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CONHECIMENTOS GERAIS

Conceitos Básicos de Epidemiologia,


Meio Ambiente e Saneamento

Livro Eletrônico
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CÓDIGO:
230109527857

NATALE SOUZA

Enfermeira, graduada pela UEFS – Universidade Estadual de Feira de Santana – em


1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela UESC – Universidade Estadual de Santa
Cruz – em 2001, em Direito Sanitário pela FIOCRUZ em 2004; e mestre em Saúde
Coletiva.
Atualmente, é servidora pública da Prefeitura Municipal de Salvador e atua como
Educadora/Pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz – FIOCRUZ – no Projeto
Caminhos do Cuidado. Além disso, é docente em cursos de pós-graduação e
preparatórios para concursos há 16 anos, ministrando as disciplinas: Legislação do
SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde Pública e específicas de Enfermagem.

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Conhecimentos Gerais
Conceitos Básicos de Epidemiologia, Meio Ambiente e Saneamento
Natale Souza

SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Conceitos Básicos de Epidemiologia, Meio Ambiente e Saneamento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1. Conceitos Básicos da Epidemiologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.1. Aplicações da Epidemiologia. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. Epidemiologia Ambiental. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.3. Meio Ambiente e Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
1.4. O Saneamento e Saúde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
Resumo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Exercícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Gabarito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
Gabarito Comentado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

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Conceitos Básicos de Epidemiologia, Meio Ambiente e Saneamento
Natale Souza

APRESENTAÇÃO
Sou a professora Natale Souza, enfermeira, graduada pela Universidade Estadual
de Feira de Santana (Uefs), 1999; pós-graduada em Saúde Coletiva pela Universidade
Estadual de Santa Cruz (Uesc), 2001, e em Direito Sanitário pela Fio- cruz, 2004; e mestre
em Saúde Coletiva.
Atualmente, sou funcionária pública da prefeitura de Salvador e atuo como educadora/
pesquisadora pela Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz) no Projeto Caminhos do Cuidado. Há
16 anos, atuo na docência em cursos de pós-graduação e preparatórios para concursos,
ministrando as disciplinas de: Legislação do SUS, Políticas de Saúde, Programas de Saúde
Pública e Específicas de Enfermagem.
Sou autora de diversos livros para concursos e residências, pela editora Sanar, dentre
eles: Legislação do SUS para concursos, pela editora Concursos Psicologia; Legislação do
SUS – comentada e esquematizada/Políticas de Saúde, Legislação do SUS e saúde coletiva
– 500 questões, pela editora Sanar. Escrevi também capítulos nos seguintes livros: 1000
questões comentadas de Enfermagem e 1000 questões residências em Enfermagem, da
editora Sanar.
Assim que terminei a graduação, iniciei a minha trajetória em concursos públicos, como
«concurseira” e docente. Fui aprovada em 16 concursos e seleções públicas. Apaixonei-me pela
docência e, hoje, dedico meu tempo ao estudo dos conhecimentos específicos de Enfermagem,
da legislação específica do SUS, Políticas de Saúde, Saúde Coletiva e Saúde Pública.
Lembre-se: encontro-me à disposição no fórum de dúvidas para quaisquer
esclarecimento e dúvida.
Com o objetivo de melhorar continuamente, solicitamos sempre que, após a leitura
desta aula, a avalie.
Não se esqueça de manter sempre: “A mente quieta, espinha ereta e o coração tranquilo”.
Bons estudos!

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CONCEITOS BÁSICOS DE EPIDEMIOLOGIA, MEIO


AMBIENTE E SANEAMENTO

1. CONCEITOS BÁSICOS DA EPIDEMIOLOGIA


A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do
processo saúde-doença no âmbito de populações. Os primeiros registros sobre a concepção
da epidemiologia enquanto manifestação da doença nos indivíduos e nas populações datam
da Grécia Antiga, período em que se acreditava que as enfermidades e seus desfechos
(cura ou morte) eram consequências da punição ou da indulgência dos deuses e demônios.
Contrapondo-se a tal crença, o médico grego Hipócrates, ao analisar o processo de
adoecimento com base no pensamento racional, afastou-se das teorias sobrenaturais
vigentes na época e a elas se contrapôs, introduzindo o conceito de doença como produto
das relações complexas entre o indivíduo e o ambiente que o cerca. A teoria de Hipócrates
foi perpetuada na Roma Antiga pelo médico Galeno, mas perdeu força e foi substituída
pela Teoria Miasmática ou Teoria dos Miasmas, que perdurou até meados do século XIX. Tal
teoria explicava a má qualidade do ar como causa das doenças.
Epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúde-doença
em coletividades humanas

O termo “epidemiologia” significa o estudo sobre a população, que, direcionado para o


campo da saúde, pode ser compreendido como o estudo sobre o que afeta a população.
A epidemiologia congrega métodos e técnicas de três áreas principais de conhecimento:

A área de atuação da epidemiologia é bastante ampla e compreende, em linhas gerais:


• O ensino e a pesquisa em saúde;
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• A investigação dos fatores determinantes da situação de saúde;


• A avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde.
A epidemiologia tem, como princípio básico, o entendimento que os eventos relacionados
à saúde como

O termo distribuição pode ser observado em qualquer definição de Epidemiologia.


Distribuição, neste sentido, é entendida como “o estudo da variabilidade da frequência
das doenças de ocorrência em massa, em função de variáveis ambientais e populacionais
ligadas ao tempo e ao espaço” (ALMEIDA FILHO e ROUQUAYROL, 1992).
Dessa forma, um primeiro passo em um estudo epidemiológico é analisar o padrão de
ocorrência de doenças segundo três vertentes: pessoas, tempo e espaço, método esse
também conhecido como “epidemiologia descritiva” e que responde às perguntas quem?
quando? e onde?
É importante destacar que:
Do final do século XX até os dias atuais, a epidemiologia se firmou enquanto ciência,
baseada em pesquisas e evidências científicas que visam à determinação das condições
de saúde da população e à busca sistemática dos agentes etiológicos das doenças ou dos
fatores de risco envolvidos no seu aparecimento, através de diferentes tipos de estudos
(ex.: estudos de coorte, caso-controle) e da avaliação de intervenções em saúde para o
efetivo controle das doenças que acometem a população.

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1.1. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA


A epidemiologia tornou-se, ao longo dos anos, uma ciência ampla que abriga inúmeras
áreas do conhecimento e muitas subdivisões, tais como:
• Epidemiologia clínica;
• Epidemiologia investigativa;
• Epidemiologia nutricional;
• Epidemiologia de campo;
• Epidemiologia descritiva.
Em linhas gerais, a epidemiologia apresenta três grandes áreas de atuação:
• Descrição das condições de saúde da população por meio da construção de indicadores
de saúde.
• Investigação dos fatores determinantes da situação de saúde.
• Avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde.

1.2. EPIDEMIOLOGIA AMBIENTAL


A Epidemiologia Ambiental aplica dois métodos para compreender as relações entre o
meio ambiente e a saúde, a saber:
Epidemiologia Descritiva – que utiliza o método científico para estudar a distribuição
dos riscos e dos efeitos adversos à saúde da população; e
Epidemiologia analítica – que estuda a relação entre a exposição a um determinado
fator e algum efeito adverso à saúde.
A Epidemiologia ambiental utiliza informações sobre:
• Os fatores de risco existentes (físicos, químicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos
ou psicossociais);
• As características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da
população; e
• Os efeitos adversos à saúde relacionados à exposição a fatores de risco ambientais.
A relação entre saúde e ambiente sempre fez parte da saúde pública do Brasil, mas, ao
longo da história, diferentes concepções de ambiente foram desenvolvidas de acordo com
as demandas colocadas pela sociedade e a evolução das disciplinas científicas presentes na
saúde pública. Influenciada por modelos envolvendo relações entre agentes e hospedeiros, ou
por fatores de risco biológicos, as ações de prevenção nos sistemas de saúde estruturaram-
se por intermédio das várias formas de vigilância, tendo, por objeto central, o controle dos
modos de transmissão das doenças e dos fatores de risco, os quais possibilitaram alguma
governabilidade e eficácia de sua ação no âmbito do setor saúde, principalmente para as
doenças infectocontagiosas clássicas (BRASIL, 2002).
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1.3. MEIO AMBIENTE E SAÚDE


Toda ação humana tem impacto sobre a natureza, seja ele positivo ou negativo. A
intensidade e a natureza desse impacto são proporcionais à organização social e às atividades
econômicas desenvolvidas pelo homem. Entre os problemas apresentados por essa relação
entre o homem e a natureza, destacam-se os impactos ambientais que incidem sobre a
saúde. Os efeitos do meio ambiente na saúde humana são acelerados em meados do século
XIX, com o intenso processo de industrialização e de urbanização, que passou a acometer
as condições de vida e de trabalho das populações (RADICCH, 2009).
Saúde ambiental compreende aqueles aspectos da saúde humana, incluindo a qualidade
de vida, que são determinados por fatores físicos, químicos, biológicos, sociais e psicológicos
no meio ambiente. Refere-se também à teoria e prática de avaliação, correção, controle e
prevenção daqueles fatores que, presentes no ambiente, podem afetar potencialmente,
de forma adversa, a saúde humana das gerações do presente e do futuro (ORGANIZAÇÃO
PANAMERICANA DE SAÚDE, 1993).
A expressão “meio ambiente” é definida como “o conjunto de condições, leis, influências
e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas
as suas formas”
No início do século V a.C., na Grécia, escritos da escola Hipocrática, especialmente
sobre os Ares, as Águas e os Lugares, destacam a relação entre as doenças, principalmente
as endêmicas, e a localização de seus focos. O reconhecimento da influência do lugar no
desencadeamento de doenças permitiu o desenvolvimento de uma nova visão intelectual
da medicina que estudava, refletia e criava hipóteses sobre o papel do meio ambiente nas
condições de saúde das populações (BARRET, 2000).
Por décadas, essa obra constituiu o primeiro trabalho sistemático a apresentar uma
relação causal entre fatores ambientais e doenças e foi a base da epidemiologia.
O modelo biomédico define a doença como uma falha, um desajuste do organismo humano
na sua relação com outros seres biológicos, capazes de provocar perdas ou alterações no
funcionamento de órgãos e sistemas fisiológicos. A fisiologia, a patologia, a clínica e a microbiologia
alcançaram, assim, extraordinário desenvolvimento. A ênfase está no meio interno contido no
corpo humano e na força do microrganismo capaz de produzir doença. O meio externo interessa
como habitat dos germes antes de penetrarem ou atingirem o corpo humano (RADICCH, 2009).
O modelo sistêmico permite romper a dicotomia entre meio interno e meio externo,
presente nos modelos biomédico e processual (história natural das doenças). O ecossistema,
que envolve os seres humanos, inclui as relações dos homens entre si e com a diversidade
biológica presente no planeta, com o substrato inanimado presente no ambiente e de todos
entre si. Meio ambiente contém espaço físico, seres biológicos e espaço social. Ambiente
pode ser definido como o “espaço onde se desenvolvem as populações humanas” (AUGUSTO.
et al., 2001) ou, numa visão mais ampliada, o espaço onde se desenvolvem os seres vivos
(LISBOA, 1997). O seu caráter social pela presença humana é um dos elementos constitutivos
desse
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Assim, o ambiente deixa de ser o “meio externo” e passa para o interior do sistema, é
internalizado, sendo, para a epidemiologia, “o conjunto de fatores que mantêm relações
interativas com o agente etiológico e o suscetível, sem se confundir com eles” (PAIM; ALMEIDA
FILHO, 2000). A alteração de um ou mais elementos do sistema cria desequilíbrio. O sistema
tende ao equilíbrio, que pode ser ou não benéfico para os seres humanos e/ou biológicos.
Um indivíduo é considerado exposto a um fator de risco quando existem vias de ingresso
do fator ao organismo, ou seja, pela inalação, ingestão, contato dérmico etc. No caso da
exposição a um poluente, é primordial o conhecimento:
• Características toxicológicas do contaminante como, por exemplo, capacidade de
transformação, persistência ambiental e vias ingresso no organismo;
• Quem são as pessoas que estão expostas a esse poluente;
• O local onde as pessoas estão expostas;
• Temporalidade, intensidade e frequência da exposição.
De acordo com Radicch (2009), na saúde ambiental, as principais ocorrências identificáveis
são os acidentes e as doenças e outros agravos causados por condições do ambiente.
Entretanto, no caso das doenças e dos agravos, é difícil a definição de casos em uma
situação na qual um exposto teve sua saúde afetada por um fator ambiental adverso a ser
estudado. Os sinais e sintomas identificados são inespecíficos, podendo o quadro clínico
ficar inalterado muito tempo após a fase inicial da exposição. Esse cenário é evidenciado
em estudos epidemiológicos, em que é comum a existência de casos suspeitos, que podem
posteriormente ser confirmados ou não. Os estudos epidemiológicos devem valorizar os
sinais e sintomas precoces dos agravos, uma vez que as ações de saúde nessa fase são mais
efetivas e podem evitar o desenvolvimento completo do agravo.

1.4. O SANEAMENTO E SAÚDE


A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saneamento como o controle de todos os
fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o
seu bem-estar físico, mental e social. Portanto, é evidente que, pela sua própria definição,
o saneamento é indissociável do conceito de saúde.
Segundo Radicch (2009), diversas doenças infecciosas e parasitárias têm, no meio
ambiente, uma fase de seu ciclo de transmissão, como, por exemplo, uma doença de
veiculação hídrica, com transmissão feco-oral. A implantação de um sistema de saneamento,
nesse caso, significaria interferir no meio ambiente, de maneira a interromper o ciclo de
transmissão da doença. O controle da transmissão das doenças, além da intervenção em
saneamento e dos cuidados médicos, completa-se quando é promovida a educação sanitária,
adotando-se hábitos higiênicos como:
• Utilização e manutenção adequadas das instalações sanitárias;
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As ações voltadas para as questões de saúde ambiental devem buscar prioritariamente


ações de promoção e prevenção, realçando, desta forma, o controle dos riscos ambientais
e a melhoria das condições do meio ambiente e da saúde das pessoas. Isso significa, ao
mesmo tempo, um dilema e um desafio permanente da saúde pública desde a sua criação:
o fato de que a saúde se realiza, fundamentalmente, fora do setor saúde. O complexo
processo saúde/doença, que culmina por levar determinada população à rede assistencial,
seja ela pública ou privada, é revestido de inúmeros condicionantes “externos” que moldam
o ambiente ao redor das pessoas (RADICCH, 2009).
As ações específicas do setor saúde, tradicionalmente, se concentram sobre os efeitos
dos problemas ambientais, a partir das ações de assistência e recuperação das pessoas para
a saúde pública, bem como da sistematização e da análise dessas informações, por exemplo,
por meio de estudos epidemiológicos descritivos sobre a distribuição de certas doenças na
população. Mas esses efeitos são apenas as consequências finais para a saúde humana de
um longo processo, em que vários determinantes e condicionantes gerais atuaram sobre
certas regiões e grupos populacionais.

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RESUMO
A epidemiologia é uma disciplina básica da saúde pública voltada para a compreensão do
processo saúde-doença no âmbito de populações. Os primeiros registros sobre a concepção
da epidemiologia enquanto manifestação da doença nos indivíduos e nas populações datam
da Grécia Antiga, período em que se acreditava que as enfermidades e seus desfechos
(cura ou morte) eram consequências da punição ou da indulgência dos deuses e demônios.
Epidemiologia pode ser definida como a ciência que estuda o processo saúde-doença
em coletividades humanas

A área de atuação da epidemiologia é bastante ampla e compreende, em linhas gerais:


• O ensino e pesquisa em saúde;
• A descrição das condições de saúde da população;
• A investigação dos fatores determinantes da situação de saúde;
• A avaliação do impacto das ações para alterar a situação de saúde.
A epidemiologia tornou-se ao longo dos anos uma ciência ampla que abriga inúmeras
áreas do conhecimento e muitas subdivisões, tais como:
• Epidemiologia clínica;
• Epidemiologia investigativa;
• Epidemiologia nutricional;
• Epidemiologia de campo;
• Epidemiologia descritiva.
A Epidemiologia Ambiental aplica dois métodos para compreender as relações entre o
meio ambiente e a saúde, a saber:
• Epidemiologia Descritiva – que utiliza o método científico para estudar a distribuição
dos riscos e dos efeitos adversos à saúde da população; e
• Epidemiologia analítica – que estuda a relação entre a exposição a um determinado
fator e algum efeito adverso à saúde.

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Toda ação humana tem impacto sobre a natureza, seja ele positivo ou negativo. A
intensidade e a natureza desse impacto são proporcionais à organização social e às atividades
econômicas desenvolvidas pelo homem. Entre os problemas apresentados por essa relação
entre o homem e a natureza, destacam-se os impactos ambientais que incidem sobre a saúde.
A expressão “meio ambiente” é definida como “o conjunto de condições, leis, influências
e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em
todas as suas formas”
Um indivíduo é considerado exposto a um fator de risco quando existem vias de ingresso
do fator ao organismo, ou seja, pela inalação, ingestão, contato dérmico etc. No caso da
exposição a um poluente, é primordial o conhecimento:
• Características toxicológicas do contaminante como, por exemplo, capacidade de
transformação, persistência ambiental e vias ingresso no organismo;
• Quem são as pessoas que estão expostas a esse poluente;
• O local onde as pessoas estão expostas;
• Temporalidade, intensidade e frequência da exposição.

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EXERCÍCIOS

001. (INSTITUTO AOCP/CASAN/2016) A disciplina que corresponde ao estudo da frequência,


da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em
específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde é
a) toxicologia
b) biologia.
c) epidemiologia.
d) antropologia.
e) bioestatística.

002. (IDECAN/PREFEITURA DE IPATINGA-MG/2010) Uma das questões centrais da epidemiologia


é a busca da causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao
processo saúde-doença. Com este objetivo, a epidemiologia descreve e compara:
a) A frequência e a distribuição destes eventos, comparando sua ocorrência em diferentes
grupos populacionais
b) Estados ou eventos expostos e sem características comparativas.
c) A distribuição geográfica que se torna única num estudo comparativo.
d) Condições ideais comparadas com medidas de controle reais.
e) Características genéticas, comportamentais e imunológicas de controle reais.

003. (INSTITUTO AOCP/IBC/2013) Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese


que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado
de saúde, bem como do desempenho do sistema de Saúde. Sobre os indicadores de saúde,
assinale a alternativa INCORRETA.
a) A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados em
sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco) e da precisão dos
sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados).
b) O grau de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade
de medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando
aplicado em condições similares).
c) Em geral, a validade de um indicador é determinada por sua sensibilidade (capacidade
de detectar somente o fenômeno analisado) e especificidade (capacidade de detectar o
fenômeno analisado).
d) A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções,
razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer.
e) A disponibilidade de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento
de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das
equipes
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004. (VUNESP/MPE-SP/2016) Um dos atributos que definem o grau de excelência dos


indicadores de saúde é a validade que
a) reflete a capacidade do indicador para reproduzir os mesmos resultados quando aplicado
em condições similares.
b) é a qualidade essencial do indicador utilizada para justificar o investimento de tempo e
recursos.
c) é um componente exclusivo dos indicadores qualitativos.
d) corresponde à capacidade do indicador para medir o que se pretende.
e) é o atributo que define o uso exclusivo do indicador para a comparação temporal de dados.

005. (ESAF/MPOG/2012) Dada a complexidade do conceito de saúde, a tarefa de mensurá-lo


é também complexa, o que torna de suma importância a existência de indicadores confiáveis.
Sobre os indicadores em saúde é correto afirmar:
a) os indicadores de saúde constituem ferramenta fundamental para a gestão e avaliação
da situação de saúde, em todos os níveis.
b) são um recurso para a obtenção de informações sobre situações de saúde nas quais não
é possível a quantificação.
c) a confiabilidade de um indicador em saúde é decorrente de sua não vinculação ao
problema, evento ou tema a ser observado ou medido.
d) os indicadores de processo são aqueles nos quais os gestores buscam saber os benefícios
reais que uma dada ação de saúde provocou na população.

006. (INÉDITA/2020) A Epidemiologia ambiental utiliza informações sobre:


a) Os fatores de risco não existentes
b) As características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população
c) Os efeitos adversos à saúde relacionados à não exposição a fatores de risco ambientais.
d) Ações de promoção e prevenção

007. (INÉDITA/2020) Julgue o item abaixo:


O saneamento é definido como o descontrole de todos os fatores do meio físico do homem,
que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o seu bem-estar físico, mental e
social. Portanto, o saneamento não é indissociável do conceito de saúde.

008. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CAMPO VERDE-MT/2010) A epidemiologia ambiental com


indicador de saúde aplica dois métodos para compreender as relações entre meio ambiente e
saúde: epidemiologia descritiva e analítica. Utiliza, portanto informações tais como, EXCETO:
a) Fatores de risco existentes: físicos, químicos e biológicos.
b) Características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população.
c) Efeitos adversos a saúde relacionados à exposição a fatores de riscos ambientais.
d) Fatores de riscos ergonômicos ou psicossociais e mecânicos.
e) Relação
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Conceitos Básicos de Epidemiologia, Meio Ambiente e Saneamento
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GABARITO
1. c
2. a
3. c
4. d
5. a
6. b
7. E
8. e

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a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.

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Conhecimentos Gerais
Conceitos Básicos de Epidemiologia, Meio Ambiente e Saneamento
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GABARITO COMENTADO

001. (INSTITUTO AOCP/CASAN/2016) A disciplina que corresponde ao estudo da frequência,


da distribuição e dos determinantes dos estados ou eventos relacionados à saúde em
específicas populações e a aplicação desses estudos no controle dos problemas de saúde é
a) toxicologia
b) biologia.
c) epidemiologia.
d) antropologia.
e) bioestatística.

Epidemiologia é o estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos estados


ou eventos relacionados à saúde em específicas populações e a aplicação desses estudos
no controle dos problemas de saúde. (J. Last, 1995).
Letra c.

002. (IDECAN/PREFEITURA DE IPATINGA-MG/2010) Uma das questões centrais da epidemiologia


é a busca da causa e dos fatores que influenciam a ocorrência dos eventos relacionados ao
processo saúde-doença. Com este objetivo, a epidemiologia descreve e compara:
a) A frequência e a distribuição destes eventos, comparando sua ocorrência em diferentes
grupos populacionais
b) Estados ou eventos expostos e sem características comparativas.
c) A distribuição geográfica que se torna única num estudo comparativo.
d) Condições ideais comparadas com medidas de controle reais.
e) Características genéticas, comportamentais e imunológicas de controle reais.

A epidemiologia preocupa-se com a frequência e o padrão dos eventos relacionados com o


processo saúde-doença na população. A frequência inclui não só o número desses eventos,
mas também as taxas ou riscos de doença nessa população. O padrão de ocorrência dos
eventos relacionados ao processo saúde-doença diz respeito à distribuição desses eventos.
Letra a.

003. (INSTITUTO AOCP/IBC/2013) Em termos gerais, os indicadores são medidas-síntese


que contêm informação relevante sobre determinados atributos e dimensões do estado
de saúde, bem como do desempenho do sistema de Saúde. Sobre os indicadores de saúde,
assinale
O conteúdo a alternativa
deste livro INCORRETA.
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a) A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados em


sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco) e da precisão dos
sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados).
b) O grau de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade
de medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando
aplicado em condições similares).
c) Em geral, a validade de um indicador é determinada por sua sensibilidade (capacidade
de detectar somente o fenômeno analisado) e especificidade (capacidade de detectar o
fenômeno analisado).
d) A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde a
simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções,
razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer.
e) A disponibilidade de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento
de objetivos e metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das
equipes e promover o desenvolvimento de sistemas de informação intercomunicados.

a) Certa. A qualidade de um indicador depende das propriedades dos componentes utilizados


em sua formulação (frequência de casos, tamanho da população em risco etc.) e da precisão
dos sistemas de informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados etc.).
b) Certa. O grau de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade
de medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando
aplicado em condições similares).
c) Errada. Em geral, a validade de um indicador é determinada pelas características de
sensibilidade (medir as alterações desse fenómeno) e especificidade (medir somente o
fenómeno analisado).
d) Certa. A construção de um indicador é um processo cuja complexidade pode variar desde
a simples contagem direta de casos de determinada doença, até o cálculo de proporções,
razões, taxas ou índices mais sofisticados, como a esperança de vida ao nascer.
e) Certa. Além de prover matéria prima essencial para a análise de saúde, a disponibilidade
de um conjunto básico de indicadores tende a facilitar o monitoramento de objetivos e
metas em saúde, estimular o fortalecimento da capacidade analítica das equipes de saúde
e promover o desenvolvimento de sistemas de informação de saúde intercomunicados.
Letra c.

004. (VUNESP/MPE-SP/2016) Um dos atributos que definem o grau de excelência dos


indicadores de saúde é a validade que
a) reflete a capacidade do indicador para reproduzir os mesmos resultados quando aplicado
em condições similares.
b) é a
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c) é um componente exclusivo dos indicadores qualitativos.


d) corresponde à capacidade do indicador para medir o que se pretende.
e) é o atributo que define o uso exclusivo do indicador para a comparação temporal de dados.

O grau de excelência de um indicador deve ser definido por sua validade (capacidade de
medir o que se pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado
em condições similares).
Letra d.

005. (ESAF/MPOG/2012) Dada a complexidade do conceito de saúde, a tarefa de mensurá-lo


é também complexa, o que torna de suma importância a existência de indicadores confiáveis.
Sobre os indicadores em saúde é correto afirmar:
a) os indicadores de saúde constituem ferramenta fundamental para a gestão e avaliação
da situação de saúde, em todos os níveis.
b) são um recurso para a obtenção de informações sobre situações de saúde nas quais não
é possível a quantificação.
c) a confiabilidade de um indicador em saúde é decorrente de sua não vinculação ao
problema, evento ou tema a ser observado ou medido.
d) os indicadores de processo são aqueles nos quais os gestores buscam saber os benefícios
reais que uma dada ação de saúde provocou na população.

Se forem gerados de forma regular e manejados em um sistema dinâmico, os indicadores


de saúde constituem ferramenta fundamental para a gestão e avaliação da situação de
saúde, em todos os níveis.
Letra a.

006. (INÉDITA/2020) A Epidemiologia ambiental utiliza informações sobre:


a) Os fatores de risco não existentes
b) As características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população
c) Os efeitos adversos à saúde relacionados à não exposição a fatores de risco ambientais.
d) Ações de promoção e prevenção

A Epidemiologia ambiental utiliza informações sobre: os fatores de risco existentes (físicos,


químicos, biológicos, mecânicos, ergonômicos ou psicossociais); as características especiais
do ambiente que interferem no padrão de saúde da população; e os efeitos adversos à
saúde relacionados à exposição a fatores de risco ambientais.
Letra b.
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007. (INÉDITA/2020) Julgue o item abaixo:


O saneamento é definido como o descontrole de todos os fatores do meio físico do homem,
que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o seu bem-estar físico, mental e
social. Portanto, o saneamento não é indissociável do conceito de saúde.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) define saneamento como o controle de todos os


fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeito deletério sobre o
seu bem-estar físico, mental e social. Portanto, é evidente que, pela sua própria definição,
o saneamento é indissociável do conceito de saúde.
Errado.

008. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE CAMPO VERDE-MT/2010) A epidemiologia ambiental


com indicador de saúde aplica dois métodos para compreender as relações entre meio
ambiente e saúde: epidemiologia descritiva e analítica. Utiliza, portanto informações tais
como, EXCETO:
a) Fatores de risco existentes: físicos, químicos e biológicos.
b) Características especiais do ambiente que interferem no padrão de saúde da população.
c) Efeitos adversos a saúde relacionados à exposição a fatores de riscos ambientais.
d) Fatores de riscos ergonômicos ou psicossociais e mecânicos.
e) Relação entre fatores e fatos diversificados de forma científica ou analítica.

Não é utilizada a relação entre fatores e fatos diversificados de forma científica ou analítica.
A Epidemiologia Ambiental aplica dois métodos para compreender as relações entre o meio
ambiente e a saúde, a saber:
Epidemiologia Descritiva – utiliza o método científico para estudar a distribuição dos riscos
e dos efeitos adversos à saúde da população; e
Epidemiologia analítica – estuda a relação entre a exposição a um determinado fator e
algum efeito adverso à saúde.
Letra e.

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REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, C.M.S.; OLIVEIRA C.P.F. Saúde e doença: significações e perspectivas


em mudança. Revista do ISP. 2002. Disponível em: [http://www.ipv.pt/millenium/
Millenium25/25_27.htm] Acesso em: 30 novembro 2010.

ALMEIDA, E.S.; CASTRO, C.G. J.; VIEIRA, C.A.L. Distritos sanitários: concepção e
organização. Para gestores municipais de serviços de saúde. 2ª. ed. São Paulo: Faculdade
de Saúde Pública, 2002.

BARROS, José Augusto C. Pensando o processo Saúde-Doença: a que responde o modelo


biomédico? Saude soc. [online]. 2002, v. 11, n. 1, p. 67-84.

Radicchi, Antonio Leite Alves R129s Saúde ambiental/ Antônio Leite Alves Radicchi e
Alysson Feliciano Lemos. --Belo Horizonte: Nescon/UFMG, Coopmed, 2009. 76p.: il.,
22x27cm. https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/144/1/saude_ambiental.pdf

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