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INSTITUTO SUPERIOR DE GESTÃO E EMPREENDEDORISMO GWAZA –

MUTHINI

CURSO DE LICENCIATURA EM ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO DE EMPRESAS

Bela Rosa Augusto Nhamoneque

Análise da Qualidade de Vida no Trabalho, o Factor Estresse e Seus Impactos – caso


da Shoprite

Xai – Xai, Junho de 2022


Bela Rosa Augusto Nhamoneque

Análise da Qualidade de Vida no Trabalho, o Factor Estresse e Seus Impactos – caso


da Shoprite

Trabalho investigativo a ser apresentado no Instituto


Superior de Gestão e Empreendedorismo Gwaza –
Muthini – ISGEGM, na cadeira de MIC, como
requisito parcial para a obtenção do grau de
licenciatura em Administração e Gestão de Empresas,
sob orientação do Msc. David Francisco Matangue

Xai – Xai, Junho de 2022

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Índice
CAPITULO I: INTRODUÇÃO....................................................................................................... 1
1.1. Contextualização .................................................................................................................. 1
1.2. Justificativa ........................................................................................................................... 1
1.3. Problema ............................................................................................................................... 2
1.4. Hipóteses .............................................................................................................................. 3
1.5. Objetivos da Pesquisa ........................................................................................................... 3
1.5.1. Geral .................................................................................................................................. 3
1.5.2. Específicos ........................................................................................................................ 3
CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................. 4
2.1. Quadro conceptual ................................................................................................................ 4
2.1.1. Qualidade .......................................................................................................................... 4
2.1.2. A Qualidade De Vida No Trabalho .................................................................................. 4
2.1.3. Estresse ............................................................................................................................. 6
2.1.4. Estresse Organizacional .................................................................................................... 7
2.1.5. Fatores Que Podem Causar o Estresse .............................................................................. 8
CAPITULO III: METODOLOGIA ................................................................................................. 9
3.1. Classificação da Pesquisa ..................................................................................................... 9
3.2. Técnicas e instrumentos de recolha de dados ..................................................................... 10
3.3. População, amostra e técnica de amostragem .................................................................... 11
3.4. Análise e tratamento de dados ............................................................................................ 12
4. Referencias Bibliografias ....................................................................................................... 13

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CAPITULO I: INTRODUÇÃO

1.1.Contextualização

A Qualidade de Vida no Trabalho é um termo que vem sendo desenvolvido nas organizações, com
o objetivo de proporcionar um sentimento de bem-estar e de segurança para os colaboradores.
Antigamente as empresas se preocupavam apenas com a produtividade e o crescimento econômico,
deixando em segundo plano os valores humanos e ambientais.

Resultando em trabalhadores insatisfeitos, desmotivados e principalmente, resultando em


trabalhadores estressados com o trabalho realizado, prejudicando a saúde física e mental.

De acordo com Oda e Marques (2009), dentre os direitos fundamentais do homem e, por
consequência, do trabalhador, está o direto de usufruir de uma vida saudável, com qualidade e livre
de ameaças à sua integridade física e mental, inclusive livres de problemas e doenças ocasionados
pela realização do trabalho.

Os problemas relativos à saúde, ao meio ambiente e à qualidade de vida no trabalho vêm ganhando
grande destaque e sendo bastante discutido dentro das organizações, com objetivo de conscientizar
e aplicar programas de saúde e de segurança no trabalho, abordando problemas laborais como
lesões por esforços repetitivos, neuroses e principalmente abordando problemas como o estresse
através do trabalho. O direito de todo funcionário é de ter no mínimo um ambiente mais seguro
para se trabalhar, para que isso aconteça é necessário que haja mais comunicação entre patrão e
empregado.

Gonçalves (2006) diz que, antigamente podia-se dizer que o salário era o mais importante, mas há
algum tempo este pensamento vem se modificando, as pessoas hoje em dia querem ser valorizadas
e tratadas com mais respeito, através de seu desempenho, e dedicação diante do trabalho prestado,
por isso a importância da implantação de qualidade de vida no trabalho nas organizações.

1.2.Justificativa

Pretendemos estudar o presente tema, pela importância de Recursos Humanos em uma


organização, para eficácia da realização de sua missão e prestação de serviços com qualidade. Com

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o funcionário satisfeito e motivado, as metas e directrizes de gestão, tendem a ser atingidas com
eficácia e eficiência, melhorando rotinas e qualificando a prestação de serviços à população.

No nosso país, as lojas Shoprite tem apresentado diversos desequilíbrios, em torno do alcance da
eficiência e tem sido frequente, o excesso de reclamações por parte dos cidadãos em torno do
atendimento aliado a morosidade.

Nesta visão o tema é de grande importância a nível académico, pois, é onde encontramos o suporte
teórico para a superação das diversas barreiras á ultrapassar a nivel de Recursos Humanos, para a
criação e retenção de quadros capacitados e qualificados, dentro das organizações, com vista ao
fornecimento de serviços com qualidade.

A QVT, deve ser uma preocupação de todo empregador, o bem-estar do seu funcionário não deve
ser uma preocupação secundária, pois o sucesso de uma organização depende grande parte do
esforço do seu trabalhar, daí a grande importância da valorização do mesmo.

As organizações, que se preocupam com as percepções dos funcionários em relação à QVT, e com
os resultados obtidos, podem criar programas que beneficiem a empresa e seu colaborador,
tornando-se assim, uma empresa preocupada com o bem-estar de funcionário.

Portanto, o tema em estudo é relevante pois, contribui para a aquisição de mais conhecimentos na
área de Qualidade de saúde do trabalhador; ao nível social, dá-se referência ao desenvolvimento
da sociedade pela melhoria na qualidade de serviços prestados.

1.3.Problema

Segundo Moraes et al. (1990), a QVT é mais que um conjunto de instrumentos e técnicas; é uma
postura nova diante do trabalho, que busca essencialmente preservar a saúde da organização. Pode-
se utilizar a QVT como uma proposta de humanização do trabalho e busca de equilíbrio dos
interesses entre empregados e empregadores.

Demanda excessiva, pelos serviços da Shoprite; Morosidade para o atendimento; Insuficiência de


material de trabalho; Insuficiência do pessoal, o que culmina efectivamente com a sobrecarga do
profissional no atendimento e a consequência disso, é o surgimento da fadiga dos funcionários e

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fraca qualidade no atendimento. Estes problemas de má prestação de serviços são generalizados
em todos os Shoprites que operam na província de Gaza.

Pessoas desmotivadas e sem qualidade de vida no trabalho, podem tornar-se um problema para a
instituição, pois suas tarefas não serão executadas correctamente o que nos remete, a ideia de falta
de qualidade dos serviços públicos de saúde prestados. É diante desta problemática acima
referenciada que colocamos a seguinte questão de partida:

Como é que a qualidade de vida no trabalho QVT): estresse pode influenciar para a
motivação dos colaboradores da Shoprite – Xai – Xai?

1.4.Hipóteses

Afirmativa: A qualidade de vida e o factor estresse influenciam para a motivação dos


colaboradores Shoprite.

Nula: a qualidade de vida no trabalho (QVT) não influencia para a motivação dos colaboradores
da Shoprite.

1.5.Objetivos da Pesquisa

1.5.1. Geral

 Analisar o a influência da QVT e o factor estresse dos colaboradores da Shoprite na motivação


e desempenho das suas tarefas.

1.5.2. Específicos

 Identificar as principais fases e os sintomas de estresse vivenciado por colaboradores da


Shoprite;
 Investigar a percepção dos colaboradores sobre a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT);
 Estabelecer relações entre o estresse, Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) e a motivacoa
dos colaboradores da Shoprite.

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CAPITULO II: REVISÃO DA LITERATURA

2.1.Quadro conceptual

2.1.1. Qualidade

São vários os conceitos de qualidade, segundo Rocha e Gomes (1993), todos conceitos de qualidade
reflectem um objectivo comum: a satisfação do usuário, conquista e garantia do mercado.

Para Shiozawa (1993), qualidade é a maximização do sucesso do usuário. Nesta vertente, podemos
afirmar que, a qualidade, tem em vista a satisfação das necessidades do usuário, em vista garantia
do mercado.

Milan e Maioli (2005), afirmam que a qualidade deve ser vista como um diferencial nos produtos
e serviços, para assim prover satisfação dos clientes.

Kotler e Keller (2006), ressaltam que qualidade, é o segredo para criar valor e satisfazer ao cliente.
A busca pela qualidade nos serviços e, acima de tudo, um atendimento com qualidade devem ser
constantes, pois será a partir desse contacto que a organização conquistará a confiança e a
fidelidade junto aos seus usuários.

Segundo Prazeres (1996), atendimento é visto como a velocidade, competência e a disponibilidade


com que os usuários são acolhidos e lhes são prestados os serviços. Nesse sentido, atendimento ao
usuário, para Nobre (2003), consiste em uma atitude positiva de dar atenção, permitindo que ele
manifeste suas necessidades, ouvindo-o com interesse, dando solução aos seus problemas, ou
então, encaminhando-o à pessoa certa. Nestes termos, atender com qualidade os usuários, é o
principal desafio na actualidade.

Para tanto, deverá haver, segundo Denton citado por Baptista e Leonardt (2011), uma equipe
dedicada e com perfil adequado. O autor ainda afirma que, isso é imprescindível para a empresa
possuir um serviço com qualidade, e que possa satisfazer seus clientes, sendo características
essenciais na prestação de serviços.

2.1.2. A Qualidade De Vida No Trabalho

O conceito da qualidade de vida no trabalho passou por várias mudanças ao longo do tempo e a
cada transformação com uma forma diferente de ser entendida, mas apesar das transformações,
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possuem os mesmo significados e defendem os mesmos propósitos, proporcionar um ambiente
mais seguro e satisfatório para o colaborador que irá gerar um sentimento de bem-estar e de
segurança dentro da organização. A qualidade de vida no trabalho é uma ferramenta estratégica
que vem ganhando bastante destaque ultimamente nas organizações (Chiavenato, 2004).

Segundo Ferreira (2017), a qualidade de vida no trabalho é um conjunto de ações que a empresa
realiza para estabelecer melhorias e inovações tecnológicas e estruturais no clima organizacional.

Chiavenato (2000) diz que, quando se fala em inovações tecnológicas na Qualidade de Vida no
Trabalho, refere-se a melhorar é humanizar a situação de trabalho, reformulando o
desenvolvimento dos cargos, tornando-os mais produtivos para a empresa e mais satisfatórios para
os colaboradores. Quando se referea colaboradores satisfeitos e motivados não se diz respeito
apenas em motivação financeira, mas também a um ambiente seguro e agradável para se trabalhar,
de receber oportunidades de desenvolvimento e oportunidades de crescimento dentro da
organização.

Ketchum e Trist (1992) defendem a qualidade de vida no trabalho como sendo um sentimento de
bem-estar, que os colaboradores encontram no ambiente de trabalho. Esse sentimento não está
relacionado com dinheiro, mas sim, com o bem-estar psicológico, com a diminuição do sofrimento
psicológico, com o aumento do comprometimento com a organização e com um equilíbrio entre o
trabalho e a vida social. Oferecendo oportunidades de autonomia, desenvolvimento profissional,
boa relação entre funcionários e gestores, reconhecimento pelo trabalho prestado, segurança no
local de trabalho e carga horária de trabalho adequada.

Para Ferreira (2017), o termo Qualidade de Vida no Trabalho precisa ser analisado de uma forma
mais ampla. Muitas vezes, significa para as empresas apenas uma atividade relacionada à saúde e
a segurança, e com isso acabam não associando com a qualidade total e com a melhora do clima
organizacional. 14 De acordo com Limong - França (2012); as definições de qualidade de vida no
trabalho vão desde cuidados médicos estabelecidos pela legislação de saúde e segurança até
atividades voluntarias de empregado e empregadores nas áreas de lazer, motivação, entre inúmeras
outras.

Ainda segundo Limong - França (2012), o embasamento principal do conceito de qualidade de vida
no trabalho é voltado para o bem-estar e para a percepção do que se pode fazer para acatar as
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expectativas que os gestores e principalmente os colaboradores criam sobre as ações da qualidade
de vida no trabalho e no âmbito empresarial.

Fernandes (1996), diz que o termo qualidade de vida no trabalho é utilizado na empresa, como uma
forma de melhorar e renovar a organização no trabalho, para que, ao mesmo tempo em que o nível
de satisfação do trabalhador aumente a produtividade da empresa também aumente. Tendo como
finalidade fazer com que os empregados estejam mais presentes e participem mais das tomadas de
decisões em relação ao seu trabalho.

A qualidade de vida no trabalho segundo Ferreira (2017), é voltada para a implantação de promoção
de saúde, como: lazer, saúde e segurança, atendimento clinico e educação para saúde, assistência
psicológica, redução de acidentes, absenteísmo e preservação do meio ambiente.

O termo enfatiza principalmente a saúde do trabalhador, buscando dar melhores condições de se


trabalhar. Cada vez mais vem sendo procurada e implantada nas organizações, pois, além de
proporcionar motivação, bem-estar e satisfação para os colaboradores geram resultados positivos
para a organização. O principal significado de Qualidade de Vida no Trabalho tem haver como
bem-estar e com a saúde do trabalhador, tanto nos aspectos físicos e ambientais, como nos aspectos
psicológicos que o ambiente organizacional pode oferecer para os colaboradores.

2.1.3. Estresse

O estresse é um resultado do organismo tanto físico quanto mental a um esforço excessivo,


causando aumento da pressão arterial, onde acaba liberando uma sequência de reações no
organismo, gerando assim varias reações fisiológicas. O estresse pode ser compreendido como
qualquer tipo de aflição ou cansaço do corpo e da mente. É uma reação do individuo a uma
adaptação, e pode gerar sintomas físicos, psicológicos e comportamentais. Não é, necessariamente,
um mal a ser combatido. É necessário para gerar mobilização, porém, quando em excesso, ataca as
defesas do organismo e afeta a saúde.

De forma geral, três itens aparecem na conceituação do estresse: o estímulo, a resposta e a interação
da pessoa com o ambiente. (Schmidt,2009). O estresse é difícil de ser identificado e pode aparecer
através de reações de medo, desconforto, preocupação, indignação, frustração e nervosismo,
alterando também as reações físicas, como: coração acelerado, pressão alta, respiração curta, etc.

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Qualquer situação, seja ela boa ou ruim, quando causa alterações no organismo, é uma fonte de
estresse.

Os médicos afirmam que o estresse é o maior responsável por diversas doenças, como: Ansiedade;
Isolamento social; Depressão; Insegurança; Insônia; Problemas cardíacos; Enxaqueca.

2.1.4. Estresse Organizacional

A falta de bem-estar no trabalho, interfere directamente na organização e principalmente no


colaborador, quando não há uma preocupação com o bem-estar dos colaboradores, podem ocorrer
diversos fatores que irá ameaçar o seu desempenho, entre esses fatores, encontra-se o estresse. O
estresse organizacional é desenvolvido dentro do clima organizacional, causado pela agitação,
contratempo e os problemas de convivência com colegas, superiores e clientes

. De acordo com Ovejero Bernal (2010): “O estresse é um problema de adaptação ao nosso meio,
e o estresse do trabalho é um problema de adaptação ao nosso ambiente de trabalho, que nos produz
angústia e a sensação de insegurança”. (Ovejero Bernal (2010), pg. 145).

A grande maioria dos estresses causados dentro das organizações é devido a causas ambientais e
pessoais, cada empresa tem uma maneira de ser e de se organizar, se o colaborador não estiver bem
preparado ou treinado para resolver as diferenças e os conflitos, pode de acordo com Rothmann e
Cooper (2009), acabar ocasionando frustrações e desânimo no mesmo, o melhor a se fazer é se
preparar e estar disposto a pagar o preço que o mercado pede em relação as condições do trabalho,
bem como dar á seus funcionários um ambiente bom de se trabalhar e conviver no dia-a-dia,
acarretando assim funcionários dedicados e dispostos a dar o melhor de si pela empresa que o
contratou.

O estresse é com certeza um dos maiores fatores dentro da organização que mais prejudica as
pessoas. Um dos problemas mais enfrentados na implantação do programa da qualidade de vida é
a falta de apoio e até mesmo a rejeição de algumas organizações. O ambiente organizacional é feito
de várias necessidades, período curtos, reuniões, metas e muitas decisões necessárias a serem
tomadas. Esses meios conseguem fazer com que os colaboradores apresentem gradativamente
cansaço, ansiedade, risco e frustração no ambiente organizacional (Rothmann e Cooper (2009). O
estresse no trabalho é um grande problema ligado á dificuldade de lidar com as reinvidicações do

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clima organizacional, envolvendo as contrariedades com o cotidiano da empresa e pressão no
relacionamento dentre colegas de trabalho.

2.1.5. Fatores Que Podem Causar o Estresse

Segundo Chiavenato (2010), existem dois tipos de estresse no ambiente de trabalho: causa
ambiental e pessoal. As causas ambientais envolvem uma variedade de fatores externos e
contextuais que podem conduzir ao estresse, incluem programação de trabalho intensivo;
insegurança no trabalho; falta de tranquilidade no trabalho, etc.

As causas pessoais envolvem uma variedade de características individuais que predispõem ao


esgotamento, onde cada pessoa reage de um jeito diferente a personalidade tipo aquelas pessoas
que são viciadas em trabalho, e que são impulsionadas de maneira impulsiva para alcançar metas,
consequentemente esse tipo de pessoa são mais sujeitas ao estresse que as outras.

O estresse provoca varias consequências para o trabalhador quanto para a empresa. As


consequências humanas incluem desde ansiedade, depressão, angustia entre outras consequências
físicas, como distúrbios gástricos, dores de cabeça, nervosismo e acidentes. Em alguns casos levam
a alienação, ao abuso de drogas e redução de relações interpessoais. Afetando negativamente a
empresa, ao interferir na qualidade e quantidade do trabalho, causando rotatividade, reclamações,
insatisfação e greves entre colaboradores.

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CAPITULO III: METODOLOGIA

Segundo Gil (1999), para que o conhecimento possa ser considerado científico, torna-se necessário
identificar as operações técnicas que possibilitam a sua verificação, ou seja, determinar o método
que possibilitou chegar a esse conhecimento.

Por isso, neste capítulo, reservado ao quadro metodológico da pesquisa, far-se-á a classificação da
pesquisa, a apresentação dos métodos e procedimentos técnicos que orientaram a recolha, a análise
e o tratamento de dados no campo empírico, falar-se-á dos procedimentos éticos seguidos no
contacto com as fontes primárias e, por fim, serão apresentadas as principais limitações do estudo.

3.1.Classificação da Pesquisa

a) Quanto à abordagem
Quanto ao tipo ou forma de abordagem, a pesquisa é qualitativa. Esta pesquisa é qualitativa na
medida em que recorreu-se à uma abordagem não-estruturada, de carácter exploratório baseada em
pequenas amostras, o que que permitiu melhor compreensão do contexto do problema e
conhecimento profundo do fenómeno estudado, conforme ensina (Fonseca, 2009, p. 50).

Não obstante a presente pesquisa seja essencialmente qualitativa, ela apresenta traços quantitativos
na medida em que para a recolha de dados no campo empírico recorreu-se ao questionário fechado,
procurando quantificar e agrupar as respostas dadas pelos inquiridos.

b) Quanto à natureza
Quanto à natureza, a presente pesquisa é descritiva. Segundo Terense e Filho (2006, p. 49), a
pesquisa descritiva visa caracterizar certo fenómeno, estabelecendo relações entre variáveis, o que
envolve o uso de técnicas de colecta de dados padronizados, o exemplo do questionário.

Assim, a presente pesquisa é descritiva pelo facto de buscar compreender como Qualidade de Vida
no Trabalho, o Factor Estresse podem impactar os funcionários da Shoprite – Xai Xai descrevendo,
para o efeito, a qualidade de vidas no trabalho recorrendo ao questionário como técnica para colecta
de dados.

c) Quanto aos objectivos ou finalidade


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Quanto aos objectivos ou finalidade, optou-se pela pesquisa exploratória. A pesquisa exploratória
visa proporcionar maior familiaridade com o problema com vista a torná-lo explícito ou a construir
hipóteses. Esta pesquisa envolve levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas que tiveram
experiências práticas com o problema pesquisado; e assume, em geral, a forma de estudos de caso,
(Guambe, 2010, p. 62).

Assim, a pesquisa exploratória foi útil na medida em que através da revisão bibliográfica e dos
instrumentos de recolha de dados administrados procurou-se compreender, num caso específico
(Shoprite – Xai - Xai), como é a qualidade de vida dos colaboradores.

d) Quanto aos procedimentos

Quanto aos procedimentos, esta pesquisa é classificada como estudo de caso, que “consiste em
estudar um determinado indivíduo, profissões, condições, instituições, grupo ou comunidade, com
a finalidade de obter generalizações, (Lakatos e Marconi, 1992, p. 58).

Desta forma, a realização do estudo do caso na Shoprite Xai - Xai permitiu a obtenção de um
conhecimento mais detalhado sobre a forma como a a qualidade de vida no trabalho influencia para
o estresse.

3.2.Técnicas e instrumentos de recolha de dados

a) Pesquisa bibliográfica

Segundo Gil (1999, p. 39), este procedimento técnico serve para sustentar teoricamente o estudo
recorrendo à consulta de “livros de leitura corrente, livros de referência e publicações periódicas”.
Portanto, a pesquisa bibliográfica auxiliou, especificamente, na identificação, análise e
compreensão de dados considerados úteis para o desenvolvimento e argumentação do estudo,
mediante a consulta de livros.

b) Pesquisa documental

Segundo Gil (1999, p. 39), este procedimento técnico serve para sustentar teoricamente o estudo
recorrendo à consulta de documentos, relatórios, artigos científicos e de revistas científicas. Assim,
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a pesquisa documental auxiliou, especificamente, na identificação, análise e compreensão de dados
considerados úteis para o desenvolvimento e argumentação do estudo, mediante a consulta de
artigos científicos e outros documentos que versam em torno do assunto ora em apreço.

c) Questionário

Pode-se definir o Questionário como a técnica de investigação composta por um número maior ou
menor elevado de questões apresentadas por escrito as pessoas, tendo o conhecimento de opiniões,
crenças, sentimentos, interesses, expectativas, situações vivenciadas, (Gil, 1999, p. 58). O tipo de
questionário aplicado é misto, com perguntas fechadas e dicotómicas, onde o inquirido escolhia
sua resposta entre duas ou mais opções, (Marconi e Lakatos, 1990, p. 81).

Ademais, na elaboração do questionário foram utilizadas algumas questões obedecendo escalas


tipo Likert, com cinco opções de preenchimento (Discordo Totalmente, Discordo, Indiferente,
Concordo e Concordo Totalmente), e o apuramento do resultado final foi baseado na soma das
opções das respostas negativas e positivas.

3.3.População, amostra e técnica de amostragem

a) População

Segundo Gil (1999, p. 35), a população é a totalidade de indivíduos sobre os quais se faz uma
inferência ou estudo. Essa população ou universo reúne todas as observações que sejam relevantes
para o estudo ou mais características dos indivíduos.

Neste contexto, importa referir que a população-alvo deste estudo era constituída por todos os
colaboradores da Shoprite – Xai – Xai cuja característica peculiar é a qualidade de serem
funcionários daquela empresa, dado que Gil (2008, p. 24) define população como um conjunto de
elementos que possuem determinadas características. Portanto, a população-alvo deste estudo é
constituída pelos 16 colaboradores da Shoprite.

b) Amostra

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Quanto à amostra, que segundo o autor acima citado, é o conjunto do universo ou da população,
por meio do qual se estabelecem ou se estimam as características desse universo ou população, esta
foi definida com base na amostragem aleatória simples, na qual todos os colaboradores da Shoprite
tinham a mesma probabilidade de integrar a amostra e conceder informação pertinente ao estudo.

De salientar que dos 16 colaboradores que compõem a empresa Shoprite, participaram deste estudo
catorze (9) que constituíram a amostra.

c) Técnica de amostragem

Relativamente à técnica empregue, importa tecer que foi privilegiada a amostragem intencional
que, segundo Gil (1999, p. 36), é uma amostragem não probabilística na qual, em função das
necessidades específicas do estudo e da disponibilidade da população-alvo, o pesquisador se dirige
intencionalmente a grupos de elementos dos quais deseja saber a opinião.

3.4.Análise e tratamento de dados

O processo de análise de dados é definido por Kerlinger (1980, p. 353) como “a categorização,
ordenação, manipulação e sumarização de dados”. Tem por objectivo reduzir grandes quantidades
de dados brutos a uma forma interpretável e mensurável.

Neste estudo, recorrendo à análise bibliográfica e documental (técnicas qualitativas) e análise


estatística (Microsoft Excel 2016), os dados recolhidos foram analisados e interpretados tendo em
vista o alcance dos objectivos e o enquadramento das perguntas de pesquisa prenunciadas neste
estudo, o que permitiu uma confrontação e ligação entre a base teórica e a parte empírica da
pesquisa.

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4. Referencias Bibliografias

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. 3°. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010 (6º reimpressão).

CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração. 2°. ed. Rio de Janeiro:
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psicológica. São Paulo: Ed. Pioneira, 1998.

FERNANDES, Eda Conte. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar. Salvador,
Bahia: Casa da Qualidade, 2016.

FERREIRA, Patrícia Itala. Clima Organizacional e Qualidade de Vida no Trabalho. Rio de


Janeiro: LTC, 2017 (Reimpressão).

GIL- MONTE, Pedro R.; PEIRÓ, José Mª. DESGASTE PSÍQUICO NO TRABALHO: El Síndrome
de Quermarse. Madrid: Editora Síntesis, 1997.

GIL, A. C. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 3ᵃ Edição. Rua Conselheiro Nébias, 1384
(Campos Elísios). São Paulo. Editora: Atlas S.A, 1991

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social , 5ª Edição, Editora Atlas S.A, São Paulo, 1994

GUAMBE, A. J. Metodologia de Pesquisa: Manual do Estudante, 1a Edição, ISRI: Maputo, 2011.

KOTLER, Philip. Administração de Marketing: análise, planejamento, implementação e controle.


5ª Ed. São Paulo: Atlas, 1998

LIMONGI – FRANÇA, Ana Cristina. Qualidade de Vida no trabalho – QVT: Conceitos e práticas
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