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UNIVERSIDADE ANHANGUERA

POLO SEMIPRESENCIAL DE PROMISSÃO - SP


PEDAGOGIA – 7º SEMESTRE

Projeto Integrador II – Projeto Parcial

AUTISMO

Educação Inclusiva para o Autista

Acadêmicos (as):

Anne Gomes Granadeiro – RA: 8745153669

Isabella Beatriz Calsavara de Oliveira – RA: 8745103033

Lúcia Silva Gomes – RA: 8745123843

Tutor (a) presencial: Fernanda A. Massari Qader.

Tutor (a) à distância: Cinthia Muniz Ribeiro dos Reis.

Promissão/SP

04/2017
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
POLO SEMIPRESENCIAL DE PROMISSÃO – SP

Projeto Integrador II – Projeto Parcial

Acadêmicos (as):

Anne Gomes Granadeiro – RA: 8745153669

Isabella Beatriz Calsavara de Oliveira – RA: 8745103033

Lúcia Silva Gomes – RA: 8745123843

Projeto Integrador II – Pesquisa


apresentando junto ao curso de
Licenciatura no polo semipresencial da
Universidade Anhanguera Uniderp na
área de Pedagogia, como requisito
obrigatório orientado pelo (a) tutor (a)
Fernanda A. Massari Qader e tutor (a) à
distância Cinthia Muniz Ribeiro dos Reis.

Promissão/SP

04/2017
SUMÁRIO

1 - Identificação 04
2 - Tema 05
3 - Justificativa 05
4 – Problema 06
5 – Objetivos 06
5.1. – Objetivo Geral 06
5.2 – Objetivos Específicos 06
6 – Metodologia 06
7 – Cronograma 07
8 – Análises Bibliográficas 07
UNIVERSIDADE ANHANGUERA
POLO SEMIPRESENCIAL DE PROMISSÃO - SP

1 - FICHA DE IDENTIFICAÇÃO DO AUTOR (ALUNO)

Nome do (a) autor (a): Anne Gomes Granadeiro

RA: 8745153669

Curso: Pedagogia

Semestre: 7º

Ano: 2017

Polo de apoio semipresencial de Promissão.

Endereço: Rua Genaro Sammarco, nº 134 – Centro – CEP: 16.370-000.

Telefone: (14) 3541-2590

Coordenador (a) do polo: Maria de Fátima C. Moreira

Promissão/SP

04/2017

04
2 - Tema

AUTISMO

Educação Inclusiva para o Autista

De acordo com Bereohff (1991), para educar uma criança autista, é preciso
levar em consideração a falta de interação com o grupo, comunicação precária,
dificuldades na fala e a mudança de comportamento que apresentam essas
crianças.

3 - Justificativa:

A presente pesquisa sobre o tema: Autismo – Educação Inclusiva para o


Autista traz em seu desfecho a inclusão escolar e a rotina do autista em sala de
aula.

O que nos motivou a fazer a pesquisa foi o fato de termos trabalhado em


ambientes escolares e presenciado situações nas quais percebemos que não
estávamos preparadas para trabalharmos. Além das técnicas, a rotina diária é muito
importante na educação do autista, a qual não deve ser alterada, qualquer mudança
pode refletir no comportamento da criança.

É bom ter em mente, que normalmente as crianças à medida que vão se


desenvolvendo, vão aprendendo a estruturar seu ambiente, enquanto que os
autistas e com distúrbios difusos do desenvolvimento precisam de uma estrutura
externa para aperfeiçoar uma situação de aprendizagem.

Nessa “era de inclusão”, se as leis fossem cumpridas as crianças com


necessidades especiais receberiam uma educação adequada e vida social de
direito. Por outro lado, se simplesmente tais crianças forem colocadas dentro de
uma sala de aula sem um a estrutura apropriada e sem um professor qualificado,
não ocorrerá a inclusão, apenas um dado estatístico que comprovará que há um a
criança a mais em sala de aula.

Escolhemos, portanto este tema “Autismo”, por fazer parte do nosso dia a dia
e despertar a curiosidade sobre essa síndrome que faz parte do universo escolar.

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4 - Problema:

Este trabalho com essas crianças necessita de muito investimento pessoal,


capacitação, informação, e união de esforços, para que as crianças ampliem suas
competências e habilidades, para que se possa ter e desenvolver uma prática
educacional adequada e eficaz, que supra a necessidade dessas crianças e dê
satisfação ao profissional que de perto lhe assiste. Desta forma o tema autismo
como norteador do projeto pauta-se na seguinte problemática: O que é autismo?
Como contribuir para que a inclusão de um autista se dê de fato, indo além de uma
simples matrícula do ensino regular?

5 - Objetivos:

5.1 - Objetivo Geral: Verificar possibilidades para uma ação docente mais
adequada, possibilitando que as crianças autistas tenham direito a educação de
qualidade.

5.2 - Objetivos Específicos:

 Analisar a importância da inclusão das crianças autistas na sociedade;


 Identificar as dificuldades encontradas pelos educadores em se relacionar
com a criança autista;
 Verificar como é realizada a interação dos autistas com outras crianças no
ambiente escolar.

6 - Metodologia:

O projeto acima visa reconhecer a importância da inclusão escolar de


crianças autistas. A inclusão se apoia na ideia de que somos iguais, pois incluir não
é inserir, mas interagir e contribuir para diferimos uns dos outros principalmente
quando se fala de inclusão de pessoas com algum tipo de deficiência. Este trabalho
tem por finalidade promover uma reflexão sobre o árduo processo de alfabetização e
socialização dessas crianças. A pesquisa mostra o quão lento e equivocado está
esse processo que causa tanta diversidade de opiniões.

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7 - Cronograma

Atividades Março Abril Maio Junho

1. Observar Orientações

2. Pesquisa Bibliográfica

3. Pesquisa documental

4. Pesquisa de Campo

5. Análise do Material Coletado

6. Redação do Artigo

7. Finalização do Artigo

8. Postagem do Artigo

8 - Análises Bibliográficas

Bibliografia Justificativa
VYGOTSKY, L. S. A formação social O autor tem por objetivo caracterizar os
da mente. São Paulo: Martins Fontes, aspectos tipicamente humanos do
2000. Pensamento e Linguagem. São
Paulo: Martins Fontes, 1989. comportamento e elaborar hipóteses de
como essas características se
desenvolveram durante a vida do indivíduo
e enfatiza três aspectos:
• Relação entre seres humanos e o seu
ambiente físico e social.
• Novas formas de atividade que fizeram
com que o trabalho fosse o meio
fundamental de relacionamentos entre o
homem e a natureza e as consequências
psicológicas dessas formas de atividade.
• A natureza das relações entre o uso de
instrumento e desenvolvimento da
linguagem.

07
Bibliografia Justificativa
MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Este livro evidencia a inclusão escolar e
Inclusão escolar: o que é? Por quê? expõe didaticamente o que esta inovação
Como fazer? 2° edição São Paulo: educacional propõe para atender aos
anseios e às necessidades de todos os
Moderna 2006.
alunos de qualquer nível escolar. A autora
procura ideias sobre o ensinar e o aprender,
em uma escola aberta ás diferenças e a
todos os alunos.

CUNHA, Eugênio, Autismo e Inclusão. Na prática docente, é possível perceber


Psicopedagogia e práticas educativas na dificuldades para a elaboração de um
escola e na família. 3 ed. Rio de Janeiro. currículo com atividades adequadas e
funcionais para alunos com autismo, que
Wak editora, 2011.
favoreça a inclusão escolar e social. O que é
mais importante fazer? Como cativar a
atenção? É possível educar? É possível
aprender? Entretanto, há nos processos de
aprendizagem possibilidades que demandam
a atuação coletiva, a dedicação espontânea;
que são movidas por uma teia de desejos e
aspirações, em um movimento de afetos e
sonhos, que vai além da condição limítrofe
do autista e estabelece a sua natureza de
aprendente e os atributos necessários para
educarmos pelo nosso exemplo e amor.

CHIOTE, Fernanda de A. Binatti. Com uma temática relevante, o livro


Inclusão da Criança Com Autismo na promove a discussão sobre as possibilidades
Educação Infantil - Trabalhando A construídas na organização do trabalho do
professor no espaço da educação infantil
Mediação Pedagógica. Wak editora,
com uma criança com Autismo e traz para o
2011.
debate a necessidade de ressignificar as
concepção sobre Autismo infantil, infância,
educação infantil, educação inclusiva e ser
professor em um contexto inclusivo.

08
CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
CURSO DE PEDAGOGIA

POLO DE PROMISSÃO
PROJETO INTEGRADOR

ANNE GOMES GRANADEIRO – RA: 8745153669

ISABELLA BEATRIZ CALSAVARA DE OLIVEIRA – RA: 8745103033

LÚCIA SILVA GOMES – RA: 8745123843

AUTISMO
Educação Inclusiva para o Autista

PROMISSÃO/SP

Junho/2017
ANNE GOMES GRANADEIRO – RA: 8745153669

ISABELLA BEATRIZ CALSAVAR DE OLIVEIRA – RA: 8745103033

LÚCIA SILVA GOMES – RA: 8745123843

AUTISMO
Educação Inclusiva para o Autista
.

Artigo apresentado ao curso de


Pedagogia do Centro de Educação a
Distância Anhanguera.

Tutora á distância: Cinthia Muniz Ribeiro


dos Reis.
Tutora presencial: Fernanda A. Massari
Qader.

PROMISSÃO/SP

Junho/2017
Dedicatória

Este trabalho está dedicado


primeiramente a Deus e a todas as
pessoas que nos apoiaram na
realização do mesmo, pois jamais
deixaram de nos incentivar por menor
que fosse a contribuição. Que sempre
souberam que a única forma de
conhecer é descobrir, e que fazer
descobrir é a única forma de ensinar.
AGRADECIMENTOS
Agradecemos às tutoras Cinthia Muniz Ribeiro dos Reis e a Fernanda
Augusta Massari Qader, que sempre estiveram dispostas a ajudar e contribuir para
um melhor aprendizado. A realização deste trabalho só foi possível graças à
colaboração de muitas pessoas, manifestamos nossa gratidão a todas elas de forma
especial: nossa família, amigos, funcionários e professores.
RESUMO
Educação inclusiva para os autistas requer que sejam observadas algumas
necessidades da criança, desde a realidade da escola, como a primazia e
consistência entre professores considerando a inclusão escolar por parte dos
colegas. A educação especial para crianças autistas reúnem métodos e
instrumentos necessários para a formulação de um conjunto de técnicas e
processos e, às vezes, um tratamento medicamentoso. A seleção e construção de
ambientes auxiliam no processo de inclusão fazendo com que, sejam capazes de
adaptar-se permitindo através de uma mediação, que pessoas com autismo
desenvolvam processos de interação social, condição fundamental para qualquer
processo de desenvolvimento e inclusão escolar. O aproveitamento é bastante
observável em crianças com acometimentos menores, tanto no aspecto social,
quanto no aspecto cognitivo comportamental. Já as crianças severamente
comprometidas obtêm melhorias quanto aos cuidados pessoais e a relação social,
portanto, quanto antes for atendido, maiores são as possibilidades de integração
social. Não devemos pensar no autismo como algo distante e isolado em escolas
especializadas, mas cabe a nós não deixar o autista ficar de fora da escola e privado
do convívio social.

Palavras-chave: Autismo. Inclusão. Escola.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 07
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 08
2.1. Autismo 09
2.2. Autismo infantil 10
2.3. Como a Educação contribui pra uma criança autista? 11
2.4. Inclusão de crianças autistas em escolas regulares 12
3. MATERIAL E MÉTODOS UTILIZADOS 13
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 13
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 14
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15
7. ILUSTRAÇÕES
Figura 01 – Área da gestão escolar 08
Figura 02 – Esquema de gestão democrática 10
Tabela 01 – Decisão partilhada 09
Quadro 01 – Elementos da equipe gestora 10
-07-

1. Introdução
O autismo consiste em um transtorno do desenvolvimento de múltiplas
etiologias, definido de acordo com critérios sobremaneira clínicos. Apresentam
dificuldades manifestadas por déficits nas áreas de comunicação e interação social.
O ingresso de uma criança autista é garantido por lei, como aponta o capítulo V da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

Cada vez mais, os autistas estão sendo inseridos em escolas regulares,


porém, precisa-se avaliar a qualidade do ensino, pois muitos professores sentem-se
apreensivos ao se depararem com o novo, pois é um desafio trabalhar com estas
crianças. Os profissionais da educação, muitas vezes não estão preparados para
lidar com situações de crianças autistas e a escassez de bibliografias adequadas
dificulta ao acesso a informações na área.

Neste trabalho são discutidos alguns elementos que possibilitam uma melhor
compreensão do assunto conceituando os aspectos sobre o tema abordado.
Realizar um projeto voltado para as dificuldades que envolvem o tema abordado
justifica-se pelo fato da pesquisadora também ser professora na educação básica e
buscar pesquisas voltadas para a inclusão de pessoas com autismo. Trata-se de um
levantamento bibliográfico acerca do tema e seguido de algumas observações
pautadas na experiência da autora com esse público.

Desta forma o tema autismo como norteador do projeto pauta-se na seguinte


problemática: O que é autismo? Como contribuir para que a inclusão de um autista
se dê de fato, indo além de uma simples matrícula do ensino regular?

Tem-se por objetivo abordar o conceito, características e diagnóstico do


autista; demonstrar a possibilidade do autista poder se relacionar com a sociedade;
levar o conhecimento sobre o autismo ao maior número de profissionais envolvidos
na educação; permitir o conhecimento de estratégias usadas na inclusão da criança
autista.
-08-

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Dentro do contexto escolar, a cada ano letivo, crianças autistas fazem parte
do quadro discente das instituições de ensino. Muitas vezes sem saber quem é e
como incluí-las em propostas que oportunizam desenvolvê-las conforme suas
singularidades torna-se imprescindível a escola abordar essa inter-relação de
circunstâncias que acompanham o fato, proporcionando aos professores conhecer
essas crianças e refletir sobre as ações que possam ser consideradas inclusivas,
oportunizando o desenvolvimento da criança autista. Assim, os profissionais
envolvidos com a criança autista passam a fazer o ensino de habilidades simples e
complexo em pequenos passos.

A educação é uma ferramenta indispensável que contribui significativamente


com uma criança autista em seu desenvolvimento. Essas crianças apresentam
resistência ao aprendizado, isto não quer dizer que o autista não aprende, porém
costumam ter interesses em coisas bem peculiares, não estando abertos para
aprenderem outras coisas enquanto não deixam de lado o objeto de fixação, por isso
é importante à relação entre aluno e professor.
Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) possuem necessidades
educacionais especiais a condições clínicas, comportamentais, cognitivas, de
linguagem e adaptação social que apresentam. Precisam muitas vezes de
adaptações curriculares e estratégias de manejo adequadas. (SCHWARTZMAN1,
2014).

Figura 01 – Autismo
Fonte: Google imagens

1
SCHWARTZMAN, José Salomão. Neuropediatra.
-09-

2.1. Autismo

É um transtorno de desenvolvimento grave que prejudica a capacidade de se


comunicar e interagir. Atualmente ouve-se muito falar sobre o autismo ou Transtorno
do Espectro Autista (TEA), sobre o qual ainda permanecem divergências e questões
enigmáticas. O transtorno do autismo, afeta o sistema nervoso.

“O autismo é um transtorno global do desenvolvimento marcado por três


características fundamentais: Inabilidade para interagir socialmente;
Dificuldade do domínio da linguagem para comunicar-se ou lidar com jogos
simbólicos; Padrão de comportamento restritivo e repetitivo”. (DR. DRÁUZIO
VARELLA, 2001).

Dificuldade de interação social, de comunicação e repetição de


comportamentos padronizados – caracteriza um transtorno do desenvolvimento
conhecido como autismo. Foi descrito pela primeira vez pelo médico austríaco Leo
Kanner que usou essa palavra em 1943 para descrever uma série de sintomas que
observava em alguns de seus pacientes. Depois o também austríaco Hans
Asperger, descreveu em sua tese de doutorado crianças bastante semelhantes às
descritas por Kanner.

Tabela 01- Idades afetadas

Fonte: Hospital Israelita Albert Einstein.

O alcance e a gravidade dos sintomas podem variar amplamente. Os


sintomas mais comuns são dificuldade de comunicação e interação sociais,
interesses obsessivos e comportamentos repetitivos.
-10-

O autismo é um espectro e por isso engloba uma ampla gama de níveis de


funcionamento e transtornos.

Figura 02 – Tipos de Autismo

Fonte: http://euemeuautista.blogspot.com.br/p/autismo.html.

No comportamento: agressão, automutilação, choro, falta de contato visual, gritos,


hiperatividade, imitação involuntária de movimentos de outra pessoa, impulsividade,
interação social inadequada, irritabilidade, movimentos repetitivos, repetição de
palavras sem sentido, repetição sem sentido das próprias palavras ou repetição
persistente de palavras ou ações.
No desenvolvimento: atraso de fala em uma criança ou dificuldade de aprendizagem.
Na cognição: falta de atenção ou intenso interesse em um número limitado de coisas.
Sintomas psicológicos: depressão ou ignora as emoções dos outros.
Na fala: distúrbio da fala ou perda da fala.
Também comum: andar na ponta dos pés, ansiedade, falta de empatia hiperacusia ou
tique.
Quadro 01 – Sintomas que o autista pode ter

Fonte: https://www.gstatic.com/healthricherkp/pdf/autism_pt_BR.pdf.

O reconhecimento precoce, assim como as terapias comportamentais,


educacional e familiar podem reduzir os sintomas, além de oferecer um pilar de
apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem.

2.2. AUTISMO INFANTIL

Autismo é uma doença crônica e incapacitante comprometendo o


desenvolvimento normal de uma criança e se manifesta tipicamente antes do
terceiro ano de vida.
-11-

Por lesar e diminuir o ritmo do desenvolvimento psiconeurológico caracteriza-


se como social e linguístico. Algumas crianças apesar de autistas apresentam
inteligência e a decodificação, outras apresentam também retardo mental, mutismo
ou importantes retardos no desenvolvimento da linguagem. Estas crianças também
apresentam reações anormais a sensações diversas como audição, visão, tato
(sentir, equilibrar) e degustar.

Relacionam-se com pessoas, objetos ou vivenciam situações de uma maneira


não usual, levando a crer que há um comprometimento orgânico do Sistema
Nervoso Central. A linguagem é atrasada ou não se manifesta.

O autismo pode ser por vezes, quase imperceptível e pode confundir-se com
timidez, excentricidade ou falta de atenção, como ocorre no caso da síndrome de
Asperger e no autismo de alto funcionamento. Em caso de suspeita deve-se ir ao
médico, pois ele quem deve avaliar o desenvolvimento e o comportamento da
criança para indicar o que ela tem e como tratar.

2.3. Como a Educação contribui pra uma criança autista?

A Educação é considerada uma das maiores ferramentas que contribui para o


desenvolvimento de uma criança autista. Atualmente há algumas variações
referentes à abordagem utilizada para o ensino especial de crianças autista, mas a
maioria dessas variações concorda em pontos fundamentais.

Através de um processo de avaliação inicia-se, na maioria dos métodos de


educação especializados para crianças autistas, uma seleção de objetivos
estabelecidos por área de aprendizado. A seleção de um sistema tem tanta
importância quanto ás estratégias educacionais adotadas, pois a maneira de levar a
criança aos objetivos propostos varia conforme o método adotado.

A educação vista desta forma tem como meta ensinar tanto matérias
acadêmicas quanto coisas que outras crianças costumam aprender através da
própria experiência, como comer e vestir-se de forma independente.
-12-

“[...] A escola não pode tudo, mas pode MAIS. Pode acolher as diferenças.
É possível fazer uma pedagogia que não tenha medo da estranheza, do
diferente, do outro. A aprendizagem é destoante e heterogênea.
Aprendemos coisas diferentes daquelas que nos ensinam, em tempos
distintos, (...) mas a aprendizagem ocorre, sempre”. (ABRAMOWICZ2,
1997).

A criança autista vive em um mundo aparte, um mundo apenas seu o que


dificulta sua interação com as outras pessoas. Hoje em dia, porém, percebe-se que
o autista pode relacionar-se com a sociedade, mas para isso, necessita de
instruções claras e precisas.

A educação tem, nesse cenário, papel fundamental, sendo a ela o espaço no


qual se deve favorecer, a todos os cidadãos, o acesso ao conhecimento e o
desenvolvimento de competências, ou seja, a possibilidade de apreensão do
conhecimento historicamente produzido pela humanidade e de sua utilização no
exercício efetivo da cidadania. (SILVEIRA3, 2011, p.34).

2.4. Inclusão de crianças autista em escolas regulares

A síndrome do autismo pode acontecer em qualquer família, sem distinção de


raça, etnia ou classe social. A criança autista vive em um mundo apenas dela, um
mundo aparte que dificulta sua interação com as outras pessoas. Hoje em dia,
percebe-se que o autista necessita de instruções claras e precisas, o que permite
com que ele relacione-se com a sociedade.

A escola tem um papel fundamental no desenvolvimento não só do ensino-


aprendizagem, mas também no convívio social. A qualidade de ensino a cada um
deve ser a garantia aos seus alunos, reconhecendo e respeitando suas
necessidades e diversidades, tornando-se uma Escola Inclusiva.

Conforme Silveira (2011, p. 56), “podemos afirmar que a qualidade dessas


interações pode fazer com que este indivíduo com necessidades especiais consiga
superar suas necessidades”.

2
ABRAMOWICZ, Profª. Dra. Anete – Para além do fracasso escolar, Editora Papirus, 1997.
3
SILVEIRA, Tatiana dos Santos – Educação Inclusiva, 2011, p. 34.
-13-

A inclusão da criança autista em escolas regulares é extremamente para seu


pleno ou mesmo parcial desenvolvimento escolar e social. Além disso, o convívio de
alunos ditos normais possibilita um contato entre ambos com a diversidade,
desenvolvendo o respeito e a amizade mutua.

Na instituição escolar é preciso que se orientem os professores e a equipe


escolar para que, use instruções claras, diretas e simples para cada atividade
orientada; usar de estímulos visuais para o estabelecimento de rotina e instruções;
ensinar comportamentos de obediência às regras; avaliar a funcionalidade do
comportamento; utilizar de reforçamento positivo (elogios, acesso a jogos,
brinquedos) para facilitar a modificação de comportamentos.

Uma escola inclusiva garante professores capacitados e estrutura física que


proporcionam oportunidades educacionais de qualidade para todos.

3. MATERIAL E MÉTODOS UTILIZADOS

Para a realização desse artigo foi desenvolvido uma pesquisa do tipo


bibliográfica. Para tal, foram consultadas fontes impressas, artigos científicos, em
base de dados, como livros sobre “Autismo”.

4. RESULTADOS E DISCUSÕES

Ao entender o autismo o próximo passo é não excluir o aluno do ambiente


escolar, ou seja, é não rotulá-lo, é preciso observar e atentar-se para as
características pessoais do aluno, verificar como ele se comporta diante das
atividades pedagógicas e só então estabelecer metas, partindo sempre do que o
aluno já sabe. Adaptações curriculares devem ser individualizadas e respeitar a
disposição de assuntos em ordem que facilitam habilidades acadêmicas, sociais e
de linguagem da criança, evoluindo passo a passo, dentro de uma perspectiva de
aprendizagem sem erros.

O nível de desenvolvimento da aprendizagem do autista geralmente é lento e


gradativo, portanto, caberá ao professor adequar o seu sistema de comunicação a
cada aluno.
-14-

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Destaca-se a importância de analisar as interações sociais da vida de uma


pessoa com necessidades especiais, principalmente a sua entrada e permanência
na escola. Compreende-se que o comportamento das crianças com autismo pode
ser influenciado considerando os contextos interativos, a mediação do adulto e,
sobretudo, as particularidades de cada criança é fundamental no desenvolvimento
de estudos nesta área.

A preparação do professor para adaptar a criança com necessidades


especiais tem que ter por objetivo o de estender a permanência dela na escola.

Essas crianças necessitam de um programa essencialmente funcional, ligado


diretamente a ela. Existem muitas possibilidades que podem ser feitas pelo próprio
autista. É preciso saber que ele enxerga o mundo de uma forma diferente, mas que
vive em nosso próprio mundo.

Foram abordados conteúdos e informações necessárias para que os


professores tenham condições de reconhecer uma criança autista e encaminhar aos
profissionais responsáveis para diagnosticar o autismo.

Sugere-se, alem de alguns aspectos, a realização de estudos que considerem


os comportamentos interacionais das crianças com autismo, em termos de tempo de
duração e não apenas de frequência, considerando que a baixa ocorrência não
equivale à ausência desses comportamentos, mesmo porque muitos desses
comportamentos ocorrem de forma breve, como o olhar, por exemplo.

A proposta de inclusão tal como foi abordada vai muito além de uma inclusão
social, pois é de suma importância que o aluno especial aprenda com os demais
alunos e que ele se desenvolva.

Para as classes regulares, com elevado número de alunos, o ideal seria ter
um monitor, ou outro professor, enfim, alguém que pudesse dividir a
responsabilidade de educar junto com o professor da sala. Um profissional
competente é de fundamental importância para a criança autista.
-15-

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 ABRAMOWICZ Anete Moll, Jaqueline (org). Para além do fracasso escolar.


Campinas, SP. Papirus (1997).
 AUTISMO BRASIL SITE Disponível em:<htpp:// www.autismo.com.br/>
Acesso em: 15/05/2017.
 CHIOTE, Fernanda de A. Binatti. Inclusão da Criança Com Autismo na
Educação Infantil - Trabalhando A Mediação Pedagógica. Wak editora,
2011.
 CUNHA, Eugênio, Autismo e Inclusão. Psicopedagogia e práticas
educativas na escola e na família. 3 ed. Rio de Janeiro. Wak editora, 2011.
 GAUDERER, E. Christian, Autismo – Década de 80. Uma atualização para os
que atuam na área: do especialista aos pais, Ed. Almed, 2ª edição, 1987.
 VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
2000. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.
 MANTOAN, Maria Tereza Eglér. Inclusão escolar: o que é? Por quê?
Como fazer? 2° edição São Paulo: Moderna 2006.
 SCHWARSTZMAN, J. S. Assunpção, F.B. Jr. E Colaboradores, Autismo
Infantil, Memnon Edições Científicas Ltda. São Paulo, 1995.
 SILVIEIRA, Tatiana dos Santos & NASCIMENTO, Luciana Monteiro Da.
Educação Inclusiva. Caderno de Estudos. Indaial: UNIASSELVI, 2011.
 VYGOTSKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
2000. Pensamento e Linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1989.

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