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especificidades e educação
UFSCar – Universidade Federal de São Carlos
Reitora
Profa. Dra. Ana Beatriz de Oliveira
Vice-Reitora
Maria de Jesus Dutra dos Reis
ISBN – 978-65-89874-54-6
Considerações finais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Referências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Súmulas curriculares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
Mensagem aos estudantes
1 Para mais detalhes, olhar a Tabela 2, Níveis de gravidade para transtorno do espectro
do autismo, do DSM 5 (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014, p. 52).
10 | Transtorno do Espectro do Autismo: especificidades e educação
A seguir são apontados alguns mitos e verdades sobre o TEA com o objetivo
de uma primeira aproximação. É importante destacar que existem outros
mitos causados por desconhecimento ou fatos aleatórios atribuídos ao TEA,
o que significa que novos mitos podem aparecer ao longo dos anos. Isso
demonstra a importância da ampliação da divulgação das informações so-
bre o transtorno e do incentivo à busca de informações complementares em
fontes confiáveis.
autistas leves podem apresentar essa característica. Porém, é fato que NEM
TODOS apresentam.
O TEA é genético!
VERDADE. Sim, autismo é genético! Já foram descritos centenas de ge-
nes conhecidos ligados ao autismo, e com certeza ainda serão descritos mui-
tos outros nos próximos anos com a evolução no conhecimento da genética
humana. Enquanto não temos todas as respostas, já temos alguns caminhos.
O principal é nunca desistir de lutar!
O mito por trás disso: é mito acreditar que apenas um gene é responsá-
vel pelo autismo de todas as pessoas com TEA. Outro mito é achar que, por
não haver outras pessoas com TEA na família, então não é genético. Nem
toda alteração genética é hereditária, ou seja, passada de pai para filho.
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Uma das primeiras atitudes deve ser o diálogo, conversar com Otávio
e entender, a partir do relato dele, em qual medida a interação social deve
ser estabelecida, formas de ajudá-lo a se organizar para garantir a previsi-
bilidade que ele precisa, e, ainda, considerando que ele está matriculado
em um curso de fisioterapia, haverá a necessidade de auxiliá-lo a construir
estratégias e/ou ferramentas para deixar o toque físico menos aversivo.
Possíveis estratégias, se Otávio considerar adequadas:
• promover aproximações graduais de colegas de turma, evitando
longos trabalhos em grupo que exijam que Otávio fique sob a tensão
da imposição da interação longa e com muitas pessoas novas ao mesmo
tempo;
• oferecer a oportunidade de trabalho em dupla, trios e só depois
grupos maiores, sempre observando as indicações de Otávio sobre
como ele está se sentindo;
• construir o cronograma da disciplina de forma clara e objetiva, sendo
importante, diante da necessidade de mudança, conversar previamente
com o estudante e não realizar mudanças repentinas;
• detalhar as atividades de forma clara e objetiva, por exemplo, o que
é para ser feito em cada etapa, o que é esperado do aluno, qual o valor/
peso na avaliação final, prazo de entrega;
Unidade 6. Tenho um aluno com TEA na sala de aula. O que posso fazer? | 25