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CONHECIMENTOS

ESPECÍFICOS
Noções Básicas de Doenças

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
221228346151

NATALE SOUZA

Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em


1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa
Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde
Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como
Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto
Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós-graduação e
preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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Conhecimentos Específicos
Noções Básicas de Doenças
Natale Souza

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Noções Básicas de Doenças. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Leishmaniose Tegumentar Americana. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Manifestações Clínicas da LTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
2. Leishmaniose Visceral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
2.1. Manifestações Clínicas da leishmaniose visceral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3. Malária. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1. Período de Incubação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.2. Período de Latência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3. Vigilância Epidemiológica da Malária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3.4. Medidas de Prevenção e Controle da Malária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
4. Esquistossomose Mansoni. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
4.1. Modo de Transmissão da Esquistossomose. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4.2. Vigilância Epidemiológica da Esquistossomose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
5. Dengue, Chikungunya e Zika. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.1 Dengue. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5.2. Chikungunya . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
5.3. Zika. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51

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Natale Souza

APRESENTAÇÃO
Sou a professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Estadual de
Feira de Santana (UEFS), em 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela Universidade
Estadual de Santa Cruz (UESC), em 2001, e em Direito Sanitário pela Fiocruz, em 2004; e
mestre em Saúde Coletiva.
Atualmente, sou funcionária pública da prefeitura de Salvador e atuo como educadora/
pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) no Projeto Caminhos do Cuidado. Há
16 anos, atuo na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos,
ministrando as disciplinas de Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde
Pública e Específicas de Enfermagem.
Sou autora de diversos livros para concursos e residências, pela editora Sanar, dentre
eles: Legislação do SUS para concursos, pela editora Concursos Psicologia; Legislação do SUS
– comentada e esquematizada/Políticas de Saúde, Legislação do SUS e saúde coletiva – 500
questões, pela editora Sanar. Escrevi também capítulos nos seguintes livros: 1000 questões
comentadas de Enfermagem e 1000 questões residências em Enfermagem, da editora Sanar.
Assim que terminei a graduação, iniciei a minha trajetória em concursos públicos, como
«concurseira” e docente. Fui aprovada em 16 concursos e seleções públicas. Apaixonei-me pela
docência e, hoje, dedico meu tempo ao estudo dos conhecimentos específicos de Enfermagem,
da legislação específica do SUS, Políticas de Saúde, Saúde Coletiva e Saúde Pública.
Lembre-se: encontro-me à disposição no fórum de dúvidas para quaisquer esclarecimentos.
Com o objetivo de melhorar continuamente, solicitamos sempre que, após a leitura
dessa aula, a avalie.
Não esqueça de manter sempre “a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo“.
Bons estudos!
Observação:
Esse tema é muito extenso e a aula foi dividida em duas partes para adiantarmos.
As demais doenças serão abordadas na parte 2 da aula.

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NOÇÕES BÁSICAS DE DOENÇAS

1. LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA


A Leishmaniose Tegumentar Americana (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa,
causada por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
A LTA é uma infecção zoonótica, afetando outros animais que não o ser humano, o qual
pode ser envolvido secundariamente.
De acordo com Brasil (2019), tem como sinonímia:
• Úlcera de Bauru;
• Nariz de tapir;
• Botão do Oriente.
De acordo com Brasil (2019), a LTA tem como agente etiológico um protozoário do
gênero Leishmania. No Brasil, foram identificadas sete espécies, sendo seis do subgênero
Viannia e uma do subgênero Leishmania.
As três principais espécies são:

Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à ordem


Diptera, família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos
popularmente como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros, dependendo da
localização geográfica.
No Brasil, as principais espécies envolvidas na transmissão da LTA são L. whitmani, L.
intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. flaviscutellata e L. migonei.

VETORES Insetos flebotomíneos


Mosquito palha, tatuquiria, birigui (dependendo da região, poderá ainda
NOMES POPULARES
surgir com outro nome)
PRINCIPAIS ESPÉCIES QUE L – whitmani, L. intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. flaviscutellata e
TRANSMITEM NO BRASIL L. migonei.
Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas (MOSQUITO). Não há
TRANSMISSÃO
transmissão de pessoa a pessoa.
No homem, em média de dois meses, podendo apresentar períodos mais
INCUBAÇÃO
curtos (duas semanas) e mais longos (dois anos).
A suscetibilidade é universal.
Suscetibilidade e imunidade
A infecção
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DIANE GERVAZIO DOSnão conferem
SANTOS imunidade
- 01736403117, aopor
vedada, paciente.
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA LTA


De acordo com Brasil (2019), a doença se manifesta sob duas formas:

Elas podem apresentar diferentes manifestações clínicas, descritas no Atlas da


Leishmaniose Tegumentar Americana (2006) e no Manual de Vigilância da Leishmaniose
Tegumentar Americana (2007).

001. (2017/IDECAN/PREFEITURA DE TENENTE ANANIAS – RN) No ano de 2009, o estado


do Rio Grande do Norte registrou 56 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana, com
coeficiente de detecção de 1,8 caso por 100.000 habitantes. No Brasil, a Leishmaniose
Tegumentar Americana (LTA) é uma das afecções:
a) Ósseas.
b) Oculares.
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c) Musculares.
d) Dermatológicas.

A LTA é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada por diferentes espécies de
protozoários do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas.
Letra d.

002. (2019/FCC/CÂMARA DE FORTALEZA – CE) A transmissão da leishmaniose tegumentar


americana, ou úlcera de Bauru, se dá
a) por mosquitos vetores.
b) por aspiração de mofo em cavernas ou florestas úmidas.
c) pelo contato com água contaminada de lagoas ou açudes.
d) pelo contato de urina de rato, presente em água de enchente urbana.
e) por picada de carrapatos.

Os vetores da LTA são insetos denominados flebotomíneos, pertencentes à ordem Diptera,


família Psychodidae, subfamília Phlebotominae, gênero Lutzomyia, conhecidos popularmente
como mosquito palha, tatuquira, birigui, entre outros, dependendo da localização geográfica.
Letra a.

003. (2019/IBFC/PREFEITURA DE CRUZEIRO DO SUL – AC) Sobre o controle epidemiológico


da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA), assinale a alternativa incorreta.
a) As estratégias de controle devem ser flexíveis, distintas e adequadas a cada região ou
foco em particular
b) Todos os aspectos epidemiológicos devem ser considerados ao se definir as estratégicas
de controle
c) A delimitação e a caracterização da área de transmissão são aspectos que devem ser
considerados no controle epidemiológico
d) A Leishmaniose é uma doença endêmica de controle fácil, quando baseado em ações
educativas.

De acordo com Brasil (2019), observa-se a coexistência de um duplo perfil epidemiológico,


expresso pela manutenção de casos oriundos dos focos antigos ou de áreas próximas a
eles, e pelo aparecimento de surtos associados a fatores decorrentes do surgimento de

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atividades econômicas, como garimpos, expansão de fronteiras agrícolas e extrativismo,


em condições ambientais altamente favoráveis à transmissão da doença.
Letra d.

004. (2018/IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA – ES) Assinale a opção que apresenta uma
medida adotada na prevenção da leishmaniose tegumentar americana.
a) Vacinação
b) Uso de repelentes
c) Controle de caramujos
d) Tratamento adequado da água
e) Cozimento adequado dos alimentos.

Para evitar os riscos de transmissão, algumas medidas preventivas de caráter individual e


coletivo devem ser estimuladas, tais como: uso de repelentes, quando houver exposição a
ambientes onde os vetores, habitualmente, possam ser encontrados, dentre outras.
Letra b.

005. (2018/FAFIPA/PREFEITURA DE LOANDA – PR) A Leishmaniose Tegumentar Americana,


doença infecciosa causada por um protozoário, acomete pele e mucosas. Assinale a alternativa
CORRETA, quanto à medida de controle dirigida aos casos humanos:
a) Controle químico para áreas urbanas.
b) Atendimento precoce, visando diagnóstico, tratamento e acompanhamento.
c) Eutanásia quando as lesões cutâneas se agravarem.
d) Controle químico para áreas silvestres.

As ações voltadas para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado dos casos de


LTA são de responsabilidade das Secretarias Municipais de Saúde (SMS), com o apoio das
Secretarias Estaduais de Saúde (SES) e do Ministério da Saúde. Para tanto, faz-se necessário
organizar a rede básica de saúde para suspeitar, assistir, acompanhar e, quando indicado,
encaminhar os pacientes com suspeita de LTA para as unidades de referência ambulatorial
ou hospitalar. Sendo assim, devem-se oferecer as condições para a realização do diagnóstico
e tratamento precoces, bem como estabelecer o fluxo de referência e contrarreferência.
Letra b.

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006. (2014/CETRO/CHS) A leishmaniose tegumentar americana (LTA) é uma doença infecciosa


causada por protozoário do gênero Leishmania, que acomete pele e mucosas. Assinale a
alternativa que apresenta a forma de transmissão da LTA.
a) Ingestão de água contaminada.
b) Aerossóis.
c) Picada do inseto transmissor infectado.
d) Contato direto com pessoa infectada.
e) Contato sexual.

A transmissão da LTA ocorre a partir da picada do hospedeiro infectado, no caso, o mosquito.


Letra c.

007. (2014/IDECAN/PREFEITURA DE SÃO GONÇALO DO RIO ABAIXO – MG) Sobre a leishmaniose


tegumentar americana, uma doença infecciosa, não contagiosa, de transmissão vetorial,
marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.

(  ) O modo de transmissão é através de picada de insetos transmissores infectados.


Não há transmissão de pessoa a pessoa.
(  ) O período de incubação no homem pode apresentar períodos mais curtos de duas
semanas e mais longos de cinco anos.
(  ) A susceptibilidade é universal. A infecção e a doença não conferem imunidade ao
paciente.
(  ) Causada por protozoário do gênero Leishmania, de transmissão vetorial, que acomete
pele e mucosas.

A sequência está correta em


a) V, V, F, V.
b) F, V, V, F
c) F, V, F, F
d) V, F, V, V.

Item 1. Verdadeiro. Está em acordo com o manual de vigilância epidemiológica de 2019.


Item 2. Falso. O período de incubação no homem, em média de dois meses, podendo
apresentar períodos mais curtos (duas semanas) e mais longos (dois anos).
Itens 3 e 4. Verdadeiros. Estão de acordo com o manual de vigilância epidemiológica de 2019
Letra d.

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2. LEISHMANIOSE VISCERAL
As leishmanioses são consideradas primariamente como uma zoonose podendo
acometer o homem, quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito,
transformando-se em uma antropozoonose. Atualmente, encontra-se entre as seis endemias
consideradas prioritárias no mundo (TDR/WHO).
A leishmaniose visceral, dada a sua incidência e alta letalidade, principalmente em
indivíduos não tratados e crianças desnutridas, é também considerada emergente em
indivíduos portadores da infecção pelo vírus da imunodeficiência adquirida (HIV), tornando-
se uma das doenças mais importantes da atualidade.
De acordo com Brasil (2019), a leishmaniose visceral é uma doença crônica e sistêmica,
que, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
Sinonímia:

A leishmaniose visceral tem como agente etiológico protozoários tripanosomatídeos do


gênero Leishmania. Nas Américas, a Leishmania (Leishmania) chagasi é a espécie comumente
envolvida na transmissão da leishmaniose visceral (LV).
Os reservatórios da leishmaniose são:

No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia


longipalpis, a principal; e Lutzomyia cruzi, também incriminada como vetora em áreas
específicas dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Ainda, é possível que uma
terceira espécie, Lutzomyia migonei, também participe da transmissão de LV, devido à sua
alta densidade em áreas com ausência de L. longipalpis e/ou L. cruzi e registro de casos
autóctones da doença, mas isto precisa ser mais estudado (BRASIL, 2019).
VETORES Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia cruzi
Mosquito palha, tatuquiria, birigui (dependendo da região, poderá ainda
NOMES POPULARES
surgir com outro nome)
A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania
TRANSMISSÃO
(L.) chagasi. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.
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VETORES Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia cruzi


No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses, e, no
INCUBAÇÃO
cão, varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses.
Crianças e idosos são mais suscetíveis.
Suscetibilidade e imunidade Existe resposta humoral detectada através de anticorpos circulantes, que
parecem ter pouca importância como defesa.

2.1. MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DA LEISHMANIOSE VISCERAL


É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de
peso, astenia, adinamia, hepatoesplenomegalia e anemia, dentre outras. Quando não
tratada, pode evoluir para o óbito em mais de 90% dos casos.

008. (2015/FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE – MG) A Leishmaniose Visceral e a


Leishmaniose Tegumentar, respectivamente, apresentam acometimento:
a) Dentário – Subcutâneo.
b) Sistêmico crônico – Pele e mucosa.
c) Ósseo – Fâneros.
d) Ovariano – Renal.

Leishmaniose visceral é uma doença crônica e sistêmica, que, quando não tratada, pode
evoluir para óbito em mais de 90% dos casos
Leishmaniose Tegumentar Americana é uma doença infecciosa, não contagiosa, causada
por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
Letra b.

009. (2014/FDC/FIOCRUZ) No Brasil, a leishmaniose visceral é uma doença:


a) transmitida ao homem por meio da ingestão de carne mal cozida.
b) transmitida ao homem e ao cão por um inseto vetor.
c) de veiculação hídrica, transmitida ao homem quando esse entra em contato com água
contendo caramujos contaminados.
d) que acomete o homem picado por carrapato.
e) que o homem deve ser imunizado na infância por vacinação.

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No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia


longipalpis, a principal; e Lutzomyia cruzi. São infectados cães e homens, não havendo
transmissão entre pessoas.
Letra b.

010. (2015/IF-RR/IF-RR) A Leishmaniose é uma doença causada por protozoário flagelado, do


gênero leishmania. Existem espécies que causam lesões na pele, a leishmaniose tegumentar
americana, outras espécies causam lesões na mucosa e a leishmaniose visceral ou calazar,
que compromete principalmente o fígado e o baço. Podemos afirmar que a leishmaniose:
a) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por anofelinos;
b) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por flaverinos;
c) Leishmaniose é transmitida através de vetores, da espécie Aedes;
d) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por barbeiros;
e) Leishmaniose é transmitida através de vetores, conhecidos por flebótomos.

O Brasil é o país que concentra o maior número de espécies de flebotomíneos em todo o


mundo. Esses insetos são responsáveis pela transmissão da Leishmaniose Visceral e da
Leishmaniose Tegumentar, doenças causadas por protozoários do gênero Leishmania.
Letra e.

011. (2015/FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE – MG) Sobre a transmissão da Leishmaniose


Visceral, é CORRETO afirmar que:
a) No Brasil, a forma de transmissão é através de picada dos vetores – L. Longipalpis ou L.
cruzi – infectados pela Leishmania (L.) chagasi.
b) Alguns autores admitem a hipótese da transmissão entre a população canina através da
ingestão de ossos infectados e mesmo através de mordeduras, cópula, ingestão de pássaros
contaminados, porém, as evidências são grandes sobre a importância epidemiológica destes
mecanismos de transmissão para humanos.
c) Ocorre transmissão direta da Leishmaniose Visceral de pessoa a pessoa.
d) A transmissão ocorre independentemente de haver o parasitismo na pele ou no sangue
periférico do hospedeiro.

No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença: Lutzomyia


longipalpis, a principal; e Lutzomyia cruzi. A transmissão ocorre pela picada dos vetores
infectados pela Leishmania (L.) chagasi. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.
Letra
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012. (2010/VUNESP/CEAGESP) É vetor da leishmaniose visceral:


a) Aedes aegypti.
b) Musca doméstica.
c) Lutzomyia longipalpis.
d) Blatella germanica.
e) Haemagoghus janthinomys.

No Brasil, duas espécies estão relacionadas com a transmissão da doença, Lutzomyia


longipalpis e Lutzomyia cruzi. A primeira é considerada a principal espécie transmissora da
Leishmania (Leishmania) chagasi, mas a L. cruzi também foi incriminada como vetora em
uma área específica do estado do Mato Grosso do Sul.
Letra c.

013. (2009/FUMARC/PREFEITURA DE BETIM – MG) Em relação à Leishmaniose Visceral


podemos afirmar, EXCETO:
a) A transmissão é através da picada do vetor infectado.
b) A transmissão é direta de pessoa para pessoa.
c) Crianças e idosos correm mais risco de contrair a doença.
d) Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, a Leishmaniose Visceral encontra-se
urbanizada.

A única assertiva que não está de acordo com o guia de vigilância epidemiológica de 2019
é a letra b, uma vez que a transmissão não ocorre entre pessoas.
Letra b.

014. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE ITAPEVI – SP) A transmissão das leishmanioses visceral


(LV) e tegumentar (LT) ocorre
a) por transmissão direta de pessoa a pessoa.
b) através da picada dos vetores do gênero Lutzomyia infectados.
c) pelo aperto de mão, enquanto houver o parasitismo na pele ou no sangue periférico do
hospedeiro.
d) através do contato direto com cães infectados.
e) através do contato sexual com o indivíduo doente.

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De acordo com Brasil (2019), a Leishmaniose Visceral e Tegumentar é transmitida por meio
da picada de insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, asadura, tatuquiras,
birigui, dentre outros.
Letra b.

015. (2020/VUNESP/PREFEITURA DE CANANEIA – SP) A Leishmaniose visceral é uma zoonose


de evolução crônica, com acometimento sistêmico, e, se não tratada, pode levar a óbito
até 90% dos casos. A transmissão ocorre
a) quando pessoas doentes mantêm contato direto com outras saudáveis, que nunca
tiveram a doença, portanto não têm imunidade.
b) pelo contato direto com animais silvestres (pacas, gambás, capivaras, cães) infectados
pelo flebótomo.
c) quando o protozoário é liberado no ambiente devido à ausência de coleta e tratamento
de esgoto, contaminando indivíduos que andam descalços nesses locais.
d) quando fêmeas de insetos flebotomíneos picam cães ou outros animais infectados e
depois picam o homem transmitindo o protozoário Leishmania.
e) pelo contato direto com cães e gatos infectados pelo protozoário, que já estão manifestando
sintomas da doença.

De acordo com Brasil (2019), a Leishmaniose Visceral é transmitida por meio da picada de
insetos conhecidos popularmente como mosquito palha, tatuquiras, birigui, dentre outros.
Letra d.

016. (2014/FDC/FIOCRUZ) Em relação à leishmaniose visceral no Brasil é possível afirmar que:


a) todo indivíduo que é infectado com o parasito desenvolve a doença.
b) todo cão que é infectado com o parasito desenvolve a doença.
c) todo indivíduo imunocomprometido que é infectado com o parasito desenvolve a doença.
d) somente crianças menores de cinco anos infectadas com o parasito desenvolvem a doença.
e) somente uma pequena porcentagem dos indivíduos e cães infectados com o parasito
desenvolve a doença.

De acordo com Brasil (2019), só uma pequena parcela de indivíduos infectados desenvolve
sinais e sintomas da doença. Após a infecção, caso o indivíduo não desenvolva a doença,
observa-se que os exames que pesquisam imunidade celular ou humoral permanecem
reativos por longo período. Isso requer a presença de antígenos, podendo-se concluir que a
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Leishmania ou alguns de seus antígenos continuam presentes no organismo durante longo


tempo após a infecção inicial.
Letra e.

017. (2019/IBADE/PREFEITURA DE SERINGUEIRAS – RO) A Leishmaniose Visceral (LV) é uma


doença causada por um protozoário da espécie Leishmania chagasi. Acerca da doença, é
correto afirmar que:
a) o inseto transmissor da doença tem, como característica, a coloração esverdeada; e, em
posição de repouso, suas asas permanecem fechadas.
b) os sintomas são úlceras na pele e nas mucosas.
c) o tratamento para a doença não está disponível na rede de serviços do Sistema Único
de Saúde (SUS).
d) é transmitida ao homem pela picada de fêmeas do inseto vetor infectado.
e) a prevenção à doença ocorre por meio da vacinação da população.

O parasito L. chagasi é transmitido pela picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas, em


especial, das espécies Lutzomyia longipalpis e Lutzomyia cruzi. Também conhecidos como
‘mosquito-palha’, ‘tatuquira’, ‘cangalhinha’ e birigui, os insetos são pequenos e apresentam
coloração amarelada.
Letra d.

3. MALÁRIA
De acordo com Brasil (2019), a Malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes
etiológicos são protozoários transmitidos por vetores. No Brasil, a magnitude da malária
está relacionada à elevada incidência da doença na Região Amazônica e à sua potencial
gravidade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco,
principalmente naquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento.
Podemos considerar sinonímias e nomes populares para a malária:
Sinonímia Nomes populares
Paludismo Maleita
impaludismo Sezão
Febre palustre Tremedeira
Febre intermitente Batedeira
Febre terça benigna Febre
Febre terça maligna

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Cinco espécies de protozoários do gênero Plasmodium podem causar a malária humana:


• P. falciparum;
• P. vivax;
• P. malariae;
• P. ovale; e
• P. knowlesi.
No Brasil, há três espécies associadas à malária em seres humanos: P. vivax, P. falciparum
e P. malariae. O P. ovale está restrito a determinadas regiões do continente africano e a
casos importados de malária no Brasil. O P. knowlesi, parasita de macacos que tem sido
registrado em casos humanos, ocorre apenas no Sudeste Asiático (BRASIL, 2019).

O homem é o principal reservatório com importância


epidemiológica para a malária humana.

Mosquitos pertencentes à ordem Diptera, infraordem Culicomorpha, família Culicidae, gênero


Anopheles (Meigen, 1818). Este gênero compreende aproximadamente 400 espécies, das quais cerca
de 60 ocorrem no Brasil e 11 delas têm importância epidemiológica na transmissão da doença: An.
(Nyssorhynchus) darlingi (Root, 1926); An. (Nys.) aquasalis (Curry, 1932); espécies do complexo An.
(Nys.) albitarsis s. l.; An. (Nys.) marajoara (Galvão & Damasceno, 1942); An. (Nys.) janconnae (Wilkerson &
Sallum, 2009); An. (Nys.) albitarsis s. s. (Rosa-Freitas & Deane, 1989); An. (Nys.) deaneorum (RosaFreitas,
1989); espécies do complexo An. (Nys.) oswaldoi; An. (Kerteszia) cruzii (Dyar & Knab, 1908); An. (K.)
bellator (Dyar & Knab, 1906) e An. (K.) homunculus (Komp, 1937), (BRASIL, 2019).

Os vetores da malária são popularmente conhecidos por “carapanã”, “muriçoca”, “sovela”,


“mosquito-prego” e “bicuda”.
De acordo com Brasil (2019), An. darlingi, a fêmea, é o principal vetor de malária no Brasil;
seu comportamento é altamente antropofílico e endofágico (entre as espécies brasileiras,
é a mais encontrada picando no interior e nas proximidades das residências).
A transmissão da malária ocorre por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles,
quando infectada pelo Plasmodium spp.
Segundo Brasil (2019), ao picar uma pessoa infectada, os plasmódios circulantes no
sangue humano, na fase de gametócitos, são sugados pelo mosquito, que atua como
hospedeiro principal e permite o desenvolvimento do parasito, gerando esporozoítos no
chamado ciclo esporogônico. Por sua vez, os esporozoítos são transmitidos aos humanos
pela saliva do mosquito no momento das picadas seguintes.
O ciclo do parasito dentro do mosquito tem duração variada conforme as espécies
envolvidas, com duração média de 12 a 18 dias, sendo, em geral, mais longo para P. falciparum
do que para P. vivax.

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O risco de transmissão depende do horário de atividade do vetor. Os vetores são


abundantes nos horários crepusculares,

Todavia, são encontrados picando durante todo o período noturno. O horário em que há
maior abundância de mosquitos varia de acordo com cada espécie, nas diferentes regiões
e ao longo do ano.

Não há transmissão direta da doença de pessoa a pessoa.


Outras formas de transmissão, tais como transfusão
sanguínea, compartilhamento de agulhas contaminadas
ou transmissão congênita também podem ocorrer, mas
são raras.

3.1. PERÍODO DE INCUBAÇÃO

3.2. PERÍODO DE LATÊNCIA


Segundo Brasil (2019), nas infecções por P. vivax e P. ovale, alguns esporozoítos originam
formas evolutivas do parasito denominadas hipnozoítos, que podem permanecer em estado
de latência no fígado. Estes hipnozoítos são responsáveis pelas recaídas da doença, que
ocorrem após períodos variáveis, em geral dentro de 3 a 9 semanas após o tratamento para
a maioria das cepas de P. vivax, quando falha o tratamento radical (tratamento das formas
sanguíneas e dos hipnozoítos).

Caso não seja adequadamente tratado, o indivíduo pode


ser fonte de infecção por até um ano para malária por P.
falciparum; até três anos para P. vivax; e por mais de três
anos para
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Suscetibilidade Toda pessoa é suscetível.


Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem atingir um
Imunidade estado de imunidade parcial, com quadro oligossintomático, subclínico ou
assintomático.
A vulnerabilidade diz respeito à frequência do fluxo de indivíduos ou grupos
Vulnerabilidade
infectados e/ou mosquitos anofelinos.
No que concerne à receptividade de um ecossistema à transmissão da malária,
Receptividade um ecossistema receptivo deve ter a presença de vetores competentes, um
ambiente adequado e uma população suscetível.

3.3. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA MALÁRIA


Como casos suspeitos de malária são considerados toda pessoa residente em (ou que
tenha se deslocado para) área onde haja possibilidade de transmissão de malária,

Como casos confirmados de malária são considerados aqueles confirmados por


critério clínico-laboratorial, sendo toda pessoa cuja presença de parasito ou algum de seus
componentes tenha sido identificada no sangue por exame laboratorial. Um caso de malária
pode ser classificado como autóctone, importado, induzido, introduzido, recidivado ou
recrudescente (dependendo da origem da infecção); e como sintomático ou assintomático.
Nos contextos de controle da malária, um “caso” é a ocorrência de infecção confirmada por
malária com ou sem sintomas.

A malária é uma doença de notificação compulsória imediata, portanto, todo caso suspeito deve
ser notificado às autoridades de saúde em até 24 horas, pelo meio mais rápido disponível (telefone,
fax, e-mail). A notificação também deve ser registrada no Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (Sinan), utilizando-se a Ficha de Notificação e Investigação de Malária, disponível
na seção “Notificação da Malária” da página web http://saude.gov.br/saude-de-a-z/malaria. O
encerramento do registro da notificação deve ser completado no sistema no prazo máximo de 30
dias. Devem-se registrar também todos os exames de controle de cura (BRASIL, 2019).

Lembrando que essa notificação deverá ser realizada tanto por instituições públicas,
quanto por instituições privadas.
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3.4. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA MALÁRIA


De acordo com Brasil (2019), a interrupção da transmissão de malária é o objetivo final
do controle desta doença. Com a ampliação rápida e esforços sustentáveis, a eliminação
da malária é possível em todos os cenários de transmissão.
Dentro das medidas de prevenção e controle temos as medidas de proteção individual,
cujo objetivo principal é reduzir a possibilidade da picada do mosquito transmissor de malária.
São medidas recomendadas:

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Além disso, devemos considerar que os profissionais envolvidos na prevenção à Malária


devem levar em consideração a prevenção de viajantes.
Para determinar o risco individual de adquirir malária, é necessário que o profissional
obtenha informações detalhadas sobre a viagem. Roteiros que incluam as características que
oferecem risco elevado de transmissão e, consequentemente, de malária grave no viajante.
Outro fator fundamental para a prevenção e o controle da malária é o controle vetorial. De
acordo com Brasil (2019), as atividades de controle vetorial de malária são complementares
ao diagnóstico e tratamento. O controle vetorial deve ser desenvolvido, preferencialmente,
na esfera municipal, e tem como objetivo principal reduzir o risco de transmissão, prevenindo
a ocorrência de epidemias, com a consequente diminuição da morbimortalidade.
Ainda de acordo com Brasil (2019), a seleção de intervenções deverá se basear em
determinantes definidos, e dependerá da possibilidade de se cumprirem os requisitos e
as indicações necessárias para que a ação de controle seja eficaz. A possibilidade de se
usarem duas ou mais ações de controle de modo simultâneo deve ser considerada sempre
que indicado e operacionalmente possível.
No tocante ao controle de vetores, temos mecanismos fundamentais como o controle
químico dos vetores, realizado por meio da

Na borrifação intradomiciliar, o controle de mosquitos adultos é feito por pulverização


de inseticida de efeito residual nas paredes internas dos domicílios. Os ciclos de borrifação
intradomiciliar devem respeitar a residualidade do inseticida. Vale ressaltar que, para uma
ação de borrifação intradomiciliar ser efetiva, é necessário que, na localidade onde ela vai
ocorrer, a cobertura mínima de residências atendidas seja de 80%.
Com relação aos mosquiteiros impregnados com inseticida de longa duração (MILD),
o Ministério da Saúde recomenda a utilização de MILD que tenham sido testados e constem
na lista de recomendações da WHOPES/OMS. Espera-se, como efeito da distribuição
maciça de MILD, redução na quantidade de mosquitos picando no interior das residências.
Os mosquiteiros impregnados serão mais efetivos quanto maior for o número de pessoas
protegidas na localidade.
Na nebulização espacial as ações não devem ser utilizadas na rotina de controle
vetorial, pois, devido à sua efemeridade e à enorme quantidade de variáveis ambientais
e entomológicas envolvidas, são normalmente muito pouco efetivas. Sendo assim, a
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nebulização deve ser utilizada somente em situações de surtos e epidemias, com o objetivo
de diminuir a população de mosquitos potencialmente infectados, não devendo ser usada
em áreas esparsas.
Além disso, temos o controle larvário, como forma de prevenção e controle da malária.
Nesse sentido, Brasil (2019), traz que como medidas de controle larvário de anofelinos,
recomendam-se o manejo ambiental e o ordenamento do meio; ações de drenagem, aterro
e modificação do fluxo de água são medidas efetivas, no entanto, devem-se priorizar
criadouros que sejam claramente responsáveis por grande parte da carga de doença,
localizados próximos a conglomerados populacionais (zonas urbanas, vilas, povoados).
Ainda de acordo com a referência, a proximidade entre os criadouros e as residências,
a positividade para espécies vetoras de importância epidemiológica, e a quantidade de
criadouros na localidade também são parâmetros a serem observados. O controle de
criadouro só será efetivo se toda ou a maior parte da área de criação do vetor na localidade
de intervenção for tratada.

018. (2016/IDECAN/PREFEITURA DE BOA VISTA – RR) “Nos primeiros cinco meses de 2016,
Roraima registrou 3 mil casos de malária. Do número, cerca de 50% dos casos são importados
da Venezuela, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau). Na capital Boa Vista já
foram confirmados 432 casos de malária originários da Venezuela entre janeiro e maio deste ano.”
(Disponível em: http://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2016/08/roraima-tem-3-mil-casos-de-malaria-
-sesau-diz-que-50-vem-da-venezuela.html.Acessoem: 10/10/2016.)

Em relação à malária, assinale a alternativa INCORRETA.


a) A transmissão da doença ocorre de pessoa a pessoa.
b) É uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos por vetores.
c) Os vetores são mais abundantes nos horários crepusculares, ao entardecer e ao amanhecer.
d) O tratamento adequado e oportuno da malária previne o sofrimento humano, a ocorrência
do caso grave, o óbito e elimina a fonte de infecção.

A malária não é transmitida de pessoa para pessoa, sua transmissão se dá a partir da picada
da fêmea do mosquito Anopheles, quando infectada pelo Plasmodium spp.
Letra a.

019. (2016/IDECAN/PREFEITURA DE BOA VISTA – RR) Todo caso de malária deve ser notificado
às autoridades de saúde, tanto na área endêmica quanto na área não endêmica. A notificação
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deverá ser feita através da ficha de notificação de caso de malária. São consideradas
pessoas de área endêmica:
a) Com febre, cefaleia intensa, vômitos em jato, rigidez da nuca.
b) Com presença de úlcera cutânea, com fundo granuloso e bordas infiltradas em moldura.
c) Procedentes de área onde haja transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anteriores
à data dos primeiros sintomas.
d) Que apresentem quadro febril, sejam residentes ou tenham se deslocado para área onde
haja transmissão de malária no período de 8 a 30 dias anteriores à data dos primeiros sintomas.

No caso de notificação de casos suspeitos, são considerados pessoas de áreas endêmicas


de acordo com Brasil (2019), toda pessoa residente em (ou que tenha se deslocado para)
área onde haja possibilidade de transmissão de malária, no período de 8 a 30 dias anterior
à data dos primeiros sintomas, e que apresente febre, acompanhada ou não dos seguintes
sintomas: cefaleia, calafrios, sudorese, cansaço, mialgia; ou toda pessoa submetida ao
exame para malária durante investigação epidemiológica.
Letra d.

020. (2019/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE VITÓRIA – ES) A respeito da Malária, são


intervenções de controle vetorial, EXCETO
a) controle de criadouros.
b) borrifação residual.
c) infiltração de área.
d) mosquiteiros impregnados.

Dentre as opções de controle vetorial, temos a borrifação, a utilização de mosqueteiros


e o controle de criadouros (controle larvário). A única exceção nessa questão é a letra c.
Letra c.

021. (2019/COPESE – UFT/PREFEITURA DE PORTO NACIONAL – TO) São considerados o vetor


e o agente etiológico causadores da malária, RESPECTIVAMENTE:
a) Aedes aegypti e vírus
b) Anopheles spp. e vírus.
c) Aedes aegypti e protozoário
d) Anopheles spp. e protozoário.

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O vetor da malária é a fêmea do mosquito Anopheles spp e o agente etiológico é um


protozoário.
Letra d.

022. (2019/ITAME/PREFEITURA DE OUVIDOR – GO) Considerando a malária como uma doença


infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do
mosquito Anopheles, assinale a alternativa correta:
a) Nem toda pessoa pode contrair a malária, uma vez que a suscetibilidade está restrita a
populações específicas.
b) Indivíduos que tiveram vários episódios de malária podem atingir um estado de imunidade
parcial, apresentando poucos ou mesmo nenhum sintoma no caso de uma nova infecção.
c) A malária é uma doença contagiosa. Uma pessoa doente é capaz de transmitir a doença
diretamente a outra pessoa.
d) O tratamento exclusivo da malária consiste na internação hospitalar.

a) Incorreta. Toda pessoa é suscetível à malária.


b) Correta. Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem atingir um
estado de imunidade parcial, com quadro oligossintomático, subclínico ou assintomático.
c) Incorreta. Não há transmissão de malária de uma pessoa para outra.
d) Incorreta. No Brasil, há um programa com foco no tratamento da malária, que não
consiste exclusivamente na internação hospitalar.
Letra b.

4. ESQUISTOSSOMOSE MANSONI
De acordo com Brasil (2019), é uma doença parasitária, de evolução crônica, cuja
magnitude da prevalência, severidade das formas clínicas e evolução a caracterizam como
um importante problema de saúde pública no país.
A esquistossomose tem como sinonímia:
• “Xistose”;
• “barriga d’água”; e
• “doença dos caramujos”.
O agente etiológico da esquistossomose é o Schistosoma mansoni, um helminto
pertencente à classe dos Trematoda, família Schistossomatidae e gênero Schistosoma.
São vermes digenéticos, delgados, de coloração branca e sexos separados (característica

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dessa família); a fêmea adulta, mais alongada, encontra-se alojada em uma fenda do corpo
do macho, denominada canal ginecóforo.
A esquistossomose possui duas categorias de hospedeiros, sendo um definitivo e um
intermediário.

No Brasil, as espécies Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria


tenagophila estão envolvidas na disseminação da esquistossomose.

4.1. MODO DE TRANSMISSÃO DA ESQUISTOSSOMOSE


O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercária na
pele. Após a infecção, as cercárias se desenvolvem para uma forma parasitária primária
denominada esquistossômulo, que inicia o processo de migração, via circulação sanguínea
e linfática, até atingir o coração e em seguida os pulmões (BRASIL, 2019).
Esquistossomose
Nos vasos portais mesentéricos, ocorre a sobreposição da fêmea no canal ginecóforo do macho e,
consequentemente, a cópula, seguida de oviposição.
No ambiente aquático, acontece a eclosão dos ovos e liberação do miracídio, que é a forma ativa
infectante do hospedeiro intermediário.
O contato com águas contaminadas por cercárias utilizadas para atividades profissionais ou de lazer,
como banhos, pescas, lavagem de roupa e louça ou plantio de culturas irrigadas, com presença de
caramujos infectados pelo S. mansoni, constitui risco para se adquirir a esquistossomose.

Esquistossomose
Em média, um a dois meses após a infecção, que corresponde à fase
Período de incubação de penetração das cercárias, seu desenvolvimento, até a instalação
dos vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo.

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Esquistossomose
→ O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a
partir de cinco semanas após a infecção e por um período de seis a
dez anos, podendo chegar até mais de 20 anos.
Período de transmissibilidade → Os hospedeiros intermediários começam a eliminar cercárias após
quatro a sete semanas da infecção pelos miracídios.
→ Os caramujos infectados eliminam cercárias por toda a vida, que
é aproximadamente de um ano.
Suscetibilidade e imunidade Qualquer pessoa é suscetível, embora existam variações individuais.

4.2. VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA ESQUISTOSSOMOSE


Para Brasil (2019), no intuito de evitar a instalação de focos urbanos, é importante
manter a vigilância ativa nas periferias das cidades, em virtude do grande fluxo migratório
de pessoas procedentes de municípios endêmicos, com os objetivos de reduzir:
• a ocorrência de formas graves e óbitos;
• a prevalência da infecção;
• o risco de expansão geográfica da doença;
• adotar medidas de controle em tempo oportuno.
Para definição de casos suspeitos é considerado o indivíduo residente em (e/ou procedente
de) área endêmica com quadro clínico sugestivo das formas aguda, crônica ou assintomática,
com história de contato com as coleções de águas onde existam caramujos eliminando
cercárias. Todo caso suspeito deve ser submetido a exame parasitológico de fezes.
A confirmação do caso acontece a partir de critérios clínicos-laboratoriais.

4.2.1. MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLE DA ESQUISTOSSOMOSE


Como medidas de prevenção e controle da esquistossomose temos:

023. (2020/GUALIMP/PREFEITURA DE AREAL – RJ) No Brasil, é o principal reservatório do


Schistosoma mansoni, agente etiológico da esquistossomose mansônica:
a) Caramujos.
b) Primatas.
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c) Roedores selvagens
d) Ser humano.

O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma adulta,


reproduz-se sexuadamente e possibilita a eliminação dos ovos do S. mansoni no ambiente,
pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.
Letra d.

024. (2019/FCM/PREFEITURA DE CARANAÍBA – MG) A esquistossomose mansoni, também


conhecida como “xistose” e “barriga d’água”, é uma doença parasitária, de evolução crônica,
cuja magnitude da prevalência, severidade das formas clínicas e evolução caracterizam-na
como um importante problema de saúde pública no país.
A respeito da esquistossomose mansoni, é correto afirmar que
a) o homem é o principal hospedeiro intermediário do Schistosoma mansoni e nele o parasita
apresenta a forma adulta, reproduz-se sexuadamente e possibilita a eliminação dos ovos
do S. mansoni no ambiente, pelas fezes, ocasionando a contaminação das coleções hídricas.
b) o homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa do miracídio na pele
e na mucosa.
c) não existe nenhum tipo de resistência adquirida contra reinfecções em moradores de
áreas endêmicas para a doença; a reinfecção pelo parasita pode acarretar uma resposta
exacerbada da doença, que se manifestava de maneira grave e até mesmo fatal.
d) o homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas após
a infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.

a) Incorreta. O homem é o principal hospedeiro definitivo da esquistossomose mansoni.


b) Incorreta. O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercária
na pele.
c) Incorreta. De acordo com Brasil (2019), há evidências de que certo grau de resistência à
esquistossomose se faz presente na maioria dos indivíduos expostos em áreas hiperendêmicas,
mas esse mecanismo não está perfeitamente esclarecido. Essa resistência, em grau variável,
faz com que grande parte das pessoas continuamente expostas não desenvolva infecções
com grandes cargas parasitárias. Por isso, o número de pessoas com manifestações clínicas
severas é reduzido, em relação ao total de portadores.
d) Correta. A afirmativa está de acordo com o guia de vigilância epidemiológica de 2019.
Letra e.

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025. (2018/IBADE/PREFEITURA DE VILA VELHA – ES) Sobre a esquistossomose mansônica


é correto afirmar que é uma doença:
a) erradicada no Brasil.
b) de veiculação hídrica.
c) transmitida por carrapatos.
d) conhecida como calazar.
e) transmitida por mosquitos.

O ciclo biológico do S. mansoni depende da presença do hospedeiro intermediário no


ambiente. Os caramujos gastrópodes aquáticos, pertencentes à família Planorbidae e gênero
Biomphalaria, são os organismos que possibilitam a reprodução assexuada do helminto. Por
este motivo, pode ser considerada uma doença de veiculação hídrica.
Letra b.

026. (2017/IBGP/PREFEITURA DE ANDRADAS – MG) A esquistossomose é uma doença


parasitária, de evolução crônica, cuja magnitude da prevalência, severidade das formas
clínicas e evolução a caracterizam como um importante problema de saúde pública do país.
Sobre a Esquistossomose Mansônica, assinale V para as afirmativas verdadeiras, F para as falsas.

(  ) O homem é o principal hospedeiro definitivo e nele o parasita apresenta a forma


adulta, reproduz-se sexuadamente e possibilita a eliminação dos ovos do S. mansoni
no ambiente, pelas fezes.
 (  ) O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa do miracídio na pele.
(  ) O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir de 5 semanas
após a infecção e por um período de 6 a 10 anos, podendo chegar até mais de 20 anos.
(  ) O contato com águas contaminadas por cercarias utilizadas para atividades profissionais
ou de lazer, como banhos, pescas, lavagem de roupa e louça ou plantio de culturas
irrigadas, com presença de caramujos infectados pelo S. mansoni, constitui risco
para se adquirir a esquistossomose.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA.


a) V F V F
b) V V F V.
c) F V V F.
d) V F V V.

Item I. Verdadeiro

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Item II. Falso. O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da
cercária na pele.
Item III. Correto.
Item IV.Correto.
Letra d.

027. (2016/IBFC/SES-PR) A esquistossomose é uma doença que atinge principalmente


os países tropicais, e das espécies de Schistosoma que parasitam o homem, somente o
S. mansoni é encontrado no Brasil. As formas do S. mansoni que são infectantes para o
homem denominam-se:
a) Miracídios.
b) Cercárias.
c) Esporocistos.
d) Biomphalarias.

O homem adquire a esquistossomose por meio da penetração ativa da cercária na pele.


Letra b.

028. (2014/IDECAN/SES-DF/AGENTE DE VIGILÂNCIA AMBIENTAL EM SAÚDE) A esquistossomose


mansônica decorre da transmissão do parasita por meio de caramujos de água doce.
Assinale a alternativa que apresenta o nome do gênero do caramujo que faz parte do ciclo
de transmissão da esquistossomose mansônica no Brasil.
a) Pila.
b) Saulea.
c) Achatina.
d) Afroponus.
e) Biomphalaria.

No Brasil, as espécies Biomphalaria glabrata, Biomphalaria straminea e Biomphalaria tenagophila


estão envolvidas na disseminação da esquistossomose.
Letra e.

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5. DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA

As arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti têm se constituído em um dos principais


problemas de saúde pública no mundo. A dengue é a arbovirose urbana de maior relevância
nas Américas. É transmitida por mosquitos do gênero Aedes e possui como agente etiológico
o vírus dengue (DENV), com quatro sorotipos distintos (BRASIL, 2019).
Ainda de acordo com o referencial acima citado, o vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido
no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em diversos
países da América Central e ilhas do Caribe. No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou,
por métodos laboratoriais, a autoctonia do chikungunya nos estados do Amapá e da Bahia,
passando a conviver com uma segunda doença causada pelo Aedes aegypti.
No primeiro semestre de 2015, foi identificado pela primeira vez no continente americano,
em alguns estados da região Nordeste do Brasil, outro vírus transmitido pelo Aedes aegypti: o
vírus Zika (ZIKV). Desde então se disseminou para todo o país e demais países do continente
americano, com exceção de Chile e Canadá.
O cenário epidemiológico do Brasil, caracterizado pela circulação simultânea dos quatro
sorotipos do vírus dengue e dos vírus chikungunya e Zika, constitui-se em um grande desafio
tanto para a assistência quanto para a vigilância, em suas ações de identificação de casos
suspeitos, no diagnóstico precoce e no desencadeamento das ações de prevenção e controle.

5.1 DENGUE
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um
amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No curso da doença –
em geral debilitante e autolimitada –, a maioria dos pacientes apresenta evolução clínica
benigna e se recupera. No entanto, uma parte pode evoluir para formas graves, inclusive
óbitos, (BRASIL, 2019).

5.1.1. FASE FEBRIL


A primeira manifestação é a febre que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta
(39 ºC a 40 ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às mialgias, às artralgias
e à livro
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retro-orbitária.
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Atualmente o guia da vigilância epidemiológica de 2019


traz que a febre é considerada acima de 38 ºC. Note que
na prova poderá aparecer essa ligeira discrepância.

O exantema está presente em 50% dos casos, é predominantemente do tipo maculopapular,


atingindo face, tronco e membros de forma aditiva, não poupando plantas de pés e palmas
de mãos, podendo apresentar-se sob outras formas com ou sem prurido, frequentemente
no desaparecimento da febre. Anorexia, náuseas e vômitos podem estar presentes. A
diarreia está presente em percentual significativo dos casos, habitualmente não é volumosa,
cursando apenas com fezes pastosas numa frequência de três a quatro evacuações por dia,
o que facilita o diagnóstico diferencial com gastroenterites de outras causas (BRASIL, 2016).
Após a fase febril, grande parte dos pacientes recupera-se gradativamente com melhora
do estado geral e retorno do apetite.

029. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS - SP) Em relação à dengue, é correto


afirmar que
a) a dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a
gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando sinais
como febre alta (39 a 40 ºC), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações,
indisposição, enjoos, vômitos, entre outros.
b) a transmissão raramente ocorre em temperaturas acima de 16 ºC, por isso o mosquito
se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. A fêmea coloca os ovos em condições
adequadas (lugar quente e úmido e que possam acumular água) e em 96 horas, no mínimo,
o embrião se desenvolve, gerando larvas ativas.
c) a dengue hemorrágica, cujos sintomas se caracterizam por alterações na coagulação
sanguínea, hemorragias causadas pelo sangramento de pequenos vasos da pele e outros
órgãos e queda na pressão arterial do paciente, levando o paciente à morte em 99% dos casos.
d) existem quatro tipos de vírus da dengue (DEN 1; DEN 2; DEN 3 e DEN 4). A infecção por
um dos tipos imuniza a pessoa infectada para o vírus atuante e os demais tipos de vírus.
Esse fato facilita o desenvolvimento de uma vacina eficaz.
e) os principais sintomas da síndrome do choque da dengue são: febre alta acima de 40 ºC,
dores musculares pouco intensas, dor ao movimentar os olhos, mal-estar geral, falta de apetite
e náuseas, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo, principalmente nos braços e pernas.

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Como nós podemos observar no texto, na fase 1 ou fase febril, a primeira manifestação
é a febre, que tem duração de dois a sete dias, geralmente alta (39 ºC a 40 ºC), de início
abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra a.

030. (2016/UFMA/UFMA) São sintomas da dengue:


a) Febre alta (39 a 40 graus) de início abrupto, dor atrás dos olhos, dores no corpo e
articulações e dor de cabeça;
b) Febre baixa, inchaço das articulações, vermelhidão dos olhos, dor de cabeça;
c) Febre alta (39 a 40 graus) que começa subitamente, manchas vermelhas no corpo com
coceira intensa, dor de cabeça, inchaço e dores intensas nas articulações que dificultam
realização das atividades rotineiras;
d) Febre baixa, dor atrás dos olhos, inchaço das articulações, olhos vermelhos e aversão à luz
e) Febre alta (acima de 40 graus) nos primeiros 2 dias, dor nos olhos, dor de cabeça,
vermelhidão dos olhos e aversão à luz.

A dengue tem como primeira manifestação a febre, que tem duração de dois a sete dias,
geralmente alta (39 ºC a 40 ºC), de início abrupto, associada à cefaleia (dor de cabeça), à adinamia,
às mialgias (dores no corpo), às artralgias (dores nas articulações) e a dor retro-orbitária.
Letra a.

031. (2016/IF-ES/IF-ES) A dengue é uma doença infecciosa causada pelo vírus da dengue. Assinale,
entre as alternativas abaixo, a que apresenta os sinais e sintomas mais comuns da dengue:
a) Febre no período da tarde, secreção nasal, escarro sanguinolento e diarreia.
b) Rigidez na nuca e dores no corpo, febre alta e dor de cabeça.
c) Inchaço nas articulações, dores no corpo e coriza.
d) Febre, dores no corpo e articulações, dores de cabeça.
e) Nódulos subcutâneos dolorosos acompanhados ou não de febre, dores articulares e
mal-estar generalizado.

Vamos treinar até passar. A primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete
dias, geralmente alta (39 ºC a 40 ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às
mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra d.

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032. (2010/FCC/ TRF - 4ª REGIÃO) É um caso suspeito de dengue quando o paciente apresentar
a) doença febril aguda com duração de até 7 dias, acompanhada por pelo menos dois dos
seguintes sintomas: dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração e exantema, sempre
associados a hemorragias.
b) febre com duração de 15 dias, acompanhada dos sintomas: cefaleia, dor retroorbitária, mialgias.
c) cefaleia com duração de 5 a 10 dias, taquipneia, dor torácica, seguida ou não de hemorragias.
d) doença febril com duração de até 7 dias, acompanhada por pelo menos dois dos sintomas:
cefaleia, dor retroorbitária, mialgias, artralgias, prostração e exantema, associados ou
não a hemorragias.
e) anasarca, desidratação acompanhada ou não de hemorragias.

Vamos treinar até passar. A primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete
dias, geralmente alta (39 ºC a 40 ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às
mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra d.

033. (2013/FUNCAB/SESACRE) O paciente Amaro apresenta doença infecciosa aguda há


cinco dias, com febre alta, associada a cefaleia, dor retro-orbitária, mialgia, artralgia e
prostração. Esses sintomas são clássicos de:
a) dengue.
b) tuberculose.
c) pneumonia
d) gastrite.
e) leishmaniose.

Quem não memorizar os principais sinais e sintomas da dengue, poderá se confundir quando
a questão se refere a “cinco dias”, mas lembre que o período febril da dengue costuma
durar de 2 a 7 dias.
Letra a.

034. (2016/UFES/UFES) Com relação à dengue, é CORRETO afirmar:


a) A infecção pelo vírus da dengue causa uma doença de amplo espectro clínico, incluindo
desde formas inaparentes até quadros graves, podendo evoluir para o óbito. Entre esses
quadros, destacam-se a ocorrência de febre hemorrágica da dengue, a insuficiência renal,
as manifestações do sistema nervoso, a endometrite, as hemorragias graves e o choque.
b) A prova do laço, durante o exame físico, deverá ser realizada obrigatoriamente somente
noslivro
O conteúdo deste casos suspeitos
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paradengue hemorrágica.
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c) A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-se como uma síndrome afebril
com sinais e sintomas inespecíficos: apatia, sonolência, recusa da alimentação, vômitos,
diarreia ou fezes amolecidas.
d) O manejo adequado do paciente com dengue depende do reconhecimento precoce
dos sinais de alarme, do contínuo monitoramento, do tratamento medicamentoso e das
transfusões sanguíneas.
e) Na dengue, a primeira manifestação é a febre, geralmente alta (39ºC a 40ºC) de início
abrupto, associada à cefaleia, adinamia, mialgias, artralgias, dor retro-orbitária, com
presença ou não de exantema e/ou prurido.

Vamos treinar até passar. A primeira manifestação é a febre, que tem duração de dois a sete
dias, geralmente alta (39 ºC a 40 ºC), de início abrupto, associada à cefaleia, à adinamia, às
mialgias, às artralgias e a dor retro-orbitária.
Letra e.

035. (2015/CESPE ÓRGÃO: TJ-DFT) No que diz respeito à vigilância em saúde, julgue o item
subsequente.
As manifestações da dengue clássica incluem: febre geralmente alta (39 °C a 40 °C) associada
à cefaleia; prostração; mialgia; artralgia; dor retroorbitária; e exantema maculopapular
acompanhado ou não de prurido.

Somente para fixar e perceber como a banca Cespe/Cebraspe cobra o tema.


Todos os sintomas descritos são característicos da dengue clássica/fase febril da doença.
Certo.

5.1.2. FASE CRÍTICA


Essa fase pode estar presente em alguns pacientes, podendo evoluir para as formas
graves e, por esta razão, medidas diferenciadas de manejo clínico e observação devem ser
adotadas imediatamente (BRASIL, 2016).
Ainda de acordo com Brasil (2016), a fase crítica tem início com a defervescência da
febre, entre o terceiro e o sétimo dia do início da doença, acompanhada do surgimento
dos sinais de alarme.
A fase crítica da dengue ainda pode ser subdividida em dois momentos importantes:

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Dengue com sinais de alarme


De acordo com Brasil (2016), são sinais de alarme na dengue:
a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
b) Vômitos persistentes.
c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
d) Hipotensão postural e/ou lipotimia.
e) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
f) Sangramento de mucosa.
g) Letargia e/ou irritabilidade.
h) Aumento progressivo do hematócrito.

036. (2017/CS-UFG/UFG) A infecção pelo vírus da dengue pode causar uma doença sistêmica,
variando desde formas assintomáticas até quadros graves. Assim, para detectar sinais que
indiquem agravamento do caso, bem como evitar o óbito do paciente, deve-se proceder
rotineiramente, durante o curso da doença, a observância da presença de sinais de alarme
e a orientação do paciente para que procure por assistência médica caso apresente, dentre
outros sintomas, dor abdominal intensa,
a) vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
b) hipotensão arterial e aumento de plaquetas.
c) sangramento de mucosas e hipertensão arterial.
d) aumento de plaquetas e vômitos intermitentes.

Vamos relembrar. De acordo com Brasil (2016), são sinais de alarme na dengue:
a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
b) Vômitos persistentes.
c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
d) Hipotensão postural e/ou lipotimia.
e) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
f) Sangramento de mucosa.
g) Letargia e/ou irritabilidade.
h) Aumento progressivo do hematócrito.
Letra a.

037. (2017/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Paciente masculino, 27 anos, procurou a unidade de


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(temp axilar 39ºc), dor retro-orbitária, exantema máculo-papular, mialgia, além de dor
abdominal intensa e contínua. Foi diagnosticado com suspeita de dengue e, dentre os sinais/
sintomas descritos, apresenta um sinal de alarme para a dengue que é
a) febre.
b) exantema.
c) mialgia.
d) dor retro-orbitária.
e) dor abdominal intensa e contínua.

Vamos relembrar. De acordo com Brasil (2016), são sinais de alarme na dengue:
a) Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua.
b) Vômitos persistentes.
c) Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico).
d) Hipotensão postural e/ou lipotimia.
e) Hepatomegalia maior do que 2 cm abaixo do rebordo costal.
f) Sangramento de mucosa.
g) Letargia e/ou irritabilidade.
h) Aumento progressivo do hematócrito.
Letra e.

5.1.3. DENGUE GRAVE


As formas graves da doença podem manifestar-se com extravasamento de plasma,
levando ao choque ou acúmulo de líquidos com desconforto respiratório, sangramento
grave ou sinais de disfunção orgânica como o coração, os pulmões, os rins, o fígado e o
sistema nervoso central (SNC) (BRASIL, 2016).
De acordo com Brasil (2019), o choque ocorre quando um volume crítico de plasma é
perdido pelo extravasamento. Ocorre habitualmente entre o 4º e o 5º dia – no intervalo de
3 a 7 dias de doença –, sendo geralmente precedido por sinais de alarme.
O quadro clínico é semelhante ao observado no comprometimento desses órgãos por
outras causas. Derrame pleural e ascite podem ser clinicamente detectáveis, em função
da intensidade do extravasamento e da quantidade excessiva de fluidos infundidos. O
extravasamento plasmático também pode ser percebido pelo aumento do hematócrito,
quanto maior sua elevação maior será a gravidade, pela redução dos níveis de albumina e
por exames de imagem (BRASIL, 2016).

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5.1.4. CHOQUE
O choque ocorre quando um volume crítico de plasma é perdido através do extravasamento,
o que geralmente ocorre entre os dias quatro ou cinco (com intervalo entre três e sete
dias) de doença, geralmente precedido por sinais de alarme. O período de extravasamento
plasmático e choque leva de 24 a 48 horas, devendo a equipe assistencial estar atenta à
rápida mudança das alterações hemodinâmicas (BRASIL, 2016).
Avaliação hemodinâmica: sequência de alterações hemodinâmicas

Fonte: Opas. Dengue – Guías de Atención para Enfermos em la Región de las Américas. La Paz, Bolívia, 2010.

Sinais de choque
a) Taquicardia.
b) Extremidades distais frias.
c) Pulso fraco e filiforme.
d) Enchimento capilar lento (>2 segundos).
e) Pressão arterial convergente (<20 mm Hg).
f) Taquipneia.
g) Oliguria (< 1,5 ml/kg/h ).
h) Hipotensão arterial (fase tardia do choque).
i) Cianose (fase tardia do choque).
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038. (2017/CONSULPLAN/TRF - 2ª REGIÃO) A dengue é uma das doenças de maior incidência no


Brasil atualmente. Nos pacientes com suspeita de dengue a pressão arterial deve ser verificada
em duas posições para identificação de hipotensão postural e pressão arterial convergente.
Nas situações em que se verifica pressão arterial convergente, é correto afirmar que:
a) É um sinal precoce de choque.
b) Indica que o paciente está fora de perigo.
c) Está presente em todos os pacientes com dengue.
d) Corresponde à queda somente da pressão arterial diastólica e à manutenção da pressão
arterial sistólica normal para a idade.

Um dos sinais do choque na dengue é a pressão arterial convergente.


Letra a.

5.1.5. HEMORRAGIAS GRAVE


De acordo com Brasil (2016), em alguns casos pode ocorrer hemorragia massiva sem
choque prolongado e este sangramento massivo é critério de dengue grave. Este tipo de
hemorragia, quando é do aparelho digestivo, é mais frequente em pacientes com histórico
de úlcera péptica ou gastrites, assim como também pode ocorrer devido a ingestão de ácido
acetil salicílico (AAS), anti-inflamatórios não esteroides (Aines) e anticoagulantes. Estes
casos não estão obrigatoriamente associados à trombocitopenia e hemoconcentração.

5.1.6. DISFUNÇÕES GRAVES DE ÓRGÃOS


O grave comprometimento orgânico, como hepatites, encefalites ou miorcardites pode
ocorrer sem o concomitante extravasamento plasmático ou choque. As miocardites por dengue
são expressas principalmente por alterações do ritmo cardíaco (taquicardias e bradicardias),
inversão da onda T e do segmento ST com disfunções ventriculares (diminuição da fração da
ejeção do ventrículo esquerdo), podendo ter elevação das enzimas cardíacas (BRASIL, 2016).

5.1.7. FASE DE RECUPERAÇÃO


De acordo com Brasil (2019), ocorre após as 24-48 horas da fase crítica, quando uma
reabsorção gradual do fluido que havia extravasado para o compartimento extravascular
se dá nas 48-72 horas seguintes.
Brasil (2016), afirma que nos pacientes que passaram pela fase crítica haverá reabsorção
gradual do conteúdo extravasado com progressiva melhora clínica. É importante estar
atento
O conteúdo deste às possíveis
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Alguns pacientes podem apresentar um rash cutâneo acompanhado ou não de prurido


generalizado. Infecções bacterianas poderão ser percebidas nesta fase ou ainda no final
do curso clínico. Tais infecções em determinados pacientes podem ter um caráter grave,
contribuindo para o óbito (BRASIL, 2016).

5.1.8. AGENTE ETIOLÓGICO

Quatro são os sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4. A transmissão se faz:
Pela picada da fêmea do mosquito Ae. aegypti, no ciclo

O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da
febre e perdura até o sexto dia da doença.

De acordo com Brasil (2019), o processo de transmissão compreende um período de


incubação intrínseco (PII) – que ocorre no ser humano – e outro extrínseco, que acontece no
vetor. Esses períodos se diferenciam, de acordo com o vírus envolvido na transmissão e, no
caso do período de incubação extrínseco (PIE), também em função da temperatura ambiente.
Ainda de acordo com o referencial acima, temo que em relação ao vírus dengue (DENV),
o período de incubação intrínseco pode variar de 4 a 10 dias. Após esse período, inicia-se
o período de viremia no homem, que geralmente se inicia um dia antes do aparecimento
da febre e se estende até o 5º dia da doença.
A suscetibilidade ao vírus da dengue (DENV) no indivíduo é universal; uma vez que haja
infecção, a imunidade adquirida é permanente para um mesmo sorotipo (homóloga). De
outro modo, a imunidade cruzada (heteróloga) persiste temporariamente no indivíduo,
ou seja, quando induzida por um sorotipo, é apenas parcialmente protetora contra outros
sorotipos e desaparece rapidamente.

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039. (2015/CESPE/TJ-DFT) No que diz respeito à vigilância em saúde, julgue o item subsequente.
O período de transmissibilidade da dengue compreende um ciclo intrínseco, que ocorre
no ser humano, e um ciclo extrínseco, que ocorre no vetor (Aedes aegypti). A transmissão
do vírus do ser humano para o mosquito, período chamado de virulência, ocorre enquanto
houver presença de vírus no sangue do ser humano.

O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da
febre e perdura até o sexto dia da doença.
Errado.

040. (2016/SERCTAM/PREFEITURA DE QUIXADÁ – CE) A transmissão da Dengue se faz pela


picada do mosquito Aedes Aegypti, no ciclo:
a) Cão - aedes aegypti - humano - aedes aegypti – cão.
b) Aedes aegypti - humano - aedes aegypti.
c) Febre alta variando de 39ºc a 40ºc, seguida de cefaleia, mialgia, prostração, artralgia,
anorexia, astenia, dor abdominal, náuseas, vômitos, com duração de cerca de 5 a 7 dias.
d) Ovo, larva, pupa e adulto.
e) Humano – aedes aegypti – humano.

O homem infecta o mosquito durante o período de viremia, que começa um dia antes da
febre e perdura até o sexto dia da doença. A partir daí o mosquito infecta outras pessoas
por meio da picada, formando o ciclo: humano – Aedes aegypti – humano.
Letra e.

5.1.9. AEDES AEGYPTI, AÇÕES DE CONTROLE E MANEJO DE VETORES


O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical, encontrada em todo mundo. Por
sua estreita associação com o homem, o Aedes aegypti é, essencialmente, mosquito urbano,
encontrado em maior abundância em cidades, vilas e povoados. Entretanto, no Brasil, México
e Colômbia, já foi localizado em zonas rurais, provavelmente transportado de áreas urbanas
em vasos domésticos, onde se encontravam ovos e larvas (OPAS/ OMS apud BRASIL, 2001).
Os mosquitos se desenvolvem por meio de metamorfose completa, e o ciclo de vida do
Aedes aegypti compreende quatro fases:

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A fecundação se dá durante a postura e o desenvolvimento do embrião se completa


OVO
em 48 horas, em condições favoráveis de umidade e temperatura.
A fase larvária é o período de alimentação e crescimento.
LARVA As larvas possuem quatro estágios evolutivos.
A larva do Aedes aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen.
As pupas não se alimentam. É nesta fase que ocorre a metamorfose do estágio larval
PUPA
para o adulto.
O adulto de Aedes aegypti representa a fase reprodutora do inseto.
O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e um
desenho em forma de lira no mesonoto.
Logo após emergir do estágio pupal, o inseto adulto procura pousar sobre as paredes do
recipiente, assim permanecendo durante várias horas, o que permite o endurecimento
ADULTO do exoesqueleto, das asas e, no caso dos machos, a rotação da genitália em 180º,
(BRASIL, 2001).
Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório durante meses,
mas, na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias. Com uma mortalidade diária
de 10%, a metade dos mosquitos morre durante a primeira semana de vida e 95%
durante o primeiro mês

5.1.10. CONTROLE VETORIAL


O controle de vetores compreende duas atividades básicas: vigilância entomológica e
combate ao vetor. Geralmente, essas atividades são realizadas por ciclos de trabalho com
periodicidade bimestral, o que equivale a seis visitas anuais ao mesmo imóvel (BRASIL, 2009).
De acordo com Donalísio e Glasser (2002), no controle integrado do Aedes aegypti, as
medidas preventivas são direcionadas principalmente aos criadouros, constituindo-se
de ações simples e eficazes, especialmente aquelas que consistem em cuidados a serem
adotados pela população.
De acordo com Zara et al (2016), é possível a utilização de basicamente três tipos de
mecanismos de controle vetorial:

5.1.11. CONTROLE MECÂNICO


Consiste na adoção de práticas capazes de eliminar o vetor e os criadouros ou reduzir
o contato do mosquito com o homem. As principais atividades de controle mecânico
envolvem a proteção, a destruição ou a destinação adequada de criadouros, drenagem de
reservatórios e instalação de telas em portas e janelas.
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5.1.12. CONTROLE BIOLÓGICO


É baseado na utilização de predadores ou patógenos com potencial para reduzir a
população vetorial. Entre as alternativas disponíveis de predadores estão os peixes e os
invertebrados aquáticos, que comem as larvas e pupas, e os patógenos que liberam toxinas,
como bactérias, fungos e parasitas.

5.1.13. CONTROLE QUÍMICO


Consiste no uso de produtos químicos, que podem ser neurotóxicos, análogos de
hormônio juvenil e inibidores de síntese de quitina, para matar larvas e insetos adultos.

041. (2016/MÁXIMA/PREFEITURA DE FRONTEIRA – MG) O combate do Aedes aegypti


constitui um grave problema de saúde pública. Sobre as fases da evolução do mosquito, é
CORRETO afirmar:
a) Na fase “pupa” ocorre alimentação e o crescimento e acontece nos recipientes com água
que se transformam em criadouros.
b) A larva é composta de cabeça, tórax e abdome e possui um sifão para a sua respiração,
necessitando vir à superfície da água para respirar.
c) Os ovos não são capazes de resistir à dessecação, por isso se recomenda colocar terra
no pratinho dos vasos de plantas.
d) Na fase “larva” o Aedes permanece na superfície da água e esta fase dura cerca de 3 dias.

a) Incorreta. As pupas não se alimentam.


b) Correta. A larva do Aedes aegypti é composta de cabeça, tórax e abdômen. O abdômen
é dividido em oito segmentos. O segmento posterior e anal do abdômen tem quatro
brânquias lobuladas para regulação osmótica e um sifão ou tubo de ar para a respiração
na superfície da água.
c) Incorreta. De acordo com Brasil (2001), a capacidade de resistência dos ovos de Aedes
aegypti à dessecação é um sério obstáculo para sua erradicação. Esta condição permite
que os ovos sejam transportados a grandes distâncias, em recipientes secos, tornando-se
assim o principal meio de dispersão do inseto (dispersão passiva).
d) Incorreta. As larvas possuem quatro estágios evolutivos. A duração da fase larvária
depende da temperatura, disponibilidade de alimento e densidade das larvas no criadouro.
Letra b.

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042. (2016/MÁXIMA/PREFEITURA DE FRONTEIRA – MG) A dispersão do Aedes aegypti a grandes


distâncias se dá geralmente pelo transporte dos ovos e larvas nos recipientes tidos como
criadouros. Sobre a vida do mosquito adulto do Aedes aegypti é correto afirmar, EXCETO:
a) Permanece em repouso na superfície interna do recipiente criadouro cerca de 24 horas
até o endurecimento do esqueleto externo e das asas.
b) Podem viver de 30 a 35 dias na natureza com mortalidade de 1% ao dia.
c) Podem viver meses em laboratório.
d) Transmite o vírus da dengue, Zika e Chikungunya.

Os adultos de Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório durante meses, mas,
na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias. Com uma mortalidade diária de 10%, a metade
dos mosquitos morre durante a primeira semana de vida e 95% durante o primeiro mês.
Letra b.

043. (2017/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE PINHAIS – PR) Considera-se a dengue um


dos maiores problemas de saúde pública do mundo. Sobre o mosquito vetor, assinale a
alternativa correta.
a) A transmissão ocorre pela picada do macho do mosquito vetor.
b) O Aedes aegypti possui a cor escura, rajado de branco nas patas e corpo.
c) No seu ciclo de vida, o Aedes apresenta duas fases: larva e adulto.
d) O mosquito adulto vive, em média, de 1 a 2 anos.
e) A sua fêmea põe ovos de 4 a 6 vezes durante sua vida e em locais com água suja e parada.
COMENTÁRIO: O Aedes aegypti é escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais
e um desenho em forma de lira no mesonoto.
Letra b.

5.2. CHIKUNGUNYA
É uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas
do gênero Aedes. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus
chikungunya (CHIKV) é o Aedes aegypti (BRASIL, 2019).
A doença no paciente pode evoluir em três fases:

A fase aguda da doença tem duração de 5 a 14 dias. A fase pós-aguda tem um curso de
até 3 meses. Se os sintomas persistirem por mais de três meses após o início da doença,
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considera-se instalada a fase crônica. Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se
crônica, podendo persistir por anos.
Também conhecida como fase febril, é caracterizada principalmente por
febre alta de início súbito (>38,5 ºC) e surgimento de intensa poliartralgia,
geralmente acompanhada de dorsalgia, exantema, cefaleia, mialgia e fadiga,
com duração variável.
Fase Aguda
A poliartralgia tem sido descrita em mais de 90% dos pacientes com
chikungunya na fase aguda.
Em geral, o exantema é macular ou maculopapular, acomete cerca de metade
dos doentes e, em geral, surge do 2º ao 5º dia após o início da febre.
Nessa fase, normalmente a febre desaparece, mas existem relatos de
recorrência. Pode haver melhora da artralgia (com ou sem recorrências)
Fase Pós-aguda persistência ou agravamento desta, incluindo poliartrite distal, e tenossinovite
hipertrófica pós-aguda nas mãos (mais frequentemente nas falanges e
punhos), e nos tornozelos.
Caracterizada pela persistência ou recorrência dos sinais e sintomas,
principalmente dor articular, musculoesquelética e neuropática, sendo
Fase Crônica
esta última muito frequente nessa fase. A prevalência da fase crônica é
bastante variável, podendo atingir mais de 50% pacientes

044. (2019/VUNESP/PREFEITURA DE VALINHOS – SP) Assinale a alternativa que contém


exemplos de arboviroses.
a) Dengue, leishmaniose tegumentar e leptospirose.
b) Leptospirose, chikungunya e febre do Nilo.
c) Leishmaniose visceral, raiva e malária.
d) Zika, Chagas e calazar.
e) Chikungunya, zika e febre amarela.

A alternativa que apresenta três arboviroses é a letra e.


Letra e.

045. (2019/INSTITUTO AOCP/PREFEITURA DE VITÓRIA – ES) Sobre a Chikungunya, é correto


afirmar que
a) a principal forma de prevenção é a vacinação.
b) o ciclo silvestre da doença inclui os macacos como principal vetor.
c) as medidas de higiene e controle de vetores não afetam o padrão de incidência da doença.
d) pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período.

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A fase pós-aguda da Chikungunya tem um curso de até três meses. Se os sintomas persistirem
por mais de três meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica. Em
mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se crônica, podendo persistir por anos.
Letra d.

046. (2019/FEPESE/PREFEITURA DE BOMBINHAS – SC) Dengue, Chikungunya e Zika são


doenças de notificação compulsória e estão presentes na Lista Nacional de Notificação
Compulsória de Doenças, Agravos e Eventos de Saúde Pública.
Essas três doenças têm em comum:
a) A mesma incidência.
b) A mesma letalidade.
c) O mesmo agente etiológico.
d) Um mesmo vetor – o mosquito Aedes aegypti.
e) A capacidade de produzir efeitos teratogênicos como anencefalia.

Dengue, Zica e Chikungunya possuem o mesmo vetor: o mosquito Aedes aegypti.


Letra d.

047. (2015/FGR/PREFEITURA DE BELO HORIZONTE – MG) Seu modo de transmissão é pela


picada do mosquito Aedes aegypti infectado e menos comumente pelo mosquito Aedes
albopictus e causa inflamações com fortes dores articulares acompanhada de inchaço.
Este texto refere-se:
a) Ao Ebola.
b) À Raiva.
c) À Chikungunya.
d) À Leishmaniose.

Sempre que enunciado trouxer fortes dores articulares e inchaço, já podemos considerar
a Chikungunya como a resposta mais provável.
Letra c.

5.3. ZIKA
É uma arbovirose causada pelo vírus Zika (ZIKV), agente etiológico transmitido por
fêmeas dos mosquitos do gênero Aedes (BRASIL, 2019).
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No Brasil, o vetor comprovado até o momento é o mosquito Aedes aegypti. As formas


de transmissão do vírus documentadas, além da vetorial, são: sexual, pós-transfusional
e vertical (transplacentária). A enfermidade aguda se caracteriza, mais frequentemente,
por manifestações clínicas brandas e autolimitadas. Por isso, muitas vezes, o sintoma que
ocasiona a busca pelo serviço de saúde é o exantema pruriginoso (BRASIL, 2019).
De acordo com Brasil (2019), o ZIKV, à semelhança de outros flavivírus, também é
neurotrópico. Desde as primeiras investigações da microcefalia e de estudos subsequentes,
no Brasil e em outros lugares, está claro que o ZIKV é uma causa de uma série de distúrbios
neurológicos, incluindo a síndrome de Guillain-Barré (SGB) e anormalidades em fetos e
recém-nascidos, incluindo as malformações congênitas, em que se destaca a microcefalia.
Ainda de acordo com o referencial acima, a infecção pelo vírus Zika pode ser assintomática ou
sintomática. Quando sintomática, pode apresentar quadro clínico variável, desde manifestações
brandas e autolimitadas até complicações neurológicas e malformações congênitas.
Estudos recentes indicam que mais de 50% dos pacientes infectados por Zika tornam-se sintomáticos
O período de incubação da doença varia de 2 a 7 dias
Na maioria das vezes, a doença é autolimitada, durando
aproximadamente de 4 a 7 dias, podendo estar acompanhada comumente das seguintes manifestações:

• febre baixa (≤38,5ºc) ou ausente;


• exantema (geralmente pruriginoso e maculopapular craniocaudal) de início precoce;
• conjuntivite não purulenta;
• artralgias;
• edema periarticular;
• cefaleia;
• linfonodomegalia;
• astenia e mialgia.
Gestantes infectadas, mesmo as assintomáticas, podem transmitir o vírus ao feto.
Essa forma de transmissão da infecção pode resultar em aborto espontâneo, óbito fetal
ou malformações congênitas.
Deve-se ficar atento para o aparecimento de quadros neurológicos, tais como a SGB,
encefalites, mielites e neurite óptica, entre outros.

048. (2016/FAUEL/CISMEPAR – PR) A febre pelo vírus Zika (ZIKAV) é uma doença viral
aguda, transmitida principalmente pelo mosquito Aedes aegypti. Estima-se que somente
18% das infecções humanas resultam em manifestações clínicas, sendo, portanto, mais
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frequente a infecção assintomática. Quando sintomática, quais são as manifestações


clínicas apresentadas pelo paciente contaminado?
a) Febre acima de 38,5 ºC por mais de três dias, exantema, artralgia, mialgia e dor abdominal.
b) Febre baixa, alterações gastrointestinais e vesiculares, conjuntivite, diarreia, artralgia
e tremores.
c) Febre acima de 37,8 ºC por mais de três dias, hiperemia conjuntival, exantema maculopapular,
artralgia, mialgia e cefaleia.
d) Febre baixa, exantema maculopapular, artralgia, mialgia, cefaleia e hiperemia conjuntival.

Somente a alternativa d apresenta os sintomas mais comuns de pacientes com Zika Vírus.
Letra d.

049. (2016/FAU/PREFEITURA DE PIRAQUARA – PR) Assinale a alternativa correta.


O principal mosquito transmissor do Zika vírus é o:
a) Aedes aegypti.
b) Culex quinquefaciatus.
c) Culex Pipiens.
d) Culex fatigans.
e) Anopheles aegypti.

Somente para fixarmos – o Aedes aegypti é responsável pela transmissão da Zica, Chikungunya
e Dengue.
Letra a.

050. (2015/INSTITUTO AOCP/EBSERH) Mediante a introdução do Zika vírus no país, a


Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde (MS) orienta a notificação
dos casos confirmados por meio da Ficha de Notificação do SINAN. Uma das complicações
em decorrência dessa doença é
a) a síndrome hemorrágica.
b) a paralisia tônica aguda unilateral.
c) a síndrome de Guillain-Barré.
d) o exantema multifocal.
e) o megacólon.

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No Brasil e em outros lugares, está claro que o ZIKA é uma causa de uma série de distúrbios
neurológicos, incluindo a síndrome de Guillain-Barré (SGB) e anormalidades em fetos e
recém-nascidos, incluindo as malformações congênitas, em que se destaca a microcefalia
(BRASIL, 2019).
Letra c.

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RESUMO
Obs.: Algumas doenças que complementam essa aula estão contempladas na aula de
zoonoses e animais peçonhentos.

LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA


A Leishmaniose Tegumentar Americana (LT) é uma doença infecciosa, não contagiosa,
causada por protozoário, de transmissão vetorial, que acomete pele e mucosas.
VETORES Insetos flebotomíneos
Mosquito palha, tatuquiria, birigui (dependendo da região, poderá ainda
NOMES POPULARES
surgir com outro nome)
PRINCIPAIS ESPÉCIES
L – whitmani, L. intermedia, L. umbratilis, L. wellcomei, L. flaviscutellata e
QUE TRANSMITEM NO
L. migonei.
BRASIL
Picada de fêmeas de flebotomíneos infectadas (MOSQUITO). Não há
TRANSMISSÃO
transmissão de pessoa a pessoa.
No homem, em média de 2 meses, podendo apresentar períodos mais
INCUBAÇÃO
curtos (duas semanas) e mais longos (2 anos).
Suscetibilidade e A suscetibilidade é universal.
imunidade A infecção e a doença não conferem imunidade ao paciente.

LEISHMANIOSE VISCERAL
As leishmanioses são consideradas primariamente como uma zoonose podendo
acometer o homem, quando este entra em contato com o ciclo de transmissão do parasito,
transformando-se em uma antropozoonose. Atualmente, encontra-se entre as seis endemias
consideradas prioritárias no mundo (TDR/WHO).
VETORES Lutzomyia longipalpis, Lutzomyia cruzi
Mosquito palha, tatuquiria, birigui (dependendo da região, poderá ainda
NOMES POPULARES
surgir com outro nome)
A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados pela Leishmania
TRANSMISSÃO
(L.) chagasi. Não ocorre transmissão de pessoa a pessoa.
No homem, é de 10 dias a 24 meses, com média entre 2 e 6 meses, e, no
INCUBAÇÃO
cão, varia de 3 meses a vários anos, com média de 3 a 7 meses
Crianças e idosos são mais suscetíveis.
Suscetibilidade e
Existe resposta humoral detectada através de anticorpos circulantes, que
imunidade
parecem ter pouca importância como defesa.

MALÁRIA
De acordo com Brasil (2019), a Malária é uma doença infecciosa febril aguda, cujos agentes
etiológicos
O conteúdo deste são
livro eletrônico protozoários
é licenciado transmitidos
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DOS SANTOS No Brasil,
- 01736403117, a magnitude
vedada, da malária
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está relacionada à elevada incidência da doença na Região Amazônica e à sua potencial


gravidade clínica. Causa consideráveis perdas sociais e econômicas na população sob risco,
principalmente naquela que vive em condições precárias de habitação e saneamento.
Suscetibilidade Toda pessoa é suscetível.
Indivíduos que apresentaram vários episódios de malária podem
Imunidade atingir um estado de imunidade parcial, com quadro oligossintomático,
subclínico ou assintomático
A vulnerabilidade diz respeito à frequência do fluxo de indivíduos
Vulnerabilidade
ou grupos infectados e/ou mosquitos anofelinos.
No que concerne à receptividade de um ecossistema à transmissão
Receptividade da malária, um ecossistema receptivo deve ter a presença de vetores
competentes, um ambiente adequado e uma população suscetível.

ESQUISTOSSOMOSE MANSONI
De acordo com Brasil (2019), é uma doença parasitária, de evolução crônica, cuja
magnitude da prevalência, severidade das formas clínicas e evolução a caracterizam como
um importante problema de saúde pública no país.
Esquistossomose
Em média, 1 a 2 meses após a infecção, que corresponde à fase de
Período de incubação penetração das cercárias, seu desenvolvimento, até a instalação dos
vermes adultos no interior do hospedeiro definitivo.
O homem infectado pode eliminar ovos viáveis de S. mansoni a partir
de 5 semanas após a infecção e por um período de 6 a 10 anos,
podendo chegar até mais de 20 anos.
Período de transmissibilidade Os hospedeiros intermediários começam a eliminar cercárias após
4 a 7 semanas da infecção pelos miracídios.
Os caramujos infectados eliminam cercárias por toda a vida, que é
aproximadamente de 1 ano.
Suscetibilidade e imunidade Qualquer pessoa é suscetível, embora existam variações individuais.

DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA


As arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti têm se constituído em um dos principais
problemas de saúde pública no mundo. A dengue é a arbovirose urbana de maior relevância
nas Américas. É transmitida por mosquitos do gênero Aedes e possui como agente etiológico
o vírus dengue (DENV), com quatro sorotipos distintos (BRASIL, 2019).

DENGUE
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica e dinâmica, que pode apresentar um
amplo espectro clínico, variando de casos assintomáticos a graves. No curso da doença –
em geral debilitante e autolimitada –, a maioria dos pacientes apresenta evolução clínica

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benigna e se recupera. No entanto, uma parte pode evoluir para formas graves, inclusive
óbitos (BRASIL, 2019).

AGENTE ETIOLÓGICO

Quatro são os sorotipos conhecidos: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4.

CHIKUNGUNYA
É uma arbovirose cujo agente etiológico é transmitido pela picada de fêmeas infectadas
do gênero Aedes. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus
chikungunya (CHIKV) é o Aedes aegypti (BRASIL, 2019).
A doença no paciente pode evoluir em três fases:

A fase aguda da doença tem duração de 5 a 14 dias. A fase pós-aguda tem um curso
de até 3 meses. Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença,
considera-se instalada a fase crônica. Em mais de 50% dos casos, a artralgia torna-se
crônica, podendo persistir por anos.

ZIKA
É uma arbovirose causada pelo vírus Zika (ZIKV), agente etiológico transmitido por
fêmeas dos mosquitos do gênero Aedes (BRASIL, 2019).
No Brasil, o vetor comprovado até o momento é o mosquito Aedes aegypti. As formas
de transmissão do vírus documentadas, além da vetorial, são: sexual, pós-transfusional
e vertical (transplacentária). A enfermidade aguda se caracteriza, mais frequentemente,
por manifestações clínicas brandas e autolimitadas. Por isso, muitas vezes, o sintoma que
ocasiona a busca pelo serviço de saúde é o exantema pruriginoso (BRASIL, 2019).

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Coordenação-Geral de


Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. Guia de Vigilância em Saúde: volume
único [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Coordenação-Geral de Desenvolvimento da Epidemiologia em Serviços. 4ª. ed. Brasília:
Ministério da Saúde, 2019.

BRASIL. Dengue instruções para pessoal de combate ao vetor: manual de normas


técnicas. 3. ed., rev. Brasília: Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde, 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância


das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso
eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância das Doenças Transmissíveis. 5. ed. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de


Vigilância Epidemiológica. Diretrizes nacionais para prevenção e controle de epidemias
de dengue. Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de
Vigilância Epidemiológica. Brasília: Ministério da Saúde, 2009.

DONALISIO, Maria Rita; GLASSER, Carmen Moreno. Vigilância entomológica e controle


de vetores do dengue. Rev. bras. epidemiol. [online]. 2002, vol.5, n.3, pp.259-279.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-
790X2002000300005. Acesso em 23/02/23.

ZARA, Ana Laura de Sene Amâncioet al. Estratégias de controle do Aedes aegypti:
uma revisão. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2016, vol.25, n.2, pp.391-404. Disponível
em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2237-96222016000200391&script=sci_
abstract&tlng=pt. Acesso em 23/02/23

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