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TÍTULO: A PRÁTICA DOS CINCO 5‟r: DIMENSÕES, PERCEPÇÕES, E

PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS NO ENSINO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO 9º


ANO DO COLÉGIO ESTADUAL ANTONIO FRANCISCO LISBOA NO
MUNICIPIO DE SARANDI.

Autor José Carlos da Silva


Escola de atuação Colégio Estadual Antonio Francisco Lisboa.
Município da escola Sarandi
Núcleo regional educação Maringá
Orientadora Drª. Adélia Aparecida de Souza Haracenko
Instituição de ensino UEM
superior
Disciplina/área Geografia
Produção didático- Caderno Pedagógico
pedagógica
Relação interdisciplinar Todas as disciplinas
Público alvo Alunos 9º ano
Escola de Implementação do Colégio Estadual Antonio Francisco Lisboa.
Projeto e sua localização Av. Maringá, 1941 - Jardim Novo Paulista,
Sarandi - PR, 87111-001. Telefone: (44)
3264-3068.
Resumo: A presente Unidade Didática se justifica por
entendermos ser este um dos instrumentos
que servirá de apoio para auxiliar o
professor no processo ensino aprendizagem,
possibilitando o educando acompanhar no
seu próprio material, o desenvolvimento dos
conteúdos ministrados através dos diversos
recursos, como: textos e/ou imagens e
questionamentos para a problematização da
temática, e verificação do conhecimento
prévio dos alunos. Traz ainda sugestões de
atividades que visam proporcionar a
compreensão e ampliação dos conteúdos
referentes às questões ambientais. A
unidade didática é um instrumento que
permitirá o auxílio da implementação do
trabalho na escola.
Palavras-chave Educação ambiental, 5r‟, Sustentabilidade.

Formato do Material Didático Unidade Didática


Público alvo Alunos do 9º ano do Ensino Fundamental

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APRESENTAÇÃO

Entre as várias possibilidades de formatos para a realização do material


didático dos professores participantes do Programa de Desenvolvimento
Educacional PDE – Turma 2016 optamos por elaborar uma unidade didática
com abordagem dentro da temática de estudo: Tecnologias e suas Linguagens
no Ensino da Geografia, no 9º Ano do Colégio Estadual Antonio Francisco
Lisboa no Município de Sarandi.
O material será implementado com os alunos da 8ª série/9ºano, período
matutino do Colégio Estadual Antonio Francisco Lisboa – Ensino Fundamental
e Médio do Município de Sarandi, Paraná.
A opção por este formato se justifica por entendermos ser este um dos
instrumentos que servirá de apoio para auxiliar o professor no processo ensino
aprendizagem, ao possibilitar o educando acompanhar o desenvolvimento dos
conteúdos ministrados através dos diversos recursos como: texto e/ou
imagens (mapas, ilustrações, fotografias) e questionamentos para a
problematização dos temas e verificação do conhecimento prévio dos alunos,
além de sugestões de atividades que visam proporcionar a compreensão e
ampliação dos conteúdos estudados.
Esta unidade didática será composta por três partes distintas, divididas
da seguinte forma: A primeira expõe a abordagem teórica sobre A Prática dos
Cinco cinco‟r: Dimensões, Percepções, e Práticas Sustentáveis no Ensino da
Educação Ambiental em sua forma mais ampla, no contexto nacional e, a partir
deste contexto a abordagem teórica do recorte espacial no Colégio Estadual
Antonio Francisco Lisboa no Município de Sarandi – PR, com o objetivo de levar
ao conhecimento dos professores o referencial bibliográfico estudado e
aprofundado que possibilitou a elaboração deste material pedagógico.
A segunda parte apresenta sugestões de atividades com o objetivo de
contribuir com o trabalho dos professores em sala de aula. A terceira parte é
composta por textos, imagens e atividades dirigidos aos estudantes com o
objetivo de:
 Propiciar ao aluno a oportunidade de acompanhar o tema que está sendo
estudado através dos textos expostos em seu próprio material;
 Desenvolver as atividades propostas visualizando as mensagens
contidas no caderno direcionado aos alunos;
 Observar e interpretar mapas, figuras e fotos inseridas no caderno de
atividades.

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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA / REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A escolha do tema: “A Prática dos 5‟r: Dimensões, Percepções, Desafios


e Práticas Sustentáveis no Ensino da Educação Ambiental no 9º ano do
Colégio Estadual Antonio Francisco Lisboa no Município de Sarandi”, vem da
necessidade de se estudar temas relacionados à Educação Ambiental através
da visão da Geografia.
Assim sendo, será feito um trabalho dentro da Dimensão Socioambiental
do Espaço Geográfico que compreende, segundo as Diretrizes Curriculares da
Educação Básica do Paraná (2008) no ensino de geografia, tanto a gênese da
dinâmica da natureza, quantos as alterações nelas causadas pela ação
humana. A sociedade é componente e sujeito da problemática ambiental.
Além dessa dimensão de estudo, de acordo com As Diretrizes Curriculares
(PARANÁ, 2008, p. 69-72) também temos:
 Dimensão Econômica do Espaço Geográfico que se articula com os
demais conteúdos estruturantes, pois a apropriação da natureza e sua
transformação em produtos para o consumo humano envolvem as
sociedades em relações políticas, ambientais e culturais, fortemente
direcionadas por interesses socioeconômicos locais, regionais, nacionais
e globais (p. 69-70).
 Dimensão Política do Espaço Geográfico que deve possibilitar que o aluno
compreenda as relações de poder sobre territórios da escala micro (rua,
bairro), até a escala macro (País, Instituições Internacionais). (p.70)
 Dimensão Cultural e Demográfica do Espaço Geográfico em que as
questões demográficas da constituição do espaço geográfico são centrais,
bem como as constituições regionais em função das especificidades
culturais, os grupos sociais e étnicos em sua configuração espacial
urbana, rural e regional. (p.73). e;
 Dimensão Socioambiental do Espaço Geográfico, um conteúdo
estruturante que perpassa outros campos do conhecimento, o que
remete à necessidade de situá-lo de modo a especificar qual seja o olhar
geográfico de que se trata. A questão socioambiental é um subcampo da
Geografia e, como tal, não constitui mais uma linha teórica dessa
ciência/disciplina. Permite abordagem complexa do temário geográfico,
porque não se restringe aos estudos da flora e da fauna, mas à
interdependência das relações entre sociedade, elementos naturais,
aspectos econômicos, sociais e culturais (p.71-72).
A partir dessa premissa, iremos trabalhar dentro da Dimensão
Socioambiental do Espaço Geográfico, alguns conteúdos da disciplina de

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Geografia do referido ano para elaborar metodologias que darão maior
significado para a vida dos educandos, bem como amenizar o impacto
ambiental, visto que ao se trabalhar esses conteúdos junto aos mesmos
passarão por um processo gradativo de ruptura de conhecimentos menos
aprofundados ou próximos do senso comum e práticas anteriormente
apreendidas para um novo patamar de conhecimentos e práticas mais
sustentáveis.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Paraná (2008.
p. 25) para o ensino de Geografia, este conteúdo é estruturante, ou seja, os
conhecimentos de grande amplitude que identificam e organizam os campos de
estudos de uma disciplina escolar, considerados fundamentais para a
compreensão de seu objeto de estudo e ensino, perpassa outros campos do
conhecimento, o que remete à necessidade de situá-lo de modo a especificar
qual seja o olhar geográfico de que se trata.
Dessa forma, estaremos mediando um conteúdo e ao mesmo tempo
construindo com os alunos o exercício da cidadania. Diante disso, objetivamos
trabalhar os 5‟r (Reduzir, Reutilizar, Reciclar, Recusar e Repensar), temas que
serão trabalhados nesse projeto e aplicado pelos alunos.
O enfoque principal do projeto será os 5‟r, porém, no trabalho de campo,
discutiremos temáticas relacionadas ao meio ambiente como as erosões que
provocam as voçorocas, o assoreamento dos ribeirões e córregos,
desmatamentos, ocupações em fundo de vale e saneamento básico.
Um dos cinco 5‟r é o “R” de Reduzir, ou seja, diminuir o consumo,
comprando só o que realmente você precisa e, de preferência produtos que
tenham uma maior vida útil e que seja possível consertar se precisar. Essa
prática combate o consumismo, tão debatido e combatido nos últimos tempos.
O segundo “R” é o de Reutilizar, ou seja, usar um produto que seja
descartado, uma ou mais vezes para outros fins, por exemplo: quando acabar
os alimentos que vem em potes de vidro ou de plásticos, utilizar para guardar
outros alimentos. O terceiro é o “R” de Reciclar, pois hoje em dia quase tudo é
passível de reciclagem na linha dos plásticos, papeis vidros e metais.
Todos esses materiais podem ser reciclados pelas indústrias,
transformando-se em novos produtos, diminuindo o consumo de matérias
primas e energia necessária, pois a energia utilizada pra fazer um novo
produto reciclado é bem menor que a usada na transformação da matéria
prima bruta, e, com essas práticas estaremos protegendo meio ambiente, pois
também diminuía emissão de poluentes pelas fábricas e a vida útil dos aterros
sanitários é bem maior, além de se promover trabalho e renda para milhares
de trabalhadores que retiram seu sustento dessas práticas.

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O quarto é o “R” de Recusar. Acreditamos que quando chegarmos a esse
nível de conscientização, recusando produtos que não tenha vindo de uma
empresa comprometida com a proteção do meio ambiente, terá dado um
grande passo a um ambiente mais agradável.
Aqui também entra a decisão de recusar produtos que não possam ser
reciclados, ou que a empresa fabricante não ofereça alternativa como pontos
de recepção desses produtos com defeitos.
Durante muito tempo tivemos que conviver com a dificuldade das pessoas
darem destinação correta aos pneus e baterias de celulares, bem como os
próprios aparelhos, porém, hoje, devido à luta dos ambientalistas e uma maior
conscientização da população, já temos onde entregar para destinação correta
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esses produtos inservíveis nos chamados Eco Pontos.
O 5º e não menos importante, é o “R” de Repensar, ou seja, aqui temos
que refletir se temos contribuído de fato para a proteção do meio ambiente. O
produto que nós utilizamos no dia a dia passa por várias fases de produção,
até chegar até nós, aqui cabe perguntar como iremos descartar esse produto
após o uso? Nesse repensar, chegaríamos talvez ao ponto de recusar um
produto que seria mais um causador de problemas ao meio ambiente em que
vivemos.
Segundo o que explicita o Ministério da Educação no documento dos
Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs, no volume 10.3, no item Meio
Ambiente, Temas Transversais (1998, p. 197), considerando a importância da
temática ambiental, esse conteúdo fará o aluno ao final do ensino
fundamental:
 Identificar-se como parte integrante da natureza e sentir-se
afetivamente ligados a ela, percebendo os processos pessoais como
elementos fundamentais para uma atuação criativa, responsável e
respeitosa em relação ao meio ambiente;
 Perceber, apreciar e valorizar a diversidade natural e sociocultural,
adotando posturas de respeito aos diferentes aspectos e formas do
patrimônio natural, étnico e cultural;
 Observar e analisar fatos e situações do ponto de vista ambiental, de
modo crítico, reconhecendo a necessidade e as oportunidades de atuar
de modo propositivo, para garantir um meio ambiente saudável e a boa

1 - Com a experiência profissional adquirida na Prefeitura de Sarandi (PR) participamos do projeto de reciclagem
com borracharias de “pneus inservíveis”, e depositados no “Eco Ponto”. Após determinado volume acumulado
esses eram coletados pela BS COLWAY, empresa de reciclagens que à época se encontrava instalada na
cidade de Piraquara, região metropolitana de Curitiba.

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qualidade de vida;
 Adotar posturas na escola, em casa e em sua comunidade que os levem
a interações construtivas, justas e ambientalmente sustentáveis;
 Compreender que os problemas ambientais interferem na qualidade de
vida das pessoas, tanto local quanto globalmente;
 Conhecer e compreender, de modo integrado, as noções básicas
relacionadas ao meio ambiente (BRASIL, 1998, p. 197).
Portanto é importante para o aluno compreender a necessidade de se
respeitar o meio ambiente e dominar alguns procedimentos de conservação e
manejo dos recursos naturais com os quais interagem, aplicando-os no dia-a-
dia e não ser levados, ao consumismo exacerbado, potencializados pelas
mídias como: televisão, rádio, revistas, internet, outdoors, dentre outros, nas
quais diariamente são nos apresentados novos produtos.
Dito isto o poema abaixo ilustra de maneira poética a questão que
discutimos anteriormente. Carlos Drummond de Andrade, em seu poema EU,
ETIQUETA, escreveu:

EU, ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome


que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,

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letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É duro andar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos do mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso de outros, tão mim mesmo,
ser pensante, sentinte e solidário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana, invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comparo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares festas praias pérgulas piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam
e cada gesto, cada olhar

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cada vinco da roupa
sou gravado de forma universal,
saio da estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo de outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem.
Meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.
Somos então, segundo Drummond a “coisa” ou seja, coisificado, pois a
cada dia se faz um lançamento de um novo eletrodoméstico, uma tv, um
computador, móveis, roupas, carros, motos, etc. Novos, e, muitas vezes sem
necessidade real daquele produto, acabamos por adquiri-lo.
Portanto, repensar nossas práticas, deveria ser o primeiro passo para uma
consciência plena de preservação do meio ambiente e dos recursos naturais,
pois iria diminuir em muito, a oferta de produtos supérfluos com funções
extras que na maioria das vezes nem utilizamos no dia a dia.

Objetivos Geral e Específicos

Objetivo Geral.

O objetivo desse trabalho teórico/prático é: ampliar o debate sobre


sustentabilidade e propor práticas educativas sobre os cinco 5‟r: Reduzir,
Reutilizar, Reciclar, Recusar e Repensar, a partir da escola, levando os alunos
a uma ação proativa, ou seja, que tenham por conta própria atitudes
ambientalmente corretas não somente no dia a dia escolar, mas também,
levando esses conhecimentos e prática para suas vidas.

Objetivos Específicos.

O objetivo do projeto é trabalhar com cada um dos cinco 5‟r: Reduzir,


Reutilizar, Reciclar, Recusar e Repensar, explorando suas percepções nos
alunos do ensino fundamental.
Assim sendo, se propõe também como objetivos específicos: Analisar os
riscos ambientais do mau uso dos recursos naturais e suas consequências.

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• Incentivar que estudem e entendam as principais causas da poluição
e, que contribuam com a reciclagem a partir de sua escola, sua casa,
seu bairro e sua cidade.
• Compreender a importância do uso de tecnologias mais limpas, e dos
reflorestamentos.
• Entender os males provocados pelas queimadas, desmatamentos e
atividades predatórias.
• Proporcionar através das atividades propostas no projeto a melhoria
do ambiente escolar.
• Propagar de maneira correta os conceitos sobre educação ambiental.
• Estimular os alunos a serem multiplicadores dos conhecimentos
adquiridos no projeto, tanto na comunidade escolar, quanto em seu
bairro.

Devido à importância da avaliação para a aprendizagem do conteúdo, esta


será feita durante todo o processo de implementação do projeto: A Prática dos
Cinco 5‟R: Dimensões, Percepções, e Práticas Sustentáveis no Ensino da
Educação Ambiental no 9º Ano do Colégio Estadual Antonio Francisco Lisboa
no município de Sarandi –Paraná.
Serão avaliados por meio de observação das atividades realizadas pelos
alunos, para que caso se faça necessário, seja feita a intervenção pedagógica a
fim de melhorar a aquisição do conhecimento, atingindo o objetivo proposto.
Assim sendo, iniciaremos cada encontro apresentado os procedimentos
metodológicos aplicados a cada aula.

APRESENTAÇÃO DO CURSO

Estamos iniciando o curso sobre Educação Ambiental com foco nos Cinco
5`r, por se tratar de um tema atua e muito importante para a humanidade,
conforme você poderá conferir nos capítulos que fazem parte desse curso.

Conforme a UNESCO:

Uma das metas básicas da educação ambiental é conseguir que as


pessoas e as comunidades compreendam o caráter complexo do ambiente
natural e artificial, resultante da inter-relação de seus aspectos biológicos,
físicos, sociais, econômicos e culturais e adquirir o conhecimento, os

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valores, as atitudes e aptidões práticas que permitam participar, de forma
responsável e eficaz, no trabalho de prever e de resolver problemas
ambientais e de uma gestão qualitativamente apropriada ao meio
ambiente” (UNESCO, 1999: 56).

Assim sendo esse curso abordará de maneira simples e direta o tema da


sustentabilidade ambiental, que busca criar a consciência de se cuidar do meio
ambiente para essa e as futuras gerações.

Encontro nº 1: (2 Aulas).
Objetivo: Iniciar a temática ambiental, instigando-os a reflexão.
Metodologia: Observação das imagens sobre as paisagens degradadas ou
preservadas.
Avaliação: Exercícios de fixação.

Observe essas imagens


com atenção e reflita um
pouco

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Após ter observado com atenção as imagens que retratam paisagens
variadas acima e refletido um pouco sobre o que está acontecendo e o que
deveria ser feito para mitigar esses efeitos no meio ambiente, escreva agora o
que você pôde observar através das imagens.

Encontro nº 2: (2 aulas)

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AFINAL DE CONTAS O
QUE É EDUCAÇÃO
AMBIENTAL?

Objetivo: Definir o que é Educação Ambiental.


Metodologia: Ler e discutir algumas definições para o Tema Educação
Ambiental.
Avaliação: Trabalho de pesquisa e exercícios.

Segundo (EFFTING 2007), educação Ambiental é a preparação de pessoas


para a sua vida enquanto membros da biosfera;

• Educação Ambiental é o aprendizado para compreender, apreciar, saber lidar


e manter os sistemas ambientais na sua totalidade;

• Educação Ambiental significa aprender a ver o quadro global que cerca um


problema específico – sua história, seus valores, percepções, fatores
econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais que o causam
e que sugerem ações para saná-lo;

• Educação Ambiental é a aprendizagem de como gerenciar e melhorar as


relações entre a sociedade humana e o ambiente, de modo integrado e
sustentável;

• Educação Ambiental significa aprender a empregar novas tecnologias,


aumentar a produtividade, evitar desastres ambientais, minorar os danos
existentes, conhecer e utilizar novas oportunidades e tomar decisões
acertadas.

Ainda sobre Educação Ambiental, O Ministério do Meio Ambiente traz a


seguinte definição:

Entendem por educação ambiental os processos por meio dos quais o


indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimento,
atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente,
bem de uso comum do povo, essencial à sua qualidade de vida e sua
sustentabilidade. (BRASIL, 1999).

Procure no dicionário as palavras desconhecidas por você nesse texto


acima e escreva os significados nos espaços abaixo.

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Agora que você já conhece alguns conceitos sobre
Educação Ambiental, responda as seguintes questões:

1)A Educação Ambiental é importante? Por quê?

2) Educação Ambiental é ou foi trabalhada na escola?

3) O que você entende por meio ambiente?

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4) O que é educação ambiental?

5) O que é desenvolvimento sustentável?

Encontro nº 3 (4 Aulas)
Objetivo: Utilização de vídeo que trabalhe a questão ambiental.
Metodologia: Ler a resenha do filme e assistir o filme Wall-e.
Avaliação: Discutir o filme e pedir um Resumo do que aprenderam com o
filme.
Figura 1 Filme Wall-e (2008)

Wall-e (2008) é uma animação da Disney e da Pixar, de 97 minutos. Esse


filme, cujo roteiro e direção foram feitos por Andrew Stanton, aborda vários

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aspectos interessantes que podem ser trabalhados em sala de aula, nas
diversas séries do Ensino Fundamental e Médio.
O filme se inicia no ano de 2700, tendo como cenário principal o nosso
planeta, basicamente desabitado.
Ele se apresenta como um grande depósito de lixo, no qual o personagem
principal do filme, Wall-e (Waste Allocation Load Lifters – Earth – Levantador
de Carga para Alocação de Lixo – Classe „Terra‟), trabalha para compactar e
organizar todo esse entulho, sozinho, uma vez que seus companheiros de
profissão já se encontram estragados.
Assim, ele e sua barata de estimação são os únicos habitantes daquele
planeta cinzento.
Wall-e, assim como outros robôs, foram enviados para a Terra pela
empresa BNL para executar esse serviço. Enquanto isso, os seres humanos se
protegem de toda a toxidez de nosso planeta na estação espacial Axiom.
O plano era que ficassem somente por cinco anos ali, esperando a
conclusão de tal trabalho para retornarem ao nosso planeta; mas acabam
ficando por aproximadamente 700 anos.
Para verificar se a Terra já está habitável, a empresa envia robôs para lá,
sendo um deles a Eva (Examinadora de Vegetação Alienígena), que se
apaixonará pelo personagem principal (e vice-versa).
Percebemos, ao longo do filme, que os seres humanos que estão a bordo
da estação espacial estão tão acomodados que são incapazes de se levantar
sozinhos, ou de se locomover sem auxílio de aparelhos especiais para tal.
Bastante rechonchudos, gastam seu tempo basicamente comendo, fazendo
com que os robôs executem seus desejos mais banais.
Além disso, vivem envoltos por uma tela que projeta imagens, deixando-
os tão passivos que se tornam incapazes de reconhecer e analisar o mundo à
sua volta – e também de se relacionar com as outras pessoas.
Seus antepassados foram incapazes de lutar pelo planeta, deixando-o
para trás, cheio de entulhos, para continuarem suas vidas preguiçosas e
contaminadas pela inércia.
Assim, esse filme, extremamente criativo e cativante, ao mesmo tempo
em que mostra o romantismo entre os dois referidos robôs, fornece diversos
pontos relativos à questão do lixo que podem ser discutidos, mas vai mais
além ao mostrar outras facetas do consumismo e facilidades da vida moderna,
tais como a alienação, comodismo, preguiça e problemas de saúde.
Com certeza é um material muito rico para diversas atividades
relacionadas ao ambiente escolar, que podem ser conduzidas pelos mais
diferentes educadores, que devem sempre tentar alertar quanto à

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responsabilidade de cada um, e quanto ao que pode ser feito, buscando ações
concretas e coerentes. Alguns pontos que podem ser trabalhados:

 A responsabilidade que cada um deveria ter em relação aos resíduos que


produz;
 A mania que temos de responsabilizar os outros pelo encaminhamento de
nossos resíduos;
 Refletir, a partir do filme, qual a atitude mais coerente: um consumo mais
responsável, ou permanecer no mesmo ritmo de consumo, encaminhando o
lixo para reciclagem?
 Quão real o filme pode ser em relação ao futuro da Terra e da humanidade;
 Os problemas do sedentarismo;
 Até que ponto as inovações tecnológicas podem ser vantajosas, e a partir
de que ponto se torna um malefício;
 O problema da “preguiça de pensar”;
 Como impedir que algo parecido aconteça com o nosso planeta;
 Conceito de desenvolvimento sustentável.

Por Mariana Araguaia

Bióloga, especialista em Educação Ambiental

Equipe Brasil Escola

Agora que já leram a resenha, assitiram o filme,


e discutimos; para a aula seguinte entreguem um
resumo do mesmo

Encontro nº 4: (2 aulas)
Objetivo: Trabalhar a sensibilização ambiental através dos 5‟r
Metodologia: Confeccionar cartazes com imagens ou desenhos que mostrem

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como o ser humano tem tratado o Meio Ambiente e como deveria ser o
mesmo.
Avaliação: Responder um questionário

Leiam o que as diretrizes sobre educação ambiental, elaborada pelo


Ministério do Meio Ambiente (Brasil, 2007), abordam sobre o tema:

A política dos cinco 5‟r deve priorizar a redução do consumo e o


reaproveitamento dos materiais em relação à sua própria reciclagem. Reduzir-
Repensar-Reaproveitar-Reciclar e Recusar consumir produtos que gerem
impactos socioambientais significativos. Os cinco 5‟r fazem parte de um
processo educativo que tem por objetivo uma mudança de hábitos no cotidiano
dos cidadãos. A questão-chave é levar o cidadão a repensar seus valores e
práticas, reduzindo o consumo exagerado e o desperdício.
O ser humano em busca de atender suas necessidades, tem causado
mudanças profundas na configuração ambiental, sem observar as
consequências dessa s mudanças para o meio ambiente em que vivemos. Qual
sua opinião sobre o assunto? Você tem algumas duvidas? Quase são?

Agora que você já deu sua opinião, responda esses questionamentos a


fim de ficar ainda mais claro o entendimento sobre o texto estudado.

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1) Por que fora criados os princípios dos 5‟r e quais são eles?

2) Qual o objetivo principal dos 5‟r na educação ambiental?

3) Qual é a questão que norteia esse estudo?

PALESTRA: MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Encontro n° 5 (2 aulas).
Objetivo: Palestra de sensibilização
Metodologia: Palestra sobre Educação Ambiental com um palestrante
especialista na área ambiental do Município de Sarandi ou região.
Avaliação: Os alunos farão anotações e perguntas ao final da palestra, irão
para o laboratório de informática, onde iniciarão uma pesquisa sobre o tema da
palestra.
Na aula de hoje, convidamos um palestrante especialista na área
ambiental do Município de Sarandi, para falar sobre o tema: Educação
Ambiental e Sustentabilidade; anotem tudo o que ele disser e em seguida
faça perguntas pertinentes ao tema da palestra.

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Encontro nº 6. (4 aulas)
Objetivo: Conhecer a realidade local com respeito a reciclagem e analisar os
impactos ambientais nas paisagens preservadas e não preservadas.
Metodologia: Visitar o Aterro Sanitário, a Associação de Catadores e uma
fábrica de reciclagem. Tirar fotografia, imprimir imagens e montar cartazes na
sala de aula
Avaliação: Através do relatório de campo elaborado pelos alunos e da
pesquisa de laboratórios sobre o tema reciclagem e elaboração de cartazes e
afixação na sala de aula.
Hoje faremos uma visita á três lugares que tem relação com o meio
ambiente de nosso Município, a saber: O Aterro Sanitário do Município, a
Associação de Catadores de Materiais Recicláveis (ACEMAR) e uma fábrica que
trabalhe com materiais recicláveis. Anotem tudo que for dito, fotografem e
façam perguntas.
Agora vamos socializar o que vimos e ouvimos em campo vamos montar
alguns cartazes. Antes, porém, vamos até a sala de informática que já está
agendada e fazer um levantamento de informações sobre aterros sanitários e
reciclagem.
Salvar e imprimir imagens que tenha relação com o tema, bem como, as
pesquisas que vocês usarão na montagem dos cartazes.

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Encontro nº 8: ( 4 aulas)
Objetivo: Compreender o que são os cinco 5‟r.
Metodologia: Apresentação de Slides sobre o tema: : A Prática dos Cinco 5‟R:
Dimensões, Percepções, e Práticas Sustentáveis no Ensino da Educação
Ambiental.
Avaliação: Leitura do poema EU, ETIQUETA, debates e questionário.

Veremos agora A Prática dos Cinco 5‟r: Dimensões, Percepções, e Práticas


Sustentáveis no Ensino da Educação Ambiental, onde através da apresentação
de slides sobre se pretende esclarecer um pouco mais sobre o tema.
Ouçam e vejam com atenção, anotando tudo o que for mostrado e falado
sobre o tema e em seguida vejam fotos e figuras que representam a prática
dos cinco 5‟r.
Na sequência vocês irão fazer a leitura do Poema de Carlos Drummond de
Andrade, EU, ETIQUETA, que se encontra na página 6. Debater o tema, e
depois responder a alguns questionamentos.

Após ter feito a leitura do poema, e assistido o Filme “Ilha das


Flores” (Direção de Jorge Furtado, 1989) responda as seguintes
questões:

1. Qual é a ideia central do texto?

2. Que valores são criticados por Drummond?

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3. Você concorda com a visão do autor? Qual é seu ponto de Vista sobre o
assunto?

4. Drummond escreve sobre o uso de estrangeirismo no Brasil, onde isso fica


claro e como você percebe isso no Brasil?

5. Por que a sociedade é tão consumista?

Projeto Horta Escolar

Encontro nº 9: (4 aulas)
Objetivo: Conscientização através da Horta Escolar
Metodologia: Participação do projeto da horta escolar com limpeza do
terreno, preparo de solo, plantio e manutenção, além do plantio de mudas de
hortaliças em garrafas PET.
Avaliação: Todo trabalho será registrado em fotos e dado continuidade até o
final do ano.
A participação nessa aula se dará da seguinte forma:

Limpeza do terreno;
Preparo dos canteiros;
Preparo de solo;
Plantio e manutenção de mudas nos canteiros,
Plantio de mudas de hortaliças em garrafas pet.
Todo trabalho será registrado em fotos e dado continuidade até o final
do ano.
Convidaremos um especialista em hortas do Município com o objetivo de
dar orientações e assistência especializada.

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Encontro nº 10: (4 aulas)
Objetivo: Ver algumas possibilidades de reaproveitamento de materiais
através do artesanato
Metodologia: Participação de um artesão para fazer uma oficina de fabricação
de pufes e vassouras com garrafas pets.
Avaliação: Ao o final as obras serão fotografadas e expostas em uma sala de
aula para visitantes.
Com a presença de um convidado especial, que é artesão, teremos uma
Oficina de artesanato, com fabricação de pufes e vassouras com garrafas pets,
e ao ao final da elaboração das peças, fotografem as obras e exponham em
uma sala de aula para visitantes.

AVALIAÇÃO

Dada a importância da avaliação para a aprendizagem do conteúdo, esta


será feita durante todo o processo de implementação do projeto: A Prática dos
Cinco 5‟R: Dimensões, Percepções, e Práticas Sustentáveis no Ensino da
Educação Ambiental no 9º Ano do Colégio Estadual Antonio Francisco Lisboa
no município de Sarandi –Paraná.
Serão avaliados por meio de observação das atividades realizadas pelos
alunos, para que caso se faça necessário, seja feita a intervenção pedagógica a
fim de melhorar a aquisição do conhecimento, atingindo o objetivo proposto.
A avaliação da aprendizagem utilizará instrumentos como: testes, provas,
arguições, exercícios, trabalhos de pesquisa individual ou em grupo, redações,
etc.

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REFERÊNCIAS.

ACCIOLY, Ronaldo Lisboa. Projeto e experiência de educação ambiental


formal no Distrito Federal: uma avaliação da eficácia e efeitos de
dispersão. Brasília: UnB, 2002.

ANDRADE, Carlos Drummond de. Obra poética. Lisboa: Publicações Europa-


América, 1989. v. 4-6.
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Vamos cuidar do Brasil com escolas sustentáveis: educando-nos para
pensar e agir em tempos de mudanças socioambientais globais.
Brasília, DF, 2012.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação do Ensino


Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Fundamental.
Brasília, DF, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação do Ensino


Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos
parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF, 1998.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Ministério da Educação. Cartilha de


Educação Ambiental: conscientização e sustentabilidade. Passo a
Passo para a Conferência de Meio Ambiente na Escola. Brasília, DF,
2008.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Geografia. Brasília, DF. 1998.
Terceiro e quarto ciclos: apresentação dos temas transversais.

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[2000?].

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Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências.
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<http://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1999/lei-9795-27-abril-1999-
373224-norma-pl.html>. Acesso em: 12 jan. 2015.

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Disponível em: <http://www.mma.gov.br/comunicacao/item/9410>. Acesso
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em:
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EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental nas Escolas Públicas:
Realidade e Desafios. Marechal Cândido Rondon, 2007. Monografia (Pós
Graduação em “Latu Sensu” Planejamento Para o Desenvolvimento
Sustentável) – Centro de Ciências
Agrárias, Universidade Estadual do Oeste do Paraná – Campus de Marechal
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GONÇALVES, Carlos Walter Porto. Os descaminhos do meio ambiente. São


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23
MELO, Cristiane Castro Feitosa. A reciclagem do lixo urbano como
contribuição a educação ambiental no ensino fundamental. Geosaberes,
Fortaleza, v. 3, n. 5, p. 37-46, jan. / jun. 2012. Disponível em:
<file:///C:/Documents%20and%20settings/bce-sdi.BCE-
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Educação Básica. Geografia. Curitiba, 2008.
TORRES, Eloisa Cristiane (Org.). Educação Ambiental em Geografia:
Sensibilizações práticas e caminhos. Pará de Minas: Virtual Books, 2014.

Imagens:
https://www.google.com.br/search?q=imagens+do+meio+ambiente+poluido&
rlz=1C1SAVI_enBR696BR696&espv=2&biw=1440&bih=794&tbm=isch&imgil=
FJ80EUBRwkCjnM%253A%253B1yCzorE_fSGpnM%253Bhttps%25253A%2525
2F%25252Fwww.youtube.com%25252Fwatch%25253Fv%2525253DFdnXhPbU
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252C_&usg=__s74unXCjddzIvPvcvVdkBZX3zW8%3D&ved=0ahUKEwinxvGY7u
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