Denise Bisolo Scheibe, Jane M. Mazzarino (orientador)
Centro Universitário UNIVATES.
Resumo
Ao longo do ano de 2015, foram desenvolvidas práticas de Vivências com a
Natureza baseadas no método sequencial proposto por Joseph Cornell (2005), com um grupo de estudantes de licenciatura da Educação Física do Centro Universitário UNIVATES; que também atuavam junto ao Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID). Ao todo foram nove encontros com dois grupos de até 12 participantes das mais diversas idades. As atividades têm como objetivo sensibilizar os sujeitos na sua relação com a natureza. Para isso, são propostas brincadeiras que entusiasmem e envolvam os participantes. A investigação iniciou com a exploração de um olhar ao que estava sendo posto além, visando a maneira com que esses ensinantes e aprendizes- ensinantes recebiam e lidavam com a experiência. As observações suscitaram questionamentos: como esses grupos de estudantes de licenciatura são afetados pela experiência das vivências ambientais quando se colocam no lugar de aprendizes ensinantes? Quais conexões o grupo apresenta com a atividade? Que olhares trazem? Que entrega, dedicação e interesse as práticas de vivências ambientais despertam e como estas os tocam. O objetivo do estudo é compreender afectações e conexões despertadas a partir da experiência de trocas com a natureza. Para tanto, investigou-se o processo de educação ambiental por meio do método da cartografia apresentado por Deleuze e Guattari (1995), que busca acompanhar o processo, a fim de habitar o campo e perceber a sensibilização que ali estava sendo posta (KASTRUP, 2014). Como futuros educadores, eles encaravam todas as experiências como possibilidades de novos aprendizados, levando em consideração que no futuro poderiam trabalhar com esse método em sala de aula. Observou-se também que aflorou nos aprendizes ensinantes mais a percepção da relação
17º Salão de Iniciação Científica da PUCRS, 03 a 07 de outubro de 2016
entre sociedade e natureza que da experiência para si mesmo. Estavam mais focados em aprender para ensinar que em experimentar. DELEUZE, G; GUATTARI, F. Mil platôs. Introdução: Rizoma. Volume I, Rio de Janeiro: Ed. 34, 1995. CORNELL, Joseph. Vivências com a Natureza 1. São Paulo: Editora Aquariana, 2005. KASTRUP, Virginia; PASSOS, Eduardo. Cartografar é traçar um plano comum. E. Passos, V. Kastrup & S. Tedesco (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade.V.2 Porto Alegre: Sulina.