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PSICOLOGIA

Atendimento Destinado à Garantia


dos Direitos da População em
Situação de Vulnerabilidade Social
- Parte II

Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
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CÓDIGO:
230302451353

ARIETE BITTENCOURT PINTO

Graduação em Psicologia pela Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc


– Joaçaba (1999) e Mestrado em Ciências da Saúde Humana pela Universidade do
Contestado – Campus Concórdia (2005). É docente na Universidade do Contestado
– UnC (há 18 anos). Coordenadora do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do Curso
de Psicologia e Coordenadora do Núcleo de Serviços em Psicologia (Clínica Escola).
Anualmente é membro de bancas de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso
de Psicologia. É professora-orientadora de Trabalho de Conclusão de Curso I e II do
Curso de Psicologia. Professora-orientadora de Estágio Curricular Supervisionado
Obrigatório de Psicologia Clínica e da Saúde I e II; e professora-orientadora de Estágio
Curricular Supervisionado Obrigatório de Psicologia Escolar I e II. É psicóloga clínica
e psicóloga credenciada pela Polícia Federal para Avaliação Psicológica para Arma
de Fogo. Foi Coordenadora do Curso de Psicologia da Universidade do Contestado
(UnC) – Concórdia. Foi docente na Universidade do Oeste de Santa Catarina – Unoesc
(2010 a 2016). Docente na graduação e na pós-graduação. Membro do Comitê de
Ética em Pesquisa da Universidade do Contestado. Editora assistente da Revista
Interdisciplinar: Saúde e Meio Ambiente da Universidade do Contestado. Parecerista
no I Congresso Catarinense de Psicologia: Ciência e Profissão (2015).

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Psicologia
Atendimento Destinado à Garantia dos Direitos da População em Situação
de Vulnerabilidade Social - Parte II
Ariete Bittencourt Pinto

SUMÁRIO
Atendimento Destinado à Garantia dos Direitos da População em Situação de
Vulnerabilidade Social - Parte II. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1. Vulnerabilidade Social. Crianças e Adolescentes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.1. A Vida nas Ruas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
1.2. Afastamento de Casa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Família . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.4. Instituições de Acolhimento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.5. Violência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.6. Drogas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.7. Trabalho Infantil e Adolescente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.8. Educação/Escola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
1.9. Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
2. Vulnerabilidade Social – Mulheres . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.1. História da Violência contra a Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2. Causas da Violência contra a Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.3. Tipos de Violência contra a Mulher. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4. Consequências da Violência contra a Mulher . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.5. Dados sobre a Violência contra a Mulher no Brasil. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
2.6. Lei Maria da Penha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3. Vulnerabilidade Social – Idosos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.1. O Processo de Envelhecimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
3.2. Controle das Doenças Crônicas: Prevenção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
3.3. Violência contra Pessoa Idosa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3.4. Prevenindo a Violência contra o Idoso. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
Mapa Mental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49

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Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67

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Apresentação
Olá!
É uma satisfação fazer parte da sua preparação profissional. Na aula de hoje, estudaremos
sobre a vulnerabilidade social de crianças; adolescentes; mulheres e idosos. A aula foi
elaborada visando explanar aspectos que permitem compreender de forma detalhada o
conteúdo. Em caso de dúvidas, estarei à disposição.
Ótimo estudo!
Prof. Ariete

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ATENDIMENTO DESTINADO À GARANTIA DOS


DIREITOS DA POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE
VULNERABILIDADE SOCIAL - PARTE II

1. VULNERABILIDADE SOCIAL. CRIANÇAS E ADOLESCENTES

1.1. A VIDA NAS RUAS


Uma grande variedade de estudos mostra que a transitoriedade da vida nas ruas
impossibilita que seja traçado um perfil único dos indivíduos.

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Parece haver uma distinção entre aqueles que consideram o ambiente da rua como
definitivo nas condições de vida, nas formas de existência, nas práticas sociais e na identidade
dos jovens em situação de rua, e aqueles que buscam desmistificar a ideia de uma “cultura de
rua”, considerando que os sujeitos que ali habitam reproduzem os valores sociais dominantes.
Neste segundo caso, compreende-se que, ao se pensar os sujeitos a partir da rua, constroem-
se classificações, estereótipos e programas que geram uma identidade homogênea para
experiências heterogêneas e fragmentadas.
Mesmo diante de condições de vida precárias e das violações de direitos sofridas, a
solidariedade e a valorização da família, da educação e do trabalho seguem presentes no
cotidiano destes indivíduos. Eles parecem ser capazes de visualizar perspectivas futuras
para além da rua e de construir formas de se relacionar com o mundo que não sejam
perpassadas exclusivamente pelo abandono e pela violência.

1.2. AFASTAMENTO DE CASA

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Compreender o contexto econômico, social, político e cultural no qual se inserem crianças


e adolescentes é fundamental para o debate acerca dos motivos que as impulsionam para
as ruas. Há uma ampla gama de fatores relacionados a essa questão, no entanto, estudos
apontam que condições socioeconômicas precárias podem acarretar problemas de natureza
psicossocial, afetando a saúde física e mental dos indivíduos.
Esses fatores podem gerar, inclusive, o afastamento de crianças e adolescentes de sua
família e de sua comunidade. Infelizmente, a pobreza urbana e os fatores a ela associados,
como a violência, os abusos e a negligência, inclusive no contexto familiar, permanecem
sendo as principais causas do afastamento de crianças e adolescentes de suas casas.

A busca por maior liberdade também emerge como um elemento que impulsiona à ida
para as ruas, provocando certo “deslumbramento”, uma vez que ali tudo parece ser permitido.

Questões financeiras e afetivas podem provocar e agravar os processos de enfraquecimento


dos laços afetivos e comunitários e, assim, influenciar definitivamente na dinâmica e nas
configurações das famílias, tornando-se as principais causas da ida de crianças e adolescentes
para as ruas. Em geral, o afastamento do lar pode se consolidar diante do fortalecimento de
alternativas de afeto e solidariedade oferecidas nas ruas e da construção de fortes redes
de relacionamento, positivas ou negativas, com os amigos, as drogas e as instituições de
assistência e acolhimento.

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1.3. FAMÍLIA

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Nas pesquisas analisadas, as famílias de origem de crianças e adolescentes em situação


de rua são, com frequência, numerosas, marcadas pela violência, pela carência material e
afetiva, por ameaças na comunidade, pela perda de parentes, pelo uso de drogas e pelo
trabalho infantil.
O modelo familiar mais comum não é o nuclear e os rearranjos familiares, que incluem
recasamentos e separações, são descritos com naturalidade. Ainda assim, os grupos familiares
costumam girar em torno das mães. Os pais biológicos geralmente estão ausentes e, em
algumas casas, a figura do padrasto acaba complicando as relações intrafamiliares.

Em parte dos casos, a casa representa privação e o desenvolvimento forçado de relações


intrafamiliares problemáticas. Afeto e aceitação, alternados com indicações de maus-
tratos e rejeição, fazem parte do cotidiano familiar dessas crianças e adolescentes. Essa
dinâmica costuma gerar uma ambivalência afetiva em relação ao lar e certa fragilidade
nos laços familiares.

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Episódios que revelam a ausência e/ou negligência das figuras parentais e os rearranjos
familiares caminham lado a lado com a idealização de uma família unida e feliz.

1.4. INSTITUIÇÕES DE ACOLHIMENTO

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Entre os objetivos das instituições de acolhimento estão a reinserção social, a defesa dos
direitos e o fornecimento de condições básicas de sobrevivência para crianças e adolescentes
em situação de rua. Essas instituições podem ser ainda espaços privilegiados de acolhimento,
escuta e respeito.
A avaliação positiva de seu desempenho, no geral, está centrada nas conquistas cotidianas
que, embora pequenas em relação aos objetivos propostos pelas instituições, confortam
os profissionais que ali atuam no geral, a compreensão de que o trabalho realizado nestas
instituições é limitado pelo contexto social mais amplo de exclusão no qual se insere também
se faz presente.
Identificamos uma série de problemas relacionados a estes espaços nas publicações
pesquisadas, dentre eles:

Sobre as perspectivas de futuro de crianças e adolescentes acolhidos após sua vivência


em situação de rua, é possível observar desafios relacionados à alteração na noção temporal
e espacial, e a desorganização das referências básicas de suas histórias de vida.

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1.5. VIOLÊNCIA

Muito embora, a compreensão de crianças, adolescentes e jovens em situação de rua


sobre a violência seja pontual e da ordem do vivido, o fato é que ela repercute sobre a saúde

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física e mental destes sujeitos a curto e longo prazo e está associada a fatores sociais mais
amplos como a desigualdade social e econômica.
Para muitas crianças e adolescentes a violência começa a ser experimentada nos
primeiros anos de vida, ainda no contexto familiar. A ida para as ruas torna-se uma busca
por espaços de proteção, sendo o abandono, a negligência e o uso abusivo de álcool e outras
drogas considerados as principais causas dessa modalidade de violência.
Nas ruas, a situação não costuma ser diferente. A exposição à violência faz parte da
dinâmica destes espaços e ela não é só derivada das precárias condições de vida, ela é
também moral, em forma de xingamentos, por exemplo, e física, em formas que podem
até mesmo levar à morte.

Um outro ponto a ser destacado é que, em alguns contextos, crianças e adolescentes


em situação de rua podem também assumir o papel de vitimizadores (agressores), o que
pode ser entendido como uma tentativa de romper com o papel de vítima.
O uso de drogas parece precipitar o envolvimento dos adolescentes em episódios de
violência. Isso porque seu consumo provoca mudanças de comportamento que parecem
encorajar e anestesiar os momentos em que eles cometem ou são vítimas de violência.
Essa prática também complica a relação destes sujeitos com agentes da segurança pública,
representados, principalmente, pela figura dos policiais.

1.6. DROGAS
O consumo de drogas é outra questão frequentemente abordada na produção acadêmico-
cientifica sobre crianças e adolescentes em situação de rua. De modo geral, compreende-
se que situações de vulnerabilidade, mesmo quando experimentadas ainda no ambiente
familiar, contribuem para o uso precoce dessas substâncias. A ida para as ruas aprofunda
condições de vida adversas, reforçando, em muitos casos, o uso de drogas como estratégia
de sobrevivência.

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Embora o uso de cola e de solventes tenha sido destacado em alguns dos estudos
analisados, o consumo de crack parece despertar a preocupação de grande parte dos
pesquisadores, sobretudo quando considerada sua relação com situações de empobrecimento
social, com destaque para contextos de moradia precária e desabrigamento.
A dinâmica familiar aparece como um elemento importante a ser observado no que
tange esta questão, ora desempenhando papel protetor, ora facilitador, em relação ao uso
de drogas. A relação desta prática com os “comportamentos de risco”, alguns vinculados à
busca pela droga e outros ao estado de “intoxicação”, também se destaca.
Nas análises realizadas, o consumo de drogas pela população em situação de rua também
está relacionado à falta de estrutura e à desarticulação dos serviços públicos. Precárias
condições em instituições do tipo casa de passagem revelam a negligência do poder público
em relação a esta população e contribuem para ampliar a vulnerabilidade de crianças e
adolescentes e os distanciar dos programas de saúde e assistência.

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1.7. TRABALHO INFANTIL E ADOLESCENTE

Sabe-se que problemas econômicos e financeiros fazem parte do rol de elementos


que afastam crianças e adolescentes de suas casas. Seja com o objetivo de contribuir para
o sustento familiar, seja com o objetivo de conseguir bens para si mesmos, grande parte
daqueles que chegam às ruas desempenham algum tipo de trabalho.
Entre os estudos analisados foi possível identificar que as famílias contribuem, direta
ou indiretamente, no desenvolvimento das atividades e na mobilização de estratégias para
a realização do trabalho infantil, cumprindo papéis diferentes na divisão de tarefas, no
planejamento e desenvolvimento do trabalho.
Ao mesmo tempo em que esta participação favorece as crianças, pois pode amenizar a
carga física da atividade e contribuir para a formação de valores e normas para o trabalho,
esse comportamento expressa a aceitação e a participação familiar e da sociedade na
estruturação do trabalho infantil.

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1.8. EDUCAÇÃO/ESCOLA

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Crianças e adolescentes em situação de rua compõem um grupo heterogêneo. Dessa


forma, não podemos deixar de sinalizar que o caso daquelas que vivem em instituições de
acolhimento ou que desempenham atividades laborais nas ruas, mas retornam para suas
casas no final do dia, é diferente. Entre essas crianças, a ida à escola é mais comum, sobretudo
quando obrigatória, se vinculada a programas governamentais de distribuição de renda.
De forma geral, considera-se que a falta de capital econômico, cultural e social prejudica
o acesso à educação. Como estes fatores são fortemente atravessados por condições
socioeconômicas, as famílias pobres, assim como as crianças e os adolescentes em situação de
rua, vivenciam processos de vulnerabilização que limitam suas possibilidades de escolarização.
Todavia, o acesso à educação pode ser influenciado, restringido ou ampliado, por um conjunto
de fatores que vão além das dimensões estritamente econômicas, como o número de dias
trabalhados, a moradia na rua, a idade, a gravidez precoce e a localização em determinados
municípios da região metropolitana.
Alguns estudos evidenciam a necessidade de mudanças para garantir o acesso e
permanência de crianças e adolescentes em situação de rua em instituições educacionais.
Eles indicam ser preciso alterar a organização, a estrutura e as relações das escolas de
modo a criar mecanismos adequados para esse grupo populacional. A lógica de seriação,
seletividade e avaliação, visando sempre o aluno médio, faz com que a escola não apareça
como possibilidade para aqueles que vivem nas ruas, impedindo a garantia do seu direito
à educação.
As capacidades e habilidades desses adolescentes são ignoradas, mesmo que garantam
a sua sobrevivência em contextos de extrema vulnerabilidade. O mesmo ocorre com sua
história, cultura e linguagem. Além disso, as condições de desigualdade que marcam
os estudantes que vivem em situação de rua, aí incluídos maus-tratos, discriminação e
desrespeito, imprimem a ausência de reconhecimento social dessa população, que necessita
da construção de estratégias capazes de mitigar os efeitos da desigualdade social para
permanecer na escola.
Entre as estratégias citadas estão:

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Isso ajudaria a transformar as escolas em espaços de luta por reconhecimento social e


pela emancipação através da educação.

1.9. SAÚDE

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Os sentimentos de imunidade e onipotência, comuns na adolescência, podem contribuir


para que eles se exponham ainda mais a riscos e a relações sexuais sem o uso de preservativos,
aumentando significativamente suas chances de exposição às doenças sexualmente
transmissíveis (DSTs) e a Aids.
Contudo, pesquisas também indicam que as ruas podem oferecer fatores de proteção
e a saída de casa pode significar a tentativa de construção de uma “estratégia saudável”
diante de ambientes familiares extremamente pobres e violentos.
A má alimentação, por exemplo, que interfere diretamente nos processos de saúde-
doença, faz parte do cotidiano de um grande número de famílias e isso acaba impulsionando
parte das crianças e adolescentes para as ruas em busca de sustento para si e seus familiares.

Sobre a promoção de saúde para crianças e adolescentes em situação de rua, alguns


autores destacam que a construção de estratégias de atendimento em rede e em espaços

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que permitam a educação e a criação de novos vínculos parece ser a estratégia desejada,
muito embora os desafios para o atendimento desta população ainda persistam.

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2. VULNERABILIDADE SOCIAL – MULHERES

A violência contra a mulher ainda é um problema fortemente enraizado no mundo. Ela


não é exclusividade de alguns países e de algumas culturas. Ela é resultado de uma cultura
patriarcal que está vinculada aos fundamentos de nossa sociedade. A violência contra a
mulher expressa-se de várias maneiras, desde o estupro até a violência psicológica, e precisa
ser combatida com veemência e urgência. As consequências desse tipo de violência são
terríveis para as vítimas, podendo levá-las à morte.

2.1. HISTÓRIA DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


Desde os primórdios da humanidade, há uma forte cultura patriarcal em várias sociedades
que privilegia os homens, colocando-os nos espaços de poder. Essa desigualdade de
gênero estrutural, essa cultura que trata com desigualdade, que subjuga as mulheres por
seu gênero, é a principal causa da violência contra a mulher. A cultura em questão não
valoriza a mulher como um sujeito de direitos, como um ser, mas trata-a como um objeto
que pode ser usado por homens.

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Para termos uma ideia, a cultura grega antiga já demostrava a misoginia com o mito
de Pandora, a mulher que espalhou o mal no mundo ao abrir uma misteriosa caixa que não
deveria ser aberta. Na cultura cristã, expressa na Bíblia, Eva foi a segunda criação. Segundo
a Bíblia, Eva teria sido criada com base em uma costela de Adão para fazer companhia a
ele. Ela também foi responsável pelo pecado original ao ser tentada pela serpente e comer
o fruto proibido, colocando-os em pecado, o que os fez serem expulsos do paraíso.
Esse tipo de narrativa já está bem marcado em nosso imaginário. Apesar de parecer
inocente, ela acaba legitimando e fundamentando a cultura misógina, a grande responsável
pela violência contra a mulher. Na Idade Média, momento de grande poder da Igreja Católica
na Europa, a caça às bruxas foi a narrativa mais difundida para legitimar-se a perseguição,
a tortura e a morte de mulheres.
A violência contra a mulher está tão naturalizada em nossa cultura, que, muitas vezes, é
imperceptível. Não falamos aqui da violência física ou psicológica provocada por um homem
sobre uma mulher, mas de uma violência simbólica que se materializa, por exemplo, pela
pressão estética que a mulher vive em nossa sociedade. A mulher é pressionada a estar
sempre arrumada, “impecável”, para causar uma boa impressão. Ela é pressionada a estar
sempre magra, a sempre aparecer maquiada em público e a depilar-se constantemente.
A mulher também é vítima de uma cultura que a impediu e ainda a impede de ocupar
os lugares que ela quer na sociedade: lugares políticos, do trabalho, espaços de liderança
etc. Esses atos são violentos, mas, de tão comuns e antigos, são naturalizados.
No Brasil, a cultura patriarcal europeia trazida com os colonos portugueses enraizou-se.
A antropóloga indígena Célia Xakriabá afirma que existem sociedades indígenas matriarcais
e sociedades indígenas patriarcais, mas que, mesmo nestas últimas, as mulheres da tribo
são consultadas em todas as decisões tomadas pelos líderes. Segundo a pesquisadora, a
nossa herança patriarcal é fruto da colonização, algo que corrobora, inclusive, com o que
já aparecia nas obras de intérpretes do Brasil colonial, como Gilberto Freyre e Sérgio Buarque
de Holanda.
A cultura patriarcal foi fortemente colocada aqui pela cultura branca, que inferioriza
a mulher. Célia reconhece a raiz cultural da violência contra a mulher, mas afirma algo
importante: a violência não deve ser aceita por ser algo cultural, isso não a justifica. Podemos
concluir que se uma sociedade é tradicionalmente violenta, essa tradição está errada.
Ainda vemos a violência contra a mulher em nossa cultura. Apesar de ser cada vez
menos aceita socialmente, suas formas brandas permanecem. É a violência cotidiana —
aquela que faz com que as mulheres tenham sempre medo de ser assediadas, violadas,
perseguidas, censuradas e repreendidas socialmente — que faz com que a cultura permaneça
violenta contra a mulher. No Brasil, como em outros países, os direitos das mulheres foram
reconhecidos mediante intensas lutas.

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2.2. CAUSAS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A origem da violência contra a mulher está na cultura patriarcal. Desde os primórdios


de nossa história, as mulheres foram deixadas em uma segunda categoria, sempre abaixo
dos homens. Nós temos uma cultura extremamente pautada em relações de poder que
privilegiam o domínio dos homens. A cultura, por si só, é extremamente violenta contra a
mulher, dela é tolhido o direito:
• de ser quem é;
• de exercer sua liberdade;
• de expressar suas vontades, sua sexualidade e sua individualidade.
Essa maneira de dominar a mulher sustenta, indiretamente, a violência, pois é ela que
coloca a mulher como objeto de dominação.
As causas estão nas estruturas de nossa sociedade. Por exemplo, a cultura do homem
heterossexual é misógina. A nossa sociedade estimula os homens heterossexuais a
relacionarem-se sexualmente com mulheres, mas a admirarem, seguirem, ovacionarem e
inspirarem-se sempre em outros homens. Vivemos em uma sociedade em que as mulheres
ganham, em média, menos que os homens desempenhando as mesmas funções e em
que, para conquistarem cargos de chefia, é necessário que elas se esforcem muito mais
que um homem.

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As estruturas patriarcais também “coisificam” a mulher colocando ela mesma e o seu


corpo como um objeto que pode ser usado pelos homens. Essa reificação (ou coisificação)
é a principal causa da violência contra a mulher: ao desumanizar-se uma pessoa, ao reificá-
la, permite-se o abuso contra a sua individualidade.
A escravização de negros africanos era justificada durante o período colonial pela
premissa de que os negros não tinham alma, eram animais, não eram humanos ou eram
humanos inferiores. A cultura patriarcal faz quase o mesmo com a mulher: inferioriza-a,
coloca-a como um ser dotado de faculdades mentais inferiores, como um ser desprezável e
necessário apenas para a reprodução. Com isso, a cultura reifica a mulher e coloca-a como
um objeto que pode ser violentado.

2.3. TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


Quando falamos em violência contra a mulher, pensamos apenas em agressões físicas. No
entanto, os tipos de violência praticados contra mulheres não se resumem à agressão que resulta em
lesão corporal. A Lei Maria da Penha, dispositivo legal que dispõe a favor da punição de agressores em
casos de violência doméstica, discrimina cinco tipos de violência que podem ser praticados contra a
mulher. São eles:
• Violência física: é a agressão física, o atentado contra a integridade física, podendo
ou não resultar em lesão corporal.
• Violência psicológica: ações que causem danos psicológicos à mulher, como ameaças,
chantagem, humilhação, perseguição, controle etc.
Violência sexual: é um tema delicado. A nossa sociedade vê a violência sexual apenas
como o estupro praticado por um maníaco sexual. No entanto, ela é algo mais amplo, e o
estuprador ou o criminoso sexual podem ser qualquer homem que: obrigue e coaja mulheres
a participarem ou presenciarem relações sexuais; pratique assédio sexual; impeça a mulher de
usar contraceptivos; retire o preservativo durante o ato sexual sem que a mulher perceba;
induza uma mulher a praticar aborto sem que seja da vontade dela; exponha e divulgue
imagens íntimas da mulher; e explore a mulher sexualmente por meio da prostituição.
Violência moral: quando a imagem da mulher é atacada, por sua condição de mulher,
por meio de calúnia e difamação.
Violência patrimonial: quando a mulher tem seus bens restringidos, subtraídos ou
controlados pelo homem, retirando-se dela a liberdade financeira.

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2.4. CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER


As consequências da violência contra a mulher são inúmeras. Em geral, as vítimas são
acometidas por quadros de ansiedade, depressão e síndrome do pânico, podendo chegar
até ao suicídio.
Já as sequelas físicas resultantes de agressões são as mais variadas, vão desde pequenas
lesões corporais até danos físicos permanentes, como queimaduras, fraturas e paraplegia.
Tudo depende da intensidade das agressões e do tempo em que a vítima foi submetida à
agressão. Em alguns casos, o agressor chega a assassinar a sua vítima se nenhuma medida
punitiva for tomada contra ele.
Como consequências sociais nós temos a sobrecarga do sistema de saúde, que trata as
vítimas de suas sequelas físicas e emocionais, a sobrecarga das forças policiais ostensivas,
que têm que atuar na contenção dos agressores, e dos sistemas judiciais, que têm que
mover os processos de agressão quando os casos de violência são denunciados.
Também percebemos um atraso social enorme resultante do machismo e da cultura
patriarcal, que dificulta a ascensão das mulheres em suas carreiras, o que representa
menos dinheiro circulando e menos talentos operando nos setores técnicos, científicos,
operacionais, educacionais, comerciais etc.

2.5. DADOS SOBRE A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER NO BRASIL


O Brasil ocupa o quinto lugar no ranking mundial da violência contra a mulher. Segundo
o Mapa da Violência, ocorreram mais de 60 mil estupros no Brasil somente no ano de 2017.
O Brasil registrou uma média de 13 feminicídios por dia em/2015, o que justificou a criação
da Lei n. 13.104/2015, chamada de Lei do Feminicídio. O feminicídio é o homicídio de
uma mulher por conta de sua condição de mulher, executado, geralmente, por parceiros e
pessoas próximas a ela.
Infelizmente, o isolamento social, durante a pandemia de Covid-19 em/2020, resultou
no aumento de casos de agressão contra a mulher e de feminicídio. Entre março e agosto
de 2020, foram registrados 479 casos de feminicídio. Somente em Minas Gerais, foram
registrados mais de 80 mil casos de violência contra mulher até o mês de setembro.
Esses dados evidenciam a necessidade do endurecimento contra as ações que resultaram
não só na criação da Lei do Feminicídio como da Lei n. 11.340/2006, mais conhecida como
Lei Maria da Penha.

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2.6. LEI MARIA DA PENHA

A Lei Maria da Penha foi uma das maiores conquistas populares de movimentos sociais
feministas na luta pelos direitos da mulher e contra a violência sobre as mulheres. O nome
da lei foi dado em homenagem à mulher que sobreviveu a duas tentativas de feminicídio
e ficou com graves sequelas, entre elas a paraplegia. O agressor, seu ex-marido, passou
quase 20 anos impune após a última tentativa de assassinato de Maria da Penha.
Maria da Penha lutou por muitos anos até conseguir justiça e transformar sua trajetória
de sofrimento em esperança para mulheres que vivem o que ela viveu. Em 1994 ela lançou o
livro Eu sobrevivi, contando a sua trajetória, e, em/2006, a Lei Maria da Penha foi promulgada.

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3. VULNERABILIDADE SOCIAL – IDOSOS

3.1. O PROCESSO DE ENVELHECIMENTO


O envelhecimento populacional é uma marca de países que conseguem ofertar melhor
qualidade de vida aos seus habitantes, algo que está cada vez mais comum pelo mundo
(BRASILESCOLA, 2022).
O processo de envelhecimento populacional ocorre de forma natural, mas com etapas
diferentes e que levam tempo:

Tais fatores fazem com que o ato de envelhecer seja uma preocupação social, perpassando
todos os setores de políticas públicas.

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É preciso também entendermos como alguns países atingem índices tão altos de
populações idosas em seus territórios, algo conhecido como “transição demográfica” na
Geografia Populacional.

Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em/2060,


25% da população brasileira terá 60 anos ou mais, percentual que será maior do que a
população de crianças (pouco mais de 14% para o ano citado). Esse dado vem evoluindo
nas últimas décadas. Em/2010, data do último censo do IBGE, o percentual de idosos na
população brasileira era de 7,38. Dez anos antes, em/2000, o percentual era de 5,85.

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Em comparação com países desenvolvidos, ainda temos um longo caminho a percorrer


para tratar como prioridades as políticas relacionadas à população idosa. Tomando como
base a transição demográfica, podemos perceber que, atualmente, estamos na terceira
fase, com reduções significativas nas taxas de mortalidade (as pessoas estão vivendo mais)
e fecundidade/natalidade (baixos índices de filhos/mulher e, consequentemente, baixos
índices de nascimentos/mil habitantes).
Tais reduções são consequências de diversos fatores. Em primeiro lugar, podemos
citar a emancipação feminina nas últimas décadas, como a conquista ao direito ao voto,
maior participação no mercado de trabalho, entre outros. Essas ações contribuíram para
a diminuição da taxa de fecundidade.
Dessa forma, com as diminuições das taxas de fecundidade, há o aumento da
população jovem e adulta, corroborando a terceira fase da transição demográfica. Assim,
o envelhecimento populacional no Brasil é um fator inevitável, o que deve ser visto com
atenção e cautela pelo Estado. Ainda de acordo com o IBGE, a esperança de vida ao nascer
dos brasileiros em/2015 era de 75,4 anos, um leve aumento comparado com o ano/2000,
em que a esperança de vida ao nascer era de 69,8 anos.
Outro fator que explica a redução das taxas de natalidade e fecundidade é o encarecimento
da vida urbana. A sobrevivência na selva de pedra é cara, o que faz com que a população
trabalhe de 8 a 12 horas/dia para um sustento digno e satisfatório. Alguns até têm mais
de um emprego, algo normal nas médias e grandes cidades.
Países desenvolvidos já passaram por essa terceira fase, melhorando as condições
de vida dos idosos ao longo das etapas anteriores. Entretanto, no Brasil, o que vemos é a
intensa má distribuição de renda — agravando as desigualdades sociais —, dificuldades
de aposentadoria e muitas políticas em que o idoso não é prioridade.
Contudo, vale destacar que o mundo sofreu grandes transformações no último século
pois, as populações de países desenvolvidos tiveram aumento de trinta a quarenta anos na
expectativa de vida, produto de avanços científicos e tecnológicos, bem como melhorias nas
condições sanitárias. Houve também grande urbanização. Entre 1950 e 1985 a população
urbana dos países desenvolvidos dobrou e a dos em desenvolvimento quadruplicou. Todo
esse processo levou a importantes alterações no estilo de vida das populações, refletindo-
se em sua saúde. Assim como no século XX as doenças infecto-contagiosas necessitaram
de grandes esforços para a diminuição de seu impacto, o novo século apresenta um novo
desafio: as doenças crônicas.
O termo doença crônica é usado para designar patologias com um ponto em comum:
são persistentes e necessitam de cuidados permanentes. São exemplos freqüentemente
lembrados doenças não transmissíveis como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças
cardiovasculares, osteoartrose e câncer. Atualmente, entretanto, estamos frente a uma

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nova realidade. Algumas doenças transmissíveis também se enquadram no conceito de


doenças crônicas, sendo HIV/AIDS o melhor exemplo (QUADRANTE, 2022).
O crescimento das condições crônicas é vertiginoso. Atualmente são responsáveis por
cerca de 60% do ônus decorrente de todas as doenças no mundo e acredita-se que em/2020
responderão por 80% das doenças em países em desenvolvimento. Essas mudanças causam
impacto em níveis individuais, sociais e econômicos. O indivíduo necessitará alterar hábitos
de vida e, muitas vezes, aderir a tratamentos medicamentosos, além de conviver com a
incapacidade, se o controle da patologia não tiver sucesso. Há grande impacto econômico
causado não só pelos custos diretamente relacionados ao tratamento de saúde, como
também por aqueles derivados da diminuição da força laboral devida a óbitos, incapacidade
e perda de produtividade (QUADRANTE, 2022).
Os idosos constituem a população mais acometida pelas doenças crônicas. A incidência
de doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer e patologias cardiovasculares
eleva-se com a idade. Esse aumento parece dever-se a interação entre fatores genéticos
predisponentes, alterações fisiológicas do envelhecimento e fatores de risco modificáveis
como tabagismo, ingesta alcoólica excessiva, sedentarismo, consumo de alimentos não
saudáveis e obesidade.
A seguir serão abordadas algumas das doenças crônicas mais prevalentes entre os idosos
e os comprometimentos por elas causados (QUADRANTE, 2022):

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

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A hipertensão arterial sistêmica é uma doença de importância crescente, cuja prevalência


eleva-se com o envelhecimento. Mais de 50% dos indivíduos entre 60 e 69 anos são afetados
e esse número sobe para 75% dentre aqueles com mais de 70 anos.
Ao contrário do que muitos imaginam a hipertensão pode ser assintomática por anos,
sendo diagnosticada apenas pela medida da pressão arterial. O sintoma mais comum, a
cefaléia, é bastante inespecífico. Apesar da disponibilidade de tratamento efetivo, mais
da metade dos pacientes o abandonam em até um ano do diagnóstico. Dentre aqueles
que persistem sob cuidados médicos, apenas cerca de 50% tomam ao menos 80% das
medicações prescritas. Consequentemente, devido à baixa aderência ao tratamento anti-
hipertensivo, aproximadamente 75% dos pacientes com o diagnóstico de hipertensão não
atingem adequado controle da pressão arterial.
A hipertensão mal controlada pode levar ao comprometimento de órgãos como coração,
rins, olhos e sistema nervoso central, levando a insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana
(com aumento do risco de infarto), déficits visuais, insuficiência renal e acidentes vasculares
cerebrais. Atualmente observa-se, cada vez mais, associação entre hipertensão arterial e
quadros demenciais, incluindo a doença de Alzheimer. O tratamento adequado diminui de
forma significativa os riscos. Estudos clínicos mostraram diminuição de 30 a 43% no risco
de acidentes vasculares cerebrais e de até 15% no risco de infartos do miocárdio.

DIABETES MELLITUS

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O diabetes mellitus é caracterizado por elevação anormal da concentração de glicose


sanguínea. É uma doença altamente prevalente, afetando cerca de 150 milhões de pessoas
em todo o mundo. As estimativas são de que esse número chegue a 300 milhões no ano de
2025, resultado do envelhecimento populacional, da alimentação não saudável, obesidade
e sedentarismo. Os países em desenvolvimento contribuem com aproximadamente 75%
do total de casos.
Enquanto parte dos portadores de diabetes apresentam aumento da sede e do volume
urinário, muitos outros são inicialmente assintomáticos, tendo a doença diagnosticada
apenas por exames laboratoriais. Ocasionalmente os pacientes se apresentam já com
complicações crônicas da doença ao diagnóstico.
O diabetes tem complicações agudas, causadas por descompensações temporárias,
podendo chegar até mesmo ao estado de coma, e complicações crônicas. Dentre as crônicas
destacam-se as neuropatias que, por alterações de sensibilidade, predispõem ao surgimento
de feridas, sendo o exemplo clássico as úlceras em pés; disfunções renais chegando à
insuficiência renal com necessidade de tratamento dialítico; alterações visuais, evoluindo
à cegueira em casos extremos e complicações cardiovasculares, aumentando o risco de
infartos do miocárdio e acidentes vasculares cerebrais, principalmente quando associado
à hipertensão arterial. A insuficiência arterial periférica, assim como as úlceras causadas
pela alteração na sensibilidade podem levar à necessidade da amputação de membros.
O objetivo do tratamento é manter os níveis glicêmicos o mais próximos possível do
normal, evitando complicações crônicas e agudas. O tratamento inclui dieta adequada,
realização de atividade física, controle de outras doenças associadas e uso de medicações, se
necessário, porém freqüentemente é negligenciado mesmo entre os indivíduos já orientados
sobre a doença.

DEPRESSÃO

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Depressão é a segunda doença crônica mais comum, superada apenas pela hipertensão
arterial. Ao menos 10% dos indivíduos não hospitalizados a apresentam, mas muitos casos
não são reconhecidos ou são tratados de forma inapropriada. Esse número é maior entre
os indivíduos que vivem em instituições de longa permanência, chegando a 30%.
O diagnóstico é feito pelos sintomas de humor deprimido ou perda de interesse em quase
todas as atividades (ou ambos) e a presença de outros sintomas como distúrbios do sono,
sentimento de inutilidade ou culpa excessiva, fadiga ou perda de energia, diminuição da
concentração, alterações do apetite ou peso, agitação ou retardo psicomotor e pensamentos
recorrentes de morte ou suicídio. Idosos costumam ter menos sintomas de tristeza e mais
irritabilidade, ansiedade ou alterações nas habilidades funcionais. Muitas vezes apresenta-
se com perda de memória e sintomas físicos, como dores inespecíficas.
Pacientes e seus familiares nem sempre estão conscientes da presença de depressão.
Sentindo o estigma das doenças mentais, os idosos podem hesitar em relatar sintomas
depressivos. Profissionais da saúde também podem minimizar os sintomas, considerando-
os parte do envelhecimento normal ou consequência de doenças clínicas.
A depressão não adequadamente tratada tem importantes impactos pessoais, sociais e
econômicos, devidos à piora na qualidade de vida, declínio funcional, perda de produtividade
e aumento nas taxas de mortalidade. A doença pode ser tratada com psicoterapia e uso
de medicações antidepressivas, isoladamente ou associadas, porém várias pesquisas
observam que frequentemente os pacientes interrompem o tratamento por conta própria,
favorecendo sua recorrência.

OSTEOARTROSE

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A osteoartrose é a doença reumática mais comum e a segunda doença que mais causa
incapacidade, sendo superada apenas pelas doenças cardiovasculares. É uma doença
degenerativa e sua prevalência aumenta com a idade. Acredita-se que de 30-40% das
pessoas acima dos 65 anos apresentem sintomas.
A doença tem evolução não letal e a falta de um tratamento definitivo muitas vezes gera
certo desinteresse por parte de muitos médicos. Uma atitude comum entre os pacientes
é a de acreditar que a doença e seus sintomas são consequências inevitáveis do processo
de envelhecimento. A osteoartrose comumente é causa de dor importante, incapacidade e
perda de independência, porém o tratamento, incluindo orientações, exercícios fisioterápicos,
perda de peso, se houver sobrepeso, e uso de medicações analgésicas e protetoras da
cartilagem podem minimizar esses comprometimentos.

NEOPLASIAS
O câncer é a segunda causa mais comum de óbito em nosso país, atrás apenas das
doenças cardiovasculares. Entretanto, muitas neoplasias são passíveis de prevenção
primária (prevenção da ocorrência) ou secundária (detecção precoce), melhorando de
forma significativa o prognóstico. A estimativa do Instituto Nacional do Câncer para o
ano de 2005 é de que o número de casos novos na população brasileira seja de cerca de
467440. Em ordem de ocorrência, por localização primária do câncer, teríamos: 1º: pele
(não melanoma), 2º: mama, 3º: próstata, 4º: cólon e reto, 5º: pulmão, 6º: estômago e 7º: colo
de útero. Excluindo os cânceres de pele, as neoplasias malignas mais frequentes entre a
população feminina são as de mama, seguidas pelas de colo de útero. Entre a masculina
são as de próstata, seguidos pelas de pulmão.

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Não existem medidas específicas para a prevenção primária dos cânceres de mama
e cólon e reto, mas estudos observacionais têm sugerido que a prevenção da obesidade,
realização de exercícios físico, dietas saudáveis e evitar o consumo de bebidas alcoólicas
são medidas que reduzem os riscos de desenvolvimento dessas neoplasias. Ambas têm as
taxas de mortalidade reduzidas com o diagnóstico precoce, havendo benefício significativo
no rastreamento. Entretanto, cerca de 50% dos tumores de mama diagnosticados no Brasil
são avançados.
O câncer de estômago tem sofrido redução nas taxas de incidência e de mortalidade.
Acredita-se que deve haver relação com a melhor conservação de alimentos, mudanças de
hábitos alimentares e diminuição na prevalência do possível agente causal, uma bactéria
chamada Helicobacter pylori. Quanto aos tumores de colo de útero, quase 80% dos casos
novos ocorrem em países em desenvolvimento, onde em algumas regiões é o câncer mais
comum entre as mulheres.
A redução da mortalidade e da incidência é possível através da detecção precoce de
lesões precursoras com alto potencial de malignidade ou carcinomas “in situ”, através de
programas de rastreamento. O câncer de próstata tem mortalidade relativamente baixa. O
aumento das taxas de incidência tem sido influenciado pelo diagnóstico de casos latentes
em indivíduos assintomáticos, principalmente nas regiões em que se realiza rastreamento.
Os tumores malignos de pele, não melanomas, têm baixa letalidade, mas podem levar
a deformidades físicas e ulcerações graves, com alto custo. Têm excelente prognóstico se
tratados adequadamente e em momento oportuno. A prevenção do câncer de pele inclui
proteção contra a exposição solar excessiva (prevenção primária) e detecção precoce através
de exame dermatológico cuidadoso (prevenção secundária).
O câncer de pulmão tem altas taxas de mortalidade e está profundamente ligado ao
hábito de fumar, sendo este o fator de risco mais importante. As taxas de incidência em um
determinado país refletem o consumo de cigarros. São maiores em homens, mas observa-se
que as taxas entre as mulheres têm se elevado progressivamente. O método mais efetivo
na prevenção primária é o controle do tabagismo.

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3.2. CONTROLE DAS DOENÇAS CRÔNICAS: PREVENÇÃO

A luta pelo controle das doenças crônicas está pautado na prevenção: primária ou
secundária. Quando as condições crônicas são mal gerenciadas, os encargos de saúde tornam-
se excessivos, tanto para o governo, quanto para os familiares e para a sociedade em geral.
Os profissionais de saúde têm como missão estimular a população a manter hábitos
de vida mais saudáveis, além da manutenção de seguimento médico regular a fim da
realização de diagnóstico precoce, caso essas condições se manifestem. O objetivo desses
cuidados é não só aumentar o tempo de vida como a sua qualidade. O maior desejo é manter
independência e autonomia de cada indivíduo pelo maior tempo possível.
Observa-se que mudanças de hábitos de vida muitas vezes são mais difíceis de serem
mantidas do que tratamentos medicamentosos, pois envolvem padrões de comportamento
alicerçados por anos. Há ainda certo descrédito quanto a seus benefícios. Quantas e quantas
vezes ouve-se, na prática clínica, idosos dizerem: “Agora não adianta mais, doutor. Não faz
mais diferença.”, ou “Estou muito velho para mudar.”, ao serem propostas alterações em
seu estilo de vida.
Há dados objetivos na literatura médica que levam a insistir em mudanças em qualquer
altura da vida. Com a cessação do tabagismo, por exemplo, após um ano, o risco de doenças
coronarianas diminui em 50% em relação ao prévio. Em pacientes com certo tipo de câncer
de pulmão (carcinoma de pequenas células) a sobrevida foi significativamente maior nos
que abandonaram o tabagismo. Assim sendo, sempre é tempo para mudanças e correções

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na trajetória, apesar de todas as dificuldades. inerentes ao processo. É importante que


todos se conscientizem que são parte do processo saúde-doença, ao invés de se colocarem
apenas como suas vítimas (QUADRANTE, 2022).
Nos cuidados específicos ao paciente idoso, com todas as suas particularidades e presença
frequente de várias doenças associadas, torna-se ainda mais importante a educação em
saúde e uma abordagem holística. É importante que o idoso tenha informações sobre as
doenças existentes, prevenção e tratamento, para que possa realmente sentir o quanto
ele pode fazer por si mesmo. Os profissionais de saúde também devem contemplar o todo,
o ser bio-psico-social.
Os tratamentos propostos devem ser adequados a cada indivíduo. Para a atenção global
ao idoso tem-se cada vez mais a certeza de que há grande benefício na atuação de equipe
s interdisciplinares em todas as etapas do processo saúde-doença, seja na prevenção
e compensação de doenças crônicas ou reabilitação pós complicações.

3.3. VIOLÊNCIA CONTRA PESSOA IDOSA

VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO


De acordo com os números do relatório do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) divulgado em/2019, onde 37,7 milhões são pessoas idosas com 60 anos ou mais, a negligência
é o tipo de violência mais comum contra o idoso, representando 41% do total das denúncias, seguindo
da violência psicológica (24% das denúncias), abuso financeiro (20%), violência física (12%) e a violência

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institucional (2%). Ainda de acordo com dados divulgados, em torno de 65% dos suspeitos denunciados
têm parentesco direto com a vítima, como filhos, noras ou genros.

A violência contra o idoso é um assunto que preocupa cada vez mais. Se em/2019 houve
o registro de cerca de 48,5 mil denúncias, e, em/2020, de 77,18 mil; só no primeiro semestre
de 2021, o número foi de 33,6 mil, segundo levantamento.

TIPOS DE VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO


Quando pensamos em violência, o termo é rapidamente associado a algo físico, como
bater em alguém. Entretanto, em âmbito jurídico, a palavra abrange mais significados e se
refere a diferentes formas de uma pessoa ser vítima.
A violência ao idoso se divide em dois grupos: visível, que é quando ocorrem lesões e/
ou morte; e invisíveis, que são formas de provocar sofrimento emocional e psicológico.
De forma mais precisa, são considerados tipos de violência contra o idoso:

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3.4. PREVENINDO A VIOLÊNCIA CONTRA O IDOSO


Prevenir ou denunciar a violência não é tarefa fácil pelo medo sentido por vezes pelo
idoso; vergonha e até mesmo pelo não acesso às informações para entender que crimes
estão sendo praticados contra ele.
Por parte da família, pode não ser fácil identificar que a pessoa está passando por
algum tipo de violência. Pessoas com algum tipo de demência, por exemplo, provavelmente
terão muita dificuldade em expor o que está acontecendo. Entretanto, há alguns fatores
que podem auxiliar na identificação de maus tratos:

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As práticas citadas não podem, de forma alguma, serem normalizadas. O idoso é um


humano com direitos e que merece respeito, proteção e dignidade. Ensinar crianças e
adolescentes a respeitar o idoso também é fundamental, para que o ageísmo e outras
violências não continuem sendo propagadas.

3.4.1. ÓRGÃO PREPARADOS PARA RECEBER DENÚNCIAS


É muito importante ter em mãos os contatos de órgãos responsáveis pela proteção
do idoso. Em caso de violência, Ligue 100. As ligações são gratuitas, podem ser feitas de
qualquer território brasileiro, de celular ou telefone fixo.

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RESUMO
Uma grande variedade de estudos mostra que a transitoriedade da vida nas ruas
impossibilita que seja traçado um perfil único dos indivíduos.
Parece haver uma distinção entre aqueles que consideram o ambiente da rua como
definitivo nas condições de vida, nas formas de existência, nas práticas sociais e na identidade
dos jovens em situação de rua, e aqueles que buscam desmistificar a ideia de uma “cultura de
rua”, considerando que os sujeitos que ali habitam reproduzem os valores sociais dominantes.
Neste segundo caso, compreende-se que, ao se pensar os sujeitos a partir da rua, constroem-
se classificações, estereótipos e programas que geram uma identidade homogênea para
experiências heterogêneas e fragmentadas.
Mesmo diante de condições de vida precárias e das violações de direitos sofridas, a
solidariedade e a valorização da família, da educação e do trabalho seguem presentes no
cotidiano destes indivíduos. Eles parecem ser capazes de visualizar perspectivas futuras
para além da rua e de construir formas de se relacionar com o mundo que não sejam
perpassadas exclusivamente pelo abandono e pela violência.

O afastamento do lar pode se consolidar diante do fortalecimento de alternativas de


afeto e solidariedade oferecidas nas ruas e da construção de fortes redes de relacionamento,
positivas ou negativas, com os amigos, as drogas e as instituições de assistência e acolhimento.

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No entanto, nas ruas a situação não costuma ser diferente. A exposição à violência faz
parte da dinâmica destes espaços e ela não é só derivada das precárias condições de vida,
ela é também moral, em forma de xingamentos, por exemplo, e física, em formas que
podem até mesmo levar à morte.
O consumo de drogas é outra questão frequentemente abordada na sobre crianças e
adolescentes em situação de rua.
Os problemas econômicos e financeiros fazem parte do rol de elementos que afastam
crianças e adolescentes de suas casas e potencializam o trabalho infantil e adolescente.
A má alimentação, por exemplo, que interfere diretamente nos processos de saúde-
doença, faz parte do cotidiano de um grande número de famílias e isso acaba impulsionando
parte das crianças e adolescentes para as ruas em busca de sustento para si e seus familiares.
Outro público que estão na lista de vulnerabilidade social, são as mulheres. A violência
contra a mulher ainda é um problema fortemente enraizado no mundo. Ela não é exclusividade
de alguns países e de algumas culturas. Ela é resultado de uma cultura patriarcal que está
vinculada aos fundamentos de nossa sociedade. A violência contra a mulher expressa-se
de várias maneiras, desde o estupro até a violência psicológica, e precisa ser combatida
com veemência e urgência. As consequências desse tipo de violência são terríveis para as
vítimas, podendo levá-las à morte.
Visando coibir a violência contra mulher, foi criada a Lei Maria da Penha. Esse dispositivo
legal dispõe a favor da punição de agressores em casos de violência doméstica.
E por fim, a vulnerabilidade social, também está presente na população idosa. Desse
modo, observa-se alguns fatores que podem corroborar para isso: encarecimento da vida
urbana; má distribuição de renda — agravando as desigualdades sociais —, dificuldades
de aposentadoria e muitas políticas em que o idoso não é prioridade; as doenças crônicas
(hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças cardiovasculares, osteoartrose; câncer;
HIV/AIDS...); violência.

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MAPA MENTAL

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EXERCÍCIOS

001. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE BETIM/PSICÓLOGO/2020) O jovem em situação de


vulnerabilidade social é aquele que não possui acesso às políticas públicas disponíveis à
sociedade civil, em um processo que leva à exclusão social. Acerca do Protagonismo Juvenil,
assinale a alternativa correta.
a) O jovem deve ser retirado da comunidade onde vive, pois as carências desta podem fazer
com que o adolescente assuma um Protagonismo Negativo.
b) A elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece as crianças e os
adolescentes como cidadãos e pessoas em desenvolvimento, priorizando aqueles que
apresentam uma situação de marginalidade e delinquência.
c) Baseia-se nas políticas assistencialistas da década de 80.
d) O movimento hip-hop é um exemplo de expressão do Protagonismo Juvenil contra a
violência urbana, favorecendo a mobilização social e política dos jovens.
e) Representa um contraponto à exclusão social, representando um método de educação
para a cidadania, em que a família do jovem ocupa a posição central, visto que o adolescente
ainda não possui condições para tomar suas próprias decisões.

002. (FCC/2014/DPE-PB/DEFENSOR PÚBLICO) São linhas de ação da política de atendimento


à criança e ao adolescente, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente:
a) retomar práticas referentes à doutrina da situação irregular, protegendo crianças e
adolescentes de sua condição de vulnerabilidade social.
b) realizar campanha de estímulo ao acompanhamento sob forma de guarda e adoção de
crianças ou adolescentes com deficiência, afastados do convívio familiar.
c) adotar práticas higienistas, cuidando para que crianças e adolescentes não fiquem
expostos a riscos, recolhendo-os da situação de rua, caso nessa condição se encontrem.
d) produzir cursos e organizar eventos que indiquem à opinião pública que o sistema de
responsabilização do adolescente pela prática de ato infracional se coaduna com a doutrina
da indiferença penal.
e) estimular o recrudescimento no trato com as famílias que foram incluídas em programas
de transferência de renda, mas que não reverteram tal benefício em prol da educação de
suas crianças e adolescentes.

003. (VUNESP/PREFEITURA/PSICÓLOGO/2017) Um psicólogo trabalha em uma instituição de


acolhimento e observa o potencial para pesquisa do material produzido no atendimento das
crianças abrigadas. Decide, então, usá-lo para a elaboração de sua dissertação de mestrado,

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cujo objetivo é investigar a eficácia de diferentes modelos de atendimento dessas crianças


no contexto institucional. Nessa situação,
a) o projeto da pesquisa deverá ser submetido à aprovação pelo Comitê de Ética da instituição
onde o estudo será realizado.
b) por se tratar de estudo acadêmico, os requisitos éticos estão circunscritos à relevância
da pesquisa para a instituição onde será realizado.
c) como os pais das crianças não estão envolvidos, é suficiente que o psicólogo mantenha
o sigilo da identidade dos sujeitos para atender aos requisitos éticos.
d) como o estudo usará material colhido na instituição, a autorização da realização do
estudo por seus superiores assegura o caráter ético da pesquisa.
e) por envolver menores abrigados, o psicólogo deverá remeter o projeto de pesquisa para
aprovação pelo Conselho Tutelar.

004. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BANDEIRANTE/PSICÓLOGO/2022) Os transtornos disruptivos,


do controle de impulsos e da conduta dizem respeito à uma categoria que possui como
característica substancial a grande dificuldade no controle de emoções e comportamentos,
sendo que esta é expressada com a violação dos direitos dos outros e/ou com significativos
atritos com regras sociais e figuras de autoridade. De acordo com o DSM-5, é durante a
infância ou a adolescência que os referidos transtornos propendem a se iniciar.
Sobre esse tema é CORRETO afirmar que:
a) As crianças e adolescentes com transtorno de conduta, mesmo projetando uma imagem
de dureza, possuem baixa autoestima.
b) O transtorno de conduta é caracterizado por constantes comportamentos, nos últimos
24 meses, que resultam em violação de direitos dos outros e normas já compreendidas
pela idade.
c) O transtorno de oposição desafiante é um percursor comum do transtorno da conduta
do tipo com início na adolescência.
d) O transtorno de oposição desafiante é reconhecido fundamentalmente pela existência
de humor irritável/raivoso, comportamento desafiante e índole vingativa no decorrer de
doze meses.

005. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BANDEIRANTE/PSICÓLOGO/2022) A Política Nacional do


Idoso, diz que a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência
médica ou de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social, é:
a) Facultativa.
b) Passível de avaliação, devendo ser observados as condições de saúde e socioeconômica
do idoso.

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c) Vedada.
d) Permitida, desde que com consentimento da família.

006. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BANDEIRANTE/PSICÓLOGO/2022) A Política Nacional do


Idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:

( ) A família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos


da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade,
bem-estar e o direito à vida.
( ) O processo de envelhecimento diz respeito à família, devendo ser objeto de
conhecimento e informação para todos os familiares.
( ) O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza.
( ) O idoso deve ser o agente secundário e a família o agente principal das transformações
a serem efetivadas através desta política.
( ) As diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre
o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e
pela sociedade em geral, na aplicação desta lei.

Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima,
de cima para baixo:
a) F, V, V, V, F.
b) V, F, F, V, F.
c) V, F, V, F, V.
d) V, V, F, F, V.

007. (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARACIABA/PSICÓLOGO/2022) Os casos de suspeita ou


confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória
pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão
obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos, EXCETO:
a) Ministério Público.
b) Autoridade policial.
c) Conselho Municipal do Idoso.
d) Conselho Regional do Idoso.

008. (INÉDITA/2023) Acerca da vida nas ruas, julgue os itens a seguir.


Uma grande variedade de estudos mostra que a transitoriedade da vida nas ruas impossibilita
que seja traçado um perfil único dos indivíduos.

009. (INÉDITA/2023) Acerca do ambiente da rua, julgue os itens a seguir.

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O ambiente da rua como definitivo nas condições de vida, nas formas de existência, nas
práticas sociais e na identidade dos jovens em situação de rua, e aqueles que buscam
desmistificar a ideia de uma “cultura de rua”, considerando que os sujeitos que ali habitam
reproduzem os valores sociais dominantes.

010. (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARACIABA/PSICÓLOGO/2022) A garantia de prioridade


ao idoso compreende, EXCETO:
a) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
criança e ao adolescente.
b) Atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população.
c) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento.
d) Prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

011. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SOUSA/PSICÓLOGO SUAS/M/2021) A velhice não pode


ser vista como “fracasso do corpo”. Pelo contrário, no envelhecimento saudável ou bem
sucedido é possível pensar, planejar e desenvolver políticas que proponham:
I – O estímulo na manutenção das funções cognitivas e a criação de oportunidades para o
aprendizado ao longo de toda a vida.
II – A construção de abrigos e casas de acolhimento para os idosos vulneráveis como garantia
de proteção, conforme o Estatuto do Idoso.
III – Aluta por novos produtos, serviços adaptados às necessidades das pessoas idosas.
IV – O planejamento para melhoria da infraestrutura rural e urbana (e predial) adaptada a
uma velhice ativa.
Analise as assertivas anteriores e escolha uma das alternativas a seguir:
a) Apenas as alternativas I e IV estão incorretas.
b) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas a alternativa III está incorreta.
d) Apenas a alternativa II está incorreta.
e) Apenas as alternativas I e II estão corretas.

012. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA PONTE/PSICÓLOGO/2021) A Lei n. 10.741,


de 1º de outubro de 2003, institui os direitos de um determinado público. Em conformidade
com esta lei, marque a alternativa que descreve corretamente o público por ela atendido.
a) Criança e adolescente.
b) Trabalhador rural.
c) Mulher em situação de vulnerabilidade.

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d) Servidor público.
e) Idoso.

013. (FGV/2010) Segundo a publicação “Guia Pratico do Cuidador” do Ministério da Saúde,


maus tratos são atos ou omissões que causem dano, prejuízo, aflição e ou ameaça a saúde e
bem-estar da pessoas idosas principalmente aquelas que apresentam alguma dependência.
Os maus tratos podem estar relacionados a diferentes causas e situações, tais como:
conflitos familiares, problemas de saúde física ou mental da pessoa cuidada ou do cuidador,
problemas econômicos, situações de drogas, entre outras.
A violência e os maus tratos podem ser físicos, psicológicos, sexuais, abandono,negligências,
abusos econômicos e financeiros, omissão, violação de direitos e autonegligência.
A partir do trecho acima, assinale a afirmativa incorreta.
a) Abuso sexual, violência sexual - é o ato ou jogo de relações de caráter hétero ou homossexual,
sem a permissão da pessoa. Esses abusos visam obter excitação, relação sexual ou praticas
eróticas somente por ameaça ou violência física.
b) Autonegligência - diz respeito às condutas pessoais que ameacem a saúde ou segurança
da própria pessoa. Ela se recusa a adotar cuidados necessários a si mesma, como não tomar
os remédios prescritos, não se alimentar, não tomar banho, não escovar os dentes, não
seguir as orientações dadas pelo cuidador ou pela equipe de saúde.
c) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados às pessoas que se encontram
em situação de dependência ou incapacidade, tanto por parte dos responsáveis familiares
ou do governo. A negligência frequentemente está associada a outros tipos de maus tratos
que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais.
d) Abandono - é uma forma de violência que se manifesta pela ausência de responsabilidade
em cuidar da pessoa que necessite de proteção, seja por parte de órgãos do governo ou de
familiares, vizinhos, amigos e cuidador.
e) Abusos físicos, maus tratos físicos ou violência física - são ações que se referem ao uso
da força física como beliscões, puxões, queimaduras, amarrar os braços e as pernas, obrigar
a tomar calmantes etc.

014. (FGV/2010) No final da década de 90, a Organização Mundial de Saúde tomou o termo
“envelhecimento ativo” em substituição à expressão “envelhecimento saudável”.
Com isso, a OMS objetivava:
a) incluir outros aspectos que afetam o envelhecimento, além dos cuidados com a saúde.
b) aplicar o termo a indivíduos, já que “envelhecimento saudável” se direcionava apenas a
grupos populacionais.

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c) se dirigir a outra parcela que não havia sido contemplada no início dos anos 90: os idosos
saudáveis, que ainda mantêm o poder decisório e o controle sobre suas vidas.
d) se dirigir a um grupo populacional específico: os idosos saudáveis que podem almejar
um envelhecimento ativo.
e) acompanhar as diretrizes da II Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento que estabeleceu
mudanças na orientação de políticas sobre envelhecimento.

015. (TJ-DFT/PSICOLOGIA/2019) Na presença de situações onde ocorre a violação dos direitos


das crianças e adolescentes em forma de negligência, ou seja, quando pais ou outras pessoas
da família responsáveis pelo menor deixam de garantir e promover o seu bem estar no que
diz respeito às áreas de saúde, educação, desenvolvimento emocional, nutrição, abrigo e
segurança, é necessário que o psicólogo, na avaliação desse tipo de violência, considere os
seguintes aspectos:
a) entender o quanto o conceito de negligência é considerado complexo, por resultar de
uma combinação entre aspectos econômicos, sociais, comunitários e individuais.
b) buscar na perícia psicológica com os menores elucidar apenas as variáveis de negligência
relacionadas com a criança e adolescente, como idade e nível de desenvolvimento e condições
sociais.
c) considerar que a negligência é caracterizada pelo constrangimento mediante violência
ou grave ameaça de prática de um ato libidinoso.
d) entender o quanto este tipo de violência está relacionado com a presença de violência
física e psicológica contra menores de 14 anos, induzindo que os mesmos presenciem e
participem de condutas em que há a ocorrência de conjunção carnal.

016. (TJ-DFT/PSICOLOGIA/2019) No tocante à violência contra idosos, cabe salientar o


papel importante na ampliação e reflexão dessa questão dentro da sociedade, assim, a
identificação de situações de risco, principalmente quando idoso está inserido em algum
serviço de saúde, pode ser uma oportunidade de detectar tal perpetuação de violência.
Assim, quanto às diferenças entre a prática deste tipo de violência em termos de gênero, ou
seja, com pessoas idosas do sexo feminino que são internadas em instituições hospitalares,
é mais comum a presença de
a) abuso financeiro.
b) agressão física.
c) violência patrimonial.
d) negligência e abandono.

017. (TJ-DFT/PSICOLOGIA/2019) No contexto forense, o psicólogo encontrará a problemática


da violência física, contra crianças e adolescentes, que é considerada como a forma de

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violência mais evidente, por causar danos físicos que são visíveis e mais facilmente percebidos
e identificados em exames médicos e clínicos. As consequências deste tipo de abuso podem
estar associadas
a) à presença de fatores financeiros, constitucionais e familiares.
b) a comportamentos infratores em adolescentes.
c) à reduzida relação com déficits de ajustamento e comportamento de adolescentes.
d) ao desenvolvimento de uma campanha de difamação e ódio contra um genitor alienado.

018. (PREFEITURA MUNICIPAL DE HONÓRIO SERPA/PSICÓLOGO/2019) Em 7 de agosto de


2006, era sancionada a principal referência no combate à violência contra a mulher, a Lei
Maria da Penha (Lei n. 11.340). Criada para punir os autores da violência no ambiente familiar
e, assim, coibir novos atos de violência contra as mulheres, a lei proporcionou novas bases
jurídicas contra esse tipo de crime e tornou mais severa sua punição. O psicólogo que atua
no âmbito da violência conjugal deve ter como base para sua prática as referências teóricas
e técnicas elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Um aspecto importante
mencionado em tais documentos é que o profissional deve conhecer a rede de atendimento
local, bem como os problemas que ela enfrenta, respeitando as especificidades dos serviços
e dos profissionais que participam (Batista et al., 2017). Com relação à atuação do psicólogo
nesse âmbito, é CORRETO afirmar que:
a) O profissional da psicologia na questão de situações de violência contra a mulher, geralmente,
trabalha sozinho e é realizado de forma fidedigna e ética, já por toda complexidade que há
na questão da violência conjugal.
b) O psicólogo, independente da área em que esteja atuando, é um dos profissionais
que contribui para a promoção dos Direitos Humanos, relacionando-se com as áreas da
saúde e educação apenas. Quando se trata da atuação deste profissional na realidade das
mulheres em situação de violência conjugal, a relação com as políticas públicas é quase que
obrigatória, constituindo um diálogo entre o Estado e a sociedade, para atender os direitos
fundamentais dos envolvidos.
c) Geralmente o profissional de psicologia que atua no âmbito da violência conjugal deve
possuir também conhecimento na área da psicologia jurídica, a qual é uma especialidade
da psicologia que relaciona as práticas e saberes psicológicos com a área do direito. Essa
ligação entre as duas áreas aconteceu, pois, tanto o psicólogo quanto o profissional da
área de direito, trabalham no mesmo objetivo: o comportamento humano. O trabalho
do profissional da psicologia aliado à área jurídica acarreta um grande crescimento no
campo de atuação dessa área, já que a psicologia contribui para o campo investigativo, nas
avaliações e perícias.

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d) O psicólogo que atua no âmbito da violência conjugal não necessita ter como base para
sua prática as referências teóricas e técnicas elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia
(CFP). Um aspecto importante mencionado em tais documentos é que o profissional deve
conhecer a rede de atendimento local, bem como os problemas que ela enfrenta, respeitando
as especificidades dos serviços e dos profissionais que participam.

019. (FGV/2022/SEAD-AP/PERITO CRIMINAL/PSICOLOGIA) Considerando o eixo da Prevenção


contra o abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes e as ações preconizadas
pelo Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, é possível
afirmar que
a) o tema da educação em sexualidade deve ser inserido no currículo da Educação Básica.
b) as ferramentas de tecnologias da informação e da comunicação são responsáveis pela
pornografia infantil.
c) crianças e adolescentes informados sobre direitos sexuais e reprodutivos ficam mais
vulneráveis em sua autodefesa.
d) a educação sexual e a prevenção ao abuso sexual devem ser matérias privativas da família.
e) as campanhas de sensibilização fomentam o tráfico de crianças e adolescentes para fins
de exploração sexual.

020. (VUNESP/2022/PREFEITURA DE SOROCABA/SP/PSICÓLOGO I) Algumas crianças, em


função de situações de risco diversas, são provisoriamente afastadas de suas famílias, até
que seja determinado o seu retorno ao núcleo familiar de origem. O atendimento oferecido
a essas famílias, com o objetivo de reintegração, tem início com
a) o retorno imediato da criança ao ambiente familiar, para diminuir os danos já existentes,
causados pelo afastamento.
b) o reordenamento da rotina familiar, de acordo com o planejamento elaborado pela equipe
interdisciplinar responsável pelo caso.
c) a adaptação do modelo de funcionamento da família ao modelo de família preconizado
pela política nacional de assistência social.
d) o conhecimento sobre o histórico da situação que motivou o afastamento da criança e
da motivação desta e da família para a reintegração.
e) a realização de visitas domiciliares semanais para que a família comprove condições para
suprir as necessidades físicas e emocionais da criança.

021. (INSTITUTO AOCP/MPE RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2023) Chega ao


conhecimento do Ministério Público um caso de lesão corporal de natureza leve recíproca
entre marido e mulher. Diante desse fato, é correto afirmar que
a) seria possível a aplicação de transação penal.

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b) em caso de lesões corporais recíprocas entre marido e mulher, a natureza da ação penal
é distinta.
c) não seria possível a aplicação de qualquer benefício da Lei n. 9.099/95 em relação à
mulher, por conta da vedação da Lei n. 11.340/06, mas seria cabível a aplicação do acordo
de não persecução penal ao marido.
d) caso o marido somente tivesse humilhado a mulher de modo a prejudicar seu pleno
desenvolvimento, somente ele seria vítima de crime.

022. (FUNDATEC/PREFEITURA DE SÃO MARTINHO/OPERÁRIO/2022) Leia a seguinte notícia:


“A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, através do Centro de Referência da
Assistência Social – CRAS de São Martinho, juntamente com farmácias locais e promovida
pelo governo do estado do RS, aderiram à campanha ‘Farmácia Amiga das Mulheres’! Mulheres
vítimas de violência doméstica poderão denunciar casos de agressões nas farmácias que
tiverem o selo “FARMÁCIA AMIGA DAS MULHERES”. Ao chegar à farmácia, a mulher deve pedir
_____________________, que se trata de uma “senha” para que o atendente saiba que se
trata de um pedido de ajuda. O profissional dirá que o produto está em falta e pegará alguns
dados para avisá-la quando chegar. Após, o atendente da farmácia passará à Polícia Civil
as informações coletadas, via WhatsApp, para que o órgão tome as medidas necessárias. A
campanha foi motivada pelo aumento de casos de feminicídio no estado durante o período
de isolamento, decorrente da pandemia do Coronavírus. Somente em abril, o aumento foi
de 66,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. E, no município de São Martinho,
no ano de 2019, tivemos dois casos registrados de violência e, este ano, já chegamos em
12 casos, um aumento estarrecedor no registro de violência contra o feminino (dados do
CRAS)” (Texto adaptado. Fonte: www.saomartinho.rs.gov.br).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) esparadrapo azul
b) esparadrapo roxo
c) máscara preta
d) máscara roxa
e) preservativo preto

023. (INSTITUTO CONSULPLAN/CÂMARA DE BARBACENA/AGENTE DE CONTROLE INTERNO/2022)


A ex-modelo e hoje microempresária Gabriela Casellato Britto, de 25 anos, ainda teme sair
nas ruas, um ano após ter a mandíbula e o nariz quebrados pelo ex-namorado. Mesmo
com medida protetiva estabelecida contra ele, a vítima afirma sentir “insegurança, medo
e muita revolta”, já que, em sua avaliação, o inquérito policial avançou pouco desde a ida à
delegacia. Eu tive que mudar a minha vida totalmente, com medo de ele ficar solto. Ele não

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está pagando pelo que fez, e eu ainda tenho medo de sair na rua. Eu ainda tenho medo de
encontrar com ele em qualquer lugar”, relata.
(Disponível em https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia//2022/02/19/modelo-
desfigurada-pelo-ex-ao-ser-agredida-em-sp-naoconsegue-mais-emprego-na-area-
medo-de-sair-na-rua.ghtml. Acesso em: 19/02/2022.)
Em relação às formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) É considerada violência física qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde


corporal.
( ) A violência psicológica é considerada como qualquer conduta que cause dano emocional
e diminuição da autoestima, ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento,
ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de intimidade,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio
que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação, dentre outras.
( ) A violência patrimonial é entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo
os destinados a satisfazer necessidades.

A sequência está correta em


a) V, V, V.
b) F, F, F.
c) V, V, F.
d) F, F, V.

024. (METROCAPITAL/PREFEITURA DE NOVA ODESSA/AGENTE FISCAL DE RENDAS/2022)


O combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes é o tema de uma campanha de
conscientização do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
(Fonte: www.gov.br)
Essa campanha recebe o nome de:
a) Abril verde.
b) Maio Laranja.
c) Junho Vermelho.
d) Agosto Dourado.
e) Setembro amarelo.

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025. (QUADRIX/CRP 10/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) O mundo contemporâneo, além


de complexo, é contraditório. Exemplos não faltam: os sucessivos recordes na produção de
alimentos convivem com a fome, que atinge grandes contingentes populacionais; esforços
pela paz mundial sucumbem ante guerras, que se multiplicam; a revolução tecnológica, como
se vê nas redes de comunicação, não alcança a todos e, para além dos inegáveis benefícios
das redes sociais, elas também são utilizadas por grupos criminosos.
Considerando essas informações e aspectos relevantes do mundo atual, julgue os itens.
No Brasil, ainda não há lei com o objetivo de proteger a mulher vítima de violência.

026. (QUADRIX/CRP 10/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) O mundo contemporâneo, além


de complexo, é contraditório. Exemplos não faltam: os sucessivos recordes na produção de
alimentos convivem com a fome, que atinge grandes contingentes populacionais; esforços
pela paz mundial sucumbem ante guerras, que se multiplicam; a revolução tecnológica, como
se vê nas redes de comunicação, não alcança a todos e, para além dos inegáveis benefícios
das redes sociais, elas também são utilizadas por grupos criminosos.
Considerando essas informações e aspectos relevantes do mundo atual, julgue os itens.
Na maioria dos países, inclusive no Brasil, leis dificultam ou impedem o ingresso das mulheres
no mercado de trabalho.

027. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE FÁTIMA DO SUL/RECEPCIONISTA/2022) De acordo


com o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, analise os itens e indique a
alternativa correta.
I – O Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, foi instituído com o objetivo de
enfrentar todas as formas de feminicídio por meio de ações governamentais integradas
e intersetoriais.
II – Fomentar a responsabilização, as ações educativas de sensibilização, prevenção e o
monitoramento dos autores de violência contra as mulheres.
III – Reconhecimento da violência contra as mulheres como um fenômeno multidimensional
e multifacetado relacionado a fatores individuais, comunitários e socioculturais.
É verdadeiro o que se afirma no(s) item(ns:
a) I e III, somente.
b) II e III, somente.
c) I e II, somente.
d) I, II e III.

028. (FAU UNICENTRO/CISOP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2022) Qual dos nomes abaixo se


refere a uma lei sancionada em/2006 e tida como um marco na normatização sobre violência
contra a mulher no Brasil? Assinale a alternativa correta:

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a) Lei Mariana Ferrer.


b) Lei Maria da Penha.
c) Lei Ísis Valverde.
d) Lei Áurea.
e) Lei de Diretrizes e Bases.

029. (FGV/Câmara de Taubaté/Técnico Legislativo/Área Administração/2022) “O movimento


ganhou força em/2017 quando a atriz Alyssa Milano publicou, em seu twitter, um pedido
para que todas as pessoas que já sofreram assédio sexual usassem a hashtag do movimento
e o denunciassem.”
(Adap. de veja.abril.com.br/videos/veja-explica)
“O movimento mudou a percepção das pessoas sobre que tipos de comportamento são
aceitáveis no ambiente de trabalho [...].
Estamos vendo uma profunda mudança na forma com que as pessoas enxergam a questão
de má conduta (especialmente assédio sexual) no ambiente de trabalho. A consciência e a
vigilância das pessoas em torno do que é aceitável está aumentando significantemente. As
pessoas estão cada vez mais dispostas a se manifestar quando enfrentam (ou testemunham)
problemas de comportamento. Isso, combinado com o fato de que o número de meios
digitais pelos quais é possível fazer isso está crescendo rápido, significa que as empresas
e pessoas envolvidas em casos desse tipo vão encarar dificuldades para escaparem dos
danos à reputação.”
(Adap. safe.space/conteudo/)
Os textos fazem referência ao movimento
a) #MeToo.
b) #BlackLivesMatter.
c) #NotHim.
d) #NoIsNo.
e) #Feminism.

030. (FUNDEP/PREFEITURA/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2022) A antecipação


dos trabalhos com agressores nos centros de educação e reabilitação psicossocial é vista
como benéfica por associações e ONGs de apoio a mulheres vítimas de violência. [...]
[...] outros desafios compõem esse cenário de tratamento da violência e do feminicídio no
Brasil. “Tudo passa pela sensibilização por meio da educação. Eu acredito que as escolas
deveriam ser obrigadas a incluir no currículo uma matéria que aborde esse assunto. A violência
doméstica não é discutida no âmbito escolar como deveria ser. Recebemos adolescentes
de 15 anos já sofrendo violência do namorado” [...].

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Disponível em: http://digital.otempo.com.br/leitor/#/jornais/1/ edicoes/14961. Acesso


em: 11 mar./2022.
O trabalho de reabilitação psicossocial de agressor em caso de violência doméstica e violência
contra a mulher, antes mesmo da conclusão do processo, é uma inovação da Lei Maria da
Penha, aprovada em fevereiro de 2020 pelo Senado.
Essa inovação apela para a educação, uma vez que
a) altera os currículos escolares com vistas a abordar, em caráter obrigatório, a violência
contra a mulher, entre os itens dos temas transversais.
b) elimina a necessidade de penas de reclusão, pois a educação pode atuar e corrigir hábitos
culturais adquiridos socialmente, como os de tipo machista.
c) garante que agressores em reabilitação possam conviver com mulheres vítimas de
agressões, e se reeducar pelo convívio com o sofrimento feminino.
d) produz modificações no comportamento de agressores que também podem ser
considerados vítimas de padrões de educação e comportamento machistas.

031. (QUADRIX/CRA PR/AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS/2022) Com relação aos assuntos


que envolvem o Brasil e a seus desdobramentos na política, na economia, na sociedade,
na saúde, na segurança, nas relações internacionais, no desenvolvimento sustentável e na
ecologia, julgue os itens.
O Brasil é um dos países com os maiores índices de mortes violentas de mulheres do mundo.

032. (CONSULPLAN/2017) É obrigação assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a


efetivação de direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar
e comunitária. Assim, tais obrigações são
a) da família e poder público.
b) da comunidade e poder público.
c) da família, sociedade e comunidade.
d) da sociedade, da família, do poder público e da comunidade.

033. (AMEOSC/2015) Assinale a opção incorreta. De acordo com o Art. 17 do Estatuto do


Idoso; “Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito
de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável”. Parágrafo único:
Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
a) Por um Assistente Social designado para acompanhar o paciente e orienta-lo a aceitar
ou não os procedimentos solicitados pelo corpo médico.
b) Pelo curador, quando o idoso for interditado.

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c) Pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contatado em
tempo hábil.
d) Pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que
deverá comunicar o fato ao Ministério Público.

034. (CESPE/2013) No que diz respeito ao processo de adoecimento e ao enfrentamento


da doença, julgue os itens a seguir.
Na terceira idade, a fase do ciclo vital em que ocorre um maior número de perdas, os
indivíduos adquirem maior consciência da finitude da vida, o que os permite temer menos
a morte do que as pessoas em outras etapas da vida.

035. (PUC-PR/2012) De acordo com Ligia PY (2004), o aumento da longevidade, sonho


dos humanos há tempos, surpreende nos tempos atuais, prenunciando uma nova era que
transgride o padrão vigente da cronologia das idades. Tornar-se velho é alcançar uma forma
de adiar a morte. Segundo a autora, os esforços que vêm sendo realizados para investigar,
sistematizar e aplicar conhecimentos de vários campos sobre a morte e o morrer e os
fenômenos a ela relacionados denominam-se:
a) Cuidados paliativos.
b) Biotanatologia.
c) Tanatologia.
d) Medicina intensiva.
e) Hermenêutica.

036. (CESPE/2018) A respeito do processo de envelhecimento, julgue o próximo item.


I – Envelhecimento saudável diz respeito ao processo de otimizar oportunidades para a
saúde e participação como engajamento continuado na vida.
II – O sucesso do processo de envelhecer extrapola a noção de ausência de doença ou
manutenção da capacidade funcional.
III – O envelhecimento ativo define-se pela habilidade do indivíduo em manter-se fisicamente
inserido no meio de trabalho.
IV – Aspectos econômicos, comportamentais e particulares podem ser determinantes no
processo de envelhecimento ativo.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.

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037. (INÉDITA/2023) O modelo familiar mais comum não é o nuclear e os rearranjos familiares.
I – que incluem recasamentos e separações, são descritos com naturalidade.
PORQUE
II – os grupos familiares costumam girar em torno das mães.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

038. (INÉDITA/2023) Os objetivos das instituições de __________estão a reinserção social, a


defesa dos direitos e o fornecimento de condições básicas de sobrevivência para crianças
e adolescentes em situação de rua.
a) Apoio.
b) Privação.
c) Guarda.
d) Acolhimento.
e) Parada.

039. (INÉDITA/2023) O uso de drogas parece precipitar o envolvimento dos adolescentes


em episódios de violência:
I – seu consumo provoca mudanças de comportamento que parecem encorajar e anestesiar
os momentos em que eles cometem ou são vítimas de violência.
PORQUE
II – essa prática também complica a relação destes sujeitos com agentes da segurança
pública, representados, principalmente, pela figura dos policiais.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

040. (INÉDITA/2023) De acordo com a dinâmica familiar, julgue o item seguinte.


A dinâmica familiar aparece como um elemento importante a ser observado no que tange
esta questão, ora desempenhando papel protetor, ora facilitador, em relação ao uso de
drogas.

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041. (INÉDITA/2023) De acordo com as Crianças e adolescentes em situação de rua, julgue


o item seguinte.
O caso daquelas que vivem em instituições de acolhimento ou que desempenham atividades
laborais nas ruas, mas retornam para suas casas no final do dia, é igual.

042. (INÉDITA/2023) De acordo com a desigualdade de gênero, julgue o item seguinte.


Essa cultura que trata com desigualdade, que subjuga as mulheres por seu gênero, é a
principal causa da violência contra a mulher.

043. (INÉDITA/2023) A origem da violência contra a mulher está na cultura patriarcal.


I – os primórdios de nossa história, as mulheres foram deixadas em uma segunda categoria,
sempre abaixo dos homens.
PORQUE
II – temos uma cultura extremamente pautada em relações de poder que privilegiam o
domínio dos homens.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

044. (INÉDITA/2023) De acordo com violência contra a mulher, julgue o item seguinte.
A violência contra a mulher está tão naturalizada em nossa cultura, que, muitas vezes, é
imperceptível.

045. (INÉDITA/2023) O processo de envelhecimento populacional ocorre de forma natural,


mas com etapas diferentes e que levam tempo:
I – Melhoria na qualidade de vida.
PORQUE
II – plano de saúde, previdência e aposentadoria.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

046. (INÉDITA/2023) De acordo com o encarecimento da vida urbana, julgue o item seguinte.

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A sobrevivência na selva de pedra é cara, o que faz com que a população trabalhe de 8 a 12
horas/dia para um sustento digno e satisfatório.

047. (INÉDITA/2023) O termo doença _______ é usado para designar patologias com um
ponto em comum: são persistentes e necessitam de cuidados permanentes.
a) Aguda.
b) Maníaca.
c) Patológica.
d) Crônica.
e) Ataque.

048. (INÉDITA/2023) De acordo com as doenças crônicas, julgue o item seguinte.


A incidência de doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer e patologias
cardiovasculares eleva-se com a idade na população idosa.

049. (INÉDITA/2023) Acerca do diabetes mellitus, julgue o item seguinte.


O diabetes mellitus é caracterizado por elevação anormal da concentração de glicose
sanguínea.

050. (INÉDITA/2023) A __________ é a segunda doença crônica mais comum, superada apenas
pela hipertensão arterial. Ao menos 10% dos indivíduos não hospitalizados a apresentam,
mas muitos casos não são reconhecidos ou são tratados de forma inapropriada.
a) Diabetes mellitus.
b) Depressão.
c) Hipertensão arterial.
d) Cefaléia.
e) Insuficiência cardíaca.

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GABARITO
1. d 36. d
2. b 37. a
3. a 38. d
4. a 39. a
5. c 40. C
6. c 41. E
7. d 42. C
8. C 43. a
9. C 44. C
10. a 45. a
11. d 46. C
12. e 47. d
13. a 48. C
14. a 49. C
15. a 50. b
16. d
17. b
18. c
19. a
20. d
21. c
22. d
23. a
24. b
25. e
26. E
27. d
28. b
29. a
30. d
31. C
32. d
33. a
34. E
35. c

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de Vulnerabilidade Social - Parte II
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GABARITO COMENTADO

001. (INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE BETIM/PSICÓLOGO/2020) O jovem em situação de


vulnerabilidade social é aquele que não possui acesso às políticas públicas disponíveis à
sociedade civil, em um processo que leva à exclusão social. Acerca do Protagonismo Juvenil,
assinale a alternativa correta.
a) O jovem deve ser retirado da comunidade onde vive, pois as carências desta podem fazer
com que o adolescente assuma um Protagonismo Negativo.
b) A elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente reconhece as crianças e os
adolescentes como cidadãos e pessoas em desenvolvimento, priorizando aqueles que
apresentam uma situação de marginalidade e delinquência.
c) Baseia-se nas políticas assistencialistas da década de 80.
d) O movimento hip-hop é um exemplo de expressão do Protagonismo Juvenil contra a
violência urbana, favorecendo a mobilização social e política dos jovens.
e) Representa um contraponto à exclusão social, representando um método de educação
para a cidadania, em que a família do jovem ocupa a posição central, visto que o adolescente
ainda não possui condições para tomar suas próprias decisões.

Segundo Andrade (1999), o movimento hip hop é manifesto como um movimento social,
que permite aos jovens desenvolver uma educação política, e como consequência exercer
o direito à cidadania.
Letra d.

002. (FCC/2014/DPE-PB/DEFENSOR PÚBLICO) São linhas de ação da política de atendimento


à criança e ao adolescente, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente:
a) retomar práticas referentes à doutrina da situação irregular, protegendo crianças e
adolescentes de sua condição de vulnerabilidade social.
b) realizar campanha de estímulo ao acompanhamento sob forma de guarda e adoção de
crianças ou adolescentes com deficiência, afastados do convívio familiar.
c) adotar práticas higienistas, cuidando para que crianças e adolescentes não fiquem
expostos a riscos, recolhendo-os da situação de rua, caso nessa condição se encontrem.
d) produzir cursos e organizar eventos que indiquem à opinião pública que o sistema de
responsabilização do adolescente pela prática de ato infracional se coaduna com a doutrina
da indiferença penal.

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e) estimular o recrudescimento no trato com as famílias que foram incluídas em programas


de transferência de renda, mas que não reverteram tal benefício em prol da educação de
suas crianças e adolescentes.

LEI N. 12.010, DE 3 DE AGOSTO DE/2009.


VII – campanhas de estímulo ao acolhimento sob forma de guarda de crianças e adolescentes
afastados do convívio familiar e à adoção, especificamente inter-racial, de crianças maiores ou
de adolescentes, com necessidades específicas de saúde ou com deficiências e de grupos de
irmãos. (NR)

Letra b.

003. (VUNESP/PREFEITURA/PSICÓLOGO/2017) Um psicólogo trabalha em uma instituição de


acolhimento e observa o potencial para pesquisa do material produzido no atendimento das
crianças abrigadas. Decide, então, usá-lo para a elaboração de sua dissertação de mestrado,
cujo objetivo é investigar a eficácia de diferentes modelos de atendimento dessas crianças
no contexto institucional. Nessa situação,
a) o projeto da pesquisa deverá ser submetido à aprovação pelo Comitê de Ética da instituição
onde o estudo será realizado.
b) por se tratar de estudo acadêmico, os requisitos éticos estão circunscritos à relevância
da pesquisa para a instituição onde será realizado.
c) como os pais das crianças não estão envolvidos, é suficiente que o psicólogo mantenha
o sigilo da identidade dos sujeitos para atender aos requisitos éticos.
d) como o estudo usará material colhido na instituição, a autorização da realização do
estudo por seus superiores assegura o caráter ético da pesquisa.
e) por envolver menores abrigados, o psicólogo deverá remeter o projeto de pesquisa para
aprovação pelo Conselho Tutelar.

Deve ser submetido à apreciação do Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos todo
e qualquer projeto que seja relativo a seres humanos (direta ou indiretamente), inclusive os
projetos com dados secundários, pesquisas sociológicas, antropológicas e epidemiológicas.
Letra a.

004. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BANDEIRANTE/PSICÓLOGO/2022) Os transtornos disruptivos,


do controle de impulsos e da conduta dizem respeito à uma categoria que possui como
característica substancial a grande dificuldade no controle de emoções e comportamentos,

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sendo que esta é expressada com a violação dos direitos dos outros e/ou com significativos
atritos com regras sociais e figuras de autoridade. De acordo com o DSM-5, é durante a
infância ou a adolescência que os referidos transtornos propendem a se iniciar.
Sobre esse tema é CORRETO afirmar que:
a) As crianças e adolescentes com transtorno de conduta, mesmo projetando uma imagem
de dureza, possuem baixa autoestima.
b) O transtorno de conduta é caracterizado por constantes comportamentos, nos últimos
24 meses, que resultam em violação de direitos dos outros e normas já compreendidas
pela idade.
c) O transtorno de oposição desafiante é um percursor comum do transtorno da conduta
do tipo com início na adolescência.
d) O transtorno de oposição desafiante é reconhecido fundamentalmente pela existência
de humor irritável/raivoso, comportamento desafiante e índole vingativa no decorrer de
doze meses.

Os transtornos disruptivos são considerados difíceis de diagnosticar e tratar, uma vez que
as crianças e os adolescentes, em seu ciclo normal de desenvolvimento, apresentam uma
série de classes de comportamentos, incluindo os desafiadores. Isso significa dizer que
nem todos os comportamentos apresentados por eles são aqueles desejados socialmente,
como os comportamentos de educação e de civilidade.
Letra a.

005. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BANDEIRANTE/PSICÓLOGO/2022) A Política Nacional do


Idoso, diz que a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência
médica ou de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social, é:
a) Facultativa.
b) Passível de avaliação, devendo ser observados as condições de saúde e socioeconômica
do idoso.
c) Vedada.
d) Permitida, desde que com consentimento da família.

É vedada a permanência de portadores de doenças que necessitem de assistência médica


ou de enfermagem permanente em instituições asilares de caráter social.
Letra c.

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006. (PREFEITURA MUNICIPAL DE BANDEIRANTE/PSICÓLOGO/2022) A Política Nacional do


Idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:

( ) A família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos


da cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade,
bem-estar e o direito à vida.
( ) O processo de envelhecimento diz respeito à família, devendo ser objeto de
conhecimento e informação para todos os familiares.
( ) O idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza.
( ) O idoso deve ser o agente secundário e a família o agente principal das transformações
a serem efetivadas através desta política.
( ) As diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre
o meio rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e
pela sociedade em geral, na aplicação desta lei.

Após análise, assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA dos itens acima,
de cima para baixo:
a) F, V, V, V, F.
b) V, F, F, V, F.
c) V, F, V, F, V.
d) V, V, F, F, V.

LEI N. 8.842, DE 4 DE JANEIRO DE 1994.


Art. 3º A política nacional do idoso reger-se-á pelos seguintes princípios:
I – a família, a sociedade e o estado têm o dever de assegurar ao idoso todos os direitos da
cidadania, garantindo sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade, bem-estar
e o direito à vida;
II – o processo de envelhecimento diz respeito à sociedade em geral, devendo ser objeto de
conhecimento e informação para todos;
III – o idoso não deve sofrer discriminação de qualquer natureza;
IV – o idoso deve ser o principal agente e o destinatário das transformações a serem efetivadas
através desta política;
V – as diferenças econômicas, sociais, regionais e, particularmente, as contradições entre o meio
rural e o urbano do Brasil deverão ser observadas pelos poderes públicos e pela sociedade em
geral, na aplicação desta lei.

Letra c.

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007. (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARACIABA/PSICÓLOGO/2022) Os casos de suspeita ou


confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória
pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão
obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos, EXCETO:
a) Ministério Público.
b) Autoridade policial.
c) Conselho Municipal do Idoso.
d) Conselho Regional do Idoso.

Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra pessoas idosas serão
objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade
sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes
órgãos: (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
I – autoridade policial;
II – Ministério Público;
III – Conselho Municipal da Pessoa Idosa; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
IV – Conselho Estadual da Pessoa Idosa; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
V – Conselho Nacional da Pessoa Idosa. (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)

Letra d.

008. (INÉDITA/2023) Acerca da vida nas ruas, julgue os itens a seguir.


Uma grande variedade de estudos mostra que a transitoriedade da vida nas ruas impossibilita
que seja traçado um perfil único dos indivíduos.

A diversidade da rua enquanto ambiente de desenvolvimento, a realçai com a família e


a escola, o cotidiano e as atividades desempenhadas, o tempo de permanência na rua e
as redes construídas neste espaço e fora fazem parte do universo de elementos a serem
considerados na construção de interpretações que respeitem a heterogeneidade de cada
pessoa.
Certo.

009. (INÉDITA/2023) Acerca do ambiente da rua, julgue os itens a seguir.


O ambiente da rua como definitivo nas condições de vida, nas formas de existência, nas
práticas sociais e na identidade dos jovens em situação de rua, e aqueles que buscam

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desmistificar a ideia de uma “cultura de rua”, considerando que os sujeitos que ali habitam
reproduzem os valores sociais dominantes.

Ao se pensar os sujeitos a partir da rua, constroem-se classificações, estereótipos e programas


que geram uma identidade homogênea para experiências heterogêneas e fragmentadas.
Certo.

010. (PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARACIABA/PSICÓLOGO/2022) A garantia de prioridade


ao idoso compreende, EXCETO:
a) Destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à
criança e ao adolescente.
b) Atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população.
c) Estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento.
d) Prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda.

A garantia de prioridade compreende: (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)


I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados
prestadores de serviços à população;
II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas;
(Revogado)
III – destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à pessoa
idosa; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
(Revogado)
IV – viabilização de formas alternativas de participação, ocupação e convívio da pessoa idosa
com as demais gerações; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
(Revogado)
V – priorização do atendimento da pessoa idosa por sua própria família, em detrimento do
atendimento asilar, exceto dos que não a possuam ou careçam de condições de manutenção da
própria sobrevivência; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
VI – capacitação e reciclagem dos recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia e na
prestação de serviços às pessoas idosas; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
VII – estabelecimento de mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter
educativo sobre os aspectos biopsicossociais de envelhecimento;
VIII – garantia de acesso à rede de serviços de saúde e de assistência social locais.

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IX – prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. (Incluído pela Lei n. 11.765,


de 2008).

Letra a.

011. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SOUSA/PSICÓLOGO SUAS/M/2021) A velhice não pode


ser vista como “fracasso do corpo”. Pelo contrário, no envelhecimento saudável ou bem
sucedido é possível pensar, planejar e desenvolver políticas que proponham:
I – O estímulo na manutenção das funções cognitivas e a criação de oportunidades para o
aprendizado ao longo de toda a vida.
II – A construção de abrigos e casas de acolhimento para os idosos vulneráveis como garantia
de proteção, conforme o Estatuto do Idoso.
III – Aluta por novos produtos, serviços adaptados às necessidades das pessoas idosas.
IV – O planejamento para melhoria da infraestrutura rural e urbana (e predial) adaptada a
uma velhice ativa.
Analise as assertivas anteriores e escolha uma das alternativas a seguir:
a) Apenas as alternativas I e IV estão incorretas.
b) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas a alternativa III está incorreta.
d) Apenas a alternativa II está incorreta.
e) Apenas as alternativas I e II estão corretas.

O envelhecimento da população é um dos maiores triunfos da humanidade e também um


dos nossos grandes desafios. Ao entrarmos no século XXI, o envelhecimento global causará
um aumento das demandas sociais e econômicas em todo o mundo. No entanto, as pessoas
da 3ª idade são, geralmente, ignoradas como recurso quando, na verdade, constituem
recurso importante para a estrutura das nossas sociedades. A Organização Mundial da Saúde
argumenta que os países podem custear o envelhecimento se os governos, as organizações
internacionais e a sociedade civil implementarem políticas e programas de “envelhecimento
ativo” que melhorem a saúde, a participação e a segurança dos cidadãos mais velhos. A
hora para planejar e agir é agora.
Letra d.

012. (PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA PONTE/PSICÓLOGO/2021) A Lei n. 10.741,


de 1º de outubro de 2003, institui os direitos de um determinado público. Em conformidade
com esta lei, marque a alternativa que descreve corretamente o público por ela atendido.

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a) Criança e adolescente.
b) Trabalhador rural.
c) Mulher em situação de vulnerabilidade.
d) Servidor público.
e) Idoso.

LEI N. 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE/2003.


Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.
Art. 1º É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas
com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.

Letra e.

013. (FGV/2010) Segundo a publicação “Guia Pratico do Cuidador” do Ministério da Saúde,


maus tratos são atos ou omissões que causem dano, prejuízo, aflição e ou ameaça a saúde e
bem-estar das pessoas idosas principalmente aquelas que apresentam alguma dependência.
Os maus tratos podem estar relacionados a diferentes causas e situações, tais como:
conflitos familiares, problemas de saúde física ou mental da pessoa cuidada ou do cuidador,
problemas econômicos, situações de drogas, entre outras.
A violência e os maus tratos podem ser físicos, psicológicos, sexuais, abandono,negligências,
abusos econômicos e financeiros, omissão, violação de direitos e autonegligência.
A partir do trecho acima, assinale a afirmativa incorreta.
a) Abuso sexual, violência sexual - é o ato ou jogo de relações de caráter hétero ou homossexual,
sem a permissão da pessoa. Esses abusos visam obter excitação, relação sexual ou práticas
eróticas somente por ameaça ou violência física.
b) Autonegligência - diz respeito às condutas pessoais que ameacem a saúde ou segurança
da própria pessoa. Ela se recusa a adotar cuidados necessários a si mesma, como não tomar
os remédios prescritos, não se alimentar, não tomar banho, não escovar os dentes, não
seguir as orientações dadas pelo cuidador ou pela equipe de saúde.
c) Negligência - refere-se à recusa ou à omissão de cuidados às pessoas que se encontram
em situação de dependência ou incapacidade, tanto por parte dos responsáveis familiares
ou do governo. A negligência frequentemente está associada a outros tipos de maus tratos
que geram lesões e traumas físicos, emocionais e sociais.
d) Abandono - é uma forma de violência que se manifesta pela ausência de responsabilidade
em cuidar da pessoa que necessite de proteção, seja por parte de órgãos do governo ou de
familiares, vizinhos, amigos e cuidador.

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e) Abusos físicos, maus tratos físicos ou violência física - são ações que se referem ao uso
da força física como beliscões, puxões, queimaduras, amarrar os braços e as pernas, obrigar
a tomar calmantes etc.

A violência contra a pessoa idosa acontece de várias formas, os tipos são: violência física,
psicológica; institucional, patrimonial e sexual, também a negligência, o abuso financeiro
e discriminação.
Letra a.

014. (FGV/2010) No final da década de 90, a Organização Mundial de Saúde tomou o termo
“envelhecimento ativo” em substituição à expressão “envelhecimento saudável”.
Com isso, a OMS objetivava:
a) incluir outros aspectos que afetam o envelhecimento, além dos cuidados com a saúde.
b) aplicar o termo a indivíduos, já que “envelhecimento saudável” se direcionava apenas a
grupos populacionais.
c) se dirigir a outra parcela que não havia sido contemplada no início dos anos 90: os idosos
saudáveis, que ainda mantêm o poder decisório e o controle sobre suas vidas.
d) se dirigir a um grupo populacional específico: os idosos saudáveis que podem almejar
um envelhecimento ativo.
e) acompanhar as diretrizes da II Assembleia Mundial sobre o Envelhecimento que estabeleceu
mudanças na orientação de políticas sobre envelhecimento.

Envelhecimento saudável e ativo é intimamente ligado a um estilo de vida que inclui atividade
física regular e, em paralelo, escolhas sábias de alimentos. Boa nutrição e exercícios funcionam
melhor para desacelerar o processo de envelhecimento quando ambos são rotineiramente
parte da vida do indivíduo.
Letra a.

015. (TJ-DFT/PSICOLOGIA/2019) Na presença de situações onde ocorre a violação dos direitos


das crianças e adolescentes em forma de negligência, ou seja, quando pais ou outras pessoas
da família responsáveis pelo menor deixam de garantir e promover o seu bem estar no que
diz respeito às áreas de saúde, educação, desenvolvimento emocional, nutrição, abrigo e
segurança, é necessário que o psicólogo, na avaliação desse tipo de violência, considere os
seguintes aspectos:

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a) entender o quanto o conceito de negligência é considerado complexo, por resultar de


uma combinação entre aspectos econômicos, sociais, comunitários e individuais.
b) buscar na perícia psicológica com os menores elucidar apenas as variáveis de negligência
relacionadas com a criança e adolescente, como idade e nível de desenvolvimento e condições
sociais.
c) considerar que a negligência é caracterizada pelo constrangimento mediante violência
ou grave ameaça de prática de um ato libidinoso.
d) entender o quanto este tipo de violência está relacionado com a presença de violência
física e psicológica contra menores de 14 anos, induzindo que os mesmos presenciem e
participem de condutas em que há a ocorrência de conjunção carnal.

Negligência: Corresponde aos atos de omissão, cujos efeitos podem ser negativos, que
representam uma falha do adulto em desempenhar seus deveres em relação a crianças e
adolescentes, incluindo os de supervisão, alimentação e proteção. A violência doméstica é
uma das violações de direitos mais frequentes.
Letra a.

016. (TJ-DFT/PSICOLOGIA/2019) No tocante à violência contra idosos, cabe salientar o


papel importante na ampliação e reflexão dessa questão dentro da sociedade, assim, a
identificação de situações de risco, principalmente quando idoso está inserido em algum
serviço de saúde, pode ser uma oportunidade de detectar tal perpetuação de violência.
Assim, quanto às diferenças entre a prática deste tipo de violência em termos de gênero, ou
seja, com pessoas idosas do sexo feminino que são internadas em instituições hospitalares,
é mais comum a presença de
a) abuso financeiro.
b) agressão física.
c) violência patrimonial.
d) negligência e abandono.

Aviolência, maus tratos e negligência na velhice. A Rede Internacional para a Prevenção


ao Abuso do Idoso define esse construto como “um ato único ou repetido, ou a falta de
uma ação apropriada, que ocorre no âmbito de qualquer relacionamento onde haja uma
expectativa de confiança, que cause dano ou angústia a uma pessoa mais velha” (Action on
Elder Abuse [AEA], 1995).
Letra d.

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017. (TJ-DFT/PSICOLOGIA/2019) No contexto forense, o psicólogo encontrará a problemática


da violência física, contra crianças e adolescentes, que é considerada como a forma de
violência mais evidente, por causar danos físicos que são visíveis e mais facilmente percebidos
e identificados em exames médicos e clínicos. As consequências deste tipo de abuso podem
estar associadas
a) à presença de fatores financeiros, constitucionais e familiares.
b) a comportamentos infratores em adolescentes.
c) à reduzida relação com déficits de ajustamento e comportamento de adolescentes.
d) ao desenvolvimento de uma campanha de difamação e ódio contra um genitor alienado.

A violência doméstica contra crianças e adolescentes representa todo ato de omissão,


praticados por pais, parentes ou responsáveis, contra crianças e/ou adolescentes que –
sendo capaz de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima – implica, de um lado
uma transgressão do poder/ dever de proteção do adulto e, de outro, uma coisificação da
infância, isto é, uma negação do direito que crianças e adolescentes têm de ser tratados
como sujeitos e pessoas em condição peculiar de desenvolvimento (GUERRA, 1998, p. 32-33).
Letra b.

018. (PREFEITURA MUNICIPAL DE HONÓRIO SERPA/PSICÓLOGO/2019) Em 7 de agosto de


2006, era sancionada a principal referência no combate à violência contra a mulher, a Lei
Maria da Penha (Lei n. 11.340). Criada para punir os autores da violência no ambiente familiar
e, assim, coibir novos atos de violência contra as mulheres, a lei proporcionou novas bases
jurídicas contra esse tipo de crime e tornou mais severa sua punição. O psicólogo que atua
no âmbito da violência conjugal deve ter como base para sua prática as referências teóricas
e técnicas elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP). Um aspecto importante
mencionado em tais documentos é que o profissional deve conhecer a rede de atendimento
local, bem como os problemas que ela enfrenta, respeitando as especificidades dos serviços
e dos profissionais que participam (Batista et al., 2017). Com relação à atuação do psicólogo
nesse âmbito, é CORRETO afirmar que:
a) O profissional da psicologia na questão de situações de violência contra a mulher, geralmente,
trabalha sozinho e é realizado de forma fidedigna e ética, já por toda complexidade que há
na questão da violência conjugal.
b) O psicólogo, independente da área em que esteja atuando, é um dos profissionais
que contribui para a promoção dos Direitos Humanos, relacionando-se com as áreas da
saúde e educação apenas. Quando se trata da atuação deste profissional na realidade das
mulheres em situação de violência conjugal, a relação com as políticas públicas é quase que

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obrigatória, constituindo um diálogo entre o Estado e a sociedade, para atender os direitos


fundamentais dos envolvidos.
c) Geralmente o profissional de psicologia que atua no âmbito da violência conjugal deve
possuir também conhecimento na área da psicologia jurídica, a qual é uma especialidade
da psicologia que relaciona as práticas e saberes psicológicos com a área do direito. Essa
ligação entre as duas áreas aconteceu, pois, tanto o psicólogo quanto o profissional da
área de direito, trabalham no mesmo objetivo: o comportamento humano. O trabalho
do profissional da psicologia aliado à área jurídica acarreta um grande crescimento no
campo de atuação dessa área, já que a psicologia contribui para o campo investigativo, nas
avaliações e perícias.
d) O psicólogo que atua no âmbito da violência conjugal não necessita ter como base para
sua prática as referências teóricas e técnicas elaboradas pelo Conselho Federal de Psicologia
(CFP). Um aspecto importante mencionado em tais documentos é que o profissional deve
conhecer a rede de atendimento local, bem como os problemas que ela enfrenta, respeitando
as especificidades dos serviços e dos profissionais que participam.

Geralmente o profissional de psicologia que atua no âmbito da violência conjugal deve


possuir também conhecimento na área da psicologia jurídica, a qual é uma especialidade
da psicologia que relaciona as práticas e saberes psicológicos com a área do direito. Essa
ligação entre as duas áreas aconteceu pois, tanto o psicólogo quanto o profissional da
área de direito, trabalham no mesmo objetivo: o comportamento humano. O trabalho do
profissional da psicologia aliado à área jurídica acarreta um grande crescimento no campo de
atuação dessa área, já que a psicologia contribui para o campo investigativo, nas avaliações
e perícias (Rovinski & Cruz, 2009).
Letra c.

019. (FGV/2022/SEAD-AP/PERITO CRIMINAL/PSICOLOGIA) Considerando o eixo da Prevenção


contra o abuso e/ou exploração sexual de crianças e adolescentes e as ações preconizadas
pelo Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, é possível
afirmar que
a) o tema da educação em sexualidade deve ser inserido no currículo da Educação Básica.
b) as ferramentas de tecnologias da informação e da comunicação são responsáveis pela
pornografia infantil.
c) crianças e adolescentes informados sobre direitos sexuais e reprodutivos ficam mais
vulneráveis em sua autodefesa.
d) a educação sexual e a prevenção ao abuso sexual devem ser matérias privativas da família.

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e) as campanhas de sensibilização fomentam o tráfico de crianças e adolescentes para fins


de exploração sexual.

E é a partir dessa perspectiva que se compreende que as questões de gênero e sexualidade


devem adentrar o currículo escolar.
Letra a.

020. (VUNESP/2022/PREFEITURA DE SOROCABA/SP/PSICÓLOGO I) Algumas crianças, em


função de situações de risco diversas, são provisoriamente afastadas de suas famílias, até
que seja determinado o seu retorno ao núcleo familiar de origem. O atendimento oferecido
a essas famílias, com o objetivo de reintegração, tem início com
a) o retorno imediato da criança ao ambiente familiar, para diminuir os danos já existentes,
causados pelo afastamento.
b) o reordenamento da rotina familiar, de acordo com o planejamento elaborado pela equipe
interdisciplinar responsável pelo caso.
c) a adaptação do modelo de funcionamento da família ao modelo de família preconizado
pela política nacional de assistência social.
d) o conhecimento sobre o histórico da situação que motivou o afastamento da criança e
da motivação desta e da família para a reintegração.
e) a realização de visitas domiciliares semanais para que a família comprove condições para
suprir as necessidades físicas e emocionais da criança.

O acolhimento institucional é uma medida de proteção para crianças e adolescentes,


enquanto suas famílias estiverem temporariamente impossibilitadas de cumprir sua função
de cuidado e proteção.
Letra d.

021. (INSTITUTO AOCP/MPE RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO/2023) Chega ao


conhecimento do Ministério Público um caso de lesão corporal de natureza leve recíproca
entre marido e mulher. Diante desse fato, é correto afirmar que
a) seria possível a aplicação de transação penal.
b) em caso de lesões corporais recíprocas entre marido e mulher, a natureza da ação penal
é distinta.

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c) não seria possível a aplicação de qualquer benefício da Lei n. 9.099/95 em relação à


mulher, por conta da vedação da Lei n. 11.340/06, mas seria cabível a aplicação do acordo
de não persecução penal ao marido.
d) caso o marido somente tivesse humilhado a mulher de modo a prejudicar seu pleno
desenvolvimento, somente ele seria vítima de crime.

LEI N. 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE 1995.


Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências.
LEI N. 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE/2006 - Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e
familiar contra a mulher, nos termos do § 8º do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção
sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção
Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação
dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo
Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências.

Letra c.

022. (FUNDATEC/PREFEITURA DE SÃO MARTINHO/OPERÁRIO/2022) Leia a seguinte notícia:


“A Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, através do Centro de Referência da
Assistência Social – CRAS de São Martinho, juntamente com farmácias locais e promovida
pelo governo do estado do RS, aderiram à campanha ‘Farmácia Amiga das Mulheres’! Mulheres
vítimas de violência doméstica poderão denunciar casos de agressões nas farmácias que
tiverem o selo “FARMÁCIA AMIGA DAS MULHERES”. Ao chegar à farmácia, a mulher deve pedir
_____________________, que se trata de uma “senha” para que o atendente saiba que se
trata de um pedido de ajuda. O profissional dirá que o produto está em falta e pegará alguns
dados para avisá-la quando chegar. Após, o atendente da farmácia passará à Polícia Civil
as informações coletadas, via WhatsApp, para que o órgão tome as medidas necessárias. A
campanha foi motivada pelo aumento de casos de feminicídio no estado durante o período
de isolamento, decorrente da pandemia do Coronavírus. Somente em abril, o aumento foi
de 66,7% em relação ao mesmo mês do ano passado. E, no município de São Martinho,
no ano de 2019, tivemos dois casos registrados de violência e, este ano, já chegamos em
12 casos, um aumento estarrecedor no registro de violência contra o feminino (dados do
CRAS)” (Texto adaptado. Fonte: www.saomartinho.rs.gov.br).
Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima.
a) esparadrapo azul
b) esparadrapo roxo
c) máscara preta

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d) máscara roxa
e) preservativo preto

Ao chegar na farmácia a mulher deve pedir a máscara roxa, que é o código para que o
atendente saiba que se trata de um pedido de ajuda.
O profissional dirá que o produto está em falta e pegará alguns dados para avisá-la quando
chegar. Após, o atendente da farmácia passa à Polícia Civil as informações coletadas, via
WhatsApp, para que o órgão tome as medidas necessárias.
Letra d.

023. (INSTITUTO CONSULPLAN/CÂMARA DE BARBACENA/AGENTE DE CONTROLE INTERNO/2022)


A ex-modelo e hoje microempresária Gabriela Casellato Britto, de 25 anos, ainda teme sair
nas ruas, um ano após ter a mandíbula e o nariz quebrados pelo ex-namorado. Mesmo
com medida protetiva estabelecida contra ele, a vítima afirma sentir “insegurança, medo
e muita revolta”, já que, em sua avaliação, o inquérito policial avançou pouco desde a ida à
delegacia. Eu tive que mudar a minha vida totalmente, com medo de ele ficar solto. Ele não
está pagando pelo que fez, e eu ainda tenho medo de sair na rua. Eu ainda tenho medo de
encontrar com ele em qualquer lugar”, relata.
(Disponível em https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia//2022/02/19/modelo-
desfigurada-pelo-ex-ao-ser-agredida-em-sp-naoconsegue-mais-emprego-na-area-
medo-de-sair-na-rua.ghtml. Acesso em: 19/02/2022.)
Em relação às formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, marque V para as
afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

( ) É considerada violência física qualquer conduta que ofenda a integridade ou saúde


corporal.
( ) A violência psicológica é considerada como qualquer conduta que cause dano emocional
e diminuição da autoestima, ou que prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento,
ou que vise degradar ou controlar ações, comportamentos, crenças e decisões,
mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância
constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, violação de intimidade,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir, ou qualquer outro meio
que cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação, dentre outras.
( ) A violência patrimonial é entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo
os destinados a satisfazer necessidades.

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A sequência está correta em


a) V, V, V.
b) F, F, F.
c) V, V, F.
d) F, F, V.

I – a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
II – a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e
diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que
vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III – a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter
ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso
da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a
impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite
ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV – a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração,
destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens,
valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V – a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou
injúria.

Letra a.

024. (METROCAPITAL/PREFEITURA DE NOVA ODESSA/AGENTE FISCAL DE RENDAS/2022)


O combate ao abuso sexual de crianças e adolescentes é o tema de uma campanha de
conscientização do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH).
(Fonte: www.gov.br)
Essa campanha recebe o nome de:
a) Abril verde.
b) Maio Laranja.
c) Junho Vermelho.
d) Agosto Dourado.
e) Setembro amarelo.

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O mês de maio é nacionalmente conhecido como maio laranja, mês de enfrentamento e


prevenção ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. O dia 18 foi instituído
pela lei federal 9970/00 como o dia nacional de combate a essa grave violação de direitos,
data alusiva à morte da menina Araceli, violentada e morta aos oito anos de idade.
Letra b.

025. (QUADRIX/CRP 10/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) O mundo contemporâneo, além


de complexo, é contraditório. Exemplos não faltam: os sucessivos recordes na produção de
alimentos convivem com a fome, que atinge grandes contingentes populacionais; esforços
pela paz mundial sucumbem ante guerras, que se multiplicam; a revolução tecnológica, como
se vê nas redes de comunicação, não alcança a todos e, para além dos inegáveis benefícios
das redes sociais, elas também são utilizadas por grupos criminosos.
Considerando essas informações e aspectos relevantes do mundo atual, julgue os itens.
No Brasil, ainda não há lei com o objetivo de proteger a mulher vítima de violência.

A Lei Maria da Penha (Lei n. 11.340/2006) define que a violência doméstica contra a mulher
é crime e aponta as formas de evitar, enfrentar e punir a agressão. Também indica a
responsabilidade que cada órgão público tem para ajudar a mulher que está sofrendo a
violência.
Letra e.

026. (QUADRIX/CRP 10/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2022) O mundo contemporâneo, além


de complexo, é contraditório. Exemplos não faltam: os sucessivos recordes na produção de
alimentos convivem com a fome, que atinge grandes contingentes populacionais; esforços
pela paz mundial sucumbem ante guerras, que se multiplicam; a revolução tecnológica, como
se vê nas redes de comunicação, não alcança a todos e, para além dos inegáveis benefícios
das redes sociais, elas também são utilizadas por grupos criminosos.
Considerando essas informações e aspectos relevantes do mundo atual, julgue os itens.
Na maioria dos países, inclusive no Brasil, leis dificultam ou impedem o ingresso das mulheres
no mercado de trabalho.

O ingresso da mulher no mercado de trabalho é uma transformação estrutural na composição


da força de trabalho e é responsável por criar ambiente favorável para outras mudanças
na situação de desigualdade de oportunidades.
Errado.

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027. (MS CONCURSOS/PREFEITURA DE FÁTIMA DO SUL/RECEPCIONISTA/2022) De acordo


com o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, analise os itens e indique a
alternativa correta.
I – O Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, foi instituído com o objetivo de
enfrentar todas as formas de feminicídio por meio de ações governamentais integradas
e intersetoriais.
II – Fomentar a responsabilização, as ações educativas de sensibilização, prevenção e o
monitoramento dos autores de violência contra as mulheres.
III – Reconhecimento da violência contra as mulheres como um fenômeno multidimensional
e multifacetado relacionado a fatores individuais, comunitários e socioculturais.
É verdadeiro o que se afirma no(s) item(ns:
a) I e III, somente.
b) II e III, somente.
c) I e II, somente.
d) I, II e III.

DECRETO N. 10.906, DE/20 DE DEZEMBRO DE/2021


Art. 1º Fica instituído o Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio, com o objetivo de
enfrentar todas as formas de feminicídio por meio de ações governamentais integradas e
intersetoriais.
Parágrafo único. As ações governamentais do Plano Nacional de Enfrentamento ao Feminicídio
serão implementadas com vistas a combater e prevenir as mortes violentas de mulheres por
razões da condição do sexo feminino e garantir os direitos e a assistência às mulheres em situação
de violência e aos seus familiares.

Letra d.

028. (FAU UNICENTRO/CISOP/AGENTE ADMINISTRATIVO/2022) Qual dos nomes abaixo se


refere a uma lei sancionada em/2006 e tida como um marco na normatização sobre violência
contra a mulher no Brasil? Assinale a alternativa correta:
a) Lei Mariana Ferrer.
b) Lei Maria da Penha.
c) Lei Ísis Valverde.
d) Lei Áurea.
e) Lei de Diretrizes e Bases.

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A Lei Maria da Penha, sancionada em 7 de agosto de 2006, como Lei n.º 11.340 visa proteger a
mulher da violência doméstica e familiar. A lei ganhou este nome devido à luta da farmacêutica
Maria da Penha para ver seu agressor condenado.
Letra b.

029. (FGV/Câmara de Taubaté/Técnico Legislativo/Área Administração/2022) “O movimento


ganhou força em/2017 quando a atriz Alyssa Milano publicou, em seu twitter, um pedido
para que todas as pessoas que já sofreram assédio sexual usassem a hashtag do movimento
e o denunciassem.”
(Adap. de veja.abril.com.br/videos/veja-explica)
“O movimento mudou a percepção das pessoas sobre que tipos de comportamento são
aceitáveis no ambiente de trabalho [...].
Estamos vendo uma profunda mudança na forma com que as pessoas enxergam a questão
de má conduta (especialmente assédio sexual) no ambiente de trabalho. A consciência e a
vigilância das pessoas em torno do que é aceitável está aumentando significantemente. As
pessoas estão cada vez mais dispostas a se manifestar quando enfrentam (ou testemunham)
problemas de comportamento. Isso, combinado com o fato de que o número de meios
digitais pelos quais é possível fazer isso está crescendo rápido, significa que as empresas
e pessoas envolvidas em casos desse tipo vão encarar dificuldades para escaparem dos
danos à reputação.”
(Adap. safe.space/conteudo/)
Os textos fazem referência ao movimento
a) #MeToo.
b) #BlackLivesMatter.
c) #NotHim.
d) #NoIsNo.
e) #Feminism.

O movimento #MeToo, uma campanha que se multiplicou entre as atrizes de Hollywood


contra a cultura de assédio sexual no principal cenário do cinema mundial, tomou conta
desses eventos e repercutiu em todos os cantos do planeta.
Tudo começou com um caso que veio à tona no jornal The New York Times acusando um
dos maiores executivos de Hollywood, Harvey Weinstein, de ter assediado, abusado e até
estuprado dezenas de atrizes. As primeiras acusações apareceram em 5 de outubro, e o

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poderoso produtor acabou demitido de sua própria empresa durante aquela semana. A
“Caixa de Pandora” foi aberta. Weinstein nega ter se envolvido em sexo não consensual.
Letra a.

030. (FUNDEP/PREFEITURA/PROFESSOR DE EDUCAÇÃO BÁSICA/HISTÓRIA/2022) A antecipação


dos trabalhos com agressores nos centros de educação e reabilitação psicossocial é vista
como benéfica por associações e ONGs de apoio a mulheres vítimas de violência. [...]
[...] outros desafios compõem esse cenário de tratamento da violência e do feminicídio no
Brasil. “Tudo passa pela sensibilização por meio da educação. Eu acredito que as escolas
deveriam ser obrigadas a incluir no currículo uma matéria que aborde esse assunto. A violência
doméstica não é discutida no âmbito escolar como deveria ser. Recebemos adolescentes
de 15 anos já sofrendo violência do namorado” [...].
Disponível em: http://digital.otempo.com.br/leitor/#/jornais/1/ edicoes/14961. Acesso
em: 11 mar./2022.
O trabalho de reabilitação psicossocial de agressor em caso de violência doméstica e violência
contra a mulher, antes mesmo da conclusão do processo, é uma inovação da Lei Maria da
Penha, aprovada em fevereiro de 2020 pelo Senado.
Essa inovação apela para a educação, uma vez que
a) altera os currículos escolares com vistas a abordar, em caráter obrigatório, a violência
contra a mulher, entre os itens dos temas transversais.
b) elimina a necessidade de penas de reclusão, pois a educação pode atuar e corrigir hábitos
culturais adquiridos socialmente, como os de tipo machista.
c) garante que agressores em reabilitação possam conviver com mulheres vítimas de
agressões, e se reeducar pelo convívio com o sofrimento feminino.
d) produz modificações no comportamento de agressores que também podem ser
considerados vítimas de padrões de educação e comportamento machistas.

A nova lei determina o funcionamento ininterrupto de órgãos e serviços de atendimento a


vítimas de violência doméstica em todo o país. Todos eles passam a ser reconhecidos como
essenciais. A norma ainda define como “de natureza urgente” todos os processos tratando
de casos de violência doméstica durante a pandemia, ficando proibidas a interrupção e a
suspensão dos prazos processuais.
O poder público deverá adotar as ações para garantir a manutenção do atendimento
presencial de vítimas de violência. Para isso, foram alteradas a Lei Maria da Penha e o
Decreto 10.282/2020, que define os serviços considerados essenciais durante a pandemia.
Letra d.

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031. (QUADRIX/CRA PR/AUXILIAR DE SERVIÇOS GERAIS/2022) Com relação aos assuntos


que envolvem o Brasil e a seus desdobramentos na política, na economia, na sociedade,
na saúde, na segurança, nas relações internacionais, no desenvolvimento sustentável e na
ecologia, julgue os itens.
O Brasil é um dos países com os maiores índices de mortes violentas de mulheres do mundo.

De acordo com o estudo, o Brasil ocupa a sétima posição de maior número de assassinatos
de mulheres no mundo, num ranking de 84 países. “Entre 1980 e 2010, foram assassinadas
mais de 92 mil mulheres no Brasil. Quarenta e quatro mil na última década.
Certo.

032. (CONSULPLAN/2017) É obrigação assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a


efetivação de direitos à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao
lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar
e comunitária. Assim, tais obrigações são
a) da família e poder público.
b) da comunidade e poder público.
c) da família, sociedade e comunidade.
d) da sociedade, da família, do poder público e da comunidade.

É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar à pessoa


idosa, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade,
ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
Letra d.

033. (AMEOSC/2015) Assinale a opção incorreta. De acordo com o Art. 17 do Estatuto do


Idoso; “Ao idoso que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito
de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável”. Parágrafo único:
Não estando o idoso em condições de proceder à opção, esta será feita:
a) Por um Assistente Social designado para acompanhar o paciente e orienta-lo a aceitar
ou não os procedimentos solicitados pelo corpo médico.
b) Pelo curador, quando o idoso for interditado.
c) Pelos familiares, quando o idoso não tiver curador ou este não puder ser contatado em
tempo hábil.

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d) Pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que
deverá comunicar o fato ao Ministério Público.

Art. 17. À pessoa idosa que esteja no domínio de suas faculdades mentais é assegurado o direito
de optar pelo tratamento de saúde que lhe for reputado mais favorável. (Redação dada pela Lei
n. 14.423, de 2022)
Parágrafo único. Não estando a pessoa idosa em condições de proceder à opção, esta será feita:
(Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
I – pelo curador, quando a pessoa idosa for interditada; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
II – pelos familiares, quando a pessoa idosa não tiver curador ou este não puder ser contactado
em tempo hábil; (Redação dada pela Lei n. 14.423, de 2022)
III – pelo médico, quando ocorrer iminente risco de vida e não houver tempo hábil para consulta
a curador ou familiar;
IV – pelo próprio médico, quando não houver curador ou familiar conhecido, caso em que deverá
comunicar o fato ao Ministério Público.

Letra a.

034. (CESPE/2013) No que diz respeito ao processo de adoecimento e ao enfrentamento


da doença, julgue os itens a seguir.
Na terceira idade, a fase do ciclo vital em que ocorre um maior número de perdas, os
indivíduos adquirem maior consciência da finitude da vida, o que os permite temer menos
a morte do que as pessoas em outras etapas da vida.

O envelhecimento é uma etapa do ciclo vital em que, de acordo com as vivências de cada
um, inicia um declínio no funcionamento do indivíduo.
Errado.

035. (PUC-PR/2012) De acordo com Ligia PY (2004), o aumento da longevidade, sonho


dos humanos há tempos, surpreende nos tempos atuais, prenunciando uma nova era que
transgride o padrão vigente da cronologia das idades. Tornar-se velho é alcançar uma forma
de adiar a morte. Segundo a autora, os esforços que vêm sendo realizados para investigar,
sistematizar e aplicar conhecimentos de vários campos sobre a morte e o morrer e os
fenômenos a ela relacionados denominam-se:
a) Cuidados paliativos.
b) Biotanatologia.
c) Tanatologia.

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d) Medicina intensiva.
e) Hermenêutica.

Tanatologia é o estudo científico da morte. Ele investiga os mecanismos e aspectos forenses


da morte, tais como mudanças corporais que acompanham o período após a morte, bem
como os aspectos sociais e legais mais amplos. É, principalmente, um estudo interdisciplinar.
Letra c.

036. (CESPE/2018) A respeito do processo de envelhecimento, julgue o próximo item.


I – Envelhecimento saudável diz respeito ao processo de otimizar oportunidades para a
saúde e participação como engajamento continuado na vida.
II – O sucesso do processo de envelhecer extrapola a noção de ausência de doença ou
manutenção da capacidade funcional.
III – O envelhecimento ativo define-se pela habilidade do indivíduo em manter-se fisicamente
inserido no meio de trabalho.
IV – Aspectos econômicos, comportamentais e particulares podem ser determinantes no
processo de envelhecimento ativo.
Estão certos apenas os itens
a) I e II.
b) I e IV.
c) II e III.
d) II e IV.
e) I, III e IV.

O envelhecimento é um processo gradual e contínuo que consiste na alteração natural


de algumas funções corporais de pessoas adultas. Não há uma idade específica para o
envelhecimento, mas especialistas afirma que aos 65 anos de idade iniciamos a velhice.
Letra d.

037. (INÉDITA/2023) O modelo familiar mais comum não é o nuclear e os rearranjos familiares.
I – que incluem recasamentos e separações, são descritos com naturalidade.
PORQUE
II – os grupos familiares costumam girar em torno das mães.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas

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de Vulnerabilidade Social - Parte II
Ariete Bittencourt Pinto

b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

O modelo familiar mais comum não é o nuclear e os rearranjos familiares, que incluem
recasamentos e separações, são descritos com naturalidade. Ainda assim, os grupos familiares
costumam girar em torno das mães. Os pais biológicos geralmente estão ausentes e, em
algumas casas, a figura do padrasto acaba complicando as relações intrafamiliares.
Letra a.

038. (INÉDITA/2023) Os objetivos das instituições de __________estão a reinserção social, a


defesa dos direitos e o fornecimento de condições básicas de sobrevivência para crianças
e adolescentes em situação de rua.
a) Apoio.
b) Privação.
c) Guarda.
d) Acolhimento.
e) Parada.

Entre os objetivos das instituições de acolhimento estão a reinserção social, a defesa dos
direitos e o fornecimento de condições básicas de sobrevivência para crianças e adolescentes
em situação de rua. Essas instituições podem ser ainda espaços privilegiados de acolhimento,
escuta e respeito.
Letra d.

039. (INÉDITA/2023) O uso de drogas parece precipitar o envolvimento dos adolescentes


em episódios de violência:
I – seu consumo provoca mudanças de comportamento que parecem encorajar e anestesiar
os momentos em que eles cometem ou são vítimas de violência.
PORQUE
II – essa prática também complica a relação destes sujeitos com agentes da segurança
pública, representados, principalmente, pela figura dos policiais.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas

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c) I está correta e a II está incorreta


d) I está incorreta e a II está correta

O uso de drogas parece precipitar o envolvimento dos adolescentes em episódios de


violência. Isso porque seu consumo provoca mudanças de comportamento que parecem
encorajar e anestesiar os momentos em que eles cometem ou são vítimas de violência.
Essa prática também complica a relação destes sujeitos com agentes da segurança pública,
representados, principalmente, pela figura dos policiais.
Letra a.

040. (INÉDITA/2023) De acordo com a dinâmica familiar, julgue o item seguinte.


A dinâmica familiar aparece como um elemento importante a ser observado no que tange
esta questão, ora desempenhando papel protetor, ora facilitador, em relação ao uso de
drogas.

A dinâmica familiar aparece como um elemento importante a ser observado no que tange
esta questão, ora desempenhando papel protetor, ora facilitador, em relação ao uso de
drogas. A relação desta prática com os “comportamentos de risco”, alguns vinculados à
busca pela droga e outros ao estado de “intoxicação”, também se destaca.
Certo.

041. (INÉDITA/2023) De acordo com as Crianças e adolescentes em situação de rua, julgue


o item seguinte.
O caso daquelas que vivem em instituições de acolhimento ou que desempenham atividades
laborais nas ruas, mas retornam para suas casas no final do dia, é igual.

Crianças e adolescentes em situação de rua compõem um grupo heterogêneo. Dessa


forma, não podemos deixar de sinalizar que o caso daquelas que vivem em instituições
de acolhimento ou que desempenham atividades laborais nas ruas, mas retornam para
suas casas no final do dia, é diferente. Entre essas crianças, a ida à escola é mais comum,
sobretudo quando obrigatória, se vinculada a programas governamentais de distribuição
de renda.
Errado.

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042. (INÉDITA/2023) De acordo com a desigualdade de gênero, julgue o item seguinte.


Essa cultura que trata com desigualdade, que subjuga as mulheres por seu gênero, é a
principal causa da violência contra a mulher.

Essa desigualdade de gênero estrutural, essa cultura que trata com desigualdade, que
subjuga as mulheres por seu gênero, é a principal causa da violência contra a mulher. A
cultura em questão não valoriza a mulher como um sujeito de direitos, como um ser, mas
trata-a como um objeto que pode ser usado por homens.
Certo.

043. (INÉDITA/2023) A origem da violência contra a mulher está na cultura patriarcal.


I – os primórdios de nossa história, as mulheres foram deixadas em uma segunda categoria,
sempre abaixo dos homens.
PORQUE
II – temos uma cultura extremamente pautada em relações de poder que privilegiam o
domínio dos homens.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas e a II justifica a I
b) I e II estão corretas, mas a II não justifica a I
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

A origem da violência contra a mulher está na cultura patriarcal. Desde os primórdios de


nossa história, as mulheres foram deixadas em uma segunda categoria, sempre abaixo
dos homens. Nós temos uma cultura extremamente pautada em relações de poder que
privilegiam o domínio dos homens. A cultura, por si só, é extremamente violenta contra a
mulher, dela é tolhido o direito:
• de ser quem é;
• de exercer sua liberdade;
• de expressar suas vontades, sua sexualidade e sua individualidade.
Letra a.

044. (INÉDITA/2023) De acordo com violência contra a mulher, julgue o item seguinte.
A violência contra a mulher está tão naturalizada em nossa cultura, que, muitas vezes, é
imperceptível.

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A violência contra a mulher está tão naturalizada em nossa cultura, que, muitas vezes, é
imperceptível. Não falamos aqui da violência física ou psicológica provocada por um homem
sobre uma mulher, mas de uma violência simbólica que se materializa, por exemplo, pela
pressão estética que a mulher vive em nossa sociedade.
Certo.

045. (INÉDITA/2023) O processo de envelhecimento populacional ocorre de forma natural,


mas com etapas diferentes e que levam tempo:
I – Melhoria na qualidade de vida.
PORQUE
II – plano de saúde, previdência e aposentadoria.
Assinale a alternativa correta.
a) I e II estão corretas
b) I e II estão incorretas
c) I está correta e a II está incorreta
d) I está incorreta e a II está correta

Tais fatores fazem com que o ato de envelhecer seja uma preocupação social, perpassando
todos os setores de políticas públicas.
Letra a.

046. (INÉDITA/2023) De acordo com o encarecimento da vida urbana, julgue o item seguinte.
A sobrevivência na selva de pedra é cara, o que faz com que a população trabalhe de 8 a 12
horas/dia para um sustento digno e satisfatório.

A redução das taxas de natalidade e fecundidade é o encarecimento da vida urbana. A


sobrevivência na selva de pedra é cara, o que faz com que a população trabalhe de 8 a 12
horas/dia para um sustento digno e satisfatório. Alguns até têm mais de um emprego, algo
normal nas médias e grandes cidades.
Certo.

047. (INÉDITA/2023) O termo doença _______ é usado para designar patologias com um
ponto em comum: são persistentes e necessitam de cuidados permanentes.
a) Aguda.

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b) Maníaca.
c) Patológica.
d) Crônica.
e) Ataque.

O termo doença crônica é usado para designar patologias com um ponto em comum:
são persistentes e necessitam de cuidados permanentes. São exemplos frequentemente
lembrados doenças não transmissíveis como hipertensão arterial, diabetes mellitus, doenças
cardiovasculares, osteoartrose e câncer. Atualmente, entretanto, estamos frente a uma
nova realidade. Algumas doenças transmissíveis também se enquadram no conceito de
doenças crônicas, sendo HIV/AIDS o melhor exemplo (QUADRANTE, 2022).
Letra d.

048. (INÉDITA/2023) De acordo com as doenças crônicas, julgue o item seguinte.


A incidência de doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer e patologias
cardiovasculares eleva-se com a idade na população idosa.

Os idosos constituem a população mais acometida pelas doenças crônicas. A incidência de


doenças como hipertensão arterial, diabetes, câncer e patologias cardiovasculares eleva-
se com a idade.
Certo.

049. (INÉDITA/2023) Acerca do diabetes mellitus, julgue o item seguinte.


O diabetes mellitus é caracterizado por elevação anormal da concentração de glicose
sanguínea.

O diabetes mellitus é caracterizado por elevação anormal da concentração de glicose


sanguínea. É uma doença altamente prevalente, afetando cerca de 150 milhões de pessoas
em todo o mundo.
Certo.

050. (INÉDITA/2023) A __________ é a segunda doença crônica mais comum, superada apenas
pela hipertensão arterial. Ao menos 10% dos indivíduos não hospitalizados a apresentam,
mas muitos casos não são reconhecidos ou são tratados de forma inapropriada.

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a) Diabetes mellitus.
b) Depressão.
c) Hipertensão arterial.
d) Cefaléia.
e) Insuficiência cardíaca.

Depressão é a segunda doença crônica mais comum, superada apenas pela hipertensão
arterial. Ao menos 10% dos indivíduos não hospitalizados a apresentam, mas muitos casos
não são reconhecidos ou são tratados de forma inapropriada. Esse número é maior entre
os indivíduos que vivem em instituições de longa permanência, chegando a 30%.
Letra b.

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