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Renan C. P. Soares
Professor de História do Centro Universitário Internacional UNINTER
RESUMO
A geração dos chamados nativos digitais cresceu em um mundo de permanente movimento onde as
tecnologias audiovisuais, principalmente os celulares, fazem parte do seu cotidiano. Para maioria
destes estudantes, a disciplina de História é vista como entediante e afastada da sua realidade, quando
lecionada dentro dos marcos do ensino tradicional. Visando promover a motivação e o engajamento
dos estudantes do sexto ano, nos de conteúdos de Grécia Antiga, buscou-se desenvolver e aplicar uma
atividade pedagógica que utilizasse o aparelho celular como ferramenta principal, de maneira que
possibilitasse o desenvolvimento de estudantes ativos e permitir a produção de conhecimento. O
presente estudo configura-se como uma pesquisa de estudo de caso. Os sujeitos da pesquisa foram
os alunos de duas turmas do sexto ano do Ensino Fundamental de uma escola municipal da cidade de
Petrópolis. Os dados obtidos por meio da observação foram analisados qualitativamente. Esta pesquisa
busca verificar o quanto o uso da tecnologia audiovisual, focando nos celulares como recursos didáticos
são capazes de motivar e engajar os estudantes e possibilitar uma participação ativa no processo de
aprendizagem.
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
O trabalho foi aplicado com estudantes do sexto ano de uma escola pública
municipal lozalizada no município de Petrópolis-RJ. Após uma aula expositiva de
Grécia Antiga dividiu-se a turma em grupos contendo entre quatro a seis pessoas.
Cada grupo deveria escolher um mito grego para trabalhar, dentre uma série de
possibilidades.
Após a escolha dos mitos, cada grupo deveria montar uma fotonovela do mito
que escolheu, com dez fotos exatas, tiradas com o celular e sem qualquer tipo de
legenda. Os atores da fotonovela seriam os próprios membros do grupo. O professor,
então, explicou a definição de fotonovela e mostrou alguns exemplos. Também foi
importante o professor apresentar a estrutura básica de uma narrativa.
O professor explicou e deu dicas técnicas de como bater as fotos. Nesta etapa
os exemplos também são importantes, visto que, a maioria dos estudantes do sexto
ano do ensino fundamental, desconhecem tais técnicas.
O número rígido de fotos permitidas tinha o objetivo de estimular o
planejamento prévio da fotonovela. Após estas explicações, os grupos deveriam
montar um roteiro da fotonovela. O roteiro seria montado a partir de uma pesquisa
prévia sobre o mito que foi escolhido. Neste roteiro, que o grupo deveria concluir em
casa e trazer na aula seguinte, conteria o planejamento das dez fotos da fotonovela.
No encontro seguinte, os grupos trouxeram o roteiro e apresentaram suas
ideias para o professor, um de cada vez. O professor, então, pôde orientar os roteiros
dando dicas para potencializar sua produção. Ao final desta etapa, os grupos puderam
dar início à produção da fotonovela em si. O espaço para esta produção foi o pátio da
escola, ou a própria sala de aula, mediante autorização prévia do corpo de direção.
Os grupos tinham até o final dos três tempos para encerrarem a produção da
fotonovela e passarem as fotos para o professor, que armazenaria em um pendrive.
Por fim, no terceiro e último encontro de três tempos desde que foi iniciada a
dinâmica, cada grupo iria apresentou o resultado de sua produção. Inicialmente os
grupos deveriam passar as fotos em sequência, sem nada falar, mas dando tempo
para os demais observarem cada foto. Terminada as dez fotos, os demais grupos
deveriam, primeiro, tentar adivinhar de que mito a apresentação daquele grupo se
tratava. Depois, repassando foto por foto, a turma, em conjunto, deveria tentar
entender o que o grupo quis demonstrar com cada foto. Só então, o grupo revelaria o
que significava cada foto, repassando-as novamente. Nesta etapa, professor e os
demais alunos, poderiam dar dicas de como melhorar cada foto, para que a intenção
inicial dos estudantes ficasse mais evidente.
A observação atenta e participativa do professor foi excenssial na colheta de
dados para a elaboração essa pesquisa.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS