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LINGUAGEM CARTOGRÁFICA NO DESENVOLVIMENTO DA

PERCEPÇÃO AMBIENTAL POR MEIO DE TRILHAS ECOLÓGICAS.

Jhonatas silva FERREIRA


Cristina Maria costa LEITE

RESUMO
A pesquisa foi realizada a partir de uma reflexão sobre o potencial das trilhas
ecológicas interpretativas para a promoção da educação ambiental em uma área de
preservação permanente por meio da cartografia escolar, uma vez que a realização de
uma trilha ecológica pode promover uma aprendizagem significativa pela práxis
pedagógica.
A utilização da linguagem cartográfica pode proporcionar o desenvolvimento de
conhecimentos e compreensão do espaço geográfico, levando o aluno a analisá-lo de
forma crítica e atuar na realidade à qual pertence, contribuindo para a construção da
cidadania. Neste sentido utilizou-se como metodologia inicialmente a revisão de
literatura do tipo narrativa em busca de estudos prévios sobre a temática, sendo aplicado
um estudo de caso numa escola pública situada numa região administrativa do Distrito
Federal. A aquisição das informações empíricas ocorreu por meio de observação
durante a trilha onde foi utilizado o caderno de campo para registro das observações
numa abordagem qualitativa. A análise dos dados mostrou que houve uma boa relação
entre o desenvolvimento dos princípios geográficos desenvolvidos via cartografia
escolar a partir da utilização das trilhas ecológicas como instrumento pedagógico,
resultando numa mudança comportamental em relação ao ambiente e sua preservação.
Essa sensibilização efetiva em relação às questões do meio ambiente e os
conhecimentos na área de Geografia foram ampliados de maneira expressiva.
Palavras-chaves: Trilha Ecológica, Educação Ambiental e Linguagem Cartográfica.

ABSTRACT
The research was carried out based on a reflection on the potential of interpretive
ecological trails for the promotion of environmental education in an area of permanent
preservation through school cartography, since the realization of an ecological trail can
promote meaningful learning through praxis pedagogical. The use of cartographic
language can provide the development of knowledge and understanding of the
geographical space, leading the student to analyze it critically and act in the reality to
which it belongs, contributing to the construction of citizenship. In this sense, it was
used as methodology initially the literature review of the narrative type in search of
previous studies on the theme, being applied a case study in a public school located in
an administrative region of the Federal District. The acquisition of empirical
information occurred through observation during the trail where the field notebook was
used to record the observations in a qualitative approach. Data analysis showed that
there was a good relationship between the development of geographical principles
developed via school cartography from the use of ecological trails as a pedagogical tool,
resulting in a behavioral change in relation to the environment and its preservation. This
effective awareness of environmental issues and knowledge in the area of Geography
has been significantly expanded
Keywords: Ecological Trail, Environmental Education and Cartographic Language.

INTRODUÇÃO
Os educandos dos anos iniciais do ensino fundamental apresentam dificuldades
relativas à abstração de diversos conceitos, neste sentido propõe-se a utilização da
linguagem cartográfica no desenvolvimento de trilhas ecológicas voltadas á educação
ambiental.
Por se tratar de um recurso de grande importância na Educação Ambiental, este
artigo tem por objetivo trazer reflexões sobre a utilização da linguagem cartográfica em
trilhas ecológicas como mecanismo de mediação pedagógica.
A partir da instituição da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA)
foram ampliadas atuação de educadores, ambientalistas e professores em relação as
práticas de educação ambiental. No âmbito escolar, estas ações ancoram-se na
pedagogia dialógica de Paulo Freire. Ela propõe a produção de conhecimentos e
experiências por meio da práxis pedagógica onde são aproximados o desenvolvimento
de conceitos a suas aplicações na sociedade.
Portanto, a utilização de recursos oriundos das tecnologias da informação e da
comunicação (TICs) aplicadas ao ensino da Geografia, de maneira interativa e lúdica,
por meio da cartografia digital, é uma forma extremamente interessante para a melhoria
e o aprimoramento do processo de ensino aprendizagem.
Diante disso, a pesquisa tem como objetivo avaliar o potencial das trilhas
ecológicas interpretativas a partir da cartografia escolar para a promoção da educação
ambiental em área de preservação permanente.

EDUCAÇÃO AMBIENTAL E APRENDIZAGEM

A educação ambiental no ensino fundamental prioriza enfatizar a sensibilização


com a percepção, interação, cuidado e respeito das crianças para com a natureza e
cultura destacando a diversidade dessa relação. Nos anos finais do ensino fundamental
convém desenvolver o raciocínio crítico, prospectivo e interpretativo das questões
socioambientais bem como a cidadania ambiental. No ensino médio e na educação de
jovens e adultos, o pensamento crítico, contextualizado e político, e a cidadania
ambiental devem ser ainda mais aprofundados, podendo ser incentivada a atuação de
grupos não apenas para a melhoria da qualidade de vida, mas especialmente para a
busca de justiça socioambiental, frente às desigualdades sociais que expõem grupos
sociais economicamente vulneráveis em condições de risco ambiental.(BRASIL,2001)
A inserção das TICs na educação básica difunde na quebra de paradigmas, uma
vez que a construção do conhecimento no ambiente escolar, sempre foi realizada por
meio de assimilação de conteúdos e informações, geralmente, transmitidas pelo
professor aos alunos de maneira descontextualizada de seu cotidiano a da sua cultura.
Atribuindo ao processo de aprendizagem múltiplas funcionalidades, como: pesquisa
colaborativa, memória infinita, inteligência coletiva, capacidade de simulações e
interatividade com jovens e professores de regiões e países distantes. (KENSKY,2017)
De acordo com a PNEA (1999) a educação ambiental é definida como:
Os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas
para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial
à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.

Mesmo apresentando um enfoque conservacionista, essa definição coloca o ser


humano como responsável individual e coletivamente pela sustentabilidade, ou seja, se
fala da ação individual na esfera privada e de ação coletiva na esfera pública.
As Nações Unidas e a UNESCO tiveram a iniciativa de implementar a Década
da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005-2014), cuja instituição
representa um marco para a educação ambiental, pois reconhece seu papel no
enfrentamento da problemática socioambiental à medida que reforça mundialmente a
sustentabilidade a partir da Educação.
As concepções de educação ambiental estão organizadas por correntes. Neste
sentido a noção de corrente se refere a um estilo de conceber e de praticar a educação
ambiental. Podendo numa mesma corrente haver uma pluralidade e uma diversidade de
proposições. entretanto, uma mesma proposição pode obedecer a duas ou três correntes
diferentes.
Dentre as diversas correntes existentes, Layrargues e Lima (2014) identificaram
três macrotendências que são bastante utilizadas nas práticas pedagógicas:
conservacionista, pragmática e crítica. Nosso estudo foi baseado sob os princípios da
macrotendência conservacionista assim evidenciada:
(...) a macrotendência conservacionista, que se expressa por meio das
correntes conservacionista, comportamentalista, da Alfabetização Ecológica,
do autoconhecimento e de atividades de sensopercepção ao ar livre, vincula-
se aos princípios da ecologia, na valorização da dimensão afetiva em relação
à natureza e na mudança do comportamento individual em relação ao
ambiente baseada no pleito por uma mudança cultural que relativize o
antropocentrismo. (LAYRARGUES; LIMA, 2014, p.30).

Numa reflexão crítica sobre ao papel da universidade na reconceituação da


Educação Ambiental, salienta que a prática de “[...] educação ambiental exige método,
noção de escala, boa percepção das relações entre tempo, espaço e conjunturas;
conhecimentos sobre as realidades regionais e, sobretudo, códigos de linguagem
adaptados às faixas etárias do alunado” (AB’SÁBER, 1993, p.114).
De acordo com SAUVÉ (2003) Uma das táticas de apreensão possibilidades
teóricas e práticas no campo da educação ambiental consiste na elaboração de um mapa
deste “território” pedagógico. Com o objetivo de reagrupar conjecturas semelhantes em
categorias, de caracteriza-las e de distingui-las entre si, ao mesmo tempo relacionando-
as por meio de divergências, pontos comuns, oposição e complementaridade.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ENSINO DA CARTOGRAFIA


No ensino da Geografia, o recurso de informática, aliado ao ensino da
cartografia, tem produzido bons resultados. De acordo com Pazini & Montanha (2005,
p.1331),
As atividades cartográficas promovem o desenvolvimento de esquemas
mentais que auxiliam na aprendizagem e na autonomia intelectual do aluno
reafirmando a importância de se aliar essas atividades com novas
possibilidades de interação oferecidas pelas inovações tecnológicas.
Os avanços na área da informática estão provocando uma verdadeira revolução
na educação. As novas tecnologias aplicadas à educação têm contribuído para melhorar
o ensino-aprendizagem. No mundo contemporâneo, tanto a informática como os
recursos de multimídia são importantes para desenvolver as habilidades intelectuais.
(LEVY,1993)
A Cartografia é muito importante no ensino da Geografia. Um indivíduo que
domina esta área do conhecimento é capaz de interpretar mapas, fazer representações e
buscar novas tecnologias para processar informações sob uma perspectiva espacial
(VIEIRA, 2001).
Segundo Teruya (2006, p. 82) “[...] as tecnologias da comunicação e informação
têm um poder de sedução e encantamento, por isso não é mais possível ignorar tais
recursos no processo educativo da escola”.
A utilização dos mapas possui registros que datam ao período pré-histórico
notados por vários mapas grafados em rochas, argila ou cascas de arvores, durante a
idade média passou a ser denominado por mapa sendo substituído por carta a partir do
século XIV em espacial para navegação marítima, como causou imensa confusão
atualmente são chamados por mapa.
A Associação Cartográfica Internacional - ACI define mapa como sendo “uma
imagem convencionada, representando feições características da realidade geográfica,
construída para uso quando as relações espaciais são de relevância fundamental.”
A partir do século XIX, a ciência que estuda o uso e a confecção de mapas
recebeu a denominação de Cartografia. Nesse período, pesquisadores de diversas áreas
do conhecimento começaram a desenvolver cartas temáticas especializadas para seus
estudos. A cartografia deixou de ser utilizada apenas como representação da superfície
terrestre e passou a condição de transmissor de informações e comunicação.
De acordo com a definição apresentada pela Associação Cartográfica
Internacional (1973), a Cartografia é:

O conjunto de estudos e operações científicas, artísticas e técnicas que, tendo


por base os resultados das observações obtidas pelos métodos e processos
diretos, indiretos ou subsidiários de levantamento ou exploração de
documentos existentes, destinam-se à elaboração e à preparação de mapas e
outras formas de expressão, assim como a sua utilização.

Portanto, a Cartografia se apresenta como um misto de arte, ciência e tecnologia,


responsável pela leitura e elaboração dos mapas. Nos documentos cartográficos são
assentadas as informações geográficas e ou socioeconômicas que facilitam a leitura e
interpretação do espaço geográfico. Neste sentido o mapa é um meio de comunicação,
pois transmite informações a partir de uma linguagem gráfica e que permite o
desenvolvimento do raciocínio Geoespacial via apreensão visual, na compreensão da
realidade geográfica.
De acordo com Chorley e Hagget (1995, p. 87), “a Cartografia, mais
especificamente os mapas, estabelecem pontes entre os níveis de observação e o
teórico”. Deste modo o mapa é um instrumento indispensável ao pensar, planejar e agir
racionalmente sobre o espaço.
Segundo Souza e Katuta (2001, p.76):
Ler mapas como se fossem um texto escrito, ao contrário do que parece, não
é uma atividade tão simples assim; para que isso ocorra, faz-se necessário
aprender, além do alfabeto cartográfico, a leitura propriamente dita,
entendida aqui não apenas como mera decodificação de símbolos. As noções,
as habilidades e os conceitos de orientação e localização geográficas fazem
parte de um conjunto de conhecimentos necessários, juntamente com muitos
outros conceitos e informações, para que a leitura de mapas ocorra de forma
que o aluno possa construir um entendimento geográfico da realidade.

De acordo com Almeida (2001) o desenvolvimento de atividades desta natureza


requer que o estudante esteja familiarizado, ou seja, entre em contato com a linguagem
cartográfica por meio de seus signos e compreenda o processo matemático de redução a
partir da escala possibilitando assim a leitura do mapa.
O processo de leitura nada mais é do que a compreensão
da linguagem cartográfica, decodificando os significantes através da legenda,
utilizando cálculos para a reversão da escala, chegando às medidas reais do espaço
projetado e conseguindo a informação do espaço representado, visualizando-o.
Sabemos que o conhecimento e o comportamento são resultados de processos de
construção subjetivos nas trocas cotidianas com as condições concretas da vida
(CASTROGIOVANNI; COSTELLA, 2012)
A decodificação, isto é, a leitura do mapa, é o principal estágio do processo da
alfabetização cartográfica. Preparar o aluno para ler mapas deve incluir a sua ação como
elaborador de mapas.
A partir das concepções de SAUVÈ (2003) partimos do uso do mapa do
território de aprendizagem a ser utilizado como guia para o desenvolvimento de trilhas
ecológicas interpretativas privilegiando o espaço vivido dos indivíduos
As trilhas como ferramentas pedagógicas objetiva não somente a transmissão de
conhecimentos, mas, propiciam atividades que revelam os significados e as
características do ambiente por meio do uso dos elementos naturais , por experiência
direta e por meios ilustrativos, sendo assim instrumento básico de programas de
educação ao ar livre, portanto, as trilhas ecológicas desempenham fundamental papel no
processo de conservação da natureza, porque, ao facilitar o acesso dos educandos a
locais naturais, essa interação repercute em mudança de comportamento na relação
homem-natureza. Participar de uma trilha ecológica possibilita a leitura e interpretação
da natureza promovendo desta maneira uma prática ambiental comprometida com a
educação ambiental no contexto da sustentabilidade. (Da Silva et al., 2012)
Considerando as trilhas ecológica como mecanismo de educação ambiental no
contexto escolar, pode ser definida como trajetos demarcados em áreas naturais que
promovam a interpretação ambiental, e dos acontecimentos locais. A formatação de
trilhas ecológicas pode favorecer a conscientização e a preservação ambiental, visto que
atualmente a questão ambiental vem gerando diversos debates e estudos. Sua discussão
é vista como entrave diante o modelo de desenvolvimento imposto, uma vez que a
interdisciplinaridade enquanto método de aquisição do conhecimento conexo apresenta
respostas integrantes à crise da racionalidade da modernidade (LEFF, 1999).

METODOLOGIA

Iniciamos o desenvolvimento da pesquisa a partir de uma revisão de literatura do


tipo narrativa em foram buscadas referencias acerca de legislação, conceitos e princípios
da educação ambiental como os propostos na política nacional de educação ambiental,
assim como do ensino de geografia e da cartografia escolar.
Neste trabalho a trilha ecológica foi realizada na região administrativa de Santa
Maria do Distrito Federal, numa escola situada dentro de uma reserva ambiental. Nesta
atividade utilizamos um estudo de caso. De acordo com Fachin (2003) é um método
qualificado por um estudo intensivo, que considera, principalmente, a compreensão
integral do assunto investigado. Para aquisição de dados foram utilizadas as técnicas de
documentação indireta: pesquisa bibliográfica para aquisição das fontes primárias e a
pesquisa documental para as fontes secundárias que corresponde a toda informação de
forma oral, escrita ou visualizada (FACHIN, 2003).
Também foi utilizada para documentação direta informações empíricas oriundas
da pesquisa de campo que resultou da observação direta e dos conhecimentos prévios
desenvolvidos em sala de aula. Andrade (2004)
Por se tratar de uma pesquisa de natureza qualitativa prestigiaremos aspectos
como a intuição, a exploração e o subjetividade. Perez (2005) destaca que a pesquisa
qualitativa, é uma estratégia utilizada para responder questões sobre as interações
humanas e tem como finalidade a descrição dos fenômenos. Logo a pesquisa de campo
realizada foi do tipo exploratório-descritiva onde se busca conhecer e interpretar a
realidade, foram utilizados questionários, recurso áudio visual, observação in loco e
diário de campo.
No laboratório de tecnologia, os alunos tiveram acesso a aplicativos do tipo
open source relacionado a mapa interativos e noções de sistema de informações
geográfica (SIG), que possibilitou a realização de uma série de atividades interativas
relacionadas ao ensino da Cartografia, por meio da cartografia digital.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

O desenvolvimento de conceitos ambientais em sala de aula assim como dos


conceitos e princípios geográficos foram otimizados a partir do contato direto dos
estudantes com a natureza por meio das trilhas ecológicas. A utilização da linguagem
cartográfica possibilitou aos alunos fazer varias relações entre a imagem contida no
mapa e os espaços visitados durante a trilhas.
A Ação escolar por meio de atividades práticas promoveu ações que geraram
maior senso de responsabilidade e pertencimento a natureza e a sustentabilidade. Além
de permitir a acomodação de princípios geográficos como:
Quadro 01 – Princípios Geográficos
PRINCÍPIOS GEOGRÁFICOS CARACTERÍSTICAS
Formulado por Friedrich Ratzel (1844-1904):
DA EXTENSÃO – DELIMITAÇÃO –
trata da necessidade de delimitar o fato a ser
LOCALIZAÇÃO
estudado, localizando-o na superfície terrestre.
Formulado por Alexander Von Humboldt
DA CAUSALIDADE (1769-1859): corresponde à necessidade de
explicar, informar as causas dos fatos.
Exposto por Karl Ritter (1779-1859) e Paul
Vidal de La Blache (1845-1918): traz a
DA ANALOGIA necessidade de comparação do fato ou área
estudada com outros fatos ou áreas em busca
de semelhanças ou diferenças.

Apresentado em especial por Jean Brunhes


(1869-1930): indica que tanto os fatos quanto
DA CONEXIDADE os locais estão inseridos em um sistema de
relações, tanto locais como interlocais.
Portanto, é preciso identificar esses elos.
Apresentado por Brunhes: os fatos possuem um
caráter dinâmico, variável, o que implica
DA ATIVIDADE
conhecer o passado para entender o presente e
prever cenários.
Fonte: Moreira (2015)

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A trilha ecológica a unidade de ensino possui uma boa estrutura para a


realização de atividades de Educação Ambiental, tais atividades geram sensibilização e
cuidado com a natureza por parte dos estudantes, que aprendem um pouco mais sobre o
local onde vivem, as formações florestais, sua importância e modo de conservação.
Este espaço criativo e motivador que a escola pode proporcionar permitiu o
surgimento novas ideias e simples, capazes de nos levar à construção de uma sociedade
mais justa e sustentável a partir das concepções de espaço vivido, percebido e
concebido.
Esta atividade propiciou um novo viés educativo onde se explora toda a área da
escola assim como sua vizinhança, ao experimentar o espaço vivido foram
desenvolvidas várias habilidades antes não acomodadas. A partir do engajamento das
comunidades escolares por meio da educação ambiental tem-se buscado soluções
práticas propondo ações, pensando e discutindo temáticas para enfrentar problemas
ambientais locais. Ela permite a participação coletiva de forma dinâmica, ajudando
também na construção de um plano de trabalho para gerações futuras.

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