formal, servindo como um
lembrete periódico a fim de que os funcionários saibam para onde e como conduzir os
negócios (ROCHA, 2009; CHIAVENATO, 2010).
1.4. Visão
Significa a imagem que organização tem de si mesma, vendo sua imagem
projetada no espaço e tempo. A visão deve ser adequada aos recursos dos quais dispõe,
do tipo de relacionamento que deseja manter com seus clientes e mercados, do que
fazer para satisfazer continuamente as necessidades dos seus clientes, de como irá
atingir objetivos organizacionais, das oportunidades e desafios que deve enfrentar, de
seus principais agentes, quais as forças que a impelem e que condições opera
(CHIAVENATO, 2011).
A visão geralmente está voltada para aquilo que a organização pretende ser,
portanto, muitas empresas colocam a visão como um projeto que elas gostariam de ser
dentro de certo prazo de tempo e qual o caminho futuro e compreensão das ações
necessárias para torná-lo rapidamente um sucesso (ROCHA, 2009).
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1.5. As escolas do pensamento estratégico
Quadro 01 - As Escolas de Pensamento e suas distintas do Processo de Estratégia.
FORMULAÇÃO PRINCIPAIS
ESCOLA CONCEITO-CHAVE
DA ESTRATÉGIA AUTORES
Busca atingir uma adequação entre as
Como um
capacidades internas e as possibilidades
Design processo de Andrews (1965)
externas, posicionando uma empresa em
concepção.
seu ambiente.
Conduz a formulação de estratégias a
partir de um departamento de estratégia
Como um processo que responde diretamente ao executivo Ansoff , Igor
Planejamento
formal. principal, e através de um processo formal (1965)
com muitos indicadores e controles.
Estratégias genéricas. Define-se um grupo
muito pequeno de poucas estratégias-chave
como um processo que são desejáveis em uma determinada Porter, Michael
Posicionamento
analítico. organização e que podem ser defendidas (1980)
contra concorrentes atuais e futuros.
A força de um único líder, na sua
Como um processo intuição, julgamento, sabedoria,
Empreendedora Schumpeter (1950)
visionário. experiência e critério, para definir as
estratégias formais da organização.
Tem como ferramenta fundamental a
Como um processo psicologia cognitiva, que através de
Cognitiva Simon (1947)
mental técnicas adequadas efetua uma sondagem
da mente do estrategista.
Está fundamentada no fato de que as
estratégias vão surgindo e se Lindblom (1959)
Como um processo
Aprendizado consolidando a partir da maneira com as Prahalad e
emergente.
pessoas e a organização vão aprendendo Hamel (1990)
a lidar com elas.
Como um processo Tem como foco o uso de poder e da
Poder negociação. política para negociar estratégias Allison (1971)
favoráveis a determinados interesses.
È um processo enraizado na força social da
Como um processo cultura organizacional, preocupando-se
Cultural com a influência da cultura na manutenção Norman (1960)
coletivo.
da estabilidade estratégica.
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Os autores Ansoff, Igor (1965); Porter, Michael (1980); Schumpeter (1950);
Simon (1947); Lindblom (1959); Prahalad e Hamel (1990); Allison (1971); Norman
(1960); Freeman (1977); Mintzberg e Miller (1970); Miles e Show (1978),
classificam as dez escolas em três agrupamentos:
As três primeiras são de natureza prescritiva – mais preocupadas em saber
como as estratégias devem ser formuladas do que em como elas são formuladas. A
primeira delas, a escola do design, que nos anos 80 apresentou a estrutura básica
sobre a qual as duas outras foram construídas, focaliza a formulação de estratégias
como um processo de desenho informal. A segunda escola – a escola do
planejamento – desenvolvida paralelamente nos anos 60 e que teve seu auge nos
anos 70, formalizou essa perspectiva, vendo a formulação de estratégias como um
processo de planejamento formal separado e sistemático. Esta escola perdeu espaço
nos anos 80 para a escola do posicionamento, menos preocupada com o processo de
formulação de estratégias e mais com o conteúdo real das mesmas, concentrando-se
na seleção de posições estratégicas no mercado.
As seis escolas seguintes consideram aspectos específicos do processo de
formulação das estratégias e se preocupam menos com a descrição do
comportamento estratégico ideal do que com a descrição de como as estratégias são
formuladas de fato.
Alguns autores proeminentes associam, há muito, a estratégia com espírito
empreendedor e descrevem o processo em termos de criação da visão pelo grande
líder. Se a estratégia pode ser uma visão pessoal, então sua formulação também
precisa ser entendida como o processo de obtenção do conceito na mente de um
indivíduo. Analogamente. Foi também desenvolvida uma escola cognitiva, a qual
busca usar as mensagens da psicologia cognitiva para entrar na mente do
estrategista.
Cada um das quatro escolas seguintes procurou abrir o processo de formulação
de estratégia além do indivíduo. Para a escola de aprendizado, o mundo é complexo
demais para que as estratégias sejam desenvolvidas, de uma só vez, como planos ou
visões claras. Portanto, a estratégia deve surgir em passos curtos, à medida que a
organização se adapta, ou aprende. A escola do poder trata a formulação da
estratégia como um processo de negociação, seja por grupos conflitantes, dentro de
uma organização, ou pelas próprias organizações, enquanto confrontam seus
ambientes externos. Em comparação com esta, há outra escola de pensamento, a
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escola cultural que considera a formulação de estratégia como estando enraizada na
cultura da organização, vendo o processo como sendo fundamentalmente coletivo e
cooperativo. E há os proponentes de uma escola ambiental onde a formulação das
estratégias é um processo no qual a iniciativa não está dentro da organização, mas
em seu contexto externo. Assim sendo, procuram compreender as pressões impostas
sobre as organizações.
O grupo final compreende apenas uma escola – a de configuração. As pessoas
desta escola, em busca da integração, agrupam vários elementos: processo de
formulação de estratégias, conteúdo das mesmas e estruturas organizacionais e seus
contextos. Isso em estágios, às vezes, sequenciados ao longo do tempo, para
descrever os ciclos de vida das organizações. No entanto, se as organizações se
acomodam em quadros estáveis, então a formulação de estratégias deve descrever o
salto de um quadro para o outro. E assim, outro lado desta escola descreve o
processo como sendo de transformação, incorporando grande parte da literatura e da
prática prescritiva sobre mudanças estratégicas.
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para o suporte desta estratégia. A missão visa demonstrar o que a empresa faz, o porquê
de existir. Os valores norteiam todas as ações e comportamentos dos colaboradores da
organização, sendo exemplos: seriedade, respeito, igualdade, comunicação, integridade,
etc. A visão, por sua vez, designa o caminho que uma empresa visa seguir, aonde quer
chegar, o que quer alcançar (FORTE, 2012).
O BSC é uma ferramenta que proporciona a montagem de uma estrutura sob
quatro perspectivas: financeira, dos clientes, dos processos internos e de aprendizado e
crescimento (Figura 2) (CARDOSO et al., 2012).
Na perspectiva financeira avalia-se a lucratividade da estratégia, permitindo
medir e avaliar os resultados que o negócio proporciona e necessita para seu
crescimento e desenvolvimento. Na perspectiva do cliente identificam-se os segmentos
do mercado visados em torno de quatro categorias: tempo, qualidade, desempenho e
serviço. A perspectiva de processos internos, por sua vez, deve ser elaborada após a
perspectiva financeira e dos clientes, pois esta fornecerá as matrizes para o seu
objetivo. A perspectiva do aprendizado e conhecimento oferece a base para a obtenção
dos objetivos das outras perspectivas (FARIAS, 2012).
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Figura 2 – As quatro perspectivas do BSC.
Fonte: FARIAS et al., 2007.
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O planejamento estratégico é o esforço disciplinado para que sejam tomadas as
decisões fundamentais e que sejam colocadas em prática as ações que modelem e
guiem a organização para que a mesma saiba o que é o que faz, com o foco no seu
futuro (FARIAS, 2012).
O planeamento estratégico inicia-se no topo da hierarquia, devendo haver uma
sintonia em toda a organização. O planejamento dos recursos humanos deve ser parte
integrante desse planejamento da empresa, e o plano de RH apresentará tudo que é
necessário para que se atinjam os objetivos estratégicos da empresa (MARQUES,
2009).
Conforme Oliveira (2011) o planeamento é dividido em cinco dimensões. A
primeira dimensão está relacionada às funções desempenhadas por uma empresa. A
segunda dimensão corresponde aos elementos do planejamento como os propósitos,
objetivos, estratégias, políticas, programas, entre outros. A terceira dimensão se
relaciona ao tempo do planejamento. A quarta dimensão corresponde às unidades
organizacionais onde o planejamento é elaborado. E por fim, a quinta dimensão
corresponde às características do planejamento.
O planeamento estratégico apresenta vantagens, como a redução de incertezas
nas decisões estratégicas, a empresa usufrui com maior segurança das oportunidades
externas, possibilita aos gerentes de os níveis hierárquicos da organização a visão do
rumo, possibilitando uma melhor seleção de recursos humanos (ZANCHETTIN, 2011).
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2
14
As organizações necessitam mudar continuamente suas políticas de recursos
humanos de acordo com as oscilações cíclicas da economia, nos períodos de economia
e recessão.
O interesse pela racionalização e pela inovação da empresa é de fundamental
importância para torná-la ágil e para fazer com que ela possa acompanhar os
grandes avanços da tecnologia que se fazem presentes. Quando a economia
é mais estável, a importância da tecnologia para a competitividade
empresarial atinge um nível de conscientização mais amplo, que se alastra
por toda a sociedade. Essa consciência nos leva a incentivar as inovações na
empresa, ou pelo menos a busca delas, levando as empresas a adotarem uma
mentalidade mais voltada para os aspectos tecnológicos. Sem uma estratégia
de inovação, que favoreça a evolução do conhecimento científico, do
desenvolvimento tecnológico e da modernização do setor produtivo,
dificilmente se poderá trilhar o longo caminho para se enfrentar os desafios
que o futuro nos proporciona (ALMEIDA; TEIXEIRA; MARTINELLI,
1993, p. 24).
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organizações, que tem como objetivo manter uma posição confortável, no mercado em
que atuam, perante seus concorrentes.
A gestão estratégica de recursos humanos valoriza muito mais, e dá mais
ênfase do que a tradicional gestão de pessoal, ao recrutamento de selecção
das pessoas cuja atitude e comportamento sejam mais susceptíveis melhor
contribuírem, dadas as crenças de gestão, para o sucesso organizacional. A
gestão estratégica de recursos humanos dá mais ênfase aos aspectos ligados
às atitudes, emoções e características comportamentais dos novos
empregados do que a tradicional gestão de pessoal. (JOÃO BILHIM, 2009
pág.69)
Isto significa que a gestão estratégica de recursos humanos, ao reforçar a
articulação entre os trabalhadores e as necessidades estratégicas da organização, não vai
manter o status quo e perpetuar (multiplicar) uma cultura moribunda. Pelo contrário,
deve significar a introdução de mudanças muitas vezes radicas, não apenas em
momentos de crise, mas, preventivamente, antes de se instalarem crises. A gestão
estratégica de recursos humanos tem de estar a pensar no futuro e na forma de colocar
ao dispor da organização o conjunto de competências necessárias ao sucesso desta.
Para Storey (cit. BILHIM, 2009), há quatro elementos que expressam a
perspectivas da gestão estratégica de recursos humanos:
1. Recursos que deverão ser valorizados; 2. Decisões sobre gestão de recursos
humanos são estratégicas; 3. A gestão de recursos humanos tem implicações
de longo prazo, fundamentais para o desempenho da organização; 4. As
alavancas chaves da gestão de recursos humanos (recrutamento, selecção,
formação, sistema de recompensas) devem aproximar e promover a sua
integração sistemática.
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4. o diagnóstico interno para evidenciar os pontos fortes e fracos; 5. Escolha
estratégica que permitirá atingir as metas e os objectivos.
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Por outro lado, a nova tecnologia, nomeadamente da informação e comunicação,
vêm influenciar a gestão de recursos humanos com os processos de gestão.
As alterações tecnológicas tornam, por um lado, obsoletos certos perfis
profissionais, os seus efeitos no emprego são ao mesmo tempo de supressão e de
criação. Ainda certos níveis intermédios de chefias parece dentem a serem eliminados,
aproximando mais a coordenação e os colaboradores, contribuído para a criação do
conceito de membro da organização, em vez do anterior conceito de empregado ou
funcionário.
Outro efeito da tecnologia na gestão de recursos humanos incide sobre a natureza
do próprio trabalho. O trabalho está a ser invadido por tecnologias mais complexa e o
esforço físico a ser substituído pelo mental. Os trabalhadores tendem a ocupar-se com
actividades mais abstractas e analíticas, o relacionamento de informação.
Assiste-se igualmente a alterações nas condições de trabalho. A difusão de novas
tecnologias confere uma nova importância a quem as utiliza, há a diferentes papéis e
estatutos, e ocorrem alterações nas redes de poder, ao tornarem-se detentores de
informação que não tinham acesso anteriormente. As tecnologias de informações têm
acarretado a erosão de níveis intermédios e alterado as relações hierárquicas
tradicionais.
A diminuição de níveis hierárquicos tem levado à contracção dos efectivos,
predominado a lógica de que ao investimento em novas tecnologias devera corresponder
à redução em recursos humanos. Os ganhos de um lado compensarão com proveito os
custos do investimento. Por outro lado, esta redução de chefias acarreta uma gestão
mais participada, maior flexibilidade de gestão e, consequentemente, mais célere
(rápido) resposta às exigências da envolvente em geral e dos mercados em particular.
O impacto tecnológico na organização obriga a que a gestão de recursos humanos
encontre as respostas adequadas para lhe fazer face, nomeadamente, através de:
1. Formação e reconversão de perfil de formação e profissionais;
2. Gestão previsional em ambiente de incerteza, com recurso a cenário;
3. Outplacement para facilitar a diminuição de efectivos;
4. Redesenhar das funções.
B) Demográfica
É sabido que as características da população influenciam as qualificações e
competências disponíveis no mercado. O nível de escolaridade, a idade, a taxa de
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actividade, a taxa de emprego feminino é característico demográfico que afecta a gestão
de recursos humanos.
Para Stewart (2002: 49):
O envelhecimento da população activa levantara problemas da gestão de
carreira e de adaptação ao trabalho. A concentração de trabalhadores na
organização com idades mais velhas pode colocar problemas graves de
motivação e de gestão de carreira, para não falar dos custos de trabalho,
dado que um quadro júnior, por norma, custa menos do que um sénior. Para
o autor, os postos de responsabilidade não responderão as necessidades de
aspiração legítimas de carreira destes trabalhadores, suscitando
insatisfação. Este trabalhador menos move bloquearam as fileiras
profissionais impedirão os empregados mais jovens de progredirem e de se
desenvolverem. Para além destes, outros problemas se levantarão
nomeadamente de recrutamento e selecção, concepção das funções,
formação, avaliação de desempenho e de compensação.
O crescimento da taxa de feminização obriga as organizações a alterar os seus
pressupostos e estereótipos de homem e mulher, eliminando a descriminação com base
no género. As organizações terão de começar a ponderar as questões da qualidade de
vida no trabalho, carreiras duplas, procurar a equidade no emprego e as equidades dos
sistemas de compensação.
Ameaça Oportunidade
Minimizar Optimizar
Curto prazo Longo prazo
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Resultados Meios + resultados
Quantitativo Qualitativo
Inadaptável Adaptável
Inflexível Flexível
Dependente Autónomo
Executante Empreendedor
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3) Sistemas de recursos humanos (compensação, recrutamento, formação e
comunicação);
4) Cultura organizacional (normas, valores e crenças). (BILHIM, 2009:61)
Como fonte de vantagem competitiva as pessoas que integram a organização com
os seus saberes, tem de ser: mais – valias, únicas ou raras, difíceis de imitação pela
concorrência; não substituíveis facilmente. Só assim é que em nosso entender a GRH se
distinguira da gesta de pessoas tradicional e caminhará na direcção da verdadeira gestão
de pessoas, usando um conjunto integrado de técnicas culturais, pessoais e estruturais.
Muitos gestores e organizações reconhecem que o ponto crítico da vantagem
competitiva não deriva da concepção engenhosa (inteligente) de um produto, da melhor
estratégia de marketing ou do domínio do estado da arte da tecnologia de produção, mas
da posse de um sistema eficaz de obtenção, mobilização e gestão dos activos humanos
da organização as pessoas que a interagem e formam a comunidade de trabalho.
Para que haja uma mudança sustentável, é preciso:
1. Implicação, neste processo, da gestão do topo e dos accionistas da
organização;
2. Atenção particular, a comunicação, não apenas para informar sobre a
mudança, mas também é sobretudo para ouvir e agir sobre às reacções provocadas;
3. Que a remuneração encoraje a inovação e reconheça o sucesso dos que
contribuem para a mudança;
4. Numa expectativa de ‘a organização que aprende a aprender’, deve ser criada
uma atmosfera de trabalho facilitadora e indutora da mudança. (BILHIM:2009:63).
Lynda Granton estabelece a seguinte relação entre os comportamentos das
pessoas e os resultados financeiros da organização.
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1.11. As actividades e formas de estratégia
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Segundo Girardi (2008) um planeamento estratégico adequado conduz a
organização à eficiência operacional e à eficácia dos seus negócios.
Busca-se, na gestão estratégica, desenvolver um conjunto de ações em cada
processo envolvido no RH visando os objetivos da organização e o bem-estar das
pessoas. Pensar o que o RH pode desenvolver com ou para as pessoas, de forma a
motivá-las a trazerem resultados positivos para a organização. Propiciar o
comprometimento das pessoas com a missão, a visão, os valores e a estratégia da
organização.
Recursos humanos estratégicos revela o poder das táticas de RH em influenciar
não apenas o desempenho individual, mas também o da empresa, oferecendo estratégias
possíveis que produzam resultados palpáveis desde a produção até a sala da diretoria.
(ULRICH, 2000).
Os profissionais de RH da atualidade devem estimular a construção de
relacionamentos confiáveis; conhecer os negócios o bastante para se engajar nas
discussões; certificar-se de que os sistemas operacionais básicos de sua área estão
desenhados corretamente; participar dos processos tanto de elaboração como de
execução das estratégias; conhecer a teoria e as ferramentas necessárias para identificar
e administrar um talento; possibilitar que, nas empresas, as coisas aconteçam de maneira
certa, no momento correto.
Conforme Chiavenato (1999), a área de RH envolve os seguintes processos:
1. Provisão: recrutamento e seleção;
2. Aplicação: orientação, modelagem de cargos, avaliação de desempenho;
3. Remuneração: remuneração, programas de incentivos, benefícios;
4. Desenvolvimento: treinamento e desenvolvimento;
5. Manutenção: relações trabalhistas, higiene, segurança, qualidade de vida no
trabalho;
6. Monitoração: banco de dados e sistemas de informações de RH.
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hierárquico mais elevado e desempenham funções de maior
responsabilidade.
Gestão mais proactiva consiste do ambiente em que a empresa ocorre é
outros dos benefícios resultantes da gestão estratégica. Traduz-se, por um
lado nos esforços desenvolvido pelos gestores procurando que as coisas
aconteçam de determinada maneira conforme o planeado ou pelo menos
intencionado e não com aconteceria se não houvesse esse esforço, ou seja,
na prática consiste em fazer o que aconteça o que se quer que aconteça e
não o que aconteceria no caso de não haver qualquer actuação de gestão;
por outro lado, essa actuação é desenvolvida baseada do conhecimento
consciente, porque procurando, das características e das alterações
permanentes do ambiente em que a empresa vive e concorre.
Outro dos principais benefícios da gestão estratégica é o maior
envolvimento dos gestores e do pessoal actuando nos diversos níveis.
Ainda de acordo com Teixeira (2011:30) de facto, a discussão que deve ser mais
alargada possível subjacente a selecção da estratégia de uma empresa gera nas pessoas
um sentimento (pertença) em relação a empresa que redunda em maiores níveis de
motivação e empenhamento das tarefas que lhe são atribuídas. Para além desses três
benefícios fundamentais, a gestão estratégica proporciona ainda outros benefícios
importantes com estes relacionados nomeadamente:
Assinala os problemas antes que eles aconteçam, o que contribui para sua
melhor resolução, muitas vezes de forma descentralizada e com maior
autonomia dos diversos departamentos;
Alerta para as mudanças e permite preparar as acções de respostas, como
resultado da análise e da inventariação e selecção de hipóteses de evolução;
Clarificar a visão dos negócios por parte dos gestores, para o que contribuiu
designadamente o confronto de ideias subjacentes a todo processo;
Permite a identificação e exploração de oportunidades, seleccionando a (s)
mais adequada (s);
Minimizar os efeitos negativos das condições adversas e das mudanças,
precisamente porque reduz o número das «surpresas» causada por
acontecimentos futuros;
Estimular uma abordagem cooperativa, integrada e entusiástica dos
programas e das oportunidades (tanto mais quanto maior for o grau de
envolvimento de gestores intermédios, técnicos e outro pessoal);
Dá à empresa uma vantagem sobre os concorrentes (sobretudo sobre os
tratam a estratégia de forma mais aligeirada).
De acordo com Bilhim, (2009:64) importa ter presente a ideia de que a estratégia é
um conceito dinâmico. É um padrão sim, mas em mudança continua ao longo do tempo:
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período, poderão ou não configurar, através dos tacos emergentes, a
exigência de uma estratégia, isto é de uma visão ou ideia acerca do futuro
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gestores executivos, profissionais de recursos humanos e pessoas ligadas ao
sector comercial (contacto com o cliente). Capacidade para continuar a usar
estes grupos de orientação ao longo das etapas do processo.
Imaginar o futuro – Capacidade para fazer participar todas as pessoas da
organização no diálogo sobre o futuro. Imaginar a actividade no futuro, qual
a sua estrutura, cultura, pessoas, lideres e processos.
Compreender a capacidade actual e identificar a lacuna - Capacidade de
criar um quadro preciso do estado actual da organização. Em particular, do
contexto em que as pessoas trabalham, do seu comportamento e das medidas
– chaves de desempenho. Isso construi-se ao longo do tempo, fazendo
comparações com equivalentes do sector de actividade e partilhando com os
gestores do negócio.
Criar um mapa do sistema – capacidades de compreender e desenvolver
capacidades de pensamento sistémico em toda a organização. Garantir que
as decisões são tomadas com base no seu impacto na totalidade do sistema.
Construir uma compreensão suficientemente profunda da actividade para
começar a compreender a ligação causal.
Criar um modelo da dinâmica – Capacidade para compreender a dinâmica
dentro do sistema. Criar uma percepção partilhada das ligações entre as
alavancas de processo e os resultados e a forma como estes mudam ao longo
do tempo.
Essa é a situação de muitas empresas de pequeno e médio porte, que muitas vezes
optam por manter esse tipo de profissional, esperando que o mesmo decida por se
desligar da empresa, evitando dessa forma alguns dos gastos relacionados com a
dispensa de funcionários. O único problema que uma empresa desse porte e
possivelmente sem ou nenhuma gestão de RH, acaba deixando passar é o fato de que a
permanência dessa pessoa lhe renderá custos que com o tempo podem ser mais altos do
que os encargos e direitos que esse funcionário receberia se desligado da empresa.
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Começaremos pelo clima organizacional da empresa, que assim como a cultura da
organização, incorpora fenômenos intangíveis, mas que se manifestam de forma
concreta.
Isto decorre do fato de que a empresa – ou a liderança imediata - não tomou uma
atitude compatível com o comportamento ou apenas deixou de tomar. Além disso, há
também as intrigas, fofocas e até mesmo um comportamento agressivo por parte do
funcionário não integrado à cultura organizacional, podendo inclusive assumir esse
comportamento com a intenção de conseguir o desligamento da empresa sem precisar
solicitar, com a finalidade de receber mais do que receberia se pedisse demissão. Ou,
ainda, se comporta dessa forma por achar que não será punido ou achar que tem o
“direito” de assim se comportar por causa do longo período de serviços prestados.
Todo esse conjunto de fatores leva a conflitos que podem causar em outros
colaboradores um sentimento de revolta, impunidade, falta de uma gestão de RH
eficiente e voltada para o ser humano ao invés de ser voltada apenas para valores
monetários, hostilidade e tensão. Somando a esses efeitos ocorre à desmotivação dos
outros colaboradores, há também a queda da produtividade das equipes, a
27
desestabilização do grupo como um todo, falhas na comunicação, entre outros
problemas. Em uma pesquisa realizada com 20 mil profissionais e conduzida pelo
Saratoga Institute, mencionada por Branham (2012, p.4), referente ao pós-desligamento
dos funcionários, revela que de 80% a 90% dos funcionários deixaram a empresa em
que trabalhavam pelos seguintes motivos: Por causa da função, por causa do gerente, a
cultura e o ambiente de trabalho.
A Apple já era uma empresa de porte, Jobs não tinha controle sobre tudo o
que acontecia. O sucesso do Macintosh ocasionou a integração de equipes
que trabalhavam em projetos diversos, como o Lisa e o Mac. Jobs acabou
ficando na linha de frente de uma batalha interna, de forma que o desgaste
contribuiu para sua saída da Apple em 1985.
Mas ao sair Jobs, que também criou a Apple juntamente com um amigo, criou a
empresa NeXT, que mais tarde foi comprada pela Apple, cujo o software foi usado
como base para os novos produtos. E após esse e outros fatores, a Apple se tornou uma
empresa de sucesso, conhecida mundialmente.
Portanto, uma empresa de pequeno e médio porte que queira crescer aproveitando
ao máximo tudo o que pode extrair do conhecimento e habilidades de seus
colaboradores, precisa implantar estratégias de baixo custo e liderança eficaz, tornando
a empresa atrativa pela cultura e ambiente de trabalho.
28
CAPÍTULO II- METODOLOGIA DO ESTUDO
29
2.3. Unidade de Análise
30
Crescer e Expandir a marca SIMPLIFICAR, em todo território nacional;
Contribuir na formação certificada de quadros nacionais; criando Valor para as
empresas; Tornarmo-nos uma das principais referências em excelência, nas soluções de
gestão empresarial.
Segundo Vergara (2006: 53), sujeito da pesquisa são as pessoas que fornecerão os
dados que se necessitam. Assim, tivemos como sujeito de pesquisa 4 responsáveis pela
área da Gestão de Recursos Humanos.
31
CAPÍTULO III - APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
32
2. Implementação da gestão estratégica de recursos humanos
Entrevist Descrição
a
E1 “Tá definido ao nível dos cinco polares da gestão estratégica e um deles é a
parte dos recursos humanos.";
"Houve reuniões em conjunto com as várias unidades orgânicas e o
envolvimento foi feito por aí e é um trabalho que está em contínuo, agora
com a nova parte da gestão de competências vai ter um novo impulso.”
E2 A nossa empresa vem de forma paulatina, trabalhando na implementação de
um processo de Gestão estratégica acelerada.
33
3. Benefícios da gestão estratégica de recursos humanos
Entrevist Descrição
a
E1
“Dão uma importância enorme aos recursos humanos como fonte de
crescimento."
"Penso que a contribuição do sistema de gestão de recursos humanos é
assegurar a sua integração em termos estratégicos, de acordo com as suas
E2
ações o que é fundamental para as pessoas se sentirem remuneradas,
motivadas, se tiverem insuficiências precisam que haja formação que cubra
as deficiências.”
“Os departamentos têm muita liberdade para fazer a gestão informal dos
recursos humanos depois a gestão de recursos humanos mais formal é básica
E3
e fundamental e é feita por um grupo de pessoas que representa o gabinete,
que nos ajudam sobre assuntos que nós não dominamos."
E4 Ligas as pessoas e todas as partes das empresas, garante sinergia e tem
permitido que os objectivos sejam alcançados com a maior facilidade quanto
possível.
De acordo com Pilati (2006), com o passar dos anos, as empresas foram
adotando políticas de benefícios com o intuito de reter os seus talentos. Porém, hoje em
dia, uma boa política de benefícios já não é mais um diferencial, mas sim um
complemento para a nova geração de profissionais. Porem, apesar de não serem mais
tão relevantes, os benefícios podem agregar muito valor e fazerem a diferença na
retenção de talentos.
34
4. Alinhamento estratégico
Entrevista Descrição
E1 As políticas na nossa empresa são lineares e os resultados se dão de forma
sistemática, os acontecimentos são sucessivos, ou seja, cada projecto para a sua
efectiva realização depende da realização de um projecto anterior.
"...pode-se confirmar que existe efetivamente uma gestão estratégica de
recursos humanos, basta ir ao balanced scorecard que no fundo é o instrumento
E2 de alinhamento da estratégia do instituto …"
"Tudo aponta para a própria missão da empresa, para a sua visão, e valores.
Portanto há um alinhamento macro da gestão de recursos humanos.”
"... Acho que o plano estratégico a médio e longo prazo foi um passo
E3 importante que a empresa deu. Além disso, acho que toda esta aposta da
empresa, na planificação da actividade, na utilização das técnicas de
procedimentos estratégicos, é positivo, acho que se ganhou em eficiência,
embora tenha tido grande resistência de início.";
"Tem-se feito sempre um esforço para que estas políticas de gestão de recursos
humanos estejam alinhadas com as restantes estratégias da organização e
E4
foram sendo desenvolvidos instrumentos ao longo dos anos para que esse
alinhamento fosse conseguido."
35
5. Pontos fortes
Entrevista Descrição
“Eu diria que há dois pontos fortes. Capacidade de projeção no futuro, não num
futuro muito longínquo, ou seja, boa programação dos recursos em função da
E1
boa programação das necessidades. E depois monitorizar, acompanhar bem a
adequação dos recursos às necessidades.”
"O facto de existirem instrumentos de gestão que são o plano de formação a
E2 plana de combate ao absentismo, o plano de recrutamento, higiene e segurança
no trabalho, agora o sistema de gestão de competências…"
"… A gestão da formação, o levantamento que é feito todos os anos das
E3 necessidades de formação… os questionários de retorno da eficácia da
formação."
“A valorização das pessoas, fundamentalmente. Antes de existir gestão
estratégica, as pessoas trabalhavam no seu dia-a-dia, cumpriam o seu horário,
tinham um sistema de carreiras unificado não havia diferenciação (…) era
E4
valorizado só praticamente pela avaliação de desempenho. A formação era
pouca, não havia a preocupação de definir perfis de competências. Acho que
isto tudo deu algum dinamismo e foi importante.”
36
6. Pontos fracos
Entrevist Descrição
a
E1 "...tem a ver com a nossa falta de legislação que nos permita fazer mais
coisas a nível dos recursos humanos... Não haver recursos humanos
suficientes para preencher o mapa de pessoal, não conseguimos recrutar as
pessoas nos moldes que gostaríamos…"
E2 “O ponto fraco não tem a ver com o próprio sistema de gestão estratégica…
mas com condicionantes a montante, com as limitações da Administração
Pública.” O sistema de gestão de recursos humanos devia ter um grau forte
de autonomia.
E3 "…Limitações a nível orçamental e o retorno mais palpável do
reconhecimento que damos aos colaboradores acaba por prejudicar e limitar
o sistema de gestão estratégica de recursos humanos.
E4 “Os pontos fracos no meu entender é talvez alguma fragilidade que o sistema
tem pelo facto de ser limitado. Nós temos um chapéu que limita esta nossa
necessidade de fazer coisas. Querer recrutar pessoal e os concursos de o dia
para o outro são bloqueados…”
37
7. Ganhos para os trabalhadores
Entrevist Descrição
a
E1 “Acho que em termos de desenvolvimento, é para investir na parte das
competências, falar com as pessoas e ver até que ponto elas podem melhorar,
em que competências elas estão mais fracas."; "Quem quer aprender, quem
quer crescer, tem espaço mais que suficiente para fazer isso, autonomia e
liberdade e isso é bem visto... é criado um ambiente para esse auto
desenvolvimento."
E2 “Possibilidade de as pessoas progredirem na carreira, ganharem
competências novas”… Há formação e disponibilização de formação.
38
8. Ganhos para a empresa
Entrevist Descrição
a
E1 "… Ao ter uma política de desenvolvimento das pessoas e de recursos
humanos, está a desenvolver os resultados que elas produzem e acho que esse
é claramente o objetivo principal, ao nível dos resultados. "
E2 “Se as pessoas tiverem realizadas profissionalmente, tem níveis de
motivação bons, menos absenteísmo, trabalham com mais prazer, tem níveis
de interação superior e entreajudam-se."
E3 “Os ganhos para o instituto são ganhos de competências, velocidade, rigor,
maior nível de exigência nas tarefas que desempenhamos qualidade, em
suma produtividade acrescida.”
E4 "A mais valia é a melhoria do nível do trabalho, da eficácia do trabalho e da
eficiência."
39
9. Impacto na performance
Entrevist Descrição
a
E1 “As pessoas comparam-se umas com as outras, o que leva a uma melhoria
dos resultados.”
E3 Há nível financeiro, esses indicadores ainda não existem que eu saiba. “São
resultados muito no nível da perceção, ainda não se entrou nessa regra que é
muito importante.”
Tendem a ter quando se faz este investimento da formação, na planificação
das necessidades dos serviços, no retorno da eficácia da formação, nos
inquéritos de satisfação, na avaliação de desempenho, na avaliação do plano
de actividades. “Tudo isto, se está a trabalhar para atingir os objetivos.”
E4 Se nós estamos identificados em termos de objetivos macros para a empresa,
se esses objetivos depois são passados para a própria unidade orgânica, se
dentro das unidades orgânicas a maior parte dos colaboradores estão
envolvidos nesses objetivos, que são monitorizados e os que não são
monitorizados são alimentados por essas práticas, logicamente que tem uma
relação direta com o desempenho."
40
CONSIDERAÇÕES FINAIS
41
SUGESTÕES
42
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. I. R.; TEIXEIRA, M. L. M.; MARTINELLI, D. P. Por que
administrar estrategicamente recursos humanos? Revista de Administração de
Empresas, São Paulo, v. 33, n. 2, p. 12-24, mar./abr. 1993.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
43
GIRARDI, Dante. Da seção de pessoal a gestão estratégica de pessoas: consultoria
interna de recursos humanos. Florianópolis: Pandion, 2008.
44